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Professor Edley

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O Impacto da Conquista da América

Choque de “Humanidades”

Choque de “Humanidades”

Choque de “Humanidades”

Choque de “Humanidades”

Descobrimento e Renascimento

Descobrimento e Renascimento

Descobrimento e Renascimento

Povos Indígenas à Época da Conquista

Povos Indígenas à Época da Conquista

Povos Indígenas à Época da Conquista

Calcula-se que essa população do continente americano estivesse dividida em mais de 3 mil nações indígenas, que costumavam receber também outras designações genéricas, como:

– Povos Pré-Colombianos

Isto é, anteriores à chegada de Cristóvão Colombo – outra expressão de Construção eurocêntrica;

– Povos Nativos

Isto é, que tem sua origem no local e sempre viveram num determinado lugar – no caso, as terras que os Europeus chamaram de América.

Assim, apesar de Colombo ter chamado incorretamente de “Índios” os habitantes desse continente na Época da Conquista (porque, como vimos no capítulo anterior, pensava ter chegado às Índias), por trás desse nome genérico encontravam-se um grande número de sociedades com culturas bastante ricas e variadas.

Povos Indígenas à Época da Conquista

Podemos, por exemplo, distingui entre os povos que habitavam o Continente Americano, grupos distintos, como:

– Os Aruaques, Jês e Tupi-guaranis (do atual Brasil), os Caraíbas (das atuais Antilhas), os Patagônios e Araucanos (do sul do Continente) e os Iroqueses e Sioux (da América do Norte) são alguns exemplos de Povos Indígenas Americanos que praticavam a caça, a pesa, a coleta além de dominar técnicas agrícolas.

Utilizavam utensílios e instrumentos de pedra e madeira e conheciam a técnica da cerâmica.

Deslocavam-se periodicamente em busca de recursos necessários à sai sobrevivência e organizavam-se em grupos ligados por parentesco.

– Os povos conhecidos como Maias, Astecas e Incas foram sociedades que dominavam técnicas agrícolas mais elaboradas, desenvolveram um governo centralizado (com exceção dos Maias que organizavam-se em Cidades-Estado), assim como sistemas próprios de escrita (exceto os Incas) e possuíam conhecimentos significativos sobre Arquitetura, Matemática e Astronomia.

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Diversidade Entre os Índios

A categoria Índio abrange populações muito diferentes entre si, seja do ponto de vista Físico, seja do ponto de vista Linguístico, seja do ponto de vista dos Costumes.

Para tornar inteligível tal diversidade, os estudiosos têm tentado ordená-las através de classificações, que têm sido realizadas sob diferentes aspectos.

– Diversidade Biológica

Os Índios do Brasil, quando olhados numa perspectiva biológica,não constituem de modo algum, um todo homogêneo.

Qualquer pessoa pode constatar que em muitos grupos Tupi, os indivíduos apresentam estaturas sensivelmente baixas, que entre os Timbira predominam estatura média e de corpo delgado, que os Índios do Alto Xingu são bem mais corpulentos.

Além disso, mesmo entre os membros de um mesmo grupo tribal as diferenças podem ser muito grandes, já que as relações entre as tribos, sejam amistosas, seja hostis, levam ao intercruzamento sexual.

Diversidade Entre os Índios

– Diversidade Linguística

Não é raro encontrar pessoas que acreditam que todos os Índios do Brasil falam língua Tupi.

Essa idéia se deve a uma supervalorização da Língua e dos Índios Tupi diante dos demais Indígenas Brasileiros.

Na verdade muitas outras línguas são faladas pelos Indígenas no Brasil.

Mas a crença de que o Tupi é a única ou a mais importante língua dos índios brasileiros tem uma explicação:

É que os conquistadores portugueses encontraram todo o litoral brasileiro ocupado por Índios entre os quais predominava uma Língua Tupi.

Essa foi a primeira língua nativa que os missionários aprenderam, a ela se afeiçoando e adotando uma atitude de desdém para com as outras línguas, que não compreendiam, chamado as tribos que as falavam de povos de “língua travada”.

Diversidade Entre os Índios

A Língua Tupi foi não somente aprendida, mas também modificada pelos missionários, que lhe impuseram uma gramática nos moldes do Latim, sendo divulgada por eles, de modo que populações indígenas de outras tradições linguísticas chegara a aprender o Tupi.

A primeira classificação das Línguas Indígenas do Brasil foi aquelas em que as distribuía em Línguas Tupi e Línguas Tapuya.

Tal classificação se deve aos primeiros colonizadores e missionários, que adotaram os próprios preconceitos dos Índios Tupi contra os demais.

Assim, enquanto as Línguas classificadas como Tupi se relacionavam entre si, as classificadas como Tapuya eram as mais diversas, completamente diferentes umas das outras, e que os missionários não interessava conhecer.

Essa classificação vigorou por muito tempo até que Von Martius, no Século XIX, demonstrou que as Línguas Tapuya não formavam um todo homogêneo.

