produtividade do milho no sistema de integraÇÃo … · o milho tem uma boa produtividade em...
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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Engenharia Agronômica
Alexandre Pavoni Paizan Ribeiro
Fernando Silva Cardoso
Mateus Sottoriva Nogueira
Rafael Sottoriva Nogueira
PRODUTIVIDADE DO MILHO NO SISTEMA DE
INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA COM USO DA
BRACHIARIA BRIZANTHA (SYN. UROCHLOA
BRIZANTHA) CV PIATÃ
Sitio São José
Promissão – São Paulo
Lins – SP
2018
ALEXANDRE PAVONI PAIZAN RIBEIRO
FERNANDO SILVA CARDOSO
MATEUS SOTTORIVA NOGUEIRA
RAFAEL SOTTORIVA NOGUEIRA
PRODUTIVIDADE DO MILHO NO SISTEMA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA
PECUÁRIA COM USO DA BRACHIARIA BRIZANTHA (SYN. UROCHLOA
BRIZANTHA) CV PIATÃ
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Engenharia agronômica, sob a orientação do (a) Prof. (º) Dr Carlos Suguitani.
Lins – SP
2018
Ribeiro, Alexandre Pavoni Paizan; Cardoso, Fernando Silva; Nogueira, Mateus
Sottoriva; Nogueira, Rafael Sottoriva
Produtividade do milho no sistema de integração lavoura pecuária com uso da
Brachiaria Brizantha (SYN. Urochloa Brizantha) CV Piatã / Alexandre Pavoni
Paizan Ribeiro; Fernando Silva Cardoso; Mateus Sottoriva Nogueira; Rafael
Sottoriva Nogueira – – Lins, 2018.
40p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
– UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação de Engenharia Agronômica, 2018.
Orientador: Carlos Suguitani
1. Consórcio. 2. Milho. Braquiaria. I Título.
CDU 631
R367p
PRODUTIVIDADE DO MILHO NO SISTEMA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA
PECUÁRIA COM USO DA BRACHIARIA BRIZANTHA (SYN. UROCHLOA
BRIZANTHA) CV PIATÃ
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium, para obtenção do título de engenheiro agrônomo.
Aprovado em: ___/___/____.
Banca examinadora:
Profº orientador: Carlos Suguitani
Titulação:____________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________________________________
Assinatura: _____________________________
1º Prof(a): _______________________________________________________
Titulação:____________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________________________________
Assinatura: _____________________________
2ºProf(a): _______________________________________________________
Titulação:____________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________________________________________
Assinatura: _____________________________
DEDICATÓRIAS
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, por nos dar sabedoria, paciência, força e nos sustentar até o presente momento.
Aos familiares e amigos pelo apoio em toda nossa caminhada.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, que nos deu energia e sabedoria para concluirmos este trabalho.
Agradecemos aos familiares e amigos pelo apoio em todos os momentos. Aos professores que não mediram esforços para nos repassar todo o
conhecimento. Também não se esquecendo da grande amizade nos últimos anos, fica nosso muito obrigado.
Agradecemos ao nosso grande amigo Mario Cezar Sottoriva e outros por ceder a área e os insumos para a realização desse projeto.
Enfim, agradecemos a todas as pessoas que fizeram parte dessa etapa decisiva em nossas vidas, muito obrigado a todos.
RESUMO
O consórcio de culturas agrícolas com forrageiras tem apresentado bons resultados, a cultura que vem apresentando maior potencial é o milho. Se de um lado existe a competição de luz, água e nutrientes entre os cultivos do outro tem os ganhos que a forrageira traz ao sistema como a possibilidade de pastejo após colheita do milho, melhora a conservação do solo adicionando mais palhada aos resíduos da cultura agrícola principal. Em função disso o sistema é chamado atualmente de Integração Lavoura Pecuária. Para melhorar o entendimento desse sistema, muitas pesquisas ainda são necessárias para que o produtor possa ter uma ótima alternativa que possa trazer maior rentabilidade a propriedade, dessa forma esse trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de produção do milho quando consorciado com a Brachiaria (syn. Urochloa) brizantha cv Piatã. Para isso foram utilizados três tratamentos diferentes (milho sem braquiária, milho com braquiária na linha e milho com braquiária área total) com quatro repetições cada, totalizando doze parcelas de 10 linhas de 6,80m de comprimento. Os resultados mostraram que o consórcio com a braquiária não prejudicou o milho, não existindo diferenças significativas na produção total do milho, de peso de mil grãos, número de espigas por plantas, número de espigas totais e população de plantas, mostrando que não há diferença significativa entre o consórcio entre milho e braquiária em relação ao milho solteiro.
Palavras chave: Consórcio, Milho, Braquiária.
ABSTRACT
The consortium of agricultural cultivation with forages have been presented good results, the culture that has been the greatest potential is maize. If in one hand there is the competition of light, water and nutrients between the crops, on the other hand there is the gains that the forage brings to the system so as the possibility of grazing after harvesting the corn, improves the soil conservation adding more straw to the residues of the main agricultural culture. As a result, the system is currently called integrated crop-livestock. In order to improve the understanding of this system, many researches are still necessary to the producer can have a good alternative that brings more profit on the property, in that way this work had as objective to evaluate the effect of corn production when consorted with Brachiaria (syn. Urochloa) brizantha cv Piatã. For this, three different treatments were used (corn without Brachiaria (syn. Urochloa), maize with Brachiaria (syn. Urochloa) in the line and maize with Brachiaria (syn. Urochloa) total area), with four repetitions each, totaling twelve plots of 10 rows of 6.80m length. The results showed that the intercropping with Brachiaria (syn. Urochloa) did not harmed the maize, there were no significant differences in total corn production, weight of one thousand grains, number of spikes per plant, number of total ears and plant population, showing that there is no significative difference between corn and Brachiaria (syn. Urochloa) consortium in relation to single maize. Key words: Consortium, Corn, Brachiaria (syn. Urochloa).
