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Prof. Kemil Rocha Sousa Princípios do Exercício Aeróbico

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Page 1: Prof. Kemil Rocha Sousa. Termo geral usado para descrever a habilidade para realizar trabalho físico. A execução de trabalho físico requer: - funcionamento

Prof. Kemil Rocha Sousa

Princípios do Exercício Aeróbico

Page 2: Prof. Kemil Rocha Sousa. Termo geral usado para descrever a habilidade para realizar trabalho físico. A execução de trabalho físico requer: - funcionamento

Termo geral usado para descrever a habilidade para realizar trabalho físico.

A execução de trabalho físico requer:

- funcionamento cardiorrespiratório

- força muscular

- resistência muscular à fadiga

- resistência física

Para se tornar fisicamente preparado, precisa-se participar regularmente de alguma forma de atividade física que utilize grandes grupos musculares e desafie o sistema cardiorrespiratório.

Pessoas de qualquer idade podem melhorar seu preparo:

Caminhada, corrida, pedalar, nadar, subir e descer escadas, esqui, cross country e/ ou treino com pesos.

Preparo Físico

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Os níveis de preparo podem ser descritos em um continuum que vai de ruim a superior com base no gasto energético durante 1 hora de trabalho físico.

Essas estimativas são em geral baseadas na medida direta ou indireta do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) do corpo.

Influenciado por:

Sexo

Idade

Hereditariedade

Inatividade

Doença

Preparo físico

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VO2 máx é a medida da capacidade do corpo de usar O2

Geralmente medido durante a realização deum exercício que utilize muitos grupos musculares grandes (natação, caminhada, corrida).

Trata-se da maior quantidade de O2 consumida/ minuto quando realiza-se esforço máximo.

Expressa em relação ao peso corporal, em mililitros de oxigênio por quilograma de peso corporal: mL/ Kg/ minuto

Dependente:

capacidade de transporte de O2 pelo sangue

função cardíaca

capacidade de extração de O2

potencial oxidativo do músculo

Consumo máximo de O2

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Habilidade de realizar trabalho por períodos prolongados e resistir à fadiga.

Inclui resistência cardiovascular e muscular

Resistência muscular- grupo muscular isolado realizar repetidas contrações por um longo período.

Resistência cardiovascular- habilidade de realizar exercícios dinâmicos envolvendo grandes grupos musculares por longos períodos.

Resistência física

Page 6: Prof. Kemil Rocha Sousa. Termo geral usado para descrever a habilidade para realizar trabalho físico. A execução de trabalho físico requer: - funcionamento

Aumento da utilização de energia do músculo por meio de um programa de exercícios.

A melhora da habilidade muscular para usar energia é decorrente da existência de níveis elevados de enzimas oxidativas nos músculos, aumentando a densidade e o tamanho das mitocôndrias, bem como elevando o suprimento de fibras capilares musculares.

Depende de intensidade, duração e frequência.

Produz adaptação cardiovascular e/ou muscular e é reflexo da resistência física pessoal.

Para um esporte ou evento em particular depende do princípio da especificidade.

Treinamento aeróbico (condicionamento)

Page 7: Prof. Kemil Rocha Sousa. Termo geral usado para descrever a habilidade para realizar trabalho físico. A execução de trabalho físico requer: - funcionamento

O sistema cardiovascular e os músculos utilizados adaptam-se ao estímulo do treinamento ao longo do tempo.

Mudanças significativas- 10 a 12 semanas.

Melhora da eficiência do sistema cardiovascular e músculos:

neurológica

físicas

bioquímicas

A adaptação depende da habilidade do organismo de mudar e do limiar de estímulo ao treinamento.

Pessoas despreparadas tem maior potencial para melhora que pessoas com alto preparo.

Adaptação

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mVO2 é a medida do O2 consumida pelo músculo miocárdio.

A demanda ou necessidade por O2 é determinada:

FC

PAS

Contratilidade do miocárdio

Pós-carga (tensão na parede do VE e P aórtica, é a força ventricular necessária para abrir a válvula aórtica no início da sístole, essa tensão é determinada pelo tamanho do ventrículo e espessura da parede)

A habilidade de suprir o miocárdio com O2:

conteúdo de O2 no sangue

dissociação de O2 da hemoglobina

fluxo sanguíneo coronário

Consumo de O2 pelo miocárdio

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Ocorre com o repouso prolongado no leito:

Massa muscular

Força

Função cardiovascular

Volume sanguíneo total

Volume plasmático

Volume cardíaco

Tolerância ortostática

Tolerância ao exercício

Densidade mineral óssea

Descondicionamento

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Sistemas metabólicos envolvendo uma série de reações bioquímicas que resultam na formação de ATP, CO2 e H2O.

