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expediente

índiceWEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, tel. (47) 433-0666.Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 15.000.

Transporte em marcha lenta 4

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O

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editorial

Produzir e transportarBrasil vive hoje um paradoxo. Por um lado, depois demuita incerteza e pessimismo, a equipe econômica dogoverno conseguiu reverter o quadro, o empresariadoacreditou em mudanças e a economia voltou a crescer,

superando as mais otimistas previsões. Por outro lado, o aqueci-mento esbarra na histórica falta de infra-estrutura de transportesdo país.

Exemplos não faltam: centenas de caminhões, carregados como resultado de uma fantástica safra de soja, cobrem quilômetrosde filas, à espera de vaga para descarregar nos portos; fabricantesde móveis abarrotam os depósitos e dão férias coletivas, porquenão há contêineres para embarcar sua mercadoria; produtores debens de capital são obrigados a gastar somas proibitivas, envian-do suas encomendas por via aérea...

E não é só para exportar que há problemas. No interior dopaís, as estradas de rodagem estão em situação lamentável, asferrovias avançam lentamente, hidrovias são um sonho e os aero-portos estão congestionados.

Por tudo isso, é vital que os investimentos em transportes se-jam contemplados com mais generosidade no orçamento da União.O país está crescendo, mas o crescimento exige a contrapartidaem infra-estrutura. A casa precisa ser arrumada.

Décio da SilvaPresidente executivo da WEG

AA economia de SCé a 7ª maior do país,mas luta contra umasituação precárianos transportes

O Brasil precisa deinvestimentos para que

possa sonhar comcrescimento nospróximos anos

nossa opinião

WEG

Cinco anos deWEG em Revista

Esta edição de número 30 marca o fe-chamento do quinto ano de circulação daWEG em Revista. Nesta meia década, arevista encontrou sua identidade e vemcumprindo sua missão de levar ao leitor umavisão da realidade.

Já no nº 1, WR se propunha a transfor-mar a informação num fator capaz de agre-gar valor aos serviços oferecidos. Este va-lor agregado contou com a valiosa colabo-ração das centenas de depoimentos e en-trevistas contidos nas páginas da revista. Eos clientes têm seu espaço, mostrando ondeos produtos WEG são aplicados.

As mudanças gráficas e editoriais queforam feitas ao longo de 30 edições tive-ram sempre o objetivo de enriquecer a pu-blicação. É assim que, nesta edição, maisuma mudança chega ao leitor. Contratadopela Globo para redigir uma novela das 7,o cronista Mario Prata passa o bastão aoxará Mario Persona. Palestrante, escritor eprofessor de Marketing, Mario Persona temseus artigos e crônicas publicados na inter-net, em jornais e revistas. A partir de agora,Persona traz o brilho de seu texto para osleitores de WEG em Revista.Bom proveito.

As viagens de Mario Persona 7Soluções WEG para transportes 8Na estrada com Sula Miranda 14Museu da WEG ganha livro 15

ao leitor!

Apagão

LOGÍSTICOA

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Ocompanhe os números doIBGE: Santa Catarina temapenas 1,1% do territórionacional, 3,1% da popula-ção, mas é o estado com a

7ª maior economia do Brasil, o 6ºmaior exportador e responde por qua-se 4% do PIB nacional.

Mesmo com todo esse potencial -a indústria catarinense está utilizandoaproximadamente 90% de sua capaci-dade -, Santa Catarina ainda leva chi-cotadas com a falta de recursos do go-verno em uma área importante: a in-fra-estrutura. Estradas e portos muitoabaixo da necessidade mínima de trá-fego de mercadorias tornaram-se umdesafio maior para as empresas do queconquistar clientes no exterior.

Com o aquecimento do comérciomundial em 2004, ocrescimento chinês eo salto nas exporta-ções brasileiras, osportos do Brasil, quejá não estavam pre-parados para a de-manda de 2003, vi-raram os grandes vi-lões da já históricafalta de estrutura lo-gística.

Cerca de 95% das exportações daWEG são feitas pelos portos catarinen-ses. E a situação é grave. Nos últimosmeses, pelo menos 10 navios deixaramde atracar no porto de São Franciscodo Sul, pulando a escala para chegarao destino final mais rápido e conse-guir atender o próximo compromisso.Todas as semanas, conseguimos em-barcar apenas 75% do programado. Osoutros 25% são adiados para a sema-na seguinte. O prazo médio de umcontêiner no porto saltou de 4 para 9dias, chegando a 11 em alguns meses.

O resultado de tudo isso: atraso na

entrega dos produtos, falhas nos com-promissos com clientes, perda de ne-gócios e mais uma mancha na imagemdo Brasil no exterior.

A situação das estradas é bem pior.Ali, mais importante do que o dinhei-ro, são as vidas que se perdem todos osdias por causa das más condições deconservação e da falta de duplicação.A BR-280, que liga Jaraguá do Sul aoporto de São Francisco, merece dupli-cação há anos. Esse trecho ainda rece-be o movimento que vem de São Ben-to do Sul e Rio Negrinho, grandes pó-los exportadores de móveis. A BR-101só foi duplicada da divisa do Paranáaté Florianópolis, faltando ainda todoo trecho até o Rio Grande do Sul. Notrecho já duplicado, o desenvolvimen-to é visível, basta olhar o número de

indústrias que se es-tabeleceu às margensda rodovia.

O risco de umapagão logístico nãoé apenas uma amea-ça no horizonte. Jásofremos seus pri-meiros sinais. Peloscálculos da Federa-ção das Indústrias deSC, o estado neces-

sita mais de R$ 3 bilhões de investi-mentos em infra-estrutura, em rodo-vias, portos, aeroportos e ferrovias. Ou-tras regiões do Brasil necessitam de in-vestimentos semelhantes, para que opaís possa sonhar com crescimentopara os próximos anos.

Estabilidade econômica passa obri-gatoriamente pelo comércio interna-cional. As empresas fazem seu papel,investindo em recursos humanos, tec-nologia e marketing, para ter compe-titividade. Mas sem infra-estruturaadequada, todo esse esforço pode serem vão.

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Líder no trimestreOutra conquista da WEG foi a vitória no ranking Agên-

cia Estado/Economática de companhias abertas do segun-do trimestre de 2004. A WEG obteve no período os me-lhores resultados para os investidores, entre 146 empresasanalisadas. O Ranking AE/Economática elege trimestral-mente as dez empresas que mais se destacaram no mercadode capitais.

As melhoresda Dinheiro

A WEG sagrou-se campeã nosetor Material Elétrico na primei-ra edição do ranking “As Melho-res da Dinheiro”, realizado emconjunto pela revista IstoÉ Di-nheiro e a consultoria Deloitte. Olevantamento envolveu mais de400 das maiores empresas do país,de 35 segmentos.

Começou a operar a nova fábrica da WEG no México(foto). Com dois prédios de 10 mil m² cada um, a unidadeproduz motores monofásicos, trifásicos BT até 500 cv e MTaté 2.500 cv, além de geradores até 560 kVA. Com essa fá-brica, a WEG já é a número 1 em fabricação e vendas degeradores no México, além de ter a maior rede de assistênciatécnica do país. A ativação desta fábrica é parte da meta deconsolidar a presença da marca WEG no mercado norte ame-ricano, para onde devem ser exportados 50% da produçãode motores trifásicos. A WEG tem agora quatro fábricas pró-prias no exterior, sendo duas na Argentina, uma no Méxicoe uma em Portugal.

WEG em Revistawww.weg.com.br4 WEG em Revista

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especial

Desde a invenção daroda, o homem vemaperfeiçoando a artede se locomover; masa estrutura não temacompanhado o ritmo

o mais antigo trenó dos ho-mens das cavernas, aos mo-dernos veículos espaciais, ohomem vem aperfeiçoandoos métodos de transporte,

para facilitar seu deslocamento. Mas,se por um lado os meios de transporteevoluem rapidamente, o mesmo nãoacontece com a estrutura necessáriapara estes meios se locomoverem.

Se não, vejamos o que acontece noBrasil:

- As indústrias produzem automó-veis, caminhões e outros veículos derodas cada vez mais rápidos, confor-táveis e modernos. As estradas, por seuturno, não suportam o aumento dotráfego, são mal conservadas e insufi-cientes.

- Enquanto nos Estados Unidos ena Europa as ferrovias atravessam pa-íses em todas as direções, transportan-do pessoas e cargas, no Brasil as pou-cas estradas de ferro estão quase suca-teadas, e tudo é transferido para asrodovias.

- A economia volta a crescer, oBrasil ganha cada vez mais mercadono exterior, mas os exportadores sãoobrigados a abarrotar seus depósitos,pela deficiente infra-estrutura portu-ária e pela incrível falta de contêine-res necessários para acomodar as car-gas.

- A aviação comercial se desenvol-

ve, a concorrência torna o avião maisacessível, mas os aeroportos convivemcom instalações precárias, localizaçãoruim (no centro das principais cida-des) e movimento congestionado. Opresidente da Varig, Carlos Luiz Mar-tins, garante: “A aviação comercial bra-sileira tem alto nível mundial de qua-lidade”. Para ele, o transporte aéreo éuma atividade de altos custos. As em-presas têm de arcar com a elevada car-ga tributária, leasing do avião pago emdólar, taxas aeroportuárias entre asmais altas do mundo e um custo altís-simo pelo combustível. “O que existede diferente entre as empresas - diz -são condições financeiras, devido à au-sência de passa-do e de passivo.Se uma empresaopera no merca-do com um ser-viço de qualida-de, tem que re-passar esse custona tarifa. Nãoexiste fórmulamágica.”

Será que ohomem das ca-vernas enfrentava algum tipo de con-gestionamento? É difícil imaginar queo tráfego de trenós, mamutes e “mo-derníssimos” veículos de rodas provo-casse algum tipo de engarrafamento.Este problema começou a afligir a hu-manidade quando os automóveis sepopularizaram, em meados do séculopassado. Naquele tempo, os congesti-onamentos ainda eram característicadas grandes cidades.

DROBERTO SZABUNIA

➔Martins: não existefórmula mágica

Mais de 280 empresas do segmento sucroalcooleiro par-ticiparam da Fenasucro 2004 - XII Feira Internacional daIndústria Sucroalcooleira -, realizada no final de setembroem Sertãozinho (SP). A WEG mostrou suas soluções parausinas completas para co-geração de energia, dos geradoresaos transformadores, dos sistemas de supervisão e controleaos componentes para comando e proteção.

