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PRODUTO 09 - PREPARAÇÃO PARA EXECUÇÃO DA PROPOSTA DE GESTÃO INTEGRADA DE RCCV ARM_TEC_03_09_REL_02_RCCV_20151017

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PRODUTO 09 - PREPARAÇÃO PARA EXECUÇÃO DA

PROPOSTA DE GESTÃO INTEGRADA DE RCCV

ARM_TEC_03_09_REL_02_RCCV_20151017

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333333333

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE

RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS

DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

E VOLUMOSOS (RCCV)

PRODUTO 09: PREPARAÇÃO PARA A EXECUÇÃO DA

PROPOSTA DE GESTÃO INTEGRADA DE RCCV

ARM_TEC_03_09_REL_02_RCCV_20151017

Outubro de 2015

Consórcio:

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CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA e ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

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PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE

SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status: Externo

Título do Documento: Produto 09: PREPARAÇÃO PARA A EXECUÇÃO DA PROPOSTA DE GESTÃO INTEGRADA DE RCCV

Nome/código: ARM_TEC_03_09_REL_02_RCCV_20151017 Versão: Final

Elaboração:

Ο Alex José de Almeida

Ο Alex Quiroga

Ο Ana Maria Castro da Silveira

Ο Cristiano Figueiredo Lima

Ο Cynthia Fantoni

Ο Delfim José Leite Rocha

Ο Eduard Millet

Ο Gonzalo Herranz

Ο Gustavo Tetzl Rocha

Ο Henrique Ferreira Ribeiro

Ο Henrique S L V Gomes

Ο Isadora Braga Camargos

Ο Jesús Blasco Gómez

Ο José Cláudio Junqueira Ribeiro

Ο Juan Carlos Rives López

Ο Juliana Felisberto

Ο Luciana de Nardi

Ο Marcos Antônio de Almeida Rodrigues

Ο Maria Antônia Vieira Martins Starling

Ο Murilo Zaparoli

Ο Renato Nogueira de Almeida

Ο Solange Vaz Coelho

Ο Thiago de Alencar Silva

Ο Vicente Jimenez de la Fuente

Data: 15/10/2015

Revisão: Jesus Blasco Goméz, Juan Carlos Rives Lopes, Thiago de

Alencar Silva, José Claudio Junqueira Ribeiro Data: 16/10/2015

Aprovação: Jesús Blasco Data: 17/10/2015

Observações:

Aprovação do Gestor:

Nome: Visto:

Data da Aprovação:

Consórcio:

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CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA e ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)

Pag. 3

APRESENTAÇÃO

O presente documento, formalmente denominado Preparação para a execução da

proposta de gestão integrada de RCCV ou Produto 09, é o primeiro produto da Fase

03 do PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM

FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) e foi elaborado pelo Consórcio formado

pelas empresas IDP Engenharia e Arquitetura Iberia e Ferreira Rocha - Gestão de

Projetos Sustentáveis (Consórcio IDP Ferreira Rocha) sob a coordenação da Agência

de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) e seu Grupo

de Acompanhamento (GA).

Como definido inicialmente, a elaboração do Plano está estruturada em três fases:

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RCCV na Região Metropolitana de

Belo Horizonte (RMBH) e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Fase 02: Elaboração de proposta para a gestão e gerenciamento dos RCCV; e

Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para

gestão e gerenciamento dos RCCV.

O prazo previsto para a conclusão do projeto é de 22 (vinte e dois) meses e

como o início foi em janeiro de 2014 seu término está previsto para setembro de

2015.

A Fase 01, finalizada em setembro de 2014 teve a função de levantar dados e apresentar o Diagnóstico da Situação Atual dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte e, por sua vez, foi composta por três Produtos além de um Resumo Executivo, conforme esquema apresentado no quadro abaixo.

O Produto 04 descreverá as diferentes etapas que fazem parte da gestão integrada dos

resíduos dos serviços de saúde para o seu gerenciamento intra estabelecimento,

focando nos requisitos mínimos para o acondicionamento, segregação, transporte intra

estabelecimento, armazenamento externo e transporte externo dos mesmos.

Fonte: Plano de Trabalho Atualizado aprovado, Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, 2014.

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

A Fase 02, iniciada paralelamente a etapa final da Fase 01, com a elaboração do Produto 03 é composta por seis Produtos, além de um resumo executivo, conforme

Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de BH

Produto 00: Balizamento técnico, legal e metodológico para elaboração do

Plano

Produto 01: Geração e fluxo de gestão e gerenciamento dos

RCCV

Produto 02: Levantamento de planos e projetos, executados e em

execução, para gestão e gerenciamento dos

RCCV

Resumo Executivo:Síntese analítica de

dados e informações

Quadro 1 - Etapas da Fase 01. Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos

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descrito de forma sintética no Quadro abaixo e no organograma geral de todos os Produtos que compõe o Plano:

Quadro 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o gerenciamento, tratamento e disposição

final dos RCCV

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

A Fase 03, iniciada paralelamente a etapa final da Fase 02, com a elaboração do Produto 09 é composta por um Produto conforme descrito de forma sintética no Quadro abaixo e no organograma geral de todos os Produtos que compõe o Plano:

Quadro 3 - Etapas da Fase 03: Preparação para Elaboração e Implantação das Alternativas para gestão

dos RCCV

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

O Produto 09 propõe Preparação para a execução da proposta de gestão integrada

de RCCV da Área e Colar Metropolitano de Belo Horizonte, que deverá consolidar uma

solução unificada dentre as alternativas para o equacionamento dos problemas

levantados nos produtos anteriores em especial o diagnostico dos RCCV, elaborado na

Fase 1.

A trajetória para a construção do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de RCCV

conta com o levantamento e compreensão de dados secundários e também com

informação de âmbito primário de diagnóstico, como estabelecido em Produtos

anteriores, sendo eles: Produto 00 - Planejamento Técnico e Conteúdo Introdutório

Referente aos Resíduos de Cosntruçao Civil e Volumosos (RCCV), Produto 01 -

Tipologia / Atividade, Geração, e Custo Referente aos Resíduos do Serviço de Saúde

(RCCV), Produto 03 - Benchmarking Internacional e Nacional Referencial – RCCV,

Produto 04 - Alternativa de Gestão e Gerenciamento de RSS recomendada, Produto 05

- Alternativas para o Transbordo, Tratamento e Disposição Final dos RCCV, Produto 06:

Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RCCV

Produto 03 -Benchmarking Referencial

Nacional e Internacional de Gestão e

Gerenciamento de RCCV

Produto 04 -Alternativa de

Gestão e Gerenciament

o de RCCV recomendada

Produto 05 -Alternativas

para o Transbordo,

Tratamento e Disposição

Final

Produto 07 -Possibilidade

s de Implantação de Soluções Integradas

Produto 06 -Áreas

Favoráveis para

Instalação de Infraestruturas de RCCV

Produto 08 -Sistema de

Gerenciamento Proposto

Fase 03: Preparação para Elaboração e Implantação das Alternativas para gestão dos RCCV

Produto 09 - Preparação para execução da proposta de gestão integrada

Resumo Executivo Fase 2

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Áreas favoráveis para instalação de infraestruturas de RCCV, Produto 07:

Possibilidades de implantação de soluções integradas de RCCV e Produto 08: Sistema

de gerenciamento proposto para RCCV. Todos elaborados pelo Consórcio IDP Ferreira

Rocha.

O objetivo da elaboração deste Produto 09 é servir de apoio às demais fases

contempladas pelo Plano, possuindo um caráter dinâmico e podendo ser

complementado em função das necessidades técnicas específicas, buscando ser um

instrumento que junto aos mecanismos de gestão já implantados pela ARMBH, possa

dar suporte à conclusão do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos da

Construção Civil e Volumosos (RCCV).

Na Figura 1 é possível visualizar as fases que foram desenvolvidas, definindo também

a fase atual na qual se inclui este produto, formando a denominada Estrutura Analitica

de Projeto (EAP).

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Figura 1 - Estrutura Analítica de Projeto (EAP).

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

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Pag. 7

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 2

LISTA DE QUADROS ............................................................................................... 9

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................... 10

DEFINIÇÕES .......................................................................................................... 11

ABREVIATURAS..................................................................................................... 23

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 25

1.1 BASE LEGAL E NORMATIVA aplicaveis neste produto ........................ 26

2 METODOLOGIA............................................................................................... 29

3 SELECIONAR A MELHOR ALTERNATIVA PARA A GESTÃO INTEGRADA E REGIONALIZADA DE RCCV .................................................................................. 31

3.1 O CONSORCIAMENTO INTERMUNICIPAL .......................................... 32

3.2 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ............................................................. 37

3.3 REGIME ECONÔMICO ......................................................................... 39

3.4 DIRETRIZES E METAS DO SISTEMA DE GESTÃO DE RCCV ............ 40

3.5 MANEJO DOS RCCV ............................................................................ 45

4 POSSÍVEIS ESTRUTURAS DE FOMENTO POR PARTE DOS AGENTES PÚBLICOS .............................................................................................................. 48

4.1 CONCESSÕES PÚBLICAS COM RETORNO ECONÔMICO A MÉDIO PRAZO ............................................................................................................. 49

4.2 COLABORAÇÃO PÚBLICO-PRIVADA .................................................. 52

4.3 FINANCIAR AS INFRAESTRUTURAS DE VALORIZAÇÃO POR MEIO DE TAXA POR DISPOSIÇÃO EM ATERRO .......................................................... 56

5 AÇÕES CONCRETAS A SEREM EXECUTADAS PELOS ÓRGÃOS PÚBLICOS.... .......................................................................................................... 57

5.1 AÇÕES FISCALIZADORAS .................................................................. 57

5.2 AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL .................................................. 60

5.3 AÇÕES DE INSERÇÃO DE AGENTES ................................................. 61

5.4 AÇÕES DE PREVENÇÃO ..................................................................... 62

5.5 AÇÕES DE VALORIZAÇÃO E DISPOSIÇÃO CONTROLADA .............. 68

5.6 AÇÕES DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO ............. 68

5.7 AÇÕES DE MONITORAMENTO ........................................................... 69

6 AÇÕES CONCRETAS A SEREM EXECUTADAS PELOS DEMAIS AGENTES PRIVADOS.............................................................................................................. 76

6.1 AÇÕES DE PREVENÇÃO ..................................................................... 76

6.2 AÇÕES DE VALORIZAÇÃO E DISPOSIÇÃO CONTROLADA .............. 78

6.3 AÇÕES DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO ............. 78

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Pag. 8

7 PRIORIZAÇÃO DA COLETA SELETIVA .......................................................... 80

7.1 AÇÕES PARA INCENTIVAR A SEPARAÇÃO NAS FONTES GERADORAS .................................................................................................. 80

7.2 CAMPANHAS DE CAPACITAÇÃO ........................................................ 80

7.3 CRIAÇÃO DE CURSO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA COMO GESTOR DE RCCV .................................................. 80

7.4 CRIAÇÃO DE CURSOS NÃO REGULAMENTADOS DE APLICAÇÃO PRÁTICA RELACIONADA COM A GESTÃO DOS RCCV ............................... 81

8 PROGRAMAS DE INVESTIMENTOS .............................................................. 83

8.1 TIPO DE INVESTIMENTOS .................................................................. 83

8.2 MECANISMOS DE RATEIO .................................................................. 84

9 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ..................................................... 86

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 87

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Etapas da Fase 01. Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos .............. 3

Quadro 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o gerenciamento,

tratamento e disposição final dos RCCV ....................................................................... 4

Quadro 3 - Etapas da Fase 03: Preparação para Elaboração e Implantação das

Alternativas para gestão dos RCCV .............................................................................. 4

Quadro 4 - Legislação Federal para PPP. ................................................................... 26

Quadro 5 - Legislação Estadual para PPP. ................................................................. 27

Quadro 6 – Diretrizes e estratégias para alcançar os objetivos marcados na gestão dos

RCCV. ........................................................................................................................ 41

Quadro 7 – Matriz de monitoramento do desempenho de gestão no âmbito do Consórcio

– Nível central. ............................................................................................................ 71

Quadro 8 – Matriz de monitoramento do desempenho da gestão no âmbito municipal –

Nível Local .................................................................................................................. 72

Quadro 9 - Valor total arrecadado pelos grupos de Rateio, estabelecido por faixa

populacional e área de abrangência do município na Bacia dos Sinos – RS, 2007..... 85

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Pag. 10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura Analítica de Projeto (EAP). ............................................................ 6

Figura 2 - Fluxograma de coleta de informação. ......................................................... 30

Figura 3 – Descrição gestão-Gerenciamento-Manejo ................................................. 31

Figura 4 - Proposta de modelo de gestão de RCCV para RMBH e Colar Metropolitano

................................................................................................................................... 35

Figura 5 - Hierarquização da ação administrativa na gestão de RCCV na RMBH e CM

................................................................................................................................... 37

Figura 6 - Fiança gerenciamento resíduos em obra .................................................... 63

Figura 7 - Ação emergencial para a retirada do lixo e entulho que estava acumulado na

Vila do Abraão. ........................................................................................................... 65

Figura 8 - Cartões do usuário ponto limpo .................................................................. 67

Figura 9 - Exemplo de ordem e limpeza em canteiro de obra ..................................... 76

Figura 10 - Exemplo de Ponto de armazenamento de resíduos perigosos.................. 77

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Pag. 11

DEFINIÇÕES

A seguir, serão apresentadas as definições de alguns termos técnicos utilizados ao

longo do documento.

Acondicionamento

O gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de

transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de

reutilização e de reciclagem.

Agregado reciclado

Material granular proveniente do beneficiamento (trituração) de resíduos de construção

“Classe A” com características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de

infraestrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia, de acordo com os

critérios técnicos e orientações exigidas pela legislação vigente.

Área contaminada

Local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer

substâncias ou resíduos.

Área órfã contaminada

Área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou

individualizáveis.

Áreas de armazenamento transitório

Área que tenha como atividade fim o armazenamento de resíduos da construção civil e

volumosos em local adequado, de forma controlada e sem risco à saúde pública e ao

meio ambiente, com o intuito de viabilizar sua triagem, reutilização, reciclagem ou

disposição final, conforme a Normativa COPAM nº 155.

Áreas de destinação de resíduos

São áreas destinadas ao beneficiamento/reciclagem ou à disposição final de resíduo.

Áreas de reciclagem

Área onde ocorre o processo de transformação de um resíduo para fins de

reaproveitamento conforme a Normativa COPAM nº 155.

Áreas de Triagem e Transbordo – ATT

Estabelecimento privado ou público destinado ao recebimento de resíduos da

construção civil e volumosos, usado para triagem dos resíduos recebidos e posterior

remoção para destinação adequada conforme a Normativa COPAM nº 155.

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Aterro Controlado

É uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente é uma célula

adjacente ao lixão que foi remediada, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama

(idealmente selado com manta impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e

captação de chorume e gás. Esta célula adjacente é preparada para receber resíduos

com uma impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta

dos impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro

material disponível como forração ou saibro. Tem também recirculação do chorume que

é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo a sua absorção pela terra ou

eventualmente outro tipo de tratamento para o chorume como uma estação de

tratamento para este efluente.

Aterro de resíduos classe A de reserva de material para usos futuros

É a área tecnicamente adequada onde serão empregadas técnicas de destinação de

resíduos da construção civil classe A no solo, visando a reserva de materiais

segregados de forma a possibilitar seu uso futuro ou futura utilização da área, utilizando

princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos

à saúde pública e ao meio ambiente e devidamente licenciado pelo órgão ambiental

competente (nova redação dada pela Resolução 448/12).

Aterro sanitário

Instalação destinada à disposição sanitária e ambientalmente segura dos resíduos

sólidos urbanos do âmbito da Administração Municipal na superfície ou subterrâneo,

baseados nos princípios e métodos da engenharia sanitária e ambiental.

Beneficiamento

Ato de submeter um resíduo a operações e/ou processos que tenham por objetivo

conferir condições favoráveis/melhorias para utilização deste como matéria-prima ou

produto.

Britadores

Equipamentos utilizados para o processo de britamento que consiste no uso da energia

mecânica de caráter compressivo, de impacto ou de cisalhamento. Alguns tipos de

britadores mais utilizados são: Britador de mandíbulas, Britador giratório e Britador de

rolos. Os britadores são equipamentos usados para a redução grosseira de grandes

quantidades de sólidos como materiais rochosos, carvão, vidro, etc.

Bacia de Captação de Resíduos

A bacia de Captação de Resíduos é uma determinada parcela da área urbana municipal

que oferece condições homogêneas para a disposição correta dos resíduos de

construção ou resíduos volumosos nela gerados, em um único ponto de captação

(Ponto de Entrega para Pequenos Volumes) e que podem ser disponibilizadas às

instituições voltadas à coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos secos, com potencial

de reciclagem.

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Pag. 13

Banco de áreas para aterramento

O banco de áreas para aterramento é composto de lotes ou pequenas glebas urbanas,

públicas ou particulares, que necessitem de aterramento de seus relevos, em caráter

definitivo e de forma adequada, com vistas à implantação posterior de outra atividade

urbana. A implantação desse banco de áreas deve conter, além do cadastro das áreas

disponíveis para aterramento, critérios corretos para atender à demanda de materiais

limpos, definição das responsabilidades e procedimentos para o licenciamento e

execução do aterramento. Também deve ser exigido dos responsáveis pelas obras o

uso exclusivo dos resíduos de classe A, adequadamente triados nas instalações

propostas à readequação do sistema de gestão atual.

Capacidade de recebimento

Capacidade máxima de recebimento do empreendimento ou atividade, a qual deverá

ser informada levando-se em conta a capacidade de processamento dos equipamentos

e sistemas instalados. A capacidade de recebimento deverá ser expressa

necessariamente na unidade explicitada no texto descritivo do porte do empreendimento

ou atividade, conforme especificado na Normativa COPAM nº 155.

Caracterização

É uma das etapas do Projeto de Gerenciamento de RCC e consiste na identificação e

quantificação dos resíduos, de acordo com o Artigo 09, da CONAMA 307/2002.

Ciclo de vida do produto

É uma série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de

matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final.

Ciclones

É o equipamento mais usado para coleta de poeira. Os ciclones são equipamentos

utilizados para a coleta de partículas (limpeza de gases).

Colar Metropolitano

Conjunto de municípios pertencentes ao Colar Metropolitano da região metropolitana de

Belo Horizonte, segundo o art. 3°, §1°, da Lei Complementar Estadual n° 124/2012, bem

como eventuais alterações. São eles: Barão de Cocais, Belo Vale, Bom Jesus do

Amparo, Bonfim, Fortuna de Minas, Funilândia, Inhaúma, Itabirito, Itaúna, Moeda, Pará

de Minas, Prudente de Morais, Santa Bárbara, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José

da Varginha Sete Lagoas.

Coleta diferenciada

Coleta e transporte externos de resíduos, por grupos e/ou classe de resíduos

segregados no local de geração e por tipo de tratamento ou disposição final

ambientalmente adequada.

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Coleta e transporte Externo

Atividade que implica a coleta dos resíduos sólidos por parte da empresa prestadora de

serviços de resíduos sólidos, devidamente registrada, cujos veículos devem contar com

todas as autorizações do Município correspondente e/ou do Ministério de Transportes e

Comunicações, desde o gerador até sua disposição final. Os resíduos perigosos em

nenhum caso deverão ser transportados junto com os resíduos municipais, devendo ser

empregados veículos especiais fechados.

Coleta Interna

Atividade que implica a coleta dos resíduos sólidos desde o local de geração de uma

obra, até o armazenamento temporário e/ou externo conforme determina a legislação

vigente e o PMGRCC.

Coleta seletiva

Coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou

composição.