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Fenologia Urochloa cv. Piatã;
Tabela 2 - Resultado da análise de solo da área experimental.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Índice pluviométrico da cidade de Promissão-SP;
Figura 2 - Área preparada para plantio do experimento;
Figura 3 - Produção total por ha;
Figura 4 - Peso de 1000 grãos;
Figura 5 - População media por hectare;
Figura 6 - Espigas médias por hectare;
Figura 7 - Média de espigas por planta.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 9
2. REVISÃO DE LITERATURA......................................................... 11
2.1 Milho ...................................................................................................... 11
2.2 Braquiária .............................................................................................. 12
2.3 Integração lavoura-pecuária .................................................................. 15
2.4 Competição ........................................................................................... 17
2.5 Alelopatia ............................................................................................... 19
2.6 Produção de forragem e proteção ao solo da braquiária cv. Piatã ........ 19
2.7 Sistema de plantio ................................................................................. 20
2.7.1 Plantio convencional .............................................................. 20
2.7.2 Vantagens e desvantagens do plantio convencional.............. 21
2.8 Plantio direto .......................................................................................... 22
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................ 23
3.1 Localização ............................................................................................ 23
3.2 Temperatura e precipitação ................................................................... 23
3.3 Áreas experimentais .............................................................................. 24
3.4 Avaliações ............................................................................................. 26
4. RESULTADO E DISCUSSÃO ...................................................... 28
4.1 Produtividades do milho ........................................................................ 28
4.2 Peso de mil grãos .................................................................................. 30
4.3 População total ...................................................................................... 31
4.4 Quantidade de espigas totais ................................................................ 32
4.5 Espigas por planta ................................................................................. 33
5. CONCLUSÃO ............................................................................... 34
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 35
9 1. INTRODUÇÃO
O milho (Zea mays L.) é uma gramínea pertencente à família Poaceae e tem
grande importância para o país, pois é plantado e consumido em todas as regiões,
tanto para alimentação humana e animal quanto para ser beneficiado e
transformado em outros produtos. O milho é uma das culturas agrícolas mais
importantes do mundo, assim como o arroz, trigo e soja, sendo base alimentar em
vários países. É o cereal mais produzido no mundo e também o que tem registrado
maiores incrementos de produtividade nos últimos anos (IMEA, 2015). Isto se deve,
principalmente, ao aumento da produtividade pelo uso de cultivares mais produtivos
e técnicas de cultivo que potencializam a produção. Esse crescimento da produção
acompanha o aumento na demanda, tanto para alimentação humana e animal como
no uso na produção de biocombustível (etanol). Os maiores produtores mundiais de
milho são os Estados Unidos, a China e o Brasil, com respectivamente 371,0; 215,9
e 83,0 milhões de toneladas de milho produzidos na safra 2017/18 (FIESP, 2018).
A produção de milho no Brasil tem-se caracterizado pela divisão da produção
em duas épocas de semeadura, as de verão, ou primeira safra, realizadas na época
tradicional, durante o período chuvoso, que varia de fim de agosto, na Região Sul,
até os meses de outubro/novembro, no Sudeste e Centro-Oeste. E a produção da
chamada safrinha, ou segunda safra, cuja área plantada, atualmente, já é maior do
que a da safra de verão. A safrinha refere-se ao milho de sequeiro, semeado de
janeiro a abril, quase sempre depois da soja precoce, com predomínio na Região
Centro-Oeste e nos estados do Paraná e São Paulo.
Recentemente, uma nova modalidade de plantio vem sendo pesquisado e
utilizado no setor, o cultivo consorciado com forrageiras, o qual é um sistema onde
são implantadas duas ou mais espécies convivendo juntas em parte ou em todo seu
ciclo, possibilitando aumento de produtividade (PORTES et al., 2003). Esse sistema
está sendo implantado nas lavouras de milho para que o produtor possa utilizar essa
forrageira para pastejo de animais após a colheita, aumentando a lucratividade e a
diversidade de produção na propriedade, além de melhorar o uso da terra. Contudo,
ainda precisa-se de mais estudos para ver a melhor forma para se fazer o plantio da
10
forrageira de forma consorciada e a resposta na cultura do milho para que os
possíveis efeitos gerados pela competição não inviabilizem essa técnica.
Dessa forma, este trabalho objetiva avaliar diferentes formas de plantio da
forrageira consorciada com o milho e quais as consequências sobre produtividade
do milho.
A elevação do rendimento de grãos é atribuída às mudanças nas práticas
culturais, ao melhoramento genético, às alterações climáticas e à interação entre
esses três fatores (TOLLENAAR & WU,1999) – apud Lopes et al 2007
11
REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Milho
O milho comercial é uma espécie com origem no teosinto, subespécie
mexicana (Zea mays ssp. mexicana) (Schrader) Iltis, há mais de 8000 anos e hoje
ele é cultivado em muitas regiões do mundo (BARROS; CALADO, 2014). A planta
possui em média de 1,30 a 2,50 m de altura, caule ereto, separado em gomos, e
geralmente recoberto por uma parte da folha, denominada bainha, apresentando
uma boa adaptação a diferentes condições de ambientes. As folhas são de tamanho
médio a grande, cor verde-escura a verde-clara. Perante a botânica, a semente do
milho é classificada como cariopse, apresentando três partes, endosperma,
pericarpo e embrião. Segundo Toledo (1980) o milho é uma planta monoica,
apresentando flores masculinas dispostas em panículas apicais e flores femininas
em espigas laterais. Essa característica de monoica evoluiu através do aborto dos
órgãos pistilados na inflorescência masculina e dos órgãos estaminados nas
femininas. “O milho produz flores masculinas e femininas na mesma planta em
posições diferentes. O pendão (inflorescência masculina) produz o pólen, e a espiga
(inflorescência feminina) produz óvulos que se transformam em grãos.” (DuPont
Pioneer, 2018).