Sistemas energéticos

ATP ADP + P

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Trifosfato de adenosina – fosfocreatina

Fosfocreatina e ATP armazenadas na célula muscular

Fosfocreatina é a fonte química de combustível

Anaeróbio

Reposto no descanso do músculo

Capacidade energética pequena

Potência máxima do sistema grande

Provê energia para atividades explosivas curtas e rápidas

Principal fonte de energia durante 30’’ de exercício intenso

Sistema fosfagênio ou ATP- PC

Page 12: Prof. Kemil Rocha Sousa. Termo geral usado para descrever a habilidade para realizar trabalho físico. A execução de trabalho físico requer: - funcionamento

Glicose é a fonte de energia (glicólise)

Anaeróbia

ATP ressintetizado na célula muscular

Ácido lático

Capacidade máxima do sistema intermediária

Potência máxima do sistema intermediária

Fornece energia para atividades de intensidade moderada e de curta duração

Principal fonte energética entre 30 e 90’’ de exercício

Sistema glicolítico anaeróbio

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Glicogênio, gorduras e proteínas

É necessário O2

ATP sofre nova síntese na mitocôndria da célula muscular (número e concentração de mitocôndrias)

Capacidade máxima grande

Potência máxima pequena

O sistema predomina sobre os outros após 2 min.

Sistema aeróbico

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Tipo I ( contração lenta)- resposta contrátil lenta, ricas em mioglobinas e mitocôndrias, alta capacidade oxidativa e baixa capacidade anaeróbica, recrutadas para atividades de resistência.

Tipo IIB (contração rápida)- resposta contrátil rápida, baixo conteúdo de mioglobinas e poucas mitocôndrias, alta capacidade glicolítica e são recrutadas para potência.

Tipo IIA- características das fibras do tipo I e IIB

Unidades motoras

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Atividade explosiva intensa (segundos) desenvolve força muscular e fortalece tendões e ligamentos (ATP suprida pelo fosfagênio)

Atividade intensa (1 a 2 min) repetida após 4 minutos de descanso ou de exercícios leves favorece a potência anaeróbica (ATP suprida pelo fosfagênio e sistema glicolítico anaeróbico)

A atividade com músculos grandes e uma intensidade menor que a máxima durante 3 a 5 minutos, repetida após um descanso ou exercício leve de duração similar, pode desenvolver potência aeróbica e capacidade de resistência física (ATP suprida pelo fosfagênio, glicolítico anaeróbico e aeróbico)

Atividade de intensidade submáxima durante 20 a 30 minutos ou mais utiliza alta porcentagem do sistema aeróbico e desenvolve resistência física.

Implicações funcionais

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Geralmente expresso em Kcal

Leves, moderadas e intensas

Kcal é uma medida que expressa o valor energético da comida. É a quantidade de calor necessária para aquecer 1 Kg de H2O em 1ºC.

5Kcal= 1LO2

MET é definida como O2 consumido/ Kg de peso corporal/min. Equivale aproximadamente a 3,5 mL/Kg/ min

Gasto energético

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Leves, moderadas ou intensas

Homem mediano (65 Kg)

A pessoa mediana engajada em atividades diárias normais gasta de 1.800 a 3.000 kcal/ dia

Atletas em atividade intensa 10.000 kcal/ dia

Steady-state: período do exercício aeróbio em que o consumo de O2 está em equilíbrio com O2 ofertado (3 a 4 min)

Classificação das atividades

Trabalho Atividade

Leve 2 a 4,9 kcal/ min 6,1 a 15,2 mLO2/ min

1,6 a 3,9 METs

Caminhar a 1,6 km/h ou 1 mph

Intenso 7,5 a 9,9 kcal/min

23 a 30,6 mLO2/ min

6 a 7,9 METs Correr a 8 km/h ou 5 mph

Page 18: Prof. Kemil Rocha Sousa. Termo geral usado para descrever a habilidade para realizar trabalho físico. A execução de trabalho físico requer: - funcionamento

Pressórica- Vasoconstrição periférica generalizada nos músculos que não estão exercitando, aumento da contratilidade do miocárdio, aumento da FC e da PAS

Cardíaca- Aumento da despolarização do nodo sinoatrial e da FC, aumento de força na contração das fibras cardíacas (resposta inotrópica)

Efeitos periféricos- vasoconstrição generalizada nos músculos não trabalhados, rins, fígado e intestino.

