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Eliane Cristina M. da SilvaProfessor: Eliane Cristina M. da Silva

Giovana Godinho da Silva

Giovani Benenito de Góes

Ivan Vieira de Lemos

Ramiéri Moraes

Professor:

Fernando Santiagodos Santos

As primeiras classificações não eram mais que

catálogos de seres, mas hoje em dia elas

refletem as semelhanças e o seu grau de

parentesco.

No tempo de Aristóteles (século IV a.C.), um

dos primeiros naturalistas a considerar a

classificação dos animais, eram conhecidas

cerca de 1000 espécies, das quais 450 eram

Com os Descobrimentos (século XVII) houve

um enorme aumento do número de espécies

conhecidas, passando a ser referidas cerca de

10.000. A partir daí, com a facilidade de10.000. A partir daí, com a facilidade de

contato, livros, museus, jardins botânicos, no

século XIX já eram conhecidas 1.293.000

espécies e atualmente estima-se em cerca de

10.000.000, das quais apenas 15% se

encontram devidamente descritas.

Qualquer sistema de classificação, biológico ou

não, envolve dois tipos de procedimentos:

� Observação, definição e descrição dos

elementos a ser classificados, para

descoberta das suas diferenças e

semelhanças;

� Agrupamento dos elementos num esquema

de classificação.

Geralmente classificam-se os organismos vivos

com base em semelhanças, sejam elas

morfológicas, de modo de vida, de utilidade

prática, periculosidade para o Homem, etc.

Mesmo atualmente, povos que vivem em

estreito contato com a natureza utilizam este

tipo de critérios de classificação.

Para os biólogos, a classificação é uma

linguagem necessária para exprimir a

organização do mundo vivo, escolhendo em

função dos seus interesses a classificação

mais prática ou útil para a sua investigação.

Deste modo, a classificação é um meio de

tornar inteligível a complexidade do mundo

vivo, agrupando os organismos em categorias,

segundo critérios preestabelecidos.

� Sistemática – estudo da diversidade,

descrição dos organismos, incluindo a sua

filogenia;

� Taxonomia – estudo da classificação,

incluindo nomes, normas e princípios;

� Classificação – ordenação dos seres vivos

em grupos, com base em parentesco,

semelhança morfológica, entre outros, e sua

Deste modo, a classificação tem por objetivo a

economia de pensamento, a facilidade de

manuseio, a formulação de hipóteses de

investigação e previsões.investigação e previsões.

As classificações devem ser estáveis e conter

informação sobre a semelhança morfológica,

relações evolutivas, entre outros aspectos.

Desde tempos muito antigos que a

classificação dos organismos vivos teve como

base a tentativa de organização e simplificação

dos sistemas vivos.

Os primeiros sistemas de classificação eram

práticos e arbitrários, ou seja, classificava-se

de acordo com a utilidade, interesse

Esta classificação era não racional.

Agrupavam-se organismos que não

apresentavam nenhuma relação - preenchiam

uma determinada propriedade (eram

saborosos ou perigosos, por exemplo).

Eram empíricas - não seguem um raciocínio

científico - não utilizam caracteres observáveis

pertencentes aos organismos (ser saboroso

depende de quem classifica)

Apenas servem necessidades humanas

básicas, como a alimentação e a defesa.

Aristóteles foi o primeiro naturalista a classificar

os organismos vivos de acordo com as suas

características morfológicas, anatômicas e

fisiológicas, obtendo, nos animais, dois grupos:

� Enaima – animais de sangue vermelho,

ovíparos e vivíparos;

� Anaima – animais sem sangue vermelho.

Um preconceito introduzido

por Aristóteles foi o fato de

todos os animais serem

móveis e todas as plantas

imóveis, fato que se

manteve até ao século

XVII.

A classificação de Aristóteles é racional -

baseia-se em características inerentes aos

animais.

No entanto, todas estas classificações

(práticas, racionais ou científicas) são

artificiais - baseiam-se num reduzido número

de caracteres, por vezes apenas um,

originando grupos extremamente

Esses caracteres são escolhidos

arbitrariamente, ignorando outras

características, reunindo na mesma categoria

organismos pouco relacionados entre si

(agrupar animais que voam, plantas pelo fato

de terem certo tamanho, etc.).

