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PROF. AUGUSTO CUNHA ANALISTA JUDICÍARIO ÁREA FIM TJ-MS 2015 LÍNGUA PORTUGUESA O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 1 LÍNGUA PORTUGUESA (PROVAS PUC-PR 2014 a 2012) PROVA 1 Agente Profissional-(Função: Advogado)-(Nível Superior)-(Manhã) – Urbanização de Curitiba S.A. – URBS Data: 10/08/2014 Leia o fragmento abaixo para responder às questões 1 e 2. Como nascem os preconceitos Cães e seres humanos são mamíferos e, como tal, exigem cuidados permanentes, em especial na infância, na doença e na velhice. Manter vínculos de afeto é essencial à felicidade da espécie humana. A Declaração da Independência dos EUA teve a sabedoria de incluir o direito à felicidade, considerada uma satisfação das pessoas com a própria vida. Pena que atualmente muitos estadunidenses considerem a felicidade uma questão de posse, e não de dom. Daí a infelicidade geral da nação, traduzida no medo à liberdade, nas frequentes matanças, no espírito bélico, na indiferença para com a preservação ambiental e as regiões empobrecidas do mundo. É o chamado “mito do macho”, segundo o qual a natureza foi feita para ser explorada; a guerra é intrínseca à espécie humana, como acreditava Churchill; e a liberdade individual está acima do bem-estar da comunidade. Frei Betto. Disponível em: <http://envolverde.com.br/sociedade/preconceitosociedade/como-nascem-os-preconceitos/>. Acesso em: 14/06/2014. 1. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.1) De acordo com o que se depreende do texto, analise as assertivas abaixo. I. Os norte-americanos se distanciaram da visão dos fundadores de sua República. II. O autor contesta a posição ideológica da cultura política norte-americana. III. O autor reafirma a visão pessimista de Churchill sobre a espécie humana. É CORRETO o que se afirma em: a) II e III, apenas. b) I e III apenas. c) I e II apenas. d) I, apenas. e) II, apenas. 2. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.2) Nesse contexto, entende-se por “mito do macho” a) a visão do antropocentrismo. b) o mito da esperteza. c) o mito da individualidade. d) o mito da masculinidade. e) o mito da animalidade da espécie humana.

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PROF. AUGUSTO CUNHA ANALISTA JUDICÍARIO − ÁREA FIM − TJ-MS − 2015 LÍNGUA PORTUGUESA

O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 1

LÍNGUA PORTUGUESA (PROVAS PUC-PR − 2014 a 2012)

PROVA 1

Agente Profissional-(Função: Advogado)-(Nível Superior)-(Manhã) – Urbanização de Curitiba S.A. – URBS

Data: 10/08/2014 Leia o fragmento abaixo para responder às questões 1 e 2.

Como nascem os preconceitos Cães e seres humanos são mamíferos e, como tal, exigem cuidados permanentes, em especial na infância, na doença

e na velhice. Manter vínculos de afeto é essencial à felicidade da espécie humana. A Declaração da Independência

dos EUA teve a sabedoria de incluir o direito à felicidade, considerada uma satisfação das pessoas com a própria

vida. Pena que atualmente muitos estadunidenses considerem a felicidade uma questão de posse, e não de dom. Daí a

infelicidade geral da nação, traduzida no medo à liberdade, nas frequentes matanças, no espírito bélico, na indiferença

para com a preservação ambiental e as regiões empobrecidas do mundo. É o chamado “mito do macho”, segundo o qual a natureza foi feita para ser explorada; a guerra é intrínseca à espécie

humana, como acreditava Churchill; e a liberdade individual está acima do bem-estar da comunidade.

Frei Betto. Disponível em: <http://envolverde.com.br/sociedade/preconceitosociedade/como-nascem-os-preconceitos/>. Acesso em: 14/06/2014. 1. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.1) De acordo com o que se depreende do texto, analise as assertivas abaixo. I. Os norte-americanos se distanciaram da visão dos fundadores de sua República.

II. O autor contesta a posição ideológica da cultura política norte-americana.

III. O autor reafirma a visão pessimista de Churchill sobre a espécie humana. É CORRETO o que se afirma em: a) II e III, apenas. b) I e III apenas. c) I e II apenas. d) I, apenas. e) II, apenas. 2. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.2) Nesse contexto, entende-se por “mito do macho” a) a visão do antropocentrismo. b) o mito da esperteza. c) o mito da individualidade. d) o mito da masculinidade. e) o mito da animalidade da espécie humana.

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 2

3. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.3) Observe as seguintes frases de um artigo de opinião de Lia Luft: I. “Um juiz manda que grevistas voltem ao trabalho, ninguém dá bola.”

II. “Decretam uma greve ilegal, ninguém se impressiona.”

III. “Não sou do tipo severo, não sou rigorosa demais...” Nas frases, as orações separadas por vírgula poderiam também estar ligadas por quais conectores? a) I – mas; II – portanto; III – e nem. b) I – entretanto; II – porque; III – e. c) I – mas; II – mas; III – porém. d) I – mas; II – porque; III – nem. e) I – mas; II – mas; III – e. 4. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.4) Considere as seguintes frases: I. Modelo japonês de estágios ajuda empresa brasileira na busca de emprego.

II. Canais alternativos ajudam jovens na busca por empregos.

III. Após as enchentes, o Corpo de Bombeiros começou a procurar pelos desaparecidos. Assinale a alternativa que indica a(s) forma(s) empregada(s) de acordo com a norma padrão da língua. a) II, apenas. b) III, apenas. c) I, apenas. d) I e III, apenas. e) II e III, apenas. 5. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.5) Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos elementos coesivos que devem completar o texto.

_____ dez anos, a frota de veículos no transporte público cresceu no Brasil em ritmo superior ao da população. Temos

15% a mais de ônibus _____30% a mais de vagões. _____ transporte público não se resolve_____ com quantidade.

Faltou qualidade à administração do sistema. A velocidade média dos ônibus caiu para menos de 20 quilômetros

por hora, nas maiores cidades brasileiras – em São Paulo, ela se aproxima de 8 quilômetros por hora. _____ dez anos,

o custo de usar transporte público subiu _____ o custo de usar carro – uma aberração, numa sociedade _____ deveria

incentivar a primeira opção.

CLEMENTE, Isabel; CORONATO, Marcos; CISCATI, Rafael. Como destravar nossas cidades. Época, São Paulo. nº 788, p.42-43, 1º julho 2013.

a) Nesses últimos – e – Mas – apenas – Nesses mesmos – tanto quanto – que b) Nesses últimos – que – E – apenas – Nesses mesmos – tanto quanto – em que c) Nesses últimos – do que – E – apenas – Nesses mesmos – tanto como – a qual d) Nos últimos – do que – Por isso – apenas – Nesses mesmos – tanto como – a qual e) Nos últimos – e – Assim – apenas – Nesses mesmos – tanto como – onde se

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 3

Leia um trecho de uma crônica e depois responda às questões 6, 7 e 8.

Sua excelência, o leitor

Os livros vivem fechados, capa contra capa, esmagados na estante, às vezes durante décadas – é preciso arrancá-los de lá e abri-los para ver o que têm dentro. [...]

Já o jornal são folhas escancaradas ao mundo, que gritam para ser lidas desde a primeira página. As mãos do texto puxam o leitor pelo colarinho em cada linha, porque tudo é feito diretamente para ele. O jornal do dia sabe que tem vida curta e ofegante e depende desse arisco, indócil, que segura as páginas amassando-as, dobrando-as, às vezes indiferente, passando adiante, largando no chão cadernos inteiros, às vezes recortando com a tesoura alguma coisa que o agrada ou o anúncio classificado. Súbito diz em voz alta, ao ler uma notícia grave, “Que absurdo!”, como quem conversa. O jornal se retalha entre dois, três, quatro leitores, cada um com um caderno, já de olho no outro, enquanto bebem café. Nas salas de espera, o jornal é cruelmente dilacerado. Ao contrário do escritor, que se esconde, o cronista vive numa agitada reunião social entre textos – todos falam em voz alta o mesmo tempo, disputam ávidos o olhar do leitor, que logo vira a página, e silenciamos no papel. Renascemos amanhã.

TEZZA, Cristovão, Revista Língua. Ano 9. nº 98,. p.35, dezembro de 2013.

Releia o seguinte trecho: O jornal do dia sabe que tem vida curta e ofegante e depende desse arisco, indócil,... 6. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.6) Assinale a alternativa que contém o termo a que se refere o elemento coesivo desse (10ª linha). a) Autor de jornal. b) Leitor de jornal. c) Escritor de livro. d) Cronista de jornal. e) Leitor de livro. 7. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.7) Observe a seguinte frase: Súbito diz em voz alta, ao ler uma notícia grave, “Que absurdo!”, como quem conversa. Que sinal de pontuação poderia substituir a segunda e a terceira vírgulas dessa frase? a) Os parênteses. b) Os dois-pontos. c) O ponto-e-vírgula. d) O travessão. e) O parágrafo. 8. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.8) Sobre esse trecho, a única afirmação INCORRETA é a) A seleção vocabular atrai o leitor pelo exagero. b) O jornal é personificado conferindo dinamismo ao texto. c) A última frase se refere ao autor. d) Há uma análise comparativa entre dois tipos de escrita. e) Há no jornal um confronto de vozes.

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 4

Leia o seguinte trecho de um parecer de economista: Conforme se verifica do conteúdo do citado documento, ali se relata e se comprova conforme registros em Atas de Assembléia de Acionistas, registros em Balanços e Notas de Balanço, que demonstram o uso indevido do caixa, do capital social e dos dividendos dos acionistas minoritários por parte do sócio controlador. 9. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.9) A alternativa que contém a reescrita adequada desse trecho, restituindo-lhe a coerência, é: a) Conforme se verifica do conteúdo do citado documento, ali se relata e se comprova por meio dos registros em Atas de Assembléia de Acionistas, registros em Balanços e Notas de Balanço, que demonstram o uso indevido do caixa, do capital social e dos dividendos dos acionistas minoritários por parte do sócio controlador. b) Conforme se verifica no conteúdo do citado documento, ali se relata e se comprova em registros em Atas de Assembléia de Acionistas, registros em Balanços e Notas de Balanço, que demonstram o uso indevido do caixa, do capital social e dos dividendos dos acionistas minoritários por parte do sócio controlador. c) Conforme se verifica no conteúdo do citado documento, ali se relata e se comprova com registros em Atas de Assembléia de Acionistas, registros em Balanços e Notas de Balanço, que demonstram o uso indevido do caixa, do capital social e dos dividendos dos acionistas minoritários por parte do sócio controlador. d) Conforme se verifica no conteúdo do citado documento, ali se relata e se comprova pelos registros em Atas de Assembléia de Acionistas, registros em Balanços e Notas de Balanço, o uso indevido do caixa, do capital social e dos dividendos dos acionistas minoritários por parte do sócio controlador. e) Conforme se verifica do conteúdo do citado documento, ali se relatam e se comprovam registros em Atas de Assembléia de Acionistas, registros em Balanços e Notas de Balanço, que demonstram o uso indevido do caixa, do capital social e dos dividendos dos acionistas minoritários por parte do sócio controlador. 10. [Ag. Profissional-(Advogado)-(NS)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.10) Leia os parágrafos a seguir e depois responda:

É por meio de uma linguagem comum que se estabelece, de maneira mais explícita, a pertinência ao meio, o sentimento de pertencer não somente à empresa como também ao mundo empresarial, à administração que se transformou em business-show. Os diálogos, principalmente os de seleção, recrutamento, alocação e venda de serviços, se pautam na utilização das palavras em evidência. Isso para demonstrar sintonia e – outra dessas palavras favoritas – alinhamento.

O ritual da fala em administração e negócios se transformou em um encostar de antenas de formigas que trocaram o trabalho de carregar folhas pelo trabalho de emitir as palavras que fazem contato, ainda que não façam sentido.

Comunicação é chic, contabilidade não é. No entanto, há dois erros básicos na comunicação no âmbito administrativo que são impensáveis para a contabilidade: primeiro, utilizar a mesma palavra para definir coisas diferentes; segundo, utilizar palavras diferentes para definir a mesma coisa.

CORREIA, Luis Adonis Valente, Revista Língua Portuguesa, ano 1, nº 3, p. 33, 2006.

O propósito do autor do texto é: a) questionar a qualidade da comunicação no mundo de hoje. b) apontar as falhas de certo vocabulário do âmbito administrativo. c) explicar o sentido implícito de alguns termos do mundo empresarial. d) distinguir comunicação de contabilidade. e) promover a linguagem do mundo empresarial.

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 5

PROVA 2

Agente de Fiscalização-(Função: Fiscal)-(Nível Médio)-(Manhã) – Urbanização de Curitiba S.A. – URBS

Data: 10/08/2014

Dengue em SP cresce 18% em uma semana O número de casos confirmados de dengue na cidade de São Paulo aumentou 18% nos últimos sete dias. Segundo dados atualizados da Secretaria Municipal da Saúde, a cidade registrou 10.124 notificações da doença neste ano — até a última quinta-feira, haviam sido totalizados 8.508 casos. Oito pessoas morreram por dengue na capital em 2014. Segundo a Secretaria da Saúde, o pico da doença já aconteceu — mais da metade (57%) dos casos registrados na cidade em 2014 ocorreu entre os dias 23 de março e 19 de abril. A tendência, segundo o órgão, é que o crescimento da dengue desacelere. Na última semana, o aumento do total de notificações em São Paulo havia sido maior, de 23%. Os casos de dengue registrados até agora em São Paulo já superam as notificações de todo o ano de 2013 (2.617); de 2012 (1.150); de 2011 (4.191); e de 2010 (5.866).

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/dengue-em-sp-cresce-18-em-uma-semana>. Acesso em: 13 jun. 2014.

1. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.1) Sobre aspectos relacionados à norma culta da língua portuguesa, assinale a alternativa CORRETA. a) A forma verbal haviam, no 1.º parágrafo, justifica-se pela ocorrência de voz passiva sintética. b) A forma verbal aumentou, no 1.º parágrafo, justifica-se pela concordância com o núcleo do sujeito número. c) A forma verbal ocorreu, no 2.º parágrafo, justifica-se por concordar com o percentual entre parênteses. d) A forma verbal havia, no 2.º parágrafo, justifica-se por ser impessoal nesse contexto. e) A forma verbal superam, no último parágrafo, justifica-se pela concordância estabelecida com notificações. 2. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.2) Morei em Porto Alegre na minha adolescência e usei muito o lotação – a palavra é masculina mesmo. Ele custa mais do que o ônibus – atualmente, R$ 4,40 e R$ 2,95, respectivamente – mas oferece mais comodidade. Os veículos têm ar-condicionado e poltronas do tipo de ônibus executivo. Os lotações circulam em rotas fixas, mas o passageiro pode pedir para descer em qualquer lugar – “quero parar ali na esquina”, “vou ficar na frente do colégio” etc. Naquela época (como isso foi há 20 anos, a expressão é adequada, infelizmente), a passagem era paga na hora de descer: levantava com o veículo em movimento e, falando com o motorista, entregava-lhe o dinheiro. Algum problema? Em dois anos por lá, nunca soube de nenhum. Talvez ocorram alguns incidentes, como em qualquer evento cotidiano. O fato é que o número de acidentes envolvendo os lotações é muito baixo – em média, 1% do total registrado na cidade.

Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id=1476340&tit=O-cobrador-sumiu-(2)>. Acesso em: 14 jun. 2014. Considerando o exemplo relatado no texto, é possível inferir que a autora não julga a função de cobrador imprescindível no transporte coletivo. Assinale o trecho do texto que confirma essa interpretação. a) “Morei em Porto Alegre na minha adolescência e usei muito o lotação”. b) “Ele custa mais do que o ônibus – atualmente, R$ 4,40 e R$ 2,95, respectivamente”. c) “Os lotações circulam em rotas fixas, mas o passageiro pode pedir para descer”. d) “Naquela época (...) a passagem era paga na hora de descer”. e) “Algum problema? Em dois anos por lá, nunca soube de nenhum”.

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 6

3. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.3) Se você está no grupo dos estudantes que só usam computador ou tablet para anotar as aulas, cuidado, pois o conteúdo pode, na verdade, estar passando longe do seu cérebro. Segundo um estudo publicado em maio deste ano pela revista norte-americana Psychological Science, o aluno aprende mais quando anota no bom e velho caderno. “Quando digita, a pessoa se preocupa com a transcrição da fala e não com o conteúdo. A rapidez do acesso à informação e a habilidade de responder a diferentes estímulos simultaneamente prejudicam a concentração e a retenção do conteúdo”, diz a psicopedagoga da clínica Animu Sonia Renner Ferreira. O cérebro humano processa apenas 110 bits por segundo. Então, o que é digitado mais rápido do que isso se perde na memória em poucos segundos.

Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/gaz/especiais/retome-ocaderno- e-de-adeus-ao-computador/>. Acesso em: 14 jun. 2014. Sobre elementos de sintaxe do texto, é possível afirmar que a relação de causa e consequência entre as informações, nesta ordem, pode ser identificada em: a) O cérebro humano processa apenas 110 bits por segundo. Então, o que é digitado mais rápido do que isso se perde na memória em poucos segundos. b) Segundo um estudo publicado em maio deste ano (...), o aluno aprende mais quando anota no bom e velho caderno. c) (...) o aluno aprende mais quando anota no bom e velho caderno. d) Quando digita, a pessoa se preocupa com a transcrição da fala e não com o conteúdo. e) Se você está no grupo dos estudantes que só usam computador ou tablet para anotar as aulas, (...) o conteúdo pode (...) estar passando longe do seu cérebro. 4.[Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.4) Modos de usar a Via Calma da 7 de Setembro

A rua é de todos. Respeitadas as leis de trânsito, o cidadão sobre uma bicicleta tem o mesmo direito de ir e vir do que você em seu carro;

A área demarcada é preferencialmente dos ciclistas.

Se precisar usá-la, sinalize adequadamente sua intenção;

O ciclista tem preferência na via e nos cruzamentos.

Seja gentil e ceda a passagem!

A velocidade máxima da via calma é de 30 km/h. Se estiver com pressa, use os binários nas vias paralelas;

Respeite a marcação das bici-caixas nos cruzamentos.

Essa área é exclusiva dos ciclistas;

Dê preferência aos pedestres nas travessias elevadas. Se alguém for atravessar, pare o carro e dê a passagem;

Entenda: assim como o pedestre, o ciclista não é obrigado a usar o capacete.

Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/ir-e-vir-de-bike/>. Acesso em: 14 jun. 2014. Algumas palavras ou expressões empregadas em um texto colaboram para a consolidação da mensagem que se deseja transmitir. A alternativa que apresenta SOMENTE palavras que comprovam a mensagem de orientação dada no texto é: a) todos / obrigado / sinalize. b) entenda / dê / velocidade. c) leis / gentil / preferência. d) sinalize / seja / ceda / use. e) respeite / via calma / passagem.