Diversidade Entre os Índios

Assim, ele destacou da confusão das Línguas Tapuya a família Jê e mais outras duas que os Estudos Linguísticos Recentes não mais aceitam, tendo sido incluída uma delas na família Jê também.

Ainda no fim do mesmo século, Von den Steinen estuda o Bakairí da família Karib.

Desse modo se foi pouco a pouco chegando à tão conhecida classificação das Línguas dos Índios do Brasil em Tupi, Jê, Karib e Aruák, sempre presentes no Livros Didáticos de História do Brasil.

E o termo Tapuya perdeu cada vez mais a sua razão de ser.

Além desse grandes conjuntos de Línguas, os pesquisadores conseguiram também distinguir conjuntos menores, como o Pâno, Tukâno, Guaikurú, Makú e outros.

Diversidade Entre os Índios

– Diversidade dos Costumes

A Etnologia, em seus estudos sobre o Índio Brasileiro, não se vale apenas das Classificações Linguísticas, mas também de classificações de cunho mais nitidamente etnológico, como são as divisões das Áreas Culturais.

Uma Área Cultural é uma região que apresenta certa homogeneidade quanto à presença de certos costumes e de certos artefatos que as caracterizam.

Muitas são as tentativas de classificação dos indígenas em Áreas Culturais.

Diversidade Entre os Índios

Os Maias

Os Maias

Os Maias

Os Maias

Os Maias

Os Astecas

Os Grandes Conquistadores

A Civilização Asteca desenvolveu-se a partir do Século XII,na região do atual México; a capital era a cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México).

Povo Guerreiro, os Astecas (também chamados de Mexicas – origem do nome México) eram Governados por um Rei Poderoso.

Plantavam milho, feijão, cacau, algodão, tomate e tabaco.

Além disso,comercializavam bens, como tecidos, peles, cerâmicas, sal, ouro e prata.

Desconheciam o uso do ferro, da roda e dos animais de carga.

Dominavam, entretanto, a técnica da ourivesaria (trabalhos manuais em ouro), da cerâmica e da tecelagem.

Os Astecas construíram Grandes Templos, desenvolveram uma Escrita Primitiva e um Calendário Próprio.

Os Astecas

Os Astecas

Os Astecas

Os Astecas

Os Incas

O Povo das Montanhas

A Civilização Inca desenvolveu-se por quase toda a região dos Andes que hoje corresponde a partes do Peru, do Equador, da Bolívia e do norte do Chile.

Alcançou seu maior esplendor por volta do Século XIV.

O Império Inca, com capital na cidade de Cuzco, chegou a ter uma população de 20 milhões de habitantes.

Era governada por um Imperador considerado um Deus, o Filho do Sol (o Inca). Para Governar, o Imperador contava com Chefes Militares, Governadores de Províncias, Sacerdotes e muitos Funcionários.

A economia dos Incas baseava-se no cultivo de milho, batata e tabaco.

Desenvolveram a tecelagem, a cerâmica, a metalurgia do bronze e do cobre. Sabia trabalhar Metais Preciosos, como Ouro e a Prata, e utilizavam a Lhama, a Alpaca e a Vicunha como animais de carga.

Os Incas

Os Incas

Os Incas

Os Incas

Impacto na América

Impacto na América

Impacto na América

Impacto na América

Impacto na América

Violência Conta o Indígena

No Processo de Conquista, exploração e transformação da América os Europeus utilizaram meios distintos: desde a força bélica ou militar até a dominação cultural.

Assim, os povos indígenas foram impactados não só pela força física, mas também pela violência moral e psicológica. Vejamos com mais detalhes como isso aconteceu.

Impacto na América

Impacto na América

Impacto na América

Impacto na América

Assim, os indígenas sofriam duplo impacto (físico e psicológico),pois muitas vezes supunham, quando contaminados por doenças que desconheciam e não sabiam combater, que estavam sendo castigados pelos deuses.

Desse modo, entregavam-se a um sentimento de apatia.

Impacto na América

Impacto na América

Impacto na América

– Violência Cultural

O ato simbólico de fincar a Cruz Católica em solo Americano, marcando a posse da terra em nome dos Reis Ibéricos, assinalava também o início da Conquista Cultural dos Indígenas.

De modo geral, religiosos e conquistadores associavam-se para dominar os povos nativos.

A Ação Evangelizadora Católica (a conversão ao Evangelho por meio da Pregação por Religiosos) centrou-se na Catequese, no Batismo das crianças e em sua Educação Cristã e na conversão dos Líderes Indígenas.

Para tornar mais eficiente seus esforços de conversão dos indígenas, os Jesuítas criaram também na América, a partir de 1550, os Aldeamentos ou Missões:

Povoações que reuniam indígenas, dirigidas, de modo geral, pelos próprios Missionários. Segundo eles, os Aldeamentos também tinham a finalidade de proteger os Indígenas da Escravização promovida pelos Colonos.

