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DINÂMICA DO POTÁSSIO NO SISTEMA SOJA-MILHO EM ÁREA DE ALTA PRODUTIVIDADE EM SORRISO-MT. Projeto Agrisus No: 1225/13 Coordenador do projeto: Prof. Dr. Anderson Lange. Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso UFMT,Campus de Sinop. Avenida Alexandre Ferronato, 1200, Setor Industrial - SINOP MT. CEP 78550-000. Email: [email protected] Local da pesquisa: Fazenda Santa Anastácia, município de Sorriso, MT . Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 15.250,00 Vigência do Projeto: 04/11/2013 a 01/06/2015 1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos com o avanço do melhoramento genético para os materiais cultivados nos solos mato-grossenses e uso de alta tecnologia, a produtividade média de grãos nas fazendas tem aumentado, com a soja produzindo em lavouras bem conduzidas mais de 70 sc ha -1 (4200 kg ha -1 ) e o milho 2ª safra chegando a 140 sc ha -1 (8400 kg ha -1 ), gerando um acréscimo na extração e exportação de nutrientes, em especial potássio (K). Nesta condição de alta produtividade, o sistema soja-milho extrai do solo aproximadamente 331 kg ha -1 de K e exporta 145 kg ha -1 de K (equivalente a 175 kg ha -1 de K2O ou 290 kg ha -1 de KCl). Salienta-se que as adubações rotineiras na região combinam a aplicação de 90 a até 120 kg ha -1 de K2O na soja e 60-70 kg ha -1 de K2O no milho (~180 kg ha -1 de K2O), ou seja, exporta-se 175 kg ha -1 de K2O e a entrada é próxima, porém é sabido que a eficiência nunca será de 100%. Agravasse ainda mais a situação porque na maioria das áreas adotasse a constante sucessão soja-milho, que condiciona a exploração do mesmo perfil de solo ano após ano e tem gerado problemas, entre eles a deficiência de K, inclusive sendo identificada movimentação vertical. Este problema pode ser minimizado com o uso da braquiária em meio ao milho, no sistema de integração, para cobrir o solo e ciclar nutrientes. Recentemente tem se notado que mesmo sendo realizada a adubação potássica anual, os níveis médios na camada de até 0,20 m estão sofrendo redução, quer por falta de aplicação de uma dose adequada ao sistema soja-milho, quer por movimentação vertical e até por movimentação horizontal (erosão). A redução nos valores ao longo dos anos pode ser vista abaixo. As anuais exportações altas de K tem reduzido a concentração no solo, porém as produtividades ainda continuam se mantendo. Uma possível explicação é o K contido

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DINÂMICA DO POTÁSSIO NO SISTEMA SOJA-MILHO EM ÁREA DE ALTA PRODUTIVIDADE EM SORRISO-MT.

Projeto Agrisus No: 1225/13

Coordenador do projeto: Prof. Dr. Anderson Lange.

Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT,Campus de Sinop.

Avenida Alexandre Ferronato, 1200, Setor Industrial - SINOP – MT. CEP 78550-000.

Email: [email protected]

Local da pesquisa: Fazenda Santa Anastácia, município de Sorriso, MT

.

Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 15.250,00

Vigência do Projeto: 04/11/2013 a 01/06/2015

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos com o avanço do melhoramento genético para os materiais

cultivados nos solos mato-grossenses e uso de alta tecnologia, a produtividade média

de grãos nas fazendas tem aumentado, com a soja produzindo em lavouras bem

conduzidas mais de 70 sc ha-1 (4200 kg ha-1) e o milho 2ª safra chegando a 140 sc ha-1

(8400 kg ha-1), gerando um acréscimo na extração e exportação de nutrientes, em

especial potássio (K). Nesta condição de alta produtividade, o sistema soja-milho extrai

do solo aproximadamente 331 kg ha-1 de K e exporta 145 kg ha-1 de K (equivalente a

175 kg ha-1 de K2O ou 290 kg ha-1 de KCl). Salienta-se que as adubações rotineiras na

região combinam a aplicação de 90 a até 120 kg ha-1 de K2O na soja e 60-70 kg ha-1 de

K2O no milho (~180 kg ha-1 de K2O), ou seja, exporta-se 175 kg ha-1 de K2O e a entrada

é próxima, porém é sabido que a eficiência nunca será de 100%.

Agravasse ainda mais a situação porque na maioria das áreas adotasse a constante

sucessão soja-milho, que condiciona a exploração do mesmo perfil de solo ano após

ano e tem gerado problemas, entre eles a deficiência de K, inclusive sendo identificada

movimentação vertical.

Este problema pode ser minimizado com o uso da braquiária em meio ao milho, no

sistema de integração, para cobrir o solo e ciclar nutrientes. Recentemente tem se

notado que mesmo sendo realizada a adubação potássica anual, os níveis médios na

camada de até 0,20 m estão sofrendo redução, quer por falta de aplicação de uma dose

adequada ao sistema soja-milho, quer por movimentação vertical e até por

movimentação horizontal (erosão). A redução nos valores ao longo dos anos pode ser

vista abaixo.

As anuais exportações altas de K tem reduzido a concentração no solo, porém as

produtividades ainda continuam se mantendo. Uma possível explicação é o K contido

Page 2: DINÂMICA DO POTÁSSIO NO SISTEMA SOJA-MILHO EM … · DINÂMICA DO POTÁSSIO NO SISTEMA SOJA-MILHO EM ÁREA DE ALTA PRODUTIVIDADE EM SORRISO-MT. Projeto Agrisus No: 1225/13 Coordenador

na palhada de milho “sustenta a soja” e mantém sua produtividade alta. Já no milho,

sintomas visuais tem aparecido nas propriedades.

Por este motivo obter informações sobre a concentração de K ao longo do perfil

do solo e a capacidade de ciclá-lo através da integração milho-braquiária, bem como

avaliar o efeito residual da adubação potássica de uma cultura para outra e ciclagem na

palhada de milho é necessário. Sabe-se que os restos vegetais deixados na superfície

do solo em sistemas de produção com semeadura direta podem constituir uma reserva

considerável de nutrientes. Por essa razão, o K que está contido na palhada pode tornar-

se uma fonte expressiva de K para nutrição da próxima cultura.

2. METODOLOGIA

O estudo está sendo desenvolvido na Fazenda Santa Anastácia, localizada no

município de Sorriso – MT, o experimento esta sendo conduzido em área comercial,

sendo que a área do experimento foi isolada para não sofrer interferência da adubação

da fazenda. A área em questão esta sendo conduzida sobre sistema de cultivo mínimo

sendo plantado soja safra e milho safrinha nos últimos 16 anos. A área do experimento

foi separada em três áreas distinta, para cada experimento que será realizado.

Todas as coletas e experimentos já foram realizados, sendo que parte das

amostras estão no laboratório em analise, ou em faze de tabelamento.

2.1 experimento 1 (decomposição de palhada de milho)

Ate o presente momento foram realizadas todas as coletas, sendo que a parte

referente a palhada foi todo processado, sendo os dados descritos e discutidos abaixo,

no que se refere as analise de solos estas ainda estão sendo processadas.

2.1.1 introdução:

A importância do milho no cenário brasileiro é grande. É a cultura mais utilizada

para o cultivo em segunda safra, pois além de produzir o grão, que tem grande demanda

comercial por ser fonte de carboidratos, também produz uma quantidade considerável

de palhada que serve de cobertura para o solo. A palhada confere proteção contra o

impacto da água das chuvas, reduz a germinação de plantas daninhas e ciclando grande

quantidade de nutrientes para a cultura sucessora enquanto sofre decomposição, além

do consequente aumento no teor de matéria orgânica do solo (MOS).

Para que o solo se mantenha coberto com palhada é necessário a adoção do

sistema semeadura direta (SSD), em que não se realiza o revolvimento da camada

superficial do solo antes da implantação de cada nova cultura, como ocorre no preparo

convencional. As principais vantagens do SSD sobre o convencional são o controle de

erosão, controle de ervas daninhas, melhor estruturação do solo, controle de umidade

e melhores condições fitossanitárias para a cultura.

Para a consolidação e sucesso do SSD, é de fundamental importância o

estabelecimento de culturas para produção de palha, em quantidade adequada à

cobertura do solo, o que se revela um problema em regiões mais quentes como na

região do Cerrado e Amazônica, devido ao acelerado processo de decomposição

promovido pelas condições climáticas.