O milho tem uma boa produtividade em épocas de alta temperatura e boa
precipitação e dependendo do uso ele pode ser colhido quando os grãos ainda estão
leitosos ou quando estão secos e enrugados, característica esta identificada pela
falta de amido. (KUROZAWA, 2007).
O milho hoje é plantado em duas safras ou épocas no estado de São Paulo,
caracterizadas como primeira safra (outubro a março) com boa disponibilidade de
água e altas temperaturas, e a safrinha (abril a setembro) também chamada de safra
de outono-inverno, cultivo nos meses mais secos do ano e com temperaturas mais
baixas.
De acordo com Palhares (2003), as maiores produções de milho no país
estão concentradas nos estados que abrangem a região sul (Paraná, Santa Catarina
12
e Rio Grande do Sul), dois estados do sudeste (São Paulo e Minas Gerais) e o
estado de Goiás no centro oeste brasileiro.
O milho é o segundo grão em importância no Brasil, sendo que na safra
2016/17 foram produzidas aproximadamente 70 milhões de toneladas,
representando boa parcela dos 238,7 milhões de toneladas de grãos produzidos no
país (CONAB, 2018). A cultura do milho, em função do seu alto potencial de
produção, composição química e valor nutricional, constitui, atualmente, um dos
mais importantes cereais cultivados e consumidos no mundo (SOARES, 2010).
Segundo a Embrapa (2017), a produtividade do milho depende de vários
fatores que partem da eficiência metabólica, interceptação de radiação pelo dossel,
capacidade de drenagem e absorção dos nutrientes e fotossintatos para os grãos.
Ainda para Palhares (2003), esta produtividade está ligada às relações intrínsecas
entre milho e o ambiente em que a cultura está localizada, com ênfase à luz,
temperatura, ventos e disponibilidade hídrica, sempre dependendo do manejo
aplicado.
Durante anos vem sendo estudado alternativas para diminuir a degradação do
cultivo exploratório em diversas regiões brasileiras. Dentre estes estudos, Garcia et
al (2013) fala que a integração lavoura-pecuária (ILP) contribui para o meio
ambiente, visto que, ajuda na diminuição dos impactos ambientais das atividades
agrícolas.
2.2 Urochloa sp.
As braquiárias são muito utilizadas em pastagens devido a sua rusticidade,
boa taxa de crescimento, responde a adubações e tem boa produtividade (JANK,
RESENDE E VALLE, 2009), que fazem com que elas sejam cultivadas em diferentes
condições edafoclimáticas. Em relação ao solo, em função do seu sistema radicular
profundo ajudam no bom condicionamento do solo, melhorando a aeração e
infiltração de água no mesmo. Isso faz com que as próximas culturas a serem
plantadas se beneficiem dessa condição do solo. Além disso, Quando bem
manejadas elas beneficiam o solo protegendo-o das altas temperaturas, evitando
13
também possíveis erosões e ainda assim, ajudando na conservação de
microrganismos que habitam o local.
As primeiras variedades de braquiária foram introduzidas em nosso país em
1986, depois de ampla pesquisa no continente africano, trazendo as principais
espécies de B. brizantha, B. decumbens, B. ruziziensis e B. humídicola, mostrando a
grande diversidade (VALLE et al, 2004). A cultivar BRS Piatã de Urochloa brizantha
(Syn. Brachiaria (syn. Urochloa) brizantha) adapta-se muito bem a solos de cerrado
com pouca ou média fertilidade, com boa resposta a adubação, tolerância ao ataque
de pragas de raízes e foleares, e pode chegar a produzir de 150 a 450 kg por ha de
sementes puras (Nantes et al, 2013).
Lançada em 2006 pela Embrapa, o capim-piatã (Brachiaria (syn. Urochloa)
brizantha cv. BRS Piatã) foi criado como alternativa para forragens e pastejo aqui no
Brasil e seu nome é derivado do Tupi-Guarani, significando fortaleza. Tem
crescimento ereto e possui hábito de formar touceiras, ou seja, crescimento
cespitoso, tem porte médio, com a altura entre 0,85 cm a 1,10 metros. Para Almeida
et al (2009) apresenta boa adaptação a solos bem drenados e ainda assim tem uma
grande tolerância a solos com má drenagem.
Assim como outras espécies de braquiária, ela melhora o solo,
descompactando e aumentando a porosidade do mesmo, facilitando a entrada de
água e permanência da mesma no solo. Existem semelhanças entre Piatã e as
cultivares Xaraés e Marandu, que se diferem pela floração precoce, rebrote mais
rápido, alto acumulo de folhas no período de diferimento e colmos mais finos,
agregando na diversificação de pastagem. (EMBRAPA, 2008).
Na tabela 1 estão descritas as principais características do Piatã. O capim
piatã pode ser cultivado em diversas regiões do país, como no norte (região da
Amazônia legal, abrangendo Tocantins, Mato Grosso, Rondônia e sul do Pará),
cerrado baiano, no centro-oeste e sudeste. Sua produção de forragem, perante
Moraes et al (2015) é boa em parcelas sob corte, sem adubação de reposição
obteve 9,5 t/ha de matéria seca no Mato Grosso do Sul.
