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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO - PROVA OBJETIVA

ORGANIZADOR

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LÍNGUA PORTUGUESA

Uma escola para todos

Maria Fernanda Vomero Há mais de duas décadas e meia, a Constituição brasileira prevê a inclusão de alunos com

deficiência nas classes comuns, estabelecendo igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola. Embora ainda existam resistências, essas crianças deixaram de ser “invisíveis”, não se encontram mais “escondidas'” e já ocupam seu espaço no ambiente socioeducativo. Os resultados preliminares do Censo Escolar de 2012 indicam, mais uma vez, aumento nas matrículas em educação especial na rede pública. Mas, para que sejam incluídas de fato, e não se tornem meras figurantes de um sistema, e sim protagonistas do próprio aprendizado, é fundamental que a instituição escolar reveja suas premissas.

Segundo os resultados preliminares do Censo Escolar MEC/Inep de 2012, o Brasil ampliou em 7,64% o número das matrículas em educação especial na rede pública em relação ao ano anterior, passando de 584.124 para 628.768 matrículas. Os dados finais de 2012 para a rede particular de ensino ainda não foram divulgados, mas, em 2011, foram registradas 163.409 matrículas de alunos com deficiência em estabelecimentos privados − 20% delas em escolas inclusivas, as demais (130.798) em instituições exclusivas e classes especiais.

A gradual presença de alunos com deficiência no ensino regular, frequentando classes comuns ao lado de outros estudantes, colocou em xeque a escola, como instituição, e revelou quão conservador era o sistema de ensino em vigor até então. Além disso, mostrou também como a própria formação de professores para a Educação Básica estava contaminada por clichês e por estereótipos e respondia, insatisfatoriamente, às necessidades de todos os estudantes. “O aluno com deficiência é o grande bode expiatório de um processo de formação docente em alguns momentos fracassado e de uma estrutura escolar que precisa ser modificada”, diz Fabiana Stival Morgado Gomes, gerente de educação inclusiva da Secretaria de Educação de Santo André (SP). “Ele propicia essa mudança, revela onde a escola tem de se renovar − e não para favorecer só essa criança, mas para aprimorar o aprendizado de todos os alunos. Temos uma escola que se mantém igual e reproduz modelos e movimentos há anos, e uma sociedade que pede um ensino muito mais dinâmico. Um professor com maior rigidez, que não enxerga essa escola em outro contexto, responsabiliza o aluno com deficiência, afirma ela.

(www.uol.com.br)

1) A temática do texto em foco aborda o(a):

a) importância de se ter uma educação inclusiva de forma responsável e consciente, tanto por parte da escola como por parte do corpo docente

b) dificuldade do corpo docente das escolas da rede pública em trabalhar com alunos especiais, embora estes professores estejam aptos para tal desafio

c) redução do número de alunos com deficiência, com o passar dos anos, uma vez que a escola libertadora diverge, em termos de visão, da família, conservadora

d) medo que a escola tem de adotar a educação inclusiva, já que não há apoio do governo nem dos professores que, apesar de preparados, não têm disponibilidade de tempo

2) Os dados numéricos observados no segundo parágrafo do texto em análise sinalizam, em termos de construção textual, que:

a) existe uma observação numérica irrelevante na construção da ideia que comprova a tese defendida no texto b) existe um claro uso de dados especulativos, que deflagram uma possibilidade de crédito, visto que

se trata de uma descrição c) há uma referência relevante, com base em pesquisas, que podem ser comprovadas, caso exista dúvida

na veracidade da informação d) há um desejo de informação capaz de trazer à tona dados improváveis, mas que, se observados

atentamente, podem ganhar espaço

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3) Levando-se em conta a linguagem do texto, é possível afirmar que apresenta, predominantemente: a) o uso figurado dos termos b) o aspecto referencial c) um registro poético d) um registro familiar 4) O uso das aspas, no terceiro parágrafo, ocorre porque: a) determina a fala da jornalista, em forma de discurso direto. Desse modo, separa os tipos de discurso