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A utilização do SSD evita o revolvimento desnecessário no solo, o que diminui a

decomposição da palhada pela ação dos microrganismos e promove aumento dos

teores de matéria orgânica (MO) no solo.

A utilização de cobertura do solo pode restituir quantidades consideráveis de

nutrientes que foram perdidos para o perfil do solo. Isso ocorre porque uma parte dos

nutrientes, nas camadas subsuperficiais, absorvidos durante o ciclo da planta são

disponibilizados na superfície novamente conforme o material é decomposto.

O cultivo de soja é favorecido com a presença de palhada de qualquer espécie,

utilizada como cobertura, sobre o solo. Diferentes estudos mostraram resultados

satisfatórios de áreas onde se realizava rotação de culturas em relação a áreas deixadas

para pousio e também que a nutrição da soja é beneficiada quando cultivada em

sucessão a outras culturas.

Deste modo, o conhecimento da quantidade de matéria seca produzida pelas

espécies vegetais, em especial o milho, utilizado na região como segunda safra após o

cultivo da soja, bem como o tempo para sua decomposição, se fazem necessários pelo

fato desta palhada apresentar quantidades significativas de nutrientes que serão

disponibilizados sobre o solo e passarão da forma orgânica para a mineral, a qual será

aproveitada pelas plantas de soja.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a persistência da palhada residual da colheita

de milho, bem como os teores de macronutrientes e sua capacidade de disponibilizá-los

para a cultura seguinte, na região Médio-Norte do estado de Mato Grosso.

2.1.2. Referencial

2.1.2.1. Importância da palhada para na cobertura do solo

A palhada sobre a superfície do solo é considerada como uma importante

reserva de nutrientes, que poderá disponibilizá-los de forma lenta e gradual, ou de forma

rápida e intensa. Essa liberação varia de acordo com as atividades dos microrganismos

presentes, qualidade e quantidade do resíduo vegetal e condições climáticas, com

ênfase na temperatura e precipitação, pois influenciam também diretamente nos dois

primeiros fatores. (ALCÂNTARA et al., 2000; OLIVEIRA et al., 2002; ROSOLEM et al.,

2003).

Considerando que a maioria dos solos brasileiros apresentam fertilidade natural

baixa, a matéria orgânica do solo é um importante aliado para se obter respostas

adequadas de acordo com a quantidade de fertilizante aplicada, podendo assim atingir

as produtividades esperadas.

A decomposição de resíduos vegetais em regiões de clima tropical ocorre

rapidamente, isso se dá por conta de condições de altas temperaturas e umidade

durante boa parte do ano. Por esses motivos, conhecer não só a quantidade mas

também a durabilidade da palhada produzida pelas espécie utilizadas na rotação de

culturas é de extrema importância (ALVES et al., 1995). Lara Cabezas (2001) no ano de

1998, em região de Cerrado, observou redução da massa de matéria seca (MMS) do

milheto e outros resíduos de 29 kg ha-1dia-1. Resultados semelhantes foram também

observados por Bertol et al. (1998) com aveia preta no Sul do país. Lange et al. (2009)

observaram na região do Cerrado que a taxa de decomposição da palhada de diversas

espécies é de 30 kg ha-1dia-1 entre maio e novembro (174 dias). Isto demonstra que no

Cerrado acumular e manter a palhada não é tarefa fácil.

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Microrganismos heterotróficos, em sua busca por carbono e nutrientes, também

atuam na decomposição de palhada, tanto aquela que tenha sido incorporada ao solo

quanto a deixada na superfície como cobertura. Entre os decompositores mais

importantes estão fungos e bactérias que atuam em condições aeróbicas (ALLISON,

1973).

A presença de MO intensifica a atividade dos microrganismos, além de favorecer

a estabilidade dos agregados, ajudar na retenção da umidade e melhorar o processo de

infiltração de água (CARDOSO, 1993; PAULETTI, 1999).

O conhecimento da taxa de decomposição de resíduos culturais contribui para o

planejamento de práticas conservacionistas que visem otimizar os benefícios desses

resíduos durante os períodos críticos decorrentes da erosão (BERTOL et al., 1998).

O SSD permite a manutenção de resíduos vegetais sobre a superfície, com isso

traz alguns benefícios que favorecem a conservação do solo, evitando erosão assim

como reduzindo perdas de solo e nutrientes. Outro ponto importante é que a cobertura

confere proteção mecânica contra o impacto causado pelas gotas de chuva, que

causam destruição de agregados e subsequente selamento superficial impedindo que

a água seja absorvida pelo solo (PAULETTI, 1999). Com isso, uma boa cobertura

vegetal é aquela que além de contribuir para a formação de palhada e reciclagem de

nutrientes também confere proteção superficial (LIMA, 2001).

A palhada deixada sobre a superfície do solo demora mais tempo para ser

decomposta, também o tempo de disponibilização de nutrientes proveniente dessa

palhada é prolongado quando não há a incorporação no perfil do solo (BOER, 2007).

Um solo coberto com restos vegetais apresenta proteção contra a radiação solar, tem

menor perda de água por evaporação e apresenta menos problemas com emergência

de plantas daninhas (GASSEN & GASSEN,1996).

Plantas utilizadas como cobertura devem ser escolhidas adequadamente,

levando em consideração a capacidade de ciclagem de nutrientes da espécie. Esta deve

estar de acordo com a exigência nutricional da cultura de interesse, para que não ocorra

um desequilíbrio no sistema de produção. Um sistema de rotação bem dimensionado é

uma alternativa eficaz para evitar que um solo entre em exaustão, o que torna a

recuperação de sua fertilidade natural uma prática onerosa (BRAZ et al., 2004).

As gramíneas têm a capacidade reciclar e mobilizar N a partir de sua fitomassa,

a sua decomposição no solo ocorre de forma lenta, por conta da alta relação C/N, o que

prolonga o tempo de liberação de nutrientes no solo, assim como o tempo de

durabilidade da palhada, mantendo a cobertura sobre o solo por mais tempo (LARA

CABEZAS et al., 2004; PERIN et al., 2004).

2.1.2.2. Exigência de macronutrientes pela cultura da soja

A absorção de nutrientes por uma espécie vegetal é influenciada por diversos

fatores, entre eles as condições climáticas (chuvas e temperaturas), diferenças

genéticas entre cultivares de uma mesma espécie, disponibilidade de nutrientes no solo

e tratos culturais.

Na publicação de Bataglia & Mascarenhas (1977), nota-se a demanda dos seis

macronutrientes pela soja durante seu ciclo, para uma cultivar de 120 dias, de acordo

com o período decorrido após a emergência. Os dados descritos pelos autores estão

representados abaixo na figura 1.

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Figura1. Marcha de absorção de nutrientes pela cultura da soja. Adaptado de Bataglia &

Mascarenhas (1977).

Cordeiro et al. (1979), relataram valores condizentes aos encontrados pelos

autores citados anteriormente com relação ao ponto de máxima absorção de nutrientes

pela cultura da soja.

Estima-se que a extração de macronutrientes por tonelada de grão produzido

pela soja seja em média 83 kg de N, 7 kg de P e 32 kg de K e que a exportação seja em

média 61%, 65% e 53% respectivamente (EMBRAPA, 2010).

2.1.3. Material e métodos

2.1.3.1.caracterizaçao da área experimental e do clima

O experimento foi conduzido na safra 2013/14, em área comercial, após a

colheita do milho segunda safra 2012/13, na fazenda Santa Anastácia, no município de

Sorriso (MT), propriedade pertencente à família Bedin. O experimento foi implantado no

talhão SA 05, nas coordenadas S= 12°31'06"; W= 55°40'22" e altitude de 365 m acima

do nível do mar. Tal talhão vem apresentando sintomas de deficiência de potássio na

cultura do milho, por isto a investigação no mesmo (figura 2). Já na cultura da soja tal

deficiência não se manifesta.

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Figura 2. Deficiência de potássio em espigas de milho colhidas na safrinha de 2013 na região de Sorriso. Teor de potássio no solo: próximos a 30-35 mg dm-3. Produtividade média do talhão 135 sc ha-1. Fotos: Prof. Dr. Anderson Lange, UFMT-Sinop.

A área em que o experimento foi conduzido esta inserida em bioma de transição

Cerrado-Amazônia. O clima da região é do tipo Aw, segundo a classificação proposta

por Köppen. Possui duas estações do ano bem definidas, são elas o verão chuvoso e o

inverno seco. A região apresenta uma média de precipitação anual de aproximadamente

2200 mm e temperatura média anual de 26°C, com variação entre 20°C a 38°C.