A Brachiaria (syn. Urochloa) brizanta cv. Piatã, é considerada excelente
forrageira e tem sido utilizada no sistema agricultura-pecuária, principalmente em
rotação de culturas ou consorciação com culturas anuais, visando formação de
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pastagem ou de palhadas nos sistemas de plantio direto. O estabelecimento da
forrageira com uma cultura consorciada ocorre sob condições de competição entre
elas, principalmente em plantio simultâneo, cuidando para que a forrageira não
atrapalhe no desenvolvimento da cultura de interesse (SILVA, 2004). ou BRS Piatã
vem sendo uma das melhores alternativas para o consorcio lavoura-pecuária, pois
apresenta uma fácil dissecação, crescimento inicial lento comparado aos capins
Xaraés e Marandu, visto um benefício quando plantado junto com outra cultivar
como o sorgo, tem bom acumulo de forragem quando utilizado para um futuro
plantio direto e consorcia perfeitamente bem com a cultura do milho. (EMBRAPA,
2006). Almeida el al (2009) ressalta que em sistemas de produção convencional não
se dão a correta importância para a época de plantio da forrageira, nem a
quantidade e qualidade da semente, levando apenas a economia como fator
principal.
Tabela 1- Caracteristicas e Fenologia Braquiária cv. Piatã
CARACTERÍSTICAS
Fertilidade do solo Média/alta
Forma de crescimento Touceira
Altura 0,85 cm a 1,10m
Utilização Pastoreio direto e fenação
Digestibilidade Excelente
Palatabilidade Excelente
Resistência a seca Média
Resistência ao frio Média
Teor de proteína De 10% a 12%
Profundidade do plantio 1 a 2cm
Ciclo vegetativo Perene
Cigarrinha Tolerante
Ponto de VC/ha 350 a 420
Origem África Equatorial
Fonte: Comunicado técnico, Embrapa, 2009.
15
2.3 Integração lavoura-pecuária - ILP
Alvarenga e Noce (2005) dizem que a ILP pode ser entendida como uma
consorciação em favor do beneficiamento mútuo do produtor, focando tanto a
produção do cultivo alvo, como do alimento para a pratica da pecuária.
O sistema de ILP também é utilizado para recuperação das pastagens, cultura
que representa mais de 100 milhões de hectares de pastos, destas áreas cerca de
80% já apresentam alguma forma de degradação (Costa et al 2012).
Dessa integração das duas culturas, favorece o melhor aproveitamento da
área, diversificação de atividades o que é interessante ao produtor, visto que a
interação entre uma cultura de grãos e uma gramínea, traz diversos benefícios para
o solo, contribuindo para um futuro plantio no local desejado, além de ganhos nas
duas atividades. Para Barcellos et al (2006) o bom manejo do pastejo na ILP,
garante um aumento significativo de matéria orgânica no solo e na capacidade de
troca de cátions (CTC). Para Neto e Alvarenga (2006), a coexistência beneficia
diretamente o produtor que utiliza deste meio de produção, que além dos ganhos em
renda e produtividade, tem benefícios na área ambiental.
Para que a integração ocorra de forma satisfatória, precisa-se analisar o que
será consorciado, buscando sempre uma boa gramínea para o pastejo e
aproveitamento animal e sem prejuízo na produção da cultura principal
(BORTOLOTTO, 2014).
Vilela et al (2008) caracterizam a ILP como método de produção que pode ser
adaptado a qualquer tipo de área, respeitando os fatores edafoclimáticos, como
índice pluviométrico, temperatura, relevo, etc.
Dessa forma, a ILP apresenta inúmeros benefícios como: : (I) Maior
produtividade e consequente lucro estabelecido pela diversidade produtiva, não
deixando de lado a redução de custo e diminuição da vulnerabilidade do solo; (II) A
formação de pastagem favorece a alimentação do rebanho em épocas mais secas,
lembrando da melhoria do solo para adaptação da próxima cultura;(III) Os benefícios
do solo são observados em todo o processo do cultivo das gramíneas, sendo a
redução de pragas e doenças, aeração do solo e retenção de água, matéria
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orgânica e prevenção contra erosões; (IV) Por fim, o aproveitamento de áreas já
degradadas, sendo um meio para não invasão de novas áreas de cerrado ou mata
atlântica ainda em conservação (ALVARENGA et al, 2007).
A adubação do consórcio deve ser manejada da mesma maneira que no
cultivo solteiro. Na aplicação de base e na de cobertura (V4 – quatro folhas), não há
absorção de nutrientes pela forrageira, devido ao tamanho reduzido do sistema
radicular. Por isso, maiores doses de fertilizantes não terão influência no
desenvolvimento ou podem gerar aumento exagerado de massa verde da forrageira
no momento errado e incremento desnecessário no custo. Em estudo com
alternância das três épocas de semeadura das principais espécies de braquiária, foi
verificado que, embora as épocas influenciem o desempenho produtivo de híbridos
de milho, não foi verificada a produção do acúmulo de matéria seca das forrageiras.
Este comportamento é causado pela elevada competitividade inicial do milho e,
consequentemente, do sombreamento da forrageira (TSUMANUMA, 2004). Em
alguns casos, o consórcio pode beneficiar o milho, pois a forrageira limita o
estabelecimento de plantas daninhas, reduzindo a necessidade de aplicação de
herbicidas pós-emergentes e, por conseguinte, diminuindo a fitotoxicidade na cultura
(KLUTCHCOUSKI & AIDAR, 2003).
A utilização de consórcios comprovadamente eleva a variabilidade
populacional da macrofauna do solo, devido à maior estabilidade térmica e hídrica
em sistemas com cobertura vegetal constante. Os consórcios promovem melhorias
na macroporosidade, porosidade total e na densidade do solo (MENDONÇA et al.,
2013). Sistemas de consórcio entre milho e braquiária propiciam aumento de grupos
como Coleoptera, Oligochaeta e Formicidae (SILVA et al., 2006; SANTOS et al.,
2008), já em consórcios com leguminosas a variedade de grupos de invertebrados é
maior (SANTOS et al., 2008).
