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Nova Onda de Revoltas

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Nova Onda de Revoltas

A Expansão Liberal e Nacionalista na Europa

Como vimos, o Congresso de Viena (1814-1815) e a Santa Aliança – contrariando algumas das conquistas da Revolução Francesa e do Período Napoleônico – haviam promovido a Restauração das Monarquias Absolutistas em países Europeus Ocidentais, unindo forças tradicionais da Nobreza e do Clero.

Tal tendência conservadora prevaleceu no Continente Europeu por alguns anos.

A partir de 1825, ela começou a somar derrotas diante de diversas Rebeliões Liberais e Nacionalistas.

Tanto que, por volta de 1850, o Absolutismo já cedia lugar, de forma definitiva, a uma nova Conjuntura Política predominantemente Liberal.

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Rompimento

– Crise Econômica

Entre 1830 e 1848, as populações de diversas regiões da Europa enfrentavam uma difícil situação social e econômica, como por exemplo:

Diminuição de colheitas

Miséria do operariado;

Ausências de garantias e direitos fundamentais para o trabalhador;

Repressão à liberdade de expressão.

Essa situação de Crise e Insatisfação Social possibilitou a Aliança Temporária entre setores da Pequena e Média Burguesia e o Operariado, cada vez mais conscientes de seus interesses.

Da Aliança Instável entre esses setores, surgiram diversos Movimentos Revolucionários e contestação às estruturas de Poder vigentes em grande parte da Europa.

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Rompimento

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Rompimento

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Rompimento

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França

Revoltas Liberais Repercutem na Europa

Destaquemos Duas Rebeliões que agir aram a França no Século XIX: a de 1830 liderada pela Alta Burguesia e a de 1848, impulsionada pela Aliança Temporária entre grupos da Burguesia e do Operariado.

Essas Rebeliões encorajaram Liberais e Nacionalistas em grande parte da Europa, provocando uma série de Revoltas em diversos países.

Vejamos esses processos:

– Rebelião de 1830

Conforme estudado, após a queda de Napoleão Bonaparte, foi acertado no Congresso de Viena o retorno da Dinastia dos Bourbon ao Trono Francês, com Luís XVIII.

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França

– Revolução de 1848

A partir de 1846, uma sucessão de problemas econômicos e dificuldades políticas fizeram desmoronar as forças de sustentação do Governo de Luís Filipe.

A crise se fez sentir, por exemplo, no aumento da miséria, nas más colheitas agrícolas, na queda da produção industrial, nas greves operárias e nas campanhas políticas pela reformulação do sistema eleitoral.

Foi então que a Burguesia Liberal e o Operariado se uniram temporariamente contra o Governo.

Um grande levante de trabalhadores, estudantes e setores da Guarda Nacional derrubou Luís Filipe do Poder, na chamada Revolução de 1848.

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França

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Revolução de 1848

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França

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França

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Napoleão III

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Unificação da Itália

A Formação do Estado Italiano

Vejamos, agora, o processo de unificação da Itália, ocorrido após as Revoltas Liberais na França, isto é, de forma tardia em relação à maioria dos Países Europeus.

Desde a Idade Média, a Península Itálica era uma região dividida em várias unidade políticas independentes entre si.

Com as decisões do Congresso de Viena, essa região passou a ser dominada por Austríacos e Franceses, bem como pela Igreja Católica.

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Unificação da Itália

Os Reinos e os Ducados Italianos estavam assim distribuídos:

Lombardia-Veneza, Tosacana, Lucca, Parma, Módena e Romagna, submetidos ao domínio do Império Austríaco;

Reino das duas Sicílias, pertencentes a Dinastia Francesa dos Bourbon;

Estados da Igreja, pertencentes ao Papa;

Reino do Piemonte-Sardenha, autônomo, governado por um Monarca Liberal.

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Unificação da Itália

Rebelião Frustrada de 1848

Desde o início do Século XIX, o norte da Península Itálica passava por transformações desencadeadas pelo desenvolvimento industrial,que levou ao crescimento das cidades e à intensificação do comércio.

Para dar continuidade ao processo de crescimento e expansão de suas atividades no mercado exterior, a Burguesia Local desejava a Unificação Política de toda a região.

Em 1848, Carlos Alberto, Rei do Piemonte-Sardenha, empreendeu a primeira tentativa de Unificação. Declarando Guerra contra a Áustria, que dominava os vizinhos reinos do norte.

Tal declaração, respaldada pelos ideais Liberais e Nacionalistas, fez estourar Rebeliões em diversos Estados da península, mas todas elas foram sufocadas pelas Tropas Austríacas e pela intervenção Francesa.