O solo da área experimental foi coletado antes da implantação do experimento

na camada de 0 - 0,2 m, com o auxílio de uma sonda e, após homogeneizado, foi

enviado para análise físico-química da área. O solo apresenta 34% de areia, 13% de

silte e 51,6% de argila, sendo classificado como de textura argilosa (SOUZA & LOBATO,

2004). Como característica química o solo apresentou pH(água) = 5,69; K(Mehlich ) = 30,20

mg dm-3; P(Mehlich) = 18,76 mg dm-3; Ca = 2,42 cmolc dm-3; Mg = 0,9 cmolc dm-3; Al =

0,06 cmolc dm-3; CTC a pH 7,0 = 7,9 cmolc dm-3; V = 42,96%; MO = 32,42 g dm-3. Pelos

resultados da análise de solo apresentada, verifica-se que os teores de potássio no solo

estão abaixo dos teor considerado adequado, que seria de 50 mg dm-3 conforme Souza

& Lobato (2004).

No referido talhão, na cultura do milho, foi feita adubação com 400 kg ha-1 do

formulado 20-00-20 (N-P2O5-K2O), divididas em duas aplicações de 200 kg ha-1 cada. A

primeira adubação foi realizada entre os estádios V2-V3, a segunda entre os estádios

V5-V6. Foram utilizados também, fertilizantes foliares nas doses de 1 L ha-1de PD® (Mn

10%, S 6%, Zn 2%, Cu 1%, Mo 0,5%, 0,5%; Extrato de Xisto; d=1,46g cm-³) e 100 mL

ha-1de Mo16® (16% de molibdênio, d=1,56 g cm-3). No tratamento de sementes foi

utilizado o produto TSG® na dose de 200 mL ha-1, que contém em sua composição N

5%; Mo 6%; Zn 1%; B 0,5%; COT 6% e d=1,44 g cm-³.

A cultivar de milho semeada no talhão foi a DKB 390 VT Pro 2, que foi também

utilizada nas safras 2010/11 e 2011/12. Essa variedade é de ciclo precoce, possui um

porte médio de 2,2 m, inserção de espiga por volta de 1,25 m e a população

recomendada para a região norte do Mato Grosso é de até 55 mil plantas ha-1. O milho

foi colhido em julho de 2013 e apresentou uma produtividade média de 8.100 kg ha-1

nesse talhão.

A produtividade média do milho nas safras 2010/11, 2011/12 e 2012/13 foi de

respectivamente 7.951,8 kg ha-1, 8.350,8 e 7.806,6 kg ha-1 valores que demonstram

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alto uso de alta tecnologia, já que estão acima da produtividade do estado, cuja média

foi de 5.780 kg ha-1 na safra de 2012/13 (CONAB, 2013).

Nos últimos anos esta área realiza a sucessão das culturas soja-milho, sendo a

soja semeada no início da estação chuvosa (primeira safra) e o milho semeado ao fim

da estação chuvosa (segunda safra), imediatamente após a colheita da soja, já que a

época de semeadura ideal para o milho é até o final da primeira quinzena de fevereiro.

No ano agrícola do estudo (safra 2013/14), durante o período em que o

experimento foi conduzido, a semeadura da soja no talhão ocorreu em 26/10/2013 e

colheita em 27/02/2014. A cultivar atingiu o estádio R1 no dia 17/12/2013 e R7 foi

constatado no dia 16/02/2014. A produtividade média de soja obtida no talhão em que

conduziu-se o experimento foi de 3.600 kg ha-1.

2.1.3.2. Descrição da metodologia experimental

Em 07/09/2013, após a colheita do milho, instalou-se o experimento em

delineamento experimental inteiramente casualizado, sendo que os tratamentos foram

as diferentes épocas de avaliação da palhada do milho, que ocorreram a cada 14 dias,

contados a partir do dia que houve a implantação do experimento no campo. Para a

instalação do estudo, a palhada residual deixada após a colheita mecanizada na área

foi fracionada, com auxílio de um facão e acondicionada em sacos de ráfia (0,5x0,5 m),

conhecido também como "litter bags", conforme metodologia adaptada de Torres et al.

(2008) e Kliemann (2006), sendo adicionado a cada saco a quantia de palha

proporcional a quantia que cobria a área em campo, conforme a área do saco utilizado.

A área apresentava 14,18 T ha-1 de massa de matéria seca nesta época.

Para determinar a quantidade de material em cada parcela, lançou-se mão de

um gabarito com área de 0,25 m² (0,5x0,5m). Esse gabarito era arremessado ao solo e

coletando-se toda a palhada dentro da área compreendida por ele, para se determinar

a massa da palhada na área. O procedimento foi repetido 15 (quinze) vezes e em

seguida calculada a média dos valores, sendo essa utilizada para definir a quantidade

de palhada colocada dentro de cada litter bag, que iriam constituir as parcelas.

Para acondicionamento da palhada foram utilizados litter bags, com área de 0,25

m2. Abriu-se um dos lados do saco e dentro dele foi colocada a quantidade de material

previamente pesado.

A palhada que estava sobre a superfície do solo não sofreu nenhuma alteração

durante a implantação do experimento, a fim de se simular uma situação mais próxima

possível das condições encontradas a campo.

O experimento constituiu de 11 (onze) tratamentos, sendo esses as épocas de

coleta do material vegetal. Cada tratamento, ou época de coleta, era formado por 3 (três)

repetições (litter bags), dessa forma obteve-se um experimento com número total de

parcelas igual a 33 (trinta e três). A distribuição das parcelas está ilustrada abaixo na

figura 3.

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Figura 3. Esquema de distribuição dos litter bags no campo experimental - Delineamento

Inteiramente Casualizado (DIC).

É importante ressaltar que a amostragem não seguia a ordem das parcelas

ilustrada na imagem, mas procedia de forma aleatória decidida no campo durante a

coleta.

2.1.3.3. Coleta e processamento do material

A primeira coleta de material foi realizada no dia de implantação do experimento,

em que o litter bag contendo a palhada foi retirado do campo e levado para o laboratório.

O mesmo processo se repetiu em todas as coletas, tomando os devidos cuidados para

que não ocorresse perdas excessivas de material.

Entre as coletas 6-7 e 9-10 há um intervalo de 28 dias, isso ocorreu porque as

amostras que deveriam compreender o intervalo de 14 dias, após as coletas 6 e 9,

apresentaram problemas no momento do processamento em laboratório e não puderam

ser submetidas a análise química, sendo descartadas.

Para determinação da matéria seca, o material coletado foi colocado em estufa

de ventilação forçada, sendo mantido a temperatura de 65ºC até atingir peso constante.

Após obter a condição citada, o material foi peneirado em peneira de 2 mm, para que o

solo presente na amostra fosse separado e descartado. A matéria seca (MS) livre de

solo, então era mensurada e, com a massa obtida, foi possível determinar a sua taxa de

decomposição.

Em seguida, realizou-se a moagem do material, para isso fez-se o uso de um

moinho do tipo Wiley, com peneira de 1 mm.

Antes de moer a palhada, sempre foi realizada a limpeza do equipamento, a fim

de retirar partículas de impureza que pudessem causar interferências durante o

processo de análise química e leitura dos resultados. A limpeza do moedor foi realizada

com o uso de um compressor de ar, de modo que o resíduo da MS, anteriormente

moída, fosse totalmente retirado das facas e contra facas do moinho e da peneira,

repetindo esse procedimento após moer cada parcela.

Com as amostras moídas, as mesmas foram armazenadas em potes plásticos,

com tampa, devidamente isolados de umidade e impurezas para que não fossem

comprometidas.

2.1.3.4. Análise dos teores de macronutrientes na palhada

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As leituras de macronutrientes foram realizadas no setor de análise química do

laboratório de solos da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop, com

o auxílio do profissional técnico responsável pelo local.

Para cada nutriente, uma metodologia de determinação indicada na literatura foi

adotada, seguindo os procedimentos adequados descritos. As análises para obtenção

de nitrogênio foram efetuadas pelo método de Kjeldahl, com base no "Manual de

análises químicas de solos, plantas e fertilizantes" (EMBRAPA, 2009) e os demais

macronutrientes segundo a metodologia proposta por Malavolta et al. (1997).

Os resultados das leituras foram transformados para gramas do nutriente por

quilograma de palhada e quilograma do nutriente por hectare, obtendo-se então os

teores de nutrientes acumulados na matéria seca e determinou-se a taxa de

decomposição e de persistência da palhada e a liberação de macronutrientes.