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 7

ORDEM DE SERVIÇO SUCTOF N.º 001, DE 7 DE ABRIL DE 2014.

O SUPERINTENDENTE CENTRAL DE TRANSPORTES OFICIAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista a necessidade de disciplinar a distribuição das quotas de combustível, RESOLVE: Art. 1º. A entrega da quota mensal de combustível ao órgão participante do sistema de controle de combustível será feita a pessoa credenciada, mediante ofício do órgão participante, indicando o quantitativo desejado, que só será liberado após análise desta SUCTOF.

Art. 2º. Esta Ordem de Serviço entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 7 de abril de 2014 Fulano de Tal Superintendente Central de Transportes Oficiais

Disponível em: <http://biblioteca.planejamento.gov.br/biblioteca-tematica- 1/textos/redacao-oficial-

e-normalizacao-tecnica>. Acesso em: 15 jun. (Adaptado).

5. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.5) Sobre os elementos constitutivos de uma ordem de serviço, é CORRETA a informação: a) O parágrafo que antecede a palavra “RESOLVE” denomina-se preâmbulo. b) O uso de negrito e das letras maiúsculas é facultativo. c) Os artigos são componentes do preâmbulo do documento. d) O título do documento pode apresentar apenas a expressão “ORDEM DE SERVIÇO”. e) Denomina-se “texto” da ordem de serviço o corpo todo do documento.

O canto tecnológico das sereias Quem acompanhou a evolução do Brasil nos últimos 15 anos, mesmo que seja um jovem de 22, notou que o nosso país mudou muito. Há não mais do que dez anos, surgiu e cresceu um novo extrato social. Esta nova multidão, identificada com vários títulos, foi alvo de estudos que levaram, em sua maioria, a conclusões um tanto óbvias: a “nova classe média” – este é mais um dos muitos rótulos – é essencial para a economia do país, pois representa mais de 50% da massa de consumidores existentes. Um destes estudos chama esta massa de “classe ABCDE”, por apresentar preferências, atitudes e vocações de cada uma das classes sociais existentes, dependendo do momento em que seus representantes se encontram.

GANDOUR, Fabio. O canto tecnológico das sereias. Revista da Cultura, n.º 83, p. 38, jun. 2014.

6. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.6) Com base na leitura e interpretação de elementos linguístico-discursivos do texto, é CORRETO apenas o que se afirma em: a) A expressão “mesmo que”, no 1.º período do texto, pode ser substituída corretamente pela conjunção “porquanto”. b) O núcleo do sujeito de “é essencial para a economia do país” é o substantivo “rótulos”. c) O sujeito das formas verbais “acompanhou” e “notou”, no 1.º período do texto, é o mesmo. d) As aspas empregadas na expressão “a nova classe média” indicam citação de discurso direto. e) No último período, a informação iniciada por “dependendo do momento em que seus representantes (...)” indica a consequência para a informação inicial do período.

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 8

7. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.7) Em tempos de alta tecnologia, ainda há espaço nos céus para os balões. Além de levar turistas para observar de cima as mais belas paisagens, essas aeronaves mais leves do que o ar são muito empregadas na ciência, por exemplo, em avaliações atmosféricas. Agora um projeto coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pretende usá-las na superação de uma enorme limitação: levar internet até áreas de difícil acesso e distantes de centros urbanos. Os grandes problemas envolvidos na tarefa de levar a conexão de internet a regiões mais remotas, como o interior da Amazônia, são a falta de infraestrutura e de interesse comercial para sua instalação. O plano do projeto Conectar é manter balões a 400 metros de altitude (acima das torres de transmissão convencionais) para receber o sinal de internet de um centro urbano e retransmiti-lo por muitos quilômetros ao seu redor – permitindo, assim, acesso à rede mesmo em áreas afastadas e reduzindo os espaços desconectados do país.

Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/06/missaoconectar>. Acesso em: 20 jun. 2014. Sobre o emprego de pronomes que contribuem para a coesão textual, assinale a única alternativa CORRETA. a) Em “pretende usá-las”, no 1.º parágrafo, o pronome oblíquo retoma a expressão “belas paisagens”. b) Em “para sua instalação”, no 2.º parágrafo, o pronome “sua” retoma o substantivo “Amazônia”. c) Em “e retransmiti-lo por muitos quilômetros”, no 2.º parágrafo, o pronome oblíquo retoma “centro urbano”. d) Em “para sua instalação”, no 2.º parágrafo, o pronome “sua” retoma “regiões mais remotas”. e) Em “pretende usá-las”, no 1.º parágrafo, o pronome oblíquo retoma a expressão “essas aeronaves”. 8. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.8) Nenhum gordo gosta de ser gordo. Sobe na balança e tem um incoercível pudor, uma vergonha convulsiva do próprio peso. E, no entanto, vejam: — pior do que ser gordo é o inverso, quer dizer, pior do que ser gordo é ser magro. Digo isto a propósito de Feola*, o meu personagem da semana. Ele está em Araxá e eu aqui. A despeito da distância, porém, é como se eu o estivesse vendo com a doce, a generosa cordialidade que é o clima dos gordos de todos os tempos. E aqui pergunto: — um Feola magro teria sido melhor para o escrete? Não creio e explico. É preciso ver os magros com a pulga atrás da orelha. São perigosos, suscetíveis de paixões, de rancores, de fúrias tremendas. E, até hoje, que eu me lembre, todos os canalhas que conheci são, fatalmente, magros. Acredito que Feola esteja no profundo e amargo arrependimento de ser gordo. Mas, se assim for, temos de admitir a sua ingenuidade. Pois uma de suas consideráveis vantagens de homem e, atrevo-me a dizê-lo, de técnico está nesta circunstância, que ele deplora e repudia. Numa terra de neurastênicos, deprimidos e irritados, convém ter o macio, o inefável humor dos gordos. A banha lubrifica as reações, amacia os sentimentos, amortece os ódios, predispõe ao amor.

RODRIGUES, Nelson. À sombra das chuteiras imortais. Seleção e notas de Ruy Castro. 3ª reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 55. * Vicente Feola foi o treinador da seleção brasileira na Copa de 1958. O grosso da imprensa não o levava a sério, acusando-o de

cochilar no banco de reservas durante os treinos.

Em relação ao vocabulário do texto, a substituição da palavra em destaque por aquela indicada nos parênteses mantém o sentido da informação em: a) São perigosos, suscetíveis de paixões, de rancores, de fúrias tremendas (incapazes). b) que ele deplora e repudia (comemora). c) Sobe na balança e tem um incoercível pudor (irreprimível). d) convém ter o macio, o inefável humor dos gordos (magoado). e) amortece os ódios, predispõe ao amor (sobrepõe).

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9. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.9) O economista americano Eric Maskin, ganhador do

Prêmio Nobel em Economia em 2007, ao apontar como a teoria de mecanismos pode ser traduzida em aplicações

do dia a dia, fez um seminário na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e creditou à educação o principal papel na

redução da desigualdade social brasileira nos últimos dez anos. Maskin, que fez uma exposição sobre globalização e

desigualdade social, disse que o país, ao contrário de outros emergentes como Índia e China, que tiveram aumento

de desigualdade no período, soube universalizar o acesso de estudantes à educação básica, utilizar de forma

eficiente programas de transferência de renda e que precisa agora incrementar a qualidade do ensino se quiser

continuar a reduzir o ritmo de queda da disparidade social.

Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/para-premio-nobelqualidade- da-educacao-precisa-avancar-para-desigualdade-brasileiracontinuar- cair-11863635#ixzz35EkOz3MI>. Acesso em: 20 jun. 2014.

O vocábulo “que” pode ser empregado com várias funções em um mesmo texto e, inclusive, pertencer a diferentes classes gramaticais. Assinale a alternativa que analisa CORRETAMENTE o emprego dessa palavra no texto. a) Em “que tiveram aumento de desigualdade no período”, o vocábulo “que” é pronome relativo e retoma a expressão “outros emergentes”. b) Em “Maskin, que fez uma exposição sobre globalização (...)”, o vocábulo “que” é conjunção integrante e retoma o substantivo “Maskin”. c) Em “disse que o país”, o vocábulo “que” é pronome relativo e introduz uma oração substantiva objetiva direta. d) Em “que precisa agora incrementar a qualidade”, o vocábulo “que” é um pronome relativo e retoma o substantivo “programas”. e) Em “Maskin, que fez uma exposição sobre globalização (...)”, o vocábulo “que” é conjunção integrante e substitui o substantivo “globalização”.

Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/especiais/revista-doclima- 2.shtml>. Acesso em: 14 jun. 2014.

10. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.10) Assinale a única alternativa que NÃO reescreve corretamente as informações da advertência feita pelos cientistas. a) Caso a temperatura média do planeta suba mais de 2ºC, as consequências podem ser desagradáveis para todos nós. b) As consequências podem ser desagradáveis para todos nós caso a temperatura média do planeta suba mais de 2ºC. c) As consequências podem ser desagradáveis para todos nós se a temperatura média do planeta subir mais de 2ºC. d) Se a temperatura média do planeta subisse mais de 2.ºC as consequências podem ser desagradáveis para todos nós. e) Com a temperatura média do planeta subindo mais de 2.ºC, as consequências podem ser desastrosas para todos nós.

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Belas e feras de Hitler Violência e mulheres: assunto sombrio. Como pensar a transformação da bela em fera, quando a violência contra as mulheres é permanente? Historiadores sabem, porém, que elas não são e nunca foram tão somente vítimas. E, para estudá-las no papel de carrascos, Wendy Lower, professora de história, se debruçou sobre sua ação nos campos de extermínio. Segundo ela relata em As Mulheres do Nazismo, meio milhão de mulheres participaram do terror do Holocausto. E 13 milhões eram filiadas ao Partido Nazista. Sem o massivo voto feminino, Hitler não teria chegado ao poder.

Fonte: Revista Veja, 11 jun. 2014, p. 122. 11. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.11) Com base na leitura das informações apresentadas no texto, é CORRETO afirmar que a) a professora Wendy Lower reitera a percepção do senso comum sobre a vitimização das mulheres no tocante à violência. b) o livro escrito pela professora Wendy Lower apresenta as mulheres não como vítimas, mas como algozes do Nazismo. c) o livro da professora Wendy Lower documenta a história de meio milhão de mulheres, vítimas da violência do Holocausto. d) somente os historiadores conhecem a história das inúmeras mulheres que sempre são vítimas de casos de violência. e) os seres mais vulneráveis em qualquer situação de guerra são as mulheres, considere-se, sob essa perspectiva, o meio milhão de vítimas do Holocausto. 12. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.12) Um ano após as manifestações de rua que sacudiram o país, apenas 25% dos brasileiros com 16 e 17 anos exerceram seu direito e tiraram o título de eleitor para votar em outubro. Desde 2006, esse índice registra quedas sucessivas. Naquele ano, o grupo de eleitores facultativos (com menos de 18 anos) representava 39% da população nessa faixa etária. Nas eleições de 2010, ele encolheu para 32%. Agora, segundo cruzamento de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com informações do IBGE, o total de jovens adolescentes com título representa apenas um quarto da população nessa faixa etária.

Disponível em: <http://oglobo.globo.com/brasil/somente-25-dos-jovens-com-16-17-anos-; tiraram-titulo-de-eleitor 12935182#ixzz35Kd9xLMi>. Acesso em: 21 jun. 2014.

A alternativa que apresenta apenas expressões que funcionam como ou acompanham marcas de tempo no texto é: a) desde/naquele/menos/segundo. b) após/naquele/segundo/total. c) após/desde/naquele/agora. d) desde/naquele/segundo/apenas. e) naquele/segundo/total/um quarto. 13. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.13) A primeira metade do trabalho do escritor é a leitura. Ninguém é escritor sem ler. É um vestíbulo que todo escritor tem de atravessar. Digo essa obviedade gigantesca porque a toda hora estou conversando com pessoas que querem ser escritores, mas dizem que “não têm tempo para ler”, ou então folheio nas livrarias coisas escritas por pessoas que, na melhor das hipóteses, leem livros de receitas, guias de viagem e colunas sociais.

TAVARES, Braulio. A arte de ler. Revista Língua Portuguesa, n.º 102, p. 32, abr. 2014. A expressão do texto que caracteriza um juízo de valor do autor é: a) vestíbulo. b) escritores. c) coisas. d) obviedade. e) hipóteses.

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14. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.14) O parágrafo a seguir foi adaptado do jornal “O Estado de S. Paulo”, de 23/05/2014. A questão de direito à igualdade é essencial no que se refere às pessoas com deficiência, mas ainda está por construir no Brasil. O Estado brasileiro precisa entender que garantir acessibilidade é tornar possível o exercício do direito à igualdade. As três ocorrências de acento grave, indicativo de crase, são corretamente mantidas se as expressões igualdade/ pessoas/igualdade, sem a preocupação da manutenção do significado, forem substituídas respectivamente por a) igualar-se/indivíduos/equidade. b) equilíbrio/cadeirantes/paridade. c) equidade/mulheres/paridade. d) integridade/cidadãos/presteza. e) síntese/brasileiros/transformar-se. 15. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.15) Com apenas 11 anos, Lily Born pode se considerar uma empreendedora por acaso. Para ajudar o avô, que sofre de Mal de Parkinson, ela inventou uma caneca que não quebra. Ao notar que o avô se atrapalhava na hora de comer, Lily criou o objeto que permite que o idoso coma e beba sem derrubar o conteúdo do recipiente. A ideia inicial foi colocar “pernas” na caneca, deixando- a firme na hora de usar. Assim, surgiu o Kamgaroo Cup. Após projetos experimentais, a menina busca colaboração para produzir a caneca na versão plástica e em escala industrial. O objetivo é levar o produto às mãos de pessoas que necessitem de cuidados especiais.

Fonte: Zero Hora, 20 maio 2014, p. 28.

Os textos dos mais diferentes gêneros apresentam uma sequência predominante. No texto anterior, predomina a: a) argumentação. b) informação. c) persuasão. d) injunção. e) enumeração. 16. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.16) Assinale o excerto de texto a seguir cuja palavra destacada encontra um sinônimo adequado ao contexto expresso pelo vocábulo contido nos parênteses. a) A melhor novidade é que o Planalto parece enfim ter despertado para a necessidade de apoiar a área combalida. Folha de S. Paulo, 21/06/14. (enfraquecida) b) É provável que para seleções de outros países a peroração não faça sentido algum. O Globo online, 21/06/14. (subjugação) c) Até o fechamento desta matéria, 11 jogos da Copa do Mundo haviam sido realizados e as estatísticas se mostraram precisas em nove deles. Ciência Hoje online, 17/06/14 (necessárias) d) Aqui, suas pinturas com cores soturnas ganham maior vivacidade. Folha de S. Paulo, 04/05/14. (sóbrias) e) As camadas médias, antes com massiva participação, cederam lugar a categorias de trabalhadores. O Estado de S. Paulo, 21/06/14. (inócua)

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O Estado de S. Paulo, 11 maio 2014.

17. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.17) O humor da tira origina-se da enunciação da palavra hospitaleira para caracterizar uma família dona de um hospital. Embora as duas palavras apresentem o mesmo radical, o acréscimo do sufixo-eira muda completamente o significado do adjetivo, que é corretamente expresso por: a) honesta. b) despojada. c) segura. d) acolhedora. e) derradeira. 18. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.18) O parágrafo a seguir é a exigência feita pelo Manual de Redação Oficial da Presidência da República sobre a correção ortográfica em documentos oficiais. A correção ortográfica é requisito elementar de qualquer texto, e ainda mais importante quando se trata de textos oficiais. Muitas vezes, uma simples troca de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de toda uma frase. O que na correspondência particular seria apenas um lapso datilográfico pode ter repercussões indesejáveis quando ocorre no texto de uma comunicação oficial ou de um ato normativo. Assim, toda revisão que se faça em determinado documento ou expediente deve sempre levar em conta a correção ortográfica.

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm#_Toc26002120>. Acesso em: 14 jun. 2014.

Supondo que as frases a seguir fossem empregadas em documentos oficiais, qual delas deveria ser reescrita por apresentar erro ortográfico? a) Na iminência do evento, foram arrecadados muitos donativos. b) Não será necessário despender maior tempo para o evento. c) O evento será realizado em virtude da carestia que acomete os atingidos. d) A licitação será homologada para suprir os mantimentos da despensa do setor. e) O evento a ser realizado terá caráter exclusivamente beneficiente. 19. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.19) A ambiguidade é a possibilidade de se interpretar um enunciado em mais de um sentido e, ao ser empregada em textos formais, pode gerar problemas de comunicação. Todas as sentenças a seguir apresentam construções ambíguas e uma forma de reescrita sem ambiguidade. Assinale o par de enunciados em que a reescrita NÃO obteve sucesso, ou seja, a sentença continua com duplo sentido. a) O supervisor saudou o presidente da empresa, em seu discurso, e solicitou intervenção. Em seu discurso, o supervisor saudou o presidente da empresa e solicitou intervenção. b) O responsável pelo setor comunicou a seu supervisionado que ele seria exonerado. O responsável pelo setor comunicou a seu supervisionado sua exoneração. c) Retiraram a mesa do estúdio em que José costumava trabalhar. Retiraram a mesa do estúdio no qual José costumava trabalhar. d) Sendo insolente, o chefe repreendeu o funcionário. O chefe repreendeu o funcionário porque este era insolente. e) Depois de examinar os documentos, uma senhora chamou o recepcionista. Depois que o recepcionista examinou os documentos, foi chamado por uma senhora.

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20. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.20) Os trechos de textos a seguir foram adaptados de

editorial do jornal Gazeta do Povo, da edição de 22/06/2014. Assinale a adaptação que está em desacordo com a

norma padrão em relação às regras de concordância.

a) De acordo com os índices da OCDE, o brasileiro trabalha mais do que a média dos habitantes de países ricos, mas

produz menos e ganha remunerações mais medíocres. Entre os 36 países avaliados, o Brasil tem a pior renda per

capita e 11% da população com carga horária semanal superior à média mundial.

b) A explicação para tamanha disparidade está na instrução. Com menos tempo de exposição à escola, a

população brasileira encontra mais dificuldade em transformar o tempo gasto na vida profissional em resultados.

c) As perspectivas não são muito melhores entre os jovens adultos, em tese, com idade de acertar sua situação

escolar: 57% dos brasileiros entre 25 e 34 anos concluíram o ensino médio. Entre os desenvolvidos, essa estatística

supera 80% da população na mesma faixa etária.

d) Os índices educacionais confirmam que o país perde – e muito – por causa desse descompasso, aspecto que

compromete as perspectivas de desenvolvimento. Não se têm notícia de país desenvolvido que tenham quadro

semelhante.

e) Mesmo em situações de crise, países como a Argentina e a Rússia, para citar dois, se saem melhor, graças à

escolaridade. Um engenheiro que esteja trabalhando de motorista de táxi, em Buenos Aires, tende não só a melhorar

seus serviços como a retornar para seu campo de atuação específica.

21. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.21) Assinale a frase INCORRETA em relação aos sinais

de pontuação.

a) As bicicletas podem ser uma saída, os ônibus também, assim como as mudanças de percurso.

b) O pior dos problemas de mobilidade urbana, é que as pessoas não querem mudar seus hábitos.

c) O transporte coletivo, com uma boa mudança de padrão, pode transforma-se em solução.

d) Não passaríamos, assim, tão despreocupados com a coletividade se fôssemos conscientes.

e) Na semana passada, por volta das 15h, o ônibus que tomei estava limpo como na Europa.

22. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.22) Os pronomes oblíquos podem ser empregados

como complementos verbais e substituem estruturas nominais. Entretanto, eles devem seguir algumas regras para

serem empregados antes, depois ou mesmo em meio aos verbos. Em relação à colocação dos pronomes oblíquos,

uma das frases a seguir está em DESACORDO com a norma padrão. Assinale-a.

a) Acalmamo-nos quando tudo foi resolvido.

b) Não o avisaram, por isso ele não veio.

c) Não somos obrigados a vê-lo assim.

d) Corremos para dar-lhe a boa notícia.

e) Se machucou com um alfinete de colarinho.

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Vó Gertrudes A Vó Gertrudes – interpretada pela atriz catarinense Regina Vogue, radicada em Curitiba há mais de 30 anos – marca presença na cidade falando à população sobre a importância do respeito às leis de trânsito e dando dicas sobre a boa convivência no trânsito. Algumas dicas forma reproduzidas a seguir. 1. No sinaleiro, deixe a maldita da primeira marcha engatada e, quando abrir o sinal, não vacile, arranque! Muito provavelmente o motorista de trás não é guarda de trânsito e não tem nenhuma obrigação de avisar que o sinal está verde.

2. Quem não sabe fazer baliza que tenha humildade. É preferível parar num estacionamento e não atravancar a vida de quem tem mais o que fazer.

3. Com tantas toupeiras no trânsito, é preciso deixar bem claro: se a sorrateira placa do radar diz 60, é 60 de verdade, não é 20 pra inglês ver. Vale o que está escrito e a sinalização não é para fazer de conta.

4. Acidente de trânsito é para ver no jornal do dia seguinte. Ou o desinformado nunca viu uma lanterna quebrada? Ninguém precisa ficar olhando com cara de otário para qualquer arranhão que sempre acontece no trânsito, e seguir em frente como se estivesse num cortejo fúnebre.

Disponível em: <http://abetran.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=27176&I temid=143>. Acesso em: 20 jun. 2014. 23. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.23) É comum que, para atingir com mais facilidade o público- alvo, as campanhas publicitárias façam uso de estruturas e expressões informais da língua. No caso dos conselhos da Vó Gertrudes, as expressões informais “não vacile” e “pra inglês ver” podem ser corretamente interpretadas como a) valorize seu espaço e acelere de verdade. b) não seja bobo e só faça de conta. c) não seja irresponsável e apenas para fazer de conta. d) aproveite a oportunidade e para os ricos verem. e) acelere e para quem é inteligente ver.

Amarildo. Disponível em: <www.chargeonline.com.br>. Acesso em: 25 nov. 2013.

24. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.24) Com base na interpretação da linguagem verbal e não verbal da charge, é possível inferir CORRETAMENTE que a) ao colocar o bom senso e a tolerância como possíveis sinais de trânsito, o chargista faz um alerta para características escassas no comportamento dos motoristas. b) o chargista tece um elogio ao comportamento dos motoristas em situações adversas, pois sempre agem com bom senso e tolerância. c) a tolerância e o bom senso são argumentos de consenso e, com o emprego feito pelo chargista, tornam-se banalizados nas regras de trânsito. d) a prática de tolerância e bom senso, embora seja muito evidente em outras áreas de convivência social, encontra-se escassa no trânsito. e) o trânsito é uma situação em que as pessoas sentem- se mais responsáveis por seus atos, por isso é preciso elogiar, como faz o chargista, a existência de bom senso e tolerância.

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25. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.25) Leia o trecho inicial da coluna publicada por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo, em 18/06/14. Não é apenas o Brasil da Copa que para por causa de greves. Na semana passada, grandes cidades européias enfrentaram engarrafamentos devido a protestos de taxistas contra o aplicativo Uber, que permite aos usuários buscar caronas pagas pelo celular. A alternativa que reescreve as informações em um só período sem transgredir as normas gramaticais ou modificar o conteúdo do texto é: a) Assim como em grandes cidades europeias, na semana passada o Brasil da Copa parou por causa de greves e enfrentou engarrafamentos devido a protestos de taxistas contra o aplicativo Uber, que permite aos usuários buscar caronas pagas pelo celular. b) O aplicativo Uber, no qual permite aos usuários buscar caronas pagas pelo celular, foi o motivo de engarrafamentos em grandes cidades européias por causa dos protestos feitos por taxistas, como no Brasil da Copa, que para por causa de greves. c) Grandes cidades europeias enfrentaram engarrafamentos na semana passada a exemplo do que aconteceu no Brasil da Copa, que para por causa de greves e dos protestos feitos por taxistas contra o aplicativo Uber que permite aos usuários buscar caronas pagas pelo celular. d) Na semana passada, a exemplo do Brasil da Copa que para por causa de greves, grandes cidades europeias enfrentaram engarrafamentos por causa de protestos feitos por taxistas contra o aplicativo Uber, o qual permite aos usuários buscar caronas pagas pelo celular. e) Protestos de taxistas em favor do aplicativo Uber, que permite aos usuários buscar caronas pagas pelo celular, fizeram cidades europeias enfrentarem engarrafamentos na semana passada, assim como no Brasil da Copa, que para por causa de greves. 26. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.26) Algumas palavras como bastante e anexo geram várias dúvidas em qualquer falante de língua portuguesa quando precisa empregá-las. Isso não ocorre sem razão, pois, dependendo das estruturas em que se encontram, são palavras que variam em gênero ou número, ou são invariáveis. Com base na compreensão de que essas palavras podem assumir várias formas, assinale a alternativa em que ambas obedecem às regras de concordância da norma padrão da língua portuguesa. a) Os pedidos em anexo poderiam gerar bastante dores de cabeça ao destinatário. b) As fotos seguiam anexas com bastantes comentários sobre o evento. c) As petições seguem anexo para que você tenha bastante tempo de analisar. d) Há bastante situações em que as fichas em anexo não abrem. e) Quando os anexos não vêm, há bastante reclamações na repartição. 27. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.27) Leia o trecho adaptado da coluna escrita pelo antropólogo Roberto Damatta para o jornal O Estado de S. Paulo, em 04/06/14. Mas voltando à Baía de Guanabara, compreendo o dilema prático olímpico: como despoluir 80% em dois anos? O acento indicativo de crase seria mantido se a expressão “Baía de Guanabara” fosse substituída por a) entrada do condomínio. b) Rio de Janeiro. c) Curitiba. d) discutir o tema. e) possibilidades de solução.

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28. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.28) Assinale a alternativa que apresenta uma continuação coerente para o texto a seguir, retirado da edição online do jornal Gazeta do Povo, em 22/06/14. Certamente você deve se lembrar do nome dos seus amigos, da marca do carro que passou pela avenida há poucos minutos, do tipo de sapato que está usando. Porém, é muito mais difícil saber de pronto o nome daquela árvore da esquina ou da frente da sua casa. Elas podem até passar despercebidas durante a rotina acelerada da semana, mas fica impossível imaginar uma bela paisagem urbana sem elas. a) A quantidade de histórias da paineira rosa, uma das mais antigas moradoras do bairro, levou o empresário a lutar por sua sobrevivência. b) A relação com a árvore é afetiva: o Jasmim do Imperador é um símbolo da terra natal da família – a província japonesa de Mianyang. c) Andersen entrou com uma ação na Justiça em 2012 e alegou que não havia motivo para a retirada da planta. d) A exuberante árvore do bairro Boa Vista viu muito casal apaixonado se encontrar debaixo de sua copa, vem abrigando passarinhos nos fins de tarde de verão e sempre encheu os olhos dos moradores mais velhos. e) Embora alguns se preocupem somente com a sujeira que as folhas e flores fazem no quintal, outros estão empenhados em mostrar a importância da preservação de cada uma dentro da cidade.

Disponível em: <www.10paezinhos.com.br>. Acesso em 14 jun. 2014.

29. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.29) Considerando os elementos linguístico-discursivos empregados nos quadrinhos, é CORRETO afirmar que, ao empregar os pares compostos por substantivo e verbo, o autor explora o recurso da a) homografia, palavras que são escritas da mesma forma, mas são diferenciadas pela pronúncia. b) homonímia, palavras escritas e pronunciadas da mesma forma, mas que têm significados diferentes. c) ambiguidade, já que os elementos não verbais não auxiliam na interpretação do conteúdo. d) homofonia, palavras pronunciadas da mesma maneira, mas com grafias diferentes. e) paronímia, palavras com grafias e pronúncia parecidas, mas com significados diferentes. 30. [Ag. Fiscalização-(Fiscal)-(NM)-(M)-URBS/2014-PUC-PR].(Q.30) Apesar de não consumirem frutas, verduras e legumes regularmente, comerem poucos alimentos integrais e ingerirem grandes quantidades de comida industrializada e fast food, 68% dos brasileiros com acesso à internet afirmaram ter uma alimentação é saudável. Menos de um terço dos entrevistados afirmou ingerir as seis porções de frutas, verduras e legumes por dia que são recomendadas; 59% não comem alimentos integrais mais de três vezes por semana; 47% consomem produtos industrializados como salgadinhos e refrigerantes mais de três vezes por semana; e 23% afirmaram optar pelo fast food mais de duas vezes por semana.

Jornal do Brasil, 21 jun. 2014. (Adaptado) Assinale a alternativa que contém um título adequado ao conteúdo apresentado no texto. a) Estudo confirma o que a maioria dos brasileiros já sabe: eles se alimentam mal. b) Fast Food dá lugar à dieta saudável dos brasileiros e isso é saudável. c) Frutas e verduras figuram com mais força no prato do brasileiro. d) Brasileiro acredita alimentar-se bem, mas estudo aponta para o oposto. e) Brasileiro que tem acesso à internet se alimenta melhor do que os outros.

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PROVA 3

Auditor-(Nível Superior)-(Manhã) – TCE/MS Data: 29/09/2013

1. [Auditor-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.1) Indique a alternativa que contém uma interpretação NÃO AUTORIZADA pelo texto a seguir.

Motorista mais rico paga multa mais cara Para doer no bolso de todos, punições de trânsito têm de ser proporcionais à renda, como se faz em alguns países. Um estudo da Universidade da Califórnia publicado em 2012 mostrou que quanto mais caro o modelo de veículo, maior a probabilidade de o motorista não respeitar a via preferencial. Entre os carrões, 35% não respeitam essa lei no cruzamento – na média geral, só 12% fazem o mesmo. A explicação pode estar no fato de que donos de carros mais caros não se preocupam tanto com multas. Por isso, Alemanha, França, Áustria e outros países já dão punições proporcionais à renda. Na Suíça, em 2010, o dono de uma Ferrari Testarossa recebeu uma multa recorde por excesso de velocidade. Como ele ganhava cerca de R$1,8 milhão por mês, o juiz achou justo aplicar um castigo de R$ 650 mil. Daria para comprar outra Ferrari.

(Superinteressante, agosto 2013, p. 26) a) O título permite a interpretação de que o fato noticiado é realidade em algum lugar; embora se trate de uma notícia, gênero textual caracterizado pela imparcialidade, no corpo do texto há marcas linguísticas revelando que seu autor comunga com essa posição. b) O subtítulo do texto permite inferir que, para motoristas ricos, multas de baixo valor não são uma medida eficaz para fazê-los respeitar certas leis de trânsito. c) A informação “na média geral, só 12% fazem o mesmo” faz referência ao percentual de motoristas que dirigem carros populares. d) No subtítulo do texto, há a defesa da ideia de que o valor das multas de trânsito deve ser proporcional à renda do motorista. e) O caso do motorista suíço foi usado como argumento para comprovar a relação de proporção entre valor da multa e renda do infrator. 2. [Auditor-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.2) Todas as frases a seguir são ambíguas, EXCETO UMA. Indique-a. a) Leão e guepardo são felinos de grande porte. Seu habitat natural são as savanas da África. b) Não há uma só medida que o governo possa tomar. (frase usada na transmissão de um telejornal). c) Gastou mais de 12 milhões de dólares herdados do pai, cuja família fez fortuna no ramo de construção de estradas de ferro, com festas, viagens, bebidas e mulheres. (Veja, 10/03/2004) d) O romancista doou um exemplar de seu livro para o diretor da escola que foi encadernado em brochura. e) As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro de 91, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais.

(Folha Sudeste, 06/06/92) 3. [Auditor-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.3) Indique a alternativa em que o segmento textual está seguindo as norma padrão da língua portuguesa. a) Sem dúvida, esta acusação é uma das tantas coisas absurdas que sou obrigado a me defender. b) Esta é a escola que os pais confiam, por isso não será fácil encontrar vagas para matricular alunos novos. c) São escassos os recursos de que os municípios dispõem para a resolução dos problemas de mobilidade urbana, por isso aguardam a verba prometida pelo governo federal. d) Os times devem obedecer o novo regulamento do campeonato, aprovado mesmo sem o consenso dos participantes do processo de sua elaboração. e) Os trabalhadores da construção civil declaram greve. Eles aspiram melhores salários.

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4. [Auditor-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.4) Com relação à sentença a seguir, é CORRETO afirmar: “Diante desse cenário, são essenciais a construção, a compreensão e a comunicação de estratégias corporativas que assegurem resultados capazes de atender às expectativas do Estado, do Congresso Nacional e da sociedade em relação à atuação e ao papel conferido, ao longo da história, ao Tribunal de Contas da União.”

Fonte: <http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/planejamento_gest ao/planejamento2011/index.html>.

a) Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, trata-se de um período simples, pois é uma sentença que contém uma única oração. b) O pronome relativo “que”, sublinhado no texto, exerce a função sintática de sujeito do verbo “assegurem” e retoma o sintagma nominal “estratégias corporativas”. c) O sujeito do verbo “ser” (1ª linha do texto) é composto, constituído por 2 núcleos: “construção” e “compreensão”. d) O pronome relativo “que”, sublinhado no texto, pode ser substituído por “nas quais” sem prejuízo sintático ou semântico da sentença. e) Em relação à regência do verbo “atender”, sublinhado no texto, pode-se afirmar que ele exige um complemento, o qual se liga ao verbo por meio da preposição “de”. 5. [Auditor-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.5) Em relação ao emprego vocabular no parágrafo a seguir, selecione a alternativa INCORRETA. “A atual Constituição estabelece que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, deve ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.”

Fonte: <http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/planejamento_gest ao/planejamento2011/index.html>.

a) As palavras “financeira, orçamentária, operacional, patrimonial” são adjetivos que qualificam, modificam o significado do substantivo “fiscalização”, e são formadas pelo processo de derivação sufixal. b) Os termos “legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação, renúncia” são substantivos do gênero feminino e estão empregados em paralelismo sintático. c) Os pares de palavras “direta/indireta” e “externo/ interno” são empregados com função adjetival, e as palavras de cada par estabelecem entre si uma oposição de sentidos. d) O termo “mediante” é um advérbio, que pode ser substituído no texto pelas expressões “por meio de” ou “por intermédio de”. e) As palavras “Constituição, União, Congresso Nacional” são empregadas como substantivos próprios no texto. As duas primeiras são substantivos simples, e a terceira, substantivo composto. 6. [Auditor-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.6) A seguir apresenta-se o conceito de documentos oficiais. Selecione a alternativa em que a definição NÃO corresponde ao gênero de texto indicado. a) Exposição de Motivos é o escrito que indica toda resolução ou decisão tomada por pessoa ou entidade à qual se conferem poderes especiais. Pressupõe necessariamente a existência de autoridade na pessoa ou entidade que a formulou. b) Despacho é nota que dá andamento ou solução a um pedido; é a resolução de autoridade pública sobre qualquer negócio, escrito, requerimento, auto ou documento. c) Convenção é o acordo de vontades, feito verbalmente ou por escrito, entre duas ou mais pessoas. Em conferências internacionais, é um documento utilizado para a oficialização de seus ajustes. d) Memorial é uma peça de esclarecimento conhecida como memorial descritivo, um escrito feito conforme o relatório, onde se descrevem os fatos relacionados às diligências ou perícias. Também pode ser uma petição dirigida a uma autoridade, onde se registram lembranças de fatos ocorridos. e) Instrução é utilizada, na linguagem jurídica, para indicar a soma de atos e diligências que podem ou devem ser praticados no processo, a fim de esclarecer fatos ou questões objeto da demanda. Representa a reunião de provas que determinam a procedência ou não dos fatos alegados.

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7. [Auditor-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.7) Tome por base a explicação a seguir para responder à questão. É separado por vírgula o gerúndio (1) anteposto à oração principal:

Confirmando o sucesso de suas promoções, o Centro Social realizará um bingo amanhã. (2) colocado depois da oração principal, que equivale, na maioria das vezes, a uma oração coordenada iniciada pela conjunção e ou e isso:

O mediador tomou seu lugar à mesa, aguardando o momento de iniciar o debate. [= tomou seu lugar à mesa e aguardou]

Ganhar a taça é uma questão de honra para a Chapecoense, aumentando a emoção entre os jogadores.

[= e isso aumenta] (3) que tem a função de uma oração adjetiva explicativa: A atriz paulistana Cristiana Reali, morando em Paris desde os sete anos, não aceitou nenhum dos convites para filmar no Brasil.

Adaptado de PIACENTINI, Maria Tereza de Queiroz. Só vírgula: método fácil em vinte lições. São Carlos: EdUFSCar, 2003, p. 84-85.

Considere os itens (1), (2) e (3) e assinale a alternativa CORRETA. a) O item (2) justifica o emprego da vírgula em “Ela mudou-se para Blumenau e casou-se imediatamente, abandonando mais uma vez o emprego”. b) O item (1) valida o emprego da vírgula em “Desesperada, chorou demais”. c) O item (3) justifica o uso da vírgula em “Observando que não há recursos suficientes para todos, o presidente pede o apoio do Congresso à reforma tributária”. d) O item (1) normatiza o emprego da vírgula em “Tibaldeschi residiu em SC de 1924 a 1940, dedicando- se ao ensino da língua e à inspeção escolar”. e) O item (2) justifica o emprego da vírgula em “Estudando as lições atentamente, qualquer um aprende”. 8. [Auditor-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.8) Assinale a alternativa que substitui corretamente a locução conjuntiva destacada e mantém o sentido original da frase. Os problemas no escoamento da produção rural provocam perdas, na medida em que o setor agrícola se expande sem o devido lastro de infraestrutura. a) À proporção que o setor agrícola se expande sem o devido lastro de infraestrutura, os problemas no escoamento da produção rural provocam perdas. b) Os problemas no escoamento da produção rural provocam perdas, porque o setor agrícola se expande sem o devido lastro de infraestrutura. c) À medida que o setor agrícola se expande sem o devido lastro de infraestrutura, os problemas no escoamento da produção rural provocam perdas. d) Os problemas no escoamento da produção rural provocam perdas, do mesmo modo que o setor agrícola se expande sem o devido lastro de infraestrutura. e) O setor agrícola se expande sem o devido lastro de infraestrutura, tendo em vista os problemas no escoamento da produção rural que provoca perdas.