Coletor

Recipiente fixo ou móvel, de capacidade variável, no qual os resíduos são depositados

para seu posterior armazenamento ou transporte.

Coprocessamento

Técnica de destinação final, na qual se utiliza o processamento de resíduos da

construção civil e volumosos como substituto parcial de matéria-prima e/ou de

combustível em processos de fabricação de cimento e/ou similares.

Consórcios municipais

Consiste em um contrato regulamentado pela Lei Federal nº - 11.107, de 6 de abril de

2005 e é formado de acordo com a decisão dos municípios.

Consultora contratada

Empresa (ou Consórcio) contratada para a modelagem do Plano Metropolitano de

Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) de

Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV).

Contratante

Órgão que contrata a elaboração da modelagem do Plano Metropolitano de Gestão

Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) de

Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV), no caso, a Agência de

Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Controle de Transporte de Resíduos (CTR)

O CTR é um documento emitido pelo transportador de resíduos que fornece

informações sobre gerador, origem, quantidade e descrição dos resíduos e seu destino,

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conforme especificações das normas brasileiras NBR 15.112/2004, NBR 15.113/2004 e

NBR 15.114/2004 da ABNT.

Depósito clandestino (Bota-fora)

É uma área procedente da deposição irregular de resíduos executada, principalmente,

por empresas privadas de transporte de RCC-RV, o qual utilizam grandes áreas sem

licenças ambientais ou com consentimento tácito, ou explícito, das Administrações

locais.

Desmontar

É um processo utilizado antes da demolição completa de um edifício, através do qual

se realiza a extração e segregação das peças ou materiais que compõem o resíduo, de

forma que cada parte possa receber o tratamento mais adequado em função das suas

características, sejam aqueles resíduos susceptíveis de reutilização, bem como aqueles

resíduos tóxicos.

Destinação final ambientalmente adequada

Conforme a Lei 23305/2010 é a destinação de resíduos que inclui a reutilização, a

reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras

destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa,

entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a

evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos

ambientais adversos.

Disposição final ambientalmente adequada

Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais

específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a

minimizar os impactos ambientais adversos, conforme a definição legal presente na

Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Ecoponto – Ponto de Entrega para Pequenos Volumes – Unidade de Recebimento

de Pequenos Volumes de RCCV

Equipamento público destinado ao recebimento e triagem de pequenos volumes de

resíduos da construção civil e resíduos volumosos, gerados e entregues pelos

municípios ou por pequenos transportadores, sem causar danos à saúde pública e nem

ao meio ambiente, observando as especificações da norma brasileira NBR 15.112/2004.

Empresa prestadora de Serviços de Resíduos Sólidos (EPS-RS)

Pessoa jurídica que presta serviços relacionados com os resíduos sólidos mediante uma

ou várias das seguintes atividades: limpeza de vias e espaços públicos, coleta e

transporte, transbordo, tratamento e disposição final de resíduos sólidos.

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Fragmentação de sólidos

É a operação que tem por objetivo a redução do tamanho de um determinado material

sólido, podendo este ser matéria prima, insumo ou produto nas diversas etapas de um

processo de transformação. Existe uma grande variedade de equipamentos para a

realização deste processo, que podem ser classificados de acordo com a redução do

tamanho das partículas em grossos, médios e finos.

Geração

Momento em que se gera um material que, de acordo com a legislação vigente, é

considerado resíduo.

Geradores

São pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades que

gerem os “resíduos da construção civil”.

Gerenciamento de resíduos

Sistema de gestão que visa a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de

resíduos provenientes da construção civil, incluindo o planejamento, as diretrizes e

procedimentos, e atribuir responsabilidades aos geradores, de acordo com o elaborado

em plano prévio, seguindo as orientações da Resolução Conama nº307/02.

Gerenciamento de resíduos sólidos

Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte,

transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos

sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com o plano

municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com o plano de gerenciamento de

resíduos sólidos, exigidos na forma da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 (nova

redação dada pela Resolução 448/12).

Grandes geradores

Pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas que gerem RCCV acima do limite

diário estipulado pela legislação ambiental vigente seja em um âmbito municipal, caso

mais restritiva que a definição estadual, se houver.

Grelha vibratória

São equipamentos utilizados na separação das pedras menores para a alimentação de

britadores e rebritadores, a fim de permitir que estes equipamentos trabalhem em seus

níveis máximos de capacidade. Servem para remover materiais finos do material bruto

(ROM) antes do britador primário e para o escape do material antes de rebritadores. A

adoção de grelhas proporciona vários benefícios, entre os quais:

• permite que o britador alcance sua plena capacidade de produção;

• reduz a capacidade nominal necessária do britador;

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• reduz o desgaste por abrasão dos revestimentos do britador;

• os materiais finos (ou particulados) formam uma camada de material que protege a

correia transportadora contra o impacto direto da descarga do britador.

Imposto predial e territorial urbano (IPTU)

É um imposto brasileiro instituído pela Constituição Federal (art. 156), de competência

dos municípios, que incide sobre a propriedade predial e territorial urbana e tem como

fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou

por acessão física, localizado na zona urbana do município.

Infraestrutura de disposição final

Instalação devidamente equipada e operada que permite dispor sanitária e

ambientalmente de forma segura os resíduos sólidos, mediante aterros sanitários e

aterros de segurança.

Infraestrutura de tratamento

Instalação onde se aplicam ou operam tecnologias, métodos ou técnicas que modificam

as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos sólidos, de maneira

compatível com requisitos sanitários, ambientais e de segurança.

Insalubridade

Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,

condições ou métodos de trabalho, exponham aos empregados a agentes nocivos à

saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade

do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Lixão

Forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, caracterizada pela sua

descarga sobre o solo, sem critérios técnicos nem medidas de proteção ambiental

adequadas à saúde pública. É o mesmo que descarga a “céu aberto”.

Logística reversa

Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de

ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos

resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros

ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Manejo de resíduos sólidos

Toda atividade técnica operacional de resíduos sólidos que envolva o manuseio,

acondicionamento, segregação, transporte, armazenamento, transferência, tratamento,

disposição final ou qualquer outro procedimento técnico operacional utilizado desde a

geração até a disposição final dos mesmos.

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Material valorizado

É todo aquele material que foi reciclado (obtido como resultado do tratamento do resíduo

da construção) ou reutilizado (obtido sem tratamento do resíduo) e que é apto para ser

utilizado.

Minimização

Ação de reduzir ao mínimo possível o volume e periculosidade dos resíduos sólidos,

através de qualquer estratégia preventiva, procedimento, método ou técnica utilizada na

atividade geradora.

Misturadores

Destinado à mistura de pós e grãos. Não degrada o produto e possui ampla

acessibilidade para limpeza e descontaminação.

Pá Carregadeira

Trator escavo-carregador usado para amontoar terra, entulho, lama, lixo e encher os

veículos em operação nas vias públicas e nos aterros sanitários.

Padrões sustentáveis de produção e consumo

Produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais

gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a aplicação

ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras.

Parceria Público-Privada (PPP)

é um contrato de prestação de obras ou serviços não inferior a R$ 20 milhões, com

duração mínima de 5 e no máximo 35 anos, firmado entre empresa privada e o governo

federal, estadual ou municipal.

Peneiramento

O peneiramento é uma operação de separação mecânica de materiais com o objetivo

de separar sólidos granulados de diâmetros diversos por meio da utilização de peneiras

manuais.

Peneira Vibratória

A peneira vibratória tem a função de filtrar materiais muito finos (particulado). Neste

processo, as partículas são separadas e as maiores ficam na peneira. A peneira

vibratória ou tela está relacionada com as indústrias que trabalham com classificação,

separação por diferentes tamanhos e seleção de materiais em misturas.

Pequenos geradores

São pessoas físicas que geram até 1m³ de resíduos da construção por dia, ou 1 objeto

de grande volume para este mesmo período.

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Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil e Volumosos

Documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios

da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que aponta e

descreve as ações relativas ao seu manejo, cujos procedimentos são regularizados pela

Resolução CONAMA n° 307, de 5 de Julho de 2002, contemplando os aspectos

referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,

transporte, reutilização (por exemplo, coprocessamento, entre outros), reciclagem,

tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente.

Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS)

Documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios

da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que aponta e

descreve as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos serviços mencionados no

Art. 1º da Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005, contemplando os

aspectos referentes à geração, segregação e classificação, acondicionamento e

identificação, coleta interna, tratamento prévio, armazenamento, coleta e transporte

externos, reciclagem, transbordo, tratamento e disposição final, bem como a proteção

da saúde pública e do meio ambiente.

Plano de recuperação de áreas degradadas

O PRAD (Plano de Recuperação de Área Degradada) é um tipo de Estudo Ambiental

que contém uma série de programas e ações que permitem minimizar o impacto

ambiental causado por uma determinada atividade ou empreendimento. Tem por

objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano

preestabelecido para o uso do solo, visando à obtenção de uma estabilidade ambiental

e ecológica.

Protocolo

Documento que contém um conjunto de procedimentos específicos de forma ordenada,

estabelecidos para a realização de alguma atividade. Sempre possui a estrutura e o

conteúdo do mesmo modo. Também se emprega este termo nos protocolos dedicados

às comunicações nos sistemas de automatização e controle, bem como no transporte

de dados, etc.

Reaproveitamento

Obtenção de benefício de um bem, artigo, elemento ou parte do mesmo, que constitui

resíduo sólido. Reconhece-se como técnica de reaproveitamento: a reciclagem, a

recuperação e a reutilização.

Receptores de Resíduos da Construção Civil e de Resíduos Volumosos

São pessoas jurídicas, públicas ou privadas, operadoras de empreendimentos, cuja

função seja o manejo adequado de Resíduos da Construção Civil e Resíduos

Volumosos em pontos de entrega, áreas de triagem, áreas de reciclagem e aterros,

entre outras.

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Reciclagem

Ato de submeter o resíduo a um processo de transformação física, química ou biológica,

obtendo um novo produto, idêntico ou não ao anterior.

Rejeitos

Resíduos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e

recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não

apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.

Reserva de Resíduos

A Reserva de Resíduos é o processo de disposição segregada de resíduos

selecionados para reutilização ou reciclagem futura.

Resíduos biodegradáveis

São aqueles restos químicos ou naturais que se descompõe facilmente no ambiente e

que podem ser transformados facilmente em matéria orgânica.

Resíduos da construção civil

Aqueles provenientes das atividades de uma construção, uma reforma, reparo ou

demolição de obras de construção civil, bem como os provenientes da preparação e da

escavação de terrenos para fins de construção civil, conforme especificado na

Deliberação Normativa COPAM nº 155.

Resíduos inertes

São aqueles que não se descompõe nem se transformam em matéria prima e sua

degradação natural demanda grandes períodos de tempo. Entre estes se encontram o

poliestireno expandido, alguns papéis e uma grande maioria de plásticos.

Resíduos não perigosos

São aqueles produzidos pelo gerador em qualquer lugar e no desenvolvimento de sua

atividade, que não apresentam riscos para a saúde humana e/ou ao meio ambiente.

Resíduos perigosos

São aqueles resíduos que por suas características ou manuseio ao que serão

submetidos, representam um risco significativo para a saúde ou ao ambiente. São

considerados perigosos os que apresentem pelo menos uma das seguintes

características: auto combustível, explosivo, corrosivo, reatividade, toxicidade ou

patogenicidade, os quais podem causar dano à saúde humana e/ou ao ambiente.

Também se consideram perigosos os envases e embalagens que tenham estado em

contato com eles ou com substâncias ou produtos perigosos.

Resíduos sólidos

Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em

sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado

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a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes

e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de

esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente

inviáveis quanto a melhor tecnologia disponível.

Resíduos volumosos (RV)

Os Resíduos Volumosos (RV) são os resíduos considerados como os não provenientes

de processos industriais, constituídos basicamente por material volumoso não removido

pela coleta pública municipal rotineira, como móveis e equipamentos domésticos

inutilizados, grandes embalagens e peças de madeira, podas e assemelhados.

Reutilização

É o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo.

Segregação

Ato de (após a geração) garantir a separação dos resíduos na fonte de sua geração ou

posteriormente.

Tarifas ou preços públicos

São cobrados por serviços de interesse específico de pessoas ou instituições que se

disponham a pagar por eles. São de natureza contratual e os preços podem ser

reajustados durante o exercício financeiro.Podem ser realizados pela administração

pública indireta, a seu exclusivo criterio e cobrando o preço público pelo serviço

prestado, ou realizados pela iniciativa privada.

Taxa

É o tributo (imposto) cobrado de alguém que se utiliza de serviço público especial e

divisível, de caráter administrativo ou jurisdicional, ou o tem à sua disposição. A taxa

tem caráter compulsório, é fixada por lei num exercício para vigência no exercício

financeiro seguinte sem sofrer reajuste.

De acordo com o Código Tributário Nacional (CTN Art. 77) - As taxas podem ser

cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, e pelos os Municípios, no

âmbito de suas respectivas atribuições. Ou seja, as pessoas de Direito Público não

podem interferir na competência umas das outras. Por exemplo, a União não poderá

cobrar taxas que são de competência de um Município.

Transportadores

São as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos

resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação.

Tratamento

É o processo, método ou técnica que permite modificar as características físicas,

químicas ou biológicas do resíduo, a fim de reduzir ou eliminar seu perigo potencial

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capaz de causar danos à saúde e ao ambiente, tornando mais seguras as condições de

armazenagem, transporte e disposição final.

Tratamento térmico

É todo e qualquer processo cuja operação seja realizada acima da temperatura mínima

de oitocentos (800) graus Celsius (CONAMA 316/2002).

Triagem

A triagem de resíduos consiste na operação de separação e limpeza dos diversos

resíduos e/ou componentes dos resíduos de outros materiais indesejáveis, para

posterior acondicionamento.

Usina de Triagem e Compostagem

Local onde é realizada a separação manual da matéria orgânica, materiais recicláveis,

rejeitos e resíduos especiais presentes no lixo. A parte orgânica é destinada ao pátio de

compostagem, onde é submetida a um processo de conversão biológica em adubo, e o

que não pode ser aproveitado é aterrado em valas de rejeitos.

Valorização

Operação manual ou mecânica, desenvolvida apenas por um gestor autorizado, que

permite o máximo aproveitamento de todos os recursos contidos nos resíduos da

construção, com garantia de aplicação de acordo com as normas e as leis vigentes, e

que permite sua reinserção no ciclo econômico e produtivo dos materiais de segundo

uso.

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ABREVIATURAS

ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

APP ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

ARMBH AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

AS ATERRO SANITÁRIO

CM COLAR METROPOLITANO

CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

CONTRAN CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO

COPAM CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL

EPI EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

FEAM FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

GIRSU GESTÃO INTEGRADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

IPTU IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO

ISO ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE NORMALIZAÇÃO

(INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION)

LPOUS LEI PARA PARCELAMENTO, OCUPAÇÃO E USO DO SOLO

URBANO NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

MMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

NBR NORMA BRASILEIRA

PDDI-RMBH PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA

REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

PDE POSTOS DE DESCARGA DE ENTULHO

PEAD POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE

PGIRCC PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

PGIREEE PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS DE

EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS

PGIRPN PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS

PNEUMÁTICOS

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PGRCCV PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS

PNRS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PRL PREVENÇÃO DE RISCOS LABORAIS

PPP PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA

PRAD PLANO DE RECUPERAÇÃO DE AREAS DEGRADADAS

RAEE RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E

ELETRÔNICOS

RCC RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

RCCV RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS

RDC RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA

RFID RADIO-FREQUENCY IDENTIFICATION

RMBH REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

RSU RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

SEBRAE SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS

EMPRESAS

SLMU SECRETARIA MUNICIPAL DE LIMPIEZA URBANA

SLU SUPERINTENDÊNCIA DE LIMPEZA URBANA

SNIS SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE

SANEAMENTO

TIR TAXA INTERNA DE RETORNO

UC UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

URP UNIDADE DE RECEBIMENTO DE PNEUS

URPV UNIDADE DE COLETA DE PEQUENOS VOLUMES

UTDF UNIDADE DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RSS

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com o Termo de Referência o presente documento possui como objetivo

geral desenvolver as bases mínimas para a preparação na execução da alternativa

proposta, no âmbito da gestão integrada e regionalizada de RCCV da RMBH e Colar

Metropolitano, tendo em conta os pilares fundamentais de Informação, comunicação

e formação, assim como os mecanismos de fiscalização. Levando em consideração a

descrição das possíveis estruturas de fomento para tal gestão, tal como, os sistemas de

concessão e colaboração público-privada.

Propor medidas concretas a serem realizadas pelos organismos públicos, incluindo

ações de fiscalização, que devem ter como objetivo primordial o tratamento e disposição

final ambientalmente dos RCCV, associada à inclusão social, a emancipação

econômica e redução de risco para as organizações de catadores de materiais

recicláveis.

Promover dentro do programa de educação ambiental, o reconhecimento do resíduo

reciclável como um bem econômico, capaz de gerar emprego e renda, e incentivar

coleta seletiva e a logística reversa, em particular, a eliminação adequada de resíduos

de medicamentos e produtos farmacêuticos.

Promover a importância da implementação da coleta seletiva nos municípios com o

objetivo de otimizar a gestão dos RCCV e a segregação na fonte geradora, oferecendo

cursos de formação nas fontes de geração.

Ainda de acordo com o TR estão apresentadas informações sobre (i) Fontes Públicas

de Fomento para a Gestão e Gerenciamento dos RCCV – Identificação de possíveis

estruturas de fomento, por parte dos agentes públicos, para tornar a exploração privada

dos RCCV uma atividade econômica atrativa e para ampliação do mercado de produtos

recicláveis; (ii) Destinação final e disposição final ambientalmente adequada dos RCCV

- proposição de ações concretas para serem executadas pelos órgãos públicos,

incluindo ações fiscalizadoras, e que tenham como objetivo primordial a destinação

final e disposição final ambientalmente adequada dos RCCV , associada à inclusão

social, emancipação econômica e a redução de riscos para as organizações de

catadores de materiais recicláveis; e (iii) Mecanismos de Rateio e Programas de

Investimento – avaliação de Mecanismos de Rateio e Programas de Investimento que

melhor se adequem para a gestão dos RCCV.

Como item final registram-se as Considerações e Recomendações mais indicadas para

a fase de incorporação do Plano de Gestão e Gerenciamento dos RCCV da RMBH e

CM ao Plano Metropolitano de Resíduos Sólidos: Região Metropolitana de Belo

Horizonte e Colar Metropolitano, elaborado pela Secretaria Extraordinária de Gestão

Metropolitana – Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo

Horizonte, aprovado em 2013.

Portanto, este documento irá apresentar as propostas que melhor atendam as

necessidades locais para desenvolver uma correta gestão integrada e regionalizada de

RCCV na RMBH e Colar Metropolitano.

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1.1 BASE LEGAL E NORMATIVA aplicaveis neste produto

O quadro a seguir apresenta a Legislação vigente em 2015 pertinente a preparação

para a implementação da proposta de gestão integrada de RCCV complementando a

Legislação pertinente apresentada nos produtos anteriores.

Quadro 4 - Legislação Federal para PPP.

Ano Natureza Legislação Disposição

1993 Federal LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993.

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição

Federal, institui normas para licitações e contratos da

Administração Pública e dá outras providências.

1995 Federal LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995.

Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da

prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da

Constituição Federal, e dá outras providências.

1995 Federal Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995.

Estabelece normas para outorga e prorrogações das

concessões e permissões de serviços públicos e dá

outras providências.

1996 Federal Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996

Dispõe sobre a arbitragem.

2004 Federal Lei no 11.079, de 30 de dezembro de 2004.

Institui normas gerais para licitação e contratação de

parceria público-privada no âmbito da Administração

Pública.