Para análises dos dados foi utilizado o programa Sisvar® (FERREIRA, 2011),

cujas épocas de coleta foram designadas para a variável quantitativa. Os resultados

obtidos foram submetidos à análise de variância e, quando significativos, à análise de

regressão.

2.1.4. Resultados e discussão

2.1.4.1 decomposição da palhada

A quantidade inicial média de palhada sobre o solo era de aproximadamente

14,17 t ha-1 de massa de matéria seca (MMS). Decorridos 168 dias de condução do

experimento, a quantidade remanescente de palhada encontrada foi de 6,44 t ha-1. Os

resultados da decomposição da palhada são encontrados abaixo na tabela 1. Segundo

Alvarenga et al. (2001), considera-se que acima de 6,00 t ha-1 de resíduos sobre a

superfície, tem-se uma taxa adequada de cobertura de solo em um sistema plantio direto

(SPD).

Tabela 1. Valores médios obtidos nas coletas, conversão para hectares, palhada remanescente

e palhada decomposta.

DAI Quantidade de palhada

kg ha Remanescente Decomposta Taxa

0 14,18 100,00% 0

14 13,13 92,62% 7,38% 7,38%

28 12,57 88,66% 11,34% 4,28%

42 12,52 88,31% 11,69% 0,39%

56 11,73 82,77% 17,23% 6,27%

70 11,36 80,13% 19,87% 3,19%

98 11,11 78,35% 21,65% 2,22%

112 9,96 70,25% 29,75% 10,34%

126 9,07 64,00% 36,00% 8,89%

154 8,31 58,61% 41,39% 8,43%

168 6,45 45,48% 54,52% 22,40%

¹Dias após implantação

Os resultados mostram que decorridos os 168 dias, em média 54,52% da

fitomassa do milho havia sido decomposta, correspondente a uma redução de 7,72 t ha-

1. Resultados diferem daqueles obtidos por Bertol et al. (2004), que observaram uma

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redução de apenas 40% da quantidade inicial, chegando a 53% com aplicação de 100

kg ha-1 de nitrogênio. Essa diferença provavelmente se deu pelo fato das diferenças

climáticas a que os experimentos foram submetidos, sendo que Bertol et al. (2004)

desenvolveram seu trabalho em uma região com clima subtropical do tipo Cfb, descrito

por Köepen, localizada na região do Planalto Sul Catarinense.

Wisniewski & Holtz (1997), constataram uma redução de 49% na MS da palhada

de milho em 149 dias, já a redução observada por Teixeira Neto (2002), em 180 dias foi

de 77% em milho solteiro, sob condições de Cerrado, no estado de Goiás.

Kliemann et al. (2006), em uma região com clima do tipo Aw (mesmo tipo de

clima do presente trabalho), demonstraram que a braquiária em cultivo solteiro teve um

percentual de redução de massa em torno de 48% até os 150 dias observados. Valor

divergente em relação ao encontrado nesse trabalho, que pode ser explicado pelo maior

teor de lignina presente no tecido vegetal do milho (WISNIEWSKI & HOLTZ, 1997).

No presente estudo, houve maior decomposição após os 154 dias, onde ocorreu

uma redução na MS de 13,13%. A menor redução de fitomassa ocorreu no período de

28 a 42 dias, correspondendo a um decréscimo de 0,35%, o que equivale a 49,33 kg

ha-1, fato que pode ser explicado através do excesso de chuva, causa encharcamento

do solo e resulta na redução da atividade dos microrganismos decompositores.

Observou-se que logo que as chuvas se estabeleceram na região, no inicio de

setembro, após a primeira precipitação, ocorrida no dia 07/09/2013, houve uma redução

de 7,38% na MMS da palhada, o que representa 1,04 t ha-1.A decomposição da palhada

ao longo do tempo apresenta comportamento linear (figura 4), fato que pode ser

explicado pela alta relação C/N da palhada do milho, em relação as leguminosas e até

mesmo algumas gramíneas, resultando numa decomposição mais lenta (SILVA et al.,

2008).

y = -0,039x + 14,06R² = 0,95**

0

2

4

6

8

10

12

14

16

0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 140 154 168 182

Massa d

e M

até

ria S

eca (

t h

a-1

)

Dias Após a Implantação

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Figura 4. Perda de massa da matéria seca em função do tempo.**Nível de significância a 1%

pelo teste F (p≤0,01).

Utilizando os dados pluviométricos obtidos em área adjacente ao experimento,

foram calculados os valores acumulados de chuva para intervalos de 14 dias, que foram

então relacionados à redução da MMS da palhada na área.

A primeira chuva foi de 27,00 mm e a maior precipitação acumulada ocorreu no

período entre 98 a 112 dias, cujo volume obtido foi de 312 mm. Nesse período, ocorreu

a segunda maior redução na quantidade de MMS, chegando ao valor de 82 kg ha-1 dia-

1. A maior redução de massa foi constatada no final do experimento, chegando a

aproximados 133 kg ha-1 dia-1, com um valor médio de precipitação de aproximadamente

21 mm dia-1. O volume de chuva sob a palhada foi de aproximadamente 1551 mm, total

observado até o dia em que foi realizada a última amostragem (tabela 2).

Tabela 2. Perda média de MS e chuva acumulada em intervalos de 14 dias.

DAI Datas Redução na MS¹ Chuva acumulada²

kg ha-1 dia-1 mm

0 07/09/2013 0 0,00

14 21/09/2013 74,76 27,00

28 05/10/2013 40,10 40,00

42 19/10/2013 3,52 217,50

56 02/11/2013 56,10 196,00

70 16/11/2013 26,76 116,50

98 14/12/2013 18,00 97,00

112 28/12/2013 82,00 312,50

126 11/01/2014 63,24 108,00

154 08/02/2014 54,67 135,00

168 22/02/2014 132,95 302,00

¹Médias dos resultados obtidos nas amostragens.

²Valores correspondem a quantidade de chuva incidente a cada época de amostragem.

A perda da massa seca da palhada, após o início do período chuvoso,

acompanhou o volume de chuva incidente, sendo que cada pico de precipitação

resultava num aumento subsequente de decomposição da palhada, assim como em

momentos que havia redução de precipitação era acompanhada por uma posterior

queda na decomposição (Figura 5), com exceção do inicial, entre 0 a 28 dias, no qual a

decomposição da palhada foi maior mesmo com baixa umidade no ambiente, que

continha uma maior quantidade de material de mais fácil decomposição.

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Figura 5. Redução de massa de matéria seca da palhada (eixo à direita) e precipitação

acumulada em intervalos de 14 dias.

2.1.4.2. Comportamento do nitrogênio (N)

O teor de nitrogênio (N) presente na massa seca na primeira coleta foi de 11,3 g kg-1

que equivale a um valor médio de 159 kg ha-1, sendo que após a primeira chuva houve

uma redução de aproximadamente 27 kg ha-1 (tabela 3). O pico de redução de N na

palhada ocorreu no período de 14 a 28 dias, atingindo um total de 37 kg ha-1 em relação

a coleta anterior, isso corresponde a 38% da quantidade total de N mineralizado da

palhada ao final do experimento.

0

20

40

60

80

100

120

140

0

50

100

150

200

250

300

350

0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 140 154 168 182

Massa d

e m

até

ria s

eca (

kg

dia

-1h

a-1

)

Pre

cip

itação

(m

m)

Dias após implantação

Precipitação acumulada

Redução na massa de matéria seca

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Tabela 3. Quantidade de nitrogênio residual e liberado em cada época de amostragem e chuva

acumulada para cada período de 14 ou 28 dias, dependendo da coleta.

DAI¹ Datas Residual Teor N Liberado Liberação de N¹

Kg ha-1 g kg-1 Kg ha-1 kg ha-1 dia-1

0 07/09/2013 159,35 11,3 0 0

14 21/09/2013 131,60 10,0 27,75 1,98

28 05/10/2013 94,76 7,5 64,59 2,31

42 19/10/2013 100,14 8,0 59,21 1,41

56 02/11/2013 73,71 8,0 85,64 1,53

70 16/11/2013 92,21 8,3 67,14 0,96

98 14/12/2013 91,32 8,2 68,03 0,69

112 28/12/2013 93,99 9,4 65,36 0,58

126 11/01/2014 79,73 8,8 79,62 0,63

154 08/02/2014 67,69 8,2 91,66 0,60

168 22/02/2014 63,23 8,5 96,12 0,57

Valores mostrados na tabela obtidos através das médias das amostragens.

