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Artigo sobre Produtos Midiáticos

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    Produtos miditicos:perfis simblicos e culturais

    Wilton Garcia

    A atividade de criar, planejar, projetar ou conceber as coisasremete ao desafio de pensar os objetos em suas escrituras no mundo. Doobjeto ao produto h uma significativa passagem de ressemantizao quesistematiza uma dinmica eminentemente contempornea. Produtos envolvema (re)configurao sistmica da condio humana e a atribuio especfica,tcnica, do objeto ao seu uso no cotidiano. O design e/ou a comunicao deum produto recobre-se na linguagem quando aciona uso, consumo einformao. evidente que ningum projeta uma cadeira sem a expectativade uso!

    A experincia desse uso viabiliza a instaurao da prtica projetualpara o desenvolvimento de qualquer artefato vinculado linha do consumoao corpo, portanto, ao afeto. Entre a afetividade e o ato de ser afetado pelatransformao do objeto em produto existe um conjunto de discursividadesestratgicas que reconduzem as informaes no contemporneo.

    Por exemplo, o corpo uma informao contundente (forte equente), porque sua intensidade expressiva legitima uma rpida lanternamgica de projeo e identificao para a sociedade. O corpo coabita umaflexibilidade de instncias discursivas que acopla o refinamento dos valoressimblicos e culturais de um objeto/produto corpo, aqui, captado em seucomposto complexo e refletido como instrumento orgnico vivo de aesinesperadas.

    Este texto, assim, absorve a ateno aos produtos miditicosem uma leitura crtica acerca de perfis simblicos e culturais entre consumoe corpo. Investigo temas contemporneos imbricados aos fatores humanos.So vestgios para serem tratados epistemologicamente no campo da arte,do design e da moda em dilogo com o corpo contemporneo.

    Por ora, enveredo meu olhar apoiado pelos estudos contempo-rneos (Garcia, 2005) na extenso de seu eixo terico-metodolgico.1 Realizoum percurso descritivo de incurses conceituais sobre o corpo tendo comoreferncia a linguagem, a qual se estratifica em duas categorias crticas:cultura e representao.

    Wilton Garcia Produtos miditicos: perfis simblicos e culturais

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    De um lado, diante da cultura que a contextualizao da lin-guagem emerge e se organiza paulatinamente. A cultura um forte indicadordessa linguagem. De outro, a representao (inter)media o processo deafinamento experiencial deste estudo, visto que representar implica conside-rar as condies expressivas do tema em debate os produtos miditicos.

    Como artista visual e pesquisador, fico atento s transformaesque as tecnologias digitais proporcionam. Em minhas investigaes, tenhoalertado para a compreenso de estratgias discursivas que enunciam estastransformaes tecnolgicas do/no artefato/produto. Como conseqncia,estas transformaes tambm afetam a sociedade contempornea como traode atualizao do sistema. Assim, pesquiso questes tcnicas e conceituaisacerca do processo de criao de arte, design, moda e publicidade em dilogocom o corpo. Da teoria prtica dispe-se um afinamento discursivocomplexo.

    diante da crtica e da produo de fotografia e vdeo que re-considero tais transformaes tecnolgicas e socioculturais. Transformaesanotadas e indispensveis como instrumento de leitura crtica sobre corpo,ao expandir seus objetos de estudo e ambientes miditicos para atingir dis-tintos campos do design, da arte, da comunicao e da moda. Tudo isso serelaciona enquanto reas dist intas do conhecimento humano que secomplementam.

    Neste caso, tomo o processo de criao como artista e pesqui-sador na expectativa de propor um pensamento crtico e poltico sobre oobjeto e seu consumo na extenso da contemporaneidade. Tento com issoapreender, via descrio, o exerccio de vivenciar as coisas, por meio dalinguagem atrelada cultura e representao.

