aldeiasdo do xisto

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A L D E I A S D E X I S T O CÂMARA MUNICIPAL DE LOUSÃ 1 1 – CARACTERIZAÇÃO LOCALIZAÇÃO As ALDEIAS DE XISTO ALDEIAS DE XISTO ALDEIAS DE XISTO ALDEIAS DE XISTO da Serra da Lousã, situam-se na área compreendida entre as coordenadas 19.0 e 19.5 Este e 34.5 a 35 Norte. A altitude máxima é de 1202 do Castelo no Trevim, encontrando-se as aldeias entre 700 e os 820 metros de altitude. A orientação da Serra é na direcção Norte - Nordeste e Sul – Sudoeste, confinando a Norte com o profundo Vale do Ceira, que a separa de S. Pedro de Açor e a Sul pelo Rio Zêzere. A ponta final da cordilheira central que atravessa quase toda a Península Ibérica, acabando no Pico do Espinhal. P P P L L L A A A N N N O O O D D D E E E A A A L L L D D D E E E I I I A A A P P P L L L A A A N N N O O O D D D E E E A A A L L L D D D E E E I I I A A A P P P L L L A A A N N N O O O D D D E E E A A A L L L D D D E E E I I I A A A P P P L L L A A A N N N O O O D D D E E E A A A L L L D D D E E E I I I A A A P P P L L L A A A N N N O O O D D D E E E A A A L L L D D D E E E I I I A A A

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Page 1: Aldeiasdo Do Xisto

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C Â M A R A M U N I C I P A L D E L O U S Ã 1

1 – CARACTERIZAÇÃO LOCALIZAÇÃO As ALDEIAS DE XISTOALDEIAS DE XISTOALDEIAS DE XISTOALDEIAS DE XISTO da Serra da Lousã, situam-se na área compreendida entre as

coordenadas 19.0 e 19.5 Este e 34.5 a 35 Norte. A altitude máxima é de 1202 do Castelo

no Trevim, encontrando-se as aldeias entre 700 e os 820 metros de altitude. A

orientação da Serra é na direcção Norte - Nordeste e Sul – Sudoeste, confinando a Norte

com o profundo Vale do Ceira, que a separa de S. Pedro de Açor e a Sul pelo Rio Zêzere. A

ponta final da cordilheira central que atravessa quase toda a Península Ibérica, acabando no

Pico do Espinhal.

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INSERÇÃO NA SERRA DA LOUSÃ

A descoberta da Serra da Lousã encerra em si o abrir de espaços múltiplos. Visões largas e

abertas contrapostas com espaços acanhados e estreitos perpetuados no tempo,

emergindo da pedra, sem história escrita. Lugares de Montanha que se sucedem junto a

estradas que serpenteiam as suas encostas e Vales profundos. Na Primavera o amarelo

electrizante das giestas entra em sintonia com o dourado do sol em Cabeços

arredondados e caules.

Manchas de verde claro dos castanheiros na imensidão de tom escuro da vegetação, os

roxos violetas e azuis, sucedem-se no panorama total de céu azul que proporciona

sensações de especialidade ilimitada.

As ALDEIAS DE XISTOALDEIAS DE XISTOALDEIAS DE XISTOALDEIAS DE XISTO têm uma identidade própria que tem como espaço produtor a

Serra da Lousã, com grande densidade de relações dentro do conjunto, onde se

encerram tanto a socialização da criança como as actividades produtivas dos adultos.

Outro factor de identidade tem a ver com as práticas religiosas em que, não havia

deslocação dos habitantes para fora do Núcleo deste grupo de aldeias para outras que

não fossem as Festas Religiosas dos respectivos lugares.

GEOLOGIA

Do ponto de vista geológico a identidade das ALDEIALDEIALDEIALDEIAS DE XISTOAS DE XISTOAS DE XISTOAS DE XISTO é fortemente marcada

pelo material de que é formada esta parte Oeste da Serra da Lousã. Terra de Xisto, de

origem sedimentar pré-cambrica , metamorfizado na era Primária no período

ordoviciano que emergiria a quando dos movimentos hersínicos. A erosão provocada

durante milhões de anos pelas pequenas ribeiras da Serra, pelas chuvas e pelos ventos,

cavaram Vales profundos.

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Esta origem comum da parte Oeste da Serra da Lousã vai definir os contornos propondo

um relevo arredondado e escalvado, influindo no património construído. O Xisto com a

altura toma uma cor cinzenta acastanhada acentuadamente micácio e ferruginoso.

FLORA E FAUNA

A FAUNA não seria abundante, encontrando-se provavelmente o cervo, o lobo, a

raposa, o javali, a águia e alguma caça. Actualmente essas espécies cinegéticas estão

praticamente extintas salvo raras excepções apontando-se o javali e a raposa , como os

mais resistentes.