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Leia o excerto para responder à questão 9.

Há tempos negligenciado na lista de qualificações exigidas pelo mundo corporativo, o português voltou à cena e

tem sido cada vez mais procurado por executivos e profissionais de grandes empresas que querem se aperfeiçoar na

língua pátria para fugir dos deslizes gramaticais e dos textos prolixos que não levam a lugar algum.

Para ter sucesso profissional, é preciso dominar as competências relacionadas à comunicação. Negligenciar o português

pode ser um tiro no próprio pé, garantem os consultores da área. Para acompanhar a demanda crescente por esse

tipo de serviço, surgiram consultorias especializadas na língua portuguesa, que ensinam empregar a norma padrão

em situações formais de fala e escrita. “O aumento massivo da comunicação via internet, por meio de redes sociais

e da ferramenta e-mail, criou uma demanda que não existia há 10 anos, quando a conversa pessoal e o telefone

eram os principais canais de comunicação das empresas”, explica Ana Paula Mira, diretora-geral da Toda Letra,

consultoria especializada em língua portuguesa.

Adaptado de JUNGES, C. O bom e velho português de volta ao mundo corporativo. Gazeta do Povo. Curitiba, p. 25, 19 set. 2012.

9. [Auditor-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.9) No excerto: a) apresentam-se os motivos que levam executivos e profissionais liberais a aprimorarem o uso da língua portuguesa, bem como aprenderem técnicas de oratória. b) sugere-se aos executivos que empreguem a norma padrão em todas situações de fala e escrita. c) defende-se que a comunicação via internet e redes sociais, bem como a utilização do e-mail estimulam o uso da norma padrão. d) defende-se que o sucesso profissional está associado ao domínio de competências comunicativas. e) ordena-se ao leitor que recorra aos consultores especializados em língua portuguesa a fim de aprimorar seu uso. 10. [Auditor-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.10) Cortado ao Sul pelo trópico de Capricórnio, o Mato Grosso do Sul abriga, a oeste, 2/3 do Pantanal Mato- Grossense, a maior planície alagável do mundo, com 250 mil quilômetros quadrados. Com relação a este bioma, assinale a alternativa CORRETA. a) O Brasil apresenta dois grandes hotspots (termo usado para designar lugares que, além de apresentarem alto grau de diversidade biológica e endemismo, devem ser protegidos, pois estão ameaçados pela atividade humana): O Pantanal Mato-grossense e o Cerrado, ambos localizados na região centro-Oeste do Brasil. b) As principais atividades que ameaçam o Pantanal Mato-Grossense são a expansão da cultura de soja e a extração de carvão mineral. c) Apesar de reconhecido como patrimônio natural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o bioma tem sido destruído pela produção de carvão vegetal e pela expansão das pastagens. d) O território que compreende o Pantanal Mato- Grossense é considerado a maior planície de inundação do planeta, englobando o sudoeste do Mato Grosso, o oeste do Mato Grosso do Sul, e parte do Paraguai, Bolívia e Argentina. e) O Pantanal é formado por uma planície e está situado na Bacia Hidrográfica do Alto Uruguai. Recebe uma grande influência do rio Uruguai e seus afluentes, que alagam a região formando extensas áreas alagadiças (pântanos) e favorecendo a existência de uma rica biodiversidade. A época de chuvas e cheias dos rios ocorre durante os meses de novembro a abril.

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PROVA 4

Auditor Estadual de Controle Externo-(Nível Superior)-(Manhã) – TCE/MS Data: 04/08/2013

1. [Auditor Est. Contr. Ext.-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.1) Assinale a alternativa em que o sentido do enunciado é coerente e sua forma obedece à norma padrão da língua. a) Apesar da internet, estar lenta devido a chuva, continuo conectado. b) Apesar da internet, estar em nosso cotidiano, muitos não têm acesso a essa tecnologia. c) Apesar de a internet, ainda envio carta pelo correio. d) Apesar de a internet ter impingido aos leitores novas formas de ler, os internautas mobilizam estratégias diversificadas de leitura. e) Apesar da internet, os livros impressos continuarão a ser produzidos. 2. [Auditor Est. Contr. Ext.-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.2) O gráfico a seguir foi publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 05/05/2013, sob o título “Defasagem de cotistas caiu”. Assinale a opção que apresenta outro título possível para esses dados.

a) Cotistas e não cotistas apresentam sensível melhora no desempenho. b) Estudantes de universidades públicas e particulares têm queda de desempenho. c) Maior ingresso de cotistas melhora desempenho universitário no Brasil. d) Desempenho de cotistas tem elevação proporcional ao de não cotistas. e) Desempenho de não cotistas cai enquanto o de cotistas permanece estável. 3. [Auditor Est. Contr. Ext.-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.3) Leia a introdução do editorial “Tempo de amadurecer”, publicado na Gazeta do Povo (28/06/13), e indique a alternativa que contém uma asserção coerente com o conteúdo do fragmento. Em pouquíssimo tempo, os protestos de rua que começaram semanas atrás já passaram por diversas fases. Depois do início tumultuado, da violência policial, das grandes manifestações com dezenas de milhares de pessoas e do ressurgimento do vandalismo, já é possível pensar em um momento de amadurecimento. Um gigante acordado, por si só, pouco pode fazer quando ele não sabe ao certo como vai passar o resto do seu dia. [...] a) A mobilização popular espontânea foi um passo importante, mas para se alcançar os efeitos desejáveis, na sequência, será necessário usar o bom senso e recorrer a estratégias de organização. b) Os protestos do povo brasileiro nas ruas foram em vão; apenas geraram transtorno, vandalismo e hostilidade contra as instituições. c) A mobilização popular, por fazer ressurgir o vandalismo, não se configura como um exercício saudável de cidadania. d) Manter a mobilização popular é colocar as instituições em risco. É chegada a hora de recuar para evitar que as cidades paguem um alto preço pelos protestos. e) Finalmente, o gigante acordou. Embora as cidades venham sofrendo danos causados por vândalos que se aproveitam do momento para atos de rebeldia, o ímpeto dos protestos não deve arrefecer.

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4. [Auditor Est. Contr. Ext.-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.4) O texto abaixo, fragmento de editorial da revista Veja (18/08/04), serve de base para a questão a seguir. Em sua Ética a Nicômaco, o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) produziu a definição clássica do papel da imprensa. “Alguns poucos cidadãos adquirem o poder de fazer políticas públicas. Todos, porém, têm o direito de criticá-las”, escreveu o famoso discípulo de Platão. A sabedoria de Aristóteles está principalmente em ter estabelecido que os governos e seus críticos, embora façam parte da mesma sociedade, ocupam nela esferas inteiramente diferentes. Os primeiros têm o poder. Os segundos, o direito. Por essa razão, a qualidade da imprensa deve ser sempre medida por seu grau de independência nas relações com os governos. Estes são tanto melhores quanto mais preservam a liberdade de seus críticos. [...] Assinale a alternativa VERDADEIRA. a) No segmento Os segundos, o direito, houve omissão da forma verbal têm, fato que comprometeu a clareza da informação. b) A frase que está entre aspas, por ser uma citação literal, deveria ter sido colocada em parágrafo diferente, ou seja, separada da frase inicial. c) As aspas empregadas no texto podem ser substituídas por travessões. d) O conectivo embora pode ser substituído por mesmo que, sem necessidade de ajuste na forma do verbo fazer. e) O conectivo porém (usado na citação) pode ser substituído por portanto sem haver comprometimento de sentido entre os segmentos relacionados pelo conectivo. 5. [Auditor Est. Contr. Ext.-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.5) Um dos preconceitos presentes na cultura brasileira é o preconceito linguístico, que fica muito claro numa série de afirmações falaciosas do próprio brasileiro. Analise os itens a seguir e assinale aquele revelador de preconceito. a) O português brasileiro, assim como qualquer outra língua, caracteriza-se pela diversidade de falares, ou seja, é constituído por um conjunto de variedades. b) O português brasileiro é diferente do português europeu, mas isso não significa que este seja melhor, superior àquele. c) Na língua oral, a pronúncia deve espelhar a forma ortográfica das palavras. d) O português vai mudando com o passar do tempo – esse é um fenômeno próprio das línguas, e não um sinal de sua degeneração. e) Respeitar a variedade linguística dos falantes é uma forma de respeito à multiculturalidade social. 6. [Auditor Est. Contr. Ext.-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.6) O trecho a seguir apresenta o emprego inadequado de pronomes relativos, o que prejudica a clareza e a coesão textual. Assinale a alternativa que apresenta a substituição adequada, segundo a norma culta da língua portuguesa. Os protestos dos cidadãos que ocorreram na tarde de ontem, onde os manifestantes se exaltaram, repercutiram muito negativamente para a imagem da cidade, onde foi depredada. O poder público interveio, à qual a melhor solução fosse encontrada. Após muito diálogo, os manifestantes, que a reivindicação era digna, foram atendidos. a) quando – a qual – para que – cuja b) cujo – que – onde – aos quais c) os quais – a qual – para que – de quem d) para a qual – que – a fim de que – os quais e) cujo – à qual – onde – os quais

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Memorando nº 23/DP Em 01 de julho de 2013.

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Assunto: Cursos de capacitação

1. Nos termos do Plano Geral de Capacitação, comunicamos que, do dia 26 de agosto ao dia 30 de setembro,

haverá cursos de formação para os funcionários do Setor Administrativo.

2. O horário dos cursos será das 14h às 18h, diariamente, e a presença é obrigatória. Cada chefe de seção deverá comunicar aos seus colaboradores a relevância dos temas a serem abordados.

3. As aulas ocorrerão na sala de conferências do 2º andar, e as inscrições serão feitas pelo e-mail corporativo.

Atenciosamente, Júlio Souza

Diretor de Recursos Humanos

7. [Auditor Est. Contr. Ext.-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.7) Assinale a alternativa que apresenta uma informação FALSA em relação ao memorando oficial. a) Na administração pública, o memorando é uma forma de correspondência entre autoridades de um mesmo órgão ou entre diretores e chefes, e vice-versa. b) É obrigatório o emprego do número do documento e da sigla de identificação de sua origem, na margem esquerda superior do expediente. c) Fechos como “Com os protestos de elevada estima e apreço” devem ser evitados, devido à prolixidade. d) O nome e o cargo do signatário da comunicação devem constar após o fecho, e são obrigatórios. e) Visto que o memorando é um documento de comunicação rotineira, o item Assunto é facultativo, pois o corpo do texto deve apresentar com clareza o tema tratado. 8. [Auditor Est. Contr. Ext.-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.8) Nas palavras da língua portuguesa contemporânea existem prefixos gregos e latinos equivalentes semanticamente. Segundo o gramático Rocha Lima (2000), os prefixos gregos a-, an-, como em acéfalo e anônimo, e os prefixos latinos des-, in-, como em desleal e incapaz, são equivalentes em significado, indicando privação, afastamento, separação, negação, oposição. Analise o significado das palavras a seguir e selecione a alternativa em que todas elas apresentam um dos prefixos acima exemplificados, com seu respectivo significado. a) desaconselhar – desertar –apagar – designar – desabotoar. b) ajuizado – desfilar – descolar – intolerância – inútil. c) desdizer – desabituar – inadiável – desculpar – amoral. d) descobrir – apelidar – invencível – desejar – inviável. e) desfazer – incorreto – apegar – inábil – desempregado.

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Leia a crônica para responder às questões 9 e 10.

Reflexões sobre o travessão

Adoro sinais de pontuação. Eles são o detalhe mais sofisticado da linguagem visível, isto é, a escrita. “Linguagem visível” – não é uma estranha imagem? E vejam como o travessão da frase anterior deixou o leitor respirar graficamente, aquele microssegundo de pausa que destaca, como uma discreta moldura, a informação seguinte! Já esse ponto de exclamação indicou imediatamente ao leitor, sem nenhuma explicação acessória, a admiração do cronista. Parece óbvio, não? – mas vejam, na simples vírgula depois do “óbvio”, e imediatamente depois do “não” (observem o detalhe das aspas, e, agora, dos parênteses), o ponto de interrogação já avisa o leitor, simulando a entonação, de que se trata de uma pergunta.

Parece óbvio – mas não é. Houve uma longa caminhada histórica, de séculos, para a escrita ser realmente pensada como um sistema de leitura silenciosa, que só a partir do século 16 começou a se tornar comum. Antigamente, a linguagem escrita era toda articulada pensando na voz alta e na leitura pública (também porque havia pouquíssimas cópias de texto disponíveis, que precisavam ser socializadas, antes que Gutemberg libertasse o trabalho braçal da reprodução). Daí, por exemplo, que nasceu a cedilha, esta curiosa excrescência que todo usuário de teclado não adaptado ao português sofre para encontrar ou formatar. Num momento da história do latim, a letra “C”, em alguns casos, passou a ser pronunciada como “ts” ou “s” (e não mais com o som de “k”, como em “casa”) – e, para que o leitor não errasse a leitura, o escriba escrupuloso anotava, embaixo do “C”, um pequeno “s”. E assim nasceu o híbrido “Ç”. Aquele rabinho que tanto reprova nos exames de redação e nos faz passar vergonha ortográfica (a pior de todas! – embora, tecnicamente falando, seja a mais desimportante, porque puramente convencional), o tal rabinho não passa de um ésse disfarçado. E há outras curiosidades – o próprio ponto, esse sinal mortal que fecha a frase, também foi uma invenção relativamente recente da história da escrita, para informar o leitor que uma frase acabava e começava outra.

Linguagem visível: (vejam como esses dois pontos são plenos de sentido!) colocar no papel, como desenho, um código capaz de representar a infinita riqueza e variedade da nossa fala de todo dia (Para os curiosos, Uma história da leitura, de Alberto Manguel, é um livro maravilhoso sobre esta passagem). Mas eu queria falar era do travessão – sou adepto deste recurso sofisticado, que abre clareiras de sentido apenas por abrir espaço no meio da frase. Além de indicar, no início dos parágrafos, que alguém vai falar, um recurso romanesco clássico, hoje cada vez mais substituído pelas aspas (o padrão inglês de marca de diálogo), que são boas, reconheço, mas um tantinho “sujas” na “mancha” da página, que fica cheia de “penduricalhos”.

Já o travessão – mas acabou o espaço.

TEZZA, Cristovão. Reflexão sobre o travessão. Gazeta do Povo, Curitiba, p. 3, 21 de ago. 2012. 9. [Auditor Est. Contr. Ext.-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.9) Na crônica, o autor a) descreve as regras, estabelecidas pela norma padrão, de emprego dos sinais de pontuação. b) delineia a história da escrita para explicar a criação do “Ç” e do ponto final, bem como para apresentar, detalhadamente, a finalidade desse sinal de pontuação. c) utiliza a metalinguagem e explica que os sinais de pontuação são recursos visíveis que atribuem sentido ao texto. d) declara seu gosto pelos sinais de pontuação e defende o uso do travessão, sobretudo porque ele substitui as aspas. e) explica sua preferência pelo emprego do travessão, pois esse é o padrão inglês de marca de diálogo. 10. [Auditor Est. Contr. Ext.-(NS)-(M)-TCE-MS/2013-PUC-PR].(Q.10) Em relação ao texto, Reflexões sobre o travessão, assinale a alternativa FALSA. a) O emprego de “vejam” (1º e 3º parágrafos) e de “observem” (1º parágrafo) assinala a interação entre autor e leitor. b) Em “Mas eu queria falar era do travessão” (3º parágrafo), o emprego do “mas” articula a oposição entre os comentários, explicações complementares apresentadas pelo autor, e o propósito anunciado já no título, Reflexões sobre o travessão. c) Em “Já o travessão” (4º parágrafo), o emprego de “já” articula a contraposição entre o não uso de aspas e o uso de travessão. d) Os parênteses são utilizados para inserir informações complementares que aparentemente são desnecessárias, mas que o autor quis assegurar ao leitor. e) “E assim nasceu o híbrido ‘Ç’” (2º parágrafo), o “assim” estabelece ideia de tempo.

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PROVA 5

Assessor Jurídico-(Nível Superior) – DPE/PR Data: 30/09/2012

Leia o seguinte texto, que servirá de base para as próximas 03 (três) questões.

Santa Catarina registra 38 mortes por gripe A H1N1 em 2012

Ao menos 38 mortes decorrentes da gripe A H1N1 já foram registradas em Santa Catarina, neste ano. O dado, atualizado pela Secretaria Estadual da Saúde nesta sexta-feira (29), preocupa, já que nenhum óbito foi registrado em todo o ano passado. Dados do Ministério da Saúde apontam 51 mortes em todo o país, segundo balanço do último dia 14, o que, se comparado aos dados de Santa Catarina, causa espanto.

O diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Fábio Gaudenzi de Faria, diz que não há uma explicação para a concentração de casos no estado, que não teve nenhuma morte registrada em decorrência do H1N1 no ano passado. "É quase impossível prever com certeza absoluta a dispersão dos vírus influenza, porque há uma série de fatores que diminuem ou favorecem a circulação do vírus em um determinado momento", afirma.

Segundo ele, apesar da alta, não há nenhum tipo de medida emergencial programada no estado e não há motivos para pânico. "A secretaria continuará passando à população as orientações iniciadas em maio, como a etiqueta respiratória, a forma mais eficaz de diminuir a circulação dos vírus respiratórios de inverno. O estado de Santa Catarina preparou campanha publicitária e material para distribuição. Além disso, há uma série de medidas realizadas para que os serviços de saúde consigam atender adequadamente os casos de doença respiratória."

Técnicos do Ministério da Saúde foram enviados ao estado para avaliar a situação. Há duas semanas eles investigam as causas do aumento de mortes. A gripe, também conhecida como influenza, é uma doença causada por uma grande variedade de vírus. O H1N1 é apenas um deles. Avaliações realizadas desde 2009 mostraram que a mortalidade pelo vírus é um pouco maior que a causada por outros vírus influenza. A principal diferença é que ele também se mostra muito letal em jovens e adultos, não apenas em crianças e idosos.

A influenza, em geral, tem um certo potencial de gravidade, e o contágio se dá por meio de gotículas liberadas pela respiração, fala ou tosse. A vacina é uma das formas de prevenção, mas a dose tem uma taxa de proteção em torno de 70%. Assim, mesmo que se vacine toda a população, 30% dela não estará protegida.