¹Média de liberação de nitrogênio diária para cada intervalo de 14 dias. Ao final dos 168 dias o

acumulado foi de 1551 mm.

No total, a quantidade liberada pela palhada ao término do experimento foi de

aproximadamente 96 kg ha-1 de N, todavia Silva et al. (2008) constataram uma redução

de cerca de 70 kg ha-1 de N.

Nos primeiros 14 dias após a implantação (DAI), a liberação média de N a foi de

1,98 kg ha-1 dia-1, valores importantes se considerarmos que, nos primeiros 30 dias após

a emergência, a soja necessita de 0,38 kg ha-1dia-1 (BATAGLIA & MASCARENHAS,

1977). Mesmo que esse N não seja utilizado diretamente pela soja, estaria disponível

para microrganismos presentes no solo, que ao fim do seu ciclo de vida retornariam

esse nutriente para o solo. Segundo Bataglia & Mascarenhas (1977), uma cultivar de

soja com ciclo de 120 dias necessita de aproximadamente 260 kg ha-1 de N.

Após os 70 dias, houve redução da liberação média de N, não ultrapassando os

0,69 kg ha-1 dia-1, chegando a 0,57 kg ha-1 dia-1, resultado da redução do teor de N na

palhada e por consequencia, aumento da relação C/N.

A equação que melhor se ajustou redução de N na massa seca, foi a linear,

conforme a figura 6, apresentada abaixo, que ilustra a reta de redução de N na massa

seca, assim como a equação adequada.

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Figura 6. Quantidade de nitrogênio residual na palhada em cada amostragem. **Nível de

significância a 1% pelo teste F (p≤0,01).

2.1.4.3. Comportamento do fósforo (P)

A quantidade inicial de P encontrada na palhada foi de 4,13 kg ha-1, reduzindo

para 3,18 kg ha-1 na última amostra coletada, valores que correspondem a 9,45 e 7,29

kg ha-1 de P2O5, respectivamente.

A presença em baixa quantidade desse nutriente na palhada pode ser devido ao

fato de o milho apresentar grande exportação de fósforo, com valores próximos a 3 kg

de P por cada tonelada de grãos produzida (COELHO & FRANÇA, 1995).

A tabela 4, apresenta os valores de P remanescente obtidos em cada época de

amostragem.

Tabela 4. Quantidade de fósforo obtida em cada amostragem e sua equivalência em P2O5.

DAI1 Datas Remanescente Teor

kg ha-1 g kg-1

0 07/09/2013 4,13 0,29

14 21/09/2013 4,12 0,31

28 05/10/2013 2,87 0,23

42 19/10/2013 3,92 0,31

56 02/11/2013 2,75 0,23

70 16/11/2013 5,05 0,49

98 14/12/2013 5,33 0,48

y = -0,3976x + 126,62R² = 0,6396

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 140 154 168 182

N r

em

an

escen

te n

a p

alh

ad

a (

kg

ha

-1)

Dias após implantação

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112 28/12/2013 4,00 0,40

126 11/01/2014 5,24 0,59

154 08/02/2014 3,58 0,42

168 22/02/2014 3,18 0,49

¹Dias Após Implantação.

Como o teste estatístico não apresentou diferenças significativas na redução da

quantidade de fósforo na MS, não é possível dizer que a ação da chuva tenha

capacidade de liberar o nutriente para o solo. A figura 7 ilustra os valores de P em kg

ha-1 obtidos em cada coleta.

A cultura da soja, segundo Bataglia & Mascarenhas (1977) chega a atingir uma

demanda de 170 g ha-1 dia-1 aos 60 dias após a emergência, mesmo considerando os

valores inicial e final, a média de P liberado para o solo seria de aproximadamente 5 g

ha-1 dia-1. Com base nesses dados, a palhada de milho não serve como uma fonte de P

para a cultura da soja.

2.1.4.4. Comportamento do potássio (K)

O teor médio de K obtido na primeira época de amostragem foi de 10,1 g kg-1 de

MMS da palhada, o equivalente a aproximadamente 142 kg ha-1 de K e ao fim do

experimento o teor observado foi apenas 0,69 g kg-1, representando 4,56 kg ha-¹ ou

seja, estima-se que aproximadamente 137 kg ha-1 de K são mineralizados no processo.

Silva et al. (2008), relataram teores iniciais de K um pouco mais elevados, chegando até

a 15,9 g kg-1 de palhada. Essa diferença pode ter ocorrido em função da região em que

o experimento foi conduzido e também em função da variedade utilizada.

Após a primeira chuva a liberação de K ficou por volta dos 30 kg ha-1, chegando

a atingir mais de 138 kg ha-1 ao fim do período de avaliação, o que equivale em termos

comparativos a aplicação de 165 kg ha-1 de K2O, ou, utilizando o KCl como fonte, seria

equivalente a 276 kg ha-1. Essa quantidade liberada, representa uma disponibilização

de aproximadamente 97% do K encontrado inicialmente na MS da palhada (tabela 5).

Tabela 5. Valores de potássio obtidos em cada amostragem, perdas observadas na palhada e

volume de chuva acumulado nos intervalos entre as coletas.

DAI¹ Datas Remanescente Liberado Teor no solo Perda de K

kg ha-1 kg ha-1 g kg-1 kg ha-1 dia-1

0 07/09/2013 142,81 0 10,07 0

14 21/09/2013 111,98 30,83 8,54 2,20

28 05/10/2013 137,21 5,60 11,06 0,20

42 19/10/2013 69,76 73,05 5,61 1,74

56 02/11/2013 41,37 101,44 3,59 1,81

70 16/11/2013 33,04 109,76 2,89 1,57

98 14/12/2013 20,59 122,22 1,85 1,25

112 28/12/2013 15,09 127,72 1,51 1,14

126 11/01/2014 9,84 132,96 1,07 1,06

154 08/02/2014 9,09 133,72 1,06 0,87

168 22/02/2014 4,56 138,25 0,69 0,82

Valores mostrados na tabela obtidos através das médias das amostragens.

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¹Dias após implantação.

A importância da palhada residual do milho na liberação de K já havia sido

observada por Coelho (2006), que segundo ele tem a capacidade de reciclar 12 kg de

K por tonelada de palhada produzida.

A equação que melhor se ajustou aos valores obtidos foi do tipo quadrática

(figura 7), o que era esperado devida a intensa liberação de K logo no início do período

chuvoso. O que não significa que a marcha de liberação desse nutriente seja

influenciada pelo volume de chuva, visto que a maior precipitação se deu no intervalo

de 98 a 112 dias e nesse mesmo período houve redução da perda média diária de K.

y = 0,007x2 - 2,027x + 148,9R² = 0,92**

0

20

40

60

80

100

120

140

160

0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 140 154 168 182

K r

em

an

escen

te

na p

alh

ad

a (

kg

ha

-1)

Dias após implantação

Figura 7. Potássio remanescente na palhada. ** Nível de significância a 1% pelo teste F

(p≤0,01).

O ponto máximo de liberação desse nutriente se deu aos 56 dias após

implantação do experimento, atingindo um valor próximo a 101,44 kg ha-1 de K liberados,

ou seja, 71% do K presente na palhada foi liberado para o solo nesse período (figura 8).

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Figura 8. Potássio liberado no solo. ** Nível de significância a 1% pelo teste F (p≤0,01).

Segundo Bataglia & Mascarenhas (1977), o período de maior absorção de K pela

soja ocorre aos 60 dias após a emergência, em que a cultura necessita de

aproximadamente 1,2 kg ha-1 dia-1. Com base no trabalho dos autores citados e nos

dados obtidos nesse trabalho pode-se considerar que a palhada de milho é uma

importante fonte de K para a soja, pois aos 56 dias chegou um valor médio de 1,8 kg

ha-¹ dia-1, suprindo a necessidade de K para a soja, em termos numéricos.

Estima-se que a cultura da soja extrai cerca de 38 kg de K por tonelada de grão

produzida e exportação por volta de 17,5 kg por tonelada de grão produzida. Levando

em consideração a produtividade de 3,6 t ha-1 obtida no talhão em que o experimento

foi conduzido, a quantidade de K exportada nos grãos seria de 60 kg ha-1. A partir desses

valores e não considerando perdas de nutrientes por condições adversas da área e

clima, a palhada seria capaz de repor a quantidade de K exportada.