A moderna

classificação biológica

teve início com Lineu

(séc. XVII), cujos(séc. XVII), cujos

trabalhos produziram

uma classificação, pelo

menos a nível dos

animais, não muito

diferente da de

Lineu classificou todos os organismos

conhecidos na época em categorias que

designou por espécies.

Agrupou as espécies em gêneros, estes em

famílias, ordens e classes.

Posteriormente foram criadas mais duas

categorias, divisão (plantas) ou filo (animais),

que englobam as classes.

Lineu foi, também, o criador da chamada

nomenclatura binomial latina, ainda hoje

utilizada.

A classificação de Lineu, o Systema Naturae, é

racional mas artificial pois por vezes usava

apenas um caractere, como no caso de plantas

em que apenas considerava distintivo o

número e localização dos estames na flor.

Lineu considerava que a natureza e número

das espécies era constante e inalterável

(Fixismo) pois cada indivíduo era comparado

com um ideal, um padrão fixo (essencialismo).

Vários autores da época criticaram a

classificação de Lineu, principalmente Buffon,

que negou a existência de classes, ordens,

etc., na natureza, considerando-as,

corretamente, uma criação da mente dos

cientistas.

Apenas em 1859, com a Teoria da Evolução de

Darwin, os sistemas de classificação passaram

a levar em conta e história evolutiva dos

organismos.organismos.

Estas classificações filogenéticas ou evolutivas

pretendem traduzir a posição de cada

organismo em relação aos seus antepassados,

bem como as relações genéticas entre os

diferentes organismos atuais.

A partir de 1920, com a descoberta da teoria da

hereditariedade cromossômica, os

microscópios eletrônicos, etc., surge a

sistemática, uma nova ciência, que faz asistemática, uma nova ciência, que faz a

classificação usando todos os novos dados,

não se limitando à morfologia. O conceito de

população e de fundo genético também tiveram

grande importância no desenvolvimento da

sistemática.

Nos anos 60 passou a recorrer-se, também, à

bioquímica para determinar as relações

filogenéticas, sendo, atualmente, a genética

molecular uma das principais bases damolecular uma das principais bases da

classificação de organismos. Os

computadores, com a sua capacidade de

comparar em tempo útil centenas de

caracteres, tornaram-se fundamentais, de tal

modo que deram origem à chamada taxonomia

Após a invenção do microscópio por Van

Leeuwenhoek, tornou-se cada vez mais óbvio

que a distinção dos diferentes seres vivos não

poderia ser feita dividindo os diferentes seres

vivos em animais ou plantas.

Por isso, a divisão em reinos variou bastante

ao longo dos tempos.

Inicialmente, os

organismos vivos foram

divididos em dois reinosdivididos em dois reinos

claramente distintos: as

plantas e os animais.

Plantas: todos os organismos fixos e sem uma

forma claramente definida, capazes de fabricar

matéria orgânica a partir de fontes inorgânicas

– autotrofia.

Animais: todos os restantes organismos, de

vida livre, com forma definida e dependentes

da matéria orgânica (plantas ou outros

animais) para a sua nutrição – heterotrofia.

A Teoria da Evolução considera que todos os

seres vivos possuem um ancestral comum.

Assim, um ancestral comum às plantas e aos

animais não poderá ser nenhum ser vivo

destes reinos - o ancestral comum a ambos os

reinos teria de pertencer a um terceiro reino.

Assim, Haeckel realizou estudos e concluiu

que as primeiras formas de vida eram bastante

simples e sem complexidade estrutural.

Designou esses seres vivos primitivos moneresDesignou esses seres vivos primitivos moneres

e dividiu-os em bactérias e cianobactérias.

Para colocar estes seres vivos na divisão de

reinos já existente, Haeckel criou um terceiro

reino, o reino protista.

Na classificação de Copeland, o reino Protista

de Haeckel é dividido em Mychota e Protoctista.

O reino Mychota inclui todos os organismos

procariontes e o reino Protoctista todos os

eucariontes que não são animais ou plantas.

O sistema de Whittaker reconhece cinco

reinos, os mesmos quatro de Copeland e um

reino separado para os fungos – Fungi -, que

Copeland incluiu nos Protoctista.

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