2005 Federal Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005.

Dispõe sobre normas gerais de contratação de

consórcios públicos e dá outras providências.

2005 Federal Decreto Federal nº 5.385, de 4 de março de 2005

Institui o Comitê Gestor de Parceria Público-Privada

(PPP) Federal – CGP e dá outras providências.

2005 Federal Decreto Federal nº 5.411, de 6 de abril de 2005

Autoriza a integralização de cotas no Fundo Garantidor

de Parcerias Público-Privadas – FGP, mediante ações

representativas de participações acionárias da União em

sociedades de economia mista disponíveis para venda

e dá outras providências

2006 Federal Decreto Federal nº 5.977, de 1º de dezembro de 2006

Regulamenta o art. 3º, caput e § 1º, da Lei n 1º 11.079,

de 30 de dezembro de 2004, que dispõe sobre a

aplicação, às parcerias público-privadas (PPP), do art.

21 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e do art.

31 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, para

apresentação de projetos, estudos, levantamentos ou

investigações, a serem utilizados em modelagens de

parcerias público-privadas no âmbito da Administração

Pública federal, e dá outras providências.

2007 Federal Lei Complementar Federal nº 126, de 15 de janeiro de 2007

Dispõe sobre a política de resseguro, retrocessão e sua

intermediação, as operações de cosseguro, as

contratações de seguro no exterior e as operações em

moeda estrangeira do setor securitário; altera o

Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, e a Lei

nº 8.031, de 12 de abril de 1990; e dá outras

providências.

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Ano Natureza Legislação Disposição

2007 Federal Decreto Federal nº 6.037, de 7 de fevereiro de 2007

Altera e acresce dispositivos do decreto n° 5.385, de 4

de março de 2005, que institui o Comitê Gestor de

Parceria Público-Privada Federal – CGP.

2007 Federal Decreto nº 6.017, de 17 de janeiro de 2007.

Regulamenta a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que

dispõe sobre normas gerais de contratação de

consórcios públicos.

2012 Federal Lei nº 12.766, de 27 de dezembro de 2012

Altera a Lei nº 11.079, de 30 de Dezembro de 2004, que

institui normas gerais para licitação e contratação de

parceria público-privada no âmbito da Administração

Pública, para dispor sobre o aporte de recursos em favor

do parceiro privado, e dá outras providências.

2012 Federal Medida Provisória nº 575, de 7 de agosto de 2012

Altera a Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004,

que institui normas gerais para licitação e contratação

de parceria público-privada no âmbito da Administração

Pública.

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

Quadro 5 - Legislação Estadual para PPP.

Ano Natureza Legislação Disposição

2003 Estadual Lei Estadual nº 14.868, de 16 de dezembro de 2003

Dispõe sobre o Programa Estadual de Parcerias

Público-Privadas.

2003 Estadual Lei Estadual nº 14.869, de 16 de dezembro de 2003

Cria o fundo de parcerias público-privadas do estado de

minas gerais.

2003 Estadual Decreto Estadual nº 43.702, de 16 de dezembro de 2003

Instala o Conselho Gestor de Parcerias Público

Privadas - CGPPP e dá outras providências.

2007 Estadual Decreto Estadual nº 44.565, de 03 de Julho de 2007

Institui o procedimento de manifestação de interesse em

projetos de parcerias público-privadas, nas modalidades

patrocinada e administrativa, e em projetos de

concessão comum e permissão.

2008 Estadual Decreto Estadual nº 44.929, de 29 de outubro de 2008

Dispõe sobre a organização do plano estadual de

parcerias público-privadas, e dá outras providências.

2009 Estadual Lei Estadual nº 18.038, de 12 de janeiro de 2009

Define as diretrizes para a formalização de parcerias

entre o Estado e a iniciativa privada e dá outras

providências.

2009 Estadual Decreto Estadual nº 45.144, de 24 de Julho de 2009

Regulamenta a Lei nº 18.038, de 12 de janeiro de 2009,

que define diretrizes para a formalização de parcerias

entre o estado e a iniciativa privada e dá outras

providências

2011 Estadual Lei Estadual nº 19.477, de 12 de janeiro de 2011

Dispõe sobre a adoção do juízo arbitral para a solução

de litígio em que o Estado seja parte e dá outras

providências.

2012 Estadual Decreto Estadual nº 45.902 de 27 de janeiro de 2012

Dispõe sobre o Cadastro Geral de Fornecedores –

CGEF -, previsto no art. 34 da Lei Federal nº 8.666, de

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Ano Natureza Legislação Disposição

21 de junho de 1993, e regulamenta a Lei Estadual nº

13.994, de 18 de setembro de 2001, que institui o

Cadastro de Fornecedores Impedidos de Licitar e

Contratar com a Administração Pública Estadual –

CAFIMP.

Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.

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2 METODOLOGIA

O conteúdo que será apresentado nos itens a seguir foi elaborado tomando como

referência as análises, resultados e conclusões da FASE 01: Diagnóstico da Situação

Atual dos Resíduos e dos Produtos da FASE 02: Elaboração de proposta para o

gerenciamento, tratamento e disposição final dos RCCV, todos elaborados pelo

Consórcio IDP-FR.

O presente documento, Preparação para a execução da proposta de gestão

integrada de RCCV apresenta de maneira específica a proposta de gestão sustentável

e regionalizada dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano.

Para tal, a metodologia para as fases de levantamento de dados foi baseada em fontes

específicas, primárias e secundárias.

A coleta de fontes específicas teve como fonte principal a Planos de Gestão e outra

documentação elaborada per diversas Áreas Metropolitanas (do Brasil e de outros

países), e estudos comparativos entre as mesmas. A coleta de dados primários teve

como fonte principal a documentação elaborada pelo Consórcio IDP Ferreira Rocha na

da FASE 01: Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos e dos Produtos da FASE 02:

Elaboração de proposta para o gerenciamento, tratamento e disposição final dos RCCV.

Já o levantamento de dados secundários foi realizado através da consulta de fontes

externas, tais como: trabalhos acadêmicos, legislações e normas, projetos de

investigação e documentação diversa, tanto nacional como internacional, que

forneceram fundamentação técnica às propostas de gestão sustentável e regionalizada

dos RCCV.

A Figura 2 seguinte elucida a estrutura metodológica que foi utilizada para o

levantamento de dados do presente documento. Outras informações foram obtidas por

contribuições do grupo gestor e nos debates das reuniões públicas.

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Figura 2 - Fluxograma de coleta de informação.

Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2015.

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3 SELECIONAR A MELHOR ALTERNATIVA PARA A GESTÃO INTEGRADA E REGIONALIZADA DE RCCV

A escolha do modelo integrado de gestão e regionalizado de RCCV a ser implementado

para a RMBH e CM, envolve questões de âmbito técnico, operacional, financeiro e

político. A solução proposta deve atender a qualidade dos serviços desejada pelo

usuário, buscando um equilíbrio na relação final de custo-benefício.

A gestão dos RCCV é que compreende as ações relacionadas com a tomada de

decisões políticas e estratégicas, sobre as questões institucionais, operacionais,

financeiras, sociais e ambientais relacionadas aos resíduos sólidos. E é o ápice da

pirâmide da Gestão-Gerenciamento-Manejo de RCCV, como mostrado na figura:

GESTÃO: Define a Política GERENCIAMENTO: Implementa a política MANEJO: Operacionaliza a implementação

Figura 3 – Descrição gestão-Gerenciamento-Manejo

Fonte: Adaptado Brasil (2005a)

Para a Gestão de RCCV, pode-se avaliar diferentes alternativas entre as quais estão as

seguintes:

Realizada diretamente pelo município (execução direta /centralizada).

Através de empresa pública específica (execução indireta/descentralizada).

Por empresas de economia mista criada especificamente para desempenhar

estes serviços (concessão ou delegação).

Por iniciativa privada, por meio de terceirização (execução descentralizada).

Muitas vezes, os problemas relacionados com o governo municipal exigem soluções

que vão além do âmbito de aplicação da capacidade de ação das prefeituras, em termos

de investimento, atividade política, recursos humanos e técnicos. Muitas dessas

soluções exigem ações conjuntas, considerando que a maioria destes problemas

afetam, simultaneamente, a mais de um município. Neste caso, sendo o consórcio

público intermunicipal um instrumento jurídico, tem a capacidade de resolver algumas

destas dificuldades.

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3.1 O CONSORCIAMENTO INTERMUNICIPAL

Os consórcios intermunicipais podem ser considerados "Organismos Públicos

Descentralizados", que vem sendo uma solução adotada pelos municípios brasileiros

como uma ferramenta interessante para o planejamento e gestão de questões que vão

além das fronteiras do seu território, tendo em conta que pequenos municípios são os

que tem mais dificuldades para viabilizar qualquer modelo de negócio sustentável a

longo prazo (SOUSA,2012).

No território brasileiro, a Lei Federal 11.107/2005 que rege as regras gerais relativas

aos contratos de consórcios públicos foi regulamentada pelo Decreto nº 6.017, de 17 de

janeiro de 2007. De acordo com o referido decreto, os consórcios são caracterizados

por um acordo entre municípios, a fim de alcançar objetivos comuns e objetivos comuns

previamente estabelecidos, permitindo a criação de uma nova entidade jurídica com

estrutura de gestão autônoma, bem como orçamento e patrimônio próprio para levar a

cabo as suas atividades (Lei 11.107/05).

As experiências nacionais mostram, na maioria dos casos, concessões diretas para a

prestação de serviços, por meio de contratos obtidos por processos licitatórios, exceção

para a região metropolitana de Campinas, cujo modelo adotado foi o de consorciamento,

previsto na Lei Federal dos Consórcios Públicos, nº 11.705/2005, que regulamenta o

Art. 241 da Constituição Federal e estabelece as normas gerais de contratação de

consórcios públicos. Os consórcios públicos dão forma à prestação regionalizada de

serviços públicos instituída pela Lei Federal de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007) e

que é incentivada e priorizada pela Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei

12.305/2010).

Os recursos econômicos podem ser gerados a partir das próprias atividades e

contribuições dos municípios membros, de acordo com o estatuto do consórcio,

considerando a população atendida e das toneladas tratadas. As contribuições podem

ser feitas em partes iguais ou podem variar de acordo com o orçamento, município,

população, uso de serviços e bens do consórcio, bem como outros critérios que se

considerem apropriados para as partes (ABLP, 2014).

Segundo BRASIL (2013), a síntese dos principais tipos de serviços previstos ou

executados pelos consórcios e identificados, revelam um amplo espectro de serviços,

contemplando alguns de carácter mais genérico e outros com objetivos bastante

específicos. Como exemplos, citam-se:

Implementação de apoio técnico para implantação de sistemas de fiscalização.

Apoio técnico para organização e realização de concurso para provimento de cargos

do consórcio.

Orientação na formulação da política tarifária e definição dos critérios de cálculo do

valor de taxas/tarifas.

Apoio técnico junto a processos de licenciamento ambiental das unidades dos

sistemas locais.

Atuação no desenvolvimento sustentável dos municípios.

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Elaboração de planos de gestão de resíduos sólidos.

Implantação e operação de aterros.

Implantação e operação de coleta seletiva.

Implantação de coleta e tratamento de resíduos dos serviços de saúde.

Atuação sobre os resíduos de construção civil.

Coleta e destinação de pneus inservíveis.

Coleta e destinação de resíduos eletrônicos.

Capacitação técnica de profissionais para atuação nos consórcios.

Compartilhamento de máquinas e veículos.

Consultoria e capacitação para a captação de recursos financeiros.

Nem sempre estabelecer parcerias com outros municípios é uma tarefa fácil, pois isso

envolve questões relacionadas às demandas sociais, políticas e econômicas dos

diferentes municípios. Portanto, a transparência e o diálogo são essenciais neste

processo de mútuo acordo.

O consórcio pode passar por fiscalização contábil, operacional e de patrimônio líquido

pelo tribunal de contas competente, que poderá ter acesso às contas de seu

representante legal. Para fins de controle, todo contrato externo deve ser feito com base

em cada um dos contratos celebrados entre os consorciados e o próprio Consórcio.

A gestão dos RCCV compreende os seguintes componentes:

1. A ação administrativa que inclui o planejamento e preparação de planos e

programas de ação, assim como as ações orçamentais e de avaliação, de

educação e fiscalização necessárias para um manejo adequado dos RCCV.

2. A ação operacional, que inclui as ações ou serviços empregados para o correto

manejo dos RCCV desde a geração até seu tratamento ou disposição final

adequada.

A “ação” operacional dos RCCV compreende as seguintes ações ou serviços:

1. Geração de RCCV.

2. Armazenamento e segregação em domicilio do maior gerador dos RCCV.

3. Remoção de bota-fora irregulares de disposição de RCCV.

4.Coleta dos RCCV de pequenos geradores.

5.Operação dos URPV/pontos limpos de RCCV.

6.Transporte dos RCCV até a planta de transferência / tratamento / disposição final.

7.Tratamento dos RCCV nas instalações autorizadas.

8.Recuperação (Reciclagem e Comercialização).

9.Disposição final sob o método de aterros classe A ou outras modalidades autorizadas pelo Consórcio.

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Tal como se estabeleceu no Produto 07 RCCV (IDP-FR, 2015), é importante ressaltar

que a formação de um consórcio público deve emanar uma decisão política local e,

portanto, cabe unicamente a entidade federal, seja a cidade, estado ou mesmo o grupo

decidir sobre o assunto.

Por outro lado, dentro da prestação dos serviços de um consórcio público intermunicipal,

se encontram tarefas como:

Aprovação de projetos.- O consórcio de gestão de RCCV será o órgão

responsável pela aprovação de projetos de infraestrutura de plantas de

transferência, tratamento e disposição final de RCCV a serem construídos no

ARMBH e Colar.

Sistema de informação de custos.- O consórcio responsável pela gestão de

RSS deverá implementar um sistema de informação relevante e oportuno, a ser

implementado pelos municípios da RMBH e Colar, que mostre

permanentemente os custos reais de serviços municipais de gestão de RCCV,

retirada de RCCV de espaços e vias públicas, e os de apoio aos mesmos.

O sistema de informação irá registrar os gastos dos serviços prestados pelo

município pelo sistema de administração direta e os desembolsos feitos pelos

serviços contratados com terceiros e despesas decorrentes de campanhas de

educação ambiental, gastos de supervisão, fiscalização e controle. Também

serão registradas as receitas, nos casos de concessão (tais como os direitos de

exploração etc.).

Todo o sistema de gestão integrada apresenta prós e contras, tais como descritos a

seguir (Brasil, 2015):

Estabilidade

Necessidade de intervenção legislativa (ratificação do protocolo).

Contrato verdadeiro entre as partes.

Admissão de cláusula de permanência obrigatória e de sanções por

inadimplência.Maior formalidade.

Maior enquadramento legal.

Novo instrumento (falta de tradição).

Possibilidade de gestão integrada plena dos serviços.

Existência de lei especifica (Lei nº 11.107/05).

Levando em conta tudo o descrito acima, se propõe a gestão direta através da criação

de um único consórcio intermunicipal para a gestão integrada dos RCCV na RMBH e

CM, com 5 gerentes (um por cada zona considerada) Figura 4.

Alternativamente, se pode considerar a opção de formar um único consórcio para

gerenciar os RCCV e RSS da ARMBH e CM, com 5 gerentes, um por cada zona

considerada.

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Figura 4 - Proposta de modelo de gestão de RCCV para RMBH e Colar Metropolitano

Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2015.

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Por tanto, o Sistema Metropolitano de Gestão de RCCV estaria formado por:

1. O Consórcio de gestão de RCCV da RMBH e Colar Metropolitano.

2. Os órgãos executivos (membros da organização municipal que administram e

gerenciam tudo relacionado aos RCCV) de todos os municípios da RMBH e

Colar Metropolitano.

3. Os operadores de veículos de coleta, veículos de transporte, centros de coleta,

estações de transferência, estações de tratamento, estações de disposição

final e outros locais de disposição final de RCCV.

4. Os órgãos de supervisão, fiscalização e controle do Consórcio e Municípios da

RMBH e Colar Metropolitano.

Cada município será responsável pela criação de tais órgãos, estabelecendo sua

estrutura e funções. O consórcio no âmbito das funções intermediadoras, promoverá a

padronização de critérios entre os diferentes municípios ao configurar esses

organismos, com o objetivo de que a qualidade do serviço seja o mais uniforme possível

em toda a RMBH e Colar Metropolitano.

Dentro da organização municipal habitual nos municípios brasileiros, existem várias

secretarias que, dentro de suas atribuições, fazem a gestão e/ou fiscalização dos

serviços relacionados aos resíduos sólidos devendo ser promovida uma articulação inter

e intrasetorial, envolvendo as secretarias municipais, tais como: Secretaria Municipal de

Serviços Urbanos, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de

Obras Públicas, e outras.

Pode ser considerada a criação de órgão transversal para as secretarias, para que seja

o interlocutor com o Consórcio.

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Figura 5 - Hierarquização da ação administrativa na gestão de RCCV na RMBH e CM

Fonte: Adaptado de CEDEPLAR, Relatório 1 do Macrozoneamento Metropolitano.

3.2 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

Do ponto de vista do Poder Público, os modelos de gestão de resíduos sólidos podem

ser feitos das seguintes maneiras (PPIAF, 2007):

3.2.1 Administração pública direta

Na execução direta, o Poder Público por si só realiza a prestação de serviços públicos,

desde que disponha de recursos materiais, humanos e técnicos. Não existe, portanto, a

contratação de particulares ou a criação de entidades de Administração Pública indireta,

para isso. Nada impede que o Poder Público crie um órgão ou departamento específico

para a execução desses serviços (PPIAF, 2007).

Este modelo é recomendado para pequenas comunidades, situadas em áreas remotas

sem conexão urbana, permitindo maior eficiência e menor custo para o município.

3.2.2 Administração pública indireta

Na execução indireta, o Poder Público delega o serviço para terceiros. Esta delegação

pode ser dada por lei a entidades da Administração Pública indireta ou mesmo por

contrato a particulares, permitindo a formalização de concessões, parcerias público-

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privadas, permissões ou terceirização dos serviços. No primeiro caso, se trata de uma

delegação legal e no segundo de uma delegação contratual.

A delegação legal pressupõe a transferência pelo poder público de serviços públicos a

entidades da Administração Pública indireta por lei. No caso da criação de uma nova

entidade jurídica para a prestação de serviços públicos, a titularidade dos serviços

também vem transferida a nova entidade (PPIAF, 2007).

Este modelo pode aumentar a eficiência em relação à administração direta e, em certa

medida impede a interferência política e as suas consequências a nível operacional.

3.2.3 Administração mista ou privada

Dentro das várias formas de contratação na Administração Pública, existem as

concessões ou delegações. Que podem ser exercidas por empresas de economia mista

ou empresas privadas.

Os contratos de serviços de manejo de RCCV poderiam prever contratos com empresas

prestaroras dos seguintes serviços:

1. A coleta de RCCV e/ou retirada de RCCV de espaços e vias públicas.

2. Transporte de RCCV

3. Transferência e Tratamento de RCCV.

4. Disposição final de RCCV.

5. Outros serviços relacionados com o manejo dos RCCV na jurisdição

municipal.

6. O agrupamento total ou parcial das anteriores.

No modelo de delegação à iniciativa privada, é importante a existência de uma entidade

reguladora independente para regular a entidade privada na execução do contrato

firmado entre as partes.

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3.3 REGIME ECONÔMICO

O funcionamento do Agrupamento pode ser feito por meio de contribuições dos

municípios que o compõe. Estas contribuições poderiam ser baseadas no número de

habitantes e na quantidade de resíduos gerados e tratados adequadamente.