A empresa também acabou demonstrando uma solu-ção ao vivo. O transformador de 750 kVA do pavilhãoPaulo Merlin, onde acontecia a Fenasucro, teve uma dasfases queimada no final do primeiro dia de feira, deixandoum terço do local às escuras. Um estrago que levaria maisde um mês para ser consertado. A Multiplus, que organizaa feira, viu que no estande da WEG estava exposto umtransformador a seco de 1.000 kVA (foto). O equipamen-to foi comprado na hora.

Edson Ewald, chefe de Marketing Corporativo, parti-cipou da negociação: “Em negócios, mais importante doque estar no lugar certo, na hora certa, é fazer parcerias.

Solução ao vivona Fenasucro

Operação no México

Nossa parceria com a Fenasucro sempre foi muito próxi-ma, e foi natural negociarmos o equipamento em troca doespaço para participar da feira em 2005”.

RONALDO DIN IZ

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Na verdade, avenidas engarrafadaseram até utilizadas em cartões postais,para mostrar a “grandeza” das metró-poles. Hoje, ruas tranqüilas é que sãoraridade, verdadeiro tema para cartõespostais. As indústrias despejam milha-res de veículos nas ruas, em ritmo in-cessante. Ter um carro, atualmente,não é mais um luxo, e mais e mais ci-dadãos assumem o volante a cada dia.O inchaço urbano cria a necessidadede mais investimentos no transportecoletivo. E dá-lhe ônibus!

O abandono das ferrovias obrigaa um aumento da utilização do trans-porte rodoviário. Haja estrutura paraagüentar tantos caminhões rodandopelas já precárias estradas do país. E,mesmo com a melhora que houve nainfra-estrutura ferroviária, graças àsprivatizações, ainda há o problema dafalta de uma bitola padrão (a distân-cia entre trilhos é diferente, dependen-do de onde se situa a ferrovia). Umaviagem de Campo Grande (MS) até oporto de Santos (SP), por exemplo,obriga a três trocas de bitola, atrasan-do e encarecendo o transporte.

O governo até vem investindo paratentar reverter o quadro. O Orçamen-to Geral da União para 2005, porexemplo, destina R$ 11,4 bilhões para

a área de transportes(R$ 1 bilhão a maisque o valor desteano). Grande par-te será consumidana construção e res-tauração de estradas. Do total, R$ 63milhões serão destinados à recupera-ção de 11 portos, em oito estados.

Mas os investimentos ainda estãolonge de resolver sequer as necessida-des básicas do país, muito menos detornar o Brasil um modelo em infra-estrutura de transportes. O estudoTransporte de Cargas no Brasil - Ame-aças e Oportunidades para o Desen-volvimento do País, feito pela Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro em2002, mostra números preocupantes:no Brasil, para cada mil quilômetrosquadrados de território, há apenas26,4 quilômetros de vias (rodo, ferroe hidro). Só para comparar, nos Esta-dos Unidos este número vai a 447 qui-

lômetros de vias para cada mil quilô-metros de território. Enquanto o mo-dal ferroviário, lá, chega a quase 30quilômetros para cada 1.000 quilôme-tros de território, no Brasil essa rela-ção é de 3,4 para 1.000 km.

Além disso, a maior parte dos in-vestimentos em transportes ainda vaipara o modal rodoviário, em detri-mento do ferroviário e do aquaviário.Este excesso de carga nas rodovias temseu preço: anualmente, as cifras che-gam à casa das dezenas de bilhões dereais, gastos em função de acidentes,roubos de carga e ineficiências opera-cionais e energéticas. Sem falar das de-zenas de milhares de vidas perdidas emacidentes.

giro

A WEG recebeu, no dia 20 de se-tembro, no Rio de Janeiro, o prêmioFGV de Excelência Empresarial. Esteprêmio é concedido anualmente, des-de 1991, a 12 empresas classificadasna pesquisa As 500 Maiores SociedadesAnônimas do Brasil, como reconheci-mento pela competência e eficiênciaempresarial, e busca valorizar a prima-zia no mundo dos negócios ao seleci-onar aquelas que mais se sobressaírampelo seu desempenho econômico-fi-nanceiro.

A escolha das empresas é feita combase em indicadores de origem contá-bil, incluindo parâmetros específicospara avaliação de estrutura de capital,lucratividade, liquidez e participaçãono mercado.

A premiação contou com a presen-ça dos ministros da Casa Civil, JoséDirceu, e da Fazenda, Antônio Paloc-

A WEG é a mai-or e melhor empre-sa da região Sul nosetor de Máquinase Equipamentos,segundo pesquisarealizada pela Funda-ção Getúlio Vargas(FGV), publicada pela revista Expres-são no Anuário das 300 Maiores Em-presas do Sul. A WEG foi considera-da a maior empresa; maior em vendase a com maior rentabilidade sobre opatrimônio líquido.

A pesquisa aponta a WEG comouma das mais globalizadas do rankingda FGV, com sede e principais acio-nistas vivendo ao lado da empresa emJaraguá do Sul.

Excelência Empresarial

➔Décio da Silva e o ministro José Dirceu

Maior e melhorem máquinas eequipamentos

Além de ga-nhar prêmiospor sua compe-tência empresari-al, a WEG tam-bém é premiadapelos seus pró-prios colabora-dores. A WEGacaba de ser es-colhida entre as150 MelhoresEmpresas paraVocê Trabalhar,na classificação do guia das revistasExame e Você S/A.

A pesquisa foi feita através de ques-tionários distribuídos entre os colabo-radores, escolhidos aleatoriamente. Arevista fez, também, uma avaliaçãotécnica de informações apresentadaspelo RH a respeito dos benefícios, re-muneração, treinamento e outros pro-gramas.

A edição especial As Empresas MaisAdmiradas do Brasil, da revista CartaCapital, coloca a WEG como a 17ªmais admirada, entre as 123 primei-ras (no ano passado, a empresa ocu-pava a 30ª posição). A pesquisa é rea-lizada em conjunto com o institutoInterScience, e está na sétima edição.

ci, dos presidentes das empresas pre-miadas e da direção da Fundação Ge-túlio Vargas.

Premiada peloscolaboradores

Grandes &Líderes

Entre as maisadmiradas

A revista Amanhã, publicaçãode economia e negócios da regiãoSul, entregou em setembro o prê-mio Grandes&Líderes 2004. Oranking é composto pelas 500 mai-ores empresas da região Sul, ondea WEG aparece em 22º lugar.

DIVULGAÇÃO

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O custo BrasilO Brasil tem hoje 160 mil km de rodovias pavi-

mentadas. Por elas circulam cerca de 2 milhões de ca-minhões, a maior parte já com 18 anos, em média, devida útil. O estrago que tal frota provoca é enorme,exigindo cada vez mais recursos na recuperação das es-tradas. Recursos que poderiam ser aplicados em novasvias e em outras modalidades de transporte.

Os investimentos esbarram em outro problema his-tórico: o custo Brasil. No caso específico da estrada deferro, por exemplo, o estudo da UFRJ mostra a discre-pância na relação entre os resultados norte-americanose brasileiros. Enquanto nos EUA a margem operacio-nal é em média de 15%, e o retorno sobre o capitalinvestido é de 9%, no Brasil, a margem operacionalgira em torno de 31%, e o retorno sobre o capital énegativo em 34%. Ou seja, os altos custos financeirostransformam uma significativa vantagem operacionalem uma grande desvantagem econômica. O investimen-to médio anual por quilômetro de linha, no períodopós-privatização, foi de US$ 11.084 (nos EUA, o pa-drão é de US$ 33.800). São recursos insuficientes pararecuperar as linhas, ou mantê-las.

Sobre a água, a situação não é muito diferente. Comuma costa de 7.500 km, onde estão concentrados 80%do PIB, seria normal julgar o Brasil um país vocaciona-do para o desenvolvimento da cabotagem. E os 45.000km de rios navegáveis representam uma alternativa parao movimento dos bens primários produzidos nos pólosinteriores. Mas a cabotagem (movimentação a granel)ainda perde longe para o transporte em contêineres. Eaí surge outro problema: onde conseguir tantos contêi-neres? O resultado: grandes empresas embarcando parao exterior em aviões, uma alternativa extremamente cara.

Novamente, o custo Brasil assusta. Há excesso demão-de-obra nas operações portuárias - e mão-de-obracara. Os sindicatos portuários são fortes. Assim, a mão-de-obra utilizada na estiva chega a ser de 3 a 9 vezessuperior ao dos portos europeus e sul-americanos. Isto

também atrasa o processo de me-canização dos portos. Enquan-to a prática internacional demovimentação de contêineresé de 40 por hora, no Brasil elachega no máximo a 27.

A WEG lançou no dia do seu 43º aniversário, 16 desetembro, o livro O Motor Elétrico - Uma História de Ener-gia, Inteligência e Trabalho. A publicação, editada pelaEditora do Centro Universitário de Jaraguá do Sul, mar-ca, além do aniversário de fundação da WEG, um ano deinauguração do Museu WEG.

Com 84 páginas ricamente ilustradas, o livro conta ahistória de uma das maiores invenções da humanidade,desde o domínio da eletricidade até os dias atuais. Comsuas inúmeras aplicações e uma presença no cotidiano dahumanidade, o motor elétrico impulsiona a indústria egarante mais conforto à vida de milhões de pessoas emtodo o mundo.

“Nesses 43 anos, sempre tivemos uma ligação muitoforte com a comunidade de Jaraguá do Sul e região. Umaligação muito forte com a cultura e a educação. Nossosmaiores projetos sociais têm relação direta com a educa-ção, com a formação das crianças em adultos mais prepa-rados”, disse o presidente executivo da WEG, Décio daSilva, no evento de lançamento do livro.

Dividida em quatro capítulos, a obra começa a narra-tiva pela história da eletricidade, passando para a desco-berta do motor elétrico e sua evolução no mundo e noBrasil.

A 9ª Ação Comunitária WEG, re-alizada no dia 19 de setembro, no Par-que Municipal de Eventos de Jaraguádo Sul, foi um sucesso. O balanço fi-nal registrou 23.984 atendimentos,22% a mais do que em 2003. Na somade todas as Ações Comunitárias, o nú-mero de atendimentos ultrapassou 100mil: agora são 113.749 atendimentosem nove anos de trabalho voluntário.

Os serviços de saúde e documen-tação mais uma vez estiveram entre osmais procurados. Foram feitas 525carteiras de identidade, 129 carteirasde trabalho, 586 cortes de cabelo e3.780 exames diversos.