Derrotado, o Rei Carlos Alberto foi obrigado a deixar o Trono, abdicado em favor de seu filho Vítor Emanuel II. Os Nacionalistas, porém, mantiveram os espíritos acesos com o ideal da Unificação Italiana.

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Unificação da Itália

Processo de Unificação

Dentre os Estados Italianos, somente o Reino do Piemonte-Sardenha, sob o governo de Vítor Emanuel II possuía uma Constituição Liberal.

Ali, as forças da burguesia incentivaram o movimento a favor da Unificação da Itália, liderado pelo Primeiro-Ministro Camillo Benso, o Conde de Cavour (1810-1872), e por manifestantes políticos como Giuseppe Mazzini (1805-1872), criador do movimento Jovem Itália, que visava a criação de uma República Italiana.

Com o apoio da França, Cavour deu início à Guerra contra a dominação Austríaca, em 1859.

Alcançando expressivas vitórias, conseguiu anexar ao Reino Sardo-Piemontês as regiões da Lombardia, da Toscana, de Parma, de Módena e de Romagna.

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Unificação da Itália

No Sul da península, também lutando pela Unificação Italiana, Giuseppe Garibaldi (1807-1882) liderou um exército de voluntários, conhecidos como Camisas Vermelhas, e ocupou o Reino das Duas Sicílias, afastando do poder o representante da Dinastia dos Bourbon, Francisco II.

No final de 1860, a unificação estava praticamente concluída.

Vítor Emanuel II, dominando quase todo o território Italiano, foi proclamado Rei da Itália, em março de 1861.

Somente as regiões de Veneza e Roma ainda resistiram por algum tempo, sendo a primeira anexada em 1866, e a segunda, em 1870.

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Unificação da Itália

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Garibaldi

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Unificação da Itália

– Questão Romana

O Papa Pio IX, no entanto, não aceitou a perda dos Territórios da Igreja Católica.

Quando Roma foi anexada à Itália unificada, em 1870, permaneceu no Palácio Vaticano, considerando-se prisioneiro.

Surgiu, assim, a chamada Questão Romana, resolvida somente em 1929 com a assinatura do Tratado de Latrão, negociada entre o Papa Pio XI e o Estado Italiano.

Por esse Tratado, ficou decidida a criação, na zona norte de Roma, do pequeno Estado do Vaticano, com área de 0,44 Km2, sob o Governo da Igreja Católica.

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Estado do Vaticano

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Unificação da Alemanha

A Formação de Uma Nova Potência Econômica

Da mesma fora que a Itália, a Alemanha não existia como Estado Unificado até a primeira metade do Século XIX.

O que havia era um conjunto de 39 Estados Independentes e diversificados:

Uns pobres, outros ricos, uns agrícolas e outros iniciando sua industrialização.

Desde 1815, pelas determinações do Congresso de Viena, estes Estados estavam reunidos na Confederação Germânica, liderada pela Áustria.

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Unificação da Alemanha

Zollverein: o Início da Unificação

Em 1834, foi dado os primeiros passos no sentido de promover a unidade dos Estados Germânicos.

Sob a influência de grupos industriais sobretudo da Prússia, estabeleceu-se o Zollverein, uma união aduaneira com o objetivo de eliminar os impostos alfandegários entre os diferentes Estados da Confederação Germânica.

Até 1853, quase todos os Estados Germânicos faziam parte do Zollverein, exceto a Áustria.

Além de possibilitar a integração da Confederação Germânica, o Zollverein contribuiu para impulsionar o desenvolvimento econômico alemão.

Multiplicando-se as indústrias, expandiram-se as cidades, foram construídas mais ferrovias, incentivou-se a exploração de carvão, etc.

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Unificação da Alemanha

– Bismark e a Unificação

Nos diversos Estados da Confederação Germânica tomavam corpo as idéias de caráter Nacionalista, elaboradas por intelectuais que desejavam a União Étnica e Cultural dos Povos Germânicos sob a tutela de um só Estado.

A primeira tentativa de unificação foi empreendida pela Prússia, em 1850, mas fracassou devido interferência da Áustria.

Em 1862, o Rei Prussiano Guilherme I nomeou como seu Primeiro-Ministro Otto von Bismark (1815-1898), conhecido como Chanceler de Ferro, e a Prússia passou a liderar firmemente o processo de unificação.

Bismark acreditava que a Unificação da Alemanha não se concretizaria sem o uso da Força Militar.

Assim, usando de diplomacia, mas também de muita determinação, fortaleceu o exército e liderou a Prússia em Guerras contra a Dinamarca (1864), a Áustria (1866) e a França (1870).

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Unificação da Alemanha

Ao final dessas lutas, em 18 de janeiro de 1871, Guilherme I foi proclamado Imperador da Alemanha, em cerimônia realizada em Versalhes.

