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Vikaflex ® : um novo material cerâmico leve para a construção civil. Produzir o novo, gerar emprego e renda, ampliar a competitividade em ramos de atividade e setores industriais tidos como amortecedores sociais. Este é o caminho. Janeiro de 2013

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Vikaflex®: um novo material cerâmico leve para a construção civil.Produzir o novo, gerar emprego e renda, ampliar a competitividade em ramos de atividade e setores industriais tidos como amortecedores sociais. Este é o caminho.

Janeiro de 2013

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FATO 1 - A GEOGRAFIA DAS OCORRÊNCIAS DE XISTO (FOLHELHOS OLEÍGENOS) NO BRASIL

Vikaflex® é um novo material cerâmico com aplicação extensiva no setor da construção civil. As características desse novo material, bem como seu processo de produção e suas aplicações serão detalhadas ao longo desse documento.

Vikaflex® foi desenvolvido a partir do rejeito da industrialização do xisto (Folhelho Oleígeno da Formação Irati) realizada pela PETROBRAS em São Mateus do Sul – PR. A disponibilidade do rejeito é de

Apresentação

A existência de reservas de xisto distribuídas quaseque homegeneamente pelo território brasileiro dá aoProjeto Vikaflex® a caracterização indispensável para se transformar no mote de uma Estratégias de redução de desigualdades inter e intrarregionais, de dinamização produtiva, fortalecimento e diversificação da base produtiva, manutenção da competitividade e de integração entre territórios.

Hoje, considerando a extensão das reservas de petróleo de nossa plataforma continental, bem como as fontes alternativas de energia em franca evolução (eólica, solar e mar) pensar o xisto unicamente como fonte de energia se constitui, na verdade, numa limitação do potencial do conhecimento humano em inovar.

210.000 toneladas/mês, não havendo atualmente alguma utilização. Isso obriga à PETROBRAS a executar seu retorno à mina, o que envolve ações de recuperação ambiental para sua disposição que vem ocorrendo desde 1974.

A enorme potencialidade de desenvolvimento do Projeto Vikaflex® nas Macrorregiões brasileiras se apoia em dois fatos, a saber:

Ao contrário, deve-se visualizar as ocorrências de xisto no Brasil como reservas que representam o potencial de obtenção de matérias-primas (compostos orgânicos, inorgânicos e materiais) para uma xistoquímica. Em assim pensando, estar-se-á contemplando soluções inovadoras para o desenvolvimento macrorregional do Brasil.

XISTO PERMIANO (Formação Irati)

XISTO TERCIÁRIO (Vale do Paraíba - São Paulo)

XISTO CRETÁCEO (Maraú - Bahia)

XISTO PERMIANO (Formação Santa Brígida - Bahia)

XISTO CRETÁCEO (Alagoas)

XISTO CRETÁCEO (Ceará)

XISTO CRETÁCEO (Formação Codó - Maranhão)

XISTO DEVONIANO (Formação Curuá - Pará, Amazonas e Amapá)

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

São bem conhecidas no Brasil as ocorrências de argilas com características piroexpansíveis. Para citar alguns exemplos de estados brasileiros onde essas ocorrências já foram avaliadas tem-se: São Paulo (Jundiaí e Tremembé), Rio Grande do Norte (Vale do Açú), Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima.

Essas ocorrências já foram investigadas por vários Grupos de Pesquisa brasileiros que constataram seu potencial piroexpansível para a produção de argila expandida. Nosso Grupo, particularmente, trabalhou com as argilas do eixo RJ-SP (1976) e da Região Amazônica - AC, AM, PA, AM e RR (1980).

FATO 2 – OS XISTOS POSSUEM NA SUA CONSTITUIÇÃO ESTRUTURAS ARGILOMINERALÓGICAS – PODERIAM SER CONSIDERADOS “ARGILAS” COM TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA ACIMA DO “NORMAL”.

A argila expandida é o produto obtido por tratamento térmico de alguns tipos de argila em temperaturas de até 1200°C. Próximo desta temperatura, uma parte dos constituintes do material se funde gerando uma massa viscosa externamente, enquanto a outra parte responde pela formação de gases que ficam aprisionados por esta massa sinterizada, expandindo-a em até sete vezes o seu volume inicial.

Esses gases, retidos no interior da argila, não podem escapar para o seu exterior em razão da formação de uma fase líquida viscosa que envolve as partículas da argila. Essa estrutura porosa se mantém após o esfriamento, de modo que a massa unitária do material resultante torna-se menor do que antes do aquecimento – razão de sua baixa densidade.

Amostra de xisto da Formação Irati (esquerda) e a mesma amostra após tratamento térmico a 800°C (direita)- um material argiloso com teores de minerais de argila (quartzo, feldspatos, hematita etc.) atípicos.

Micrografias obtidas por Microscopia Eletrônica de Varredurade argila expandida (acima 300 vezes e abaixo 1200 vezes)

1 W. G. Moravia, C. A. S. Oliveira, A. G. Gumieri, W. L. Vasconcelos. Caracterização microestrutural da argila expandida para aplicação como agregado em concreto estrutural leve. Cerâmica 52 (2006) 193-199.

TremenbéJundiaí

Vale do Açú

BelémSantarémManaus

Boa Vista

Cruzeirodo Sul

Rio Branco Porto Velho

Altamira

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O Projeto Vikaflex®

o desafio e a proposta

O desafio do Projeto Vikaflex® na concepção de um produto inovador está representado pelo desenvolvimento de um processo capaz de controlar a piroexpansão do material argiloso a ponto de permitir a obtenção de peças, partes e componentes cerâmicos estruturais leves em formas diversas (planas e curvas) com dimensões controladas - uma inovação no setor de materiais cerâmicos leves.

A proposta do Projeto Vikaflex® é, portanto, conceber, projetar, montar e operar uma linha de prototipagem de materiais cerâmicos leves capaz de avaliar, em escala semi-industrial, o desempenho das peças, partes e componentes obtidos a partir de xistos e argilas identificados no eixo RJ-SP, no Rio Grande do Norte e na Amazônia – AM/PA/RO/RR/AC -, incluindo amostras de xisto representativas das reservas conhecidas. Em seguida se configuraria a instalação de uma unidade por macrorregião brasileira.

O conteúdo apresentado a seguir e que focaliza a utilização do resíduo da industrialização do xisto é também aplicável às matérias-primas argilosas já identificadas nas cinco macrorregiões brasileiras – isso nunca foi realizado.

[C] [D]

[A] [B]

O caminho entre a ideia e o Vikaflex® - um projeto a ser implantado com vistas a um mercado a ser criado (a) argilas expandidas obtidas a partir de xisto e outras argilas; (b) a concepção-conceito de um bloco leve; (c) e (d) os protótipos de placas, forros, painéis, divisórias e elementos de cobertura Vikaflex®.

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

Vikaflex®

Competitividade

Autossuficiente

Energéticos

Tecnologia

Menores custos

Desenvolvimento sustentável

Construindo o futurocom responsabilidade

ambiental

Lucratividade

Inovação

Investimento

Excelente taxainterna de retorno

Geração de emprego e renda

Um rejeito industrial sólido

um novo produto quereúne os conceitos de

porque utiliza como matéria-prima

uma vez que o

que é

com

em termos

associados a

à

considerando o

quando incorporaem um único

produto

gerado em quantidadesignificativa no

que gera matéria-prima para o

se propõea ofertar

ofertado na forma de

que possui como

características

a umimportante

permitindoagregar

associado à

Painéis, placas ou blocos leves

Setor da economia(Construção Civil)

Um novo material construtivo

ProcessoVikaflex®

ProcessoPetrosix*

Mais benefícios

:: a leveza:: a imputressibilidade:: a impermeabilidade:: a elevada porosidade:: o bom isolamento térmico e acústico:: a incombustibilidade:: a adequada resistência mecânica e ao intemperismo

Mapa Conceitual do Vikaflex®

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Resíduo tal como descartado [A] e após cominuição em britador [B] – a matéria-prima para os novos materiais Vikaflex ® [C] permitem todos os tipos de revestimento [D].

[C] [D]

[A] [B]

 

 

 

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

Resumo

A transformação de um rejeito industrial em matéria-prima de grande potencial para a construção civil (divisórias, painéis, placas, blocos, forros) na geração de novos produtos é o que caracteriza o teor de inovação do Vikaflex®.

Vikaflex® além de ser inerte e único, é extremamente leve (densidade menor que 1), impermeável, isolante térmico e acústico, não inflamável e imputrescível.

Vikaflex ® é um novo material cerâmico desenvolvido integralmente a partir de resíduo industrial sólido.

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Qualquer que seja o cenário, a questão ambiental se constitui em fator crítico e determinante da competi-tividade e do êxito da indústria. Haverá um crescente nível de consciência da sociedade sobre a necessidade de um desenvolvimento sustentado pela adoção de tecnologias de produção mais limpa. As tecnologias convencionais de estabilização e solidificação de rejeitos industriais resultam apenas em formas ambientalmente mais aceitáveis de resíduos.

O Ambiente 21 e a consequente demanda por Susten-tabilidade exigiram a evolução desses conceitos para IMOBILIZAÇÃO e APROVEITAMENTO. Essa é a inovação principal contida na produção dos materiais Vikaflex®: a concepção de um processo de imobilização de um rejeito industrial, cujo produto (APROVEITAMENTO) é um material único em nível global, capaz de contribuir significativamente para a eliminação do descarte atual de 210.000 t/mês, associado aos benefícios sociais de seu uso em habitações (casas e prédios populares. O processo de imobilização do rejeito envolve seu processamento cerâmico, aduzido por uma forma inovadora de controle do fenômeno da expansão piroplástica, responsável pela associação entre leveza, resistência mecânica e impermea-bilidade desses novos materiais se comparados a tijolos, blocos pumex, painéis drywall e pré-moldados cimentícios.

A inovação conceitual contida nesses materiais se resume, tal como em uma lata de refrigerante, a dar ao gás contido no interior dos poros do mate-rial parcela significativa de contribuição na sua resistência mecânica estrutural. Após ser aberta, mesmo que ainda contenha o líquido em seu interior, uma lata de refrigerante é facilmente amassada. Por analogia − e imaginando que a lata represente um único poro −, os materiais Vikaflex® possuem um número infinito de poros selados (microlatas de refrigerante), não conectados e pressurizados, como uma lata hermeticamente fechada.

Tais materiais são produtos novos a serem disponi-bilizados em unidades modulares (blocos, painéis e placas-forros), que podem ter suas superfícies

Vikaflex ® - uma visão ampla da inovação

revestidas com carpete, fórmica e epóxi, perfuradas com broca para fixação com bucha, pintadas, coladas com resinas, cimentadas como um material cerâmico convencional, instaladas com encaixe macho-fêmea, utilizada em laje volterana, empilhadas para formação de blocos (autoaderidos, colados com argamassa ou resinas) e assentadas como material antiderrapante.

Compor um cenário de concorrentes para um produto sem similar no mercado nacional e internacional não é tarefa simples. Buscou-se, então, eleger produtos convencionais que terão seus mercados deslocados por este novo material, dada suas características e propriedades. Já a partir da produção industrial de um lote pioneiro, o mercado de divisórias, blocos, forros e painéis construtivos será significativamente afetado pelo novo produto, considerando não só a leveza (baixa densidade), impermeabilidade, isolamentos térmico e acústico, incombustibilidade e desempenho mecânico. Sua compatibilidade aos processos construtivos e às estruturas tradicionais de fixação, aliada ao fato de poder receber variados revestimentos (argamassas, laminados, tecidos etc.) irão ditar sua entrada no mercado, tipificando, em nível estratégico, um novo entrante e um produto substituto. Soma-se a esses fatos a proposição de sua industrialização em ciclo aberto (disponibilização ao mercado de varejo) e sua fabricação, alinhada à coordenação modular decimétrica – uma tendência global.

Os materiais Vikaflex® são produzidos de tal maneira que as vesículas que se formam não ficam interconectadas, mas circundadas de material de tipo cerâmico, resistente, denso e impermeável.

O processo, já desenvolvido e patenteado em 2009, não gera resíduos. Por tais motivos é que os materiais Vikaflex® constituem umafamília de produtos inovadores, únicos em nível global. Sua produção se caracteriza por elevada atratividade, associada à sustentabilidade.

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

A Lei brasileira 12.305/2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos, deu status de bem econômico e de valor social aos resíduos sólidos reaproveitáveis, por estarem associados à geração de emprego e renda. Uma vez que os materiais Vikaflex® são produzidos a partir − exclusivamente − de rejeito industrial, o impacto dessa inovação na política de preços no setor da construção civil será nítida. Tais materiais construtivos, a serem confeccionados com os módulos em dimensões normatizadas pela coorde-nação modular decimétrica, atenderão a três critérios básicos: seleção, correlação e intercambialidade.

A seleção tem por intuito reduzir a variedade de tipos para atender às necessidades dos projetistas, simplificar as linhas de produção e facilitar a estocagem. A correlação pretende definir as relações

1. AcabamentoAceita qualquer acabamento convencional (pintura, tecido, papel de parede, emboço e cerâmica).

2. CustoRedução de 20% da construção em razão da leveza do material (baixa densidade).

3. Estrutura predialEconomia de 30% de concreto e 35% de ferro, gerando uma redução de 25% de carga das fundações das habitações. 4. Risco de incêndioIncombustível.