Além dos 600 voluntários, o even-to contou com a participação de 60entidades públicas e privadas. A AçãoComunitária faz parte do compromis-so social da empresa, que se preocupacom o resgate da cidadania na cidadeonde foi fundada. É realizada sempreno mês de setembro como forma decomemorar o aniversário da WEGcom toda a comunidade de Jaraguá doSul e região.

comunidade

O motor elétrico em livro

➔Eggon João da Silva, no lançamento do livro

Ação Comunitária jáatendeu mais

de 100 mil

➔Atendimento odontológico (esq.) e “salão debeleza” foram oferecidos à comunidade

Na era das navegações, nos séculos XV e XVI, as naçõeseuropéias descobriam novas terras e traziam muita riquezade locais cada vez mais distantes. Espanha e Portugal, prin-cipalmente, dominavam os mares, abarrotando seus navi-os de especiarias do Oriente e riquezas minerais das Amé-ricas.

A indústria naval prosperava, portos eram construídosem toda a costa e a mão-de-obra era farta. Eventuais motinseram controlados com mão de ferro e cabeças penduradasnos mastros. É só ler Além do Fim do Mundo, que mostra aaventura de Fernão de Magalhães ao redor da Terra, para seter uma idéia de como funcionava o transporte naval.

Mais tarde, “globalizado” o mundo graças às conquis-tas, o transporte naval adquiriu ainda mais importância,ligando a Europa principalmente à América. O grande mo-vimento não chegou a congestionar o oceano Atlântico, éclaro, mas exigiu a construção de muitos portos e uma in-dústria naval ativa.

Isso tudo funcionou até o último quarto do século XX.No Brasil, percebeu-se a necessidade de ampliar os portos,já que o comércio exterior se expandia rapidamente. O quese viu, porém, foi um crescimento em ritmo aquém doesperado. Os portos não cresceram, a indústria naval sedesenvolve lentamente, os custos portuários do país são osmais altos do mundo e faltam invólucros (contêineres) paraacondicionar as cargas exportáveis.

E aí os congestionamentos começaram a aparecer. Nãono meio do oceano, claro. Ainda não há necessidade de se-máforos no Atlântico. Mas nas imediações dos portos é pa-norama comum a presença de vários navios, seja esperandovaga para atracar, seja pela impossibilidade de carregar pelafalta de mercadoria acondicionada em contêineres.

O governo, assim como a iniciativa privada, investe emmelhorias. O objetivo de todos é ter os melhores meios detransporte, com a mais completa estrutura. Tudo para que ohomem vá de um lugar a outro mais rápido do que a pé.

Exportar. Como?➔Portos: à espera de ampliação

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crônicaoutra visão

WR - Você começou como “Me-lindrosa” e logo virou “Rainha dosCaminhoneiros”. Como foi essaguinada?

Sula - Comecei como Melindrosacom as minhas irmãs, mas só em 1986me tornei Rainha dos Caminhonei-ros, quando gravei meu primeiro dis-co solo, onde tinha a música “Cami-nhoneiro do Amor”, que se tornou umgrande sucesso e me deu este título.

WR - Como você vê a situaçãoda classe dos caminhoneiros, atual-mente?

Sula - Os caminhoneiros sempreforam uma classe muito discrimina-da. Atualmente os autônomos fazem

parte da categoria mais sofri-da, pois o pedagiamento e agrande concorrência na bus-ca do frete prejudicam imen-samente a possibilidade deconseguir uma renda adequa-da, além do fato de as rodo-vias não pedagiadas não ofe-recerem segurança.

WR - Você sabe dirigircaminhão?

Sula - Sei.

WR - Nestes anos todosde estrada, como você ava-lia a infra-estrutura detransporte rodoviário noBrasil?

Sula - O Brasil ainda éum país muito atrasado emtermos tecnológicos e de in-fra-estrutura. E isso que qua-

das estradas

Uma criança com umsério problema nagarganta, ameaçada denunca poder sequer falar.O carinho da família eum eficaz tratamentomédico, porém, permitemque a menina sejanormal. E mais: ela setorna cantora. Esta é ahistória de Suely Brito deMiranda, ou SulaMiranda, a “Rainha dosCaminhoneiros”. Tudocomeçou com o conjunto“As Melindrosas”, com airmã Gretchen. Ela falasobre suas andanças eoutros assuntos, comexclusividade, para WEGem Revista.

se 100% dos transportes são feitos porrodovia, o que não acontece nos paí-ses de Primeiro Mundo. Ainda temosmuito que caminhar para melhorarneste segmento.

WR - O que pode ser feito parafacilitar a vida de quem depende dedeslocamento pelas estradas?

Sula - Em primeiro lugar, as ro-dovias deveriam ter no mínimo umasfaltamento adequado. É necessáriomuito empenho e vontade políticapara unir forças dos governos dos es-tados e o federal, para começar a mu-dar esta situação.

WR - O transporte ferroviário éuma alternativa viável?

Sula - Como já disse anteriormen-te, nos países de Primeiro Mundo estefoi um caminho escolhido. Mas acre-dito que podemos começar por me-lhorar as nossas estradas, para depoisinvestirmos em novas soluções.

WR - De todos os meios detransporte que você utiliza, qual estáem melhor situação, no Brasil?

Sula - O transporte aéreo tambémnão é o melhor do mundo, mais ain-da é a melhor opção no Brasil.

WR - O que você acha que ain-da pode ser inventado, em meios detransporte?

Sula - Na realidade nunca penseinisso, mas acredito que a humanida-de, avançando a cada dia em novastecnologias, sem dúvida deve produ-zir em breve alguma novidade.

A rainhaEscrevo enquanto viajo. E

como viajo! Já pensei emmanter um mapa na pare-de, alfinetando onde jáestive, mas preocupei-me com o custo dos al-finetes. Fico em tantoshotéis diferentes que jádesisti de decorar o nú-mero do quarto. Sem-pre pergunto na recep-ção quem sou e ondeestou.

Ficar pulando dehotel em hotel criauma espécie de instin-to para o perigo. Porexemplo, nunca entrono banho sem verificarse o piso do box é piso.Em um hotel, que segabava de haver hos-pedado Juscelino Ku-bitschek, o piso do boxse transformou numa argamassa de su-jeira tão logo abri o chuveiro. Achoque não limpavam desde a visita pre-sidencial.

Para chegar a hotéis assim passopor vôos, estradas e situações das quaissó não reclamo porque são elas queme abastecem de histórias. O que se-ria desta crônica se eu não tivesse via-jado de ônibus pelo acostamento deuma estrada no interior de Pernam-buco? O motorista não saía do acos-tamento, tantos eram os buracos noleito asfaltado. Ele dizia que a soluçãoera tapá-los. Eu retrucava que bastavaabrir mais alguns para a estrada ficarplana.

Descobri que há buracos tambémem viagens aéreas. Com uma passa-gem comprada por um cliente econô-mico, embarquei num antigo Boeing727 de uma companhia desconheci-

da só para descobrir que naquele aviãoexiste um buraco no piso do corredor— uma espécie de janela sob o carpe-te — por onde se enxerga o trem depouso.

Descobri isso durante uma tenta-tiva de pouso, quando a comissáriaficou verificando se o trem de pousohavia travado corretamente. Deitadade bruços no chão entre passageirospasmos, por quase uma hora ela gri-tou para o piloto lá na cabine:

— Não travou! Tenta outra vez!Se a infra-estrutura para viajar de-

cepciona, o talento do brasileiro sur-preende. Paulo, o motorista que meapanhou no aeroporto de Curitibapara uma viagem de três horas, tinhapreparado, no banco de trás, uma ces-ta com água, refrigerantes, bombons,jornais e revistas. A surpresa maior es-tava por vir.

Percalços viandantesMARIO

PE

RSO

NA

Conversando desco-bri que o rapaz é for-

mado em geografiacom mestrado emturismo, lecionanuma universidadee tem uma agênciade turismo. Aspi-rante a Comandan-te Rolim do trans-porte rodoviário,Paulo costuma diri-gir suas vans comvisão de marketing,recebendo pessoal-mente seus clientespara detectar suasnecessidades e dese-jos, e supri-las comum atendimento cin-co estrelas.

Eu disse cinco estre-las? Bem, existem percal-

ços também nas constelações.O cenário agora é um resort cinco es-trelas numa praia paradisíaca, coisa pralá de primeiro mundo. Encerro a pa-lestra, esgotado de tantas viagens, noi-tes mal dormidas e lanchinhos de avião.Tudo o que quero é tirar a tarde inteirapara dormir e me recompor.

Meus sonhos são interrompidospela campainha. Levanto-me de umsalto e corro para o olho-mágico daporta. Lá fora, o mensageiro do hotelsegura um recado na mão. O que será?Cubro a cueca com a primeira calçaque encontro, abro a porta com o ros-to ainda amassado e os cabelos espe-tados, só para ouvir um jovem compose de eficiência.

— Recado para o senhor, DoutorAraújo.

A partir desta edição, Mário Persona passa aassinar a crônica

Page 8: Produzir e transportar - WEG · E não é só para exportar que há problemas. No interior do país, as estradas de rodagem estão em situação lamentável, as ferrovias avançam

negócios

WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

www.weg.com.br 13

Um carro elétrico, econômico e que não polui. Este projeto já é reali-dade na WEG. O carro elétrico - que não se destina ao mercado - foiadaptado pelos engenheiros da WEG, com componentes da pró-pria empresa. O projeto foi coordenado por Valter Luiz Knihs,gerente de Projetos, Gean Carlo Dalagnolo, analista de Proje-tos, Alberto Fischer, chefe de Projetos Mecânicos, e Lauro Mar-quardt, chefe de Montagem Elétrica, todos da WEG Auto-mação. O sistema foi montado num modelo Saveiro, daVolkswagen, com o objetivo de testar equipamentos para estetipo de aplicação. O carro é utilizado como meio de trans-porte ecológico e econômico entre a sede da WEG Automa-ção e a Serralheria. Ele usa 20 baterias de 12 V, chega a 80quilômetros por hora, não polui e faz 30 quilômetros comR$ 1,00 de energia.

Segundo Knihs, as limitações são a quantidade, volume e peso das baterias,além da falta de autonomia para longas viagens. Ele afirma que a tendência nomundo é a utilização de carros híbridos, movidos a eletricidade e combustão -como o ônibus da Tuttotrasporti, o Prius da Toyota, o Escape da Ford e outros.

Carro elétrico feito em casa

➔ Da esq.: Alberto, GeanCarlo, Lauro e Valter,com o carro elétrico

Um ônibus bi-articulado, com sistema de tração híbrido (ál-cool/gás/eletricidade), com capacidade para transportar até 300passageiros. Um navio de apoio a plataformas de petróleo capazde se manter estável sobre as ondas, em quaisquer condições.Uma locomotiva movida a eletricidade, que ajusta automatica-mente a velocidade.