Recentemente tem-se vindo a fazer a reposição de algumas espécies em extinção

nomeadamente de veados e coelhos bravos, pelo que é usual encontrar alguns animais

de rapina, caso da águia e do milhafre.

Quanto á FLORA , ainda encontramos castanheiros, o velho carvalho lusitano e o

sobreiro, grandes manchas de pinhal, eucalipto e acácia.

IDENTIDADE E CULTURA

A Serra da Lousã tem , como se referiu uma identidade própria.

Os mais importantes centros teriam sido o Stº António da Neve e a Catraia da Tia

Joaquina ou simplesmente Catraia. O Stº António da Neve era tido como a Assembleia

dos Povoados da Serra, já que nas festas aí efectuadas se discutiam de forma mais ou

menos ritualizada (jogo do pau) os interesses e necessidades dos Povoados. Também aí

se desenvolviam algumas actividades económicas, principalmente a venda de gado.

O Centro mais importante terá sido a Catraia da Ti Joaquina. A Catraia, como hoje é

conhecida mas praticamente inexistente, era um importante centro económico.

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Era um ponto obrigatório de passagem de almocreves, de gado, de tecidos e artigos de lã

vindos do outro lado da Serra, era o local onde se fazia a tosquia colectiva e o seu leilão,

servindo ainda de alojamento e diversão para os pastores.

Do ponto de vista das práticas religiosas a Ermida da Sr.ª da Piedade seria o elo de ligação

com o Vale, a meio caminho entre este e a Serra. Neste contexto é de referir que de

entre os nove lugares havia sub-grupos de três com festa comum e baile separado se o

lugar tivesse gente para tal. Esta trilogia, segundo alguns está ligada á ideia da Stª

Trindade. Assim a Capela do Catarredor incluía os lugares do Candal e Vaqueirinho; a

Capela das Silveiras incluía as Silveiras (de Baixo e de Cima) e a Cerdeira; Finalmente a

Capela do Chiqueiro incluía os lugares de Talasnal e Casal Novo. De referir que a Capela

do Chiqueiro tinha Pároco residente.

As práticas religiosas eram simples e pouco extensivas fortemente marcadas por uma

individualização condicionada pelo próprio espaço físico. Nesses lugares existia uma

forte abstenção de experiência comunitária, não se encontrando nem fornos, nem

lavadouros de uso comum, sendo apenas e excepcionalmente em alguns casos a eira ou

eventualmente o moinho, que eram usados colectivamente.

PORTA FORNO

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HISTÓRIA

Não existem, até à data, vestígios de nenhum achado arqueológico que nos leve a crer

estarmos perante um assentamento de origem castrense. Esta hipótese era pouco

provável, dadas as condições de habitabilidade destes lugares, traduzidas em escassez de

terra e géneros alimentícios dado que não permitiam uma produção de alimentos capaz

de assegurar uma vivência efectiva e permanente.

A fixação da população teve início por volta do Século XVIII, no período de

consolidação pós-descobertas, em que se verifica a introdução progressiva e lenta de

novos géneros alimentares, nomeadamente o milho grosso ou maíz, a batata e o feijão,

o que conduziu á intensificação da cultura de regadio. Estes novos alimentos

proporcionam uma maior produção e consequentemente um maior e melhor suporte

alimentar.

As culturas até então praticadas era do centeio e algumas de sequeiro, pelo que as

populações se alimentavam de castanhas, alguma carne e centeio.

Os principais documentos oficiais encontrados, referem os anos de 1679 e 1687, a multas

lançadas pela Câmara e a um registo de propriedade forreira.

O despovoamento das aldeias tem inicio nos anos 40 com a emigração, primeiro para

o Brasil e nos anos 50 para a América.

ANÁLISE SOCIOLÓGICA E RAZÕES DA EMIGRAÇÃO

As actividades económicas envolvidas, resumiam-se á agricultura e á pastorícia. A

Agricultura estava limitada á escassez da terra e á sua pouca produtividade. A pastorícia

estava limitada por falta da componente comercial que as circunstâncias de então não

favoreciam.

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O rebanho tinha para a família a sua expressão de riqueza, sendo como um cofre, porque

no rebanho estavam empregues as poucas ou míseras economias que juntavam.

Este quadro levou a que os habitantes, primeiro imigrassem sasonalmente para o

Alentejo e Ribatejo e mais tarde para Lisboa, a partir de 1890. Em Lisboa, especialmente

no seu porto, onde trabalham na estiva, ouvem falar do Brasil e da América, passando

desde logo a imaginar o ideal para si e para a sua.