Fonte: Portal G1, 29/06/2012. 1. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.26) Sobre o texto do Portal G1, assinale a única assertiva CORRETA: a) Segundo o texto, a grande diferença do H1N1 para com os demais tipos de vírus da gripe é que ele pode causar mortes de jovens e adultos. b) Segundo o texto, a gripe em geral tem grande potencial letal, inclusive entre adultos; a diferença da gripe por H1N1 é que a vacina é totalmente ineficiente para com ela. c) De acordo com o texto, o motivo que levou ao aumento do número de mortes por gripe A H1N1, em Santa Catarina, é o maior número de jovens e adultos, no estado. d) De acordo com o texto, o que instiga os especialistas, com relação ao número assustador de casos de morte por gripe A H1N1 em Santa Catarina, em 2012, é que a vacina contra o vírus tem uma taxa de proteção capaz de proteger toda a população. e) De acordo com o texto, os técnicos do Ministério da Saúde ainda não sabem o porquê do aumento do número de casos de morte por gripe A H1N1, em Santa Catarina, mas desconfiam que a causa é o fato de a vacina ser inútil para prevenir a doença. 2. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.27) Sobre o texto do Portal G1, assinale a única assertiva INCORRETA: a) Segundo Fábio Gaudenzi de Faria, não há uma explicação para a surpreendente concentração de casos de morte por gripe A H1N1, no estado de Santa Catarina, em 2012. b) De acordo com Fábio Gaudenzi de Faria, não é possível prever com total certeza a dispersão dos vírus influenza, uma vez que há determinantes que diminuem ou favorecem a circulação do vírus num dado momento. c) De acordo com o texto, o número de casos de morte pela gripe A H1N1 em Santa Catarina, em 2012, é espantoso, uma vez que em 2011 não foram registradas mortes por esse motivo, no referido estado. d) Segundo Fábio Gaudenzi de Faria, a medida emergencial aplicada no estado de Santa Catarina, com relação aos casos de morte por H1N1, foi a obrigatoriedade do uso da etiqueta respiratória. e) De acordo com o texto, o contágio da gripe se dá por meio de gotículas liberadas através de respiração, fala ou tosse.

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3. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.28) A partir da leitura do texto do Portal G1, assinale a única assertiva que apresenta um subtítulo CORRETO para a matéria: a) Ministério da Saúde tenta abafar o surto de mortes, mas dados extraoficiais revelam números ainda mais alarmantes, causando pânico entre especialistas. b) Números provam que a gripe é extremamente letal e que a vacina tem se revelado inútil. c) Dados do Ministério da Saúde apontam 51 óbitos no país; situação do estado é preocupante, mas não há medidas emergenciais programadas. d) Apesar da campanha de vacinação ser totalmente eficiente, óbitos revelam que grande parte da população catarinense se nega a tomar medidas preventivas. e) População catarinense está em pânico; especialistas do Ministério da Saúde já sabem os motivos que levaram ao aumento do número de óbitos. Observe o seguinte texto, redigido por um aluno do Ensino Médio, sobre a educação brasileira:

A educação brasileira apresenta um monte de problema porque deveria ter mais investimento na educação para ter escolas de boa estrutura e materiais escolares para todos alunos, e também tem que fazer campanhas para dar livros para pessoas carentes, professores com salário mais alto, porque os salários dos professores ainda são baixos se forem comparados com o de outras profissões, como médicos, engenheiros, e também é fundamental uma maior motivação, porque a maioria dos alunos e professores estão sem estímulo, sem muita vontade de ir para a escola, porque as aulas são chatas e quase sempre se resumem a fazer prova, ter nota, é só decoreba, sem pensamento. Isso precisa mudar! 4. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.29) Assinale a única assertiva que apresenta uma reescrita do texto sem problemas de adequação à norma padrão e sem alterações do sentido original: a) A educação brasileira apresenta alguns problemas porque deveriam ser feitos mais investimentos em escolas de boa estrutura, além de ser realizado a compra de materiais escolares para todos os estudantes; também têm que ser feitas campanhas para dar livros para pessoas carentes e professores com salários baixos, porque os salários dos mestres ainda são pequenos se comparados aos de outras profissões, como médicos e engenheiros; finalmente, é preciso haver maior motivação, porque a maioria dos alunos e professores estão sem vontade de ir para a escola, uma vez que as aulas são desestimulantes, e quase sempre se resumem a provas, com a necessidade de receber nota, uma cultura que valoriza a “decoreba”, não o raciocínio. É isso o que precisa mudar! b) A educação brasileira apresenta uma série de problemas porque, em primeiro lugar, deveria haver mais investimentos na área, o que se refletiria em escolas com boa estrutura e na disponibilidade de materiais escolares para todos os alunos; além disso, deveriam ser feitas campanhas para oferecer livros para pessoas carentes; já os professores precisam receber salários mais altos, uma vez que a remuneração dos docentes é baixa se comparada à de outras profissões (médicos e engenheiros, por exemplo); por fim, mais motivação é fundamental: a maioria dos alunos e professores se encontra desestimulada, sem muita vontade de ir para a escola, porque as aulas são enfadonhas e, muitas vezes, se reduzem a testes meritocráticos que cobram memorização, não reflexão. Eis o quadro que precisa mudar! c) A educação brasileira apresenta uma série de mazelas porque, primeiramente, deveriam haver mais investimentos na área educacional, o que geraria escolas com boa estrutura, além de haver a disponibilidade de materiais escolares para todos os alunos e professores; além disso, deveriam ser organizadas campanhas para doar livros para pessoas carentes; com relação aos professores, especificamente, eles precisam receber salários mais altos, no entanto a média salarial dos docentes é baixa se comparada à de outras carreiras, como a medicina e as engenharias; finalizando, é fundamental que haja mais motivação: todos os alunos e professores se encontram sem vontade de ir para a escola, porque as aulas são pouco estimulantes e se reduzem a provas que cobram boa memória, não raciocínio crítico. Tudo isso é o que precisa mudar! d) A educação do Brasil apresenta problemas, uma vez que deveriam ser feitos mais investimentos em escolas, a fim de que elas adquiram melhor estrutura, além de ser importante a compra de materiais escolares para todos os alunos matriculados; além disso, devem ser realizadas campanhas, com o fim de doar livros para pessoas carentes, bem como professores com salários baixos; sobre os salários dos docentes, é fato que são baixos se comparados aos de outras profissões, como médicos e engenheiros – e isso precisa ser revisto; finalizando, é preciso maior motivação, porque os alunos e professores ficam sem vontade de ir para a escola, afinal, as aulas são repetitivas e se voltam apenas para a realização de provas e para a necessidade de se atribuir uma nota ao aluno, pensamento que valoriza muito pouco o raciocínio. O governo precisa mudar isso tudo! e) A educação brasileira tem muitos problemas porque o governo deveria fazer mais investimentos nessa área, o que geraria escolas com estrutura melhor, sem falar na disponibilidade de materiais escolares para todos os estudantes; além disso, deveriam ser feitas campanhas para coletar e doar livros para pessoas carentes, sem acesso às bibliotecas; sobre os professores, eles precisam de salários altos, porque os salários do professorado brasileiro é baixíssimo se comparado ao de outras carreiras (médicos e engenheiros); para finalizar, é fundamental mais motivação, porque os alunos e professores estão sem vontade de ir para as aulas, que são chatas, porque se resumem a estudar para provas de memória, sem muito pensamento. Isso precisa mudar!

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5. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.30) Assinale a única assertiva que NÃO apresenta problema(s) de concordância verbo-nominal: a) Mãe, filha e afilhado foram silenciosas por uma rua pouco iluminada, temendo a abordagem de algum pivete; no meio do caminho, o moço decidiu fazer sinal para um dos carros que passava pela rua, que parou imediatamente para que eles subissem. No caminho, todos respiraram aliviados, pois havia escapado do perigo. b) Os 20% do lucro daquela acionista sumiram misteriosamente após uma ação fraudulenta; a senhora precisou acionar quatro especialistas em computação, que, após um longo processo de investigação, afirmou que o sistema da empresa havia sido invadido. c) As meninas e o menino saíram da casa dos padrinhos e foram, pouco alegres, para a casa onde os pais jantavam com os convidados recém-chegados de viagem, que, diferentemente dos pequenos, estavam radiantes: retornavam à cidade-natal e queriam matar as saudades dos sabores da região. d) Aqueles cientistas austríacos chegaram ao Brasil com uma espécie rara de pinheiro, que só é cultivado em campos da Europa Oriental; tais árvores, diferentemente do que ocorre com o pinheiro mais conhecido em terras europeias, é a prova de que a diversidade da flora européia ainda tem muito a revelar. e) A bibliotecária limpou o acervo, que estava muito empoeirado, e recatalogou as obras, nas prateleiras. No dia seguinte, a biblioteca foi aberta para que os alunos do colégio pudesse folhear os exemplares. Leia o seguinte texto, que servirá de base para as próximas 03 (três) questões.

O profissional que o mercado quer

Débora Rubin

Esqueça tudo o que você aprendeu sobre o mercado de trabalho. Estabilidade, benefícios, vestir a camisa da empresa, jornadas intermináveis, hierarquia, promoção, ser chefe. Ainda que tais conceitos estejam arraigados na cabeça do brasileiro, eles fazem parte de um pacote com cheiro de naftalina. O novo profissional, autônomo, colaborativo, versátil, empreendedor, conhecedor de suas próprias vontades e ultraconectado é o que o mercado começa a demandar. O modelo tradicional de trabalho que foi sonho de consumo de todo jovem egresso da faculdade nas últimas duas décadas está ficando para trás. Surge o modelo de trabalho contemporâneo, novinho em folha. É a maior transformação desde que a Revolução Industrial, no século XVIII, mandou centenas de pessoas para as linhas de produção.

Nas novas gerações esse fenômeno é mais evidente. Hoje, poucos recém-formados se veem fiéis a uma única empresa por toda a vida. Em grande parte das universidades de elite do país, os alunos sequer cogitam servir a um empregador. “Quando perguntamos onde eles querem trabalhar, a resposta é: na minha empresa”, conta Adriana Gomes, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo. Entre os brasileiros que seguem o modelo tradicional, a média de tempo em um emprego é de cinco anos, uma das menores do mundo, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – os americanos trocam mais, a cada quatro anos.

O cenário atual contribui. “Estamos migrando de um padrão previsível para um modelo no qual impera a instabilidade”, diz Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Quem apostar na estrutura antiga vai sair perdendo, segundo a professora Tânia Casado, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo. Isso significa, inclusive, rever o significado de profissão. “O que passa a valer é o conceito de carreira sem fronteiras, ou seja, a sequência de experiências pessoais de trabalho que você vai desenvolver ao longo da sua vida”, define Tânia, uma das maiores especialistas em gestão de pessoas do País. Dentro desse novo ideal, vale somar cada vivência, inclusive serviços não remunerados, como os voluntários, e os feitos por puro prazer, como escrever um blog.

Fonte: Istoé, 30 de março de 2012. 6. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.31) Sobre o texto de Débora Rubin, assinale a única assertiva CORRETA: a) Segundo o texto, conceitos como “estabilidade” e “promoção” não mais se aplicam ao novo profissional que está ganhando o mercado de trabalho, o que representa, na visão da autora, uma grande transformação. b) Segundo o texto, conceitos como “hierarquia” e “benefícios” continuam a guiar os rumos do mercado de trabalho brasileiro, o que representa um modelo de trabalho ainda bastante atual. c) Segundo o texto, continua a vigorar, entre aqueles que acabam de deixar os bancos universitários, o pensamento de que devem ser fieis a uma empresa por toda a vida profissional. d) Segundo o texto, a média de tempo em um emprego entre os brasileiros que seguem o modelo de trabalho tradicional é menor que a dos Estados Unidos. e) Segundo o texto, o modelo de trabalho tradicional continua a seduzir universitários brasileiros, uma vez que oferece mais estabilidade e possibilidades de crescimento profissional.

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7. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.32) Sobre o texto de Débora Rubin, assinale a única assertiva INCORRETA: a) Segundo Márcio Pochmann, o modelo de trabalho tradicional é marcado pela previsibilidade. b) Segundo Tânia Casado, não obterá êxito profissional quem apostar no modelo de trabalho tradicional. c) Segundo Márcio Pochmann, o modelo de trabalho contemporâneo não é marcado pela instabilidade. d) Segundo Tânia Casado, no modelo de trabalho contemporâneo ganha importância a sequência de empregos da pessoa. e) Sob a ótica do modelo de trabalho contemporâneo, serviços voluntários nãoremunerados também são importantes para a carreira profissional. 8. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.33) Leia o seguinte trecho, destacado do texto-base, e assinale a única assertiva CORRETA: “O cenário atual contribui. “Estamos migrando de um padrão previsível para um modelo no qual impera a instabilidade”, diz Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Quem apostar na estrutura antiga vai sair perdendo, segundo a professora Tânia Casado, da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo. Isso significa, inclusive, rever o significado de profissão. “O que passa a valer é o conceito de carreira sem fronteiras, ou seja, a sequência de experiências pessoais de trabalho que você vai desenvolver ao longo da sua vida”, define Tânia, uma das maiores especialistas em gestão de pessoas do País. Dentro desse novo ideal, vale somar cada vivência, inclusive serviços não remunerados, como os voluntários, e os feitos por puro prazer, como escrever um blog.” a) “Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)” é um vocativo. b) “Uma das maiores especialistas em gestão de pessoas do País” é um aposto. c) “Da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo” é um predicativo do objeto. d) “Como os voluntários” é um aposto. e) “Como escrever um blog” é um adjunto adverbial de modo. 9. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.34) Observe o seguinte cartum de Benett e assinale a única assertiva que apresenta uma interpretação CORRETA:

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blog/salmonelas/

a) Fica subentendido que, na visão do cartunista, o senso comum oferece uma zona de conforto para quem nele se alberga – ainda que ele, o senso comum, tenha aparência grosseira e perigosa. Ou seja: o autor relativiza a “segurança” oferecida pelo senso comum, criticando-o. b) Fica subentendido que, na visão do cartunista, o senso comum revela a verdade das coisas para as pessoas que nele se refugiam (que, no desenho, tentam atrair o personagem desgarrado para dentro do senso comum); logo, pode-se afirmar que Benett faz um elogio ao senso comum. c) Fica subentendido que, na visão do cartunista, devemos valorizar o senso comum; é por isso que o personagem que está fora do senso comum apresenta semblante triste – está isolado devido ao seu comportamento condenável. d) Fica subentendido que, na visão do cartunista, o senso comum é algo positivo, que merece ser valorizado, uma vez que protege as pessoas que nele buscam abrigo; incoerentemente, Benett retrata o senso comum como algo feio. e) Fica subentendido que, na visão do cartunista, quem nega o senso comum está fadado à solidão e à miséria intelectual, uma vez que é no senso comum que se encontra a verdadeira chave do conhecimento. 10. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.35) Com relação às regras de acentuação gráfica, assinale a única assertiva em que todas as palavras devem ser acentuadas, segundo as regras do português padrão: a) Facil; polen; colmeia. b) Ideia; tenis; miudo. c) Papeis; refem; lucido. d) Heroi; enjoo; tacito. e) Simpatico; boia; saida.

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11. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.36) Leia a seguinte notícia, adaptada do portal Globo Rural de 05/09/2012, e assinale a única assertiva que apresenta uma continuação coerente para o texto:

Ministério da Agricultura vacina quase 120 milhões de animais contra febre aftosa

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa de 2012 já imunizou quase 120 milhões de animais em 22 estados e no Distrito Federal, segundo informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta terça-feira (4/9).

O resultado foi considerado positivo pelo Departamento de Saúde Animal (DSA), embora seja parcial. Com as informações que faltam, a expectativa é que o nível de imunização alcance o mesmo obtido em setembro do ano passado, quando 97,7% dos animais envolvidos na campanha já estavam vacinados.

A primeira etapa dessa bem-sucedida campanha teve início em março. Já a segunda etapa começou em julho. No entanto (...) a) (...) os resultados são excelentes, uma vez que, se comparado a outros países da América Latina, os números da vacinação brasileira revelam que o país se organizou sobremaneira para que os animais fossem imunizados. b) (...) alguns estados enfrentaram problemas, como o Amapá, onde nenhum animal foi vacinado durante o primeiro semestre. Lá, o programa só começará a partir de novembro - a operação se tornou anual por causa das condições desfavoráveis para realizá-la em outros períodos do ano. c) (...) a campanha, na visão dos veterinários, como Luiz Fernando Lopes, de São Paulo, merece ser comemorada. Nas palavras dele, “os números comprovam que houve bastante comprometimento dos pecuaristas, ou seja, a tão falada conscientização está gerando bons frutos”. d) (...) os números positivos agradaram os pecuaristas, porque revelam que o Brasil está comprometido com a erradicação da aftosa. e) (...) pode-se dizer que os resultados merecem ser comemorados, uma vez que a campanha obteve o sucesso necessário para que a Febre Aftosa seja erradicada das terras brasileiras. 12. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.37) Leia o texto e o infográfico apresentados abaixo e assinale a única assertiva que revela uma análise CORRETA de ambos:

Uma pesquisa do Ibope encomendada pela ONG Movimento Nossa São Paulo, divulgada nesta quintafeira, mostra uma lista do que mais desagrada o morador da capital paulista. O trabalho é parte das comemorações pelo aniversário de 455 anos de São Paulo, no próximo dia 25. A pesquisa ouviu 1.512 pessoas, de 18 a 29 de novembro de 2008, perguntando do que o entrevistado menos gosta ou o que mais o incomoda na cidade. O entrevistado deveria responder apenas um motivo; caso apresentasse mais de um defeito, apenas o primeiro seria computado. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Confira os índices no infográfico abaixo:

Fonte: Portal Terra, 22/01/2009. a) Pode-se dizer que mais da metade dos entrevistados encaram problemas de segurança pública (violência e criminalidade) como os principais defeitos da cidade de São Paulo. b) Pode-se dizer que os problemas ligados ao tráfego de veículos (trânsito e tempo de locomoção) são os que mais incomodam mais da metade dos entrevistados. c) Pode-se dizer que a poluição, um dos problemas crônicos da cidade de São Paulo, incomoda menos os entrevistados do que o preconceito e a intolerância. d) Pode-se dizer que mais da metade dos entrevistados encaram a injustiça social e a desigualdade como os principais defeitos da cidade de São Paulo. e) Pode-se dizer que a corrupção, algo tão noticiado pela mídia brasileira, incomoda menos os paulistanos do que a agitação e a correria do dia a dia.