No caso dos geradores de RCCV a cobrança é direta, os grandes geradores são

responsáveis diretos pelo custo de gestão de seus resíduos.

No caso de Pequenos geradores de RCCV, a cobrança é indireta. Os pequenos

geradores utilizam os meios que disponibiliza o município. Este serviço seria pago

através de impostos municipais, como por exemplo o IPTU (Imposto Predial e Territorial

Urbano).

Na determinação dos custos de gestão dos RCCV controladas pelos municípios, deve-

se incluir o custo real das operações de coleta, transporte e tratamento dos RCCV,

incluindo a fiscalização destas operações e manutenção pós-encerramento de aterros.

As autoridades competentes podem estabelecer medidas econômicas, financeiras e

fiscais para promover a prevenção na geração dos RCCV, implementar a segregação,

melhorar a gestão, promover e fortalecer os mercados de reciclagem e também para

que o setor de resíduos contribua para mitigar as emissões de gases de efeito estufa.

Com esta intenção é possível estabelecer taxas aplicáveis ao tratamento e eliminação

de RCCV.

A gestão dos resíduos pode ser submetida a aplicação de outros impostos e taxas

públicas, que têm de assegurar o apoio financeiro do projeto. O rendimento desses

impostos e taxas públicas teriam que ser aplicados a gestão do Plano de Gestão de

RCCV.

Se possível, propor através da legislação específica a criação de uma fundo patrimonial

que seja afetado ao financiamento da gestão dos RCCV. Se regulamentaria assim um

fundo econômico a fim de promover ações sociais, ambientais e econômicas que visem

diretamente a criação de infraestruturas, equipamentos e serviços para os cidadãos dos

municípios nos quais se estabeleçam instalações que realizem operações de tratamento

e disposição final de RCCV declaradas de serviço público e de propriedade da

Administração Pública e instalações para tratamento e disposição final de RCCV

incluídas no Plano de Gestão de RCCV, mesmo que sejam privadas.

Nestes casos, os municípios podem beneficiar-se de uma percentagem do orçamento

total da obra que tenha que ser feita para a implementação da instalação de tratamento

e disposição final de RCCV, e uma contribuição financeira anual de natureza variável,

determinada em função do sistema da instalação, do tipo dos resíduos e do número de

toneladas tratadas anualmente na instalação. Os municípios beneficiários do fundo

econômico participam nas funções de controle e vigilância da instalação

correspondente.

Este fundo seria desenvolvido por legislação específica, através da implementação de

um imposto ou taxa relativa à disposição final dos RCCV em Aterros classe A, tanto se

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fosse propriedade pública como privada. Além disso, poderia implementar-se uma taxa

para operações de tratamento de RCCV.

A legislação deve definir a forma de distribuição dos recursos para garantir o

financiamento das infraestruturas de gestão de RCCV, tanto da implementação de

novas infraestruturas como da melhoria das instalações existentes, motivada pelas

adaptações às regras, em conformidade com as disposições do Plano de Gestão de

RCCV.

O financiamento das infraestruturas previstas no Plano de Gestão de RCCV pode ser

equacionado, por exemplo, no âmbito de um contrato entre o Consórcio de Gestão de

RCCV e o Governo de Minas Gerais.

O Fundo de Gestão de RCCV se nutriria dos seguintes recursos:

a) As contribuições do orçamento do Governo de Minas Gerais.

b) As atribuições que correspondam ao Governo de Minas Gerais a partir da

imposição pelo governo de impostos sobre RCCV.

c) As receitas derivadas de taxas ou tarifas sobre a disposição final de RCCV

em Aterros classe A, e para as operações de incineração/coincineração dos

RCCV.

d) As subvenções e auxílios concedidos por outros organismos públicos.

e) O valor arrecadado das penalidades impostas pela Administrações Públicas,

como resultado da violação dos regulamentos sobre RCCV, após a dedução

dos gastos de gestão.

f) As doações, heranças, as contribuições e as ajudas que os particulares,

empresas ou instituições destinem especificamente ao Fundo.

g) Os remanescentes procedentes de economias na contratação, de

revogações ou renúncias, nos procedimentos de concessão de auxílios ou

subvenções aos municípios financiados pelo Fundo, incluindo os

provenientes dos sistemas estabelecidos para a gestão de RCCV

municipais, seja no mesmo exercício fiscal ou em exercícios anteriores.

h) As contribuições provenientes dos sistemas estabelecidos para a gestão

dos resíduos de embalagens dos RCCV, ou outros sistemas de gestão de

RCCV que se desenvolvam.

i) As atribuições específicas do Governo Federal.

j) Qualquer outra contribuição destinada a financiar as operações de gestão

de RCCV.

Os recursos não provenientes de taxas ou tarifas poderiam ser dedicados a qualquer

política em relação à gestão dos RCCV conforme seja decidido pelo Consórcio de

Gestão de RCCV.

3.4 DIRETRIZES E METAS DO SISTEMA DE GESTÃO DE RCCV

No sistema de Gestão de RCCV são de fundamental importância o planejamento,

estabelecimento de metas e objetivos, bem como o sistema de monitoramento e

controle, a fim de realizar os ajustes necessários quando for conveniente, tudo isso para

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alcançar uma exitosa gestão dos RCCV, que de acordo ao PNRS, como já mencionado,

é de responsabilidade do Poder Público, sendo indelegável.

As diretrizes e metas propostas para este Plano são dadas no documento "Proposta

técnica inicial para definição por parte do Governo Estadual das diretrizes, estratégias

e metas que subsidiarão os produtos do plano metropolitano". Estas foram propostas

no âmbito do comitê gestor que acompanha a elaboração do Plano e discutidas

internamente nos órgãos públicos estaduais participantes deste comitê. Ressalta-se que

as metas estabelecidas serão objetos de revisão, ainda neste Plano, no momento de

consolidação do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de RCCV em função de

atualização do conhecimento da realidade da gestão e do gerenciamento de RCCV na

área de estudo.

Estes parâmetros envolvem tanto o campo da gestão, como o gerenciamento dos RCCV

na RMBH e CM.

Quadro 6 – Diretrizes e estratégias para alcançar os objetivos marcados na gestão dos RCCV.

Diretrizes para RCCV

Estratégias para RCCV

Diretriz 1:

Articular os diversos atores implicados na gestão e no

gerenciamento de RCCV

Estratégia 1 Identificar e mapear, de forma sistematizada, todos os atores sociais implicados na gestão e no gerenciamento dos RCCV, tanto públicos quanto privados.

Estratégia 2

Estabelecer instrumento legal que defina as responsabilidades, pela perspectiva metropolitana, por instituições envolvidas na gestão e o gerenciamento dos RCCV.

Estratégia 3 Fomentar e apoiar ações conjuntas com grupos de atores responsáveis pelo gerenciamento dos RCCV.

Diretriz 2:

Eliminar as áreas irregulares de

disposição final de RCCV (“bota-fora”) em toda RMBH e

Colar Metropolitano de Belo Horizonte

Estratégia 1

Estabelecer uma rede de monitoramento permanente, em parceria com os municípios, visando coibir o estabelecimento de novas áreas de “bota-fora” e eliminar áreas irregulares de disposição final de RCCV.

Estratégia 2

Identificar e fomentar ações e programas de apoio aos municípios para promover a erradicação de bota fora e outras instalações e formas precárias de disposição de RCCV.

Estratégia 3

Estimular a formulação de parcerias, com as respectivas contrapartidas dos municípios, para ampliação da capacidade de fiscalização e controle dos órgãos públicos envolvidos com a gestão de RCCV.

Estratégia 4 Apoiar avaliações técnicas com vistas à análise da possiblidade de regularização ambiental das áreas de disposição irregulares atualmente existentes.

Diretriz 3:

Priorizar a criação de soluções

metropolitanas de gerenciamento dos RCCV em toda a

Estratégia 1

Implementar ações de capacitação técnica de atores públicos, privados e da sociedade civil envolvidos com a gestão e o gerenciamento de RCCV, por meio de parcerias com entidades públicas e privadas.

Estratégia 2 Articular os agentes públicos para a elaboração de projetos visando a implantação, ampliação, recuperação

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Diretrizes para RCCV

Estratégias para RCCV

RMBH e Colar Metropolitano

das áreas de transbordo e triagem, de reciclagem e de reserva adequada de RCCV.

Estratégia 3

Articular os órgãos licenciadores municipais, visando a uniformizar e agilizar os procedimentos referentes ao processo de licenciamento de áreas de manejo de RCCV, com estabelecimento de critérios básicos pelo governo estadual.

Estratégia 4 Sensibilizar os atores para o potencial de valor dos RCCV, quando segregados e/ou tratados adequadamente.

Diretriz 4: Estruturação de banco de dados

referentes a gestão e gerenciamentos

dos RCCV

Estratégia 1

Elaborar pesquisa padrão para o levantamento e sistematização de dados quantitativos e qualitativos relacionados à gestão de RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Estratégia 2 Fortalecer as ações de organização das informações e manutenção do SINIR.

Diretriz 5: Incremento das atividades de reutilização e

reciclagem dos RCCV nos

empreendimentos públicos e privados na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte

Estratégia 1

Fomentar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico destinado à obtenção de tecnologias voltadas à reutilização e reciclagem de RCCV, e ampla divulgação de conhecimento nesta área.

Estratégia 2

Articular os órgãos licenciadores municipais, visando a uniformizar e agilizar os procedimentos referentes ao processo de licenciamento das unidades de reutilização e reciclagem de RCCV, com estabelecimento de critérios pelo governo estadual.

Estratégia 3 Implementar ações de capacitação e difusão tecnológica visando a incrementar as ações de reutilização e reciclagem de RCCV.

Estratégia 4 Promover a utilização de incentivos para o emprego de tecnologias de reutilização e reciclagem nos empreendimentos.

Estratégia 5

Criar mecanismos para priorização da reutilização e a reciclagem de RCCV nas compras, obras e empreendimentos públicos e privados estabelecendo o atendimento obrigatório de um percentual mínimo de utilização de materiais reciclados.

Estratégia 6 Buscar um acordo setorial específico para os resíduos da construção civil.

Diretriz 6: Fomento a medidas de redução da geração de

resíduos e rejeitos de construção civil

Estratégia 1 Fomentar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico.

Estratégia 2

Induzir o setor da construção civil e o de infraestrutura a adotar práticas que melhorem o desempenho socioambiental desde o projeto até a construção, passando por seleção de materiais, bem como a minimização da geração, a segregação na fonte geradora, o reuso, a reciclagem, o tratamento e a

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Diretrizes para RCCV

Estratégias para RCCV

em empreendimentos na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte

destinação final ambientalmente adequada dos resíduos de construção civil.

Estratégia 3

Propor instrumentos econômicos para incentivar a redução da geração de rejeitos, o reaproveitamento e a reciclagem dos resíduos da construção civil de forma a mitigar os impactos negativos e majorar os benefícios ambientais, sociais e econômicos.

Estratégia 4

Definir e apurar os indicadores de gestão e gerenciamento de RCCV em nível regional e estabelecer metas para a RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.

Estratégia 5

Estimular a elaboração de legislações municipais que obriguem os grandes geradores a realizar a segregação, no canteiro ou em áreas específicas, dos resíduos gerados pela indústria da construção civil.

Estratégia 6 Estímulo/fiscalização relativo a logística reversa para os grandes geradores.

Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2015

A PNRS estabelece seis metas para os RCCV:

Meta 1: Atualização de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta,

destinação e revisão do plano de gestão dos RCCV, a cada quatro anos, a partir

de 2018 – em consonância com a revisão do Plano Estadual de Resíduos

Sólidos (PERS);

Meta 2: Criação de ferramenta de sistema de informação on-line, visando o

monitoramento do gerenciamento do fluxo dos RCCV no território da RMBH e

Colar Metropolitano, bem como o monitoramento da operacionalização dos

Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de

empreendimentos e atividades, e dos Planos Municipais de Gestão de Resíduos

da Construção Civil.

Meta 3: Induzir o estabelecimento de rede de empreendimentos públicos e/ou

privados, para o gerenciamento adequado dos RCCV na RMBH e Colar

Metropolitano.

Meta 4: Redução da geração de RCCV em obras públicas e empreendimentos

privados de médio e grande porte, no mínimo de 5% em 2020, e 10% em 2030.

Meta 5: Reutilização e reciclagem de RCC em todos os municípios, com o

mínimo de 20% de resíduos de Classe A reciclados em 2020, e 30% em 2030.

Meta 6: Publicação de Edital Induzido para pesquisa e desenvolvimento

tecnológico voltados ao aperfeiçoamento das etapas de gerenciamento dos

RCCV até 2017.

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As estratégias e metas estabelecidas, como se pode ver, são baseadas nos pilares:

informação, comunicação e formação entre as várias entidades e pessoas envolvidas

na gestão dos RCCV, utilizando mecanismos de ação complementares para um controle

efetivo.

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3.5 MANEJO DOS RCCV

Para a gestão adequada dos RCCV é essencial ter uma rede de serviços e

infraestruturas que garantam um bom desenvolvimento de todas as fases da gestão -

segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e

disposição final adequada de RCCV, de acordo com as exigências da legislação vigente,

priorizando a minimização e redução do volume gerado.

3.5.1 Coleta dos RCCV

Em relação a coleta dos RCCV, devemos distinguir entre grandes e pequenos geradores

(a ser definida pelo município):

Pequenos geradores. responsáveis pelo uso adequado dos meios e

infraestruturas municipais colocados a sua disposição pelo município para a

coleta de pequenos volumes de RCCV.

Uma alternativa seria a implantação de uma PPP, por instalação, ou um conjunto

delas a ser definido por cada município. O contrato de PPP deverá incluir a

construção ou reforma, o transporte dos resíduos para os pontos limpos (de

recolha) e a exploração dos mesmos por um prazo determinado a definir no

contrato. Este serviço seria pago através de impostos municipais, como por

exemplo o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

Grandes geradores. São responsáveis pela segregação e gerenciamento do

seus RCCV. Toda gestão para obter a licença da obra, necessária entre os

requisitos para completar o Projeto de Gerenciamento Resíduos da Construção

Civil, que deve contemplar as seguintes etapas:

o Caracterização: nessa etapa o gerador deverá identificar e quantificar os

resíduos;

o Triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na

origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa

finalidade, respeitadas as classes de resíduos;

o Acondicionamento: o gerador deverá garantir o confinamento dos

resíduos após a geração até a etapa de transporte assegurando em

todos os casos em que possível, as condições de reutilização e da

reciclagem;

o Transporte: deverá estar de acordo com as normas técnicas vigentes

para o transporte de resíduos.

Assim, a coleta, transporte e disposição final adequada dos resíduos da

atividade de construção produzidos nas obras realizadas em estradas e espaços

públicos são da responsabilidade conjunta do contratante que a executa e do

titular da obra ou do proprietário do imóvel, se houver, e da transportadora

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contratada. Os grandes geradores devem assumir diretamente o custo da gestão

de seus resíduos.

3.5.2 Transporte dos RCCV

Em relação ao transporte dos RCCV, há que distinguir entre:

O transporte contratado pelos grandes geradores desde suas instalações até as

instalações de tratamento e disposição final.

O transporte feito a partir de pontos de coleta municipais para as instalações de

tratamento e disposição final.

O transporte deve ser realizado sempre por empresas autorizadas para o transporte de

RCCV, e deverá estar de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de

resíduos.

As empresas de transporte de RCCV cobram uma taxa por seus serviços com base em

toneladas e quilômetros.

3.5.3 Transbordo e destinação final

A prestação de serviços de transbordo, reciclagem, tratamento e disposição final

ambientalmente adequada reservadas ao setor público, que estão sujeitos à aplicação

ou recebimento obrigatório pelas pessoas dirigidas, podem ser desenvolvidas por meio

da aplicação de taxas ou cobrança de valores correspondentes com o objetivo de

assegurar o autofinanciamento das instalações. Isso acontece porque o gerenciamento

do RCCV é responsabilidade do próprio gerador e, tal como apresentado no diagnostico,

o gerador privado detem grande parte do volume de geração, e, sendo assim, é ele o

responsavel pelo gerenciamento destes.

No caso do resíduo gerado pelo setor público, a gestão dos resíduos também pode ser

submetida à aplicação de outros impostos e taxas públicas. O desempenho desses

impostos e taxas públicas teria de ser aplicado a gestão do Plano de Gestão de RCCV.

Os gastos operacionais das infraestruturas de gestão de RCCV poderiam ser assumidos

pela autoridade local titular da instalação (município, associação de municípios,

gerencia de zona ou consórcio), e, da mesma forma, pode terceirizar essa operação.

Em resumo, o Poder Público poderia desenvolver essas atividades e cobrar taxas pelos

serviços prestados. Esses serviços também poderiam ser desenvolvidos por concessão

pública em infraestruturas públicas. Todavia, a alternativa mais comum seria a

prestação de serviços pela iniciativa privada, já que a grande parte dos RCCV são de

origem privada.

No caso de uma PPP, por exemplo, o contrato não precisa prever a prestação de todos

os serviços, desde a construção ou reforma e a exploração. O escopo do projeto deve

ser estudado com o nível de detalhe exclusivo que exige.

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Vale sempre a ressalva que as infraestruturas de tratamento e disposição final devem

estar devidamente licenciadas pela autoridade competente, cumprir com as normas

técnicas vigentes para o tratamento e disposição final de RCCV.

Com o objetivo de que a disposição final seja a única alternativa para os rejeitos - para

os quais não existe tratamento ou valorização alternativa - a gerência da instalação

que, pelo exposto pode ser publica, privada ou terceirizada, deve cobrar pela disposição

final de resíduos (os quais ainda possuem rotas de reciclagem, reutilização e

valorização) de forma a cobrir todos os gastos de atividade, incluindo gastos de projeto,

construção, funcionamento, encerramento e manutenção.

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4 POSSÍVEIS ESTRUTURAS DE FOMENTO POR PARTE DOS AGENTES PÚBLICOS

Na economia moderna, o Estado nem sempre dispõe de recursos financeiros suficientes

para investir em setores de serviços, que especifica a população em geral, por isso

assume cada vez mais um papel de facilitador e indutor com outros setores, geralmente

em âmbito privado. Sua função principal é identificar carências e necessidades e

implementar soluções. A partir daí, sempre que necessário, uma opção é a de

impulsionar o investimento nas áreas que necessitam por meio do setor privado, e de

uma série de mecanismos que garantam o retorno do investimento para a entidade

privada.

Nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, a escassez de recursos

financeiros é uma situação comum nos últimos anos. Em essência, o Brasil enfrenta o

mesmo desafio como muitos outros países, por isso a experiência internacional é

relevante.

Dentro da definição de Parcerias Público-Privadas (PPP) se encaixam muitos modelos

que se traduzem em várias fórmulas contratuais.

Contrato de concessão de obra pública.

Acordos de concessão de serviços.

Associação público-privada.

Private Finance Initiative (PFI).

Contratos de colaboração entre o setor público e o setor privado.

A PPP clássica (Contrato de concessão de obras públicas) inclui o financiamento,

desenho do projeto, construção e operação de infraestrutura pela concessionária.

Entre os setores mais adequados para estabelecer uma PPP em Minas Gerais, estarão

aqueles que não oferecem um rentabilidade econômica suficiente para uma concessão

tradicional. Alguns exemplos incluem: hospitais, usinas de tratamento de lixos, escolas,

saneamento básico etc. Em Minas Gerais os cinco projetos piloto utilizados para iniciar

este programa são variados: uma rodovia, saneamento básico, prisões, uma

universidade e um edifício administrativo para o governo.

É importante que os serviços a serem implementados tenham sustentabilidade

econômica e financeira a longo prazo e segurança jurídica. A adoção de modelos de

contratação em que existem investimentos, também por entidades privadas, é o mais

aconselhável em virtude do volume dos investimentos a serem realizados no período

inicial de implementação do Plano.