    Para Humberto Maturana (1997), a linguagem est no domniodas coerncias mltiplas do organismo em suas coordenadas discursivas,uma vez que objetos surgem com a linguagem e preexistem a ela. Portanto,a linguagem o eixo do debate. Ao considerar linguagem, cultura e repre-sentao, este trabalho permeia um espao interdisciplinar entre arte, design,moda e publicidade a fim de desdobrar anotaes de (des)envolvimentos(inter)subjetivos.

    Essas anotaes metodologicamente so focadas pelos estudoscontemporneos do corpo. Investigo transversalidades que contextualizamtal equacionalidade, cujas resultantes exibem estudos contemporneos. Emi-nentemente, so os estudos da produo de conhecimento, que aborda uma

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    compreenso de mundo e de objeto e articula uma leitura crtica de experi-mentaes (artsticas, conceituais e profissionais) no contexto sociocultural,identitrio e poltico.

    Na atualidade, as diferentes (de)marcaes de arte, design, modae publicidade, sobretudo a hipermdia, (re)inscrevem algumas noesconceituais ao experienciar as noes de corpo e sua condio adaptativa nacultura contempornea. A partir do encontro design, moda e publicidade,observam-se os novos trfegos entre corpo e objeto; imagem e produto;performance e subjetividade. So instncias desdobradas em passagens,provocaes e artifcios preconizados pela linguagem, que equaciona umadinmica sincrtica de cultura e representao.

    Interessa-me observar a relao hbrida que convoca arte, design,moda e publicidade, marcada pela expanso conceitual de imagem etecnologia digital. Essa relao hbrida expe resultantes de artefatosmanufaturados e o corpo estratifica sua prpria extenso humana, cada vezmais fragmentada.

    Como novidade que aciona tais relaes, por um lado, EduardoKac, Orlan e Sterlac so artistas contemporneos que ajudam a pensar ocorpo a partir de experincias tecnolgicas na arte. Por outro, design, modae publicidade estudam essas atualizaes como avanos e novidades domercado, diante dos domnios ditos computacionais inteligentes. Experimentar,aqui, vivenciar uma liberdade de expresso e deixar tona os possveispensares laboratoriais work in progress. Isso cria uma abertura para repensara noo de corpo.

    Diante desses pressupostos, este trabalho no pretende escaparde uma preocupao sociocultural e poltica marcada por conotaesempricas expostas no trabalho que desempenho com fotografia e vdeo.Isto , indago situaes crticas que ocorrem no cotidiano vivenciado porcomunidades discursivas. Realizo esse escopo para fazer emergir aspectos(inter)subjetivos que propriamente apresentam vestgios do corpo. Corpoque, no contemporneo, intermedia solues criativas e inovadoras.

    DA IMAGEMAbordo o uso da imagem como recorrncia contempornea do

    corpo que (re)articula a natureza processual do artefato, traduzindo-o empotencializadores de uma informao eficiente. Eficincia miditica marcadapela combinao que aproxima objeto e corpo no improviso de projeo e

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    identificao, conforme j citado. A performance corporal promove umagenciamento de traos que constituem o estado comunicativo do objeto.

    A natureza transideolgica da expresso da imagem implementaa condio esttica do sentir, a qual inscreve essa experincia sob aperspectiva do objeto, segundo Mrio Perniola.

    O que suscita inquietude e constitui um enigma exatamente aconfluncia num nico fenmeno de duas dimenses opostas,o modo de ser da coisa e a sensibilidade humana: parece que ascoisas e os sentidos j no lutam entre si, mas tambm tenhamtecido uma aliana graas qual a abstrao mais distanciada ea excitao mais desenfreada sejam quase inseparveis e muitasvezes indistinguveis (Perniola, 2005: 21).

    Diante de tal pensamento, acoplar a coisa e o sentido requerestabelecer uma comunho muito especfica entre objeto e corpo. Isso ocorrepara alm de uma mera dimenso ergonmica e constitui-se pela tradelinguagem, cultura e representao. J no h muito sentido nas coisas, hapenas efeitos.