O monitoramento de doenças e pragas no milho, principalmente percevejos e
lagartas desfolhadoras, deve ser manejado da mesma maneira que no cultivo
solteiro, de modo a avaliar a infestação e o grau de dano, efetuando-se o controle
assim que necessário. (SCHNEIDER; TORRES, 2014).
Pontos que favorecem a utilização de braquiárias:
Disponibilidade de sementes;
17
Rusticidade;
Ampla adaptação;
Baixa incidência de pragas e doenças;
Baixa exigência nutricional e hídrica;
Alta produção de biomassa verde (± 40 t ha-1) e biomassa seca (± 12 t ha-1)
elevada relação C/N (degradação mais lenta);
Raízes estoloníferas e em profundidade no solo;
Semeadura a lanço (maior quantidade de sementes) ou incorporada ao solo
Redução de patógenos de solo;
Espécie com micorrização e recicladora.
Perante estudos feitos por Alvarenga et al (2007) com o uso ou não de
herbicida para redução das forrageiras no consórcio milho-braquiária, a TAL (taxa
assimilatória líquida) do milho foi maior do que o capim em grande parte do ciclo.
Tal característica mostra que mesmo consorciado o milho apresenta boa taxa
fotossintética e crescimento exponencial, sombreando a forrageira, reduzindo a
altura da braquiária e a competição com a cultura principal. A época de implantação
da braquiária, visando ao consórcio, e a época de manejo, visando à cultura
subsequente, são essenciais para o manejo e o desenvolvimento adequados da
cultura principal. É necessário ajustar a população de braquiária à cultura principal.
Caso haja aumento da interferência, a utilização de herbicidas específicos pode ser
uma opção importante, a fim de evitar o crescimento excessivo da forrageira durante
o desenvolvimento da cultura, principalmente milho safrinha (CECCON, 2013).
Segundo Melotto et al (2013) o problema na produtividade do milho surge
quando o capim consorciado fica no mesmo tamanho de seu porte, podendo criar
uma competição maior do que o esperado e atrapalhando o rendimento de
produção. Alvarenga et al (2007) diz que a diferença na produtividade varia apenas
em 5% quando o milho está consorciado em relação ao milho solteiro, porém em
vários casos, se nota que não há nenhum tipo de alteração.
2.4 Competição
18 A competição pode ocorrer entre plantas da mesma (intraespecífica) espécie
e entre plantas de diferentes espécies (interespecífica), essa competição é por
recursos do ambiente como água, luz, nutrientes, CO₂, etc. Quanto maior o tempo
dessa competição, maior serão os danos causados à cultura tanto no crescimento,
como no desenvolvimento e produção (Zanine & Santos, 2004).
O consorcio de milho e braquiária ocorre sob condições de competição,
principalmente quando plantadas simultaneamente. Almeida & Favarin (2009)
observaram que em alguns locais há uma tendência de aumento da produção
devido, provavelmente, a não aplicação de graminicida, em pós-emergência,
reduzindo os efeitos fitotóxicos no milho.
A competitividade é determinada por uma série de fatores que são: o porte e
a arquitetura da planta; a maior velocidade de germinação e estabelecimento da
plântula; a maior velocidade do crescimento e maior extensão do sistema radicular;
a menor suscetibilidade da espécie às intempéries climáticas (como veranico e
geadas); o maior índice de área foliar e, a maior capacidade de produção e liberação
de substâncias químicas com propriedades alelopáticas (SILVA et al, 2004).
O princípio da competição é baseado no fato de que as plantas que surgem
primeiro no solo dificultam o desenvolvimento das outras. Para evitar que isso
aconteça é muito importante fornecer à cultura condições adequadas para se
estabelecer antes do surgimento da vegetação espontânea. (TSUMANUMA, 2004).
A água é um dos principais recursos pelos quais as plantas competem. A
disponibilidade desse recurso depende da precipitação, evapotranspiração e
movimento da água no perfil do solo. (RIZZARDI et al, 2001) A concorrência por
água geralmente faz com que a planta também concorra por luz e nutrientes.
(TSUMANUMA, 2004).
Os altos níveis de perdas com plantas daninhas na produção comprometem
em cerca de 80% a qualidade e rendimento. Quando espécies competidoras estão
em meio à plantação, dependendo do tempo de convivência, alteram todo o
desenvolvimento da planta. (SILVA et al., 2002). A presença do material vegetal
sobre o solo vivo ou não, pode inibir a germinação e o estabelecimento de plantas
daninhas com muito mais eficiência do que os resíduos dessecados de culturas.
19 No começo o manejo de plantas daninhas em culturas agrícolas era feito com
controle manual ou mecânico entre linhas, mostrando grande eficiência.
Posteriormente, devido ao desenvolvimento dos métodos químicos, a aplicação de
herbicidas tornou-se a medida de manejo adotada com maior frequência, sobretudo
em consequência de sua eficácia, conveniência e viabilidade de custos (JAKELAITIS
et al., 2005).
2.5 Alelopatia
O termo alelopatia, designa a ação de uma planta sobre a outra através de
substâncias químicas, positivamente ou negativamente ao desenvolvimento de
indivíduos da mesma espécie ou especialmente de outras espécies. (GONÇALVES,
TONET & STOFFEL, 2015). A atividade dos aleloquímicos existentes em
determinadas espécies são usados como alternativa no uso de herbicidas,
inseticidas e nematicidas. Os aleloquímicos, podem ter origens no metabolismo
primário, porém sua maioria vem do metabolismo secundário, destacando-se as
sapopinas, os taninos e os flavonóides. (FERREIRA & AQUILA, 1999).
As substâncias alelopáticas podem ser encontradas em diferentes partes das
plantas, diferentes concentrações e durante seu ciclo de vida. Quando liberadas em
quantidade suficiente causam inibição da germinação, crescimento ou
desenvolvimento de plantas já estabelecidas e no desenvolvimento de
microrganismos. (GONÇALVES, TONET & STOFFEL, 2015).