Considerando-se que possivelmente o custo demandado pelas soluções a serem

implementadas, pode ultrapassar o valor histórico destinado para tal, é necessário

determinar uma forma complementar para cobrir os custos do sistema de gestão. O

suplemento pode ser realizado por um sistema de reajuste ou aplicação da cobrança de

uma taxa ou tarifa de gestão dos RCCV aos geradores.

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Neste sentido, a Política Nacional de Saneamento Básico - PNSB e a Política Nacional

de Resíduos Sólidos, permitem a institucionalização de um imposto ou a cobrança de

uma taxa pela prestação de serviços de gestão de resíduos sólidos. Os artigos 29 e

seguintes da PNSB estabelecem os critérios para sua cobrança.

Para implementar a cobrança de uma nova tarifa aos contribuintes, o gestor municipal

deve prestar atenção para a sustentabilidade financeira a longo prazo1 dos serviços

prestados aos distintos ES da RMBH e CM.

É importante que os municípios conheçam a realidade local da gestão dos RCCV:

Como se financiam - custos e origem dos recursos.

Como se realiza o transporte, tratamento e disposição dos RCCV.

Uma sugestão é adaptar um espaço no site da prefeitura, para explicar em detalhes

como será realizada a cobrança da taxa ou tarifa, e como ela está vinculada com a

viabilidade da gestão adequada dos RCCV.

4.1 CONCESSÕES PÚBLICAS COM RETORNO ECONÔMICO A MÉDIO PRAZO

Dentro das várias formas de contratação na Administração Pública, especificamente na

área da saúde, existem as chamadas "concessões". Este modelo de contrato é

executado pela iniciativa privada que assume todos os custos e riscos do contrato (por

“conta e risco”) durante um determinado período de tempo. Deve-se levar em conta que

a infraestrutura, mesmo que construída pela iniciativa privada, é sempre de posse da

Administração ou seja, ao finalizar o período de concessão, a obra pública construída

retorna para as mãos da Administração Pública.

No caso da Europa, A Comissão Europeia estabelece que (BAEZA, 2008):

“A duração da concessão deve ser definida de modo que

não restrinja a livre concorrência além do necessário para

assegurar a amortização dos investimentos e um retorno

razoável dos investimentos, mantendo para a

concessionária o risco inerente à exploração”.

Portanto, a viabilidade econômica de uma concessão a médio prazo, seja no setor

público ou privado, consiste em alcançar o equilíbrio econômico-financeiro do

contrato/projeto, sendo este determinado por fatores como fluxo de caixa, Taxa Interna

de Retorno – TIR, Resultado Operacional Antes dos Impostos, Juros e Depreciação -

EBITDA, entre outros.

Neste sentido, os três componentes econômicos essenciais de qualquer empresa são:

o investimento, receitas e despesas, as quais são apresentadas ao longo da vida útil do

1 Por sustentabilidade financeira de longo prazo entende-se o conjunto de fatores que irão amparar a continuidade dos serviços públicos ao longo do tempo, o que envolve as formas de custeio, os investimentos em infraestrutura, equipamentos e de inovação tecnológica, além da aplicação de recursos na recuperação de passivos ambientais, como é o caso dos atuais lixões ABLP (2014).

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projeto. A distribuição financeira temporária desses componentes, é o que se denomina

fluxo de caixa, instrumento que permite, a qualquer momento, verificar se a TIR original

se mantém. Em termos matemáticos, a TIR é a taxa de juros que iguala o fluxo de

entradas com as saídas.

Portanto, podemos dizer que a manutenção da Taxa Interna de Retorno prevista

inicialmente, é uma garantia tanto para o governo como para o concessionário, de que

o projeto é economicamente viável. Para isso, se tomará como base em sua revisão os

parâmetros de transporte, custos de tratamento e disposição final, bem como outras

condições determinadas no acordo entre as partes.

Dentro da análise de concessões públicas com retorno econômico a médio prazo, há

um outro fator que deve ser considerado na análise do projeto (ATTC 1977), é a taxa de

atratividade (TA). Ao contrário da TIR este indicador é uma referência para o investidor

e podem ter valores diferentes, dependendo do perfil das fontes de financiamento. A

comparação entre a TIR e a TA é um dos fatores na tomada de decisões.

Se a TIR do projeto é maior do que a TA, então o projeto pode ser catalogado como

potencialmente viável para o investidor. A medida que a TA está fortemente influenciada

pela variação do mercado financeiro, análise de cenários e tendência são essenciais.

Por exemplo, em um projeto desenvolvido entre 1997 e 2007, a seguinte situação se

apresenta: a TIR de 1997 situou-se entre 18% e 20% e, em 2007, estava em 9%.

Pelo exposto anteriormente, em 1997 o projeto foi altamente atrativo com uma TIR de

20%, enquanto que em 2007, torna o projeto menos atraente para os investidores. Este

fato demonstra a variação da TA dos investidores. Uma variação muito alta mostra que,

para a análise de projetos de longo prazo, utilizar uma TIR imutável como única

referência é temerário e pode levar a conclusões precipitadas, uma vez que a TA

acompanha as variações no cenário econômico.

Além da TIR e da TA, existem outros indicadores a serem considerados na avaliação

da viabilidade de um projeto de concessão pública, tais como:

EBITDA: (resultado operacional antes dos impostos, juros e depreciação), que

mostra a capacidade do projeto gerar recursos.

A rentabilidade do capital próprio (lucro líquido do exercício sobre o patrimônio

líquido).

A rentabilidade sobre o capital realizado (lucro líquido do exercício sobre o

capital realizado).

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Pag. 51

4.1.2 Outras alternativas para a sustentabilidade econômica

O regime de contrato de concessões de serviços públicos, é baseado em uma política

tarifária de preços vinculados à manutenção de um serviço adequado pelo provedor. O

serviço adequado é aquele que satisfaz entre outras condições, umas "taxas razoáveis"

e as condições de eficiência, de acordo com a lei de concessões.

Antítese do lucro arbitrário e excessivo, o proposta de equilíbrio econômico do projeto

através da proposta de uma taxa de gestão de RSS, que proporciona a cobertura dos

custos atuais e específicos do serviço, acrescido de uma margem ou taxa de retorno

razoavelmente suficientes para recuperar o capital investido a médio prazo.

Neste sentido, o princípio da alteração da taxa de gestão por motivos de rendimentos

procedentes da otimização da gestão (preservando a eficiência) deveriam ser

reencaminhados pelo consórcio para programas que ajudem a população ou se for o

caso de assistência social, em vez de usufruto de forma unilateral.

A este respeito, a Constituição Federal, em seu Artigo 175, determina as competências

de Lei ordinária na prescrição de regras de contrato de concessão administrativa.

“Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei,

diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,

sempre através de licitação, a prestação de serviços

públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I – o regime das empresas concessionárias e

permissionárias de serviços públicos, o caráter especial

de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as

condições de caducidade, fiscalização e rescisão da

concessão ou permissão;

II – os direitos dos usuários;

III – política tarifária;

IV – a obrigação de manter serviço adequado.”

Nestes términos, a Lei nº 8.987/95 escolhida como o norte dos serviços públicos

concedidos e direitos dos usuários, dispõe:

“Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a

prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos

usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas

pertinentes e no respectivo contrato.

§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de

regularidade, continuidade, eficiência, segurança,

atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e

modicidade das tarifas.

(…)”

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4.2 COLABORAÇÃO PÚBLICO-PRIVADA

Uma das possibilidades para a gestão de atividades relacionadas à gestão de resíduos

sólidos é a implementação de Parcerias Público-Privadas. As PPPs se apresentam

como uma modalidade alternativa de colaboração entre o setor público e a iniciativa

privada, fundada especificamente na Lei das PPPs (PÉREZ, J.D., 2011).

A baixa taxa atual de reciclagem dos RCCV dificulta o investimento privado no domínio

da reciclagem. Com a parceria público-privada, a prioridade é conhecer a situação atual

da geração de materiais viáveis para serem reciclados e valorizados na região e analisar

conjuntamente a viabilidade técnica e econômica da instalação de plantas para RCCV

recuperáveis.

Os acordos ou convênios de colaboração assinados no âmbito de colaboração público-

privada se destinam a contribuir para a expansão das áreas em que as oportunidades

de crescimento são claras a nível municipal. Também prosseguir a modernização,

melhoria, eficiência e controle de custos por parte das empresas municipais, através do

desenvolvimento de ações e promoção de projetos específicos.

No âmbito da parceria público-privada, há um amplo leque de fórmulas, como já descrito

no Produto 03 (IDP-FR, 2014), entre essas diferentes fórmulas existe a denominada

"clássica", este projeto inclui o financiamento, desenho do projeto, construção e

operação de infraestrutura pela concessionária. Esta fórmula de PPP é conhecida

internacionalmente como DBFO (Design, Build, Finance and Operate).

Segundo MG (2013), dentro das dificuldades enfrentadas pela Unidade Central da PPP,

podem mencionar, o grande tempo demandado na construção dos documentos

necessários para a adjudicação de um projeto PPP, a falta de uniformidade nos

documentos de licitação elaborados pela UCPPP ao longo do tempo, bem como, a falta

de entendimento com as entidades privadas acerca dos elementos presentes nos

documentos de licitação.

Outro ponto crítico que nem sempre recebe atenção suficiente, é que a PPP deve ser

totalmente livre de qualquer problema legal potencial. Por exemplo, os impactos

ambientais devem ser avaliados, a posse de um terreno não pode estar sujeito a uma

disputa, etc. (MG, 2013).

No Brasil, a lei que estabelece as diretrizes para a contratação da Parceria Público-

Privada (PPP) é a Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, que estabelece as normas

gerais para a licitação e contratação de PPP na área da administração pública.

Esta lei, no seu Artigo 2º refere-se sobre a modalidade do contrato administrativo de

concessão de PPP:

§ 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços

públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987,

de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver,

adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários

contraprestação pecuniária do parceiro público ao

parceiro privado.

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§ 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação

de serviços de que a Administração Pública seja a usuária

direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou

fornecimento e instalação de bens.

A Parceria Público-Privada é um contrato de prestação de obras ou serviços não inferior

a R$ 20 milhões, com uma duração mínima de cinco anos e não superior a 35 anos,

assinado entre a empresa privada e o governo federal, estadual ou municipal (Brasil,

2015). Difere da Lei de concessão comum, pela forma de remuneração, pois na

concessão comum o pagamento é feito com base nas taxas cobradas aos usuários dos

serviços. No caso das PPPs, o operador privado é remunerado exclusivamente pelo

governo numa combinação de taxas cobradas aos usuários dos serviços mais recursos

públicos.

4.2.1 Experiências similares

Hoje em dia, no Governo de Minas Gerais já existe uma PPP no domínio dos resíduos

sólidos urbanos, que começou como um Procedimento para Manifestação de Interesse

- PMI (MG, 2013), envolvendo os municípios, associações público civil e iniciativa

privada, para contribuir na estruturação do Plano Estadual de Parcerias Público-

Privadas, de implementação e operação dos serviços relativos ao tratamento de

resíduos sólidos urbanos (Metropolis, 2014).

Na sequência do estudo da PMI, foi aprovado o projeto de Parceria Público Privada para

a operação de serviços de transbordo, tratamento e disposição final dos RSU na RMBH

e Colar Metropolitano. Neste caso, a concorrência da gestão de resíduos dos municípios

e para iniciar o processo em junho de 2012 foi assinado um convênio de cooperação

entre 44 dos então 48 municípios da RMBH e CM. Assim, o Governo do Estado iniciou

a contratação de uma PPP para o estudo dos serviços de transbordo, tratamento e

disposição final dos RSU.

No contrato do programa, o município se compromete a pagar cerca de 20% da

contribuição dos recursos para o funcionamento da PPP, e os 80% restantes irão para

a conta do Estado.

Vale ressaltar que a fórmula para o cálculo para a remuneração do parceiro privado

(fórmula que é proposta no nosso caso de gestão de RCCV) é a quantidade em

toneladas de resíduos gerados no município que devem ser transportadas para as

estações de transbordo ou se for o caso na Central de Tratamento de Resíduos Sólidos

Urbanos. A gestão partilhada entre Governo, Municípios e setor privado irá permitir a

redução do custo de todo o processo e aumentar a eficiência de vários serviços, tais

como o aumento dos índices de reutilização e reciclagem, aproveitamento energético

etc.

Os municípios continuarão a ser responsáveis pela coleta domiciliar e deverão atender

a certos requisitos do Estado, como implementar a coleta seletiva e apoiar as

organizações de catadores de papelão e materiais recicláveis. A empresa parceira é

responsável por investimentos em unidades de transbordo, tratamento e disposição final

dos RSU.

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A PPP - uma concessão administrativa - foi assinada em 2014, e o ganhador da licitação

foi o Consórcio Metropolitano de Tratamento de Resíduos (CMTR), formado por 3

empresas. O valor total do contrato foi de R$ 2.441.177.411,49 para os 30 anos de

concessão. Quanto aos valores por tonelada a ser pago ao Consórcio pelo Estado serão

de R$ 79,13 para o Lote 1 e de R$ 72,13 para o Lote 2, sendo destes valores R$ 18,00

que se refere a Parcela Remuneratória Municipal.

A construção das estações de transbordo devem ocorrer no prazo de 12 meses a contar

da assinatura do contrato, e a construção da Central de Tratamento deverá ser

concluída dentro de um máximo de 48 meses, também depois da assinatura do contrato.

4.2.2 Outras considerações

De acordo com Brasil (2015), no contrato das PPPs devem constar algumas obrigações

como:

As penalidades aplicáveis ao governo e ao parceiro privado em caso de

incumprimento, proporcional à infracção cometida.

Formas de remuneração e atualização dos valores assumidos no contrato.

Critérios para a avaliação do desempenho do parceiro privado.

Apresentação pelo parceiro privado, de garantias suficientes para a realização

da obra e serviços.

Deve-se ter em conta, por sua vez, a possibilidade de um falso cumprimento do contrato

por parte da empresa adjucatária, ou seja, empresas que ganham a concessão a preços

baixos, mas, posteriormente, não são capazes de fazer o investimento ou oferecem uma

qualidade de serviço muito mais baixa que a esperada. Isto pode ser mitigado, através

da exigência de comprovação da capacidade financeira e qualificação técnica (Santos

Lopes, 2013).

Para o arranque dos estudos de modelagem de um projeto de PPP, o organismo ou

entidade de Administração Estatal interessado em realizar uma parceria, encaminhará

a Unidade Central de PPP uma proposta preliminar (MG, 2013):

I. Caracterização e definição do escopo do projeto: “o que se quer viabilizar?”

(descrição dos aspectos técnicos dos serviços, cronograma estimado de

implantação e área de interesse – saúde, transportes públicos, saneamento

básico, segurança, ciência, pesquisa e tecnologia, agronegócio, esporte, lazer,

turismo e outras áreas de interesse).

II. Descrição da forma atual de provisão do serviço que se deseja contratar (custos

e despesas gerados, investimentos já realizados, formas de contratação e

execução utilizadas etc.), se houver.

III. Demonstração da relação do projeto com as competências e atribuições do

órgão ou entidade proponente; e afinidade da proposta com projetos de interesse

público existentes ou a se desenvolverem no Estado de Minas Gerais.

Para dar início a tramitação dos projetos de PPP, o órgão ou entidade proponente

deverá buscar respostas para as seguintes questões:

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I. O órgão ou entidade proponente já possui uma Unidade Setorial constituída?

II. A que necessidades do Estado o projeto pensado procura atender?

III. O objeto do projeto encontra-se inserido no PPAG e no PMDI?

IV. A opção por contratação por meio da PPP representa possibilidade de obtenção

de vantagem econômica e operacional para o contratante, bem como a melhoria

da eficiência no emprego dos recursos públicos, relativamente a outras

possibilidades de execução direta ou indireta?

V. Qual o investimento estimado para a implantação do projeto?

VI. Qual a estimativa das despesas geradas, para o Poder Público, após a

implantação do projeto?

VII. Qual o referencial utilizado para essas estimativas?

VIII. Como está prevista a obtenção, pelo ente privado, de ganhos econômicos

suficientes (receita) para cobrir seus custos e investimentos?

IX. O projeto se enquadra no modelo de uma “concessão patrocinada” ou de uma

“concessão administrativa”?

X. O desempenho do ente privado poderá ser aferido objetivamente por meio de

indicadores de resultado?

XI. Caso a resposta da questão anterior seja sim, quais seriam possíveis

indicadores de resultado?

XII. Serão potencialmente demandadas, para o projeto, garantias contra o risco de

inadimplemento do parceiro público?

XIII. Mercado demonstra interesse no desenvolvimento e execução do projeto?

XIV. Quais seriam os principais riscos estimados para o projeto?

XV. Quais seriam as formas plausíveis para o gerenciamento e a mitigação desses

riscos?

XVI. Quais os resultados positivos para o Estado esperados com a implantação do

projeto?

XVII. Existem recursos disponíveis no órgão ou entidade proponente para a eventual

contratação de estudos de modelagem da proposta preliminar?

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4.3 FINANCIAR AS INFRAESTRUTURAS DE VALORIZAÇÃO POR MEIO DE

TAXA POR DISPOSIÇÃO EM ATERRO

A gestão dos resíduos sólidos é de competência municipal, cabendo ao município definir

sua própria regulamentação para coleta e destinação final.

Qualquer tecnologia usada no tratamento ou no destino final do RCCV requer

investimentos com altos custos operacionais. A escolha do tipo adequado de coleta,

tratamento ou destinação final de RCCV deve levar em conta os custos implícitos no

sistema adotado e as especificidades locais.

Segundo o IBGE (2002), pouco mais de 2% dos municípios brasileiros possuem uma

taxa específica para a manutenção dos serviços de coleta, tratamento e destino final do

lixo municipal. Geralmente, são os municípios que possuem mais de 100.000 habitantes

e pertencentes às regiões metropolitanas das capitais brasileiras, ou seja, municípios

que por pressão populacional, geram uma maior quantidade de resíduos e,

consequentemente, além de terem maiores custos operacionais, também possuem

maiores investimentos no setor.

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5 AÇÕES CONCRETAS A SEREM EXECUTADAS PELOS ÓRGÃOS PÚBLICOS

Assim como já explicado em produtos anteriores, a PNRS diferencia os termos gestão

e gerenciamento sendo que o primeiro está relacionado à definição de regras e à

tomada de decisões no âmbito administrativo envolvendo planejamento, supervisão,

fiscalização e monitoramento, assim como a rastreabilidade, a fim de delinear o

gerenciamento dos resíduos e manter o controle e a supervisão dos dados e

informações.

Ao poder público, nos diversos níveis da Federação, notadamente no nível local, devem

estar centralizadas as ações concretas de planejamento, previsão de metas e objetivos,

fiscalização e atendimento as normas ambientais vigentes.

As medidas que os organismos públicos da Região Metropolitana e Colar Metropolitano

de Belo Horizonte podem adotar no marco da Legislação em vigor podem apresentar

os seguintes objetivos:

a) Informar e aconselhar aos geradores no uso da tecnologia adequada para alcançar

a minimização progressiva dos RCCV e incentivar o tratamento em sua origem dos

mesmos.

b) Incentivar a recuperação dos RCCV para obter matérias-primas dos mesmos ou

energia ou para qualquer outro uso.

c) Evitar o abandono descontrolado dos RCCV e restaurar áreas degradadas por

descargas não controladas.

d) Prevenir as dificuldades da disposição ambientalmente correta dos RCCV.

e) Promover o desenvolvimento das infraestruturas físicas e de gestão necessárias,

quer seja diretamente, ou seja, através da cooperação com outras organizações

públicas ou privadas.

f) Incentivar e promover sistemas organizados de gestão de RCCV.

g) Qualquer outro que resulte da aplicação das regulamentações federais, estaduais e

municipais.