    A imagem no contemporneo aparece como propos ioparadoxalmente ambgua, pois flutua entre a escritura da matria e avirtualidade de efeitos visuais. Ela, a imagem, configura o lugar do enunciado,ainda que o faa no trnsito dos efeitos de sentidos. A manifestao da imagemtransversaliza-se de feixes de efeitos. o carter provisrio desses pequenosfeixes de sentidos.

    Uma cena visual (re)vela uma informao, compreendida naextenso de sua narratividade expressiva. A imagem agencia/negocia ainscr io do ob je to in te rmediado pe lo entre - lugar , e spao de(inter)subjetividades, diante do olhar de alteridades. De acordo com JacquesAumont:

    A imagem como toda cena visual olhada durante certo tempo se v no apenas no tempo, mas custa de uma exploraoque raramente inocente; a integrao dessa multiplicidadede fixaes particulares sucessivas que faz o que chamamosnossa viso de imagem (Aumont, 1995: 61).

    Esse procedimento postula uma negociao do representar apossibilidade de manifestaes socioculturais e artsticas dos produtosmiditicos. A densidade do enunciado torna-se cada vez mais provisria, ao

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    (re)criar processos parciais e efmeros de produo de sentidos. Neste caso,a produo miditica sustenta apenas em seus efeitos. Indiscutivelmente,nos efeitos!

    Conforme afirma Alberto Manguel (2001: 21):As imagens, assim como as histrias, nos informam. Aristtelessugeriu que todo processo de pensamento requeria imagens.(...) As imagens que formam nosso mundo so smbolos, sinais,mensagens e alegorias. Ou talvez sejam apenas presenas vaziasque comple tamos com nosso dese jo , exper inc ia ,questionamento e remorso. Qualquer que seja o caso, asimagens, assim como as palavras, so a matria de que somosfeitos.

    E o autor complementa:

    As imagens, porm, se apresentam nossa conscinciainstantaneamente, encerradas pela sua moldura a parede deuma caverna ou de um museu em uma superfcie especfica.(...) uma imagem existe no espao que ocupa, independente dotempo que reservamos para contempl-la (ibidem: 25).

    Ao propor uma leitura sobre a imagem, Manguel indica variantesque (re)dimensionam a lgica da imagem como construto de narrativas visuais,as quais intercedem estrategicamente na elaborao dos enunciados. Nessa(re)visitao, a noo de imagem pode ser observada como emergncia datransitoriedade do objeto, incidindo sua complexidade na percepo dedeslocamento do enunciado. A imagem propaga a articulao da experincia,na medida em que aborda uma produo de saber: complexo e sofisticado.

    A manifestao da imagem tende a se transformar na dinmicade sua expresso, ressalvando a ocorrncia de uma disposio cognitiva.Imagem que se pauta pela compreenso de uma leitura crtica e apresenta ainteno do objeto, atravs da pluralidade recorrente nas condiesadaptativas de (inter)cambialidade de redes de conversaes.

    CULTURA MIDITICANota-se que, a cultura miditica2 disponibiliza uma informao

    bastante tendenciosa. Refletir sobre os parmetros da mdia em consonnciacom os estudos contemporneos do corpo pensar os esteretipos doexotismo exagerado que compreendem as prticas miditicas, sobretudo coma globalizao e o neoliberalismo. Mas isto um debate para outra ocasio.

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    Ao excitar o pblico, a mdia totaliza uma responsabilidadehierarquizante e manipuladora, por exemplo, sobre a noo de corpo. Hojeem dia, a sociedade confunde corpo e imagem corporal.

    Esse mix entre o corpo e sua representao um trao miditicoescandalizado pelos acessos permissivos da produo miditica queespetaculariza o ser como uma autofagia embrionria. As celebridadestelevisivas servem de exemplificao, pois muitas no fazem nada, apenasdefendem sua aparncia na busca de fama e sucesso. Este ltimo um ter-mo perigoso para ser mensurado. Afinal, o que fazem as celebridades?