A emigração para o Brasil e para a América começa a progredir, criando-se

inclusivamente uma “ponte” com ligações muito fortes entre o Brasil e a Serra.

Fazendo uma leitura do registo de população e tendo em conta que o primeiro censo

seja de 1911, vê-se que as aldeias da Serra tiveram um aumento da população até 1940.

Tudo indica que em 1940 se atingiu o maior número de residentes, havendo

posteriormente uma descida drástica da população, referindo que o censo de 1981 regista

para a Cerdeira, Vaqueirinho e Casal Novo, como lugares desertos, sendo irrisórios os

números apontados para os outros lugares.

O quadro seguinte ilustra os valores segundo o recenseamento da população pelo

Instituto Nacional de Estatísticas:

1911 1940 1960 1970 1981 1991

Cerdeira 75 79 51 18 0 8

Candal 129 201 100 72 19 15

Vaqueirinho 43 46 29 20 0 16

Catarredor 109 120 67 23 2 5

Chiqueiro 11 45 26 12 4 2

Casal Novo 58 79 43 32 0 0

Talasnal 129 135 90 59 2 2

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MORFOLOGIA E ESTRUTURA URBANA

As construções existentes nestes lugares mantêm características comuns a todas elas,

com dois tipos principais de construções, sendo as primeiras em pedra de xisto solto

simplesmente apoiada e com coberturas em colmo, e xisto como piso, das quais já não

existem exemplares em condições de uso, nem mantendo as características

arquitectónicas iniciais.

Estas construções eram destinadas ao animais, funcionando como currais. O outro tipo

de construção era destinado á habitação dos pastores, sendo o primeiro andar de uma

única divisão com forno de pão a um canto e o rés do chão destinado a curral ou

armazém agrícola. A cobertura era em lajetas de xisto e colmo, sendo posteriormente

substituídas por telha de canudo e beirados de lajetas de xisto, os quais chegaram mais ou

menos adulteradas até aos nossos dias. As pedras de xisto, eram ligadas com massa de

argila e palha de forma a criar uma maior segurança e estabilidade.

A estrutura das construções era feita de madeira de castanho ou pinho, sendo a

cobertura em barrotes, recobertos por colmo e xisto como se referiu.

O soalho do primeiro andar era assente em barrotes de madeira, sendo a parte inferior o

tecto da divisão do rés do chão.

O acesso ao piso superior era normalmente feito por escadas em xisto de espelho de

grande altura. Em alguns casos, a entrada para o primeiro andar é feita de nível com o

acesso exterior, já que o desnível do terreno assim o permitia, favorecendo ainda a

criação de lojas em cave.

Os materiais empregues nas construções eram o xisto e a madeira, visto não haver neste

lugares qualquer oficinas de transformação de materiais, para além de as disponibilidades

económicas não o permitirem.

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Utilizavam madeira, nas dobradiças de portas e portões que funcionavam como eixo, bem

como nas portas das janelas, as quais abriam para dentro de par em par.

Estas aberturas não eram dotadas de segundas janelas com vidros, funcionando pois a

janela interior como peça de climatização e de obscurecimento do interior.

Como se referiu os telhados de colmo foram substituídos por telha de canudo com

beirados em xisto, mantendo-se esse aspecto até aos nossos dias, com a inclusão de uma

segunda janela com vidros de forma quadrangular.

Para a recuperação das construções serão tidos em conta os seguintes parâmetros:

- Manutenção das características arquitectónicas iniciais, não esquecendo contudo as

necessidades actuais;

- Manutenção de janelas com vidros e telhados em telha de canudo por ser

impossível recriar o ambiente primitivo;

- Manter os métodos de construção utilizados na recuperação das habitações com

parede em xisto, com massa de ligação ficando o cutelo á vista;

- Janelas e portas com as características iniciais;

- Tornar como área habitável o rés do chão, sempre que possível;

PORTA JANELA

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ESTRUTURA EDIFICADA, CÉRCEAS E USOS

Analisando as plantas dos aglomerados e os levantamentos das habitações, constatamos

que a norma aplicada nas construções era de dois pisos sendo o piso superior uma

aquisição recente que em alguns casos era compartimentada por finas tábuas que

separavam o pequeno quarto de dormir da cozinha.

As cérceas predominantes não iam além de 4 a 5 metros em virtude da inclinação

acentuada dos terrenos permitir construir no desnível o chamado curral ou loja.

As construções dispunham-se ao longo dos estreitos arruamentos aproveitando a

exposição solar, as condições dos socalcos e o espantoso elo de ligação entre a geologia

das serras xistosas e a cobertura vegetal dominante.

As construções em banda são uma das características dos aglomerados da Serra da Lousã,

tanto mais que era usual a utilização das chamadas paredes meeiras.