Vantagens Vikaflex ®

5. Reaproveitamento integral de material excedenteIncorporação nas argamassas e no concreto (atividade pozolânica).

6. ParedesEspessura flexível em razão da autoaderência ou fácil colagem de blocos modulados e painéis.

7. Peso Comparado com cerâmica de 5mm, tem uma redução de 70%/m²; comparado com parede cimentícia de 12 mm − e com peso de 20,4 kg/m² −, o produto pesa 11,2 kg/m² − o que cor-responde a menos 45%.

Impactos futuros no mercado

de reciprocidade que facilitam a disposição dos componentes. Por fim, a intercambialidade assegura as circunstâncias que facilitam a montagem, esta-belecendo normas de confronto e avaliação para os ajustes e as tolerâncias. Esses três critérios garantem as condições de adição e combinabilidade entre todos os componentes em que uma mesma medida modular é preenchida de várias formas, a partir da adição e combinação de componentes diversos, com dimensões modulares diferentes.

O acoplamento a materiais cerâmicos convencionais já testados (de revestimento, colados com arga-massa, por exemplo) permitirá, se desejado, que o bloco, painel e divisórias modulares Vikaflex® possam ser comercializados já revestidos, induzindo economias construtivas relevantes.

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Como estratégia de marketing, alinhada às táticas de inovação para criação e conquista de novos mercados, os seguintes atributos serão destacados:

Impactos futuros na sociedade

Em resumo, os módulos de materiais Vikaflex® causarão impacto relevante no mercado de tijolos, placas cimentícias, blocos pumex e painéis drywall. A elevação da competitividade dará um salto, seja pela qualidade da inovação gerada, seja demonstração

Pontos positivos Reúne leveza, resistência, isolamento térmico e acústico em um único material, incombustibilidade, trabalhabilidade, imputrecibilidade e impermeabilidade.

Ponto negativoSe a cor não agradar (marrom escuro)... Pinte ou coloque um revestimento, tal como se faz na alvenaria de tijolo convencional.

SimplesUm material cerâmico para a construção civil que flutua na água e que eleva a produtividade na construção.

Pequenos passosComece utilizando em pequenas áreas... Em pouco tempo... Sua casa, seu prédio, sua cidade utilizará Vikaflex®.

Mensagem claraUm material cerâmico resistente e leve, que se propõe a reduzir o peso próprio da estrutura construída.

CompatibilidadeEncaixa com todo e qualquer material hoje utilizado pelo setor da construção civil em edificações e acabamentos, podendo ser empregado em conjunto.

Fácil de entrar Construa como sempre, mas de forma inteligente e sustentável.

Fácil de sair Volte à idade da pedra... Use o tijolo... Os dois materiais são totalmente compatíveis.

O uso do novo material construtivo − já desenvolvido − contribuirá significativamente para a redução do déficit habitacional brasileiro para famílias de baixa renda (5 a 6 milhões de moradias), contribuindo para o alcance da meta de aumento da produtividade do setor da construção civil em 50% e redução de perdas a ZERO, seja na produção como na obra em si. A promoção da construção industrializada de ciclo

efetiva de que ciência e tecnologia, inteligentemente articuladas com grupo industrial, geram inovações e podem induzir benefícios sociais significativos no Brasil e em todo o mundo.

aberto (industrialização de componentes construtivos modulados destinados ao mercado), representada pela oferta ao mercado do Vikaflex®, contribuirá fortemente para racionalizar a produção de novas unidades habitacionais. Tal fato está embasado no projeto de produção de lotes pioneiros de placas e blocos construtivos Vikaflex® nas dimensões recomendadas pela coordenação modular decimé-

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

trica, quais sejam: (M=10cm) divisórias (8M, 9M e 12M); placas de forro (2M e 6M); painéis verticais externos (9M, 10M e 12M); bloco (6M x 4M x 1M). Vale ressaltar que os blocos de espessura 2M possuem dimensão nominal de 19 cm e os de comprimento 4M possuem dimensão nominal de 39 cm.

Os elementos produzidos poderão ser combinados entre si em uma grande variedade de modos, gerando os mais diversos tipos de edificações e satisfazendo uma larga escala de exigências funcionais e estéticas. Tal produção distinguirá o Vikaflex® no cenário internacional, uma vez que permitirá expandir para o setor da construção civil o conceito IKEA (empresa sueca de móveis, que é um caso de sucesso em inovação no setor), unido ao conceito LEGO (empresa dinamarquesa de brinquedos modulados de montar, que é um caso de sucesso em inovação no setor): faça sua casa... Precisa só de você e dos módulos Vikaflex®. Isso será possível mediante fornecimento de catálogo que contenha as características dos elementos, definidos pelas qualidades físicas de resistência, isolação e leveza ou pelas dimensões e tolerâncias de fabricação.

A construção de casas será ressignificada, tornando-se um mega LEGO-IKEA, apoiada em ciência e tecnologia, associada à sustentabilidade e geração de emprego e renda na construção de habitações de interesse social.

Uma das características do projeto é seu impacto so-cial, representado pela acessibilidade desse produto às classes menos abastadas, para construção de casas populares, influenciando o mercado popular

A tecnologia de produção de materiais cerâmicos é bem conhecida e dominada pelas empresas do setor, concentrando as iniciativas inovadoras em design, menores espessuras e melhorias incrementais de propriedades – melhor desempenho. O uso intensivo

de materiais de construção. Adicionalmente, consi-derando suas propriedades de isolamento acústico e térmico, imputrescibilidade, incombustibilidade e densidade inferior a um, uma habitação construída com os novos produtos assegura uma melhoria da qualidade de vida para seus moradores.

Outro aspecto que merece ser destacado é que todo e qualquer excedente de uma obra que empregue esses materiais servirá como adição ativa ao cimento/argamassa (em até 40% em peso) utilizado nas edificações para união dos blocos, painéis e placas.

O contexto da inovação Vikaflex®

e exclusivo de rejeitos industriais como matéria-prima desses processos nunca dominou as iniciativas de inovação desse importante setor industrial para a economia mundial.

A construção civil no Brasil e o mundo se tornará − com os materiais Vikaflex® − uma indústria limpa, alinhada às demandas do ambiente 21.

Vale também ressaltar que, alinhados aos ditames da industrialização de ciclo aberto, esses materiais cerâmicos são integralmente compatíveis com seus congêneres existentes hoje no mercado. Isso torna possível sua aplicação em pequenas obras, reformas e adequações de área onde já existam edificações construídas com outros materiais construtivos convencionais.

Portanto, a produção do Vikaflex® a ser utilizado na edificação de habitações populares representa, por si só, um elevado benefício para a sociedade.

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A conscientização das sociedades da importância do desenvolvimento sustentável é um importante mote para a reversão desse quadro, uma vez que o proces-samento cerâmico, frequentemente, responde pela estabilização e imobilização de eventuais rejeitos incorporados ao mix de insumos utilizados pelo setor.

Nosso objetivo é a produção de cabeça de série/lote pioneiro desse novo material cerâmico, capaz de acelerar e, portanto, reduzir o custo global de con-strução de habitações populares (de interesse social) utilizando EXCLUSIVAMENTE como matéria-prima um resíduo industrial gerado em quantidade apreciável (210.000 toneladas/mês) hoje no Brasil e em vários outras partes do mundo. O processo responsável pela produção do novo material já teve seu pedido de patente depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no Brasil.

A significativa ampliação da qualidade de vida das famílias adquirentes de uma habitação popular, cujo conforto térmico, acústico e ambiental será significa-tivamente melhorado, é uma missão tecnológica que equivale a outras importantes conquistas.

Quando se pensa em desenvolvimento tecnológico, é um erro atrelá-lo só a poder aquisitivo elevado. As classes sociais menos favorecidas merecem, por muitas vezes, o direcionamento do foco do progresso a seu favor. Só assim cresceremos como um conjunto integrado de Nações maiores, plenas na responsabi-lidade social, conscientes da indispensabilidade do respeito ao meio ambiente e gerentes da adequada aplicação do conhecimento.

As inovações desse processo são três, a saber:

1. O único insumo do processo é um resíduo industrial.

2. O processo de sinterização, comumente tido como a fase final de preparação de um material cerâmico convencional (pisos de cerâmica vermelha, azulejos, porcelanatos, tijolos), torna-se uma fase intermediária do tratamento térmico; o controle das reações geradoras de gases que ficam ocluídos nos poros fechados do Vikaflex® (responsáveis por sua baixa densidade associada à sua resistência mecânica) permite o respeito às dimensões comerciais e normatizadas para a comercialização e desempenho exigidos.

3. Todo e qualquer resíduo gerado na edificação de habitações com o Vikaflex®(dele originadas) são INTEGRALMENTE aproveitadas nas argamassas da construção − em razão de sua atividade pozolânica.

A relevância da introdução no mercado desse novo material está no seu inovador mix de propriedades. O problema, há muito enfrentado pela construção civil, de não dispor de um material resistente (estrutural), isolante termoacústico, impermeável, imputrescível e com baixa densidade será equacionado pelo Vikaflex®.

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

Os diferenciais competitivos dos materiais Vikaflex® − frente aos materiais convencionais atualmente disponíveis − orientaram a proposta sequencial dos métodos/etapas a serem executados. A produção de 1.000m2 desses módulos envolve o processamento de 20t de resíduo (a razão de conversão é de 50; com 1t de resíduo serão fabricados 50m2 de elementos modulados). O resíduo será inicialmente britado, permitindo, assim, que o material seja alimentado à etapa de moagem. A moagem será executada com o objetivo de reduzir o sólido a tamanho de partícula inferior a 0,250mm. A partir do resíduo moído, serão realizadas campanhas de conformação (por prensagem) de cada um dos módulos construtivos.

Essas campanhas envolvem o subsequente trata-mento térmico das peças cruas, gerando os materiais modulados Vikaflex®. Cada um dos tipos (dimensões) de materiais construtivos modulados será utilizado para a montagem de painéis verticais externos, placas de forro e divisórias. Essas campanhas de prensagem e tratamento térmico são seguidas de uma etapa de aparelhamento dos materiais, o que possibilitará que, sob sua superfície, seja aplicado (sobreposto) qualquer acabamento hoje existente no mercado (massa corrida, reboco, pintura, papel de parede, tecido, argamassas de textura, fórmica, laminados em geral, azulejos) − potencialidade dos materiais Vikaflex® complementar à exigência da Indutrialização de Ciclo Aberto. Obtidos os 1.000m2 de módulos construtivos, um conjunto complementar de ensaios de desempenho será realizado com base em normas, métodos e procedimentos exigidos para que um novo material seja utilizado no setor da construção civil.

Essa etapa visa confirmar em peças de dimensões comerciais os parâmetros de desempenho dos referidos materiais, já obtidos no desenvolvimento experimental, tais como: Densidade 0,90 a 0,94; Absorção de água máx., 10%; Resistência à Com-pressão, de 10 a 11 MPa; Condutibilidade Térmica, de 0,6 a 0,7 W/m.oC; Calor Específico de 556 J/kg.oC;

O caminho entre a inovação Vikaflex® e o mercado

Isolamento Acústico, de 40 a 50dB [f=500Hz sob espessura de 10cm]); Resistência ao Fogo (incom-bustível); Redução do peso próprio da estrutura na construção predial, de 20% a 30%.

A edificação de um espaço multiuso − será realizada. Essa etapa também objetiva comprovar o desem-penho térmico da edificação executada com módulos Vikaflex® segundo norms técnicas. No âmbito dos pontos críticos do processo desenvolvido, destaque é dado ao tratamento térmico, pois o fenômeno de piroexpansão dos materiais/compostos, presentes no resíduo industrial, exige simultaneidade entre a formação de uma fase vítrea incipientemente formada e a geração de gases que ficam aprisionados nos poros fechados do Vikaflex®.

Esse é um aspecto cuja otimização exige o trabalho em escala maior do que a laboratorial, onde esse acerto se encontra plenamente entendido e al-cançado. O scale up que caracteriza a cabeça de série e o lote pioneiro é o que falta para que esses mate-riais alcancem a escala comercial e criem mercado. Quanto ao risco de insucesso, ele é inexistente, uma vez que o controle da etapa-chave envolve exclusivamente acerto entre temperatura e tempo de residência na fabricação, a exemplo do alcançado na fase de desenvolvimento do produto inovador.

Descrição do mercado

No setor de materiais construtivos, o gesso (Drywall), o bloco de cimento autoclavado (Pumex), as lãs de rocha e de vidro e as placas cimentícias pré-moldadas serão significativamente deslocados pelo surgimento de uma opção de melhor desempenho. Os materiais modulados Vikaflex® (blocos nas dimensões 6M x 4M x 2M; as divisórias 12M x 6M x 2M; os forros 12M x 6M x 1M a 0,2M, [M=10 cm], por exemplo) podem ser utilizados internamente e externamente às habitações. As vantagens dos painéis/paredes integrados pelos blocos, placas ou divisórias moduladas são incon-testáveis. Sua porosidade interna é fechada, o que

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agrega impermeabilidade completa à água (o material flutua na água indefinidamente) e imputrescibilidade (inibe o crescimento de fungos); sua impermeabi-lidade permite a coexistência das redes elétrica e hidráulica. Como um material cerâmico altamente poroso, sua incombustibilidade, associada à re-tardância de chama, é máxima, bem como apresenta bom desempenho quanto ao isolamento acústico. O aproveitamento de eventuais resíduos na instalação (corte) é total, uma vez que são utilizados nas argamassas em razão de sua atividade pozolânica.