Estes são alguns exemplos de aplicações de produtos WEG naárea de transportes, um segmento que vem merecendo atenção einvestimentos da empresa nos últimos três anos. “A WEG vemexplorando o potencial sinérgico de seus produtos e serviços, quetorna a marca forte neste segmento onde geração embarcada,motores elétricos com drives (inversores ou soft-starters), qua-dros elétricos especiais, automação, engenharia, agilidade e flexi-bilidade são necessários”, diz o gerente de Projetos, Engenharia eAutomação da WEG Automação, Valter Luiz Knihs, que coor-dena a engenharia dos pacotes WEG no segmento “transporte”.Nesta área, os produtos WEG equipam locomotivas, ônibus enavios de vários clientes, do Rio Grande do Sul ao Amazonas.

NA ESTRADA,NOS TRILHOS,NO MAR...

Produtos WEGequipam ônibus,locomotivas enavios em váriaspartes do país

Uma locomotiva de

2.500 kWtem energia suficiente

para iluminar umacidade de

40 milhabitantes

➔ Acima, a esquerda,equipamentoretificador; ao lado,motores especiaisacoplados aos rodeirosda locomotiva (dir.)

FLÁ

VIO

UET

A

Page 9: Produzir e transportar - WEG · E não é só para exportar que há problemas. No interior do país, as estradas de rodagem estão em situação lamentável, as ferrovias avançam

➔ Mano: “A WEG está desmistificando umaárea até então reservadas às empresas deoutros países”

WEG em Revistawww.weg.com.br12 WEG em Revista

www.weg.com.br 9

Uma novidade que deve surgir nasruas das cidades, até o fim do ano, éo ônibus com “tração ecológica”, pro-jetado pela Tuttotrasporti, fabrican-te de chassis de ônibus e caminhõessituada em Caxias do Sul (RS). Bati-zado como Tutti 25 metros, o ôni-bus, bi-articulado (com duas “sanfo-nas” que dividem o veículo em trêspartes), tem 25 metros de compri-mento e pode transportar até 300passageiros. O grande diferencial estáno sistema de tração híbrido, gás/elé-trico ou álcool/elétrico, em que 100%da tração é por motor elétrico de in-dução trifásico 440 V com inversorCFW-09 vetorial. O sistema se ali-menta de duas fontes, o combustível(gás ou álcool) e o motor elétrico. Aenergia é produzida por um gerador(trifásico brushless 60 kW), e ficaacumulada num banco de bateriasque movimenta o motor elétrico (180kW ou 250 cv) de tração, acopladano eixo motriz. O silêncio, a econo-mia de combustível e a baixa emissãode poluentes são as grandes vantagens

Transporte urbano

➔O motor: economia,baixa emissão depoluentes e silêncio

O Tutti 25 metroseconomiza

50%no custo de combustível,

emite

80%menos poluentes que osmodelos convencionaise pode transportar até

300passageiros

>>> Números

deste sistema inédito.Agenor Boff, diretor da Tuttotras-

porti, aposta alto na busca de com-bustíveis alternativos. “Precisamos noslivrar da dependência do petróleo, poiso mundo tem necessidade de aperfei-çoar os combustíveis alternativos”, diz,acrescentando que o Brasil tem umimenso potencial para produzir com-bustível, especialmente álcool, tendoem vista as grandes áreas de terra dis-poníveis para o plantio de cana-de-açúcar. Boff conta que a ministra daCiência e Tecnologia, Dilma Roussef,ficou impressionada quando conheceuo projeto do ônibus híbrido. “A Tuttoe a WEG estão juntas há cerca de meioano neste desafio pela eletrificação dotransporte urbano, e os resultados des-te trabalho superaram todas as expec-tativas”, garante Boff.

Sobre a parceria entre as empre-sas, o diretor da Tuttotrasporti é cate-górico: “Quando procuramos a WEGpara se aliar a nós neste projeto, co-nhecíamos a capacidade da empresanesta área, o que nos deu a certeza que

a parceria teria êxito”. Agenor Boff fazquestão de destacar a agilidade daWEG no desenvolvimento do proje-to. “Sendo uma empresa mundial-mente reconhecida, a WEG tem con-dições de oferecer as melhores solu-ções nesta área de eletrificação dotransporte”, conclui Boff.

DIVULGAÇÃO

durante a carência, com pagamentode juros agregado ao principal da dí-vida ao término de 5 anos. Após acarência, os grandes armadores têm20 anos para pagar, com juros de 4%ao ano. “Com o que o BNDES ofe-rece, é fácil perceber que estamos dis-tantes da competitividade mundial.Ainda estamos discutindo as garan-tias”, explica Mano, acrescentandoque o mercado brasileiro tem somen-te um grande cliente, a Petrobras,responsável pelo fomento da indús-tria naval. “Sempre achamos quetudo pode ser feito mais rápido, masos profissionais envolvidos nesta áreasão dos melhores, e acreditamos queestejam fazendo o que é possível.”

Sobre o nível de excelência doBrasil como construtor de navios,Carlos Mano é otimista: “Nossa ca-pacidade é fantástica! Após anos deparalisação, a indústria naval se ade-quou às demandas do mercado”. Ain-da há problemas a ser superados, mas,de um modo geral, “não há queixassignificativas, e isso se deve à quali-dade e habilidade do profissional bra-sileiro”.

Carlos Roberto Medeiros, geren-te comercial responsável pelo seg-mento naval na filial Banweg, em SãoPaulo, garante que a WEG caminhapara ser um fornecedor de nível in-ternacional nesse mercado. “Cadafornecimento que fechamos nos cre-dencia como a mais completa solu-ção para esse segmento no Brasil,principalmente pelo fato de sermoslíderes nacionais nas três linhas deprodutos principais: motores elétri-cos, geradores e drives.”

ALEX PAZUELLO

A área de transportes também con-ta com a presença da WEG nas estra-das de ferro, equipando modernas lo-comotivas com motores, geradores,painéis e outros produtos de geraçãoe comando. As locomotivas funcio-nam com conjuntos de quatro, seis ouoito motores .

Os equipamentos eletrônicos con-trolam, entre outros aparelhos, senso-res de velocidade e sistema antipati-nação. Com isso, se as rodas da loco-

Andando nos trilhosmotiva começarem a girar em falso,uma ação é tomada automaticamen-te. Se ainda assim o escorregamentopersistir, o sistema aciona um jato deareia nos trilhos, aumentando a ade-rência das rodas.

Produtos WEG equipam dezenasde trens no Brasil, das empresas Cia.Vale do Rio Doce (Estrada de FerroVitória-Minas), FCA (Ferrovia Cen-tral Atlântica ), MRS Logística e Mi-neração Rio do Norte.

Bloco diagrama de locomotiva ACcom motor de tração AC

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ESTALEIRO

Erin (3 navios)

Wilson & Sons (2)

Wilson & Sons (1)

Transnave (1)

Ebin ( 1)

WEG em Revistawww.weg.com.br 11WEG em Revista

www.weg.com.br10

Vários navios de apoio a platafor-mas de petróleo estão sendo construí-dos em vários estaleiros do Brasil. Asembarcações, do tipo PSV - PlatformSupply Vessel - são caracterizadas pelaalta capacidade de manobra e pelo po-sicionamento dinâmico. Ou seja: sãonavios de certo porte, mas ágeis. Suafunção é transportar líquidos (água,combustível, lama...) às plataformasde exploração petrolífera.

Com grande capacidade de carga,os navios posicionam-se ao lado dasplataformas e são acoplados com man-gueiras, responsáveis pelo transbordodo líquido. A delicadeza da operaçãoexige que os barcos estejam perfeita-mente estabilizados e acompanhem osmovimentos das plataformas. Ou seja:as embarcações precisam se movercomo se fossem parte da plataforma,enfrentando a oscilação da superfície,vento e correntes marítimas. Para isso,contam com equipamentos de estabi-lização moderníssimos e supersensí-veis. E ali estão produtos WEG, nageração de energia e no comando ele-trônico dos equipamentos.

A geração embarcada é garantidapor grandes grupos geradores a die-sel, e a propulsão é feita por motoreselétricos com refrigeração a água. Umacaracterística desses motores é que arefrigeração é feita com água do mar.Isso significa que os equipamentos de-vem oferecer uma proteção extremacontra a corrosão. Todos os produtossão protegidos contra a corrosão daágua e do ar marinho (marinizados).

Outros motores, convencionais,são utilizados no acionamento debombas, ventiladores e demais equi-pamentos elétricos a bordo. O navioem construção pelo estaleiro Erin, deManaus, por exemplo, conta com trêsgeradores de 1.360 kW - 690 V. Nocomando e gerenciamento da energia,painéis da WEG Automação.

No balançodo mar

Os naviosque a WEGequipa com

seusprodutos, na

forma depacote

completo,estão assimdistribuídos.

ARMADOR

Laborde

CBO

Delba

Superpesa

CBO➔

➔Navio em construção no estaleiro Erin, em Manaus

Carlos Mano, diretor executivo daLaborde Serviços Marítimos, mostra-sesatisfeito com a parceria com a WEG.“A qualidade dos produtos é digna deelogios, o controle de qualidade é exce-lente e o mesmo podemos falar do pro-jeto. O que realmente faz a diferença éo atendimento que os funcionários daWEG dão ao cliente. Trabalhamos comempresas grandes de todo o mundo enunca tínhamos visto um grupo que seenvolvesse tanto com o cliente, procu-rando soluções e dando opções que re-duziram consideravelmente o custo doprojeto”, diz Mano.

Sobre a entrada recente da WEG nomercado marítimo, Carlos Mano lem-bra que a empresa já tinha experiênciaem soluções testadas em outras áreas, nasquais disputa a liderança mundial emtecnologia. “Nosso projeto - diz - é com-plexo em função da utilização de diver-sos grupos de equipamentos funcionan-do de forma integrada, fato mais deli-cado deste tipo de embarcação. Comoresponsável pelo funcionamento do con-junto, a WEG, por meio de seu corpotécnico, está desmitificando uma áreaaté então reservada às empresas de ou-tros países.”