O uso inicial das edificações era como se referiu destinado a palheiros e currais, vindo a

ser utilizados muito mais tarde como habitações dos pastores e dos carvoeiros.

ENVOLVENTE PAISAGÍSTICA

As ALDEIAS DE XISTO desenvolveram-se tendo como base o refúgio dos pastores e o

abrigo dos rebanhos, sendo por isso destinadas á agricultura de subsistência e a áreas de

pastagem para os rebanhos. Com a saída das populações a partir dos anos 40 assistiu-se a

uma mudança da paisagem, face ao abandono das terras e á ausência dos rebanhos pelo

que se assistiu á descaracterização completa da envolvente paisagística das aldeias.

Nos aglomerados, o brotar espontâneo das espécies arbóreas com crescimento sem

qualquer nexo ou função, criou um aspecto de abandono total.

A proposta de intervenção paisagística terá como princípio fundamental o tratamento

das áreas envolventes aos lugares, e o tratamento das designadas áreas urbanas, com a

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limpeza de matos e a plantação de espécies conducentes com a realidade da Serra da

Lousã.

INFRAESTRURAS EXISTENTES

Actualmente todas as aldeias têm um rudimentar sistema Abastecimento de Água, com

captações precárias e pequenos tanques ou reservatórios. O Abastecimento de Água ao

domicilio feito na época de 70, foi construído pelos novos proprietários com a

colaboração da Câmara Municipal a partir de um ou outro fontanário existente.

Não há Rede de Esgotos em qualquer das aldeias, já que não existiam casas de banho ou

retretes, quando muito um buraco quadrado no soalho que dava para as lojas ou currais.

Os Arruamentos dentro dos lugares são em terra batida, havendo nos locais de maior

declive degraus com espelhos em lousa, aparecendo nos finais do anos 70 em algumas

aldeias pavimentos em xisto com juntas refechadas a cimento que deverão ser

substituídos com a intervenção que se propõe.

Com a excepção do Lugar da Cerdeira, todos os outros Lugares têm energia eléctrica

colocada nos finais dos anos 70.

Os Caminhos de ligação da Vila às Aldeias formam um circuito que interessam melhorar

e que presentemente se encontra em macadame ou em terra batida.

É importante para as ALDEIAS DE XISTO da Lousã, dotá-las de melhores condições de

circulação e acesso para que seja possível tornar dentro de poucos anos novamente as

Aldeias como espaço habitacional para quem queira ter uma qualidade de vida no espaço

rural.

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RITUAIS

Os Serranos como eram designados os habitantes das Aldeias da Serra, só participavam

nos festejos, que não se realizavam na Vila, mas sim a meio caminho entre a Montanha e

a Vila, no Santuário da Sr.ª da Piedade. Os Serranos não se incorporavam na procissão

que percorria as ruas da Vila aguardando que a Santa voltasse á igreja, só depois descendo

á Vila, e em procissão traziam a Santa de volta ao Santuário da Srª da Piedade. Este ritual

simbolizava a diferença entre os Serranos e os habitantes da Vila, sendo o Santuário o

limite entre a Serra e o Vale.

Os próprios mortos eram transportados apenas por quatro homens serra abaixo, por

caminhos inclinados e difíceis, sem acompanhamento da família, até ao cemitério da

Vila, onde eram deixados sem se aguardar pelo Padre ou o enterro.

A influência do meio serrano é de tal modo marcante e determinante na cultura destas

comunidades que se reflectia desde as casas ao modo de vida.

O DRAMA

O drama em que se tornou a vida dos povos Serranos resulta de motivações complexas.

Uma das causas, talvez a maior, teria sido a degradação crescente das pastagens que se

acentuou quando se introduziu o gado caprino. Outra das circunstancias foi a

introdução do milho americano que obrigou que os Serranos com enorme dificuldade

construíssem os socalcos para consolidação das terras e maneio das águas e rega. A

fragilidade das técnicas de instalação resultaram na maior desilusão, já que o maior

esforço de energia resultou em minguados grãos sob a folha encarquilhada de

massarocas sedentas de águas. O milho, na Serra já lá não está, e em seu lugar como se

fossem tumbas, os muros esbarrondados e o solo ravinado pelas águas das tempestades.

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Outro dos dramas foi a Doença da Tinta que atacou os majestosos soutos de

castanheiros que forneciam a castanha como alimento básico, fundamental para os

Serranos e os seus porcos. Esta doença representou um prejuízo enorme.

Para concluir, o que ficou na Serra foi a Urze, ou melhor a Torga, planta espontânea

com a qual os Serranos preparavam o carvão. E o carvão foi a última esperança oferecida

pela Serra exausta aos seus habitantes. Os Serranos queimaram a Torga e com ela,

dramaticamente as raízes que os prendiam á Serra onde nasceram, abandonaram-na e até

agora nenhum voltou.