Por outro lado, os novos materiais, associados ao cimento e às argamassas, geram um material compósito que representa uma real oportunidade de deslocar a cerâmica vermelha da alvenaria tradicional de interiores e exteriores, agregando novas possibi-lidades de acabamento e arquitetura. O surgimento do Vikaflex® impulsionará o setor cerâmico a inovar, transformando a ameaça de um produto substituto em uma oportunidade de negócio. A venda de pisos e revestimentos acoplados, no qual o referido produto é colado com argamassa, permitirá, no mínimo, que os pisos e revestimentos sejam fabricados com menor espessura, economizando matéria-prima e energia (dois dos maiores itens de custo), com significativo impacto nas margens de lucro do setor.

Os mercados de lãs de rocha e de vidro, em aplicações nas quais o material possa competir, seja por suas características, seja por sua não toxidez quando manuseado (silicose), registrará uma redução. Sua aplicação em forros, nicho hoje atendido pelas lãs, será efetivada, com base nos promissores resultados obtidos. Impacto similar ocorrerá na substituição do drywall (paredes e divisórias), tendo em vista a imper-meabilidade do Vikaflex® e sua resistência mecânica; das placas de cimento pré-moldadas e dos blocos de concreto leve autoclavado. A partir da instalação de uma unidade produtiva e a produção de uma cabeça de série, o mercado está basicamente direcionado para a utilização imediata do material em casas populares (piso revestido, paredes, forro e telhado), principalmente porque, hoje, o déficit habitacional local gira em torno de 5 a 6 milhões de unidades.

Os mercados potenciais (nos quais a utilização do material assegurará um diferencial competitivo quanto a custo e inovação) estarão compreendidos nos produtos altamente vendáveis, tais como divisórias, blocos e forros modulados. No mercado de móveis modulados, nos quais a madeira será subs-

tituída pelo Vikaflex®, tem-se potencial de promover uma revolução dada à sua incombustibilidade e sua completa impermebilidade à água. Valendo-se de suas características de leveza, incombustibilidade e isolamento térmico, o setor de offshore também poderá se valer do material, considerando sua aplicação nas instalações destinadas ao abrigo dos profissionais embarcados e nas operações de exploração e produção de petróleo no mar. Nessa última, o Vikaflex® possui elevado potencial de concepção de sistemas que reduzam significativamente, em uma abordagem preditiva, os vazamentos de petróleo no mar, a exemplo do recente desastre ambiental ocorrido no Golfo do México.

Como tamanho do lote pioneiro (etapa seguinte à cabeça de série) a ser produzido dos modulados Vikaflex®, a prática consagrada indica 1% do mer-cado, considerando, por exemplo, o drywall, esse lote representaria 21.000 m2/mês. Como cabeça de série, serão produzidos 1.000m2 em unidade industrial a ser terceirizada. A segmentação da metragem quadrada da cabeça de série pelos vários tipos de módulos é uma definição estratégica a ser tomada quando da produção.

Vantagens competitivas

A ameaça de exaustão de recursos naturais e a indis-pensável sustentabilidade das atividades industriais futuras aportam aos produtos Vikaflex® uma vantagem competitiva única, associada à sua forma de fabri-cação, incrementalmente nova se comparada àquela dos materiais cerâmicos tradicionais e que envolve o aproveitamento de um rejeito industrial sólido. Esse rejeito é a única matéria-prima utilizada no processo de produção, que é gerado a uma razão de 210.000 t/mês. Seu conteúdo energético (800kcal/kg), associado ao processo de fabricação Vikaflex®, contribui para a autossuficiência energética do novo processo.

Os painéis cerâmicos constituídos pelos referidos materiais atendem a vários requerimentos para aplicações industriais − se comparados aos materiais tradicionais a que se propõe substituir (concreto leve autoclavado, drywall, lã de vidro e placas cimentícias leves). Os painéis de cerâmica, adequados para edificações, devem cumprir requisitos tais como uma simples e conveniente construtibilidade em mudanças estruturais dos edifícios e devem ser leves, em conformidade com uma tendência histórica de prédios cada vez mais elevados.

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

Além disso, os painéis deverão ter efeitos tais como a conservação de calor/isolamento térmico, a fim de reduzir o consumo de energia e proporcionar conforto térmico; e absorção do som/isolamento acústico contra uma variedade de ruídos. O concreto autoclavado convencional (ALC) de painéis ou blocos foi parcialmente aprovado em canteiros de obras por empresas de construção, mas sofre problemas associados com a permeabilidade da água e a coexistência de fiação e tubulações hidráulicas, tornando-o de difícil popularidade.

O drywall, um tipo de material de construção que é usado em montagens e edificações por profissionais autônomos, utilizando placas de gesso, lã de vidro e vigas de aço, também apresenta desvantagens, tais como: erro e variação significativa durante ou após a instalação, resistência ao impacto fraca e manuseio dificultoso, resultando em qualidade de acabamento inferior. Além disso, a baixa resistência à água, associada à absorção de água resultante de vazamentos, facilita a proliferação de fungos. As lãs de vidro e de rocha, com uma estrutura fibrosa, são um material amorfo, que exibe isolamentos térmico e acústico e, ainda, leveza, em razão da característica física da estrutura de poros em combinação com a inerente propriedade física do vidro. São amplamente utilizadas como materiais de isolamento térmico e resistentes à corrosão em diversas aplicações. A baixa autoportabilidade e a resistência mecânica nula são sérios inconvenientes na confecção de painéis construtivos com as lãs.

O mercado também apresenta o concreto aerado que, como um painel, também sofre de desvantagens, tais como peso elevado e processamento pobre. Esses painéis, confeccionados com materiais con-vencionais, são suscetíveis a muitos problemas, tais como: o risco de proliferação bacteriana em épocas de alta umidade ou na ocorrência de vazamentos resultante da sua alta permeabilidade; o excesso de peso dos edifícios de grande porte; os baixos desempenhos de isolamento acústico e térmico; e as inadequadas características de retardância de chama em construções.

Isso posto, as vantagens dos painéis/paredes integrados pelos blocos, placas ou divisórias moduladas Vikaflex® são incontestáveis.

Sua porosidade interna é fechada, o que agrega impermeabilidade completa à água (o material flutua na água indefinidamente) e imputrescibilidade (não favorece o crescimento de fungos); sua impermea-bilidade à água permite a coexistência das redes elétrica e hidráulica; como um material cerâmico altamente poroso, sua incombustibilidade − asso-ciada à retardância de chama − é máxima, bem como apresenta bom desempenho quanto ao isolamento acústico; o aproveitamento de eventuais resíduos na instalação (corte) é total (argamassas), em razão de sua atividade pozolânica.

O futuro das habitações será construído com Vikaflex ® - a união entre destino e desejo na construção do século 21.

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Utilização dos rejeitos da industrialização do xisto

Em 1974, a PETROBRAS inaugurou, em São Mateus do Sul, Paraná, uma unidade de industrialização de xisto, que gerava 1.300 t/dia de rejeito, inerentes ao processo de retortagem (Processo PETROSIX). A partir de 1992, com a implantação de um Módulo Industrial, a quantidade de rejeito cresceu mais de cinco vezes, produzindo atualmente cerca 6.600 t/dia de xisto retortado (resíduo), insumo básico com potencial para vários processos industriais.

É imperioso deixar de considerar o xisto retortado um resíduo; vê-lo como matéria-prima abundante que é, de razoável homogeneidade e de custo muito baixo, é um desafio para o Brasil.

A carga do processo PETROSIX utiliza material entre as dimensões de 75 mm e 12 mm, composto pela “homogeneização” das duas camadas de xisto de ocorrência típica na Região de São Mateus do Sul. Por essa razão, o xisto retortado obtido, embora proveniente de um material heterogêneo, apresenta-se como um rejeito homogêneo. Os resultados da análise química revelam um material composto majoritariamente, em equivalentes em óxido, por SiO2 e Al2O3 (teores que, somados, representam mais de 70%), uma perda ao fogo (1000 oC) em torno de 18% a 20%, sendo o restante representado por óxidos de ferro, cálcio, magnésio, potássio e sódio, como macroconstituintes.

Ao se calcinar o xisto retortado, eliminam-se inteiramente a água de composição das argilas, o carbono (residual e carbonatos) e o enxofre, como sulfeto (grande parte da pirita é ustulada, embora parte seja oxidada a sulfato de cálcio anidro). A pirólise, dentro das condições do Processo PETROSIX, ocorre, pre-ferencialmente, com as moléculas e macromoléculas orgânicas que não estão associadas intimamente aos argilominerais.

O teor de matéria orgânica no xisto retortado é pequeno, restando apenas carbono sob a forma

Caracterização do processo produtivo Vikaflex ®

elementar. Ele é composto, basicamente, por matéria inorgânica, sob a forma de minerais cristalizados e também sob a forma não cristalina, compreendendo argilominerais do grupo das camadas 2:1 e camada mista, argilominerais do grupo da caulinita (grupo de 7Å), dolomita, feldspato plagioclásio, gipsita, minerais do grupo das micas (ilita) e quartzo.

O empilhamento das partículas de argilominerais não é desfeito durante a pirólise, observando-se apenas maior espaçamento entre elas, com consequente afrouxamento e aumento da porosidade da rocha. Uma porção significativa dos argilominerais não sofre desidratação durante o processo de retortagem. A matéria orgânica presente nas camadas basais das esmectitas contidas no xisto pirolisado atua como ligante da parte inorgânica e sua presença é um indicativo de que o material não esteve submetido à temperatura e/ou pressão capazes de promover significativas alterações em sua estrutura cristalina.

Os estudos realizados para o aproveitamento do resíduo da industrialização do xisto concentraram-se em duas grandes áreas – Energia e Materiais Cerâmicos – e serão abordados a seguir.

Energia

Uma das opções para utilização do xisto retortado do Processo PETROSIX é como combustível de baixo poder calorífico. Esse material contém teores aproximados de 3 a 4% de carbono, representando um combustível de baixo poder calorífico (800kcal/kg), que pode ser processado em fornos ou em caldeiras de leito fluidizado.

Dentre as alternativas de utilização dos rejeitos da industrialização do xisto, são vários os processos que demandam energia para a sua consecução Nesse sentido, a concepção de processos nos quais o xisto retortado possa ser utilizado simultaneamente como matéria-prima e insumo energético configurou a opção estratégica traçada no desenvolvimento do produto em questão. Assim, o estudo das condições de combustão adequadas aos

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

diferentes processamentos foi realizado, envolvendo atividades de pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental nessa área.

Dos resultados obtidos, conclui-se que é viável utilizar o conteúdo energético remanescente no rejeito, bem como desenvolver processos que se valham dos efeitos térmicos “benéficos” promovidos pela queima na estrutura do material.

Materiais cerâmicos

Os estudos realizados para utilização do xisto retortado como matéria-prima para a produção de materiais cerâmicos indicam a possibilidade de fabricação dos produtos apresentados na Figura 1.

Figura 1 - Produtos com potencial de produção já estudado a partir de rejeitos da industrialização do xisto da Formação Irati - Brasil

Resíduos da industrialização

do xisto

Carga para compósitoPorcelanato vitro-cerâmico

Quartzo e Feldspato

Óxidos metálicos

Cerâmica tradicional

Pozolana

Meios porosos/ suporte catalítico

Agregado levePlaca leveVikaflex®

Catalisador SO2 > H2S

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A proposta dos materiais Vikaflex® está contemplada na implantação de um conjunto de duas unidades industriais autossustentáveis, capazes de associar geração de emprego e renda à produção de materiais cerâmicos, reaproveitando 5.385 t/mês (se for considerado o resíduo com 35% de umidade, esse número passa a 8.285 t/mês) de um rejeito industrial descartado no Estado do Paraná (210.000 t/mês), na Região Sul do Brasil.

Esse conjunto industrial, cuja proposta de instalação está direcionada para a Região Sul do Brasil, será composto por duas unidades industriais, respon-sáveis pela fabricação de insumos para o setor da construção civil, a saber:

:: GERAÇÃO DE ENERGIA, associada à produção de pozolana:: MATERIAIS CONSTRUTIVOS MODULADOS - Vikaflex®

A partir do rejeito industrial, foram confeccionados blocos, placas e painéis expandidos para serem utilizados como pisos, coberturas, forros, divisórias, na confecção de telhas planas, em pisos elevados, podendo, inclusive, substituir o uso do drywall, da lã de rocha, das placas de argamassa armada, dos blocos autoclavados (Pumex) e outras aplicações de isolamento térmico e acústico.