− direto e indireto livre − que compõem o texto b) define a declaração de alguém que não integra o texto, mas que, uma vez jornalista, tem liberdade para

expor sua opinião de modo objetivo e transparente c) separa discursos oponentes dentro do texto, pois não há como manter unidas duas visões díspares

acerca do mesmo assunto, embora o jornal seja um veículo imparcial d) marca o discurso de alguém que não é a autora do texto. Assim, é possível que o leitor faça diferença

entre a fala da entrevistada e a da jornalista, na estrutura da notícia 5) “Um professor com maior rigidez, que não enxerga essa escola em outro contexto, responsabiliza o aluno com deficiência, afirma ela.” Em termos semânticos, a oração sublinhada traduz a ideia de que: a) alguns professores muito rígidos responsabilizam o aluno com deficiência b) todos os professores muito rígidos responsabilizam o aluno com deficiência c) quase todos os professores muito rígidos responsabilizam o aluno com deficiência d) pelo menos metade dos professores muito rígidos responsabilizam o aluno com deficiência 6) A expressão “bode expiatório”, no texto em análise, traduz a ideia de que: a) o aluno não pode ser culpado pelos sérios problemas existentes no processo de formação docente

e na estrutura escolar b) os alunos e os professores são peças fundamentais para se estruturar uma boa escola em termos

de ensino-aprendizado c) a escola não pode se responsabilizar por um problema que, há anos, vem sendo sinalizado pelas

entidades ligadas ao Sistema Público de Educação d) os docentes fazem parte de um grupo responsável pela parte da escola capaz de reverter o quadro

de fracasso escolar perante o Sistema Público de Educação 7) “... é fundamental que a instituição escolar reveja suas premissas.” A função sintática da oração sublinhada é igualmente observada na expressão destacada em: a) “... colocou em xeque a escola...” b) “Há mais de duas décadas e meia...” c) “Constituição brasileira prevê a inclusão de alunos com deficiência...” d) “... o Brasil ampliou em 7,64% o número das matrículas em educação...”

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8) “Os resultados preliminares do Censo Escolar de 2012 indicam, mais uma vez, aumento nas matrículas em educação especial na rede pública.” Reescrevendo o período em análise, sem ferir a gramática normativa nem alterar o sentido original, haverá: a) “Mais uma vez, os resultados preliminares do Censo Escolar de 2012 indicam aumento nas matrículas

em educação especial na rede pública.” b) “Os resultados preliminares do Censo Escolar de 2012 indicam aumento, mais uma vez nas matrículas

em educação especial na rede pública.” c) “Os resultados preliminares mais uma vez do Censo Escolar de 2012 indicam aumento nas matrículas

em educação especial na rede pública.” d) “Os resultados preliminares do Censo Escolar de 2012, indicam aumento nas matrículas em educação

especial mais uma vez, na rede pública.”

9) “Embora ainda existam resistências, essas crianças deixaram de ser ‘invisíveis’...” A conjunção sublinhada apresenta valor semântico de: a) causa b) tempo c) proporção d) concessão 10) “... frequentando classes comuns ao lado de outros estudantes...” A oração subordinada em destaque é classificada como: a) adjetiva restritiva b) substantiva subjetiva c) adjetiva explicativa reduzida de gerúndio d) substantiva objetiva direta reduzida de gerúndio

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

11) A lei nº 11.274/06 altera a redação de artigos da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, dispondo sobre a duração de nove anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir da seguinte idade:

a) seis anos b) cinco anos c) seis anos e seis meses d) cinco anos e onze meses

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12) A relação entre diversidade e currículo é, atualmente, tema bastante recorrente, tanto nas políticas quanto no debate do cenário educacional brasileiro e mundial. Entretanto, para Gomes (2007, p. 31), compreendê-la “implica delimitar um princípio radical da educação pública e democrática”. Tal princípio significa que a escola pública se tornará cada vez mais pública na medida em que: a) assumir a postura de neutralidade diante da diversidade, de modo que todos os estudantes sejam tratados

igualmente b) falar sobre diversidade e diferença a partir de um posicionamento a favor de processos de colonização e

dominação c) perceber como, nos diferentes contextos históricos, políticos, sociais e culturais, algumas diferenças foram

tratadas de forma igual d) compreender o direito à diversidade e o respeito às diferenças como um dos eixos norteadores da sua

ação e das práticas pedagógicas

13) Tendo em vista a permanência e o sucesso na escola, o Conselho Tutelar deve atuar prontamente sempre que crianças e adolescentes estejam em situações que exijam a proteção especial, tais como: criança ou adolescente que não está matriculado à escola; que é excluído, sem frequência regular ou aproveitamento adequado na escola; criança ou adolescente com conduta inadequada no estabelecimento de ensino e sintomas de maus-tratos. Em conjunto com a escola, o Conselho Tutelar tem legitimidade para atuar em questões como: a) comprovar que a causa do abandono escolar não está nos pais, mas na atuação da escola. O Conselho