Profundo conhecedor do mercadonaval, Carlos Mano lembra que as em-presas brasileiras enfrentam uma con-corrência desleal em termos de custo definanciamento. Há, diz ele, pelo menosum país que disponibiliza financiamen-tos com carência de 5 anos, juros de 2%

➔Painel para automação de navios

FOTO

S: A

LEX

PAZU

ELLO

FLÁVIO UETA

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ESTALEIRO

Erin (3 navios)

Wilson & Sons (2)

Wilson & Sons (1)

Transnave (1)

Ebin ( 1)

WEG em Revistawww.weg.com.br 11WEG em Revista

www.weg.com.br10

Vários navios de apoio a platafor-mas de petróleo estão sendo construí-dos em vários estaleiros do Brasil. Asembarcações, do tipo PSV - PlatformSupply Vessel - são caracterizadas pelaalta capacidade de manobra e pelo po-sicionamento dinâmico. Ou seja: sãonavios de certo porte, mas ágeis. Suafunção é transportar líquidos (água,combustível, lama...) às plataformasde exploração petrolífera.

Com grande capacidade de carga,os navios posicionam-se ao lado dasplataformas e são acoplados com man-gueiras, responsáveis pelo transbordodo líquido. A delicadeza da operaçãoexige que os barcos estejam perfeita-mente estabilizados e acompanhem osmovimentos das plataformas. Ou seja:as embarcações precisam se movercomo se fossem parte da plataforma,enfrentando a oscilação da superfície,vento e correntes marítimas. Para isso,contam com equipamentos de estabi-lização moderníssimos e supersensí-veis. E ali estão produtos WEG, nageração de energia e no comando ele-trônico dos equipamentos.

A geração embarcada é garantidapor grandes grupos geradores a die-sel, e a propulsão é feita por motoreselétricos com refrigeração a água. Umacaracterística desses motores é que arefrigeração é feita com água do mar.Isso significa que os equipamentos de-vem oferecer uma proteção extremacontra a corrosão. Todos os produtossão protegidos contra a corrosão daágua e do ar marinho (marinizados).

Outros motores, convencionais,são utilizados no acionamento debombas, ventiladores e demais equi-pamentos elétricos a bordo. O navioem construção pelo estaleiro Erin, deManaus, por exemplo, conta com trêsgeradores de 1.360 kW - 690 V. Nocomando e gerenciamento da energia,painéis da WEG Automação.

No balançodo mar

Os naviosque a WEGequipa com

seusprodutos, na

forma depacote

completo,estão assimdistribuídos.

ARMADOR

Laborde

CBO

Delba

Superpesa

CBO➔

➔Navio em construção no estaleiro Erin, em Manaus

Carlos Mano, diretor executivo daLaborde Serviços Marítimos, mostra-sesatisfeito com a parceria com a WEG.“A qualidade dos produtos é digna deelogios, o controle de qualidade é exce-lente e o mesmo podemos falar do pro-jeto. O que realmente faz a diferença éo atendimento que os funcionários daWEG dão ao cliente. Trabalhamos comempresas grandes de todo o mundo enunca tínhamos visto um grupo que seenvolvesse tanto com o cliente, procu-rando soluções e dando opções que re-duziram consideravelmente o custo doprojeto”, diz Mano.

Sobre a entrada recente da WEG nomercado marítimo, Carlos Mano lem-bra que a empresa já tinha experiênciaem soluções testadas em outras áreas, nasquais disputa a liderança mundial emtecnologia. “Nosso projeto - diz - é com-plexo em função da utilização de diver-sos grupos de equipamentos funcionan-do de forma integrada, fato mais deli-cado deste tipo de embarcação. Comoresponsável pelo funcionamento do con-junto, a WEG, por meio de seu corpotécnico, está desmitificando uma áreaaté então reservada às empresas de ou-tros países.”

Profundo conhecedor do mercadonaval, Carlos Mano lembra que as em-presas brasileiras enfrentam uma con-corrência desleal em termos de custo definanciamento. Há, diz ele, pelo menosum país que disponibiliza financiamen-tos com carência de 5 anos, juros de 2%

➔Painel para automação de navios

FOTO

S: A

LEX

PAZU

ELLO

FLÁVIO UETA

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➔ Mano: “A WEG está desmistificando umaárea até então reservadas às empresas deoutros países”

WEG em Revistawww.weg.com.br12 WEG em Revista

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Uma novidade que deve surgir nasruas das cidades, até o fim do ano, éo ônibus com “tração ecológica”, pro-jetado pela Tuttotrasporti, fabrican-te de chassis de ônibus e caminhõessituada em Caxias do Sul (RS). Bati-zado como Tutti 25 metros, o ôni-bus, bi-articulado (com duas “sanfo-nas” que dividem o veículo em trêspartes), tem 25 metros de compri-mento e pode transportar até 300passageiros. O grande diferencial estáno sistema de tração híbrido, gás/elé-trico ou álcool/elétrico, em que 100%da tração é por motor elétrico de in-dução trifásico 440 V com inversorCFW-09 vetorial. O sistema se ali-menta de duas fontes, o combustível(gás ou álcool) e o motor elétrico. Aenergia é produzida por um gerador(trifásico brushless 60 kW), e ficaacumulada num banco de bateriasque movimenta o motor elétrico (180kW ou 250 cv) de tração, acopladano eixo motriz. O silêncio, a econo-mia de combustível e a baixa emissãode poluentes são as grandes vantagens

Transporte urbano

➔O motor: economia,baixa emissão depoluentes e silêncio

O Tutti 25 metroseconomiza

50%no custo de combustível,

emite

80%menos poluentes que osmodelos convencionaise pode transportar até

300passageiros

>>> Números

deste sistema inédito.Agenor Boff, diretor da Tuttotras-

porti, aposta alto na busca de com-bustíveis alternativos. “Precisamos noslivrar da dependência do petróleo, poiso mundo tem necessidade de aperfei-çoar os combustíveis alternativos”, diz,acrescentando que o Brasil tem umimenso potencial para produzir com-bustível, especialmente álcool, tendoem vista as grandes áreas de terra dis-poníveis para o plantio de cana-de-açúcar. Boff conta que a ministra daCiência e Tecnologia, Dilma Roussef,ficou impressionada quando conheceuo projeto do ônibus híbrido. “A Tuttoe a WEG estão juntas há cerca de meioano neste desafio pela eletrificação dotransporte urbano, e os resultados des-te trabalho superaram todas as expec-tativas”, garante Boff.

Sobre a parceria entre as empre-sas, o diretor da Tuttotrasporti é cate-górico: “Quando procuramos a WEGpara se aliar a nós neste projeto, co-nhecíamos a capacidade da empresanesta área, o que nos deu a certeza que

a parceria teria êxito”. Agenor Boff fazquestão de destacar a agilidade daWEG no desenvolvimento do proje-to. “Sendo uma empresa mundial-mente reconhecida, a WEG tem con-dições de oferecer as melhores solu-ções nesta área de eletrificação dotransporte”, conclui Boff.

DIVULGAÇÃO

durante a carência, com pagamentode juros agregado ao principal da dí-vida ao término de 5 anos. Após acarência, os grandes armadores têm20 anos para pagar, com juros de 4%ao ano. “Com o que o BNDES ofe-rece, é fácil perceber que estamos dis-tantes da competitividade mundial.Ainda estamos discutindo as garan-tias”, explica Mano, acrescentandoque o mercado brasileiro tem somen-te um grande cliente, a Petrobras,responsável pelo fomento da indús-tria naval. “Sempre achamos quetudo pode ser feito mais rápido, masos profissionais envolvidos nesta áreasão dos melhores, e acreditamos queestejam fazendo o que é possível.”

Sobre o nível de excelência doBrasil como construtor de navios,Carlos Mano é otimista: “Nossa ca-pacidade é fantástica! Após anos deparalisação, a indústria naval se ade-quou às demandas do mercado”. Ain-da há problemas a ser superados, mas,de um modo geral, “não há queixassignificativas, e isso se deve à quali-dade e habilidade do profissional bra-sileiro”.

Carlos Roberto Medeiros, geren-te comercial responsável pelo seg-mento naval na filial Banweg, em SãoPaulo, garante que a WEG caminhapara ser um fornecedor de nível in-ternacional nesse mercado. “Cadafornecimento que fechamos nos cre-dencia como a mais completa solu-ção para esse segmento no Brasil,principalmente pelo fato de sermoslíderes nacionais nas três linhas deprodutos principais: motores elétri-cos, geradores e drives.”

ALEX PAZUELLO

A área de transportes também con-ta com a presença da WEG nas estra-das de ferro, equipando modernas lo-comotivas com motores, geradores,painéis e outros produtos de geraçãoe comando. As locomotivas funcio-nam com conjuntos de quatro, seis ouoito motores .

Os equipamentos eletrônicos con-trolam, entre outros aparelhos, senso-res de velocidade e sistema antipati-nação. Com isso, se as rodas da loco-

Andando nos trilhosmotiva começarem a girar em falso,uma ação é tomada automaticamen-te. Se ainda assim o escorregamentopersistir, o sistema aciona um jato deareia nos trilhos, aumentando a ade-rência das rodas.

Produtos WEG equipam dezenasde trens no Brasil, das empresas Cia.Vale do Rio Doce (Estrada de FerroVitória-Minas), FCA (Ferrovia Cen-tral Atlântica ), MRS Logística e Mi-neração Rio do Norte.

Bloco diagrama de locomotiva ACcom motor de tração AC

Page 13: Produzir e transportar - WEG · E não é só para exportar que há problemas. No interior do país, as estradas de rodagem estão em situação lamentável, as ferrovias avançam

negócios

WEG em Revistawww.weg.com.br8 WEG em Revista

www.weg.com.br 13

Um carro elétrico, econômico e que não polui. Este projeto já é reali-dade na WEG. O carro elétrico - que não se destina ao mercado - foiadaptado pelos engenheiros da WEG, com componentes da pró-pria empresa. O projeto foi coordenado por Valter Luiz Knihs,gerente de Projetos, Gean Carlo Dalagnolo, analista de Proje-tos, Alberto Fischer, chefe de Projetos Mecânicos, e Lauro Mar-quardt, chefe de Montagem Elétrica, todos da WEG Auto-mação. O sistema foi montado num modelo Saveiro, daVolkswagen, com o objetivo de testar equipamentos para estetipo de aplicação. O carro é utilizado como meio de trans-porte ecológico e econômico entre a sede da WEG Automa-ção e a Serralheria. Ele usa 20 baterias de 12 V, chega a 80quilômetros por hora, não polui e faz 30 quilômetros comR$ 1,00 de energia.

Segundo Knihs, as limitações são a quantidade, volume e peso das baterias,além da falta de autonomia para longas viagens. Ele afirma que a tendência nomundo é a utilização de carros híbridos, movidos a eletricidade e combustão -como o ônibus da Tuttotrasporti, o Prius da Toyota, o Escape da Ford e outros.