Quando submetido a tratamento térmico adequado, o resíduo desenvolve um processo de piroexpansão, ou seja, as reações ocorridas em seu interior provocam

a. São autoportantes, incombustíveis, isolantes acústico e térmico, imputrescíveis, possuem densidade inferior a 1,0 e absorção de água inferior a 10%;

b. São constituídas por uma mistura ponderada de óxidos, principalmente SiO2 e Al2O3 (70%);

c. Apresentam superfície plana com tamanhos e formas variáveis, de acordo com sua utilização (0,6 m x 0,6 m até 1,20 m x 2,10 m);

d. Possuem espessura de 5,0mm a 30mm;

Vikaflex ® - novos materiais construtivos modulados

um apreciável aumento de volume pela ação do calor e geração de gases. Esse fenômeno confere porosi-dade às peças, permitindo-lhes um bom desempenho quanto ao isolamento térmico e acústico, além de leveza e resistência, o que acarreta a proposição de sua utilização na fabricação de painéis, divisórias, forros e telhados, de uso extensivo na construção civil.

O termo Vikaflex® foi proposto para materiais cerâmicos monolíticos, com estrutura microexpan-dida agrega leveza (densidade baixa) e resistência suficiente para substituição de materiais estruturais e de alvenaria convencionais.

As fases de Pesquisa Básica, Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Experimental culminaram com a re-alização de ensaios cujos corpos de prova prensados a úmido tinham dimensões de 40 mm x 40 mm x 10 mm, utilizando como matéria-prima o resíduo, previamente britado e cominuído e com granulação menor que 0,175 mm. Todas as amostras geradas nos ensaios passaram por testes de flutuabilidade em água.

Visando ao scaleup do processo, foram feitas, também, peças de maiores dimensões (150 mm x 200 mm x 20 mm). A Figura 2 apresenta, como exemplo, algumas peças revestidas com diversos tipos de materiais, demonstrando seu potencial de acoplamento a materiais laminados, bem como a argamassas e revestimentos comumente empregados no setor da construção civil.

Dentre as principais características potenciais dos materiais Vikaflex®, destacam-se:

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

f. Possuem cor natural marrom (podendo ser colorida por esmaltação de baixa temperatura);

g. Apresentam fácil corte e usinagem por equipamentos manuais convencionais;

h. Apresentam resistência à compressão na ordem de 10 MPa;

i. Admitem colagem com cimento comum, colas fenólicas, resinas sintéticas, argamassas colantes ou colas orgânicas;

j. Podem ser recobertas com pastilhas cerâmicas, argamassas, cortiça, fórmica, massa corrida, tinta PVA, tecido e carpete;

k. Podem ter dimensões idênticas às de pisos cerâmicos, viabilizando a produção de um novo material – “piso cerâmico quente” – criando mercado com elevado potencial exportador;

l. Podem ser aplicadas pelo sistema convencional de assentamento com argamassa ou pelo método de montagem drywall, tanto para superfícies externas quanto internas;

m. Possuem elevado potencial de uso como recheio isolante em portas corta-fogo.

Esse conjunto de diferenciais competitivos é potencializado pelos resultados de ensaios de desempenho apresentados a seguir, obtidos na fase de desenvolvimento experimental do novo produto.

Densidade - 0,90 a 0,94

Absorção d’água - máx. 10%

Resistência à compressão - 10 a 11 MPa

Conduitibilidade térmica - 0,6 a 0,7 W/moC

Calor específico - 556 J/kg.oC (economia na refrigeração)

Placa leve Vikaflex ®

O modelo de receita da futura produção dos materiais Vikaflex® tem por base a comercialização dos produtos no setor da construção civil; sua configuração, como um inovador produto na área habitacional, possuidor de um mix de propriedades único.

Todavia, outras formas de receita futura a serem consideradas envolvem o potencial gerador de

novos produtos ou produtos substitutos a partir do Vikaflex®. Um exemplo desse potencial será a produção de painéis revestidos para o setor de móveis modulados prontos para montagem modular, com propriedades superiores (incombustibilidade, leveza, imputrescibilidade, impermeabilidade à água) aos aglomerados de madeira e compensados convencionais – móveis “Ikea®”.

Isolamento acústico - 40 a 50 dB [f=500 Hz sob espessura de 10 cm])

Resistência ao fogo - incombustível

Redução do peso próprio da estrutura na construção predial - 20% a 30%

Figura 2 - Placas de materiais Vikaflex® revestidas com materiais convencionais

e. Apresentam possibilidade de justaposição de unidades por autoadesão, cola ou cimento para confecção de blocos e painéis;

     

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A seguir são relacionadas diversas aplicações, a partir de materiais e sistemas construtivos atuais, onde o Vikaflex® substituirá com vantagens os materiais tradicionais utilizados atualmente na construção civil.

1.1 Para o sistema Drywall Fechamento não estrutural para paredes internas

Substituição do gesso acartonado

PEÇAS, PARTES E COMPONENTES PLANOS Vikaflex® PARA FECHAMENTOS UTILIZAÇÃO

1.2 Para fachadas Fechamento de fachadas com estrutura metálica convencional

Shoppings, galpões, lojas, revestimentos: de fachadas existentes, muros, dutos de ventilação, entre outros

1.3 Para soluções construtivas utilizando sistema Steel framing*

Fechamento para paredes internas e externas

Construções residenciais, comerciais, cobertura de edifícios, entre outros

1.4 Para soluções construtivas utilizando sistema Wood framing**

Fechamento para paredes internas e externas

Construções residenciais (casas e sobrados) construções comerciais

1.5 Paredes internas Para áreas molhadas Box de banheiro, áreas de serviço, cozinhas e saunas

1.6 Laje seca Painéis sobre estrutura stell framing

Substituem as lajes pré-moldadas de concreto sem sujeira e entulho

1.7 Escadas Painéis sobre estrutura stell framing

Substituição do concreto na execução da escada

1.8 Perfis estruturais Estrutura para telhados Substituição dos perfis de madeira convencionalmente utilizados

1.9 Platibandas e forros de beiral Para telhados

Substituição dos perfis de madeira convencionalmente utilizados

1.10 Forros para tetos Forração de teto com tratamento acústico e ignifugante

Construções residenciais unifamiliares e multifamiliares, comerciais e industriais

1.11 Portas corta-fogo e de passagem

Para fechamento de escadas internas

Construções residenciais multifamiliares, comerciais e industriais, hotéis, shoppings, entre outros

1.12 Portas internas e externasFechamento de vãos de passagem

Construções residenciais unifamiliares e multifamiliares, comerciais e industriais

1.13 Rodapés Para acabamento de pisoConstruções residenciais unifamiliares e multifamiliares, comerciais e industriais

1.14 Pisos antiderrapantes Área externa Bordas de piscinas, varandas e áreas molhadas

1.15 Piso e rodapé industrial Resistência a agentes agressores e durabilidade

Pisos e paredes industriais

1.16 Pisos acústicos Painéis acústicos para contrapiso Contra-piso entre lajes residencias e comerciais

1.17 Pisos atérmicos Para áreas abertas Garagens, churrasqueiras, varandas, praças, calçadas, entre outros

1.18 Painéis acústicosRevestimento de paredes para construções comerciais e industriais

Estúdios de gravação, filmagens, home theaters, bibliotecas,restaurantes, indústrias, entre outros

1.19 Divisórias com propriedades acústicas e ignifugantes

Fechamento de divisóriascom estrutura metálica convencional

Construções comerciais e industriais

1.20 Blocos intertravados para pisos

Pavimentação em geral Ruas, praças, vias de grande circulação

1.21 Tijolos estruturais Construção civil em geral Construções residenciais multifamiliares, comerciais e industriais, hotéis, shoppings, entre outros

1.22 Mobiliário Placas para execução de mobiliário

Construções residenciais unifamiliares e multifamiliares, comerciais e industriais

* Estrutura em perfis galvanizados dobrados a frio. ** Estrutura em perfis de madeira de reflorestamento seca e tratada.

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

Como mercados imediatos foram identificados três nichos, para os quais é possível obter maior velocidade de conquista. São eles:

O mercado de atuação dos materiais Vikaflex ®

a. Blocos, placas e forros modulados

São altamente utilizados em construções residenciais, comerciais e industriais; sua aplicabilidade é importante, em virtude de seu valor de mercado. Como os diferenciais competitivos para os materiais Vikaflex® (leveza, incombustibilidade, isolamento acústico e térmico, impermeabilidade) são únicos, pois estão reunidos em um só material, a prática de um preço diferenciado poderá ser contemplada.

Considerando a inexistência de material com o conjunto de propriedades explicitado, a inclusão de materiais cerâmicos neste nicho se configura como uma excelente oportunidade de negócio, tendo em vista que o Vikaflex® tem real potencial de atendimento às características de preço e peso. Por outro lado, o novo material introduzirá no mercado um novo conceito, que associará conforto térmico ao uso do material cerâmico, contrariamente à classificação de “materiais frios” hoje empregada. Esta alterna-tiva pode estar associada a materiais compostos, tais como Vikaflex® revestido com material cerâmico de espessura fina (3 mm) – os novos porcelanatos.

b. Painéis de vedação e revestimento

A falta de um sistema de vedação eficaz que possa substituir a alvenaria comum em áreas externas oferece inúmeras alternativas para o Vikaflex®, pois para os atuais métodos de construção são utili-zados apenas os sistemas convencionais (tijolos e blocos), passando necessariamente pelas etapas de assentamento, acabamento e revestimento (tintas, pastilhas, texturas, por exemplo).

Concepções hoje existentes no setor da construção civil, tais como o drywall (placas de gesso acar-tonado), possibilitam a aplicação maciça dos painéis Vikaflex®, agregando a esse sistema construtivo resistência e impermeabilidade quando da substituição do gesso.

Associada a essas características, os materiais são também perfeitamente aplicáveis em estruturas metálicas, compondo telhados, paredes e acabamento, totalmente compatíveis aos novos processos construtivos advindos da otimização, em curso, no setor da construção civil. Há, portanto, uma ótima oportunidade para um produto que possua as características do Vikaflex®.

Além destas, outras possibilidades podem ser cogitadas como, por exemplo, seu uso em placas somente para revestimento de fachadas em substituição a outros materiais usados atualmente, acar-retando vantagens econômicas no projeto estrutural da construção.

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Existem também outros ramos de atividade e setores industriais para os quais poderão ser dirigidos os propósitos do novo material. Pode-se citar, por exemplo, as indústrias moveleira e naval − que são favoráveis e receptivas a novos produtos com novas combinações de propriedades, principalmente com características de leveza, incombustibilidade e impermeabilidade.

Portanto, os mercados nos quais a utilização do mate-rial assegurará um diferencial competitivo quanto ao custo e à inovação estão compreendidos em produtos altamente vendáveis, tais como divisórias, blocos e painéis modulados e pisos quentes.

Um mercado futuro de elevado potencial é a utilização do material para casas populares – piso (revestido), parede, forro e telhado. O uso na agricultura, como substrato de culturas hidropônicas e como material construtivo em estufas com ambiente controlado, representa outra destinação dentre as

Tomando o preço médio praticado pelo mercado, há um grande horizonte de aplicação para os mate-riais Vikaflex®, tendo em vista os seguintes aspectos:

que certamente advirão da aplicação intensiva do Vikaflex® em vários ramos de atividade.

Sobre os concorrentes

Compor um cenário de concorrentes para um produto sem similar no mercado nacional e internacional não é tarefa simples. Procurou-se caracterizar os produtos convencionais que terão seus mercados deslocados pelo Vikaflex®, em virtude de suas características e propriedades.

O mercado de divisórias será profundamente afetado pelo novo produto, considerando a leveza, incom-bustibilidade e impermeabilidade do novo material.Sua compatibilidade aos processos construtivos e às estruturas tradicionais de fixação, aliada ao fato de poder receber variados revestimentos irão ditar sua entrada no mercado, tipificando, em nível estratégico, um novo entrante e um produto substituto.

c. Produtos termoacústicos

Esse segmento é altamente técnico, sendo, entretanto, carente de fontes alternativas com custo competitivo. Considerando os altos preços praticados pelos fabricantes nacionais e dado o seu valor de importação, é uma excelente oportunidade de mercado.

As placas Vikaflex® podem ser aplicadas em fornos domésticos e industriais, divisórias acústicas, placas para forro, portas corta-fogo e pisos térmicos (revestidos). O consumo desses materiais é muito grande, principalmente como forros acústicos e divisórias, dependendo de sua espessura e desenvolvimento de propriedades.

A atratividade desta alternativa de aplicação para o Vikaflex® se deve a:

:: Produto sem similar no mercado;:: Grande demanda;:: Ótimo preço de venda;:: Excelentes chances de aceitação;:: Concorrência apenas de empresas tradicionais (blocos, tijolos, placas de gesso, pré- moldados de argamassa armada);

:: Venda casada com cimento em painéis compostos mais leves que os pré-moldados convencionais;:: Fácil adaptação aos sistemas convencionais;:: Facilidade de produção;:: Leveza, associada à resistência.

:: mercado carente de alternativas;:: grande consumo;:: alto valor de mercado;:: preços internacionais pouco competitivos;

:: ampla gama de aplicações;:: facilidade de adaptação ao produto;:: possibilidade de exportação;:: possibilidade de venda casada.