Curiosamente essas aldeias enchem-se de gente na altura da respectiva festa, em que

muitos dos seus antigos habitante e seus descendentes regressam ás origens que apesar de

tudo são a marca mais forte da sua identidade; Durante dois dias falam, comem, bebem,

dançam e de vez em quando olham para o meio que os rodeia e dizem:

“É TERRA QUE JÁ FOI TERRA”.

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2 – FUNDAMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO

Como se referiu as Aldeias de Xisto fazem parte de um conjunto com uma forte

homogeneidade, geográficamente tão próximas , que podemos considerá-las como um

único núcleo.

A Câmara Municipal ao apresentar os “Planos de Aldeias” pretende criar documentos

que permitam uma intervenção real, nas áreas de preservação e recuperação dos lugares e

zonas envolventes, criando as condições para que a memória dos Serranos, seja

relembrada, sem nunca esquecer o equilíbrio ecológico, bem como a herança cultural

que as Aldeias de Xisto encerram.

Os estudos realizados tiveram como base o seguinte:

- Preservação das características Arquitectónicas dos lugares;

- Levantamento dos edifícios existentes e sua recuperação;

- Preservação da Fauna e Flora locais;

- Criação e Reforço das Infraestruturas Básicas, nomeadamente água, esgotos e

electricidade;

- Pavimentação das estradas existentes entre Aldeias e eventual construção de

novas vias de forma a facilitar a ligação entre as aldeias;

- Criação de uma Rede de Percursos da Serra de Lousã;

- Criação de percursos de BTT e Todo o Terreno Turístico;

- Aproveitamento das potencialidades turísticas existentes como:

- Central Hidroeléctrica da Ermida;

- Santuário da Srª da Piedade

- Castelo da Lousã

- Estrada Panorâmica do Trevim

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- Neveiros de Stº António da Neve

- Catraia da Ti Joaquina;

- Casa dos Cantoneiros

- Infra-estruturas de apoio, nomeadamente parques de merendas, mirantes,

miradouros e Parque de Apoio ao Campista;

As Aldeias de Xisto como elemento fundamental na estrutura orgânica do Ecomuseu da

Serra da Lousã, em todas as suas vertentes.

Estes são os objectivos fundamentais que a Câmara Municipal pretende atingir para que a

recuperação deste valioso património Concelhio e da Humanidade seja preservado.

As propostas de intervenção basearam-se em:

- Na identidade cultural das Aldeias de Xisto como um elemento forte que

devemos honrar e respeitar , pelo que é nossa intenção manter o princípio

religioso da Trilogia da Santíssima Trindade ao propor Planos de Aldeia

individuais que englobem uma intervenção em sub-grupos assim definidos:

- Sub-grupo da Cerdeira e (Silveiras de Baixo e de Cima);

- Sub-grupo do Catarredor, Candal e Vaqueirinho;

- Sub-grupo do Chiqueiro, Casal Novo e Talasnal;

ou seja ao pretender-mos analisar e estudar aldeia a aldeia, entendemos obter uma

mais valia de conhecimentos e soluções que foram agrupadas em termos de execução

física de obra, já que permitem integrar um vasto conjunto de acções capazes de

melhorar a eficiência das intervenções, quer em qualidade Técnica, quer em termos

de custos.

Assim os “PLANOS DE ALDEIA” contemplarão como elemento único a

Caracterização e Fundamentação da Intervenção, sendo apresentado em separado as

Propostas de Intervenção, os Programas de execução e Financiamento, que se

agruparão nos sub-grupos propostos.

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3- PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

ANÁLISE ARQUITECTÓNICA

As construções existentes nos lugares, mantêm características comum a todas elas,

nomeadamente dois tipos de construções que são em pedra de xisto solto,

simplesmente apoiada e com cobertura em colmo e xisto normalmente com um piso,

das quais não existem praticamente exemplares em condições de uso.

Pretendemos recuperar as construções tanto quanto possível dentro das características

arquitectónicas iniciais, não esquecendo contudo as necessidades actuais, tendo em

conta o número de pisos e as dimensões exíguas de cada construção.

MÉTODO DE RECUPERAÇÃO

Como método de recuperação, optamos por manter as características existentes na

maioria das construções, e que são paredes em xisto com massa na sua ligação, ficando

o cutelo à vista.

A Cobertura será constituída por barrotes de madeira com telha de canudo e beirado

em xisto.

O Soalho assenta em barrotes de madeira, ficando estes á vista no piso inferior.

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As Janelas e Portas manterão as características actuais, visto ser impensável e

dispendioso recriar o ambiente primitivo.