    Assim, os estudos contemporneos do corpo que comportatambm o campo da cultura miditica pesquisam na ampliao dos efeitosde sentidos sobre a (re)composio corprea produzida por diferentes(inter)textos nos meios impressos, eletrnicos e digitais. Da produo aoconsumo, o corpo hbrido.

    Es t ra teg icamente , ponderam-se as novas produes daexperincia cotidiana artstica, mercadolgica, miditica e/ou sociocultural que incorporam dados competentes aos objetos/artefatos. A produomiditica articula-se diante de circulao, informao e consumo dessesprodutos, os quais so pautados pela versatilidade expoente de experinciase subjetividades.

    A feitura de um objeto/artefato depende de sua reao direta como corpo (como referncia sociocultural), do ponto de vista da produo. Omesmo ocorre com a exibio e o consumo de um produto. Eis aqui umapremissa instigante para enriquecer este debate. Ou seja, como elaborar umparalelo entre a exposio do corpo em contraponto exposio de umproduto? De que modo ambientar corpo e produto na mdia? Como explorara imagem do corpo na (dis)juno de arte, design, moda e publicidade? Naverdade, parece que so instncias que se complementam, do ponto de vistada oportunidade miditica. A mdia, atrelada ao mercado, expande a dimensodo corpo.

    A noo de estudos contemporneos do corpo demonstra aexperincia simblica e cultural como transversalidade de prticas eenunciados, permitindo a abrangncia de um objeto que se estende da crticaacerca do mercado de bens e servios s tecnologias digitais emergentes.Os textos, as culturas e as representaes da linguagem, no contemporneo,evidenciam uma articulao emblemtica, constituindo uma reviso tericado sistema hegemnico e sua discursividade cannica.

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    PRODUO MIDITICAOs produtos miditicos promovem o consumo ao mercado, uma

    vez que facilitam a veiculao das mercadorias, ou melhor, taticamente,condicionam sua exposio publicitria persuasiva. Na verdade, no soprodutos, porque so meras informaes compreendidas pelas estratgiasde planejamento de marketing. Informaes cada vez mais dinmicas e,portanto, infelizmente, cada vez menos prestativas. A regra de a forma seguea funo, diante de tal histrico apontado, est ultrapassada, pois cabe umnovo/outro estatuto que almeje redimensionar e ampliar aquisio eusabilidade dos produtos.

    Neste percurso, a idia de produto miditico prepara armadilhas deenganos, equvocos, erros. So hiatos de resultantes profcuas para o mercadocom uma passagem, habilmente articulada e pronta, para devorar o consumidorperante a meno de mercadoria. Na verdade, a mercadoria hoje fetichizadapara ser consumida. s uma pardia, uma citao um mero efeito mesmo!

    O gap entre o produto e sua imagem miditica retorce a mensageme impossibilita uma leitura adequada. O modelo de representao ideal(desejado) otimiza os recursos miditicos que desafiam o pblico. Lembre-se: projeo e identificao. Assim, tambm, verifica-se a anotao antecipadaque compreende o equvoco entre corpo e imagem corporal. Do ideal debeleza fora da natureza, h um percurso considervel.

    De fato, essa crtica a respeito da produo miditica j foirealizada a partir da Escola de Frankfurt sobre o processo de espetacularizaomassiva das mercadorias com o advento da indstria cultural. Inegavelmente,de l para c muita coisa mudou. Para alm da teoria, de acordo com TerryEagleton (2005), o que tento retomar como observar, mensurar e registrara instantaneidade das aes de consumo diante das tecnologias digitais, queaceleram ainda mais tal procedimento miditico, sobretudo no campo daproduo da imagem.