Assim, a vegetação de uma área pode ser afetada por plantas pré-existentes
e as substâncias químicas por eles liberadas no meio. Da mesma forma no manejo
florestal, agrícola e na horticultura, a vegetação anterior da área pode ter influência
sobre os cultivos que serão instalados. (FERREIRA & AQUILA, 1999).
2.6 Produção de forragem e proteção ao solo da braquiária cv. Piatã
Timossi, Durigan e Leite (2007) comentaram que nas regiões Sudeste,
Centro-oeste e parte do Nordeste o inverno é um período seco e com fotoperíodo
menor, dificultando o cultivo de vários tipos de plantas nos meses de junho a
20
setembro. Além da proteção ao solo, a ILP melhora o fornecimento de forragem
nesse período seco.
Segundo Neto e Severiano (2012) o sucesso de desenvolvimento de culturas
sucessoras está ligado a descompactação do solo. A Brachiaria (syn. Urochloa)
Piatã, assim como algumas outras gramíneas possui sistema radicular agressivo,
ajudando a eliminar dessa compactação facilitando estabelecimento e
desenvolvimento de outras culturas. Para Costa et al (2012) a Brachiaria (syn.
Urochloa) brizantha cv. Piatã tem se destacado quando plantada com diversos tipos
de culturas, favorecida pela alta taxa de crescimento foliar, alta relação folha e caule
e bom valor nutritivo.
2.7 Sistema de plantio
2.7.1 Plantio convencional
Em todos os estados brasileiros são cultivadas os mais diversos tipos de
culturas, em diferentes sistemas e solos, climas e temperaturas. A produção de
grãos tem destaque no cenário nacional com a produção de milho e soja, que
segundo estimativa do Ministério da Agricultura (2017), teremos um aumento de
1,5% de área plantada por ano até 2026, passando de 60,4 milhões de hectares
para aproximadamente 70,8 milhões, chegando a produção de 288,173 milhões de
toneladas.
O preparo de solo para o plantio tradicional ou convencional tem o objetivo de
fornecer condições ótimas para a germinação e emergência das sementes para
futuro estabelecimento das plântulas. Cruz et al (2011) diz que o preparo ainda vai
além, tendo que garantir a estrutura do solo com baixa probabilidade de degradação,
diminuição do risco de erosão ao mínimo possível e aumento da infiltração de água
no solo. A eliminação de plantas daninhas também faz parte do processo, assim
como a incorporação de defensivos agrícolas em geral.
O sistema convencional de plantio baseia-se em processos que são divididos
em aração, gradagem, semeadura e manejos subsequentes para controle de plantas
daninhas. Para Costa et al (2003) o manejo do solo deve contribuir tanto para
21
melhoramento, quanto para manutenção e qualidade do solo, afim de obter boas
produtividades durante um longo prazo.
As quantidades de vezes que será feita a aração ou gradagem irão variar de
acordo com o solo, assim como, o manejo subsequente após a semeadura. Costa et
al (2003) diz que além da classe do solo, todo sistema envolvido age sobre as
características físicas do solo, condições climáticas, o tempo e uso da cultura, os
tipos de manejos usados e a umidade do solo.
Hoje, apesar do crescimento exponencial do Sistema de plantio direto (SPD),
a maior parte da área plantada continua sendo com o plantio convencional. Alvim et
al (2004), mostra que as áreas com plantio convencional têm a desvantagem de
serem muito suscetíveis a problemas ocasionados por intemperies, como chuva e
ventos..
2.7.2 Vantagens e desvantagens do plantio convencional
O sistema de plantio convencional(SPC), assim como o direto, tem várias
vantagens e desvantagens, que podem ser cruciais para a definição do agricultor
qual usar, devido a alguns fatores. As vantagens são:
Com o revolvimento da terra, há uma maior taxa de mineralização de
nutrientes, que por sua vez se tornaram elementos minerais para absorção
das plantas;
Aeração do solo;
Aumento do nível de umidade no solo a partir da facilidade de infiltração da
água;
Eliminação de ervas daninha e sementeira;
O nivelamento do solo facilita todo o processo do agricultor, desde a
semeadura e cultivo, até a colheita;
Grande incorporação de fertilizantes, corretivos e matéria orgânica.
As desvantagens deste sistema de plantio giram em torno das características
que podem ocasionar devido ao seu manejo, como:
Em solos arenosos que tem baixa retenção de nutrientes, intensivo
revolvimento do solo pode acarretar perdas de nutrientes por lixiviação;
22
Favorece a erosão em solos declivosos;
Aumento no custo de produção com tratos culturas, como a capina, por
exemplo;
Há uma necessidade de implementos e maior tempo de preparo de solo,
fazendo com o que processo seja mais caro.
Apesar do alto custo de investimento para produção em cultivo convencional,
ele ainda é muito utilizado e traz seus benefícios para quem o utiliza.
2.8 Plantio direto
Recentemente, o interesse pelo cultivo consorciado de plantas produtoras de
grãos com forrageiras tropicais em sistema de plantio direto tem aumentado
significativamente (CRUSCIOL E BROGHI, 2007). Para Chioderoli (2011), a ILP
melhora a condição física do solo devido a alta produção de palhada,
descompactando o solo para maior infiltração de água, evitando erosões, permitindo
uma maior exploração das raízes no perfil do solo e como consequente uma
manutenção do sistema de plantio.
23
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Localização
O experimento foi conduzido no sitio São José na cidade de Promissão - SP,
cujas coordenadas são: latitude sul 21°35’06’’, longitude oeste 49° 58’53’’, altitude
419 m. Apresenta clima tropical, classificado como Aw de acordo com a Köppen e
Geiger, temperatura média de 21.9°C e 1227 mm de pluviosidade anual média. O
solo do local é o latossolo vermelho-amarelo de textura média, característico da
região.