Face á pequena dimensão das construções, e ás necessidades de alojar uma família

optou-se por ocupar com áreas habitacionais o r/chão, sempre que isso seja possível,

criando-se assim aberturas no r/chão, que não prejudicam a leitura do conjunto.

PORMENORES CONSTRUTIVOS

A análise estrutural deverá ser encetada de uma forma cuidada, procurando-se a

melhoria das condições de segurança das construções, respeitando sempre a

“personalidade” própria deste tipo de construções.

O esquema construtivo existente é constituído por paredes resistentes em alvenaria de

pedra de xisto, bem executadas. Os pequenos vãos de portas e janelas são assegurados

pela interposição na alvenaria de pedra de xisto, de peças de madeira de castanho, ao

nível das vergas.

Os Telhados são de madeira, geralmente castanho, dando frequentes soluções

estruturais, curiosas e funcionais. O Revestimento dos telhados é em telha “Serrana”

de barro vermelho que era completado por pedras regularmente assentes, que

solidarizam o conjunto, evitando o levantamento da telha, e por um beirado em

lajetas de xisto que permite um eficaz escoamento das águas e a impermeabilização

superior das paredes.

Procurou-se analisar os tipos de patologias detectados e a carecer de formas de

recuperação diferenciadas, seja:

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- a casa com as paredes em bom estado de conservação;

- a casa com as paredes em ruína total.

Para o primeiro caso preconiza-se que a recuperação deverá contemplar a execução de

um lintel de solidarização e travamento perfeitamente simulado pelas características

tradicionais de construção. No segundo caso optou-se por criar sobre a fundação de

pedra existente, um lintel onde nascerá uma nova parede construída tendo em conta

as técnicas de construção de aplicação de xisto assente com barro e palha.

Os critérios de recuperação sugeridos são compatíveis com as características

construtivas tradicionais, ficando assegurada a perfeita integração de todos os

elementos construtivos.

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DOS EDIFICIOS PARTICULARES

Feito o levantamento da aldeia, foi criada uma ficha para cada imóvel que caracteriza

de maneira precisa o estado actual da construção, sua propriedade e tipo de

intervenção, o valor arquitectónico e a terapêutica a utilizar. Actualmente existem

sessenta e quatro imóveis cujas fichas de avaliação em anexo permitem avaliar e

determinar os custos, nomeadamente em recuperação de fachadas e coberturas.

A nossa proposta, tendo em conta a dificuldade e a complexidade de determinar com

rigor todos os proprietários dos imóveis, bem como da disponibilidade ou

não em estes procederem ás obras de recuperação, é de a Câmara Municipal assegurar

os custos relativos á parte não elegível no que respeita unicamente á reparação de

fachadas e coberturas. Entendemos que esse esforço que a Câmara Municipal vai

suportar é insignificante fase ao valor cultural e patrimonial das ALDEIAS DA SERRA

da Lousã.

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INFRAESTRUTURAS

A aldeia não possui qualquer tipo de infraestrutura, nomeadamente Abastecimento

Público de Água, Rede de Águas Residuais, Rede de Águas Pluviais, Rede de

Abastecimento Eléctrico e Iluminação Pública, Rede Telefónica, Tanque para

Combate de Fogos Florestais e principalmente acesso á Aldeia com uma eventual

saída a Sul, que possa permitir em caso de incêndio uma saída alternativa ao caminho

actual.

Rede de Águas

A Rede de Abastecimento de Água vital dentro do Plano de Recuperação da Aldeia da

Cerdeira.

A água é um recurso abundante e de qualidade constituindo um factor importante

para

A afixação da população e como elemento fundamental para a criação de estruturas

para a dinamização da aldeia. A solução proposta sob o ponto de vista funcional,

caracteriza-

se pela construção de um reservatório de 25m3 na encosta, e pela construção de uma

Rede

de Distribuição de Abastecimento de Água com tubagem em PVC com o diâmetro

mínimo de 63mm, para uma pressão de serviço máxima de 10 Kg/cm2.

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Dadas as características do terreno, e face ao perfil dos arruamentos e ao modo de

construção optamos por uma vala de dimensões reduzidas visto que os afloramentos

rochosos estão quase á superfície.

Esta solução não compromete as condições de carga sobre a tubagem dado que os

arruamentos terão utilização pedonal, não havendo cargas elevadas que possam atingir

a tubagem.

Como solução comum a todas as infraestruturas optaremos por colocar no eixo do

arruamento um berço pré-fabricado em betão com cobertura em lajetas de xisto, de

modo a facilitar futuras ligações ou reparações.

Dentro da Aldeia serão colocados marcos de bocas de incêndio bem como descargas

que permitam a limpeza da rede.