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13. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.38) Assinale a única assertiva cuja sentença apresenta problema(s) de regência verbal: a) Aqueles casais resolveram viajar juntos para uma casa de campo, a fim de aproveitar o feriado de maneira bucólica. b) Geralmente os donos de animais domésticos tratam os bichinhos como “pessoas” da família, o que, na visão dos veterinários, pode ser muito negativo. c) Todos os sócios daquela empresa de contabilidade foram chamados para a reunião extraordinária, realizada no final de semana. d) Os colegas foram no cinema e assistiram o bom filme nacional, cujos atores foram premiados no Festival de Brasília. e) A menina passou horas namorando o brinquedo que estava exposto na vitrine; a mãe, então, comprou-o para a filha. Leia o texto a seguir, que servirá de base para as próximas 02 (duas) questões.

Gadgets de sangue

Felipe Pontes

Se você comprou um celular ou um iPod de 1996 para cá, pode ter ajudado a financiar uma guerra civil. Desde essa data, o leste da República Democrática do Congo — região que abastece grandes empresas de eletrônicos com quatro minérios essenciais para o funcionamento de qualquer gadget — é tomado por alguns grupos armados rebeldes. Essas milícias, envolvidas num dos piores conflitos da nossa época, se sustentam com dinheiro do contrabando desses minerais.

Só em 2009, os grupos armados congoleses receberam US$ 185 milhões com a mineração ilegal, de acordo com estimativa da organização americana de direitos humanos Enough Project. “Os valores podem flutuar, mas certamente são suficientes para perpetuar a guerra, comprar armas e pagar soldados”, afirma Aaron Hall, analista de política da entidade. Ou seja, adquirir algum aparelho eletrônico está indiretamente relacionado à manutenção do conflito mais violento do planeta após a Segunda Guerra Mundial. Esqueça o Afeganistão ou o Iraque. Nos últimos 15 anos, os confrontos em terras congolesas mataram 5,5 milhões de pessoas e mais de 200 mil mulheres foram estupradas, de acordo com estudo da ONG International Rescue Committee. Formalmente, a guerra terminou em 2003, mas as batalhas, turbinadas pelas reservas minerais do país, continuam entre os grupos armados que dominam e mantêm as minas.

Os quatro minérios envolvidos no conflito são o tântalo, o tungstênio, o estanho e, em menores quantidades, o ouro. O tântalo serve para armazenar energia em smartphones e computadores. O tungstênio é usado para fazer os celulares vibrarem e o estanho entra na solda de circuitos. O ouro melhora a conectividade na fiação desses equipamentos.

Fonte: Galileu, 28/04/2011. 14. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.39) Sobre o texto de Felipe Pontes, assinale a única assertiva CORRETA: a) De acordo com o texto, a compra de um aparelho eletrônico, como um telefone celular, necessariamente gera a morte de algum minerador africano. b) De acordo com o texto, a mineração do ouro não está ligada à manutenção dos conflitos armados africanos. c) De acordo com o texto, a compra de um aparelho eletrônico é uma ação que está indiretamente ligada à manutenção de um sangrento conflito armado. d) De acordo com o texto, os conflitos armados nas regiões de mineração do Congo terminaram em 2003, mas continuam a ocorrer mortes, devido aos efeitos nocivos de metais como o tântalo. e) De acordo com o texto, os conflitos armados nas regiões de mineração do Congo não são gerados pela compra de gadgets em geral, mas tão somente pelo consumo desenfreado de iPods, aparelhos que precisam de quatro metais diferentes (tântalo, tungstênio, estanho e ouro) em sua composição. 15. [Assessor Jurídico-(NS)-DPE-PR/2012-PUC-PR].(Q.40) Leia o seguinte trecho, destacado do texto de Felipe Pontes, e assinale a única assertiva CORRETA: “Se você comprou um celular ou um iPod de 1996 para cá, pode ter ajudado a financiar uma guerra civil. Desde essa data, o leste da República Democrática do Congo — região que abastece grandes empresas de eletrônicos com quatro minérios essenciais para o funcionamento de qualquer gadget — é tomado por alguns grupos armados rebeldes. Essas milícias, envolvidas num dos piores conflitos da nossa época, se sustentam com dinheiro do contrabando desses minerais.” a) Não é possível substituir os traços (travessões) que separam o trecho “região que abastece grandes empresas de eletrônicos com quatro minérios essenciais para o funcionamento de qualquer gadget” por parênteses, sem prejuízo do sentido original. b) Pode-se dizer que a primeira frase do parágrafo, iniciada com o “se” condicional, é bastante expressiva; não é errado supor, então, que ela foi utilizada pelo jornalista a fim de prender a atenção do leitor, supondo que ele, o leitor, pode ter comprado um celular ou um iPod e, com isso, pode ter ajudado a financiar um conflito armado. c) O primeiro período do parágrafo poderia ser reescrito da seguinte maneira, sem prejuízo do sentido original: “Se você comprou um celular ou um iPod, de 1996 para cá, certamente ajudou a financiar uma guerra civil.” d) O trecho “envolvidas num dos piores conflitos da nossa época” é um adjunto adverbial de tempo. e) O trecho “desde essa data” é um sujeito simples.

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PROVA 6

Juiz de Direito Substituto-(Prova Objetiva)-(Nível Superior)-(Manhã) – TJ/MS Data: 29/07/2012

Leia o seguinte artigo, do sociólogo e jurista português Boaventura de Sousa Santos:

Justiça social e justiça histórica Boaventura de Sousa Santos

Ao regressar de férias, o STF enfrenta uma questão crucial para a construção da identidade do Brasil pós-constituinte: é possível adotar um sistema de ações afirmativas para ingresso nas universidades públicas que destine parte das vagas a negros e indígenas? Ao rejeitar o pedido de liminar em ação movida pelo DEM visando suspender a matrícula dos alunos, o ministro Gilmar Mendes sugeriu que a resposta fosse dada em razão do impacto das ações afirmativas sobre um dos elementos centrais do constitucionalismo moderno: a fraternidade. Perguntou-se se estaria abrindo mão da ideia de um país miscigenado e adotando o conceito de nação bicolor, que opõe "negros" a "não negros", e se não haveria forma mais adequada de realizar "justiça social" - por exemplo, cotas pelo critério da renda. Situar o juízo de constitucionalidade no horizonte da fraternidade é uma importante inovação no discurso do Supremo. Mas, assim como o debate sobre a adoção de ações afirmativas baseadas na cor da pele não pode ser dissociado do modo como a sociedade brasileira se organizou racialmente, o debate sobre a concretização da Constituição não pode desprezar as circunstâncias históricas nas quais ela se insere. Como já escrevi nesta seção, o ideário da fraternidade nas revoluções europeias caminhou de par com a negação da fraternidade fora da Europa ("As dores do pós-colonialismo", 21/8/06). No "novo mundo", a prosperidade foi construída à base da usurpação violenta de territórios originários dos povos indígenas e da sobreexploração dos escravos para aqui trazidos. Por essa razão, no Brasil, a injustiça social tem forte componente de injustiça histórica e, em última instância, de racismo anti-índio e antinegro ("Bifurcação na Justiça", 10/6/08). Em contraste com outros países (EUA), o Brasil apresenta um grau bem maior de miscigenação. A questão é saber se esse maior grau de miscigenação foi suficiente para evitar a persistência de desigualdades estruturais associadas à cor da pele e à identidade étnica, ou seja, se o fim do colonialismo político acarretou o fim do colonialismo social. Os indicadores sociais dizem que essas desigualdades persistem. Por exemplo, um estudo recente divulgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República mostra que o risco de ser assassinado no Brasil é 2,6 vezes maior entre adolescentes negros do que entre brancos. Falar em fraternidade no Brasil significa enfrentar o peso desse legado, grande desafio para um país em que muitos, levianamente, tomam a ideia de democracia racial como dado, não como projeto. Mas, se o desafio for enfrentado pelas instituições sem que se busque diluir o problema em categorias fluidas como a de "pobres", o país caminhará não só para a consolidação de uma nova ordem constitucional, no plano jurídico, como também para a construção de uma ordem verdadeiramente pós-colonial, no plano sociopolítico. Ao estabelecer um sistema de ações afirmativas para negros e indígenas, a UnB oferece três grandes contributos para essa transição. Em primeiro lugar, o sistema de educação superior recusa-se a reproduzir as desigualdades que lhe são externas e mobiliza-se para construir alternativas de inclusão de segmentos historicamente alijados das universidades em razão da cor da pele ou identidade étnica. Segundo, a adoção dessas alternativas não acarreta prejuízo para a qualidade acadêmica. Ao contrário, traz mais diversidade, criatividade e dinamismo ao campus ao incluir novos produtores e modos de conhecer. Terceiro, apesar de levantarem reações pontuais, como a do DEM, ações afirmativas baseadas na cor da pele ou identidade étnica obtêm um elevado grau de legitimidade na comunidade acadêmica. Basta ver como diversos grupos de pesquisa e do movimento estudantil se articularam em defesa do sistema da UnB quando ele foi posto em causa. Para o estudo das reformas universitárias, é fundamental que o programa da UnB possa completar o ciclo de dez anos previsto no plano de metas da instituição. A resposta a ser adotada pelo STF é incerta. O tribunal poderá desprezar a experiência da UnB sob o receio de que ela dissolva o mito de um país fraterno, porque mais miscigenado do que outros. Mas o tribunal também poderá entender que o programa da UnB, ao reconhecer a existência de grupos historicamente desfavorecidos, é, ao contrário, uma tentativa válida de institucionalizar uma fraternidade efetiva. Somente a segunda resposta permite combinar justiça social com justiça histórica.

Fonte: Folha de S. Paulo, 26/08/2009.

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1. [Juiz Dir. Substituto-(Pr. Objetiva)-(NS)-(M)-TJ-MS/2012-PUC-PR].(Q.1) Com base na leitura do artigo de Boaventura de Sousa Santos, assinale a única alternativa CORRETA: a) Para o autor, a grande miscigenação brasileira explica o porquê de o país não carecer de cotas raciais no ambiente acadêmico, onde a pluralidade cultural é uma realidade. b) Segundo Boaventura, o racismo está ligado a uma época remota, quando da escravidão, o que justifica a não adoção do regime de cotas. c) Para o autor, a miscigenação (palavra-chave da ideia de democracia racial) não conseguiu acabar com a desigualdade social, no caso brasileiro. d) Segundo Boaventura, mais importante do que aplicar um regime de cotas raciais é a utilização de critérios de renda – ou seja, as cotas sociais. e) Para o autor, os debates do STF não podem ignorar a historiografia da Constituição nem o fato de que, no Brasil, não é possível discutir o juízo de constitucionalidade com base em princípios gerais, como a fraternidade. 2. [Juiz Dir. Substituto-(Pr. Objetiva)-(NS)-(M)-TJ-MS/2012-PUC-PR].(Q.2) Sobre as ideias defendidas por Boaventura de Sousa Santos, assinale a única assertiva CORRETA: a) Uma das três grandes contribuições da implantação de um sistema de ações afirmativas para negros e indígenas, no meio universitário brasileiro (exemplificado pela UnB) é a manutenção de um conceito basilar da moderna democracia brasileira, qual seja, a ideia inconteste de democracia racial. b) Uma das três grandes contribuições da implantação de um sistema de ações afirmativas para negros e indígenas, no meio universitário brasileiro (exemplificado pela UnB) é o fechamento de um ciclo de discussões acerca da falência do mito da igualdade racial; a política de ações afirmativas, assim, comprova que a miscigenação não ocorreu em nosso país. c) Um dos dois pontos mais debatidos acerca da política de cotas raciais (para negros e índios) no meio universitário brasileiro é o decrescimento da qualidade do binômio ensino/aprendizagem no ambiente acadêmico, fato comprovado a partir do estudo de caso da UnB. d) Um dos dois pontos mais debatidos acerca da política de cotas raciais (para negros e índios) no meio universitário brasileiro é o fato de que a adoção das chamadas ações afirmativas por meios institucionais, como a UnB, pode prejudicar as reformas universitárias almejadas pelo corpo docente. e) Uma das três grandes contribuições da implantação de um sistema de ações afirmativas para negros e indígenas, no meio universitário brasileiro (exemplificado pela UnB) é a recusa, por parte do ensino superior, da reprodução de certas desigualdades externas, historicamente construídas. 3. [Juiz Dir. Substituto-(Pr. Objetiva)-(NS)-(M)-TJ-MS/2012-PUC-PR].(Q.3) A partir da leitura do texto de Boaventura de Sousa Santos, assinale a única alternativa CORRETA: a) Na visão do autor, o fim do colonialismo político não necessariamente acarreta o fim do colonialismo social; na sociedade brasileira, porém, é perceptível que as amarras do colonialismo social foram cortadas há tempos. b) Na visão do autor, a “democracia racial”, na sociedade brasileira, é, por muitos, tomada como fato consumado, o que não corresponde à realidade de desigualdade social observada no país. c) Na visão do autor, a “democracia racial” é um projeto institucional fulcrado em dados da UnB e respaldado pelo julgado do STF, projeto este que passa pela implantação de políticas de ações afirmativas, como as cotas para negros e índios. d) Pode-se dizer que o autor diferencia a fraternidade efetiva, institucionalizada, da fraternidade abstrata do lema revolucionário francês (única responsável pela efetivação da justiça social, também uma forma de justiça histórica). e) Pode-se dizer que o autor desconstrói o mito da “fraternidade”, mostrando, por meio de dados numéricos e de acórdãos do STF, que o lema da revolução burguesa clássica não é aplicável à realidade brasileira contemporânea. 4. [Juiz Dir. Substituto-(Pr. Objetiva)-(NS)-(M)-TJ-MS/2012-PUC-PR].(Q.4) Leia o seguinte parágrafo, retirado do texto de Boaventura de Sousa Santos, e assinale a única assertiva CORRETA: Os indicadores sociais dizem que essas desigualdades persistem. Por exemplo, um estudo recente divulgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República mostra que o risco de ser assassinado no Brasil é 2,6 vezes maior entre adolescentes negros do que entre brancos. Falar em fraternidade no Brasil significa enfrentar o peso desse legado, grande desafio para um país em que muitos, levianamente, tomam a ideia de democracia racial como dado, não como projeto. a) No trecho “Por exemplo, um estudo recente divulgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República mostra que o risco de ser assassinado no Brasil é 2,6 vezes maior entre adolescentes negros do que entre brancos.”, há uma elipse que gera problema de concordância nominal. b) A expressão “desse legado” faz referência à “Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República”. c) A expressão “por exemplo” dá início a uma oração sem sujeito cujo tópico frasal é “risco de ser assassinado no Brasil”. d) A expressão “essas desigualdades” faz referência a “desigualdades estruturais associadas à cor da pele e à identidade étnica”, presente no parágrafo anterior. e) A expressão “desse legado” é catafórica e faz referência ao regresso de férias do STF, idéia presente no primeiro parágrafo do texto-base.

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PROVA 7

Advogado-(Nível Superior) – Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba – FEAES

Data: 12/02/2012 Leia o seguinte texto, que servirá de base para as próximas 05 (cinco) questões:

O Legado da Doutora Zilda Arns

Frei Betto

Se milhares de jovens e adultos brasileiros e estrangeiros sobrevivem, hoje, às condições de extrema pobreza em que nasceram, devem isso em especial à doutora Zilda Arns. Conheci-a através de seu irmão, o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, hoje arcebispo emérito de São Paulo. Trazia sempre nos lábios um sorriso tímido, a fala mansa, suave, e, apesar dos gestos contidos, manifestava profunda firmeza de caráter.

Na virada das décadas 1970-1980, o Brasil se redemocratizava e a sociedade civil se reorganizava. Fundada em 1983, hoje a Pastoral da Criança atua em 20 países, principalmente junto a famílias de baixa renda, onde acompanha as gestantes, os partos, o desenvolvimento das crianças de zero a 6 anos de idade.

Inspirada na metodologia de Paulo Freire – os pobres como sujeitos sociais e políticos de sua emancipação da pobreza – a Pastoral da Criança criou uma extensa rede de voluntários a partir da capacitação dos pais das crianças atendidas. O beneficiário de hoje é o agente multiplicador de amanhã, responsável por acompanhar de 10 a 15 famílias vizinhas prestes a ter bebê, orientando-as em ações básicas de saúde, vacinas, cuidados pré e pós-natais, nutrição, educação e cidadania.

Em 2004, Zilda Arns criou a Pastoral da Pessoa Idosa, hoje integrada por milhares de homens e mulheres com mais de 60 anos de idade, rejuvenescidos por descobrirem que velhice não é doença, nem ociosa espera da morte.

No Brasil, já foram atendidas pela Pastoral da Criança, em 27 anos de atuação, 1,6 milhão de crianças e 1,2 milhão de famílias pobres, em 4.063 municípios, graças à dedicação de 260 mil voluntários, dos quais 141 mil são líderes que vivem em comunidades pobres. Zilda Arns fez, sim, o milagre da multiplicação dos pães, ou seja, da vida. Aonde a Pastoral da Criança chega, no primeiro ano o índice de mortalidade infantil cai em torno de 20%.

Estima-se que, no exterior, a Pastoral da Criança já salvou a vida de ao menos 200 mil bebês. Na América Latina ela se faz presente no Paraguai, Argentina, Honduras, México, Venezuela, Bolívia, Uruguai, Peru, Panamá, República Dominicana, Colômbia, Guatemala e também no Haiti, onde sua fundadora encontrou a morte – em plena trincheira de trabalho para salvar vidas – a 12 de janeiro último, em decorrência do terremoto que arruinou aquele país do Caribe. Na África, a Pastoral atua na Guiné-Bissau, Moçambique e Guiné; e na Ásia, nas Filipinas e Timor Leste.

Trabalhei com Zilda Arns em 2003/2004, quando a Pastoral da Criança se fez parceira, de primeira hora, do Fome Zero. Ela tinha muito a nos ensinar. Crianças nascidas em situação de extrema pobreza são salvas da desnutrição e da diarreia graças a medidas simples, como a pesagem periódica de bebês, o soro caseiro e a farinha multimistura, preparada com sementes e “restos” de alimentos, como talos de verduras, cascas de frutas e ovos. O custo criança/mês é inferior a R$ 1,7.

Graças à intensa mobilização suscitada pelo apelo de combate à desnutrição, o Fome Zero recebia inúmeras doações. Certo dia ligou um empresário de Birigui (SP), disposto a doar 100 mil pares de calçados para crianças. E, como tantos doadores, queria visibilizar o gesto em Brasília, em vez de destinar a doação diretamente aos municípios priorizados pelo programa. Logramos convencê-lo do contrário.

Roberto Guimarães, que trabalhava com Oded Grajew e comigo no gabinete de Mobilização Social da Presidência da República, ficou encarregado de monitorar a operação. Qualificado em consultoria de processos, contatou os Correios, que se prontificaram a despachar os sapatos. Mas... a que endereços? Sugeri que recorresse à Pastoral da Criança. Duas semanas depois, ela nos enviou nome e sobrenome de 100 mil crianças, os respectivos endereços e – acreditem! – o número do pezinho de cada uma, especificando se era do sexo masculino ou feminino. Ficamos admirados frente à tamanha capilaridade e eficiência do movimento criado por Zilda Arns. Roberto Guimarães comentou que nem o acervo de presentes de Papai Noel era tão organizado...