O que representou uma grande humilhação às Forças Francesas derrotadas.

Com a Unificação, acelerou-se o processo de industrialização do país, que se tornou uma das economias mais fortes do Mundo.

Esse crescimento industrial, por sua vez, exigiu a ampliação dos mercados consumidores para seus produtos, levando a Alemanha a conquistar regiões coloniais ainda não dominadas por Inglaterra e França.

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Unificação da Alemanha

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Nacionalismo e Presença do Estado

O historiador Eric Hobsbawm (1917-2011), analisando o Nacionalismo, deu algumas explicações para seu crescimento na Europa do Século XIX.

Para ele, esse fenômeno estaria ligado, entre outras razões, a uma presença mais efetiva dos Poderes do Estado estreitando laços comuns entre os membros da sociedade. Vejamos.

Ao longo do século XIX, uma família teria que viver em um local muito inacessível se um de seus membros não quisesse entrar em contato regular com o Estado Nacional e seus agentes: através do carteiro, do policial ou do guarda, e oportunamente do professor; através dos homens que trabalhavam nas estradas de ferro, quando estas eram públicas; para não mencionar quartéis de soldados ou mesmo as bandas militares amplamente audíveis. Cada vez mais o Estado detinha informações sobre cada um dos indivíduos e cidadãos através do instrumento representado por seus censos periódicos regulares – que só se tornaram comuns depois da metade do Século XIX – através da educação primária teoricamente compulsória e através do serviço militar obrigatório, onde existisse.Como nunca até então, o governo e os indivíduos e cidadãos estavam inevitavelmente ligados por laços diários. E as revoluções nos transportes e nas comunicações, verificadas no Século XIX, estreitaram e rotinizaram os liames – ligações – entre a autoridade central e os lugares mais remotos.

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Comuna de Paris

Tentativa de Criação de um Estado Socialista

Em 1870, após a derrota na Guerra contra a Prússia e a prisão do Imperador Francês Napoleão III pelo Exército Alemão, instalou-se novamente a República na França – a Terceira República.

E assumiu o poder um governo de caráter conservador, comandado por Louis Adolphe Thiers (1797-1877), Presidente da República de 1871 a 1873.

Foi nesse período que, submetidos à fome, à miséria e à humilhação, milhares de trabalhadores franceses organizaram uma Grande Rebelião.

Tomando a cidade de Paris em março de 1871, instauraram um Governo Popular denominado Comuna de Paris.

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Comuna de Paris

– Propostas da Comuna

O Governo da Comuna de Paris era constituído por Socialistas, Anarquistas e Liberais Radicais, que concordavam em não obedecer ao Governo Francês, instalado então no Palácio de Versalhes, a poucos quilômetros da Capital.

Em abril de 1871, o Governo da Comuna divulgou um manifesto conclamando todos os trabalhadores franceses a seguir o exemplo de Paris.

A proposta era construir na França uma Federação de Comunas, tendo, entre outros, o objetivo de:

Criar um Estado dos trabalhadores, formado por uma Federação de Comunas Livres e autônomas;

Eleger, pelo voto dos trabalhadores, os funcionários do Estado, que poderiam perder seus cargos a qualquer momento;

Substituir o Exército por Milícias Populares;

Congelar os preços dos alimentos e aluguéis;

Criar creches e escolas para os filhos dos trabalhadores;

Estabelecer que o Estado deveria voltar seus esforços para a melhoria das condições de vida dos Trabalhadores.

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Comuna de Paris

– O Fim da Comuna

Os sonhos dos líderes da Comuna, no entanto, duraram muito pouco:

Apenas Dois Meses.

Apoiados pelos alemães e pela Burguesia Tradicional, o Governo de Thiers conseguiu reunir um Exército de 100 Mil Soldados para destruir a Comuna de Paris.

Em maio de 1871, Paris foi cercada pelas tropas governamentais.

Teve início, então, uma semana de sangrentas batalhas, que culminaram com o massacre dos federados – denominação dada aos combatentes da comuna.

Os dados sobre a quantidade de mortos de deportados são controversos, mas há números que indicam que mais de 20 Mil Pessoas Morreram; outras 40 Mil teriam sido presas ou expulsas do país.

A Comuna de Paris foi considerada a primeira conquista de poder político pelos operários e a primeira tentativa de criação de um Governo Socialista.

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Comuna de Paris

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Comuna de Paris

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Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 2 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010.

HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982.

HOBSBAWM, Eric. Nações e Nacionalismos desde 1780, São Paulo, Paz e Terra, 1990.

FLORENZANO, Modesto. As Revolução Burguesas, São Paulo, Brasiliense, 1982.

Wikipedia.org

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