3.2 Temperatura e precipitação
A cidade de Promissão - SP tem como característica o verão chuvoso e o
inverno seco. Durante o período do experimento, foi verificado uma maior
quantidade pluviométrica nos meses de dezembro e janeiro, e uma estiagem no final
do ciclo da cultura, no mês de abril. A precipitação total no período do experimento
foi de 650 mm, a temperatura máxima foi de 32,1ºC, a mínima foi de 19,3ºC e a
média foi de 25,77ºC (Figura 1). Conforme a figura, pode-se notar que nos meses
que antecederam o plantio do milho e da braquiária Piatã no dia 09/12/17, houve um
grande índice de chuvas na região do experimento.
Figura 1: Índice pluviométrico da cidade de Promissão-SP.
24
Fonte:autores,
3.3 Áreas experimentais
A análise de solo da área experimental está apresentada na tabela 2.
Tabela 2. Resultado da análise de solo da área experimental.
Item avaliado Unidade Camada de solo (cm)
0-25 25-50
Mat.
Orgânica g/dm³ 14 10
pH CaCl² 4,6 4,0
P mg/dm³ 3 3
15,9 17,5 18,2
19,3
22,2 22,4 21,8 20,4
30,8 31,1 31,3 31,0 32,1
30,6 29,3 28,7
24,3 24,3 24,7 25,1 27,2 26,5 25,6
24,6
0
5
10
15
20
25
30
35
0
50
100
150
200
250
300
350
Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr
Tem
pe
ratu
ra d
o a
r (º
C)
Ch
uva
(m
m)
25
K
mmolc/
dm³ 3,2 1,8
Ca
mmolc/
dm³ 11 5
Mg
mmolc/
dm³ 4 2
Al
mmolc/
dm³ 1 6
H
mmolc/
dm³ 24 22
H+Al
mmolc/
dm³ 25 28
SB
mmolc/
dm³ 18,2 8,8
CTC
mmolc/
dm³ 43,2 36,8
V% % 42 24
m% % 5,2 40,5
S-S04 mg/dm³ 2 14
B mg/dm³ 0,14 0,24
Cu mg/dm³ 0,7 0,5
Fe mg/dm³ 13 8
Mn mg/dm³ 11,4 6,5
Zn mg/dm³ 2,0 1,4
Metodologia: K, Ca, Mg, Na, Zn, Fe, Mn, Cu: Absorção Atômica; P(resina), S-
S04. MO, B, Si: Espectrofotometria; Al: Titulação]
De acordo com a análise, aplicou-se 1350 kg/ha de calcário, 350 kg/ha da
formula 8-28-16 no plantio e 150 kg/ha de ureia na cobertura. Essas recomendações
foram feitas de acordo com o Boletim 100 (RAIJ, 1998). Foi usado gesso e calcário
para correção do solo, e para adubação de plantio foi aplicado 350 kg/ha de
formulação 08-28-16 +0,2%S +0,3%Zn e 150 kg/ha de Uréia em cobertura. O
26
experimento foi conduzido em uma área preparada com uma gradagem
intermediaria e outra leve, aplicação de corretivos, outra gradagem leve para
incorporação e por fim, uma última gradagem de nivelamento.
O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com três tratamentos e
quatro repetições, totalizando 12 parcelas. Cada parcela era composta de 10 linhas
com 10 metros cada e espaçamento de 85cm, totalizando 68 m². A área total
utilizada foi de 1544,96 m².
Os tratamentos utilizados foram:
• Tratamento 1: testemunha, milho não consorciado, ou seja, sem a forrageira;
• Tratamento 2: milho com braquiária na linha de plantio. Misturou-se a
forrageira junto com o adubo de plantio;
• Tratamento 3: milho com braquiária na área total. Com semeadura do Piatã
a lanço.
A cultivar de milho utilizada foi a BM 855 PRO 2™ da empresa Biomatrix,
destinado a produção de grãos. Este hibrido tem ampla capacidade de adaptação
em diferentes climas e regiões, produzindo grãos graúdos semi dentados de fácil
debulha, ótimo para silagem ou dieta de grãos inteiros.
O experimento foi plantado no dia 09/12/2017. Na semeadura foi colocado
cinco sementes por metro, com espaçamento de 0,85m. O controle de folhas largas
foi feito com o uso de herbicida DMA (2,4-D-dimetilamina 806 g/l) e o de folhas
estreitas foi feito com Roundup Ultra (Equivalente ácido de N-(fosfonometil) glicina –
Glifosato 650 g/kg – Glifosato – Sal de Amônio 715 g/kg).
Os tratos culturais (controle de plantas daninhas, controle de pragas e
doenças, adubação de cobertura) seguiram as recomendações do manual de cultivo
de milho da Embrapa Milho e Sorgo (Embrapa, 2000).
3.4 Avaliações
Foram avaliados a altura das plantas, altura da inserção da espiga, população
final de plantas por ha, número de espigas e massa de 1000 grãos.
Para o cálculo da produtividade foram colhidos 5m de cada uma das 4 linhas
centrais, descartando-se 1m das extremidades de cada linha. Para avaliação, foram
27
separadas e colhidas todas as espigas das parcelas avaliadas, debulhadas
manualmente para retirada dos grãos, separadas com sacos plásticos, taradas e
pesadas, para avaliação da quantidade por hectare que cada parcela poderia
produzir. Para pesagem destes grãos, foi utilizada uma balança de precisão. Não
houve necessidade de secagem do milho, pois a umidade estava adequada para
avaliação, estando em torno de 15%.
As espigas coletadas foram colocadas em sacos identificados de acordo com
cada parcela que estava sendo colhida, estas parcelas com tamanho de cinco
metros, na qual regia a avaliação.