Carro elétrico feito em casa

➔ Da esq.: Alberto, GeanCarlo, Lauro e Valter,com o carro elétrico

Um ônibus bi-articulado, com sistema de tração híbrido (ál-cool/gás/eletricidade), com capacidade para transportar até 300passageiros. Um navio de apoio a plataformas de petróleo capazde se manter estável sobre as ondas, em quaisquer condições.Uma locomotiva movida a eletricidade, que ajusta automatica-mente a velocidade.

Estes são alguns exemplos de aplicações de produtos WEG naárea de transportes, um segmento que vem merecendo atenção einvestimentos da empresa nos últimos três anos. “A WEG vemexplorando o potencial sinérgico de seus produtos e serviços, quetorna a marca forte neste segmento onde geração embarcada,motores elétricos com drives (inversores ou soft-starters), qua-dros elétricos especiais, automação, engenharia, agilidade e flexi-bilidade são necessários”, diz o gerente de Projetos, Engenharia eAutomação da WEG Automação, Valter Luiz Knihs, que coor-dena a engenharia dos pacotes WEG no segmento “transporte”.Nesta área, os produtos WEG equipam locomotivas, ônibus enavios de vários clientes, do Rio Grande do Sul ao Amazonas.

NA ESTRADA,NOS TRILHOS,NO MAR...

Produtos WEGequipam ônibus,locomotivas enavios em váriaspartes do país

Uma locomotiva de

2.500 kWtem energia suficiente

para iluminar umacidade de

40 milhabitantes

➔ Acima, a esquerda,equipamentoretificador; ao lado,motores especiaisacoplados aos rodeirosda locomotiva (dir.)

FLÁ

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WEG em Revistawww.weg.com.br14 WEG em Revista

www.weg.com.br 7

crônicaoutra visão

WR - Você começou como “Me-lindrosa” e logo virou “Rainha dosCaminhoneiros”. Como foi essaguinada?

Sula - Comecei como Melindrosacom as minhas irmãs, mas só em 1986me tornei Rainha dos Caminhonei-ros, quando gravei meu primeiro dis-co solo, onde tinha a música “Cami-nhoneiro do Amor”, que se tornou umgrande sucesso e me deu este título.

WR - Como você vê a situaçãoda classe dos caminhoneiros, atual-mente?

Sula - Os caminhoneiros sempreforam uma classe muito discrimina-da. Atualmente os autônomos fazem

parte da categoria mais sofri-da, pois o pedagiamento e agrande concorrência na bus-ca do frete prejudicam imen-samente a possibilidade deconseguir uma renda adequa-da, além do fato de as rodo-vias não pedagiadas não ofe-recerem segurança.

WR - Você sabe dirigircaminhão?

Sula - Sei.

WR - Nestes anos todosde estrada, como você ava-lia a infra-estrutura detransporte rodoviário noBrasil?

Sula - O Brasil ainda éum país muito atrasado emtermos tecnológicos e de in-fra-estrutura. E isso que qua-

das estradas

Uma criança com umsério problema nagarganta, ameaçada denunca poder sequer falar.O carinho da família eum eficaz tratamentomédico, porém, permitemque a menina sejanormal. E mais: ela setorna cantora. Esta é ahistória de Suely Brito deMiranda, ou SulaMiranda, a “Rainha dosCaminhoneiros”. Tudocomeçou com o conjunto“As Melindrosas”, com airmã Gretchen. Ela falasobre suas andanças eoutros assuntos, comexclusividade, para WEGem Revista.

se 100% dos transportes são feitos porrodovia, o que não acontece nos paí-ses de Primeiro Mundo. Ainda temosmuito que caminhar para melhorarneste segmento.

WR - O que pode ser feito parafacilitar a vida de quem depende dedeslocamento pelas estradas?

Sula - Em primeiro lugar, as ro-dovias deveriam ter no mínimo umasfaltamento adequado. É necessáriomuito empenho e vontade políticapara unir forças dos governos dos es-tados e o federal, para começar a mu-dar esta situação.

WR - O transporte ferroviário éuma alternativa viável?

Sula - Como já disse anteriormen-te, nos países de Primeiro Mundo estefoi um caminho escolhido. Mas acre-dito que podemos começar por me-lhorar as nossas estradas, para depoisinvestirmos em novas soluções.

WR - De todos os meios detransporte que você utiliza, qual estáem melhor situação, no Brasil?

Sula - O transporte aéreo tambémnão é o melhor do mundo, mais ain-da é a melhor opção no Brasil.

WR - O que você acha que ain-da pode ser inventado, em meios detransporte?

Sula - Na realidade nunca penseinisso, mas acredito que a humanida-de, avançando a cada dia em novastecnologias, sem dúvida deve produ-zir em breve alguma novidade.

A rainhaEscrevo enquanto viajo. E

como viajo! Já pensei emmanter um mapa na pare-de, alfinetando onde jáestive, mas preocupei-me com o custo dos al-finetes. Fico em tantoshotéis diferentes que jádesisti de decorar o nú-mero do quarto. Sem-pre pergunto na recep-ção quem sou e ondeestou.

Ficar pulando dehotel em hotel criauma espécie de instin-to para o perigo. Porexemplo, nunca entrono banho sem verificarse o piso do box é piso.Em um hotel, que segabava de haver hos-pedado Juscelino Ku-bitschek, o piso do boxse transformou numa argamassa de su-jeira tão logo abri o chuveiro. Achoque não limpavam desde a visita pre-sidencial.

Para chegar a hotéis assim passopor vôos, estradas e situações das quaissó não reclamo porque são elas queme abastecem de histórias. O que se-ria desta crônica se eu não tivesse via-jado de ônibus pelo acostamento deuma estrada no interior de Pernam-buco? O motorista não saía do acos-tamento, tantos eram os buracos noleito asfaltado. Ele dizia que a soluçãoera tapá-los. Eu retrucava que bastavaabrir mais alguns para a estrada ficarplana.

Descobri que há buracos tambémem viagens aéreas. Com uma passa-gem comprada por um cliente econô-mico, embarquei num antigo Boeing727 de uma companhia desconheci-

da só para descobrir que naquele aviãoexiste um buraco no piso do corredor— uma espécie de janela sob o carpe-te — por onde se enxerga o trem depouso.

Descobri isso durante uma tenta-tiva de pouso, quando a comissáriaficou verificando se o trem de pousohavia travado corretamente. Deitadade bruços no chão entre passageirospasmos, por quase uma hora ela gri-tou para o piloto lá na cabine:

— Não travou! Tenta outra vez!Se a infra-estrutura para viajar de-

cepciona, o talento do brasileiro sur-preende. Paulo, o motorista que meapanhou no aeroporto de Curitibapara uma viagem de três horas, tinhapreparado, no banco de trás, uma ces-ta com água, refrigerantes, bombons,jornais e revistas. A surpresa maior es-tava por vir.

Percalços viandantesMARIO

PE

RSO

NA

Conversando desco-bri que o rapaz é for-

mado em geografiacom mestrado emturismo, lecionanuma universidadee tem uma agênciade turismo. Aspi-rante a Comandan-te Rolim do trans-porte rodoviário,Paulo costuma diri-gir suas vans comvisão de marketing,recebendo pessoal-mente seus clientespara detectar suasnecessidades e dese-jos, e supri-las comum atendimento cin-co estrelas.

Eu disse cinco estre-las? Bem, existem percal-

ços também nas constelações.O cenário agora é um resort cinco es-trelas numa praia paradisíaca, coisa pralá de primeiro mundo. Encerro a pa-lestra, esgotado de tantas viagens, noi-tes mal dormidas e lanchinhos de avião.Tudo o que quero é tirar a tarde inteirapara dormir e me recompor.

Meus sonhos são interrompidospela campainha. Levanto-me de umsalto e corro para o olho-mágico daporta. Lá fora, o mensageiro do hotelsegura um recado na mão. O que será?Cubro a cueca com a primeira calçaque encontro, abro a porta com o ros-to ainda amassado e os cabelos espe-tados, só para ouvir um jovem compose de eficiência.

— Recado para o senhor, DoutorAraújo.

A partir desta edição, Mário Persona passa aassinar a crônica

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O custo BrasilO Brasil tem hoje 160 mil km de rodovias pavi-

mentadas. Por elas circulam cerca de 2 milhões de ca-minhões, a maior parte já com 18 anos, em média, devida útil. O estrago que tal frota provoca é enorme,exigindo cada vez mais recursos na recuperação das es-tradas. Recursos que poderiam ser aplicados em novasvias e em outras modalidades de transporte.

Os investimentos esbarram em outro problema his-tórico: o custo Brasil. No caso específico da estrada deferro, por exemplo, o estudo da UFRJ mostra a discre-pância na relação entre os resultados norte-americanose brasileiros. Enquanto nos EUA a margem operacio-nal é em média de 15%, e o retorno sobre o capitalinvestido é de 9%, no Brasil, a margem operacionalgira em torno de 31%, e o retorno sobre o capital énegativo em 34%. Ou seja, os altos custos financeirostransformam uma significativa vantagem operacionalem uma grande desvantagem econômica. O investimen-to médio anual por quilômetro de linha, no períodopós-privatização, foi de US$ 11.084 (nos EUA, o pa-drão é de US$ 33.800). São recursos insuficientes pararecuperar as linhas, ou mantê-las.

Sobre a água, a situação não é muito diferente. Comuma costa de 7.500 km, onde estão concentrados 80%do PIB, seria normal julgar o Brasil um país vocaciona-do para o desenvolvimento da cabotagem. E os 45.000km de rios navegáveis representam uma alternativa parao movimento dos bens primários produzidos nos pólosinteriores. Mas a cabotagem (movimentação a granel)ainda perde longe para o transporte em contêineres. Eaí surge outro problema: onde conseguir tantos contêi-neres? O resultado: grandes empresas embarcando parao exterior em aviões, uma alternativa extremamente cara.

Novamente, o custo Brasil assusta. Há excesso demão-de-obra nas operações portuárias - e mão-de-obracara. Os sindicatos portuários são fortes. Assim, a mão-de-obra utilizada na estiva chega a ser de 3 a 9 vezessuperior ao dos portos europeus e sul-americanos. Isto

também atrasa o processo de me-canização dos portos. Enquan-to a prática internacional demovimentação de contêineresé de 40 por hora, no Brasil elachega no máximo a 27.

A WEG lançou no dia do seu 43º aniversário, 16 desetembro, o livro O Motor Elétrico - Uma História de Ener-gia, Inteligência e Trabalho. A publicação, editada pelaEditora do Centro Universitário de Jaraguá do Sul, mar-ca, além do aniversário de fundação da WEG, um ano deinauguração do Museu WEG.