Tutelar serve como o agente impulsionador capaz de agravar o isolamento da instituição escolar b) investigar a ocorrência de maus-tratos, quando é obrigação do Conselho Tutelar comunicar ao professor,

que deverá tomar as providências cabíveis para o reestabelecimento das condições de aprendizagem do aluno

c) comunicar à escola os casos de maus-tratos envolvendo seus alunos, bem como as situações de reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar (esgotados os recursos escolares), e os elevados níveis de repetência

d) verificar o aproveitamento escolar de determinada criança ou adolescente, para determinar aos pais ou ao responsável as medidas para a correção das insuficiências, inclusive se as causas do aproveitamento inadequado residirem na escola

14) A gestão democrática nas escolas é um princípio garantido pela lei 9394/96, sendo resultado de um amplo debate no cenário nacional acerca da educação, que ocorreu desde a década de 1980. A lei exige que esse princípio seja efetivado no sistema: a) privado de ensino b) público de ensino c) privado e público de ensino d) público de ensino, no âmbito das instituições federais

15) Em “Questões sobre o trabalho escolar”, Selma Garrido Pimenta argumenta sobre a necessidade de se formar o novo cidadão no aluno, ou seja, “formá-lo com capacidade para ter uma inserção social crítica/transformadora na sociedade em que vive.” Para a formação desse cidadão necessário e a gestação de uma nova organização na escola, torna-se necessário observar alguns princípios norteadores, que são: a) a valorização do profissional da educação, a avaliação e a formação profissional b) a qualificação do professor, a avaliação escolar e o conhecimento da ciência pedagógica c) o projeto político-pedagógico, o trabalho coletivo e o conhecimento da ciência pedagógica d) o respeito à liberdade e o apreço à tolerância, a qualificação do professor e o trabalho coletivo

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16) A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira prevê que os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito: a) específico das áreas de educação artística e de literatura e história brasileira b) de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira c) das matérias do ensino fundamental, somente, em especial a educação artística, a literatura e a história

brasileira d) específico das matérias escolares que se relacionam às humanidades, especialmente em história e

educação artística

17) Para Veiga (2004, p.13-14), o projeto político-pedagógico na escola “preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários de divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão”. Essa definição atribui ao projeto político-pedagógico o sentido de ser um: a) processo democrático de decisões b) documento oficial e obrigatório da escola c) processo de oficialização do trabalho do professor d) documento que burocratiza a ação pedagógica na escola

18) O pensamento pedagógico liberal, no Brasil, propôs a escola laica, positivista e liberal. Em 1924, foi criada a Associação Brasileira de Educação (ABE) e seu primeiro grande resultado político e doutrinário foi o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932. A fundação, em 1938, do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep) passa a ser fonte de informação e formação para os educadores brasileiros até hoje. Os grandes teóricos deste pensamento foram Roque Spencer Maciel de Barros, bem como: a) Paschoal Lemme, Lourenço Filho e Rubem Alves b) Fernando de Azevedo, Paulo Freire e Rubem Alves c) Paschoal Lemme, Paulo Freire e Anísio Spínola Teixeira d) Fernando de Azevedo, Lourenço Filho e Anísio Spínola Teixeira

19) Para Veiga (2004, p. 26), “currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito.” A partir dessa definição, o currículo se refere à(ao): a) processo de avaliação b) realidade cultural da unidade escolar c) organização do conhecimento escolar d) relação dos conteúdos das Diretrizes Curriculares Nacionais