Os dados foram analisados e comparados no teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
28 4. RESULTADO E DISCUSSÃO
4.1 Produtividades do milho
Na Figura 3 estão apresentados os resultados de produtividade. Apesar dos
tratamentos milho sem braquiária e milho com braquiária na linha terem apresentado
produtividades maiores, próximo de 5.200 kg/ha, eles não diferiram estatisticamente
do tratamento com milho com braquiária em área total, que produziu
aproximadamente 4.600 kg/ha, ou seja, 700 kg a menos por hectare. O que mostra
que a forrageira, apesar da competição, não interferiu estatisticamente na produção
do milho. Pariz et al (2011) observaram essas diferenças entre os tratamentos com e
sem braquiária, mas que também não foram significativas estatisticamente. Eles
comentaram que a diferença na produção pode ser explicada pela competição entre
as plantas, sendo por água, luz ou nutrientes, diminuindo assim a produtividade total
ou no peso de grãos.
29 Figura 3 – Produção total por ha.
Fonte: autores,
Para Silva et al (2015) a competição interespecífica pode afetar o
desenvolvimento e crescimento das espécies, tornando o consórcio inviável. Tal
fator, pode alterar a população de plantas, comprometendo a produção total da
espécie de interesse no consorcio.
Em consorciação de milho com gramínea, Coletti et al (2013) observou que
não houve diferença nos níveis de nutrientes disponíveis para os tratamentos
consorciados ou milho solteiro, como testemunha. Tal fator mostra que, a pequena
diferença encontrada na produtividade não se faz devido a disponibilidade de
nutrientes, pois neste fator não há grandes diferenças.
Silva et al (2015) relataram que a braquiária plantada na linha com o milho
pode causar um efeito negativo a sua produtividade, devido à proximidade da
forrageira com o adubo. Está analise também não observou diferença neste estudo,
já que não houve diferença significativa em níveis de produção no tratamento onde a
braquiária foi plantada na linha em comparação aos dois outros tratamentos em
questão.
30 4.2 Peso de mil grãos
Em relação ao peso de mil grãos não se observou diferenças significativas
entre os tratamentos, sendo a variação entre eles menor do que dez gramas,
obtendo valores de 326, 319 e 314 gramas, para os tratamentos milho sem
forrageira, milho com forrageira na linha e com forrageira em área total,
respectivamente. Resultados semelhantes foram encontrados por Dallastra et al
(2009), que também não encontraram diferença no peso de mil grãos, mesmo
testando diferentes espaçamentos.
Figura 4 – Peso de 1000 grãos.
Fonte: autores,
A interação de plantio na linha entre o milho e a braquiária cv. Piatã, mostra
que o peso do grão se mostra relativamente menor quando comparada a plantação
de braquiária a lanço ou simplesmente o milho sem consórcio com a mesma.
31 4.3 População total
Observando a Figura 5, pode-se notar que não houve diferença significativa
na população total dos pés de milho, sendo que a população final ficou próxima de
35 mil plantas por ha. A pequena variação apenas se deu no milho plantado com a
braquiária a lanço, onde foram contados 28 pés ante 30 dos tratamentos 1 e 2, para
cada parcela de 10 metros avaliadas. Para Crusciol et al (2010) a população das
plantas de milho interfere diretamente na produtividade e indiretamente na
quantidade e qualidade da forrageira. Apesar de não constatar diferenças
significativas em população de plantas, Teasdale (1995) diz que a diminuição do
espaçamento entre as plantas de milho, aumenta a densidade de plantas que por
consequência tem-se o rápido fechamento entrelinha, o que melhora o controle de
plantas daninhas.
Figura 5 – População média por ha.
Fonte: autores,
32 4.4 Quantidade de espigas totais
Na quantidade total de espigas por ha também não se observou diferença
significativa entre os tratamentos, apesar da braquiária em área total apresentar
aproximadamente 6 mil espigas a menos.
As condições que podem levar a redução do número de espigas por planta e
consequentemente espigas totais são: densidade da população, deficiência hídrica,
competição com plantas espontâneas ou até mesmo plantas da mesma espécie. No
estudo de Pereira et al (2009) outros fatores foram mencionados, como: tipos de
sistemas de plantio (plantio convencional, cultivo mínimo, integração lavoura-
pecuária e plantio direto), nesse caso o que mais se destacou foi o plantio direto
com os melhores resultados de 49.312 espigas/ha segundo os autores, o aumento
deve-se a cobertura vegetal, pela menor perda de água e pelas menores variações
de temperatura no solo.
Figura 6 – Espigas médias por ha.
Fonte: autores,
33 4.5 Espigas por planta
A avaliação de espigas por planta mostrou que não houve diferença
significativa independentemente do tratamento utilizado, apresentando média
próxima de 30 espigas nos 10 metros avaliados nos tratamentos (Figura 7). O
aumento no número de espigas e aumento de grãos influenciam diretamente na
produtividade e rendimento. De acordo com Lopes et al (2007) o maior número de
grãos se dá em função do maior número da população e consequentemente das
espigas. Apesar da mínima diferença, o tratamento 3, milho plantado em linha
consorciado com a braquiária plantada a lanço, obteve um rendimento menor, com
média de 26 espigas para cada dez metros avaliados. Borghi & Crusciol (2007)
mostram que assim como a avaliação feita neste trabalho, não houve influência da
braquiária quanto a produção de espigas.
Figura 7 – Média de espiga por planta.
Fonte: autores,
34 5. CONCLUSÃO
A partir dos resultados é possível concluir que o consórcio com a Brachiaria
(syn. Urochloa) brizantha cv Piatã não afetou nenhuma característica de produção
do milho, confirmando o potencial do uso de forrageira no sistema ILP sem prejuízo
a lavoura principal, o que torna o sistema uma ótima opção para uso nas
propriedades rurais.
35
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