5.1 AÇÕES FISCALIZADORAS

A rastreabilidade está também para a etapa de fiscalização e monitoramento como um

instrumento que permite a sua execução com eficiência, assertividade e segurança

institucional. Ressalta-se, no entanto, que a rastreabilidade perpassa todas as etapas

da gestão – Planejamento, Supervisão, e Fiscalização e Monitoramento – pois é através

dela que os dados monitorados retroalimentam o sistema de gestão.

Dessa forma, a rastreabilidade pode ser considerada como instrumento essencial à

gestão de qualidade das etapas do gerenciamento e, por conseguinte, servir também a

todo o sistema de gestão. Os dados e informações adquiridos por meio da

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rastreabilidade podem ser utilizados para identificar a origem do problema – ou o infrator

- e, assim, permitir à Administração Pública agir pró-ativamente com agilidade sem

comprometer a execução adequada de outras etapas do gerenciamento.

O monitoramento é a possibilidade de encontrar e seguir uma série de dados resultantes

das diferentes etapas da gestão integral dos resíduos da construção e volumosos

(RCCV), desde o momento da sua geração (obra, indústria ou município), coleta,

armazenamento, transporte externo e tratamento ou disposição final. O correto

monitoramento permite garantir que o ciclo de gestão dos resíduos seja acompanhado,

minimizando os possíveis impactos negativos principalmente para o meio ambiente.

Para a rastreabilidade dos programas a serem incluídos no Plano para Gestão e

Gerenciamento do RCCV foram considerados alguns sistemas de monitoramento

apresentados e detalhados no documento de referência.

Sistema de documentação para o controle e monitoramento da gestão de

resíduos

O sistema de documentação para o controle e monitoramento da gestão dos resíduos

da construção civil e volumosos é composto por uma sequência adequada de ações

com seus respectivos documentos para preenchimento em cada fase, sendo

responsabilidade do gerador o início do sistema documental.

A título de exemplo, a Prefeitura de Belo Horizonte indica que antes do início de uma

obra deverá ser preenchido o documento denominado - Plano de Gerenciamento de

Resíduos da Construção Civil. Neste documento deverão ser indicadas as

características básicas da obra; materiais e componentes principais utilizados em cada

etapa, incluindo a geração estimada de RCCV por classe (A, B, C e D); iniciativas para

a minimização de resíduos; iniciativas para a reutilização dos resíduos na própria obra

ou em outras similares; iniciativas para o acondicionamento diferenciado e o transporte

adequado; identificação dos agentes envolvidos no transporte, tratamento e disposição

final dos RCCV gerados na obra.

A NBR 15.112 indica que para todos os resíduos do tipo RCCV transportados devem

existir um documento CTR (Controle de Transporte de Resíduos) e incluir no mínimo os

seguintes dados: Identificação do transportador; Identificação do gerador/origem;

endereços de retirada e de destino; volume e quantidades transportadas; características

do material transportado.

Vários modelos de documentos constantes dos levantamentos realizados poderão

contribuir para a definição dos documentos que irão compor essa etapa de controle e

monitoramento da gestão de resíduos.

Em sistemas mais avançados, além dos dados praticados em Belo Horizonte, são

também exigidas informações sobre as rotas.

Sistema informatizado para o controle e monitoramento do gerenciamento

dos resíduos

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Os sistemas de controle são conjuntos de ferramentas de alta eficiência na gestão

integral dos resíduos, e que a cada dia ganham sempre mais importância nos âmbitos

de gestão e produção (industrial, produção, etc.). São sistemas informatizados que se

caracterizam pelas tecnologias utilizadas.

Os estudos realizados sinalizaram duas tecnologias para o sistema informatizado,

avaliando suas operacionalidades, restrições e vantagens.

Tecnologia RFID (Radio-Frequency IDentification) - se refere àquelas tecnologias que

são capazes de identificar objetos mediante ondas de rádio. Esta tecnologia faz com

que seja possível realizar a auto identificação de um objeto que contém uma emissora

de rádio. No seu estado atual de desenvolvimento, as reduções dos custos e do seu

tamanho permitem que estas emissoras sejam suficientemente pequenas em formato

de etiquetas adesivas, podendo ser incorporadas quase a qualquer objeto. É devido a

estes micro emissores (etiquetas) que o produto pode ser localizado em uma distância

variável, desde alguns centímetros até muitos quilômetros.

Tecnologia de Código de Barras - Consiste em um código compreendido por uma série

de barras e espaços em branco definidos paralelamente. A sequência pode ser

interpretada de forma numérica ou alfanumérica, que deverá ser lida por um escâner

óptico laser e processada em computador.

É o sistema de identificação mais utilizado e preferido para identificar produtos.

O RFID e o código de barras são os dois sistemas informatizados de controle e

monitoramento do gerenciamento mais conhecidos no campo da gestão integral dos

resíduos.

No caso do RFID, a sua utilização está se popularizando gradualmente devido às

facilidades que representa para a logística (não é necessário realizar a leitura direta do

código, seguimento à distância etc.). Por outro lado, devido à qualidade dos seus

componentes, economicamente não consegue competir com o sistema de código de

barras, sendo este ainda o mais conhecido e implantado pela sua capacidade de

monitoramento e custo.

Sistema sig utilizado para o monitoramento do transporte

O Sistema GIS2, ou SIG como é conhecido no Brasil (Sistema de Informação

Geográfica), é uma ferramenta versátil que está sendo implantada há vários anos no

setor dos veículos de coleta e transporte. Esta ferramenta permite realizar o controle via

satélite de cada um dos veículos de coleta e transporte ao momento. Permite calcular

os tempos de percurso de cada um dos caminhões, minuto a minuto, permitindo detectar

qualquer incidência que possa surgir durante a rota (engarrafamentos, acidentes etc.) e

possibilitando, caso seja necessário, enviar outro veículo para continuar a rota do

veículo anterior. Antigamente, sem esse sistema era mais difícil realizar esse controle.

2Geographic Information System (GIS) – Sistema de Informação Geográfica.

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Além do controle da localização do veículo online, também permite monitorar dados tais

como, por exemplo, a velocidade do caminhão em zonas urbanas. No caso de que por

algum motivo a velocidade máxima permitida fosse ultrapassada, o sistema dispõe de

um alarme que avisa imediatamente à central, onde sempre deverá existir um

funcionário que avisará no mesmo instante via rádio ao motorista do veículo sobre a

incidência.

Este sistema permite elaborar de forma digital e instantânea relatórios de controle dos

roteiros que podem ser posteriormente consultados pelos interessados, bem como a

otimização dos mesmos.

Sistema de coletas online

O Sistema Eletrônico de Controle de Resíduos Volumosos e da Construção Civil,

denominado Coletas Online, é totalmente acessível pela Internet, possibilitando o

acesso e monitoramento das ações de todos os envolvidos no processo logístico,

abrangendo Pequenos e Grandes Geradores, Construtoras, Transportadoras, Pontos

de Entrega Voluntária e Destinos Finais. Com os dados gerados, o sistema Coletas

Online permite a gestão correta dos resíduos, oferecendo informações relevantes.

Além de uma avaliação passo-a-passo da aplicação do Sistema de Coletas online

consta do documento de referência informações da utilização desse sistema em cerca

de 12 municípios no estado de São Paulo, com uma população total de

aproximadamente 3,2 milhões de habitantes. O Sistema pertence às Prefeituras, ou

seja, todos os dados são de propriedade dessas Prefeituras e o Gestor pode

acompanhá-los (meio físico) em tempo real.

5.2 AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A educação ambiental e a capacitação contínua são a base para o desenvolvimento e

das ações de prevenção e fiscalização que devem ser desempenhadas em todas as

etapas do gerenciamento dos RCCV e para todos os níveis hierárquicos. O

conhecimento sobre todos os aspectos legais, normativos, peculiares aos RCCV, bem

como os riscos envolvidos na gestão e gerenciamento inadequados devem ser

abordados de forma constante nos cursos de capacitação e, principalmente, no

momento da inserção de novos agentes no negócio e na administração pública. Este

conhecimento é crucial não somente para a definição das ações de prevenção como

também para garantir uma excelência nas atividades previstas.

Em todas as fases desenvolvidas neste projeto foi constatada a existência de enorme

carência quanto aos conhecimentos e capacitação dos recursos humanos,

principalmente por parte dos gestores de RCCV, os quais, em muitos casos, não

conhecem ou não entendem os conceitos indicados na legislação de referência.

De forma bastante pragmática a primeira ação para implantação do Plano deve ser os

programas de treinamento específico para os diferentes agentes e atores que fazem

parte da gestão dos RCCV, que devem incluir programas de sensibilização e inserção

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dos atores envolvidos e treinamentos técnicos e operacionais para as diferentes etapas

da gestão e gerenciamento dos RCCV.

Programas de Comunicação deverão, obrigatoriamente, estar alinhados com as ações

de capacitação. As atividades de comunicação devem ter como objetivo informar,

sensibilizar e engajar as partes interessadas, de acordo com as diversas formas de

interação que cada grupo tem com a questão dos resíduos. Pelo fato de os geradores

de resíduos de construção civil poderem ser qualquer cidadão, as atividades de

comunicação devem incluir campanhas ao público em geral. Essas campanhas devem

ser planejadas de acordo com o público a ser alcançado, o território em que estão

inseridos e as soluções adotadas. Para sensibilizar o público em geral, podem ser

usadas campanhas de rádio e TV, anúncios e editoriais em jornais e web, sejam eles

pagos ou propagados pelo conteúdo jornalístico, uma vez que se trata de tema de

interesse público. Para públicos mais específicos, como empresários da cadeia de

gerenciamento de RCCV, construtores e operários, podem ser adotadas formas de

comunicação mais direta e detalhada, como elaboração e divulgação de cartilhas,

palestras explicativas, reuniões técnicas, visitas guiadas, entre outras. É fundamental

que essas ações sejam repetidas em intervalos de tempo definidos e que mantenham

canais de diálogo para que haja um envolvimento constante das partes interessadas.

5.3 AÇÕES DE INSERÇÃO DE AGENTES

Um programa de inserção dos agentes envolvidos com a gestão e gerenciamento dos

RCCV será desenvolvido em etapas com suporte de um efetivo sistema de

comunicação.

Na primeira etapa o Órgão Público fará uma listagem de identificação de todos os

agentes envolvidos na cadeia de gestão e gerenciamento destes resíduos, chegando

ao detalhe de todas as categorias. A partir desta listagem de identificação será gerada

uma planilha caracterizando as responsabilidades e atribuições desempenhadas por

esses agentes. O sistema de comunicação fará uma ampla divulgação dessa planilha

estudando a melhor estratégia para que todos acessem essas informações.

A segunda etapa deverá ser desenvolvida com foco num sistema participativo onde os

agentes irão ser consultados, possivelmente em um procedimento amostral, sobre a

realidade e viabilidade das responsabilidades e atribuições identificadas para sua

categoria. Avaliará ainda as lacunas de conhecimento ou formação que podem ocorrer

no cumprimento dessas responsabilidades e atribuições.

A partir dessa etapa será construído o programa de capacitação e formação específicas

para a inserção dos agentes da gestão e gerenciamento dos RCCV, compondo o

programa de educação ambiental do sistema, inclusive com as ações que serão

realizadas pelos agentes privados.

O Programa como um todo terá metas específicas que serão acompanhadas por

indicadores operacionais (em relação às etapas do Programa), bem como por

indicadores de alcance do nível de absorção dos conceitos.

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5.4 AÇÕES DE PREVENÇÃO

A prevenção dos resíduos é fundamental para a proteção do ambiente. Prevenir a

produção de resíduos, reduzir seu grau de perigo ou minimizar os impactos de resíduos

gerados tomando decisões na concepção e fabricação dos produtos, é a maneira mais

eficiente de evitar danos ao meio ambiente causados pela geração e a gestão de

resíduos – “o melhor resíduo é o que não é gerado”.

Além do mais a prevenção tem consequências econômicas tanto para os produtores e

fornecedores de bens e serviços aos consumidores e usuários. Neste sentido, é

fundamental o papel das Administrações Públicas, tanto no desempenho das suas

funções de proteção ambiental, bem como o papel de impulsionar uma economia mais

eficiente, próspera e socialmente inclusiva.

Para as administrações, a prevenção é uma magnífica oportunidade para integrar as

políticas de diferentes âmbitos (industrial, de pesquisa, desenvolvimento e inovação, de

consumo, gestão de resíduos e educação, principalmente) e permite rentabilizar os

investimentos públicos que neste assunto tem sido feitos nas últimas décadas.

Há múltiplas atividades de prevenção que vão desde o desenho de produtos para que

sejam facilmente reparados e não contenham substâncias nocivas, até aqueles que

asseguram a disponibilidade de serviços adequados para a reparação e reutilização de

bens duráveis, prolongando sua vida útil. Algumas medidas podem ser postas em

prática mais facilmente do que outras, no entanto, podem exigir mudanças nos hábitos

de consumo ou no desenho dos processos produtivos.

Aqui estão alguns exemplos de ações para prevenir a geração de RCCV:

1. DEFINIR UMA CAUÇÃO PRÉVIA À CONCESSÃO DA LICENÇA DE OBRA

Junto a autorização de licença de obras, e incorporado ao projeto técnico das mesmas,

um Plano de Gestão de Resíduos de Construção e Demolição que deverá conter, entre

outras informações, a avaliação do custo estimado da gestão adequada dos resíduos

construção e demolição, custo que fará parte do Orçamento do projeto em um capítulo

à parte. Com caráter prévio à concessão da licença de obras, os Serviços Técnicos

Municipais irão determinar o montante da caução que o requerente deverá depositar e,

em qualquer caso, será proporcional à quantidade de resíduos que se estima serem

gerados.

Não será concedida a licença de obras em que o solicitante não credite perante a

Prefeitura o depósito da caução ou outra garantia financeira equivalente que

corresponda a gestão adequada dos resíduos de construção e demolição que serão

produzidos na obra.

O montante do valor da caução ou garantia equivalente, será calculado em função do

tipo e volume de resíduos produzidos, de modo que o seu montante permita assegurar

uma gestão adequada dos mesmos.

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Devolução da caução: Após a prova documental, pelo licenciado, da gestão adequada

dos resíduos gerados na obra, a Prefeitura irá proceder à devolução do depósito. Para

este fim, as instalações que recebem os resíduos de construção e demolição emitirão o

documento correspondente que comprove o montante recebido. Em caso de não

comprovar uma gestão adequada dos resíduos, a Prefeitura poderá executar, a título

subsidiário, e sob a caução depositada, as ações necessárias para a gestão adequada

dos mesmos.

Figura 6 - Fiança gerenciamento resíduos em obra

Fonte: http://rcdcaucion.es/

2. ELABORAÇÃO DE REGULAMENTOS MUNICIPAIS COM

ESTABELECIMENTO DE FIANÇAS GERAIS

Em primeiro lugar, é necessário garantir que todas as autoridades locais disponham de

um decreto que regulamente o gerenciamento do RCCV.

Os municípios devem passar por um decreto que regulamenta a prevenção, produção,

posse, transporte, gestão e destino dos resíduos de construção e demolição no seu

âmbito territorial de atuação.

Com o decreto aprovado é necessário garantir que os governos locais implementem, no

momento da concessão de licenças de obras, as fianças que devem garantir a gestão

adequada dos resíduos gerados.

O depósito da fiança é essencial para o bom funcionamento do sistema de gestão, pois

é a garantia de que a gestão de resíduos foi correta.

Disciplinar as atividades de geradores, transportadores e receptores de resíduos,

exigindo especialmente os Planos de Gerenciamento quando cabíveis, além de

estabelecer cadastro atrelado ao sistema municipal de informações.

PREFEITURAOBRA

FIANÇA

LICENÇA DE OBRA

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3. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA GERAÇÃO DE RCC NOS PROCEDIMENTOS

DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL DOS PLANOS DAS OBRAS

As autoridades responsáveis pelo meio ambiente devem incentivar que os

procedimentos de avaliação ambiental de planos de obras se integrem para evitar a

geração de RCC, bem como no processo de avaliação ambiental de obras sejam feitos

corretamente em consideração aos impactos ambientais da construção e demolição

gerados durante as fases de construção e exploração.

4. PROMOVER A EXIGÊNCIA DE DETERMINADAS PORCENTAGENS NA

RECUPERAÇÃO DE FRAÇÕES NAS OPERAÇÕES DE DEMOLIÇÃO

As administrações públicas podem exigir determinadas percentagens de recuperação

das frações recicláveis em licitações públicas que envolvam operações de demolição.

Da mesma forma, os governos podem incentivar o estabelecimento de determinadas

percentagens de recuperação para as frações mais recicláveis, por exemplo através de

descontos nas fianças a estabelecer nas obras.

5. ELABORAÇÃO DE UM SISTEMA DE IMPOSTOS, TAXAS OU PREÇOS QUE

DESENCORAJA A DISPOSIÇÃO EM ATERRO CLASSE A

A medida que novas alternativas ao Aterro classe A sejam implantadas (plantas de

agregados, de reciclagem, de CDR) o preço de disposição em aterros poderia ser

aumentado.

6. CRIAÇÃO DE UMA REDE DE PONTOS LIMPOS DE INICIATIVA MUNICIPAL

AMPLA EM TODA RMBH E COLAR METROPOLITANO

A criação de uma rede de pontos limpos – a qual para fins desse Plano pode ser

composta por diversas infraestruturas tais como Unidades de Recebimento de

Pequenos Volumes (URPV) , Pontos de Entrega Voluntaria (PEV) ou Ecopontos - de

coleta instalados pela administração municipal permitindo a coleta dos RCCV de origem

doméstica. Nestas instalações poderiam ser realizados o registro de dados, essenciais

para o acompanhamento do Plano de Gestão de RCCV.

7. CRIAÇÃO DE UM CADASTRO DETALHADO DE EMPRESAS DE CAÇAMBAS

E CONGÊNERES

Instituição de cadastro detalhado, com procedimento de atualização para empresas de

caçambas e congêneres.

As empresas de caçambas e congêneres cadastradas devem estar autorizadas para o

transporte de RCCV que deverá estar de acordo com as normas técnicas vigentes para

o transporte de resíduos.

Promover, no cadastro, a compatibilização entre as informações das empresas de

caçambas (Ceritficado de Transporte de Resíduos-CTR) com os planos de

gerenciamento exigidos para os grandes geradores da construção civil.

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8. DESENHO DE UM PROGRAMA DE ENCERRAMENTO E RECUPERAÇÃO DE

BOTA-FORAS IRREGULARES

A administrações públicas devem levantar e registrar os locais de disposição irregular

de RCCV.

Do resultado de uma avaliação dos danos ambientais e dos riscos aos cidadãos, devem

ser hierarquizadas ações a serem realizadas para o programa de encerramento e

recuperação destas áreas.

9. REALIZAÇÃO DE CAMPANHAS ANUAIS DE LIMPEZA DE BOTA-FORA

IRREGULAR

As Administrações Públicas devem realizar campanhas de limpezas anuais de locais de

disposição inadequada nos municípios da RMBH e Colar Metropolitano.

Figura 7 - Ação emergencial para a retirada do lixo e entulho que estava acumulado na Vila do Abraão.

Fonte: Foto: Joseph Arena, Angra.rj.gov.br

10. AÇÃO EXEMPLAR DA ADMINISTRAÇÃO

Promover a inclusão, por parte da Administração Pública em todas as licitações e/ou

contratos, de práticas de minimização de resíduos de construção e demolição em obras

de edifícios ou infraestruturas públicas.