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

No setor de materiais construtivos e de revestimento, o gesso será significativamente deslocado pelo surgimento de uma opção de melhor desempenho, pois o Vikaflex® possui características de isolante acústico e térmico, é mais leve, impermeável à água, pode ser utilizado externamente às habitações e se adapta perfeitamente ao sistema drywall, hoje em franca utilização, mas com restrições de desempenho (ver Figuras 3 e 4).

Por outro lado, considerando a leveza do novo mate-rial, pode-se prever que um material compósito em associação à argamassa representa uma oportunidade de deslocar a cerâmica vermelha (tijolo) da alvenaria tradicional de interiores, agregando novas possibili-dades de acabamento e arquitetura.

O setor cerâmico certamente irá transformar a ameaça de um produto substituto, promovida pelo surgimento do Vikaflex®, em uma oportunidade de negócio, mediante o desenvolvimento de outras ino-vações. A venda de pisos e revestimentos acoplados, no qual o novo material é colado, permitirá que, no mínimo, os pisos e revestimentos sejam fabricados com menor espessura, economizando matéria-prima e energia, dois dos principais itens de custo dos produtos − e que acarretam significativo impacto na margem de lucro do setor.

Os mercados de lã de rocha e lã de vidro registrarão uma redução para aplicações em que o Vikaflex® possa competir, em função de seu desempenho ou ainda por sua não toxidez.

Análise comparativa dos materiais concorrentes

Os painéis cerâmicos constituídos por materiais Vikaflex® atenderão a vários requerimentos para aplicações industriais comparativamente àqueles tradicionais a que se propõem substituir (concreto leve autoclavado, drywall, lã de vidro e placas ci-mentícias leves). Os painéis de cerâmica adequados para edificações devem cumprir requisitos tais como uma simples e conveniente construtibilidade em mudanças estruturais dos edifícios e devem ser leves, em conformidade com uma tendência histórica de prédios cada vez mais elevados. Além disso, deverão ter efeitos tais como a conservação de calor/isolamento, a fim de reduzir o consumo de energia e absorção do som contra uma variedade de ruídos.

O concreto autoclavado convencional leve (ALC) de painéis ou blocos foram parcialmente aprovadas em canteiros de obras por empresas de construção, mas sofrem problemas associados com a permeabilidade da água, incongruência de fiação e tubulações hidráulicas e o excesso de peso, tornando-os de difícil popularidade. O drywall, um tipo de material usado em montagens e edificações por profissionais autônomos em locais de construção, também apresenta desvanta-gens. Algumas delas são: erro e variação significativa durante ou após a instalação, baixa resistência ao impacto e necessidade de manuseio cuidadoso, resultando em qualidade de acabamento inferior. Além disso, em razão de sua baixa resistência à água e da absorção de água resultante de vazamentos, o material favorece o crescimento de fungos. A lã − de vidro ou de rocha − é um material amorfo, que exibe isolamento térmico e leveza, em razão da característica

Figura 3 - Consumo de chapas de drywall no mercado brasileiro (milhões de m2).

Figura 4 - Consumo de chapas de drywall (m2 por habitante) – um po-tencial de venda a espera de um produto com melhor desempenho.

26,00

0,08

24,00

0,10

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3,80

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1,70

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

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1999

1998

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1996

1995

BRASILCHINA

ARGENTINAITÁLIACHILE

POLÔNIACORÉIA

ALEMANHAREINO UNIDO

FRANÇAJAPÃO

AUSTRÁLIAEUA

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física da estrutura de poros em seu interior, combinada com a inerente propriedade física do próprio vidro. É amplamente utilizada como material de isolamento térmico em diversas aplicações. Sua baixa autoporta-bilidade e sua resistência mecânica nula são sérios inconvenientes na confecção de painéis construtivos. O mercado também apresenta o concreto aerado que, como um painel, também apresenta desvantagens, tais como peso elevado e processamento pobre. Esses painéis, confeccionados com materiais con-vencionais, são suscetíveis a muitos problemas, tais como: o risco de proliferação bacteriana em épocas de alta umidade/vazamentos resultante da sua alta permeabilidade; o excesso de peso dos edifícios de grande porte; os baixos desempenhos de isolamento acústico e térmico; as inadequadas características de retardância de chama em construções.

Isso posto, as vantagens dos painéis/paredes inte-grados pelos blocos, placas ou divisórias moduladas Vikaflex® são incontestáveis. Sua porosidade interna é fechada, o que agrega impermeabilidade completa à água (o material boia na água indefinidamente) e imputrescibilidade (crescimento de fungos); sua impermeabilidade à água permite a coexistência das redes elétrica e hidráulica; como um material cerâmico altamente poroso, sua incombustibilidade − associada à retardância de chama − é máxima, bem como apresenta bom desempenho quanto ao isolamento acústico; o aproveitamento de eventuais resíduos na instalação (corte) é total (argamassas), em razão de sua atividade pozolânica. O futuro será construído com Vikaflex®.

No mercado de materiais para a construção civil, o qual envolve uma cadeia produtiva caracterizada como um “amortecedor social”, dois fatores críticos de sucesso são a distribuição e a comercialização. Uma vez que a conquista de mercado nesse setor é caracterizada pela capilaridade no acesso a mer-cados, uma adequada rede de distribuição pode ter na compatibilidade entre os produtos – argamassa + Vikaflex® - uma estratégia que reúne a força do fornecedor às oportunidades de novos clientes.

As motivações do Vikaflex®

A ameaça de exaustão de recursos naturais e a indispensável sustentabilidade das atividades in-dustriais futuras aportam aos produtos Vikaflex® uma vantagem competitiva única, associada à sua forma de fabricação, incrementalmente nova, se comparada àquela dos materiais cerâmicos tradicionais. Some-se a esses aspectos o fato de envolver o aproveitamento

Em adição aos aspectos já destacados, conclui-se que:

:: O processo produtivo básico é extensivamente conhecido, utilizando operações e processos característicos do setor cerâmico; a inovação introduzida no processamento cerâmico é que caracteriza o produto;

:: Todos os equipamentos necessários à sua fabricação encontram-se disponíveis no mercado de máquinas para cerâmica, com tecnologia de ponta e preços compatíveis com a rentabilidade do processo;

:: A matéria-prima mineral − homogênea, de baixo custo, estratégica e inesgotável (200 anos) − dispensa mineração, sendo extrema-mente friável e de fácil cominuição;

:: O custo de produção é significativamente menor que os níveis praticados pelo setor cerâmico de materiais de revestimento;

:: O novo material não possui similar no mercado, com o seu mix de características e propriedades;

:: O novo material cerâmico é portador de futuro por si só ou em conjunto com materiais tradicionais, tais como argamassas e revesti-mentos cerâmicos - cuja produção brasileira é bastante significativa (Figura 5).

de um rejeito industrial sólido − única matéria-prima utilizada no processo de produção, gerado a uma razão de 210.000 t/mês. Seu conteúdo energético (800 kcal/kg), associado ao processo de fabricação Vikaflex®, contribui para a autossuficiência energética do novo processo.

Assim, depreende-se que os diferenciais competitivos do novo material são fortes, apresentam escopo amplo e são portadores de futuro, quaisquer que sejam os cenários futuros, pois serão fortemente marcados pela vertente ambiental e da responsabilidade social.

A seguir, serão descritas as etapas de produção de cada uma das duas Unidades para efeito da avaliação do processo desenvolvido para os materiais Vikaflex®.

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

Figura 5 - Produção brasileira e consumo interno de revestimento cerâmicoFonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (ANFACER)

775,7 702,4

714,9 644,5

713,4 605,4

637,1 534,7

594,2 483,6

568,1 442,8

565,6 448,4

534 421

508,3 456,3

473,4 416,3

452,7anoyearaño

anoyearaño

milhões de m2 sqm million mill/m2milhões de m2 sqm million mill/m2

Produção brasileira de revestimentos cerâmicosBrazilian production of ceramic tilesProducción brasileña de revestimientos cerámicos

Venda de revestimentos cerâmicos no mercado internoCeramic tiles - domestic market salesRevestimientos cerámicos - ventas en el mercado interno

*Est

imat

iva

Estim

ate

lcul

o

*Est

imat

iva

Estim

ate

lcul

o

393,3

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

2010

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2007

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2003

2002

2001

2000

* *

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Esta Unidade consumirá 1.545,3 t/mês de rejeito industrial processado para produzir cerca de 1.529,8 t/mês de Vikaflex® (estima-se a perda em cerca de 1%). Considerando-se uma densidade de 0,94 t/m3 para o novo material, serão produzidos, por exemplo, 81.372 m2 de placas de 20mm de espessura por mês.

Foi considerado um gasto médio de energia para o forno de 750 Mcal/m3 de Vikaflex® fabricada, cuja densidade é de 0,94 t/m3. Assim, o gasto energético é de 797.9 Mcal/t. Para produzir 1529,8 t/mês de Vikaflex®, o gasto será de 1.220.627 Mcal. O combus-tível utilizado será o gás, cujo poder calorífico é de cerca de 11.000 Mcal/t. Desse modo, o consumo de gás está estimado em 110,96 t/mês.

O consumo de água estimado para a Unidade de Materiais Vikaflex® é de 154,53 m3/mês, avaliados na razão de 10% da matéria-prima utilizada.

A Unidade de Materiaismodulados Vikaflex ®

A Unidade de Materiais Vikaflex® será composta por:

1. Uma esteira transportadora vedada para alimentação da pozolana;

2. Uma unidade de dosagem, mistura e homogeneização das matérias-primas;

3. Uma prensa com capacidade de até 200 kgf/cm2;

4. Um forno-túnel com temperatura máxima de 1200oC para produção dos novos materiais;

5. Uma embaladora para a montagem das caixas que armazenarão os módulos Vikaflex®;

6. Um tanque de armazenamento de gás, que abastecerá o forno de tratamento térmico. Estimando-se um gasto de energia elétrica de 150 kWh/t dos produtos em questão, o con-sumo dessa Unidade será de cerca de 229,5 MWh/mês de energia elétrica.

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

Equipamentos

A Tabela 1 apresenta os equipamentos a serem adquiridos para a montagem das unidades futuras e suas aplicações.

QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO APLICAÇÃO NO PROJETO

Tabela 1 - Equipamentos das Unidades de Energia e Materiais Vikaflex®

1 Pá-carregadeira Transporte do rejeito

1 Caminhão semipesado Transporte do rejeito

1

Unidade de britagem composta de carregador de canecas e britador de mandíbulas.

Cominuição de rejeito

2Unidade de moagem composta por moinho de bolas

Adequação da granulação do rejeito e da pozolana

1 Unidade de geração elétrica e térmica

Geração de energia elétrica e produção de pozolana como insumos na produção de Vikaflex®

2

Unidade de classificação granulométrica composta por aspirador, classificador tipo ciclone, filtro de mangas/captador de pó e válvula dosadora

Classificação da pozolona(50μm < φ < 500μm)

7 Silos de 200 t Armazenamento da pozolana

1 Torre de absorção de gasesTratamento dos efluentes gasosos da etapa de tratamento térmico e da unidade de geração térmica e elétrica

1 Esteira transportadora vedada Transporte da pozolana para a unidade de produção do Vikaflex®

1 Unidade de mistura e homogeneização

Dosagem, mistura e homogeneização das matérias-primas das unidades de Vikaflex®

1 Prensa com capacidade de até 200 Kgf/cm2

Prensagem da mistura para confecção do Vikaflex®

1 Forno com temperatura máxima de 1200oC

Produção de Vikaflex®

1 Embaladora (montagem das caixas)

Embalagem dos blocos/placas/painéis Vikaflex®

2 Tanque de armazenamentode gás de 100 t

Armazenamento de gás para alimentação dos fornos de tratamento térmico para produção doVikaflex®

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O aporte tecnológico necessário à implantação do processo está assegurado pelo inventor, que possui expertise em aproveitamento de rejeitos industriais, construído ao longo de mais de 30 anos de atividades nessa área. Os resultados alcançados por esse empreendimento serão de extrema importância para a construção civil.

A unidade industrial geradora está em operação desde 1992, gera uma quantidade de rejeitos industriais que representa cerca de 7% do custo total de produção. Através da implantação das unidades industriais propostas, será possível reaproveitar parte significativa dos rejeitos gerados no Brasil e em outros países do mundo.

Os principais pontos de destaque do empreendimento são:

1. Preservação do Meio Ambiente Considerando que a presente proposta contribui para o reaproveitamento de alguns rejeitos industriais, gerados em quantidades apreciáveis, transformando-os em bens de consumo para uso da sociedade, acredita-se ser este um dos principais méritos do empreendimento;

2. Conteúdo TecnológicoComo já comentado, a cooperação com o inventor demonstra que um criterioso trabalho de P&D é a base para o início de atividades produtivas − características de empreendimentos de elevado conteúdo tecnológico, alinhados com a criação de diferenciais competitivos exigidos pelo Ambiente 21;

3. Impacto Econômico e Responsabilidade SocialA utilização de rejeitos abre a perspectiva de criação de um novo setor industrial, com consequente aumento da oferta de emprego e da atividade econômica, que configura um nicho de mercado cuja oportunidade foi antecipadamente visualizada pelo inventor;

4. Materiais Novos para a Construção CivilA exemplo do desenvolvimento tecnológico no Brasil, esse empreendimento contribui para o surgimento de novos processos e produtos no setor de materiais cerâmicos em nivel global, capazes de contrabalançar significativa parcela da capacidade de produção mundial; a implantação desse projeto está alinhada com a industrialização de ciclo aberto e à coordenação modular decimétrica;

5. Perspectivas FuturasClaramente, a evolução do empreendimento é a produção de novos materiais, estendendo sua aplicação a áreas ainda não atendidas da arquitetura e construção civil; também consolida oportunidades de implantação de empreendimentos semelhantes tanto no Brasil como em outros países, com base no conhecimento já disponível a partir de outros rejeitos industriais e materiais argilosos.