    Um produto miditico, talvez, no poderia ser visto/lido apenascomo algo isolado ou uma imagem distante do contexto de usabilidade. Umproduto miditico fonte de informao traduzida pela estratgia do enunci-ado. A mdia reinstaura o lugar do objeto e compe os fatos em umadiscursividade persuasiva. Midiar mais que verbo de ao, uma articula-o competente da informao e do consumo inerente linguagem.

    Sabe-se que o consumo de objetos/produtos em larga escala(massificada e industrial) perene, porm constante. Ao identificar a expe-

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    WILTON GARCIA artista visual, doutor em Comunicao pela Escola de Comunicao e Artes(ECA) da Universidade do Estado de So Paulo (USP). Fez estgio ps-doutoral em Multimeios noInstituto de Artes (IA) da Universidade de Campinas (Unicamp). Atualmente, professor do Mestradoem Design da Universidade Anhembi.

    rincia cotidiana e o consumo, o ambiente digital tambm surge na cena eentrecruza uma paisagem sinalizada pelos processos de metamorfoseamentoprovocado pelo contemporneo. Ou seja, percebe-se um arco-ris de simu-lacros, simulaes e simultaneidades na tessitura da informao. Astecnologias enfatizam o corpus representacional em que manifestam os pro-dutos miditicos.

    Da televiso revista, do cinema ao jornal, do vdeo ao compu-tador, do game internet testemunham-se crescentes possibilidades dedesenvolvimento de produtos para o mercado e conseqente consumo, atu-alizado pela experincia contempornea que estigmatiza uma perspectiva inou out do sujeito social, segundo Jurandir Freire Costa (2004). Se o sujeitoefetiva uma compra ele est in no sistema, mas se no responde demandaele es t out fora da moda. I s to , o consumo de termina o graurepresentacional de pertena. O consumo, desta forma, condiciona o afagopela pertena.

    Ento, convido o leitor a considerar as enunciaes pragmticasembutidas na feitura de um objeto e recombinadas no consumo. Com isso,tento permear uma discusso crtica sobre a atualizao de possveisreferenciais miditicos em que se compreende o sujeito usurio/interator e sua imagem corporal.

    Finalizando, este texto torna-se, assim, um esforo para pensare compartilhar com o leitor uma dinmica criativa de aspectos subjetivos epoticos que intermedeiam os produtos miditicos no contemporneo.

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    NOTAS

    1 Os estudos contemporneos fomentam intercmbios discursivos entreos estudos culturais e as novas tecnologias. Da manifestao do objeto sua recepo,a lgica desses estudos sistematiza a acoplagem de design e corpo, na condiosensvel com o mundo. Assim, utilizo os estudos contemporneos como mapeamentoconceitual para revisitar os critrios delimitados pelo sistema dominante , em queemergem os enunciados. Esse desdobramento vasculha uma (re)dimenso terica epoltica de design e corpo, associada ao fator flexvel da linguagem. Efetivamente, ocontemporneo se reveste de atualizaes conceituais.

    2 A cultura das mdias deve ser vista/lida como ambiente responsvel pelosmodelos e processos de abordagens da comunicao, considerando os aspectos queenvolvem organizao, produo, contedo, circulao e recepo da informao.Uma vez observados os estatutos e os procedimentos de composio da informao,a cultura miditica engloba expresses, articulaes e subjetividade, as quais investigamos modos e as implicaes conceituais/metodolgicas na concepo de produtosmiditicos.

    Wilton Garcia Produtos miditicos: perfis simblicos e culturais

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    AUMONT, Jacques (1995). A imagem, 2 ed. Campinas: Papirus.COSTA, Jurandir Freire (2004). O vestgio e a aura: corpo e consumismona moral do espetculo. Rio de Janeiro: Garamond.

    EAGLETON, Terry (2005). Depois da teoria: um olhar sobre os estudosculturais e o ps-modernismo. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira.

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    MATURANA, Humberto (1997). A ontologia da realidade. Belo Horizonte:Ed. UFMG.

    PERNIOLA, Mario (2005). O sex appeal do inorgnico. So Paulo: StudioNobel.

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