2.1.4.5. Comportamento do cálcio (Ca)

A primeira amostragem realizada demonstrou que a palhada continha em média

um teor de 0,36 g kg-1, o que corresponde a aproximadamente 5,2 kg ha-1 de Ca presente

na MS. O total de Ca liberado após os 168 dias de experimento foi por volta de 3,3 kg

ha-1 (0,29 g kg-1), restando um residual de 1,9 kg ha-1 na palhada, observado na última

amostragem.

A maior redução de Ca foi observada no intervalo de 14 a 28 DAI, em que a

quantidade reduziu de 5,1 kg ha-1 para 3,5 kg ha-1, significando uma perda de

aproximadamente 0,06 kg ha-1 dia-1 (tabela 6). Observa-se, que até esse mesmo período

por volta de 11% da palhada havia sido decomposta.

y = -0,007x2 + 2,187x - 12,90R² = 0,89**

0

20

40

60

80

100

120

140

160

0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 140 154 168 182

K lib

era

do

para

o s

olo

(kg

ha

-1)

Dias após implantação

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Tabela 6. Valores de cálcio obtidos em cada amostragem e seu teor na palhada.

DAI¹ Datas Remanescente Teor Liberado Perda de Ca

kg ha-1 g kg-1 kg ha-1 g ha-1 dia-1

0 07/09/2013 5,22 0,36 0 0

14 21/09/2013 5,10 0,41 0,12 8,88

28 05/10/2013 3,57 0,28 1,66 59,16

42 19/10/2013 3,61 0,29 1,61 38,35

56 02/11/2013 3,71 0,32 1,51 27,01

70 16/11/2013 3,05 0,27 2,17 30,98

98 14/12/2013 3,09 0,28 2,13 21,73

112 28/12/2013 3,14 0,32 2,08 18,61

126 11/01/2014 2,64 0,29 2,58 20,49

154 08/02/2014 2,47 0,30 2,75 17,86

168 22/02/2014 1,91 0,29 3,31 19,70

Valores mostrados na tabela obtidos através das médias das amostragens.

¹Dias após implantação.

²Valores mostrados em gramas para melhor comparação entre si.

Nota-se a partir dos resultados, que os teores de cálcio na MS partiram de 0,36

g kg-1 obtidos na primeira amostragem, para 0,29 g kg-1 a partir da terceira e assim

permaneceram até o término das amostragens. Esse comportamento provavelmente

se deu, pelo fato de o Ca ser formador da parece celular, assim a sua redução tende a

acompanhar a redução da MS, o que explicaria a manutenção do seu teor.

Os resultados obtidos mostram que a palhada não pode ser considerada fonte

de Ca para a soja, que tem uma média de extração de 13,3 kg t-1 de grão produzido.

Mesmo o pico de liberação de Ca pela palhada estaria longe de suprir a quantidade

demandada pela cultura da soja, que segundo os autores Bataglia & Mascarenhas

(1977), chega a ser de 0,39 kg ha-1 dia-1.

A equação linear foi a que melhor se ajustou a liberação de Ca no sistema (figura

9). Comportamento similar foi encontrado por Crusciol et al. (2008), que estudando a

decomposição de aveia preta obtiveram uma redução linear de Ca na palhada de aveia

preta em plantio direto.

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Figura 9. Cálcio remanescente na palhada. **Nível de significância a 1% pelo teste F (p≤0,01).

É importante salientar que o teor de cálcio no solo é de 2,4 cmolc dm-3, o que é

um teor considerado adequado segundo Sousa e Lobato (2004).

2.1.4.6. Comportamento do magnésio (Mg)

A quantidade média de Mg presente na palhada, observada na primeira

avaliação foi aproximadamente 3,8 kg ha-1, a um teor de 0,27 g kg-1 na MS. Essa

presença em baixa quantidade se deve ao fato da alta taxa exportação pela cultura do

milho, a qual estima-se que, em média 30% do Mg absorvido seja exportado pelos grãos

(SFREDO, 2008).

Algumas amostras apresentaram valores destoantes em relação a coleta a

avaliação anterior, no qual ao invés de reduzir houve um aumento da quantidade de Mg

na palhada, o que se deve a algum erro experimental, já que no processo de obtenção

dos dados, além do preparo do material para ensaque, nas coletas, nas análises,

sempre podem haver equívocos ou mesmo a questão do acaso.

As épocas de amostragens, bem como os teores de Mg encontrado em cada

uma delas esta representado abaixo na tabela 7.

y = -20,32x + 4834,5R² = 0,85**

0

1

2

3

4

5

6

0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 140 154 168 182

Ca r

em

an

escen

te n

a p

alh

ad

a (

kg

ha

-1)

Dias após implantação

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Tabela 7. Valores de magnésio obtidos em cada amostragem e seu teor na palhada.

DAI¹ Datas Remanescente Teores

Kg ha-1 g kg-1

0 07/09/2013 3,82 0,27

14 21/09/2013 4,45 0,34

28 05/10/2013 2,96 0,24

42 19/10/2013 5,01 0,40

56 02/11/2013 2,78 0,24

70 16/11/2013 4,30 0,38

98 14/12/2013 3,04 0,27

112 28/12/2013 2,95 0,30

126 11/01/2014 2,42 0,27

154 08/02/2014 2,82 0,34

168 22/02/2014 1,28 0,20

Valores mostrados na tabela obtidos através das médias das amostragens.

¹Dias após implantação.

A concentração de Mg na palhada se manteve praticamente estável, com

variação bem pequena entre a primeira e última amostragem. Isso quer dizer, que o a

perda de Mg acompanha a decomposição da palhada, o que explicaria também a

equação de melhor ajuste ser linear (figura 10).

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Figura 10. Magnésio remanescente na palhada. **Nível de significância a 1% pelo teste F

(p≤0,01).

Apesar de a análise estatística mostrar diferença significativa na liberação de

Mg, a sua baixa concentração não permite que a palhada seja uma fonte para cultura

seguinte, no caso a soja.

Ao final do experimento, foi observada uma quantidade residual média na MS de

aproximadamente 1,2 kg ha-1 de Mg, significando que foram liberados em média 1,6 kg

ha-1.

2.1.4.7. Comportamento do enxofre (S)

O teor médio observado na primeira época de amostragem foi de 0,91 g kg-1,

representando aproximadamente 12,9 kg ha-1, já na última amostragem o teor subiu

para 1,12 g kg-1 e a quantidade de S na MS caiu para aproximadamente 7,3 kg ha-1.

O teor inicial de S na palhada foi um pouco superior ao valor obtido por Silva et

al. (2008), que descreveu em seu trabalho um teor médio de 0,4 g kg-1 na palhada de

milho.

Estima-se que a soja necessite de 15 kg de S para cada tonelada de grão

produzida (EMBRAPA, 2003), então para uma lavoura em que se atinja uma

produtividade 3,6 t de grãos, seriam necessários 55 kg ha-1 de S. Tendo como base essa

estimativa e a partir dos resultados observados, ao final do experimento a palhada teria

liberado aproximadamente 10% da exigência de S pela soja.

y = -0,0134x + 4,3155R² = 0,5199

0

1

2

3

4

5

6

0 14 28 42 56 70 84 98 112 126 140 154 168 182

Mg

rem

an

cescen

te n

a p

alh

ad

a (

kg

ha

-1)

Dias após implantação

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A tabela 8 demonstra os valores de S encontrados em cada amostragem, bem como seu

respectivo teor e quantidade liderada pela palhada.

Tabela 8. Valores de enxofre obtidos em cada amostragem, seu teor e perda na palhada.

DAI¹ Datas Remanescente Teor Liberado Perda de S²

kg ha-1 g kg-1 kg ha-1 g ha-1 dia-1

0,00 07/09/2013 12,90 0,91 0,00 0,00

14,00 21/09/2013 11,44 0,91 1,45 103,93

28,00 05/10/2013 9,97 0,88 2,92 104,42

42,00 19/10/2013 11,93 0,95 0,97 23,15

56,00 02/11/2013 10,20 1,00 2,70 48,25

70,00 16/11/2013 12,12 1,08 0,78 11,11

98,00 14/12/2013 12,40 1,12 0,50 5,07

112,00 28/12/2013 9,05 1,25 3,85 34,38

126,00 11/01/2014 7,99 1,91 4,90 38,92

154,00 08/02/2014 8,77 1,05 4,13 26,82

168,00 22/02/2014 7,29 1,12 5,61 33,40

Valores mostrados na tabela obtidos através de médias nas amostragens.