Gestão estratégica e operacional do empreendimento

As unidades produtivas utilizarão processos conven-cionais da indústria com inovações representativas, as quais permitirão o desenvolvimento de um material novo e único em nível global - o Vikaflex®.

Entretanto, novos modos e técnicas de aplicação, os parâmetros de desempenho dos novos materiais cerâmicos a serem produzidos, bem como o desenvolvimento de materiais compósitos com matriz cerâmica, induzirão a necessidade de depósitos de garantia de privilégio de invenção além do já proce-dido para o processo, e para a marca Vikaflex®.

O inventor vem desenvolvendo tratativas no sentido de assegurar o fornecimento regular de matérias-primas (rejeitos industriais), o que equivaleria a cerca de 100.000t/ano em uma primeira fase (são geradas 210.000 t/mês).

Implantação doempreendimento

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

O escoamento da produção irá se basear em dois segmentos principais. O primeiro constitui-se de empresas construtoras, cujos contatos preliminares já foram iniciados, estando única e exclusivamente na dependência da apresentação de cabeça de série/lote pioneiro, associado aos laudos de desempenho dos ensaios a serem realizados nos materiais com dimensões comerciais normatizadas. O segundo se constitui nas redes já estabelecidas de distribuidores de materiais cerâmicos e de divisórias, proposta essa alinhada à industrialização de ciclo aberto.

Nesse sentido, têm sido realizadas uma série de apresentações a empresas do setor cerâmico e a grupos empreendedores brasileiros.

Justificativa da arquitetura do empreendimento

O inventor, baseado no conhecimento gerado por seus trabalhos de pesquisa básica, aplicada e de desenvolvimento experimental, realizou várias reuniões e elegeu como proposta para o empreendi-mento a implantação futura das duas unidades já caracterizadas, que utilizarão rejeitos da industriali-zação de xisto como matéria-prima.

Como é sabido, um empreendimento de significativo conteúdo tecnológico necessita de uma assessoria em nível compatível com o montante de investi-mentos futuros necessários à sua consecução. Nesse sentido, o inventor, que conta com a presença de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), assegura aos futuros investidores sua dedicação à atividade produtiva mencionada.

Um fator que deve ser destacado é a potencialidade deste empreendimento, uma vez que a interação da atividade produtiva aliada à cooperação estabelecida entre a futura empresa industrial e o inventor, certamente irá culminar com a implementação de ações e atividades em outros ramos de atividade e setores industriais, novos processos e produtos, favorecendo o desenvolvimento econômico regional, associado à geração de emprego e renda.

Compromissos com o meio ambiente

A produção de materiais cerâmicos a partir de rejeitos industriais sólidos representa a tradução de nossa postura frente à questão ambiental. O atendimento aos preceitos legais, quanto ao cumprimento das

exigências de proteção ambiental, será seguido à risca, até porque o contrato a ser firmado com a empresa responsável pela geração do resíduo não permite a prática de atividades agressivas ou predatórias ao meio ambiente.

O foco ambiental do Vikaflex®

Resulting in a more environmentally acceptable waste form

O Ambiente 21 e a consequente demanda por Sustentabilidade exigiram a evolução desses conceitos

para APROVEITAMENTO e IMOBILIZAÇÃO.

As tecnologias convencionais (S/S) tratam da stabilization and solidification de rejeitos

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1. Título do Projeto

Um novo material cerâmico leve para a construção civil

2. Local de execuçãoPrédio 3 - Incubadora de Empresas da COPPE/UFRJ

3. Principais objetivos

a) Produzir em Unidade de Prototipagem a cabeça de série/lote pioneiro de peças, partes e componentes cerâmicos leves Vikaflex® associadas a sua inserção no mercado1

b) Realizar ensaios de desempenho normatizados dos materiais Vikaflex® produzidos - 1.000 m² - em dimensões comerciais;

c) Selecionar as Cidades (sub-regiões) onde serão instaladas as Unidades Industriais de produção dos materiais Vikaflex®;

d) Elaborar Planos de Negócios/Planos de Marketing dos materiais Vikaflex® contemplando as características macrorregionais e sub-regionais;

e) Desenvolver mercado no setor da construção civil com vistas à utilização dos materiais Vikaflex® em pisos, paredes, forros e coberturas (telhas-longas) nas cinco macrorregiões brasileiras; e

f) Elaborar o Projeto Básico da Unidade Industrial (modular) de produção dos materiais Vikaflex® a ser implantada nas cinco macrorregiões brasileiras.

4. Oportunidade e estratégia de execução

Oportunidades

i. Plano Brasil Maior - acúmulo de competências científicas com potencial para o desenvolvimento de produtos e serviços de alto conteúdo tecnológico

Anexo

ii. Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) fase II - implantar programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste, e programas de desenvolvimento econômico e social das áreas menos desenvolvidas de todo o país

iii. Falta de materiais na construção civil com mix de propriedades exigido pela moderna construção civil

iv. Necessidade de evolução do método construtivo para a coordenação modular decimétrica e industrialização de ciclo aberto

Estratégias

i. Vínculos com Instituições/Empresas instaladas nas macrorregiões

ii. Associação com Federação das Indústrias Estaduais (FIEs) e suas pequenas e médias empresas cerâmicas estabelecidas em cada uma das macrorregiões

iii. Geração de emprego e renda em nível nacional

iv. Agregação de valor a produtos do setor da construção civil com elevado potencial nomercado interno e de exportação

5. Prazo de implantação em meses

A implantação e operação da Unidade de Prototipagem do Projeto Vikaflex® está prevista paraocorrer em 24 meses

6. Benefícios esperados

6.1. Econômicos

a) Situação atual – O setor industrial da construção civil, limitado em termos de soluções construtivas inovadoras que agreguem valor aos produtos (imóveis), anseia por ampliar as margens de lucro do

1 Cabeça-de-Série: Fase que considera aspectos relativos ao aperfeiçoamento de protótipo obtido em projeto de P&D anterior. Procura-se, assim, melhorar o desenho e as especificações do protótipo para eliminar peças e componentes com dificuldade de reprodução em larga escala. Definem-se também as características básicas da linha de produção e do produto.

Lote Pioneiro: Fase que considera aspectos relativos à produção em “escala piloto” de cabeça-de-série desenvolvido em projeto de P&D anterior. Nessa fase realiza-se uma primeira fabricação, em “escala piloto”, para ensaios de validação, análise de custos e refino do projeto, com vistas à produção industrial e/ou à comercialização.

Inserção no Mercado: Fase que encerra a cadeia da inovação e busca a difusão no setor dos resultados obtidos. São previstas as seguintes atividades: estudos mercadológicos, material de divulgação, registro de patentes, viagens, diárias e serviços jurídicos.

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

setor, e reduzir o custo final das habitações para o consumidor final - ofertar mais por menos;

b) Melhoria esperada - Uma vez que os materiais Vikaflex® são produzidos a partir exclusivamente de matérias-primas alternativas, o impacto dessa inovação na política de preços no setor da construção civil será nítida. Os materiais construtivos Vikaflex®, a serem confeccionados com os módulos em dimensões normatizadas pela coordenação modulardecimétrica atenderão a três critérios básicos: seleção, correlação e intercambialidade. A seleção tem por intuito reduzir a variedade de tipos para atender às necessidades dos projetistas, simplificar as linhas de produção e facilitar a estocagem. A correlação pretende definir as relações de reciprocidade que facilitam a disposição dos componentes. Por fim, a intercambialidade assegura as condições que facilitam a montagem, estabelecendo critérios e normas para os ajustes e as tolerâncias. Esses três critérios asseguram as condições de adição e combinabilidade entre todos os componentes onde uma mesma medida modular é preenchida de várias formas a partir da adição e combinação de componentes diversos, com dimensões modulares diferentes. O acoplamento a materiais cerâmicos convencionais já testados (derevestimento, colados com argamassa, por exemplo) permitirá, se desejado, que o bloco, painel e divisórias modulares Vikaflex® possam ser comercializados já revestidos, induzindo economias construtivas relevantes. Algumas vantagens serão imediatamente percebidas, tais como:

Acabamento: aceita qualquer acabamento convencional (pintura, tecido, papel de parede, embosso e cerâmica);

Custo: redução de 20% da construção em razão da leveza do material (baixa densidade);

Estrutura: economia de 30% de concreto e 35% de ferro (armação) gerando uma redução de 25% de carga das fundações das habitações;

Risco de incêndio: incombustível;

Reaproveitamento integral de material excedente: incorporação integral em até 40% em peso nas argamassas e no concreto (atividade pozolânica);

Paredes: espessura flexível em razão da auto aderência ou fácil colagem de blocos modulados e painéis;

Peso: comparado com cerâmica de 5 mm tem uma redução de 70%/m²; comparado com parede cimentícia de 12 mm com peso de 20,4 kg/m² o painel Vikaflex® pesa 11,2 Kg/m² que corresponde

a menos 45%. Como estratégia de marketing para conquista de mercado, alinhada às táticas de inovação para criação e conquista e novos mercados, os seguintes atributos serão destacados:

Pontos positivos: reúne leveza, resistência, isolamento térmico e acústico em um único material, incombustibilidade, trabalhabilidade, imputrecibilidade e impermeabilidade;

Ponto negativo: Se a cor não agradar (marrom escuro, por exemplo)... Pinte ou coloque um revestimento, tal como se faz na alvenaria de tijolo convencional;

Simplicidade: um material cerâmico para a construção civil que flutua na água e que eleva a produtividade na construção;

Pequenos passos: comece utilizando em pequenas áreas... Em pouco tempo... Sua casa, seu prédio, sua cidade utilizará Vikaflex®;

Mensagem clara: um material cerâmico resistente e leve que se propõe a reduzir o peso próprio da estrutura construída;

Compatibilidade: encaixa com todo e qualquer material hoje utilizado pelo setor da construção civil em edificações e acabamentos, podendo ser empregado em conjunto;

Fácil de entrar: construa como sempre, mas de forma inteligente e sustentável;

Fácil de sair: volte à idade da pedra... Use o tijolo... Os dois materiais são totalmente compatíveis.

Em resumo, os módulos de materiais Vikaflex® causarão impacto relevante no mercado de tijolos, placas cimentícias, pumex e drywall. A elevação da nossa competitividade (nacional e macrorregional) dará um salto, seja pela qualidade da inovação gerada, seja pela demonstração efetiva de que ciência e tecnologia, inteligentemente articuladas órgãos governamentais, pequenas e médias empresas industriais, geram inovações e podem induzir benefícios sociais significativos.

6.2. Sociais

a) Situação atual - Imperiosa necessidade de difusão homogênea do desenvolvimento macrorregional, uma vez que temos:

i. Microrregiões de ALTA RENDA – compreendendo MRGs com alto rendimento domiciliar por habitante, independentes do dinamismo observado, que se encontram predominantemente nas Regiões Sul e Sudeste e também no Centro Oeste. As regiões Nortee Nordeste, ao contrário apresentam manchas

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insignificantes nessa tipologia, quase todas relacionadas às MRGs das capitais, o que denota um primeiro contraste importante. São responsáveis por cerca de 76% do PIB nacional, embora tenham apenas 53,7% da população. Essas regiões não são prioritárias para a PNDR, pois dispõem de recursossuficientes para reverter concentrações de pobreza.

ii. Microrregiões DINÂMICAS – MRGs com rendimentos médios e baixos, mas com dinâmicaeconômica significativa. Elas possuem presença rarefeita nas regiões Sul e Sudeste e são mais frequentes no Centro-Oeste e Nordeste, onde cobrem vastas extensões territoriais. O grau de urbanização é baixo (57,9%) e, embora abriguem cerca de 9% da população nacional, são responsáveis por apenas cerca de 4% do PIB.

iii. Microrregiões ESTAGNADAS - MRGs com rendimento domiciliar médio, mas com baixocrescimento econômico. Em geral refletem dinamismo em períodos passados e possuem, em muitos casos, estrutura socioeconômica e capital social consideráveis. Nessas regiões, que apresentam um grau de urbanização relativamente elevado (75,3%), e são responsáveis por cerca de 18% do PIB nacional, residem cerca de 29% dos brasileiros. A suaespacialização mostra uma dispersão por todo território nacional, embora predominem nasregiões Sul e Sudeste, com importante presença em parte do Centro-Oeste.

iv. Microrregiões de BAIXA RENDA - MRGs com baixo rendimento domiciliar e baixo dinamismo. Concentradas no Norte e Nordeste combinam situações de pobreza e debilidade da base econômica regional. O grau de urbanização é o mais baixo (50,4%), assim como o nível de educação (cerca de 60% da população têm menos que 4 anos de estudo). Participa com 1,7% do PIB, embora abrigue 8,4% da população. O rendimento domiciliar médio é de apenas 27% da média nacional.