Com 84 páginas ricamente ilustradas, o livro conta ahistória de uma das maiores invenções da humanidade,desde o domínio da eletricidade até os dias atuais. Comsuas inúmeras aplicações e uma presença no cotidiano dahumanidade, o motor elétrico impulsiona a indústria egarante mais conforto à vida de milhões de pessoas emtodo o mundo.

“Nesses 43 anos, sempre tivemos uma ligação muitoforte com a comunidade de Jaraguá do Sul e região. Umaligação muito forte com a cultura e a educação. Nossosmaiores projetos sociais têm relação direta com a educa-ção, com a formação das crianças em adultos mais prepa-rados”, disse o presidente executivo da WEG, Décio daSilva, no evento de lançamento do livro.

Dividida em quatro capítulos, a obra começa a narra-tiva pela história da eletricidade, passando para a desco-berta do motor elétrico e sua evolução no mundo e noBrasil.

A 9ª Ação Comunitária WEG, re-alizada no dia 19 de setembro, no Par-que Municipal de Eventos de Jaraguádo Sul, foi um sucesso. O balanço fi-nal registrou 23.984 atendimentos,22% a mais do que em 2003. Na somade todas as Ações Comunitárias, o nú-mero de atendimentos ultrapassou 100mil: agora são 113.749 atendimentosem nove anos de trabalho voluntário.

Os serviços de saúde e documen-tação mais uma vez estiveram entre osmais procurados. Foram feitas 525carteiras de identidade, 129 carteirasde trabalho, 586 cortes de cabelo e3.780 exames diversos.

Além dos 600 voluntários, o even-to contou com a participação de 60entidades públicas e privadas. A AçãoComunitária faz parte do compromis-so social da empresa, que se preocupacom o resgate da cidadania na cidadeonde foi fundada. É realizada sempreno mês de setembro como forma decomemorar o aniversário da WEGcom toda a comunidade de Jaraguá doSul e região.

comunidade

O motor elétrico em livro

➔Eggon João da Silva, no lançamento do livro

Ação Comunitária jáatendeu mais

de 100 mil

➔Atendimento odontológico (esq.) e “salão debeleza” foram oferecidos à comunidade

Na era das navegações, nos séculos XV e XVI, as naçõeseuropéias descobriam novas terras e traziam muita riquezade locais cada vez mais distantes. Espanha e Portugal, prin-cipalmente, dominavam os mares, abarrotando seus navi-os de especiarias do Oriente e riquezas minerais das Amé-ricas.

A indústria naval prosperava, portos eram construídosem toda a costa e a mão-de-obra era farta. Eventuais motinseram controlados com mão de ferro e cabeças penduradasnos mastros. É só ler Além do Fim do Mundo, que mostra aaventura de Fernão de Magalhães ao redor da Terra, para seter uma idéia de como funcionava o transporte naval.

Mais tarde, “globalizado” o mundo graças às conquis-tas, o transporte naval adquiriu ainda mais importância,ligando a Europa principalmente à América. O grande mo-vimento não chegou a congestionar o oceano Atlântico, éclaro, mas exigiu a construção de muitos portos e uma in-dústria naval ativa.

Isso tudo funcionou até o último quarto do século XX.No Brasil, percebeu-se a necessidade de ampliar os portos,já que o comércio exterior se expandia rapidamente. O quese viu, porém, foi um crescimento em ritmo aquém doesperado. Os portos não cresceram, a indústria naval sedesenvolve lentamente, os custos portuários do país são osmais altos do mundo e faltam invólucros (contêineres) paraacondicionar as cargas exportáveis.

E aí os congestionamentos começaram a aparecer. Nãono meio do oceano, claro. Ainda não há necessidade de se-máforos no Atlântico. Mas nas imediações dos portos é pa-norama comum a presença de vários navios, seja esperandovaga para atracar, seja pela impossibilidade de carregar pelafalta de mercadoria acondicionada em contêineres.

O governo, assim como a iniciativa privada, investe emmelhorias. O objetivo de todos é ter os melhores meios detransporte, com a mais completa estrutura. Tudo para que ohomem vá de um lugar a outro mais rápido do que a pé.

Exportar. Como?

➔Portos: à espera de ampliação

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Na verdade, avenidas engarrafadaseram até utilizadas em cartões postais,para mostrar a “grandeza” das metró-poles. Hoje, ruas tranqüilas é que sãoraridade, verdadeiro tema para cartõespostais. As indústrias despejam milha-res de veículos nas ruas, em ritmo in-cessante. Ter um carro, atualmente,não é mais um luxo, e mais e mais ci-dadãos assumem o volante a cada dia.O inchaço urbano cria a necessidadede mais investimentos no transportecoletivo. E dá-lhe ônibus!

O abandono das ferrovias obrigaa um aumento da utilização do trans-porte rodoviário. Haja estrutura paraagüentar tantos caminhões rodandopelas já precárias estradas do país. E,mesmo com a melhora que houve nainfra-estrutura ferroviária, graças àsprivatizações, ainda há o problema dafalta de uma bitola padrão (a distân-cia entre trilhos é diferente, dependen-do de onde se situa a ferrovia). Umaviagem de Campo Grande (MS) até oporto de Santos (SP), por exemplo,obriga a três trocas de bitola, atrasan-do e encarecendo o transporte.

O governo até vem investindo paratentar reverter o quadro. O Orçamen-to Geral da União para 2005, porexemplo, destina R$ 11,4 bilhões para

a área de transportes(R$ 1 bilhão a maisque o valor desteano). Grande par-te será consumidana construção e res-tauração de estradas. Do total, R$ 63milhões serão destinados à recupera-ção de 11 portos, em oito estados.

Mas os investimentos ainda estãolonge de resolver sequer as necessida-des básicas do país, muito menos detornar o Brasil um modelo em infra-estrutura de transportes. O estudoTransporte de Cargas no Brasil - Ame-aças e Oportunidades para o Desen-volvimento do País, feito pela Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro em2002, mostra números preocupantes:no Brasil, para cada mil quilômetrosquadrados de território, há apenas26,4 quilômetros de vias (rodo, ferroe hidro). Só para comparar, nos Esta-dos Unidos este número vai a 447 qui-

lômetros de vias para cada mil quilô-metros de território. Enquanto o mo-dal ferroviário, lá, chega a quase 30quilômetros para cada 1.000 quilôme-tros de território, no Brasil essa rela-ção é de 3,4 para 1.000 km.

Além disso, a maior parte dos in-vestimentos em transportes ainda vaipara o modal rodoviário, em detri-mento do ferroviário e do aquaviário.Este excesso de carga nas rodovias temseu preço: anualmente, as cifras che-gam à casa das dezenas de bilhões dereais, gastos em função de acidentes,roubos de carga e ineficiências opera-cionais e energéticas. Sem falar das de-zenas de milhares de vidas perdidas emacidentes.

giro

A WEG recebeu, no dia 20 de se-tembro, no Rio de Janeiro, o prêmioFGV de Excelência Empresarial. Esteprêmio é concedido anualmente, des-de 1991, a 12 empresas classificadasna pesquisa As 500 Maiores SociedadesAnônimas do Brasil, como reconheci-mento pela competência e eficiênciaempresarial, e busca valorizar a prima-zia no mundo dos negócios ao seleci-onar aquelas que mais se sobressaírampelo seu desempenho econômico-fi-nanceiro.

A escolha das empresas é feita combase em indicadores de origem contá-bil, incluindo parâmetros específicospara avaliação de estrutura de capital,lucratividade, liquidez e participaçãono mercado.

A premiação contou com a presen-ça dos ministros da Casa Civil, JoséDirceu, e da Fazenda, Antônio Paloc-

A WEG é a mai-or e melhor empre-sa da região Sul nosetor de Máquinase Equipamentos,segundo pesquisarealizada pela Funda-ção Getúlio Vargas(FGV), publicada pela revista Expres-são no Anuário das 300 Maiores Em-presas do Sul. A WEG foi considera-da a maior empresa; maior em vendase a com maior rentabilidade sobre opatrimônio líquido.

A pesquisa aponta a WEG comouma das mais globalizadas do rankingda FGV, com sede e principais acio-nistas vivendo ao lado da empresa emJaraguá do Sul.

Excelência Empresarial

➔Décio da Silva e o ministro José Dirceu

Maior e melhorem máquinas eequipamentos

Além de ga-nhar prêmiospor sua compe-tência empresari-al, a WEG tam-bém é premiadapelos seus pró-prios colabora-dores. A WEGacaba de ser es-colhida entre as150 MelhoresEmpresas paraVocê Trabalhar,na classificação do guia das revistasExame e Você S/A.

A pesquisa foi feita através de ques-tionários distribuídos entre os colabo-radores, escolhidos aleatoriamente. Arevista fez, também, uma avaliaçãotécnica de informações apresentadaspelo RH a respeito dos benefícios, re-muneração, treinamento e outros pro-gramas.

A edição especial As Empresas MaisAdmiradas do Brasil, da revista CartaCapital, coloca a WEG como a 17ªmais admirada, entre as 123 primei-ras (no ano passado, a empresa ocu-pava a 30ª posição). A pesquisa é rea-lizada em conjunto com o institutoInterScience, e está na sétima edição.

ci, dos presidentes das empresas pre-miadas e da direção da Fundação Ge-túlio Vargas.

Premiada peloscolaboradores

Grandes &Líderes

Entre as maisadmiradas

A revista Amanhã, publicaçãode economia e negócios da regiãoSul, entregou em setembro o prê-mio Grandes&Líderes 2004. Oranking é composto pelas 500 mai-ores empresas da região Sul, ondea WEG aparece em 22º lugar.

DIVULGAÇÃO

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Líder no trimestreOutra conquista da WEG foi a vitória no ranking Agên-

cia Estado/Economática de companhias abertas do segun-do trimestre de 2004. A WEG obteve no período os me-lhores resultados para os investidores, entre 146 empresasanalisadas. O Ranking AE/Economática elege trimestral-mente as dez empresas que mais se destacaram no mercadode capitais.

As melhoresda Dinheiro

A WEG sagrou-se campeã nosetor Material Elétrico na primei-ra edição do ranking “As Melho-res da Dinheiro”, realizado emconjunto pela revista IstoÉ Di-nheiro e a consultoria Deloitte. Olevantamento envolveu mais de400 das maiores empresas do país,de 35 segmentos.