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20) Veiga (2004) propõe que a construção do projeto político-pedagógico busque uma nova organização da estrutura organizacional da escola. Entretanto, para que isso seja possível, torna-se imprescindível observar alguns elementos constitutivos da organização escolar, que são: a) o currículo, o tempo escolar, o processo de decisão, as relações de trabalho e a avaliação b) o currículo, a participação da família na escola, o tempo escolar e o planejamento individual de cada

professor c) a participação da família na escola, as diretrizes curriculares, os conteúdos, as relações de trabalho e o

planejamento d) a participação da família no planejamento das aulas, a organização curricular, o planejamento e o

contexto social 21) De acordo com Cipriano Luckesi, os instrumentos de avaliação da aprendizagem precisam ser os adequados para coletar os dados que estamos necessitando para configurar o estado de aprendizagem do nosso educando. Isso implica que os instrumentos sejam adequados: ao tipo de conduta e de habilidade que estamos avaliando (informação, compreensão, análise, síntese, aplicação...); aos conteúdos essenciais planejados e, de fato, realizados no processo de ensino (o instrumento necessita cobrir todos os conteúdos que são considerados essenciais numa determinada unidade de ensino-aprendizagem; na linguagem, na clareza e na precisão da comunicação (importa que o educando compreenda exatamente o que se está pedindo dele); ao processo de aprendizagem do educando (um instrumento não deve dificultar a aprendizagem do educando, mas, ao contrário, servir-lhe de reforço do que já aprendeu. Responder questões significativas significa aprofundar as aprendizagens já realizadas). Para atender a esses critérios, o autor está se referindo aos seguintes instrumentos: a) testes que apresentem um caráter discursivo para que o educando tenha a oportunidade de expressar

livremente sua aprendizagem b) prova, apenas, pois é o instrumento de avaliação mais eficiente e que garante o atendimento aos critérios

estabelecidos, de modo objetivo c) quaisquer que sejam os instrumentos, tais como prova, teste, redação, monografia, dramatização,

exposição oral, arguição, dentre outros d) exames que priorizem os conteúdos trabalhados em sala de aula para atender ao critério de justiça

curricular, privilegiando a todos os estudantes

22) O Parecer CEB 04/98 prevê que ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas deverão explicitar o reconhecimento da identidade pessoal de alunos, professores e outros profissionais e a identidade de cada unidade escolar e de seus respectivos sistemas de ensino. Tal exigência se refere ao reconhecimento: a) da individualidade dos alunos, professores e outros profissionais, mantendo-se uma uniformidade

arquitetônica nas escolas do país, de modo a contemplar a todos b) das diversidades relativas ao gênero, às variedades étnicas, de faixa etária e regionais e às variações

socioeconômicas, culturais e de condições psicológicas e físicas c) de que as aprendizagens são constituídas individualmente nos processos de conhecimento, linguagem e

afetivos, como consequência das distintas identidades d) de que ao planejar suas propostas pedagógicas, os professores o farão a partir da sua própria visão

formativa e o universo de valores de seus alunos

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23) A atual Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional incumbe os docentes das seguintes ações, dentre outras: a) colaborar nas atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade e participar nos

conselhos escolares ou equivalentes b) elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo o percurso formativo de cada docente e contribuir na

execução do projeto pedagógico da escola c) estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento e ministrar os dias letivos e

horas-aula, conforme a disponibilidade de cada docente d) participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino e elaborar e cumprir

o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica da escola

24) A história do pensamento pedagógico brasileiro, segundo Gadotti (1999), está marcada por duas grandes vertentes teóricas: o pensamento pedagógico liberal e o pensamento pedagógico progressista. Enquanto os progressistas têm a questão da transformação radical da sociedade e o papel da educação nessa transformação como centrais, os liberais não questionam o sistema econômico que dá origem aos privilégios, mas apregoam a mudança na educação através de um cunho mais democrático. Tal mudança está mais centrada: a) no método do que no sentido da educação b) na qualificação docente do que na organização curricular c) na permanência das crianças na escola do que no acesso d) no acesso das crianças à escola do que na qualificação docente