¹Dias após implantação.

²Valores em relação a primeira amostragem, mostrados em gramas para melhor comparação

entre si.

Embora o teste tenha demonstrado que, estatisticamente não exista diferenças

significativas na quantidade de S liberada pela palhada, nota-se que entre a primeira e

a última amostragem há uma diferença de pouco mais de 5,6 kg ha-1, o que corresponde

aproximadamente 0,03 g ha-1 dia-1 de S liberados pela palhada.

Segundo dados publicados por Cordeiro et al. (1979), ao atingir os 54 dias após

a emergência a soja precisa absorver 50% do total de S necessário para o seu ciclo.

2.1.5. Conclusões:

A palhada do milho, sob condições adequadas de nutrição, proporciona 14

toneladas por hectare de cobertura morta sobre o solo, com altas quantidades de

nutrientes, em especial K e N.

Após 168 dias e sob um volume de precipitação de aproximadamente 1551 mm,

a palhada é capaz de disponibilizar 97% K, 66% de Mg, 63% de Ca e 44% de S

presentes em sua massa seca.

Os macronutrientes P, Ca e Mg não são disponibilizados em quantidade

suficiente para atender a demanda da soja.

2.1.6. Considerações finais

Sob condições de nutrições adequadas, a palhada de milho se mostrou uma

ótima opção para cobertura de solo, pois além de apresentar uma persistência

relativamente alta, também produz grande quantidade de MS ( aproximadamente 14 t

ha-1, como é relatado no presente trabalho), conferindo proteção ao solo contra a quebra

de agregados causada pela chuva, que pode resultar no selamento superficial e por

consequência erosão laminar.

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A cobertura sobre o solo ainda reduz a quantidade de plantas espontâneas

germinadas na área, o que é muito importante em um SSD, pois evita o revolvimento

desnecessário do solo.

A palhada atua de forma isolante para o solo, protegendo-o contra a incidência

de raios solares e variações intensas de temperatura, resultando num solo mais rico em

microrganismos, com maior percentual de macro-poros e melhor aeração. Fatores

esses, que o tornam um solo capaz de manter sua umidade por mais tempo, evitando

que veranicos causem grandes perdas de produtividade.

A julgar pela quantidade de K liberado pela palhada, é bem possível que grande

parte do K exigido pela soja tenha sua origem a partir da palhada do milho.

Considerando um sistema ideal, onde não houvesse perdas por lixiviação e outros

fatores ambientais, e que toda a quantidade de K proveniente da palhada passasse para

o solo, a adubação potássica realizada na soja poderia ser dispensada.

Um papel importante desenvolvido pelo milho, é a capacidade de explorar o solo

em diferente profundidade da atingida pelo sistema radicular da soja. Há estudos que

mostram atividade eficiente do sistema radicular do milho abaixo dos 30 cm de

profundidade, podendo chegar até 50 cm. O que, significa ciclagem dos nutrientes que

se encontram nessas camadas um pouco mais profundas, trazendo-os de volta a

superfície.

Foi observado, que mesmo sendo uma gramínea com alta relação C/N, grande

parte do N presente na palhada foi liberada. Levando em consideração os dados

observados, seria interessante elaborar um estudo para quantificar o quanto desse N

seria imobilizado por microrganismos, o quanto seria mineralizado, se tornando

disponível para a próxima cultura e ainda quanto desse N consumido pelos

microrganismos retornaria ao solo após a morte dos mesmos.

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2.2 Experimento 2 (efeito residual da adubação potássica)

O segundo experimento é voltado para obter a ciclagem de K pela palhada de

milho, bem como avaliar o efeito residual da adubação potássica no sistema soja-milho,

o experimento foi montado em delineamento experimental em blocos casualizados,

sendo este implantado na safra da soja 2013/14, sendo constituído de 5 doses de K20

(0, 40, 80,160 e 320 kg ha-1) e 5 blocos totalizando 25 unidades experimentais, após

colheita da soja foi implantado o milho na área para se avaliar o efeito residual da

adubação potássica, as parcelas são as mesma da soja sendo que estas foram divididas

em sub-parcela sendo esta provenientes da presença ou não de braquiária plantada na

entre linha do milho sendo assim constituindo 50 unidades experimentais. Na safra

2014/15 foi novamente implantado a soja no mesmo local sendo as parcelas as mesma

constituintes do milho este objetiva avaliar a resposta da soja a decomposição e

passagem de nutrientes especialmente o K da palhada de milho e braquiária.

As parcelas experimentais foram constituídas de 6 m X 6,6 m tento uma área

total de 39,6 m2, sendo que o espaçamento utilizado para a soja e o milho será de 0,55m

entre linhas totalizando assim 12 linhas por parcelas, as sub parcelas serão constituídas

de 6 m X 3,3 m , e tendo 6 linhas de plantio, a soja e milho terão o plantio intercalado

sendo sempre a semeadura da cultura subsequente realizada na entre linha da anterior.

Será analisado o solo de cada unidade experimental, sendo as coletas realizadas

após a colheita de cada cultura, sendo este coletado nas profundidades de 0-5, 5-10,

10-15, 15-20, 20-40 e 40-60 cm de profundidade, a coleta será realizada através de

trincheira ate a profundidade de 20 cm e com sonda a partir disto, sendo feita 3

subamaotras. O solo será seco e peneirado em peneira de 2 mm após isto será realizado

o teor de nutriente no solo.

2.2.1. Soja primeiro ano

Sendo este implantado no dia 26 de outubro de 2013, foram aplicadas doses de

K na cultura da soja (0; 40; 80; 160; 320 kg ha-1 de K2O) (figura 11) as parcelas eram

constituídas de 12 linhas de plantio (6,6 m) por 6 m de comprimento.

Figura 11; croqui do experimento, doses de K2O por hectare na cultura da soja

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As analises realizadas na soja foram; analise de nutriente na folha da planta em

florescimento, sendo coletada a penúltima folha completamente desenvolvida, serão

coletadas 6 folhas por unidade experimental, na planta em plena maturação sendo

coletada 2 plantas por unidade experimental, e analise de grãos, ambas os materiais

foram levados para estufa de circulação forçada para secagem destas, folhas e plantas

colocadas a 65ºC por 48h e grãos a 105ºC por 24h, após isto o material foi moído, em

um moinho do tipo Wiley, com peneira de 1 mm. Com as amostras moídas, as mesmas

forão armazenadas em potes plásticos, com tampa, devidamente isolados de umidade

e impurezas para que não sejam comprometidas, para depois realizar as analises

químicas das amostras para determinar a passagem de K para o sistema. As analises

foram realizadas segundo a metodologia proposta por Malavolta et al. (1997). No

momento da colheita foram retiradas 10 plantas por unidade experimental para

avaliação dos paramentos agronômicos, sendo avaliado altura de planta e altura e

inserção de primeira vagem sendo esta realizada com auxilio de uma trena, numero de

vagens com 1, 2, 3 , 4 grãos e vagens totais por planta, numero médio de grãos por

vagem, e numero de lóculos vazios nas vagens, estes foram obtidos através da

contagem manual. As plantas que estavam dentro da área útil da unidade experimental

foram colhidas e trilhadas em trilhadora mecânica, sendo os grãos obtidos secos em

estufas a 105ºC por 24h, após isto pesados para obtenção da produtividade, sendo

também feita a contagem de três amostras de 100 Grãos para a obtenção da massa de

100 grãos, ambas a produtividade e a massa de 100 grãos será ajustada para 13% de

umidade.

O experimento foi colhido dia 27 de fevereiro de 2014, as amostras para analise

química (solo e planta) estão sendo executadas, as resultados parciais dos parâmetros

agronômicos estão apresentados a baixo, ainda não foram realizadas as discussões

pertinentes aos resultados.

Tabela 9: resultados parciais dos parâmetros agronômicos da soja primeiro ano, cultivar GB874, submetidos a doses de K2O, sendo apresentado o valor de stand (STD), altura de planta (ALT), altura de inserção de primeira vagem (INS), porcentagem de vagens com lóculos com grãos abortados(VGA), vagens com 1, 2, 3 e 4 grãos formados (V1G, V2G, V3G e V4G respectivamente), numero médio de grãos por vagem (NGV), numero de vagens por planta (NVP), massa seca de duas plantas em R7 (M2P), massa de 100 grãos (M100) e produtividade (PRO).