b) Melhoria esperada - Alinhado à Política de Desenvolvimento Regional e ao Plano Brasil Maior, a produção e uso do novo material construtivo Vikaflex® contribuirá significativamente para a redução do déficit habitacional brasileiro para famílias de baixa renda (5 a 6 milhões de moradias), contribuindo para o alcance da meta de aumento da produtividade do setor da construção civil em 50% e redução de perdas a ZERO, seja na produção como na obra em si. O elevado potencial de surgimento de um setor de serviços ressignificado pela utilização dos sistemas woodframe e steelframe na construção

civil nas macrorregiões Nordeste, Norte e Centro-oeste é um indutor de geração de emprego e renda. A promoção da construção industrializada de ciclo aberto (industrialização de componentes construtivos modulados destinados ao mercado), representada pela oferta ao mercado do Vikaflex®, contribuiráfortemente para racionalizar a produção de novas unidades habitacionais que é uma meta diretamente associada à qualidade de vida da população. Essa contribuição está traduzida no projeto pela produção de lotes pioneiros de placas e blocos construtivos Vikaflex® nas dimensões recomendadas pela coordenação modular decimétrica, quais sejam: (M=10cm) divisórias (8M, 9M e 12M); placas de forro (2M e 6M); painéis verticais externos (9M, 10M e12M); bloco (6M x 4M x 1M). Os elementos assim produzidos poderão ser combinados entre si numa grande variedade de modos, gerando os mais diversos edifícios e satisfazendo uma larga escala de exigências funcionais e estéticas. A produção do Vikaflex® distinguirá o Brasil no cenário internacional, uma vez que permitirá expandir para o setor da construção civil o conceito IKEA (empresa Sueca de móveis que é um caso de sucesso em inovação no setor) ao conceito LEGO (empresa Dinamarquesa de brinquedos modulados de montar que é um caso desucesso em inovação no setor): faça sua casa... Você só precisa de você e dos módulos Vikaflex®. Isso será possível através do fornecimento de catálogo que contenha as características dos elementos, definidos sejam pelas qualidades físicas de resistência, isolação e leveza, sejam pelas dimensões e tolerâncias de fabricação. A construção de casas será ressignificada, tornando-se um MEGA LEGO-IKEA, APOIADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA, ASSOCIADO À SUSTENTABILIDADE E GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA NA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL EM TODAS AS MACRORREGIÕES BRASILEIRAS. Uma externalidade que caracteriza o impacto social do projeto está representada pela acessibilidade deste produto às classes menos abastadas paraconstrução de casas populares, influenciando o mercado popular de materiais de construção.Adicionalmente, considerando suas propriedades de isolamento acústico, isolamento térmico, imputrescibilidade, incombustibilidade e densidade inferior a um, uma habitação construída com produtos Vikaflex® assegura uma melhoria da qualidade de vida para seus moradores. Outro aspecto que merece ser destacado é que todo e qualquer material excedente de uma obra que utilizará materiais Vikaflex® é utilizado como adição

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

ativa ao cimento/argamassa (em até 40% em peso) utilizado nas edificações para união dos blocos, painéis e placas.

A CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL SE TORNARÁ COM OS MATERIAIS Vikaflex® UMA INDÚSTRIA LIMPA ALINHADA ÀS DEMANADAS DO AMBIENTE 21. Vale também ressaltar que, alinhados aos ditames da industrialização de ciclo aberto, os materiaiscerâmicos Vikaflex® são integralmente compatíveis com seus congêneres existentes hoje no mercado. Isso torna possível sua aplicação em pequenas obras, reformas e adequações de área onde já existam edificações construídas com outros materiais convencionais. Portanto, a produção do Vikaflex® a ser utilizado na edificação de habitações populares representa por si só um elevado benefício para a sociedade. Por fim, consignamos, como jáexplicitado, a identificação de fontes de matéria-prima de base argilosa nas cinco macrorregiões brasileiras (Norte [AC, RR, RO, PA e AM]; Nordeste [RN]; Sudeste [Eixo RJ-SP]; Sul [PR]).

6.3. Tecnológicos e Ambientais

a) Situação atual – O desenvolvimento industrial e tecnológico parecem se recusar a contemplar, harmonicamente, responsabilidade social com sustentabilidade e geração de novos negócios, emprego e renda; a tecnologia tem uma dívida para com a sociedade brasileira no sentido de tornar possível fazer o que se precisa a partir do que se tem.

b) Melhoria esperada - A questão ambiental se constitui em determinante da competitividade edo êxito da indústria. Qualquer que seja o cenário, a questão ambiental estará sempre presente como fator crítico de sucesso para a indústria. Haverá um crescente nível de consciência da sociedade sobre a necessidade de um desenvolvimento sustentado pela adoção de tecnologias de produção sustentáveis. Essa é abordagem está contida na produção dos materiais Vikaflex®: a concepção de um processo que se vale de matérias-primas disseminadas pelo território das cinco macrorregiões brasileiras, associado aos benefícios sociais de seu uso para um setor carente de soluções tecnológicas eficientes e eficazes. O processo desenvolvido envolve oprocessamento cerâmico, aduzido por uma forma inovadora de controle do fenômeno da expansão piroplástica, responsável pela associação entre leveza, resistência mecânica e impermeabilidade dos materiais Vikaflex® se comparados a tijolos,

blocos Pumex, painéis Drywall e pré-moldados cimentícios. A inovação conceitual contida nesses novos materiais se resume, tal como numa lata de refrigerante, a dar ao gás contido no seu interior parcela significativa de contribuição na resistência estrutural da embalagem. Após ser aberta, mesmo que ainda contenha o líquido em seu interior, uma lata de refrigerante é facilmente amassada. Imaginando que a lata represente um único poro... Os materiais Vikaflex® possuem um número infinito de poros selados (micro latas de refrigerante), não conectados e pressurizados, que não se rompem expontaneamente. Os materiais Vikaflex® são produtos a serem disponibilizados em unidades modulares (blocos, painéis e forros) que podem ter suas superfícies revestidas com carpete, fórmica e epóxi, perfurada com broca para fixação com bucha, pintada, colada com resinas, cimentada como um material cerâmico convencional, instalada com encaixe machofêmea, utilizada em laje volterana, empilhada para formação de blocos (autoaderidos, colados com argamassa ou resinas) e assentados como material antiderrapante. Por estes motivos é que os materiais Vikaflex® constituem uma família de produtos inovadores, únicos em nível global e sua produção se caracteriza por elevada atratividade. Compor um cenário de concorrentes para um produto sem similar no mercado nacional e internacional não é tarefa simples. O que procurou-se caracterizar se constitui na eleição de produtos convencionais que terão seus mercados deslocados pelos novos materiais, dadas suas características e propriedades. Já a partir da produção industrial de um lote pioneiro, o mercado de divisórias, blocos, forros e painéis construtivos será significativamente alterado pelo novo produto, considerando não só a leveza (baixa densidade), impermeabilidade, isolamentos térmico e acústico, incombustibilidade e desempenho mecânico. Sua compatibilidade aos processos construtivos e às estruturas tradicionais de fixação, aliada ao fato de poder receber variados revestimentos (argamassas, laminados, tecidos etc.) irão ditar sua entrada no mercado, tipificando, em nível estratégico, um novo entrante e um produto substituto. Some-se a esses fatos a proposição de sua industrialização em ciclo aberto (disponibilização ao mercado de varejo) e sua fabricação em atendimento à coordenação modular decimétrica. Os materiais Vikaflex® serão produzidos de tal forma que as vesículas que se formam não ficarão interconectadas, mas circundadas de material de tipo cerâmico, resistente, denso e impermeável – uma

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inovação na produção de materiais cerâmicos leves com dimensões controladas e reprodutíveis.

7. Entidades parceiras, participantes ou coexecutorasA parceria Instituto de Química da UFRJ com o Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ já está configurada, uma vez que o proponente atua como professor pesquisador nas duas Instituições (na área de Química de Materiais Cerâmicos e Vítreos e na área de Inovação). Nosso histórico de relacionamento na área de P&D com o Centro de Tecnologia Mineral – CETEM é um indutor da continuidade das atividades de colaboração. Entende-se que após a instalação da Unidade de Prototipagem e sua operação, várias outras parcerias se configurem com as Instituições citadas em cada uma das macrorregiões brasileiras.

8. Atendimento aos planos de governo e prioridades das políticas públicas

FEDERAIS

Plano Brasil Maior (2011-2014): promover a inovação e o desenvolvimento tecnológico; ampliar mercados interno e externo das empresas brasileiras; acúmulo de competências científicas com potencial para o desenvolvimento de produtos e serviços de alto conteúdo tecnológico; intensificar a progressão tecnológica da indústria de transformação; ampliarvalor agregado nacional, aumentando o Valor da Transformação Industrial/ Valor Bruto da Produção; fortalecer as MPMEs, aumentando em 50% o número de MPMEs inovadoras (os %s de micro, pequenas e médias empresas que inovam em produto novo para o mercado e processo novo para o setor é muito baixo

– ver destaque na tabela a seguir).

PNDR Fase II – o Mapa da Elegibilidade da Política, proposto para o período 2011–2015, aponta para a universalização do apoio ao desenvolvimento regional, dando concretude ao caráter nacional da Política Regional, ainda que com prioridade diferenciada, no contexto de se tratar os desiguais de forma desigual; implantar programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste, e programas de desenvolvimento econômico e social das áreas menos desenvolvidas de todo o país, alargando o escopo de financiamento da política regional brasileira; indução a fundos estaduais para aplicação em investimentos em infraestrutura voltados para a manutenção e atração de empreendimentos do setor produtivo nas Regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste e para aplicação em investimentos voltados ao desenvolvimento econômico das áreas menos desenvolvidas das Regiões Sul e Sudeste; facilitação do acesso do grande contingente de micro e pequenas empresas aos financiamentos dos fundos com a simplificação de processos;

ESTADUAIS/MUNICIPAIS

O impacto das Unidades de produção dos materiais Vikaflex® gerará uma série de benefícios econômicos e sociais no âmbito do Estado/Município onde ocorrer a implantação. Associado à elevação do PIB macrorregional, tanto o Estado como o Município se beneficiarão com a geração de riqueza promovida pelo projeto; o que acabará por contribuir para que nos Municípios e Estados vizinhos, dentro do raio econômico de viabilidade de

Faixa de pessoal ocupado

TOTAL 33,3

31,3

01-03 01-03 01-0303-05 03-05 03-0506-08 06-08 06-08

28,936,9

35,2 3,2 1,62,1 2,1

3,30,7 0,9

2,0

34,9 40,6 40,1 2,3 3,7 4,6 0,8 1,2 2,2

43,8 55,5 43,0 3,9 6,5 6,4 1,7 3,8 3,1

48,0 65,2 48,8 5,8 9,4 9,0 3,4 6,1 4,5

33,4 38,1 2,7 3,2 4,1 1,2 1,7 2,3

De 10 a 29

De 30 a 49

De 50 a 99

De 100 a 249

De 250 a 499

Taxa de Inovação

Produto novo para o mercado nacional

Processo novo parao setor no Brasil

Fonte PINTEC/IBGE

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

transações comerciais, se desenvolvam uma série de desdobramentos vinculados aos serviços decorrentes da disponibilidade do novo material construtivo – a geração de emprego e renda certamente se ampliará para o nível sub-regional e macrorregional.

9. Retorno financeiro esperado em termos de desenvolvimento econômico

Uma Unidade de Prototipagem com capacidade produtiva de 100m²/mês não se propõe a gerar retorno financeiro, por razões conceituais - esse não é o objetivo de uma unidade desse tipo. Os objetivos nessa etapa do empreendimento é gerar a cabeça de série e o lote pioneiro dos materiais Vikaflex, com vistas à sua inserção no mercado.

Focalizando já a partir do 3º ano o faturamento (vendas) de uma futura Unidade Industrial implantada em uma das cinco macrorregiões propostas, com capacidade produtiva de 80.000m²/mês de materiais Vikaflex®, por exemplo, tem-se um valor de R$41 milhões (o aporte de recursos nos dois primeiros anos é de R$28 milhões). Para algumas microrregiões estagnadas e de baixa renda, esse valor pode promover impactos significativos no âmbito sub-regional.

10. Avanços tecnológicos e inovações

No âmbito tecnológico, a inovação dos materiais Vikaflex® está na reunião de suas propriedades num só material, tal como já descrito. A inovação do processo se concentra especificamente na visualização da possibilidade de gerar gases e mantê-los aprisionados em poros que não se conectam com a superfície externa das peças, partes e componentes fabricados – as micro latas de refrigerante – associando leveza, resistência, impermeabilidade etc.. O setor da construção civil passará por uma completa reformulação, seja em termos do potencial construtivo de novas arquiteturas, seja em razão da acentuada maior produtividade de seus profissionais

11. Desenvolvimento Social

O enorme contingente social em todas as macrorregiões brasileiras que anseia por emprego erenda é candidato aos benefícios do projeto Vikaflex®. A geração de oportunidades num setor – construção civil – tido como amortecedor social, pode influenciar em muito os níveis de emprego. Não menos importante é a mudança no método

construtivo que será induzido pelo novo produto, dando ao trabalhador da construção civil reais condições de maior qualidade de vida no trabalho, associada à elevação da produtividade, dada à leveza dos painéis, blocos, placas e telhas-longas Vikaflex®.