As Administrações Públicas devem utilizar, sempre que possível, produtos elaborados

total ou parcialmente com materiais reciclados como pavimentos, telhas e incluso

mobiliário urbano.

11. PRINCIPAIS PRODUTOS DE RECICLAGEM NO SETOR DA CONSTRUÇÃO

As Administrações Públicas devem incentivar a produção, comercialização e utilização

de produtos cujo ciclo de vida permita recuperá-los ou reutilizá-los como subprodutos

ou matérias-primas.

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12. REDUÇÃO DE ENVASES E EMBALAGENS NO SETOR DA CONSTRUÇÃO

As Administrações Públicas devem promover a implementação de medidas destinadas

a reduzir os envases e embalagens de materiais da construção e a promoção de

sistemas de gestão integrada de embalagens.

13. DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS DE INFORMAÇÃO EFICAZES

As Administrações Públicas devem desenvolver ferramentas de informação eficazes

(em especial para consulta via Internet) sobre a oferta e a demanda de produtos de

construção e de RCC reutilizáveis.

14. MELHORES PRÁTICAS DE CONSTRUÇÃO

As Administrações Públicas devem incentivar a adoção, pelas empresas de construção,

de boas práticas no desenvolvimento de atividade geradora de resíduos deste tipo para

um aumento progressivo das práticas de separação na origem e de registo e

comunicação das ações executadas.

15. MELHORES PRÁTICAS DE DEMOLIÇÃO

As Administrações Públicas devem incentivar a adoção, pelas empresas de construção, das melhores práticas na demolição (demolição seletiva). Podem ser criados procedimentos sobre as Demolições no Município, com elaboração de inventário do material dessas demolições: controle de geração, transporte e destinação.

16. TECNOLOGIAS LIMPAS

As Administrações Públicas devem promover a utilização de tecnologias mais limpas

tanto nas equipes como nos processos e produtos, em especial, a substituição de

materiais em edifícios novos por outros que ao longo da vida geram menos resíduos, e

promover sua reutilização, reciclagem e valorização.

17. COMERCIALIZAÇÃO DE TODOS OS AGREGADOS RECICLADOS

As Administrações Públicas procurarão estabelecer nas suas atuações os instrumentos

mais adequados para promover o uso de subprodutos de recuperação. Definindo a

implementação de padrões para a utilização de agregados reciclados nas obras com

vista à substituição progressiva, principalmente, nas de engenharia civil, de parte dos

agregados naturais por reciclados.

18. AUXÍLIOS OU SUBVENÇÕES PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

O estabelecimento de auxílios ou subvenções às pequenas e médias empresas para o

investimento em equipamentos (por ex., contêineres) que permite a coleta seletiva de

resíduos de construção e demolição.

19. BENEFÍCIOS FISCAIS DA REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM

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As Administrações Públicas podem fornecer subsídios ou incentivos fiscais para as

empresas que reutilizem ou reciclem, com o objetivo de que tenham a possibilidade de

redução fiscal em percentagem a determinar pelo conceito da atividade que

desenvolvem e do benefício que aportam ao cuidado do meio ambiente.

Por outro lado, a municipalidade pode conceder bônus aos cidadãos pelo uso dos

pontos limpos, por exemplo com uma redução na taxa de coleta de resíduos municipais.

Em vários municípios espanhóis aplica-se uma bonificação sobre o uso do ponto limpo

(é necessário um volume e/ou quantidade mínima de resíduos entregues em um

ano). O registro é feito através de um cartão gratuito de usuário.

- De 4 a 6 utilizações. Bonificação de 10% da taxa

- De 7 a 12 utilizações. Bonificação de 15% da taxa

- Mais de 12 utilizações. Bonificação de 20% da taxa

Figura 8 - Cartões do usuário ponto limpo

Fonte: http://www.deixalleries.com/organitzacio.php#parts e beterainformacio.es

20. CRIAÇÃO DE PRÊMIOS PARA A GESTÃO DE RCCV

Criação e concessão de prêmios públicos (municipais, estaduais) para as melhores

práticas de gestão empresarial, como minimização e reciclagem.

21. PROMOÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

As Administrações Públicas devem incentivar empreiteiros à implementação de

sistemas de gestão ambiental devidamente certificados (de acordo com a ISO 14001 ou

semelhantes) incorporando estas certificações em procedimentos licitatórios de forma a

valorizar e conferir uma pontuação maior às empresas que apresentarem estes

documentos.

22. DESENVOLVIMENTO DE MANUAIS DE PRÁTICAS SOBRE A PREVENÇÃO

DE RCC NAS OBRAS

As Administrações Públicas devem incentivar o desenvolvimento de manuais de

práticas sobre prevenção de RCC nas obras, informando e formando os grandes

geradores nas melhores práticas de gestão de RCC com o objetivo de melhorar a sua

separação na obra, o seu aproveitamento em plantas de reciclagem e de facilitar a sua

disposição ambientalmente adequada.

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23. FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO AO PÚBLICO

Informação e formação ao público sobre melhores práticas de gestão de resíduos

volumosos inertes (móveis, etc.), a fim de evitar a eliminação não controlada em aterros

e facilitar a sua eliminação controlada, ou seu aproveitamento em plantas de reciclagem

(de acordo com o Programa de formação, sensibilização e educação cidadã).

24. PROMOÇÃO DA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA DOS RESÍDUOS

VOLUMOSOS

Promover a discussão da responsabilidade compartilhada com fabricantes e comerciantes de móveis e com a população consumidora

5.5 AÇÕES DE VALORIZAÇÃO E DISPOSIÇÃO CONTROLADA

1. CONSTITUIR OU AMPLIAR AS EQUIPES TÉCNICAS PARA A GESTÃO DOS

PROCESSOS DE VALORIZAÇÃO E DISPOSIÇÃO CONTROLADA

As administrações públicas devem dispor de equipamentos técnicos com a habilitação

necessária para a tarefa.

2. AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PARA

REABILITAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS.

A utilização de Resíduos da Construção Civil para reabilitação de áreas degradadas

deve ser avaliada sob a ótica do licenciamento ambiental principalmente no que se

refere a possibilidade de contaminação de águas subterrâneas.

3. UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO ELEMENTO DE

COBERTURA

A utilização de Resíduos da Construção Civil como elemento de cobertura dos resíduos

em Aterros Sanitários permite economizar custos e recursos naturais (argila, brita e

areia).

5.6 AÇÕES DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO

1. CONSTITUIR OU AMPLIAR AS EQUIPES TÉCNICAS PARA A GESTÃO DOS

PROCESSOS DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO

As administrações públicas devem dispor de equipamentos técnicos com a habilitação

necessária para a tarefa.

2. LEVANTAMENTO DE ÁREAS DEGRADADAS E/OU CAVAS ABANDONADAS

NA RMBH E COLAR METROPOLITANO.

As Administrações Públicas devem criar uma base de dados de áreas degradadas e de

cavas abandonadas, com uma avaliação preliminar da sua possível utilização como

Aterro classe A.

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3. ACORDOS DE COLABORAÇÃO, E PROJETO PILOTO DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO

As Administrações Públicas devem promover acordos de colaboração com outras Administrações, empresas privadas e universidades, colaborando em projetos-piloto, atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, como por exemplo:

- Estudo do aproveitamento de resíduos de cerâmica provenientes dos RCCV

como matéria-prima alternativa em coprocessamento.

- Estudo de materiais substitutivos na construção, de menor impacto ou melhor

reciclagem.

- Criação de bolsas de estudo para estudantes em projetos de pesquisa,

desenvolvimento e inovação.

5.7 AÇÕES DE MONITORAMENTO

1. REALIZAÇÃO DE CAMPANHAS DE INSPEÇÃO E INFORMAÇÃO PARA

OBRAS

O corpo tecnico da Administração Pública competente poderia realizar campanhas de

inspeção e de informação nas obras, explicando o Plano de Gerenciamento de RCCV,

os requisitos legais aplicáveis, os benefícios da segregação dos RCCV no canteiro de

obra etc.

2. REALIZAÇÃO DE CAMPANHAS DE INSPEÇÃO DE INSTALAÇÕES DE

GESTÃO DE RCD

O corpo técnico da Administração Pública competente poderia realizar campanhas de

inspeção das instalações de gestão de RCD explicando o Plano de Gerenciamento de

RCCV, os requisitos legais aplicáveis, os benefícios da reciclagem dos RCCV etc.

3. INCREMENTO DOS SISTEMAS DE PREVENÇÃO, VIGILÂNCIA E CONTROLE

DE BOTA- FORAS IRREGULARES.

Os profissionais da Administração Pública poderiam realizar campanhas de inspeção

de pontos de despejos não controlados de RCCV registrando o inventário dos pontos,

volumes, tipos etc. Avaliando os possíveis efeitos ao ambiente e perigo para as pessoas

da área, e iniciando assim o processo de priorização de ações a serem realizadas.

4. MODERNIZAR OS INSTRUMENTOS DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

A modernização dos instrumentos de controle e de inspeção podem ser feitos pela

adição de tecnologia de Informação (construção de bancos de dados informatizados),

rastreamento eletrônico de veículos, fiscalização pela análise imagens aéreas,

implementação de um sistema RFID, como foi detalhado no PRODUTO 05.

5. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DAS AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS

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Uma das estratégias mais importantes a considerar, para o correto acompanhamento

das várias tarefas atribuídas ao Plano, é o monitoramento e a avaliação de desempenho

de cada uma das ações a serem desenvolvidas, o que permite orientar a tomada de

decisão e que estas ações sejam implementadas e continuamente revalidadas. Isto

promoverá uma maior responsabilidade de gestão por parte dos diferentes agentes

envolvidos, bem como a transparência e a qualidade da mesma.

As ações de Monitoramento tem um papel de destaque nas atividades relacionadas ao

processo de gestão, que visam fomentar a gestão da informação para a tomada de

decisão.

Para realizar o monitoramento periódico, foi proposto um modelo utilizando duas

matrizes. A primeira permite monitorar o desempenho estadual de forma global (nível

central), e a segunda, permite verificar o desempenho a partir de suas unidades

constituintes - municípios (nível local). Cada matriz foi elaborada com a seguinte

estrutura:

Componente: atributo utilizado para medir a gestão realizada.

Indicadores: avaliação do fator quantitativo e qualitativo utilizado para

representar o critério relacionado.

Objetivo: conseguir; manter; melhorar.

Fonte de informação: lugar onde os dados são coletados.

Forma de cálculo: descrição do método utilizado.

Padrão/Meta: valor de referência para cada indicador.

No processo de seleção dos indicadores se utilizou o conceito "traçador", proposto por

Kessner (1973) e adaptado para os objetivos do presente documento. Além disso, foram

selecionados os indicadores com o objetivo de estabelecer um método simples, rápido

e útil para facilitar a comunicação entre os diferentes atores envolvidos na tomada de

decisão, conforme indicado por TAMAKI (2012).

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Quadro 7 – Matriz de monitoramento do desempenho de gestão no âmbito do Consórcio – Nível central.

Indicador Objetivo Fonte de

Informação Forma de Cálculo

Padrão/Meta

Componente: Gestão Financeira

Subcomponente: Execução financeira

% de recursos executados destinados ao Plano.

Identificar a capacidade de execução orçamental dos recursos de vigilância

Setor de finanças da Secretaria Executiva do Consórcio de Gestão de RCCV

Recursos executados (em R$) até o trimestre avaliado/total de recursos (em R$) no ano corrente x 100

> 80% anual

Componente: Fortalecimento da capacidade institucional

Subcomponente: Gestão dos profissionais

% de gerentes e coordenadores com especialização em suas áreas de atuação.

Verificar a qualificação dos gestores

Direção do Consórcio de Gestão de RCCV

Nº de gestores e coordenadores com especialização em suas áreas de atuação/total de gerentes e coordenadores x 100

> 70%

Componente: Articulação

Subcomponente: Articulação entre os agentes envolvidos no processo

Número de reuniões entre os agentes envolvidos no processo

Verificar a continuidade dos processos de integração e articulação internas

Ata das reuniões Número absoluto 3 no trimestre

Subcomponente: Articulação entre a Entidade superior e o Estabelecimento de Saúde

% de Infraestruturas de RCCV com grupo técnico de seguimento do PGRCCV em funcionamento

Estabelecer as estratégias de ação conjuntas

Entidade superior e ações estratégicas da Infraestrutura

Número de Infraestruturas de RCCV com comitê de seguimento do PGRCCV

> 50% primeiro semestre

Componente: Informação e Comunicação

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Pag. 72

Indicador Objetivo Fonte de

Informação Forma de Cálculo

Padrão/Meta

Subcomponente: Divulgação

Número de boletins (ou similar) produzidos e enviados para as Infraestruturas de RCCV, municípios, sociedade civil ou empresas

Verificar a qualidade da informação

Entidade superior Nº absoluto > 4 anual

Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2015.

Todo o Sistema de gestão integrada de RCCV (Secretário, Diretores, Gerentes e

Coordenadores do Consórcio e profissionais designados pelos municípios) devem

participar, com o objetivo de:

i. Identificar as estratégias de intervenção mais adequadas.

ii. Avaliar as estratégias marcadas.

iii. Transmitir as informações.

Destaca-se a importância do papel nesta fase por parte do diretor da entidade

responsável, como um facilitador para mobilizar profissionais e incentivar discussões de

forma democrática e participativa entre as diferentes entidades envolvidas.

Quadro 8 – Matriz de monitoramento do desempenho da gestão no âmbito municipal – Nível Local

Indicador Objetivo Fonte de

Informação Forma de Cálculo Padrão/Meta

Componente: Gestão Financeira

Subcomponente: Execução financeira

% de investimento dos recursos destinados para a vigilância e promoção do Plano.

Identificar a capacidade de execução orçamental dos recursos de vigilância pelas Secretarias Municipais implicadas

Setor de finanças das Secretarias Municipais implicadas

Recursos executados (em R$) até o trimestre avaliado/total de recursos (em R$) no ano corrente x 100

> 80% anual

Componente: Fortalecimento da capacidade institucional

Subcomponente: Gestão dos profissionais

% de municípios que tenham um gestor de vigilância especializado

Verificar a qualificação dos gestores de vigilância no âmbito municipal

Consórcio

Nº de gestores de vigilância em RCCV com especialização/total de municípios x 100

> 60%

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Pag. 73

Indicador Objetivo Fonte de

Informação Forma de Cálculo Padrão/Meta

Componente: Articulação

Subcomponente: Articulação entre os agentes envolvidos no processo

Número de reuniões entre os agentes envolvidos no processo

Incentivar o processo de diálogo e de extrapolação de experiências particulares

Ata das reuniões Número absoluto 1 no trimestre

Subcomponente: Articulação entre a Entidade superior e Municípios

% de municípios > 50 mil habitantes com grupo técnico - GT

Fortalecer estratégias de ação conjuntas

Consórcio

Número de municípios > 50 mil habitantes com GT em funcionamento / total de municípios > 50 mil hab. X 100

100%

Componente: Informação e Comunicação

Subcomponente: Divulgação

% de municípios com cobertura de informação sobre o PGRSS > 90%

Verificar a qualidade da informação

Consórcio

Nº de municípios com cobertura > 90% / total de municípios x 100

> 90% primeiro ano 100 % a partir do segundo ano

Componente: Meio Ambiente

Subcomponente: Vigilância ambiental

% de infraestruturas de coleta e transbordo de RCCV que realizam Controle ambiental

Monitorar a qualidade dos despejos, a gestão de resíduos, e o ruído

Relatórios de controle Consórcio

Nº de infraestruturas de coleta e transbordo de RCCV que realizam o controle/total

> 80%

Controle ambiental de infraestruturas de tratamento e reciclagem de RCCV de forma periódica

Monitorar a qualidade dos despejos, a gestão de resíduos, o ruído e as emissões à atmosfera

Consórcio/FEAM Número absoluto 100%

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Indicador Objetivo Fonte de

Informação Forma de Cálculo Padrão/Meta

Controle ambiental de Aterros Classe A de RCCV de forma periódica

Monitorar a qualidade dos despejos, a gestão de resíduos, as águas subterrâneas, o ruído e as emissões à atmosfera

Consórcio/FEAM Número absoluto 100%

Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2015.

Além das ações de monitoramento, é necessário, considerar ferramentas como

indicadores de desempenho de âmbito local e específico, tal como descritos nos

Quadros 42, 43 e 44 do Produto 05 (IDP-FR, 2015).

Além disso, as bases para a utilização de diferentes indicadores ou ferramentas de

monitoramento baseiam-se em: (i) a participação das partes interessadas, (ii) diálogo

permanente, (iii) compromisso, (iv) responsabilidade, (v) transparência e (vi) a

justificação de contas.

A utilização de métodos participativos deve ser parte de todo o processo, desde o

desenvolvimento dos instrumentos de controle, até a análise e interpretação dos

indicadores, realizados em conjunto entre as entidades superiores / municípios e

estabelecimentos de saúde nas reuniões / sessões de acompanhamento mensal /

trimestral / semestral ou anual.

De acordo com Brasil (2013a), no âmbito do mecanismo de acompanhamento e controle

(auditoria) para a gestão adequada dos resíduos, temos:

1. Construir informações sistematizadas ou agrupadas em bancos de dados, a fim

de gerar um diagnóstico preciso da situação dos resíduos ao decorrer do tempo,

para construir sua evolução histórica.

2. Criação de sistemas de informação com banco de dados e cadastro de empresas

que prestam serviços ambientais.

3. Estabelecer corpo estável de fiscais em parceria com a Vigilância Sanitária.

4. Poder público municipal deverá montar equipe técnica com o papel de instruir

sobre as mudanças de procedimentos de cada tipologia de resíduo, além de

fiscalizar a execução do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos por

intermédio da gestão da informação e novas tecnologias.

5. Fazer cumprir normas e leis quanto aos usos de EPI e veículos específicos.

6. Implantar um sistema de Controle de Transporte de Resíduos para os RCCV.

7. Implantar rotina de acompanhamento: das empresas geradoras; das

transportadoras; das empresas de tratamento e as de disposição final dos

resíduos.

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Pag. 75

8. Promover preparo e treinamento; acompanhamento; conhecimento adequado

sobre descarte de RCCV.

9. Promover auditorias em conjunto com órgão ambiental estadual.

10. Formar e estruturar banco de dados dos RCCV.

11. Implantar a observação analítica nos processos de gestão de RSS nas unidades

e órgãos; promover a integração dos funcionários para com os procedimentos

de manipulação, separação, acondicionamento, armazenamento, transporte,

etc.

O poder público municipal deverá montar equipe técnica com o papel de instruir sobre

as mudanças de procedimentos de cada tipologia de resíduo, além de fiscalizar a

execução do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos por intermédio da gestão

da informação e novas tecnologias.

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6 AÇÕES CONCRETAS A SEREM EXECUTADAS PELOS DEMAIS AGENTES PRIVADOS

Uma vez identificados os agentes privados que direta ou indiretamente estão envolvidos

nas atividades de gerenciamento dos RCCV com responsabilidade solidária aos demais

atores, nota-se que existe uma coincidência nas ações que podem ser implementadas

para garantir a efetividade da fiscalização e monitoramento, prevenção, valorização e

disposição e pesquisa, desenvolvimento e inovação com as ações dos agentes públicos.

6.1 AÇÕES DE PREVENÇÃO

6.1.1 Aplicar ferramentas para uma correta gestão de compras e armazéns

Os agentes privados do setor de construção deveriam aplicar ferramentas para uma

correta gestão de compras e armazéns, com o objetivo de reduzir os resíduos gerados

pelo excesso de compra ou excedentes de produção.