No lançamento do Fome Zero, em 2003, Zilda Arns discordou de se exigir, dos beneficiários, comprovantes de gastos em alimentos, de modo a garantir que o dinheiro não se destinasse a outras compras. Oded Grajew e eu a apoiamos, concordamos que apresentar comprovantes não era relevante, valia apenas como forma de se verificar resultados. Haveria que confiar na palavra dos beneficiários.

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 34

Em março de 2004, o governo decidiu esvaziar o Fome Zero, que tinha caráter emancipatório, e introduzir o Bolsa Família, de caráter compensatório. Zilda Arns, preocupada, convocou-me a Curitiba, sede da Pastoral da Criança, para reunião com ela, José Tubino, da FAO, e dom Aloysio Penna, então arcebispo de Botucatu (SP), que representava a CNBB. Tratamos das mudanças na área social do governo, em especial da decisão de se acabar com os Comitês Gestores do Fome Zero, já implantados em cerca de 2 mil municípios, pelos quais a sociedade civil atuava junto à gestão pública.

Zilda Arns temia que o Bolsa Família priorizasse a mera transferência de renda, submetendo-se à orientação que propõe tratar a pobreza com políticas compensatórias, sem tocar nas estruturas que promovem e asseguram a desigualdade social. Acreditava que as políticas sociais do governo só teriam êxito consolidado ao combinarem políticas de transferência de renda e mudanças estruturantes, ações emergenciais e educativas, como qualificação profissional.

Em artigo que divulgou por ocasião da II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em Olinda, a criadora da Pastoral da Criança alertou que a política social “não deve estar sujeita à política econômica. É hora de mudar esse paradigma. É a política econômica que deve estar sujeita ao combate à fome e à miséria.” E manifestou claramente a sua opinião: “Erradicar os Comitês Gestores seria um grave erro, por destruir uma capilaridade popular que fortalece o empoderamento da sociedade civil; (...) por reforçar o poder de prefeitos e vereadores, que nem sempre primam pela ética e lisura no trato com os recursos públicos. O governo não deve temer a parceria da sociedade civil, representada pelos Comitês Gestores.”

Seu apelo não teve eco. Os Comitês Gestores foram erradicados e, assim, a participação da sociedade civil nas políticas sociais do governo federal. Apesar de tudo, o ministro Patrus Ananias logrou aprimorar o Bolsa Família e o índice de redução da miséria absoluta no país, conforme dados recentes do Ipea. Falta encontrar a porta de saída aos beneficiários, de modo a produzirem a própria renda.

Zilda Arns nos deixa, de herança, o exemplo de que é possível mudar o perfil de uma nação com ações comunitárias, voluntárias, enfim, através da mobilização da sociedade civil. Não a mobilização que isenta o poder público de suas responsabilidades ou procura substituí-lo em suas obrigações. As instituições governamentais mantêm parcerias com a Pastoral da Criança e, esta, exige-lhes recursos, participa de comissões e eventos convocados pelo governo, critica-o quando necessário, sem se deixar instrumentalizar por interesses partidários e eleitorais.

“Estou convencida” – disse ao público que a escutava numa igreja de Porto Príncipe, pouco antes de falecer, sob os escombros de uma igreja no Haiti, em decorrência do terremoto – “de que a solução da maioria dos problemas sociais está relacionada com a redução urgente das desigualdades sociais, a eliminação da corrupção, a promoção da justiça social, o acesso à saúde e à educação de qualidade, ajuda mútua financeira e técnica entre as nações, para a preservação e restauração do meio ambiente.” E acrescentou: “Devemos nos esforçar para que nossos legisladores elaborem leis e os governos executem políticas públicas que incentivem a qualidade da educação integral das crianças e saúde, como prioridade absoluta”.

O mesmo ocorre em relação à iniciativa privada. A Pastoral não compactua com simulacros de responsabilidade social, que mais visam ao marketing do que à promoção humana, porém aceita parcerias se resguardados os princípios éticos e metodológicos que lhe definem o caráter.

Zilda Arns ensinou que, em se tratando de reduzir as causas da pobreza, deve ser a mais curta possível a distância entre intenção e ação. “A fome é ontem”, dizia Betinho, o sociólogo Herbert de Souza. E, na contramão daqueles que, cheios de bons propósitos, quase nada fazem por se enredarem no cipoal das fontes financiadoras, ela primeiro agia para, em seguida, buscar os recursos.

Fez da Pastoral da Criança uma extensa e intensa rede de solidariedade. Acreditou na generosidade e na capacidade das famílias beneficiárias, transformou os pobres, de objetos da ação social, em sujeitos multiplicadores de pequenas e capilares iniciativas que produzem grandes e eficientes resultados.

Ela não repassava dinheiro às famílias atendidas, não fazia promessas, não pedia atestado de pertença religiosa ou preferência política. Seu objetivo era salvar vidas precocemente ameaçadas pela injustiça da desigualdade social que marca a nossa sociedade. Soube confiar no saber popular, na eficácia de recursos domésticos e das práticas tradicionais que dispensam compras em farmácias e supermercados. Infundiu nos beneficiários e agentes multiplicadores da Pastoral a convicção de que a emancipação da pobreza não reside apenas no poder de consumo, mas sobretudo no dever de solidariedade.

“Como os pássaros, que cuidam de seus filhos ao fazer um ninho no alto das árvores e nas montanhas, longe dos predadores, das ameaças e dos perigos, e mais perto de Deus, devemos cuidar de nossas crianças como um bem sagrado, promover o respeito a seus direitos e protegê-las”, declarou Zilda Arns ao encerrar a última palestra que proferiu, junto ao povo sofrido do Haiti.

O Prêmio Nobel da Paz merecia esta mulher.

F onte: Sítio da Pastoral da Criança – www.pastoraldacriança.org.br (Texto adaptado)

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 35

1. [Advogado-(NS)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.1) Com base na leitura do texto de Frei Betto, assinale a alternativa CORRETA: a) Segundo o autor, Zilda Arns acreditava que os beneficiários do Fome Zero deveriam comprovar os gastos alimentares. b) Segundo o autor, Zilda Arns acreditava que a política social não deveria se sujeitar à política econômica. c) De acordo com Frei Betto, Zilda Arns defendia que o Bolsa Família priorizasse a transferência de renda, ou seja, o assistencialismo. d) De acordo com Frei Betto, Zilda Arns acreditava que entre a intenção e a ação de combater a pobreza deveria existir um grande espaço de reflexão teórica, a fim de primeiro buscar fontes de financiamento. e) Para o autor, o trabalho de Zilda Arns tem como principal legado o repasse de dinheiro às famílias assistidas pelos programas sociais do governo. 2. [Advogado-(NS)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.2) A partir da leitura do texto de Frei Betto, assinale a alternativa INCORRETA: a) O texto deixa claro que a doutora Zilda Arns transformou a Pastoral da Criança em uma rede de solidariedade. b) Segundo o texto, Zilda Arns preferia agir antes de buscar recursos. c) O texto deixa claro que a doutora Zilda Arns não acreditava em mudanças na estrutura social, mas em ações paliativas que, a longo prazo, surtem efeitos modificadores na realidade de pobreza existente no Brasil. d) Segundo o texto, Zilda Arns acreditava que o governo não deveria temer as parcerias formadas pela sociedade civil. e) Segundo o texto, Zilda Arns acreditava que o Poder Legislativo também tem um importante papel a cumprir no que tange às melhorias das condições sociais das crianças. 3. [Advogado-(NS)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.3) Sobre os dados presentes no texto de Frei Betto, assinale a alternativa CORRETA: a) Mais da metade dos voluntários da Pastoral da Criança vivem em comunidades pobres. b) A ação da Pastoral da Criança, em uma dada localidade carente, faz com que os índices de mortalidade infantil caiam mais de 50%. c) A Pastoral da Criança, em seus anos de atuação, atendeu mais famílias pobres que crianças carentes. d) A Pastoral da Criança não atua fora dos territórios americano e africano. e) A Pastoral da Criança foi fundada por Paulo Freire. 4. [Advogado-(NS)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.4) Leia o seguinte trecho, destacado do texto de Frei Betto, e assinale a alternativa CORRETA: Zilda Arns nos deixa, de herança, o exemplo de que é possível mudar o perfil de uma nação com ações comunitárias, voluntárias, enfim, através da mobilização da sociedade civil. Não a mobilização que isenta o poder público de suas responsabilidades ou procura substituí-lo em suas obrigações. As instituições governamentais mantêm parcerias com a Pastoral da Criança e, esta, exige-lhes recursos, participa de comissões e eventos convocados pelo governo, critica-o quando necessário, sem se deixar instrumentalizar por interesses partidários e eleitorais. a) O pronome “lhes”, utilizado em “exige-lhes”, faz referência à “Pastoral da Criança”. b) O pronome “o”, em “critica-o”, faz referência a “recursos”. c) A palavra “nos”, em “Zilda Arns nos deixa”, é uma preposição. d) A palavra “pelo”, em “eventos convocados pelo governo”, é um pronome demonstrativo. e) A palavra “esta” faz referência à “Pastoral da Criança” e é um pronome demonstrativo. 5. [Advogado-(NS)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.5) Leia o seguinte trecho, destacado do texto de Frei Betto, e assinale a alternativa CORRETA: Roberto Guimarães, que trabalhava com Oded Grajew e comigo no gabinete de Mobilização Social da Presidência da República, ficou encarregado de monitorar a operação. Qualificado em consultoria de processos, contatou os Correios, que se prontificaram a despachar os sapatos. Mas... a que endereços? Sugeri que recorresse à Pastoral da Criança. Duas semanas depois, ela nos enviou nome e sobrenome de 100 mil crianças, os respectivos endereços e – acreditem! – o número do pezinho de cada uma, especificando se era do sexo masculino ou feminino. Ficamos admirados frente à tamanha capilaridade e eficiência do movimento criado por Zilda Arns. Roberto Guimarães comentou que nem o acervo de presentes de Papai Noel era tão organizado... a) A palavra “se”, em “contatou os Correios, que se prontificaram a despachar os sapatos”, tem efeito aditivo. b) Em “Guimarães comentou que nem o acervo de presentes de Papai Noel era tão organizado...”, a palavra “nem” foi utilizada com efeito condicional. c) A palavra “sugeri”, em “sugeri que recorresse à Pastoral da Criança”, faz referência a Roberto Guimarães. d) Em “Mas... a que endereços?”, a palavra “mas” tem efeito explicativo. e) Em “Ficamos admirados frente à tamanha capilaridade e eficiência do movimento criado por Zilda Arns”, a palavra “ficamos” se refere a Roberto Guimarães e ao próprio autor, Frei Betto.

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 36

PROVA 8

Assistente Administrativo-(Nível Médio) – Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba – FEAES

Data: 12/02/2012 Leia o seguinte texto, que servirá de base para as próximas 05 (cinco) questões:

O segredo e o legado de Zilda Arns Rubens Naves

Milhares de vidas salvas, milhões de pessoas diretamente beneficiadas e o país inteiro tocado por um exemplo

de integridade, dedicação e eficácia na luta pela promoção social dos mais desassistidos. Assim podemos resumir o legado de Zilda Arns, que também deve ser reconhecida como a pessoa que mais contribuiu para a redução da mortalidade e da desnutrição infantil na história do Brasil – com um trabalho tão bem planejado e realizado que foi exportado para vários outros países.

Nestes tempos de marketing pessoal e culto à celebridade, a grandiosidade dessas realizações contrasta com a serena discrição com que a doutora Zilda sempre se apresentou, trabalhou e viveu. Mas se o segredo daquela pediatra e sanitarista, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, não se encontra nos manuais contemporâneos de sucesso, onde estaria?

Uma lembrança que guardo desde o dia 26 de março de 2004 pode ser uma boa pista para a resposta. Naquela data, Zilda Arns foi homenageada pela associação de funcionários de uma instituição bancária na Assembleia Legislativa de São Paulo. Então diretorpresidente da Fundação Abrinq, eu me preparava para fazer um breve discurso, quando pude observar a Dra. Zilda em meio a algumas das voluntárias que promovem a obra da Pastoral da Criança no Brasil – contingente que hoje chega a 155 mil pessoas, das quais 90% são mulheres. Enquanto as voluntárias expressavam, por meio de gestos e olhares, uma entusiasmada admiração por sua líder, ela, a homenageada, dispensava a todas uma constante atenção afetuosa.

O que mais me chamou atenção, entretanto, foi o fato de que, para cada voluntária, Dra. Zilda tinha uma palavra e um olhar especial. Cada uma recebia dela um tratamento intimamente amoroso, algo que só pode ser oferecido por quem enxerga e acolhe o outro não apenas como integrante de uma equipe, mas também como pessoa, em sua individualidade.

Naquele dia, tive a oportunidade de entender melhor a natureza do trabalho e da liderança daquela grande brasileira, uma mulher capaz de tocar um imenso e ambicioso projeto sem perder interesse ou sensibilidade em relação às pessoas à sua volta. Na verdade, não se tratava apenas de preservar o contato amoroso com as colaboradoras em meio a um trabalho titânico, mas de erigir uma obra grandiosa a partir de uma atitude de compaixão ativa, que supera preconceitos, aproxima os diferentes e horizontaliza relações tradicionalmente hierárquicas. Não é à toa que o sucesso espantoso da Pastoral da Criança – que já atendeu a cerca de dois milhões de crianças e tem conseguido baixar a mortalidade infantil em bolsões de pobreza a taxas que correspondem à metade da média brasileira – fundamenta-se na valorização e no protagonismo das próprias comunidades assistidas, que, além de mais vida e saúde, ganham conhecimento, organização e autonomia.

Zilda Arns tinha uma capacidade incomum para enxergar e acolher, simultaneamente, o próximo e o todo, o indivíduo e o coletivo, e demonstrava isso tanto no plano afetivo quanto na visão estratégica. Ela sabia que a transformação social ampla e profunda que almejava só viria com a mobilização permanente das próprias populações pobres e vigoroso envolvimento da sociedade civil. Mas também via com clareza o papel fundamental que cabe ao Estado no esforço necessário de efetivação dos direitos humanos e constitucionais para a parcela da população brasileira que ainda não goza de autêntica cidadania. Tanto que a Pastoral da Criança sempre contou com parcerias e financiamento estatais e influenciou políticas públicas, inspirando a descentralização do atendimento à saúde e programas com o Médico de Família.

Com uma visão abrangente das necessidades das crianças, Dra. Zilda não se limitou ao combate das causas mais diretas da mortalidade infantil por meio de ações como incentivo ao aleitamento materno, educação nutricional, controle da diarreia, medidas de higiene e vacinação. Seu trabalho incluía a promoção de lideranças locais, alfabetização de adultos e educação básica para crianças e adolescentes, combate à violência doméstica e geração de renda. Uma abordagem holística e de vanguarda, adotada pela Pastoral da Criança antes mesmo da elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente, que segue moldes semelhantes.

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Uma das inovações salvadoras de vidas lançadas pela Dra. Zilda foi a multimistura, uma farinha rica em nutrientes capaz de evitar e reverter a desnutrição infantil. Uma receita tão valiosa quanto aquela, mas composta de visão, dedicação, conhecimento, liderança, integridade e amor, é oferecida aos brasileiros pelo exemplo de vida dado por ela com sua corajosa humildade de missionária – qualidade que, como demonstra a história recente do país, viceja na família Arns.

Zilda Arns estava levando seu trabalho missionário ao país mais pobre do Ocidente quando foi vitimada em meio a uma catástrofe humanitária. Foi uma perda trágica, mas não poderia haver epílogo mais coerente para sua trajetória de solidariedade e compromisso com os mais necessitados.

Que os líderes, atuais e futuros, saibam se inspirar neste exemplo de humildade. Dra. Zilda sabia que ser humilde não é pensar pequeno nem almejar pouco, mas assumir verdadeiramente o papel de veículo das grandes causas. No caso dela, a luta pela disseminação de um amor com força transformadora, capaz de acolher, nutrir e libertar crianças e adolescentes das mazelas da miséria, das limitações da ignorância e da doença. Por representar plenamente essa bela causa, Zilda Arns acabou encarnando sua grandiosidade. Como tão vivamente demonstravam os rostos exultantes das voluntárias, mães e crianças que a aplaudiam na sede do legislativo paulista, há quase seis anos. E os milhões de sorrisos vivos e saudáveis que ela semeou e nutriu Brasil adentro, e mundo afora. Rubens Naves é advogado, professor da Faculdade de Direito da PUCSP, conselheiro e ex-presidente da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente.

Fonte: Portal Terra, 16 de janeiro de 2010. 1. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.1) Sobre o texto de Rubens Naves, assinale a alternativa INCORRETA: a) Para o autor, o trabalho de Zilda Arns não se limitava à saúde: ele se estendia a áreas como a educação, uma vez que a doutora incentivava a alfabetização de adultos. b) Segundo Naves, o fato de a Pastoral da Criança não trabalhar em parceria com o Estado aumentou a abrangência das ações encabeçadas por Zilda Arns. c) Para o autor, o trabalho de Zilda Arns pode ser considerado de vanguarda, uma vez que as ações da Pastoral da Criança anteciparam o Estatuto da Criança e do Adolescente. d) Na visão de Naves, uma das grandes inovações de Zilda Arns foi a multimistura, importante na luta contra a desnutrição infantil. e) Segundo Naves, Zilda Arns sabia trabalhar com maestria questões envolvendo a coletividade e a individualidade. 2. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.2) Sobre o texto de Rubens Naves, assinale a alternativa CORRETA: a) Para o autor, a doutora Zilda Arns soube unir o marketing pessoal e a publicidade, a favor da divulgação de seus ideais filantrópicos. b) Segundo os dados do texto, a maior parte dos voluntários da Pastoral da Criança é formada por homens. c) Na visão de Naves, Zilda Arns entendia que uma grande transformação social demandaria uma constante mobilização das populações carentes, bem como o envolvimento da sociedade civil. d) Segundo o texto, a Pastoral da Criança conseguiu erradicar, em suas zonas de atuação, as taxas de mortalidade infantil. e) Segundo o texto, a Pastoral da Criança enfrentou desafios, como o fato de ficar restrita ao território de poucos estados da nação. 3. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.3) Qual das seguintes frases sintetiza CORRETAMENTE o trabalho da Pastoral da Criança, segundo o texto de Rubens Naves? a) O trabalho da Pastoral tem fulcro na valorização e no protagonismo das comunidades assistidas, que, além das medidas ligadas à saúde, sofrem melhorias no campo educacional, tornando-se mais organizadas e autônomas. b) O trabalho da Pastoral volta-se para comunidades carentes, objetivando valorizar o trabalho voluntário de pessoas engajadas em projetos político-sociais ligados exclusivamente à área da saúde. c) O trabalho da Pastoral tem fulcro no estímulo à filantropia e às práticas humanitárias do voluntariado, desde que desconectadas de qualquer ação estatal, uma vez que o ideário defendido pela doutora Zilda Arns excluía a interferência do Poder Público. d) O trabalho da Pastoral volta-se apenas aos bolsões de pobreza, objetivando diminuir a mortalidade infantil. e) O trabalho da Pastoral, em parceria com o Estado, ONG’s e comunidades religiosas nacionais e de outros países, pretende erradicar a miséria do Brasil, pautando-se no assistencialismo e evitando conferir autonomia às parcelas da sociedade assistidas.