12. Projetos, iniciativas e experiências anteriores

12.1. Pelo proponente

Nosso Grupo no Instituto de Química da UFRJ desenvolve ações e atividades na área de aproveitamento de matérias-primas brasileiras desde 1979. Em termos de publicações técnicocientíficas nacionais e internacionais foram publicados mais de 100 trabalhos na área, com destaque para aqueles que tratam do efetivo aproveitamento de rejeitos industriais sólidos, a saber: cinzas de carvão, escórias siderúrgicas, lamas de perfuração de poços de petróleo, catalisadores exaustos, gangas de mineração, cordões de solda por arco-submerso, rejeitos da industrialização do xisto. Vale destacar também as atividades de nosso Grupo no Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ, onde atuamos desde 2000 em Gestão da Inovação– Área de Engenharia de Planejamento (EP) –, permitiram consolidar da abordagem a ser implementada na apresentação da oportunidade Vikaflex® a empresas, grupos empreendedores, Órgãos Governamentais e Agências de Fomento. Entre jan./1980 e ago./1983 nosso Grupo concebeu, projetou, montou e operou uma Unidade Piloto com capacidade de processamento de 2ton/dia dedicada ao processamento de sólidos minerais. Essa Unidade, considerando apenas a citação de operações com quantidades significativas de minérios, processou xisto, gipsita (CaSO4.2H2O), espodumênio (um minério de lítio) dentre outros materiais, contemplando também a prestação de serviços a empresas. Assim, foi possível ao nosso Grupo adquirir competências nas áreas de britagem, moagem, peneiramento, classificação granulométrica por arraste pneumático, aspiração de sólidosparticulados, transporte e descarga de sólidos particulados, prensagem, extrusão e tratamentotérmico de sólidos minerais.

12.2. Por terceiros

O Centro de Tecnologia Mineral – CETEM/MCT – possui uma série de plantas piloto que apoiaram e subsidiaram o desenvolvimento de vários processos na área mineral no Brasil. Dentre elas pode-se destacar: planta piloto de flotação, planta piloto

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de britagem, planta piloto de moagem, planta piloto de extração por solvente, todas aplicadas ao beneficiamento mineral.

No final dos anos 1960 e início dos anos 1970 a USP/IPT desenvolveram em forno rotativo piloto o processo de produção de argila expandida para a CINASA que foi instalada em Jundiaí – SP. Esse trabalho de scale-up é muito aconselhável e demonstra que a fase de prototipagem contribui muito para que a implantação da fase industrial se desenvolva com mais conhecimento sobre os aspectos operacionais do processo produtivo.

O Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais da COPPE/UFRJ projetou e opera uma planta piloto de produção de Biodiesel com capacidade de produção de 25 mil litros diários que vem permitindo, através de campanhas de produção, avaliar várias matérias-primas vegetais, gordura animal e resíduos como fonte de biomassa para obtenção de biocombustível.Desde 2012 a COPPE opera uma Planta Piloto de Polímeros cujo objetivo é escalonar as tecnologias

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desenvolvidas no âmbito do EngePol, com ênfase particular nas aplicações médicas, biomédicas, biotecnológicas e farmacêuticas. Esta planta está permanentemente aberta para a realização de parcerias com grupos de pesquisa e de desenvolvimento, estabelecidos tanto em universidades como em empresas parceiras do EngePol.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim, o Quadro apresentado a seguir tem por objetivo apresentar aspectos importantes da oportunidade Vikaflex®, destacando não só sua estratégia de implementação, como também suas forças e riscos. O desenvolvimento tecnológico pode e deve sempre focalizar as demandas de nossa sociedade por emprego, renda e qualidade de vida, produzindo o que precisa a partir do que se tem. O Projeto Vikaflex® é uma oportunidade de agregar valor a matérias-primas minerais abundantes amplamente distribuídas pelo território brasileiro.

Aspectos da oportunidade de negócio Vikaflex®

O Vikaflex® é um produto inovador, mas tem

concorrentes!

A definição do setor da construção civil como

mercado de atuação para colocação do Vikaflex®.

Concorrentes nas aplicações de:

1. fechamento na construção civil: tijolos, blocos de argamassa aerada, painéis pré-moldados de cimento, placas drywall, lambri de PVC etc. 2. cobertura: telha de cerâmica vermelha, telhas metálicas3. isolamento térmico: gesso com vermiculita (portas corta-fogo); placas de lã de rocha ou de vidro, de PVC, de gesso acartonado, de madeira e placas de Isopor (forros modulados); 4. isolamento acústico: lã de vidro, lã mineral, gesso acartonado5. lajes pré-moldadas: cerâmica vermelha, bloco de Isopor6. divisórias: gesso acartonado, MDF, Eucatex, Duratex7. móveis modulados: MDF, MDP, compensado etc.

A escolha da aplicação do Vikaflex® como material de fechamento na construção civil é a mais promissora, uma vez que nesse segmento de mercado o novo material apresenta significativas vantagens sobre os materiais tradicionais de mercado. Nessa aplicação os materiais Vikaflex® são:

1. mais leves que os pré-moldados de concreto e os painéis drywall;2. impermeáveis à água, o que não ocorre com os painéis drywall e nem com a alvenaria convencional;3. mais resistentes que os blocos de argamassa aerada e painéis drywall;4. melhores isolates térmico e acústico comparativamente ao pré-moldado de concreto e ao drywall; e5. possuem autoportabilidade, diferentemente dos painéis que utilizam lã mineral.

Adicionalmente os materiais Vikaflex® por serem leves contribuem na redução do tempo de construção e geram economia decorrente da redução do peso próprio da estrutura predial.

As partes não utilizadas dos materiais Vikaflex® são utilizadas, após moagem, como aglomerante pozolânico nas argamassas da própria obra.

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Vikaflex®: um novo material para a construção.

A conquista de mercado para o Vikaflex®, exige um mínimo de 5% de market

share equivalente ao drywall para ter sucesso.

O Vikaflex® é um desenvolvimento de que

envolveu o trabalho de vários pesquisadores, iniciado há

mais de 35 anos na UFRJ – uma conquista de muitos.

A abordagem construída para o scale up do Vikaflex®

incorporou inúmeras sugestões de arquitetos, construtores, designers, profissionais de

marketing, empresários, gestores e investidores que

conheceram o produto.

São várias as opções de parceria na start up que irá

implantar o Vikaflex® .

Os riscos do negócio Vikaflex® existem e estão

bem caracterizados.

As projeções adotadas para o Vikaflex® são reais.

Considerando que o mercado de materiais para fechamento (tijolo, pré-moldados e drywall) no setor da construção civil no Brasil seja de 2,8 bilhões de m²/ano (2010) uma planta industrial com capacidade de produção de 980.000 m²/ano corresponderia ao atendimento de 0,03% a 0,04% do mercado.

Entretanto, se considerarmos apenas o mercado de drywall (26 milhões m²/ano em 2009), a mesma produção corresponderia de 3% a 5% do mercado desse tipo de fechamento.

Nesse sentido, a implantação de uma unidade de prototipagem, permitirá, já na geração da cabeça de série, iniciar ações de conquista de mercado.

Desde 1976 foram várias as pesquisas que geraram as bases do desenvolvimento do novo material que hoje designamos Vikaflex®. A produção regular em escala laboratorial de peças Vikaflex®, iniciada em 2009, gerou mais de 1.000 peças planas (50mm x 50mm x 15mm) e mais de 300 peças curvas (50mm x 50mm x 5mm) com vistas a demonstrar o potencial de produção de telhas longas.

Nesse sentido, entende-se que o scale up de sua produção em escala comercial, deve reunir competências tecnológicas, asseguradas pelo Grupo, associadas com investidores e parceiros com experiência industrial, comercial e de marketing.

Desde novembro de 2009 foram realizadas 40 apresentações a profissionais, empresas e investidores, tanto no RJ como em outros estados (SP, PR e SC). As ideias, críticas e sugestões recebidas fomentaram não só o desenvolvimento de peças dos mais variados tipos, em escala de laboratório, como também contribuíram significativamente para que a busca de parcerias para viabilização do novo negócio adquirisse a consistência adequada.

Há um entendimento amplo em relação às opções de parceria com empresas e investidores. Em razão da confiança no sucesso do negócio, o Grupo quer participar de sua implantação, caso assim seja desejado pelos investidores, após a fase de produção da cabeça de série dos materiais Vikaflex® na unidade de prototipagem. Está-se aberto a propostas que vão desde a negociação da tecnologia, passando pela Direção Técnica da start up, até a participação minoritária no empreendimento. Há também interesse na comercialização dos produtos.

A oportunidade de negócio do Vikaflex®, como toda startup, possui “riscos”, a saber:

1. a PETROBRAS é a única fornecedora do rejeito; uma negociação quanto ao fornecimento é mandatária; 2. a Unidade Industrial Vikaflex® deve ser instalada em São Mateus do Sul-PR para se valer do uso do GLX – gás liquefeito de xisto; a indústria cerâmica INCEPA utiliza essa mesma fonte de energia em sua unidade de produção de revestimentos cerâmicos;3. como ocorre com produtos inovadores, há necessidade de um grande esforço de conquista de mercado; deslocar produtos tradicionais impõe ações vigorosas de marketing para o sucesso do Vikaflex®.

A montagem de uma unidade de prototipagem também diminuiria significativamente o risco do empreendimento, uma vez que permitiria ensaiar outras matérias-primas de origem argilosa já identificadas nas Regiões Norte, Nordeste e Sudeste com características piroexpansíveis.

A tendência de mercado de materiais de fechamento para a construção civil é crescente. Se considerarmos apenas os players do mercado de drywall – Lafarge, Knauf, Placo (Saint Gobain) e a Trevo – estima-se que o índice de adoção do sistema drywall no mercado imobiliário residencial esteja entre 10% e 15%, em relação aos sistemas tradicionais de alvenaria, principalmente no médio e alto padrão. Se considerados também os projetos de baixa renda - onde o produto ainda é pouco usado - essa participação hoje não passa de 5%. Já nos imóveis corporativos, as paredes de gesso representam 80% das divisórias internas.Fonte – Valor Econômico 02.10.2012

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A conjugação de lucro energético ao uso de rejeito

industrial como matéria-prima e produto novo é atrativa.

É elevada a potencialidade de um novo material cerâmico para a construção civil que

reúne características de leveza, adequada resistência

mecânica associada ao isolamento térmico e

acústico, incombustibilidade, impermeabilidade e desperdício ZERO.

A possibilidade de implantação da tecnologia Vikaflex® em outras regiões brasileiras – Norte, Nordeste e Sudeste

– é real; o novo negócio tem potencial de abrangência

nacional e também no exterior.

Considerando:

1. A expetise da equipe no desenvolvimento de materiais a partir de rejeitos industriais; desenvolvimento do novo material;2. O vínculo do empreendimento com a Política Nacional de Rejeitos Sólidos (2010); 3. A disponibilidade do rejeito industrial – 210.000 T/mês;4. O conteúdo energético do rejeito industrial (800 kcal/kg);5. O desperdício ZERO na produção e nas aplicações do produto;6. A reunião de características únicas no novo material;7. Sua compatibilidade com todos os insumos e sistemas construtivos comumente utilizados na construção civil;

É elevada a possibilidade de que a reunião desses aspectos assegure ao empreendimento em escala industrial uma taxa de retorno interna bastante atraente – 60% (anual).

Mesmo com os sistemas construtivos atuais, a redução de custos, a produtividade, qualidade e lucratividade no setor da construção civil poderiam ser elevadas se um material como o Vikaflex® existisse no mercado.

Geração de resíduos nas obras, materiais de fechamento pesados, alguns deles também permeáveis, limitadas características de trabalhabilidade na aplicação, características de isolamento térmico e acústico pobres etc. são problemas hoje existentes que pertencerão ao passado tão logo os materiais Vikaflex® sejam empregados.

A start up a ser montada para explorar a tecnologia Vikaflex®, desenvolvida com base na utilização do rejeito da industrialização do xisto, tem potencial para ser aplicada numa unidade de prototipagem utilizando outros materiais de base argilosa.

Nosso conhecimento de ocorrências de argilas piroexpansíveis que hoje vêm sendo utilizadas na produção de cerâmica vermelha (lajotas de piso, telhas, tijolos, blocos) cria perspectivas promissoras de expansão do novo negócio.

Outro aspecto que merece destaque, no que tange ao valor da tecnologia Vikaflex®, é a rentabilidade registrada pelas empresas do setor cerâmico (cerâmica branca e vermelha). Uma vez que a tecnologia desenvolvida se vale de processos idênticos aos hoje empregados pelo setor cerâmico, é lícito admitir que a produção dos materiais Vikaflex®, pela reunião de suas características de desempenho, assegure rentabilidade aos investidores, uma vez que reúne uso de rejeito como matéria-prima associado à geração de energia.

Por fim, a ampla gama de alternativas de parceria na start up abre aos investidores a possibilidade de oferta convenientes ao escopo do negócio futuro pretendido.

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