25) Para os autores do pensamento pedagógico brasileiro progressista, a educação é, por natureza, contraditória. Tal fato ocorre porque: a) a educação implica simultaneamente conservação dos dados do saber adquirido e criação, ou seja, crítica,

negação e substituição do saber existente b) estabilidade e mudança são processos inerentes às práticas culturais nas sociedades ocidentais e a tendência

que prevalece é sempre a conservação, fato que gera a repetição eterna c) os docentes buscam mudar a prática pedagógica através da ação cotidiana, mas os governos mantêm as

políticas que estabilizam o cotidiano escolar, especialmente na formação docente d) o pensamento pedagógico promulga a mudança, especialmente através das políticas curriculares, mas na

prática a estabilidade predomina há séculos, não havendo alterações no curso da formação

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

26) Em sentido real objetivo, toda religião visa um poder que o homem considera supremo, do qual se julga dependente, com o qual pode entrar em relação pessoal e do qual pode obter favores. Para isso, toda religião é constituída de alguns elementos que a caracterizam e a fundamentam, como relação pessoal com Deus, ritos, bem como:

a) ética e danças b) mitos e danças c) doutrina e ética d) doutrina e mitos

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27) Durante o período colonial, eram trazidos para o Brasil negros escravizados originários do continente africano. Suas práticas religiosas africanas não eram toleradas pelos portugueses que, de forma rudimentar, os catequizavam e batizavam, tornando-os cristãos. Isso resultou em uma nova forma de expressão desses homens, em relação à própria fé, que consiste: a) na forte rejeição deles a toda forma de catolicismo, combatendo, principalmente, o uso das imagens de

santos pelos católicos b) no abandono em massa das raízes africanas da fé, aderindo com liberdade ao catolicismo, principalmente

em suas devoções populares c) em uma espécie de sincretismo entre as religiões africanas e o catolicismo, expresso na identificação feita

de alguns orixás com as imagens de santos católicos d) na incorporação da doutrina da reencarnação em suas expressões de fé, em que os santos católicos

seriam encarnações de orixás e, por isso, deveriam ser cultuados 28) Os Salmos são uma coletânea de hinos do povo judaico. Feitos para serem cantados, eram utilizados principalmente na adoração pública a Deus, em especial nas grandes festividades de Jerusalém. A partir dos estudos atuais na área bíblica, sabe-se que esses poemas foram compostos por:

a) Davi, em uma mesma época b) Davi, ao longo de muitos anos c) vários escritores, em uma mesma época d) vários escritores, ao longo de muitos anos 29) O Concílio Vaticano II (1962-1965) foi um evento de renovação no catolicismo. Uma das características desse concílio foi a necessidade da Igreja Católica se redefinir frente as outras religiões. De forma concreta, a Declaração Conciliar Nostra Aetate, sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs, convida os cristãos a: a) reconhecer, manter e desenvolver bens espirituais e morais, bem como os valores socioculturais que se

encontram entre os seguidores de outras religiões b) buscar aplicar com caridade as regras do proselitismo religioso para conduzirem os seguidores de outras

religiões para a verdadeira fé c) proteger a própria fé sem provocações, afastando das relações pessoais tudo o que difere de suas

concepções religiosas d) reconhecer que a fé é algo exclusivamente pessoal e, sendo assim, toda a fé é válida para a construção

da unidade e da paz 30) Uma religião profética fundada em 622 d.C tem como princípio a existência de um só Deus todo-poderoso e absoluto. Por ser tão poderoso ele ordena tudo e, portanto, não há mais lugar para a liberdade do homem. Dessa forma, o homem deve submeter-se à divina vontade plenamente, abandonando-se em Deus e realizando, na terra, suas ordens, para poder, assim, alcançar o céu. essa religião é conhecida pelo nome de: a) budismo b) judaísmo c) islamismo d) hinduísmo

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De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96, responda às questões de números 31 e 32. 31) Em sua nova redação, o artigo 33 (Lei 9.475/97) afirma que o ensino religioso tem matrícula: a) facultativa, sendo parte integrante da formação básica do cidadão e se constitui atividade extracurricular

nas escolas públicas do ensino fundamental b) facultativa, sendo parte integrante da formação básica do cidadão e se constitui disciplina dos horários

normais das escolas públicas de ensino fundamental c) obrigatória, sendo parte integrante da formação básica do cidadão e se constitui disciplina dos horários

normais das escolas públicas de ensino fundamental e médio d) obrigatória, sendo parte integrante da formação básica do cidadão e se constitui disciplina dos horários

normais das escolas públicas e particulares do ensino fundamental 32) A educação básica é formada por ensino fundamental, ensino médio, bem como: a) ensino superior b) educação infantil c) educação infantil e ensino superior d) educação infantil e ensino profissionalizante