Começou a operar a nova fábrica da WEG no México(foto). Com dois prédios de 10 mil m² cada um, a unidadeproduz motores monofásicos, trifásicos BT até 500 cv e MTaté 2.500 cv, além de geradores até 560 kVA. Com essa fá-brica, a WEG já é a número 1 em fabricação e vendas degeradores no México, além de ter a maior rede de assistênciatécnica do país. A ativação desta fábrica é parte da meta deconsolidar a presença da marca WEG no mercado norte ame-ricano, para onde devem ser exportados 50% da produçãode motores trifásicos. A WEG tem agora quatro fábricas pró-prias no exterior, sendo duas na Argentina, uma no Méxicoe uma em Portugal.

WEG em Revistawww.weg.com.br4 WEG em Revista

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especial

Desde a invenção daroda, o homem vemaperfeiçoando a artede se locomover; masa estrutura não temacompanhado o ritmo

o mais antigo trenó dos ho-mens das cavernas, aos mo-dernos veículos espaciais, ohomem vem aperfeiçoandoos métodos de transporte,

para facilitar seu deslocamento. Mas,se por um lado os meios de transporteevoluem rapidamente, o mesmo nãoacontece com a estrutura necessáriapara estes meios se locomoverem.

Se não, vejamos o que acontece noBrasil:

- As indústrias produzem automó-veis, caminhões e outros veículos derodas cada vez mais rápidos, confor-táveis e modernos. As estradas, por seuturno, não suportam o aumento dotráfego, são mal conservadas e insufi-cientes.

- Enquanto nos Estados Unidos ena Europa as ferrovias atravessam pa-íses em todas as direções, transportan-do pessoas e cargas, no Brasil as pou-cas estradas de ferro estão quase suca-teadas, e tudo é transferido para asrodovias.

- A economia volta a crescer, oBrasil ganha cada vez mais mercadono exterior, mas os exportadores sãoobrigados a abarrotar seus depósitos,pela deficiente infra-estrutura portu-ária e pela incrível falta de contêine-res necessários para acomodar as car-gas.

- A aviação comercial se desenvol-

ve, a concorrência torna o avião maisacessível, mas os aeroportos convivemcom instalações precárias, localizaçãoruim (no centro das principais cida-des) e movimento congestionado. Opresidente da Varig, Carlos Luiz Mar-tins, garante: “A aviação comercial bra-sileira tem alto nível mundial de qua-lidade”. Para ele, o transporte aéreo éuma atividade de altos custos. As em-presas têm de arcar com a elevada car-ga tributária, leasing do avião pago emdólar, taxas aeroportuárias entre asmais altas do mundo e um custo altís-simo pelo combustível. “O que existede diferente entre as empresas - diz -são condições financeiras, devido à au-sência de passa-do e de passivo.Se uma empresaopera no merca-do com um ser-viço de qualida-de, tem que re-passar esse custona tarifa. Nãoexiste fórmulamágica.”

Será que ohomem das ca-vernas enfrentava algum tipo de con-gestionamento? É difícil imaginar queo tráfego de trenós, mamutes e “mo-derníssimos” veículos de rodas provo-casse algum tipo de engarrafamento.Este problema começou a afligir a hu-manidade quando os automóveis sepopularizaram, em meados do séculopassado. Naquele tempo, os congesti-onamentos ainda eram característicadas grandes cidades.

DROBERTO SZABUNIA

➔Martins: não existefórmula mágica

Mais de 280 empresas do segmento sucroalcooleiro par-ticiparam da Fenasucro 2004 - XII Feira Internacional daIndústria Sucroalcooleira -, realizada no final de setembroem Sertãozinho (SP). A WEG mostrou suas soluções parausinas completas para co-geração de energia, dos geradoresaos transformadores, dos sistemas de supervisão e controleaos componentes para comando e proteção.

A empresa também acabou demonstrando uma solu-ção ao vivo. O transformador de 750 kVA do pavilhãoPaulo Merlin, onde acontecia a Fenasucro, teve uma dasfases queimada no final do primeiro dia de feira, deixandoum terço do local às escuras. Um estrago que levaria maisde um mês para ser consertado. A Multiplus, que organizaa feira, viu que no estande da WEG estava exposto umtransformador a seco de 1.000 kVA (foto). O equipamen-to foi comprado na hora.

Edson Ewald, chefe de Marketing Corporativo, parti-cipou da negociação: “Em negócios, mais importante doque estar no lugar certo, na hora certa, é fazer parcerias.

Solução ao vivona Fenasucro

Operação no México

Nossa parceria com a Fenasucro sempre foi muito próxi-ma, e foi natural negociarmos o equipamento em troca doespaço para participar da feira em 2005”.

RONALDO DIN IZ

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expediente

índiceWEG em Revistaé uma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, tel. (47) 433-0666.Textos: Roberto Szabunia. Tiragem: 15.000.

Transporte em marcha lenta 4

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editorial

Produzir e transportarBrasil vive hoje um paradoxo. Por um lado, depois demuita incerteza e pessimismo, a equipe econômica dogoverno conseguiu reverter o quadro, o empresariadoacreditou em mudanças e a economia voltou a crescer,

superando as mais otimistas previsões. Por outro lado, o aqueci-mento esbarra na histórica falta de infra-estrutura de transportesdo país.

Exemplos não faltam: centenas de caminhões, carregados como resultado de uma fantástica safra de soja, cobrem quilômetrosde filas, à espera de vaga para descarregar nos portos; fabricantesde móveis abarrotam os depósitos e dão férias coletivas, porquenão há contêineres para embarcar sua mercadoria; produtores debens de capital são obrigados a gastar somas proibitivas, envian-do suas encomendas por via aérea...

E não é só para exportar que há problemas. No interior dopaís, as estradas de rodagem estão em situação lamentável, asferrovias avançam lentamente, hidrovias são um sonho e os aero-portos estão congestionados.

Por tudo isso, é vital que os investimentos em transportes se-jam contemplados com mais generosidade no orçamento da União.O país está crescendo, mas o crescimento exige a contrapartidaem infra-estrutura. A casa precisa ser arrumada.

Décio da SilvaPresidente executivo da WEG

AA economia de SCé a 7ª maior do país,mas luta contra umasituação precárianos transportes

O Brasil precisa deinvestimentos para que

possa sonhar comcrescimento nospróximos anos

nossa opinião

WEG

Cinco anos deWEG em Revista

Esta edição de número 30 marca o fe-chamento do quinto ano de circulação daWEG em Revista. Nesta meia década, arevista encontrou sua identidade e vemcumprindo sua missão de levar ao leitor umavisão da realidade.

Já no nº 1, WR se propunha a transfor-mar a informação num fator capaz de agre-gar valor aos serviços oferecidos. Este va-lor agregado contou com a valiosa colabo-ração das centenas de depoimentos e en-trevistas contidos nas páginas da revista. Eos clientes têm seu espaço, mostrando ondeos produtos WEG são aplicados.

As mudanças gráficas e editoriais queforam feitas ao longo de 30 edições tive-ram sempre o objetivo de enriquecer a pu-blicação. É assim que, nesta edição, maisuma mudança chega ao leitor. Contratadopela Globo para redigir uma novela das 7,o cronista Mario Prata passa o bastão aoxará Mario Persona. Palestrante, escritor eprofessor de Marketing, Mario Persona temseus artigos e crônicas publicados na inter-net, em jornais e revistas. A partir de agora,Persona traz o brilho de seu texto para osleitores de WEG em Revista.Bom proveito.

As viagens de Mario Persona 7Soluções WEG para transportes 8Na estrada com Sula Miranda 14Museu da WEG ganha livro 15

ao leitor!

Apagão

LOGÍSTICO

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companhe os números doIBGE: Santa Catarina temapenas 1,1% do territórionacional, 3,1% da popula-ção, mas é o estado com a

7ª maior economia do Brasil, o 6ºmaior exportador e responde por qua-se 4% do PIB nacional.

Mesmo com todo esse potencial -a indústria catarinense está utilizandoaproximadamente 90% de sua capaci-dade -, Santa Catarina ainda leva chi-cotadas com a falta de recursos do go-verno em uma área importante: a in-fra-estrutura. Estradas e portos muitoabaixo da necessidade mínima de trá-fego de mercadorias tornaram-se umdesafio maior para as empresas do queconquistar clientes no exterior.

Com o aquecimento do comérciomundial em 2004, ocrescimento chinês eo salto nas exporta-ções brasileiras, osportos do Brasil, quejá não estavam pre-parados para a de-manda de 2003, vi-raram os grandes vi-lões da já históricafalta de estrutura lo-gística.

Cerca de 95% das exportações daWEG são feitas pelos portos catarinen-ses. E a situação é grave. Nos últimosmeses, pelo menos 10 navios deixaramde atracar no porto de São Franciscodo Sul, pulando a escala para chegarao destino final mais rápido e conse-guir atender o próximo compromisso.Todas as semanas, conseguimos em-barcar apenas 75% do programado. Osoutros 25% são adiados para a sema-na seguinte. O prazo médio de umcontêiner no porto saltou de 4 para 9dias, chegando a 11 em alguns meses.

O resultado de tudo isso: atraso na

entrega dos produtos, falhas nos com-promissos com clientes, perda de ne-gócios e mais uma mancha na imagemdo Brasil no exterior.

A situação das estradas é bem pior.Ali, mais importante do que o dinhei-ro, são as vidas que se perdem todos osdias por causa das más condições deconservação e da falta de duplicação.A BR-280, que liga Jaraguá do Sul aoporto de São Francisco, merece dupli-cação há anos. Esse trecho ainda rece-be o movimento que vem de São Ben-to do Sul e Rio Negrinho, grandes pó-los exportadores de móveis. A BR-101só foi duplicada da divisa do Paranáaté Florianópolis, faltando ainda todoo trecho até o Rio Grande do Sul. Notrecho já duplicado, o desenvolvimen-to é visível, basta olhar o número de

indústrias que se es-tabeleceu às margensda rodovia.

O risco de umapagão logístico nãoé apenas uma amea-ça no horizonte. Jásofremos seus pri-meiros sinais. Peloscálculos da Federa-ção das Indústrias deSC, o estado neces-

sita mais de R$ 3 bilhões de investi-mentos em infra-estrutura, em rodo-vias, portos, aeroportos e ferrovias. Ou-tras regiões do Brasil necessitam de in-vestimentos semelhantes, para que opaís possa sonhar com crescimentopara os próximos anos.

Estabilidade econômica passa obri-gatoriamente pelo comércio interna-cional. As empresas fazem seu papel,investindo em recursos humanos, tec-nologia e marketing, para ter compe-titividade. Mas sem infra-estruturaadequada, todo esse esforço pode serem vão.

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