Aumento do débito cardíaco- contratilidade, FC, fluxo de sangue nos mm exercitados, constrição venosa.

Respostas cardiovasculares ao exercício aeróbico

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Aumento das trocas gasosas

Ventilação-minuto aumenta

FR aumenta

VC aumenta

Ventilação alveolar aumenta 10 a 20 vezes

Resposta respiratória

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Pessoas saudáveis:

Cooper- tempo gasto para percorrer 2.400 m ou distância percorrida em 12 minutos. Correlação com Vo2max.

Múltiplos estágios- analisa amostras de ar expirado. 4 a 6 estágios de 3 a 6 minutos (ECG). Captação máxima de O2 atinge platô mesmo com o aumento da carga.

Testes

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Pessoas convalescentes e de risco:

Observar durante e após o teste. ECG.

Mudar a carga de trabalho aumentando V e/ou inclinação esteira ou carga da bicicleta

Iniciar com carga baixa em relação ao limiar aeróbico previsto

Manter carga por 1 ou mais minutos

Interromper teste no surgimento de sintomas ou anormalidade no ECG

Teste de caminhada 6’

Teste do banquinho

Teste levantar-sentar

Testes

Page 22: Prof. Kemil Rocha Sousa. Termo geral usado para descrever a habilidade para realizar trabalho físico. A execução de trabalho físico requer: - funcionamento

Ajudar a estabelecer diagnóstico de doença cardíaca manifesta ou latente

Avaliar a capacidade funcional cardiovascular para liberação para trabalho ou programa de exercícios extenuantes

Determinar a capacidade de trabalho físico

Avaliar a resposta ao treinamento com exercícios e/ou programas preventivos

Seleção e avaliação de modos apropriados de tratamento para doenças cardíacas

Usado clinicamente para avaliar indivíduos com sensibilidade torácica ou história de dor no peito

Propósito do teste

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Monitorar pulso para avaliar aumentos anormais de FC

PA aumenta 7 a 10 mmHg por MET de atividade física

PAS não deve exceder 220 a 240 mmHg

PAD não deve exceder 120 mmHg

FR e profundidade respiratória aumentam

a pessoa não deve respirar com dificuldade

a pessoa não deve ter a sensação de falta de ar

Bochechas, nariz e lóbulos das orelhas tornam-se rosados, úmidos e quentes ao toque

Precauções para o teste de esforço e o programa de exercícios

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Angina progressiva

Queda na PAS com incremento da carga

Vertigem, confusão, palidez, cianose, náusea ou ICP

Resposta anormal no ECG (infradesnivelamento de ST maior que 4 mm)

Aumento excessivo de PA

Deseja da pessoa de parar

Interrupção

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Teste de múltiplos estágios

Teste de Bruce (esteira):

mudança na inclinação e na V a cada 3 min

2,7 km/h até 8 km/h

inclinação de 10 a 18%

FC obtida no teste submáximo

220 - Idade

FC máx

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% da FC máx

Fórmula de Karvonen

FC exercício= Fc repouso + 60- 70% (Fc máx- FC repouso)

FC de exercício

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Aquecimento

Exercícios calistênicos, caminhadas

gradual e suficiente para aumentar a T muscular e central sem fadigar

10 minutos

FC a 20 batimentos da FC alvo

Exercício aeróbico

Contínuo

Intervalos

Circuito de treinamento

Circuito de treinamentos com intervalo

Período de desaquecimento ou resfriamento ou volta a calma

Alongamento estático

Exercícios calistênicos

Programa de exercícios aeróbicos

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FC alvo e FC máx

Aquecimento gradual por 5 a 10 min

Aumentar a cadência de modo que a FC possa ser mantida por 20 a 30 min

Desaquecimento por 5 a 10 minutos

Realizado 3 a 5 vezes/ semana

Equipamentos apropriados: calçado correto, evitar superfícies duras como asfalto ou concreto (lesão por sobrecarga)

Aquecer e alongar mm apropriadamente (LER)

Aumentar repetições ou tempo em não mais que 10% por semana

Cuidado com dor durante o exercício ou que surge após 4 horas

Treino individualizado

Diretrizes Gerais para Programa de Ex. Aeróbicos