Impacto na América

A vida nessas Aldeias Jesuítas causou profundas mudanças na Organização Social e na Vida Espiritual dos indígenas.

Eles eram compelidos a abandonar os deslocamentos temporários a que estavam habituados para se fixar nos aldeamentos, onde aprendiam a Doutrina Católica, eram Batizados e ganhavam Nomes Cristãos.

Por outro lado, esses Aldeamentos proporcionaram também a oportunidade do reagrupamento de Sociedades Fragmentadas e o resgate de identidades ameaçadas.

As frequentes fugas individuais e coletivas, as revoltas esporádicas e, principalmente, a resistência ao trabalho imposto pelos Colonizadores e Missionários caracterizaram a reação indígena ao Aldeamento.

Diante da dificuldade de convencer o indígena adulto a aceitar a nova Doutrina Religiosa, os Padres dedicaram-se, principalmente, às Crianças.

Empenharam-se na fundação de “Colégio de Meninos”, onde eram ensinados os Valores Europeus e as Crenças Católicas.

Impacto na Europa

Impacto na Europa

Impacto na Europa

Visões do Indígena Pelo Europeu

Conquistadores, aventureiros, missionários, religiosos e estudiosos interessaram-se em conhecer as formas de Viver e de Ser dos povos da América. Eram muito contraditórias, porém, as imagens criadas pelos recém-chegados para descrever os habitantes do Continente Americano.

Inicialmente, inúmeras Crônicas de Viagem da época falavam de monstros e seres fantásticos, muitas vezes resgatados do imaginário europeu baseado nas Mitologias da Antiguidade, como os gigantes, as amazonas (mulheres guerreiras que viviam sobre os cavalos), os acéfalos (seres sem cabeça), etc.

Afora essas imagens fantásticas despontaram muitas indagações sobre a condição do indígena. Muitos deles foram até levados à Europa para ser exibidos, em carne e osso, às populações locais.

Assim, as discussões e visões sobre os indígenas seguiram outro rumo, com desdobramentos morais e filosóficos.

Impacto na Europa

Uns acreditavam simplesmente na natureza inferior e bestial dos indígenas, que podiam por isso ser submetidos ou destruídos sem culpa.

Para outros, no entanto, o contato com os Povos Americanos despertou uma reflexão humanista do indígena, que passou, muitas vezes, a ser entendido e idealizado em seu estado “selvagem”:

Um ser humano “puro”, “natural”, que, com sua nudez, inocência e falta de cobiça, permitia aos Europeus compreenderem, por comparação, a si mesmos e seu universo “civilizado”.

Foi o caso, por exemplo, do filósofo francês Montaigne (1533-1592), que na sua obra Ensaios escreveu:

Não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra. A essa gente chamamos selvagens como denominamos selvagens os frutos que a natureza produz sem a intervenção do homem. No entanto aos outros, àqueles que alteramos por processos de cultura e cujo desenvolvimento natural modificamos, é o que deveríamos aplicar o epíteto.

Impacto na Europa

Transformações na Vida Européia

A conquista e a exploração da América trouxeram também transformações para alguns setores da Sociedade da Europa, vejamos algumas delas:

– Os grandes Comerciantes e Banqueiros Europeus obtiveram lucros expressivos com a conquista e a colonização do continente americano.

– O eixo econômico da Europa, antes concentrado no Mar Mediterrâneo, deslocou-se para os portos do Oceano Atlântico, como Lisboa, Sevilha, Cádiz, que mantinham comércio direto com os Territórios Conquistados na África e na América.

– Tornaram-se poderosos na Europa os países que promoveram a expansão marítimo-comercial nos Séculos XV e XVI. Pelo pioneirismo, destacaram-se Portugal e Espanha; posteriormente, sobressaíram Inglaterra, França e Holanda.

Impacto na Europa

– Disputando Novos Mercados, onde poderia obter Lucros e Riquezas, Governantes e Comerciantes desses países entraram num período de Grande Concorrência.

– A conquista e exploração da América impulsionaram vários setores da cultura européia.

Para as longas viagens marítimas, novos conhecimentos e técnicas precisavam ser desenvolvidos e aperfeiçoados, como já estudamos.

Houve ainda, na Europa, um processo de difusão de conhecimentos adquiridos no contato com os Povos Indígenas.

Impacto na Europa

Vejamos alguns exemplos de “trocas culturais”, no campo da alimentação, entre os Povos da América e os Europeus.

Impacto na Europa

Vejamos alguns exemplos de “trocas culturais”, no campo da alimentação, entre os Europeus e os Povos da América.

Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 1 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010.

COLÔMBO, Cristóvão. Diários da Descoberta da América: As Quatro Viagens e o Testamento – Porto Alegre, L&PM, 1999.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. O Extremo Oeste – São Paulo, Brasiliense, 1986.

SILVA, Janice Theodoro da. Descobrimentos e Renascimento – São Paulo, Contexto, 1991.

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