33) De acordo com o artigo 8º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, pode-se afirmar que: a) todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a

liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular

b) ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei

c) é inviolável o direito à liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e às suas liturgias

d) é assegurado a todo ser humano o respeito à diversidade cultural religiosa, vedada qualquer forma de proselitismo

34) De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 7, de 14 de dezembro de 2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais, pode-se afirmar que: a) a necessária integração dos conhecimentos escolares no currículo favorece a sua contextualização e

aproxima o processo educativo das experiências dos alunos b) os sistemas de ensino e os projetos político-pedagógicos das escolas devem expressar com clareza o que

é esperado dos professores, em relação à sua prática docente c) os sistemas de ensino e as escolas adotarão, como norteadores das políticas educativas e das ações

pedagógicas, os princípios: éticos, políticos, filosóficos e culturais d) o projeto político-pedagógico da escola traduz a proposta educativa construída pela escola no exercício de

sua autonomia, com base nas características dos alunos, tendo como referência as orientações curriculares de cada disciplina

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35) De acordo com o artigo 206 da Constituição Federal de 1988, o ensino será ministrado com base em alguns princípios, EXCETO:

a) gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais b) igualdade de condições para o acesso e permanência na escola c) liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber d) unidade de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência entre as instituições públicas 36) Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CEB nº 7, de 14 de dezembro de 2010), o ensino religioso será considerado:

a) atividade extracurricular do ensino fundamental b) parte diversificada não obrigatória do ensino fundamental e médio c) disciplina interdisciplinar facultativa do ensino fundamental e médio d) componente curricular obrigatório do ensino fundamental, organizado em área de conhecimento

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Religioso, responda às questões de números 37 a 40: 37) O conceito de conhecimento no ensino religioso, de acordo com as teorias contemporâneas, aproxima-se cada vez mais da ideia de que conhecer é:

a) analisar situações b) construir significados c) aprender para decidir d) sintetizar informações

38) É considerada característica essencial do profissional do ensino religioso, EXCETO:

a) ser tolerante e pacificador frente à diversidade de religiões b) ter a consciência da complexidade da questão religiosa c) ter clareza quanto à sua própria convicção de fé d) ser disponível para o diálogo 39) Os conteúdos do ensino religioso devem proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno religioso. Sendo assim, o tratamento didático dos conteúdos deve realizar-se por meio de:

a) investigação e diálogo direcionados à educação da fé dos educandos b) reflexão e discussão, dentro de um tema em questão, cuja alteridade não seja contemplada c) conscientização do educando acerca das diversas religiões existentes no mundo e seu modo de agir,

frente a cada uma delas d) análise e conhecimento, na pluralidade cultural da sala de aula, protegendo, assim, a liberdade da

expressão religiosa do educando 40) Considerando a pluralidade da escola brasileira, os critérios para os blocos de conteúdos do ensino religioso, além de Teologias, são:

a) Culturas e Tradições Inter-Religiosas, Tradições Religiosas, Ritos e textos Sagrados b) Culturas e Tradições Religiosas, Escrituras Sagradas, Tradições Orais, Ritos e Ethos c) Culturas e Tradições Religiosas, Textos Sagrados, Fé e Dogmas e História dos Antepassados d) Culturas e Tradições Inter-Religiosas, Escrituras Sagradas, Ethos, Fé e Dogmas e História dos Antepassados

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De acordo com Meneghetti (2002), responda às questões de números 41 e 42.