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Rede de Águas Residuais

Uma das necessidades mais imperiosas e importantes no projecto de recuperação das

Aldeias da Serra é a Rede de Águas Residuais, porque permitirá uma melhoria

substancial do ambiente, nomeadamente das nascentes e das linhas de água.

Os efluentes serão lançados numa fibroetar a ser instalada na parte mais baixa do lugar

sendo posteriormente lançado o afluente numa pequena linha de água que atravessa o

lugar.

A Rede será constituída por tubagens executadas em PVC com o diâmetro nominal de

200mm para uma pressão de serviço de 6Kg/cm2 instalada como se referiu no “berço

de infraestruturas”.

O funcionamento dos colectores será feito por gravidade, sendo instaladas câmaras de

visita de planta rectangular com tampa e aro em ferro fundido.

Os ramais domiciliários serão construídos com tubagem em PVC com o diâmetro

nominal de 125mm, com caixa de ligação com tampa e aro em ferro fundido,

quadrada, com as dimensões de 0,40x0,40m.

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Rede de Águas Pluviais

O escoamento das águas pluviais do lugar, será feito através de valetas construídas em

ambos os lados dos arruamentos, com acabamento final de pavimento de xisto

aplicado ao cutelo, sendo de quando em quando lançadas em aquedutos para as linhas

de água existentes no lugar.

A solução preconizada é de fácil execução e não comporta custos elevados, já que,

como se referiu a dureza do terreno não permite a colocação de colectores.

Rede de Abastecimento Eléctrico e Iluminação Pública

A aldeia da Cerdeira não possui, como se referiu, Rede de Abastecimento Eléctrico e

Iluminação Pública, pelo que é um projecto da responsabilidade da CENEL, tendo a

Câmara Municipal solicitado a sua elaboração e orçamento.

Julgamos contudo que a solução a adoptar deverá ter em conta os elevados custos de

uma rede subterrânea com o consequente problema das baixadas de alimentação das

casas e de iluminação pública, pelo que julgamos vantajoso o estudo de uma rede

aérea com a adopção de armaduras do tipo foco, que não firam o ambiente e

existentes em algumas aldeias do concelho. No entanto a solução definitiva

dependerá dos custos que serão apresentados pela CENEL.

Rede Telefónica

A Rede Telefónica será da responsabilidade da Portugal Telecom, entidade á qual se

solicitou a respectiva instalação, optando-se pelo sistema tradicional e vulgar na Serra

da Lousã.

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Tanque para Combate de Fogos Florestais

Estando a Aldeia da Cerdeira situada em zona Florestal, julgamos pertinente e

necessário construir em sítio acessível um tanque de 100m3, construído em betão

armando enterrado em local de fácil acesso ás viaturas do Bombeiros e se possível aos

meios aéreos.

Rede Viária

A rede viária é fundamental para o projecto global das Aldeias de Xisto da Serra da

Lousã sendo fulcral para a recuperação da Aldeia da Cerdeira.

Sem uma rede viária que garanta a interligação das várias aldeias não será possível

tornar eficaz a proposta de recuperação das ALDEIAS DE XISTO, porque só uma rede

viária em condições permite que os residentes, os visitantes e os potenciais utilizadores

possam usufruir da qualidade, do bem estar e do prazer das aldeias.

Propomos dois tipos de intervenção fundamentais ao nível da estrutura viária:

- Recuperação dos arruamentos internos das aldeias, em pedra de xisto assente

ao cutelo;

- Recuperação das estradas inter-aldeias e de ligação à Vila da Lousã, e

fundamentalmente á EN 236 e EM 555.

Para a Cerdeira a proposta prevê a recuperação dos arruamentos internos em pedra de

xisto assente ao cutelo, prevendo-se que no eixo do arruamento seja instalado um

“berço de infraestruturas” em betão moldado com capeamento em lajetas de xisto.

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A partir da EN 236, mais ou menos ao 17+500 Km, será pavimentado o caminho de

acesso á aldeia numa extensão aproximada de 1.500m.

A faixa de rodagem, face ao perfil existente e as características de estrada de montanha

terá a largura de 4m incluindo uma valeta de perfil espraiado a ser colocada do lado

esquerdo no sentido ascendente.

Será executada uma base em tout-venant com 0,15m de espessura depois de regado

e compactado e betão betuminoso de inertes graníticos a quente com 0,06m de

espessura, incluindo rega e cilindramento.

Estão previstos aquedutos e sinalização vertical e horizontal e guardas de protecção.

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INTERVENÇÃO NA ENVOLVENTE

O abandono das Aldeias da Serra da Lousã provocou uma mudança da paisagem,

nomeadamente a envolvência paisagística inicial constituída por uma agricultura de

subsistência e áreas de pastagem para os rebanhos que foram substituídas por espécies

arbóreas, que crescendo sem qualquer nexo e sem qualquer função criaram uma

paisagem de abandono total.