DOSES STD ALT INS VGA V1G V2G V3G V4G NGV NVP M2P M100 PRO

Plantas ha-1

cm Porcentagem Unidade g Sc ha-1

0 163939 103,90 15,10 10,05 12,61 63,82 23,39 0,18 79,48 2,09 173,44 13,38 61,41 40 160909 106,16 15,68 10,88 12,26 65,91 21,73 0,10 82,42 2,09 166,92 13,27 60,52 80 161515 105,05 14,87 10,00 12,65 64,76 22,53 0,06 85,00 2,09 150,56 13,55 57,56 160 168485 102,32 15,06 11,04 11,56 64,64 23,63 0,17 83,94 2,12 136,02 13,09 59,11 320 158788 99,31 12,95 10,25 12,87 62,85 24,06 0,23 86,04 2,11 169,56 13,11 58,77

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Figura 12: componentes de produtividade soja primeiro ano

Figura 13: vagens por planta e porcentagem de vagens com 1, 2, 3 e 4 grãos, e vagem que abortaram grãos na soja primeiro ano.

2.2.2. Milho primeiro ano

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O experimento testando o efeito residual no milho foi implantado no dia 05 de

fevereiro de 2014, (figura 2) as parcelas eram constituídas de 12 linhas de plantio (6,6

m) por 6 m de comprimento, e as sub-parcelas eram constituídas de 6 linhas de plantio

(3,3 m) por 6 m de comprimento

Figura 14: croqui do experimento, efeito residual de doses de K2O por hectare na cultura do

milho safrinha.

As analises realizadas no milho foram; analise de nutriente na folha da planta

em florescimento, sendo coletada a folha abaixo e oposta a espiga, foram coletadas 6

folhas por unidade experimental, no momento da colheita foram coletadas 3 plantas por

unidade experimental para analise da planta inteira, e analise de grãos, ambas os

materiais foram levados para estufa de circulação forçada para secagem destas, folhas

e plantas colocadas a 65ºC por 48h e grãos a 105ºC por 24h, após isto o material foi

moído, em um moinho do tipo Wiley, com peneira de 1 mm. Com as amostras moídas,

as mesmas foram armazenadas em potes plásticos, com tampa, devidamente isolados

de umidade e impurezas para que não fossem comprometidas, para depois realizar as

analises químicas das amostras para determinar a passagem de K para o sistema. As

analises foram realizadas segundo a metodologia proposta por Malavolta et al. (1997).

Quando a planta atingiu a maturação foi realizadas a campo a medição da altura de

planta e de inserção de espiga e comprimento do colmo abaixo da espiga, ambos com

axilio de uma trena, neste mesmo momento foi realizado a medição do diâmetro do

colmo abaixo da espiga sendo este realizado com auxilio de um paquímetro, sendo a

medida realizada na região mediana do colmo. Todas as analises realizadas em 10

plantas. No momento da colheita foram retiradas 10 plantas por unidade experimental

estas plantas foram pesadas para obtenção de massa seca sendo que estas foram sub

amostradas para serem secas, as espigas desta 10 plantas foram separadas para

avaliar; numero de fileira, grãos por fileira, comprimento de espiga e diâmetro de espiga

e sabugo sendo que estes realizados na região mediana da espiga. As plantas que

estiverem dentro da área útil da unidade experimental foram colhidas e trilhadas em

trilhadora mecânica, sendo os grãos obtidos secos em estufas a 105ºC por 24h, após

isto pesados para obtenção da produtividade, sendo também feita a contagem de três

amostras de 100 Grãos para a obtenção da massa de 100 grãos, ambas a produtividade

e a massa de 100 grãos foram ajustada para 13% de umidade.

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A braquiária será coletada para mensurar sua massa seca e seu teor de

nutrientes, sendo coletado três amostras de 0,25 m2 de massa de braquiária, sendo o

procedimento de secagem e análise de nutrientes o mesmo que para os materiais

vegetais do milho e da soja.

O experimento foi colhido no dia 10 de julho de 2014. Ate o momento não foram

realizadas as analises químicas (solo e planta) sendo abaixo apresentado os dados

preliminares de produtividade(figura 15).

Figura 15: produtividade milho safrinha, sob efeito residual da adubação com doses de K2O

.

2.2.3. Soja segundo ano

O experimento foi implantado no dia 25 de setembro de 2014 e colhido no dia 20 de janeiro de 2015, sendo que ainda não foram realizadas as análises dos dados. Sendo que serão realizadas as mesmas analises da soja primeiro ano.

2.3. Experimento 3 (doses de K no milho)

O terceiro experimento será voltado para obter a ciclagem de K pela palhada

de milho, bem como avaliar o efeito residual da adubação potássica no sistema soja-

milho, o experimento será montado em delineamento experimental em blocos

casualizados, sendo este implantado na safra de milho safrinha 2013/14, sendo

constituído de 4 doses de K20 (0, 40, 80 e 120 kg ha-1) divididas em sub-parcela sendo

esta provenientes da presença ou não de braquiária plantada na entre linha do milho

sendo 5 blocos assim constituindo 40 unidades experimentais. Na safra 2014/15 será

implantado a soja no mesmo local sendo as parcelas as mesma constituintes do milho

este objetiva avaliar a resposta da soja a decomposição e passagem de nutrientes

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especialmente o K da palhada de milho e braquiária bem como do efeito residual do K

no solo.

As avaliações que serão realizadas no milho, soja, braquiária e solo são as

mesma do experimento 2.

2.3.1. Milho primeiro ano

O objetivo do experimento é avaliar o efeito de doses de K no milho (0; 40; 80 e

120 kg ha-1 de K2O) integrado ou não com braquiária, ciclagem e o deslocamento do K

no perfil do solo. O experimento foi implantado no dia 26 de outubro de 2013, (figura 3)

as parcelas eram constituídas de 12 linhas de plantio (6,6 m) por 6 m de comprimento,

e as sub-parcelas eram constituídas de 6 linhas de plantio (3,3 m) por 6 m de

comprimento. O experimento foi colhido no dia 10 de julho de 2014. Ate o momento não

foram realizadas as analises químicas (solo e planta) sendo abaixo apresentado os

dados preliminares de produtividade(figura 17).

Figura 16; croqui do experimento mostrando doses de K utilizadas Kg de K2O por há,

consorciado ou não com braquiária.

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Figura 17: produtividade milho safrinha, sob efeito da adubação com doses de K2O.

2.3.2. Soja segundo ano

O experimento foi implantado no dia 25 de setembro de 2014 e colhido no dia 20 de janeiro de 2015, sendo que ainda não foram realizadas as análises dos dados. Sendo que serão realizadas as mesmas analises da soja primeiro ano do experimento 2 .

3 RESULTADOS

Os resultados obtidos ate o presente momento estão apresentados acima, sendo

que para o próximo relatório serão apresentados os dados finalizados dos parâmetros

agronômicos pra soja e milhos primeiro ano, e parciais para soja segundo ano.

4 DIFICULDADES ENCONTRADAS

As análises químicas (solo e plantas) estão atrasadas, sendo que estas estão

sendo realizadas, o motivo do atraso foram reformas no laboratório de análises

químicas, sendo este liberado para uso apenas na segunda quinzena de janeiro deste

ano.

5 PRODUÇÃO CIENTÍFICA GERADA PELO PROJETO

Ate o presente momento se obteve a realização de um trabalho de conclusão de

curso, e uma apresentação em semana acadêmica.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS:

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Figura 18; amostras de palhada prontas para analise química.

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Figura 19: experimento de milho, mostrando parcela subdividida com e sem braquiária

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Figura 10:foto mostrando espiga de milho sob efeito residual da dose de 320 kg ha-1 de K2O na cultura da soja (experimento 2).

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Figura 21: foto mostrando espiga de milho sob efeito residual da dose de zero kg ha-1 de K2O na cultura da soja (experimento 2).

Figura 22: foto mostrando parcelas sub divididas após colheita do milho, e coleta da brachiaria.

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Figura 23: foto das amostras sendo processadas no laboratório.

Figura 24: amostras de solo secando no laboratório após coleta a campo

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Figura 25: apresentação de trabalho referente ao projeto de pesquisa na semana acadêmica

da pós-graduação da UFMT.

ENTREGA DE SEGUNDO RELATORIO PARCIAL DE PESQUISA

Prof. Dr. Anderson Lange

Manejo da Fertilidade do Solo em Sistemas Conservacionistas Integrados UFMT/SINOP-MT (66) 9607 8875