41) A formulação do projeto pedagógico possibilita visualizar os problemas da escola e ao mesmo tempo, organizar-se para interferir na realidade. Dentre os objetivos do ensino religioso na formulação do projeto pedagógico, está INCORRETO que o(s) docente(s): a) que trabalha, em especial com o ensino religioso, tem a mesma responsabilidade que os demais

docentes na formulação. No entanto, não é maior do que a dos outros docentes, nem menor. É igual b) de todas as disciplinas podem e devem contribuir em sua formulação, desenvolvendo as dimensões do

Saber (relativa à sua área de conhecimento específica), do Saber pensar e do Saber fazer/intervir c) desta disciplina conseguirá conhecer com mais facilidade as necessidades da unidade escolar, por

trabalhar com um grande número de alunos e conhecer a identidade religiosa de cada um d) deve encontrar referências, por necessidade, para tentar decodificar a realidade, a fim de auxiliar os

alunos em sua atitude diante da vida, da cidadania, da empregabilidade e tantos outros 42) A atual concepção do ensino religioso é um permanente convite à parceria do docente com os discentes, com os outros professores, com os conhecimentos paralelos, com as estruturas e com todas as diferenças presentes na vida escolar. Diante disso, pode-se afirmar que:

a) assumir essa posição, significa lidar com o conhecimento sobre o ensino religioso, ou seja, a fé particular de cada educando

b) o novo perfil do ensino religioso está vinculado a um processo de educação permanente da fé e de transmissão dos ensinamentos de Deus

c) este entendimento aponta para um perfil de professores que são pregadores de sua própria religião e estudiosos/especialistas do fenômeno religioso

d) à escola, compete garantir o acesso dos discentes ao conhecimento religioso, em seus múltiplos aspectos, pois o que se quer é um ensino religioso agregador

De acordo com Oleniki e Daldegan (2003), responda às questões de números 43 e 44. 43) O ensino religioso considera todas as dimensões em vista da formação integral dos educandos, dando maior ênfase à dimensão religiosa, contemplando: I. A compreensão, aceitação e tolerância das diferentes culturas religiosas; II. Atualização do conhecimento religioso presente em diferentes culturas e tradições religiosas; III. A leitura ou percepção do religioso presente nas relações humanas e nos meios de comunicação social. A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: a) I e II b) I e III c) II e III d) I, II e III

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44) O ensino religioso para o ensino fundamental precisa oferecer:

a) um conjunto de conhecimentos associados ao fenômeno religioso, desconsiderando a opção religiosa do educando

b) aprofundamento na sua dimensão religiosa, conhecendo as diferentes religiões e escolhendo qual será a doutrina que irá seguir

c) conhecimento das diversas tradições religiosas, somente através de atividades lúdicas, proporcionando ao educando uma experiência religiosa individual

d) referenciais e informações para que os conhecimentos religiosos sejam ampliados e transformados em elementos significativos para a formação integral do educando

45) A religião foi considerada um dos principais aparelhos ideológicos do Estado no seguinte período:

a) Estado Novo – 1937 a 1945 b) Monarquia Constitucional – 1823 a 1889 c) quarto período republicano – 1964 a 1984 d) terceiro período republicano – 1946 a 1964

46) O conjunto de afirmações e conhecimentos elaborados pela religião e repassados para os fiéis sobre o Transcendente, de um modo organizado ou sistematizado, denomina-se:

a) Ritos b) Ethos c) Teologias d) Textos Sagrados 47) São consideradas religiões sapienciais:

a) hinduísmo, budismo e taoísmo b) judaísmo, maometismo e taoísmo c) judaísmo, cristianismo e xintoísmo d) hinduísmo, espiritismo e confucionismo

48) Sobre o budismo, pode-se afirmar que:

a) sua fundação é datada no século II a.C. b) seu livro principal chama-se Tchuang-Tseu c) Sidharta Gautama foi o fundador desta religião d) Vedas, Brahmanas e Upanichades são seus livros sagrados 49) Para o escritor cristão Lactâncio, a palavra religião advém de:

a) re-ligare (re-ligar) – ligar o homem de novo a Deus b) re-eligere (re-eleger) – tornar a escolher Deus perdido pelo pecado c) re-legere (re-ler) – considerar atentamente o que pertence ao culto divino d) re-eligere (re-eleger) – reconhecer a dependência do homem a um ser surpremo 50) Sobre o judaísmo, pode-se afirmar que:

a) não tem fundador individualizado b) sua fundação é datada em 622 d.C. c) os livros sagrados são Kojiki, Nihonji e Yengishiki d) Páscoa, Shavuót e Sucót são consideradas festas importantes

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