A intervenção paisagística prevê o tratamento das áreas envolventes das aldeias com

limpeza de matos e a recuperação, reabilitação e preservação da flora, procurando-se

criar uma integração plena entre os lugares e a Serra.

É fundamental a reparação dos muros de suporte em xisto o tratamento dos terrenos

envolventes e a plantação de espécies arbóreas que sejam compatíveis com a mancha

florestal existente, nomeadamente as seguintes:

- Myrtus Communis;

- Erica Arborea;

- Erica Scopiaria;

- Lonicera e Trusca;

- Arbutus Unedo.

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EQUIPAMENTOS

Existe no Lugar um Centro de convívio que funciona unicamente na altura da festa

anual que actualmente tem um aspecto arquitectónico que viola o enquadramento

com as restantes construções do Lugar. É necessário tomar medidas para que a nível

de cobertura e revestimento exterior das paredes, portas e janelas, sejam feitos

trabalhos que permitam a sua integração no espaço envolvente.

É importante ainda recuperar as antigas fontes, alminhas, já que são um património

importante na história da aldeia.

Propomos ainda a recuperação da antiga capela situada entre os Lugares de Silveira de

Baixo e Silveira de Cima, criando-se para isso um acesso em curva de nível já que com

a construção do aceiro se tornou impossível mesmo a pé visitar este importante elo de

ligação entre os Povos das Silveiras e Cerdeira.

4 - ESTIMATIVA DE CUSTOS

Tendo em atenção a caracterização da aldeia da Cerdeira, os custos estimados são os

seguintes:

- Reconstrução das Edificações Particulares – 36.000 contos

- Rede de Abastecimento de Água – 2.700 contos

- Rede de Águas Residuais – 3.000 contos

- Rede de Águas Pluviais – 2.000 contos

- Rede de Abastecimento Eléctrico

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e Iluminação Pública - 25.000 contos

- Tanque para combate de Fogos Florestais - 3.000 contos

- Rede Viária:

- Arruamentos Interiores - 3.000 contos

- Ligação da estrada de acesso - 9.000 contos

- Intervenção na envolvente - 1.500 contos

- Equipamentos - 15.000 contos

- TOTAL - 100.200 contos

5 - PLANO DE EXECUÇÃO

A nossa proposta de execução assenta nos pressupostos que julgamos mais eficientes

para que a recuperação da Aldeia da Cerdeira seja efectiva, e terá em consideração o

seguinte:

- Até final do ano 2001:

- Construção das redes de abastecimento de água, de águas residuais, de

águas pluviais e abastecimento eléctrico e iluminação pública;

- Ano 2002:

- Construção da Rede Viária, Reconstrução das edificações particulares e

equipamento, construção do tanque para combate de fogos florestais e

intervenção na envolvente.

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6 - FINANCIAMENTO

Para a concretização da proposta de Recuperação do Lugar da Cerdeira, a Câmara

Municipal incluirá no seu Plano de Actividades e Orçamento uma verba de 35.000

contos, sendo 10.000 contos para o ano 2001 e 25.000 contos para o ano 2002,

sendo o restante assegurado através de uma candidatura a ser apresentada ao

PROGRAMA OPERACIONAL CENTRO – EIXO II – ACÇÃO INTEGRADA DE BASE

TERRITORIAL DO PINHAL INTERIOR.

7 - REGULAMENTAÇÃO

O Regulamento do Plano Director Municipal da Lousã na Secção III – Espaço Urbano

3 – Aldeias da Serra da Lousã, no seu artigo 39º e 40º define as normas a que deve

obedecer qualquer intervenção nas áreas geográficas com personalidade própria que se

pretendem conservar.

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INDICE

1 – CARACTERIZAÇÃO - Localização - Inserção na Serra da Lousã - Geologia - Flora e Fauna - Identidade e Cultura - História - Análise Sociológica e Razões da Emigração - Morfologia e Estrutura Urbana - Estrutura Edificada, Cérceas e Usos - Envolvente Paisagística - Infraestruturas Existentes - Rituais - O Drama

2 – FUNDAMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO 3 – PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO

- Análise Arquitectónica - Método de Recuperação - Pormenores Construtivos - Dos Edifícios Particulares - Infraestruturais

- Rede de Águas - Rede de Águas Residuais - Rede de Águas Pluviais - Rede de Abastecimento Eléctrico e Iluminação Pública - Rede Telefónica - Tanque para Combate de Fogos Florestais - Rede Viária - Intervenção Na Envolvente

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Page 33: Aldeiasdo Do Xisto

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Page 34: Aldeiasdo Do Xisto

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