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4. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.4) Leia o seguinte trecho, retirado do texto de Rubens Naves: Zilda Arns estava levando seu trabalho missionário ao país mais pobre do Ocidente quando foi vitimada em meio a uma catástrofe humanitária. Foi uma perda trágica, mas não poderia haver epílogo mais coerente para sua trajetória de solidariedade e compromisso com os mais necessitados. Com base na leitura, pode-se dizer CORRETAMENTE: a) Na visão do autor, o trágico falecimento de Zilda Arns não expressa a luta que a doutora travou contra as mazelas sociais, nem espelha a sua trajetória em favor dos mais necessitados. b) Na visão do autor, a repentina morte de Zilda Arns entra em contradição com a trajetória de vida da doutora. c) Na visão do autor, o trágico falecimento de Zilda Arns é o fecho de uma história de superação, acarretando o final da Pastoral da Criança. d) Na visão do autor, a forma como Zilda Arns faleceu não é coerente com a trajetória de lutas e vitórias da doutora. e) Na visão do autor, a forma como Zilda Arns faleceu espelha a trajetória da doutora, que dedicou sua vida a causas humanitárias. 5. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.5) Leia o seguinte trecho e assinale a alternativa CORRETA: Uma das inovações salvadoras de vidas lançadas pela Dra. Zilda foi a multimistura, uma farinha rica em nutrientes capaz de evitar e reverter a desnutrição infantil. Uma receita tão valiosa quanto aquela, mas composta de visão, dedicação, conhecimento, liderança, integridade e amor, é oferecida aos brasileiros pelo exemplo de vida dado por ela com sua corajosa humildade de missionária – qualidade que, como demonstra a história recente do país, viceja na família Arns. a) A expressão “tão valiosa quanto aquela” encerra uma relação de condição. b) A palavra “mas” poderia ser corretamente substituída por “se”, sem prejuízo do sentido original. c) O traço (travessão) utilizado em “Uma receita tão valiosa quanto aquela, mas composta de visão, dedicação, conhecimento, liderança, integridade e amor, é oferecida aos brasileiros pelo exemplo de vida dado por ela com sua corajosa humildade de missionária – qualidade que, como demonstra a história recente do país, viceja na família Arns” não pode ser corretamente substituído por pontoe- vírgula. d) A palavra “como”, em “– qualidade que, como demonstra a história recente do país, viceja na família Arns”, não pode ser corretamente substituída pela palavra “conforme”. e) A palavra “aquela” faz referência à “multimistura”. Leia o seguinte texto, publicado na Gazeta do Povo de 03/08/2011, que servirá de base para as próximas 03 (três) questões.

Curitiba lança campanha pelos direitos dos idosos e pessoas com deficiência “Respeite a lei: o embarque de idosos e pessoas com deficiência é prioridade” é o tema da campanha lançada nesta quarta-feira na Praça Rui Barbosa

Foi lançada nesta quarta-feira (3), em Curitiba, uma campanha que tem como objetivo o respeito aos idosos e pessoas com deficiência, para que eles tenham preferência nos ônibus do transporte coletivo. O tema da campanha é “Respeite a lei: o embarque de idosos e pessoas com deficiência é prioridade”. O lançamento foi realizado na Praça Rui Barbosa pelo presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Marcos Isfer.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, foram distribuídos um milhão de folhetos com o tema da campanha na Praça. Placas nos terminais, adesivos nas estações-tubo e cartazes em ônibus e pontos de parada também ajudam na divulgação das leis que garantem o direito de vaga preferencial.

Para Isfer, a prioridade ao idoso é uma questão legal, mas também envolve educação e cidadania. A ideia de promover a campanha alertando para esse direito surgiu em reuniões do Conselho Municipal do Idoso, que conta com a presença da Urbs. Em entrevista para o site da Prefeitura de Curitiba, o diretor de Transporte da Urbs, Lubomir Ficinski, explica que a falta de educação e a desobediência às leis da prioridade foram assunto de muitas reuniões, que também são acompanhadas de perto pelo Ministério Público, que constantemente recebe denúncias acerca da temática.

A intenção é que a campanha chegue aos 2,3 milhões de usuários diários do transporte coletivo da capital. Ainda de acordo com a prefeitura, além de prioridade no embarque e uso dos assentos exclusivos, pessoas com mais de 65 anos e pessoas com deficiência e renda familiar de até três salários mínimos também têm direito à gratuidade no transporte coletivo.

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6. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.6) Sobre o texto da Gazeta do Povo, assinale a alternativa CORRETA: a) Segundo o texto, a prioridade aos idosos e às pessoas com deficiência ainda não encontra respaldo legal. b) De acordo com o texto, a prefeitura de Curitiba não tem interesse em divulgar a necessidade de se respeitar as leis que priorizam idosos e deficientes. c) Segundo o texto, as discussões das leis que garantem vagas preferenciais envolvem também o Ministério Público. d) De acordo com o texto, o número de panfletos distribuídos nas praças de Curitiba é insuficiente para uma campanha de grande envergadura. e) De acordo com o texto, a renda familiar em nada interfere no que tange ao direito à gratuidade no transporte coletivo. 7. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.7) Com base na leitura do texto e nos seus conhecimentos acerca dos gêneros textuais, assinale a alternativa CORRETA: a) O texto da Gazeta do Povo é uma reportagem. b) O texto da Gazeta do Povo é uma entrevista. c) O texto da Gazeta do Povo é um artigo de opinião. d) O texto da Gazeta do Povo é uma notícia. e) O texto da Gazeta do Povo é um editorial. 8. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.8) Assinale a alternativa em que há o emprego CORRETO de uma construção gramatical equivalente à que está sublinhada em “De acordo com a Prefeitura de Curitiba, foram distribuídos um milhão de folhetos com o tema da campanha na Praça.”: a) Anteontem, uma centena de caixas de bananas foram despejadas de um caminhão na Serra do Mar. b) Os meninos levados quebraram a vidraça da casa da vizinha. c) Na semana passada, aquele grupo encontrou apoio financeiro por meio de acordos escusos. d) Naquela grande universidade, pessoas comprometidas com a pesquisa são mais numerosas que estudantes dedicados à extensão. e) As três mulheres da vida de meu pai são minha mãe e minhas irmãs mais novas. Leia o seguinte texto, que servirá de base para as próximas 02 (duas) questões:

Expectativa de vida chega a 73,5 anos no Brasil em 2010, diz IBGE Pesquisa de Tábuas de Mortalidade foi divulgada nesta quinta (1º). Em 2009, número foi de 73,2 anos

A expectativa do brasileiro nascido em 2010 alcançou 73,5 anos de vida, segundo a pesquisa de Tábuas de Mortalidade divulgada nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano anterior, a expectativa de vida era de 73,2 anos. Ao longo de três décadas, o aumento foi de 10 anos e 11 meses na expectativa de vida, segundo o IBGE.

Os homens alcançam idades menos avançadas do que as mulheres. Segundo o instituto, a expectativa de vida dos homens era de 69,73 anos em 2010. Para as mulheres, a esperança de vida ao nascer era de chegar aos 77,32 anos, uma diferença de sete anos, sete meses e dois dias.

Ainda conforme o IBGE, os homens têm 4,5 mais chances de morrer na juventude do que as mulheres. A medida é baseada na sobremortalidade masculina, que é a relação entre as probabilidades de morte de homens e mulheres, por idade ou grupos de idade.

A sobremortalidade masculina teve seu pico aos 22 anos de idade, quando a chance de um homem morrer era 4,5 vezes maior do que a de uma mulher. Em 2000, nessa mesma idade, a probabilidade de morte masculina chegava a 4,0 vezes a feminina. Conforme o aumento da idade, essa diferença diminui, mas, aos 70 anos, a chance de um homem morrer ainda é mais de 1,5 vez a chance de uma mulher da mesma idade.

De acordo com os dados no "Diário Oficial da União", a mortalidade infantil alcança 21,63 óbitos por mil nascidos vivos. Em 1980, o número chegava a 69,12.

Fonte: Portal G1 – 01/12/2011. 9. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.9) Sobre o texto do Portal G1, é CORRETO afirmar: a) Pode-se dizer, com base nos dados do IBGE, que, na juventude, os homens têm mais chance de morrer do que as mulheres. b) Pode-se dizer, com base nos dados do IBGE, que a sobremortalidade masculina se deve basicamente ao consumo de entorpecentes. c) Aos 70 anos, ou seja, na idade avançada, há mais chance de uma mulher morrer do que de um homem. d) Segundo o IBGE, a expectativa de vida do homem brasileiro é maior do que a da mulher brasileira. e) Segundo o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro em 2010 apresentou uma queda com relação à registrada em 2009.

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10. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.10) A frase de abertura do texto do Portal G1, “Expectativa de vida chega a 73,5 anos no Brasil em 2010, diz IBGE”, é um(a): a) Slogan. b) Manchete. c) Paráfrase. d) Pleonasmo. e) Epíteto. Leia o seguinte texto, adaptado da Folha de S. Paulo de 29/05/2009, que servirá de base para as próximas 05 (cinco) questões:

Capital está entre as piores cidades do Estado para idosos

Vinícius Queiroz Galvão

Estudo divulgado ontem mostra que a capital paulista é uma das piores cidades do Estado em condições de vida para os idosos. Dos 645 municípios paulistas, a cidade de São Paulo está na 503ª posição, com 38 pontos numa escala de zero a cem.

Para a dentista Helena Baitz, 66, o que São Paulo oferece para os idosos é "um horror". "Eu me reúno com grupos de amigos para cantar e nos divertir, mas é um grupo. A maioria dos idosos tem mais motivos de insatisfação que de alegria", diz.

O índice do estudo leva em conta a mortalidade precoce dos idosos, o acesso à renda e a participação em atividades culturais e esportivas, por exemplo.

Entre as dez maiores cidades do Estado, apenas uma (São José dos Campos) tem índice considerado alto pelo governo. As outras nove têm pontuação em torno de 50 ou abaixo.

"A proporção de idosos é maior nas pequenas cidades. E é mais fácil o poder público localizar essa faixa etária e dar atenção a ela", diz Felícia Madeira, diretora-executiva da Fundação Seade, que fez o levantamento em conjunto com a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento.

"Se as cidades não fizerem nada, será uma bomba-relógio em todas as áreas", afirma o secretário, Rogério Amato. Para Wilson Jacob Filho, professor titular de geriatria da Faculdade de Medicina da USP, as cidades menores

são melhores em qualidade de vida para os idosos. Segundo diz, em todo o mundo os índices mais altos de longevidade não estão em megalópoles como São Paulo.

"A cidade foi se transformando num ambiente hostil e não acolhedor a um idoso que tem algum grau de limitação", afirma. "Nas cidades pequenas, as coisas são mais próximas, o idoso transita com facilidade. Além disso, na capital, os familiares dos idosos são comprometidos com o trabalho. No interior, sempre tem alguém mais perto para cuidar do idoso."

A rotina de Donária de Lima Moreira, 85, é o retrato do dia a dia dos idosos de Santo Antônio da Alegria (a 331 km da capital), de 6.000 habitantes e cidade de SP com melhores condições para os idosos.

Ontem, Donária acordou uma hora mais tarde, às 4h, porque na véspera ficara até a meia-noite assistindo ao jogo do São Paulo, seu time do coração. "É que às 7h já tinha de estar na aula de ginástica e, antes disso, precisava fazer muita coisa aqui em casa", disse. Antes de se exercitar no Centro de Convivência do Idoso, ela arrumou a casa, passou e lavou roupas e alimentou as galinhas.

Mas é aos sábados, dia de baile no CCI, mantido pela prefeitura, que a vitalidade dela se destaca. Donária é apontada pelas colegas como uma das mais animadas. "O que tocar eu danço. Bolero, valsa, forró", diz.

O casal Orildes José Firmino, 77, e Marcília Naves, 68, redescobriu, há dez anos, o prazer de namorar. Viúvos, resolveram tentar um novo relacionamento. Hoje, elogiam a tranquilidade da cidade e frequentam as aulas de ginástica e o forró. 11. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.11) Com base na leitura do texto de Vinícius Queiroz Galvão, assinale a alternativa CORRETA: a) Com base nas informações do texto, pode-se dizer que as dez maiores cidades do estado de São Paulo não apresentam bons índices no que se refere à qualidade de vida dos idosos. b) É possível afirmar que a proporção de idosos é maior nas megalópoles. c) Com base nas informações do texto, pode-se dizer que as cidades menores oferecem melhores condições de vida para os idosos. d) Pode-se dizer que atividades de caráter cultural ou esportivo não são levadas em conta quando da elaboração dos índices de qualidade de vida dos idosos. e) Pode-se dizer que, numa escala de zero a cem, a cidade de São Paulo está acima da média no que se refere à qualidade de vida dos idosos.

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12. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.12) A partir da leitura do texto de Vinícius Queiroz Galvão, assinale a alternativa INCORRETA: a) Segundo o texto, a maior ocorrência das relações sociais existentes em grandes cidades, como São Paulo, favorece o cuidado dos idosos; daí o fato de que a qualidade de vida deles é maior em cidades maiores. b) De acordo com o texto, a cidade de São Paulo, em relação aos demais municípios do estado, ocupa uma posição mais próxima do final da tabela de qualidade de vida dos idosos, ou seja: está entre as piores cidades no que tange às condições de vida para os idosos. c) Segundo o texto, a taxa de mortalidade precoce é levada em conta quando da elaboração dos índices de qualidade de vida para os idosos. d) Para Felícia Madeira, o poder público consegue atuar, no que tange à qualidade de vida dos idosos, com mais facilidade nas cidades menores. e) Para Wilson Jacob Filho, a rotina de trabalho dos familiares dos idosos é um fator que interfere negativamente na qualidade de vida desta faixa etária da capital São Paulo. 13. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.13) Leia o seguinte trecho, destacado do texto de Vinícius Queiroz Galvão, e assinale a alternativa CORRETA: Se as cidades não fizerem nada, será uma bombarelógio em todas as áreas, afirma o secretário, Rogério Amato. a) A palavra “se” é utilizada com efeito aditivo. b) A palavra “se” é utilizada com efeito condicional. c) A palavra “se” é utilizada com efeito interrogativo. d) A palavra “se” é um pronome reflexivo. e) A palavra “se” é um pronome demonstrativo. 14. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.14) A partir da leitura do texto de Vinícius Queiroz Galvão, assinale a alternativa INCORRETA: a) Em “O casal Orildes José Firmino, 77, e Marcília Naves, 68, redescobriu, há dez anos, o prazer de namorar”, a palavra “há” é exemplo do uso do verbo haver no sentido de “fazer”, quando indica tempo decorrido. b) Em “Ontem, Donária acordou uma hora mais tarde, às 4h, porque na véspera ficara até a meia-noite assistindo ao jogo do São Paulo, seu time do coração”, a palavra “porque” tem efeito explicativo. c) Em “E é mais fácil o poder público localizar essa faixa etária e dar atenção a ela", diz Felícia Madeira, diretora executiva da Fundação Seade, que fez o levantamento em conjunto com a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento”, a palavra “e” inicial é utilizada com efeito aditivo. d) Em “Mas é aos sábados, dia de baile no CCI, mantido pela prefeitura, que a vitalidade dela se destaca.”, a palavra “mas” tem efeito condicional. e) Em “Além disso, na capital, os familiares dos idosos são comprometidos com o trabalho”, a expressão “além disso” não é utilizada com efeito adversativo. 15. [Assist. Adm.-(NM)-FEAES/2012-PUC-PR].(Q.15) Com base na leitura do texto de Vinícius Queiroz Galvão, assinale a alternativa CORRETA: (ANULADA) a) Em “Antes de se exercitar no Centro de Convivência do Idoso, ela arrumou a casa, passou e lavou roupas e alimentou as galinhas”, a palavra sublinhada faz referência à Marcília Naves. b) Em “Mas é aos sábados, dia de baile no CCI, mantido pela prefeitura, que a vitalidade dela se destaca”, a palavra sublinhada faz referência à aula de ginástica. c) Em “‘A cidade foi se transformando num ambiente hostil e não acolhedor a um idoso que tem algum grau de limitação’, afirma’”, a palavra sublinhada faz referência à Faculdade de Medicina da USP. d) Em “Hoje, elogiam a tranquilidade da cidade e frequentam as aulas de ginástica e o forró”, as palavras sublinhadas fazem referência ao casal de viúvos Orildes José Firmino e Marcília Naves. e) Em “A maioria dos idosos tem mais motivos de insatisfação que de alegria", diz”, a palavra sublinhada faz referência a Felícia Madeira.

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GABARITOS (99 QUESTÕES)

PROVA 1

Agente Profissional-(Função: Advogado)-(Nível Superior)-(Manhã) – Urbanização de Curitiba S.A. – URBS

Data: 10/08/2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 C D E C A B D C D B

PROVA 2

Agente de Fiscalização-(Função: Fiscal)-(Nível Médio)-(Manhã) – Urbanização de Curitiba S.A. – URBS

Data: 10/08/2014

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 B E A D A C E C A D B C D C B A D E B D B E C A 25 26 27 28 29 30 D B A E B D

PROVA 3

Auditor-(Nível Superior)-(Manhã) – TCE/MS Data: 29/09/2013

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 C A C B D A A B D C

PROVA 4

Auditor Estadual de Controle Externo-(Nível Superior)-(Manhã) – TCE/MS Data: 04/08/2013

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E E A D C A E C C E

PROVA 5

Assessor Jurídico-(Nível Superior) – DPE/PR Data: 30/09/2012

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A D C B C A C B A C B A D C B

PROVA 6

Juiz de Direito Substituto-(Prova Objetiva)-(Nível Superior)-(Manhã) – TJ/MS Data: 29/07/2012

1 2 3 4 C E B D

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O CURSO PERMANENTE que mais APROVA! 43

PROVA 7

Advogado-(Nível Superior) – Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba – FEAES

Data: 12/02/2012

1 2 3 4 5 B C A E E

PROVA 8

Assistente Administrativo-(Nível Médio) – Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba – FEAES

Data: 12/02/2012

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 B C A E E C D A A B C A B D *

* - O gabarito inicial era a letra “D”, mas após os recursos foi Anulada.