Figura 9 - Exemplo de ordem e limpeza em canteiro de obra

Fonte: lineaprevencion.com

6.1.2 Planos de prevenção de rccv

Os agentes privados do setor da construção devem elaborar e apresentar os planos de

prevenção de RCCV em seu escopo de atuação para cada obra em particular em que

participam. Além disso, seria desejável a elaboração das estratégias de prevenção de

RCCV a partir da perspectiva do conjunto das suas atividades.

6.1.3 Exigência de boas práticas ambientais aos subcontratados

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Pag. 77

Os agentes privados do setor da construção devem promover a disseminação de boas

práticas ambientais da obra para os subcontratantes envolvidos na obra.

6.1.4 quantificação e caracterização dos rcc

Os agentes privados do setor da construção devem desenvolver ferramentas para a

quantificação e caracterização de RCD em projetos de obra e na obra.

6.1.5 Separação dos resíduos perigosos dos não perigosos

Os agentes privados do setor da construção devem separar os resíduos perigosos de

resíduos não perigosos, independentemente da quantidade gerada, sempre que seja

tecnicamente viável. No caso de não poder separar, administrar todo o volume como

resíduos perigosos.

Figura 10 - Exemplo de Ponto de armazenamento de resíduos perigosos.

Fonte: gestionambientalobracivil.blogspot.com

6.1.6 Segregar os rccv por classe (tipo)

Os agentes privados do setor da construção devem segregar os RCCV por tipo,

independentemente da quantidade gerada, sempre que seja tecnicamente viável. No

caso de não poder segregar, administrar o total como resíduos mistos.

6.1.7 Realizar a gestão com empresas autorizadas

Os agentes privados do setor da construção devem entregar os resíduos a uma entidade

autorizada ou registrada que realize operações de gestão de resíduos, e utilizar os

serviços de transportadoras autorizadas.

6.1.8 Registrar a gestão realizada

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Os agentes privados do setor da construção devem obter os registros da entidade

autorizada ou registada que demonstrem a gestão de resíduos realizada.

6.2 AÇÕES DE VALORIZAÇÃO E DISPOSIÇÃO CONTROLADA

6.2.1 Constituir ou ampliar as equipes técnicas

Constituir ou ampliar as equipes técnicas para os processos de recuperação (se

aplicável) e disposição controlada dos RCCV, considerando que as infraestruturas de

tratamento de RCCV devem ter equipes técnicas com formação e, por tanto, habilitação

necessária para o desenvolvimento dessas tarefas.

6.2.2 Aplicação de taxas para inibir a disposição em aterros classe a

Aplicação de sistemas de taxas de admissão de RCC em aterro que incentivem a

prevenção de RCC, como por exemplo, taxas de crescimento superior ao linear,

dependendo da quantidade enviada para aterro, que tenham em conta a

"contaminação" dos resíduos recebidos (impróprios diferentes dos resíduos inertes,

procedentes de operações de classificação e pré tratamento etc.).

6.2.3 Estabelecimento de sistemas de informação

Estabelecimento de sistemas de informação (particularmente, acessíveis via internet)

sobre os gestores de RCC, incluindo informações de localização, resíduos admitidos,

as taxas de tratamento, procedimentos e critérios de admissão e outros dados de

interesse para promotores, construtores e gestores de RCC, como potenciais usuários.

6.3 AÇÕES DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO

6.3.1 Uso de produtos de maior de reciclagem no setor da construção

Os agentes privados do setor da construção devem estudar o uso de produtos cujo ciclo

de vida permita recuperá-los ou reutilizá-los como subprodutos ou matérias-primas.

6.3.2 Acordos de colaboração, e projetos piloto de pesquisa, desenvolvimento e

inovaçao

Os agentes privados poderiam assinar acordos de colaboração com as Administrações públicas, outras empresas privadas e universidades, colaborando em projetos-piloto, atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação etc. Como por exemplo:

- Estudo do aproveitamento de resíduos de cerâmica provenientes dos RCCV

como matéria-prima alternativa em coprocessamento

- Estudo de materiais substitutivos na construção, de menor impacto ou melhor

reciclagem.

- Subvenção e colaboração em projetos de pesquisa, desenvolvimento para

estudantes dos últimos períodos do curso de graduação.

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6.3.3 Implantação de sistemas de gestão ambiental

Os operadores privados, tanto do setor da construção como das infraestruturas de

tratamento e disposição de RCCV poderiam implantar sistemas certificados de gestão

ambiental (ISO 14001 ou similares) em suas atividades e serviços.

As empresas que disponham desses sistemas certificados poderiam demonstrar a

qualidade da sua gestão ambiental, estariam melhor consideradas pelo governo e

melhorariam a sua imagem pública.

6.3.4 Modernizar os instrumentos de controle e fiscalização

A modernização dos instrumentos de controle e de inspeção poderia ser feita pela

adição de tecnologia de Informação (construção de banco de dados informatizado,

rastreamento eletrônico de veículos, fiscalização por análise de imagens aéreas,

implantação de um sistema RFID, como descrito no PRODUTO 05 etc.).

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7 PRIORIZAÇÃO DA COLETA SELETIVA

7.1 AÇÕES PARA INCENTIVAR A SEPARAÇÃO NAS FONTES GERADORAS

A Separação dos RCCV nas fontes geradoras visa reduzir a quantidade e perigo dos

resíduos gerados, promovendo uma cadeia formal de reciclagem e gerando um

aumento da consciência ambiental entre as partes interessadas, grandes e pequenos

geradores.

7.2 CAMPANHAS DE CAPACITAÇÃO

Alguns exemplos

- Edição de uma versão resumida do plano de gestão RCCV.

- Edição de um “Manual de separação de RCCV”.

- Campanhas para promover a coleta seletiva de resíduos volumosos.

- Atividades de comunicação para promover e divulgar os acordos voluntários

com as principais empresas, entidades e associações.

- Informação na página web explicando as diferentes técnicas de coleta e

tratamento dos RCCV, suas vantagens, inconvenientes e riscos.

- Manutenção de listas de associações e entidades sem fins lucrativos

dedicadas ao resgate, reparação, renovação e venda de artigos usados e bens

volumosos, e empresas que se dedicam à compra e venda de produtos

volumosos utilizados de origem doméstica.

- Campanhas para apoiar a criação de mecanismos e circuitos (mercados de

rua,etc.) para venda de produtos volumosos usados.

- Reuniões com a mídia local para informá-los sobre a problemática, colher

sugestões e opiniões, e propor possíveis ações neste assunto.

- Comunicados de imprensa e fóruns na web para divulgar estudos e apresentar

resultados.

- Mostrar ao público o sistema de gestão de resíduos, através de visitas a

infraestruturas de gestão de RCCV (pontos limpos (de coleta), plantas, aterro).

7.3 CRIAÇÃO DE CURSO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

COMO GESTOR DE RCCV

Incluir dentro da oferta de cursos de educação profissional e tecnológica o de “Técnico

em gerenciamento de RCCV”, de maneira similar ao existente, “Técnico em reciclagem”

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Alternativamente, incluir explicitamente o gerenciamento de RCCV nos temários dos

seguintes cursos de educação profissional e tecnológica:

EIXO TECNOLÓGICO: AMBIENTE E SAÚDE

TÉCNICO EM RECICLAGEM

TÉCNICO EM CONTROLE AMBIENTAL

TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

EIXO TECNOLÓGICO: INFRAESTRUTURA

TÉCNICO EM DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES

Fonte: PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego)

7.4 CRIAÇÃO DE CURSOS NÃO REGULAMENTADOS DE APLICAÇÃO PRÁTICA

RELACIONADA COM A GESTÃO DOS RCCV

Exemplos: A Gestão de resíduos de construção civil (RCC) no projeto e obra

B Gestão ambiental nas obras

A. Gestão de resíduos de construção civil (RCC) no projeto e obra

Temário:

- Os RCC. Introdução à sua problemática e gestão. Definição de cenários básicos de

produção e tratamento.

- Políticas institucionais. O progresso na definição de princípios de gestão. Princípio de

hierarquia, níveis e conteúdos.

- Marco Normativo. Legislação obrigatória e ferramentas administrativas de suporte à

mesma.

- Caracterização e classificação de acordo com diferentes parâmetros: origem, grau de

perigo, grau de homogeneidade na sua composição, tratamento posterior.

- Atuações no Projeto: prevenção, minimização e planificaçãoda gestão.

- Obra nova: características, requerimentos espaciais efuncionais, meios auxiliares e

fases de atuação associadas aos diferentes destinos dos RCD. Localização e

organização de áreas de gestão.

- Obras de demolição: características, requerimentos e meios-auxiliares. Ajuste

funcional da gestão para limitações espaciais e de manobrabilidade.

- Obras de reforma e reabilitação.

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- Armazenamento e tratamento de RCC na obra: separação, compactação, britagem e

peneiramentoMáquinas e equipamentos auxiliares. Meios de transporte.

- Sistemas de tratamento e disposição final dos RCC

B. Gestão ambiental nas obras

Temário:

- Gestão ambiental no início da obra.

- Gestão de resíduos da Construção Civil (RCC). Revisão de conceitos,

Resíduos Perigosos, Resíduos urbanos, Envases e embalagens de resíduos.

- Gestão de águas. Legislação. Tramitação de autorizações. Boas práticas.

- Gestão ambiental nas plantas.

- Gestão ambiental para áreas de terraplanagem, recuperação e aterros.

- Restauração de zonas afetadas pela obra.

- Programa de vigilância ambiental.

- Controle de situações de emergência.

- Introdução aos sistemas de gestão ambiental.

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Pag. 83

8 PROGRAMAS DE INVESTIMENTOS

Conforme a PNRS, a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é o “conjunto de ações

voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as

dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a

premissa do desenvolvimento sustentável” (BRASIL, 2010a).

O gerenciamento dos resíduos sólidos vem apresentando uma tendência crescente de

terceirização para a iniciativa privada, principalmente pelas dificuldades do executivo

municipal na fixação de mão de obra, manutenção de equipamentos e operação de

sistemas de tratamento ou aterros. Entretanto, ressalta-se que a gestão – planejamento,

supervisão e fiscalização – por ser atividade típica de estado é indelegável e

intransferível.

Cabe ao poder público implantar medidas para que a gestão integrada de resíduos

sólidos seja efetiva e gere resultados associados às premissas apresentadas pelo

Ministério do Meio Ambiente (MMA) (BRASIL, 2012). Entretanto, a responsabilidade

pelo gerenciamento de resíduos é do estabelecimento gerador, seja público ou privado.

Isto pressupõe uma interação entre os órgãos públicos e empresas privadas para que

possam compartilhar a gestão dos resíduos sólidos com a comunidade local (IPEA,

2012).

8.1 TIPO DE INVESTIMENTOS

A estratégia para alcançar os resultados previstos nas metas e diretrizes envolve ações

macro e microssetoriais, ambas dependentes de um esforço conjunto dos municípios

da RMBH e CM, coordenados e orientados pelo Governo Estadual.

Como primeiro passo, sugere-se o mapeamento das intenções de investimento, por

parte dos setores público e privado no que se refere a implantação de novas unidades

para o gerenciamento dos RCCV. Tendo em vista os investimentos atuais e previstos,

as infraestruturas atuais e planejadas para atendimento ao plano, um cronograma de

investimento pode ser consolidado com base nos resultados apresentados no Produto

08. As ações acima devem, obrigatoriamente, considerar a clara necessidade de

adequação e capacitação dos recursos humanos que serão alocados nos serviços, em

todas as suas etapas.

Como segundo passo, é desejável conhecer a fonte dos recursos atuais advindos das

tarifas cobradas pelos serviços públicos prestados para o gerenciamento dos RCCV.

Esta informação permitirá prever se a tarifação atual é suficiente ou se deve ser alterada

em curto prazo, por um período determinado – ou não, para arrecadação de recursos

como objetivo de financiar as ações imediatas e emergenciais.

Como terceiro passo, seria importante conhecer o número de empresas que atuam no

setor e qual a parcela da prestação dos serviços de gerenciamento de RSS é executado

por cada uma delas e quantas possuem condições de acesso a financiamento de longo

prazo.

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8.2 MECANISMOS DE RATEIO

Segundo Di Pietro (2008), os consórcios públicos perante a Lei nº. 11.107/2005, podem

ser definidos como “associações formadas por pessoas jurídicas políticas (União,

Estados, Distrito Federal e Municípios), com personalidade de direito público ou de

direito privado, criadas mediante autorização legislativa, para a gestão associada de

serviços públicos”. O serviço que uma pessoa jurídica pública não pode ou tem

dificuldade para executar isoladamente torna-se possível ou mais eficiente mediante a

conjugação de esforços.

A referida Lei prevê que, entre os entes consorciados, sejam firmados dois tipos de

contrato: Contrato de Programa e Contrato de Rateio, objeto deste item.

O contrato de rateio é o instrumento mediante o qual os entes consorciados

disponibilizarão recursos aos consórcios públicos aos quais participam. Importante

deixar claro que o fato de um município ser partícipe de um consórcio não o desobriga

a prever em sua lei orçamentária os recursos que serão destinados à gestão do serviço

público objeto do consórcio. Diante disso, é importante alertar para que os Contratos de

Rateio sejam firmados após a votação das leis orçamentárias de cada ente consorciado

com exceção para aqueles cujo objeto esteja contemplado no Plano Plurianual de todas

as entidades participantes, ou seja, custeado por tarifas ou outros preços públicos. A

não previsão em lei orçamentária municipal dos recursos destinados ao Consórcio pode

levar a suspensão e exclusão do município do mesmo.

O Contrato de Rateio é, portanto, vital para a existência e manutenção do Consórcio, ou

agrupamento, à medida que oficializa o compartilhamento de deveres entre todos os

entes consorciados no que se refere, principalmente, ao custo das atividades repartidas

e assegura o repasse das obrigações financeiras de cada um.

8.2.1 Exemplo de Critério de Rateio

No Brasil, um dos consórcios mais antigos para gestão de serviços de Saneamento está

localizado na Bacia do Rio dos Sinos no estado do Rio Grande do Sul. O Pró-Sinos,

como é chamado, é um consórcio interfederativo de direito público formado, até o

momento, por 26 dos 32 municípios que compõem a Bacia do Rio dos Sinos.

Fundado em 16 de agosto de 2006, com a denominação de Consórcio Público de

Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – Pró-Sinos, é um órgão

executivo das ações, projetos e programas voltados ao saneamento básico da Bacia e

funciona como um órgão da administração indireta de cada um de seus entes

consorciados. Sendo assim, o Pró-Sinos desenvolve projetos, capta recursos e pode

executar obras, serviços e estudos relacionados ao saneamento básico e ambiental na

região de sua abrangência. Além de projetos de Educação Ambiental, o consórcio

possui uma Usina de Reciclagem de Resíduos da Construção Civil.

Para executar as ações definidas em âmbito regional, o quadro funcional é composto

por servidores do quadro de carreira dos entes consorciados e por equipe contratada,

contando com o seguinte quadro técnico: Diretoria Executiva; Diretor Técnico;

Secretaria Executiva Administrativa e de Licitações Mobilizadora Social Coordenadora

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e Educadora Ambiental; Central de Monitoramento Integrado; Assessoria Jurídica;

Contabilidade; Coordenador Técnico.

Dentre as finalidades estão defender, ampliar e promover a interação, fortalecer e

desenvolver a capacidade administrativa, técnica e financeira dos serviços públicos de

saneamento básico nos municípios que integram o consórcio. O Pró-Sinos, desde sua

criação, também realiza estudos de natureza técnica e social nas áreas de meio

ambiente e saneamento, desenvolvendo um programa permanente de educação

ambiental.

Todos os arquivos, estudos, publicações e ações do Pro-sinos estão disponibilizados e

podem ser acompanhados por meio do website http://www.consorcioprosinos.com.br/.

Além do estatuto do consórcio e do protocolo de intenções está também disponibilizada

uma cópia do Contrato de Rateio.

O critério utilizado para as contribuições mensais dos consorciados foi estabelecido por

faixas de população com o objetivo de resguardar os municípios que pertencem a mais

de uma bacia e, consequentemente, podem, no futuro, participar de mais de um

consórcio. Para tal, considerou-se o agrupamento dos municípios em faixas, sendo que,

os municípios com mais de 80% de sua população sediada na área da bacia tiveram

sua população considerada na íntegra. De forma semelhante, os municípios com

populações na área da bacia inferiores a 10% da população municipal total foram

enquadrados como sendo pertencentes ao grupo com a menor contribuição mensal. Os

dados populacionais adotados como oficiais são os publicados periodicamente pelo

IBGE, quando o rateio é revisado. Por meio dessa forma de rateio chegou-se a uma

estimativa de valor mensal que poderia ser arrecadado, o que se mostrou coerente com

os custos previstos do consórcio nos estudos prévios. O Quadro 9 abaixo demonstra a

divisão em grupos e o número de município do consórcio enquadrado no ano de 2007.

Quadro 9 - Valor total arrecadado pelos grupos de Rateio, estabelecido por faixa populacional e área de

abrangência do município na Bacia dos Sinos – RS, 2007

Populações 2007 (hab)

Valores Mensais (R$)

Grupo de Rateio

Nº municípios no grupo

Total arrecadado

(R$)

Abaixo de 10.000 1.000 1 7 7.000

De 10.001 a 20.000 2.000 2 2 4.000

De 20.001 a 50.000 4.000 3 4 16.000

De 50.001 a 100.000

8.000 4 3 24.000

De 100.001 a 200.000

15.000 5 ---

Acima de 200.000 20.000 6 2 40.000 Arrecadação mensal 91.000,0

Arrecadação Anual 1.092.000,00 Fonte: Contrato de Rateio, Consorcio Pro-sinos. Bacia do Rio dos Sinos – RS. Disponível em:

http://www.consorcioprosinos.com.br/conteudo_inst.php?id=consorcio

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9 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

De acordo com a elaboração deste Produto, conclui-se que:

É importante ressaltar que o Estado de Minas Gerais possui uma Unidade Central de

Parcerias Público-Privadas, que tem a seu crédito uma experiência de mais de dez anos

no estudo e na adjudicação de PPPs no Estado. Este caminho percorrido permite a

otimização de tempo para a possível implementação do modelo proposto a nível de

Gestão de RCCV na RMBH e CM e assessoria à ARMBH em quaisquer dúvidas e

acompanhá-la no trânsito das diferentes fases a serem desenvolvidas.

No âmbito da gestão dos RCCV, adicionalmente ao Consórcio, as entidades que fazem

parte do grupo de acompanhamento deste projeto poderiam assumir um importante

papel, tendo em conta a experiência que foi acumulada ao longo dos anos, e desta

forma poderiam transmitir as sinergias às outras entidades que forem criadas a nível

estadual e municipal, para a realização de um correto acompanhamento do Plano de

Gestão de RCCV na Região Metropolitana e Colar Metropolitano.

Como já foi mencionado em produtos anteriores, considera-se imprescindível realizar

um trabalho de campo exaustivo que permita conhecer detalhadamente a geração de

RCCV por municípios, a composição dos RCCV, a localização e a magnitude das

operações realizadas nos pontos de coleta, bem como das instalações de tratamento e

de disposição final existentes na RMBH e Colar. Isto é especialmente relevante na hora

de definir os custos das instalações a serem projetados em 30 anos, já que não se pode

estabelecer de maneira precisa a capacidade atual de tratamento dos RCCV na RMBH

e Colar.

Finalmente, considerando a Base de Dados construída com todo o acervo organizado

de conhecimento e informações sobre a gestão e gerenciamento dos RCCV, ressalta-

se a importância de manter viva esta base, principalmente para os dados de geração e

de destinação final, com procedimentos de retroalimentação e monitoramento periódico.

Os municípios deverão ser incentivados a participar deste processo que, inclusive, deve

ser incluído em programas de capacitação.

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10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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