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Universidade Federal do Amazonas Faculdade de Ciências Agrárias Pós - Graduação em Agronomia Tropical - PGATR HERODILSON GUIMARÃES DA COSTA PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE MAXIXE (Cucumis anguria L.) EM DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO EM DUAS ÉPOCAS Manaus-Am 2014

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Universidade Federal do Amazonas

Faculdade de Ciências Agrárias

Pós - Graduação em Agronomia Tropical - PGATR

HERODILSON GUIMARÃES DA COSTA

PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE MAXIXE

(Cucumis anguria L.) EM DIFERENTES SISTEMAS DE

CULTIVO EM DUAS ÉPOCAS

Manaus-Am

2014

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HERODILSON GUIMARÃES DA COSTA

PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE MAXIXE

(Cucumis anguria L.) EM DIFERENTES SISTEMAS DE

CULTIVO EM DUAS ÉPOCAS

Dissertação apresenta ao Programa de

Pós-Graduação em Agronomia Tropical

da Universidade Federal do Amazonas

como parte das exigências para obtenção

do título de Mestre em Agronomia

Tropical, área de concentração Produção

vegetal.

Orientadora: Drª Jânia Lília da Silva Bentes

Manaus-Am

2014

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Ficha Catalográfica

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos

Pelo(a) autor(a).

Costa, Herodilson Guimarães da

C837p Produtividade de cultivares de maxixe (Cucumis anguria L.) em

diferentes sistemas de cultivo / Herodilson Guimarães da Costa.

2014

37 f.: il.; 31 cm.

Orientadora: Jânia Lília da Silva Bentes

Coorientador: Hiroshi Noda

Dissertação (Mestrado em Agronomia Tropical) - Universidade

Federal do Amazonas.

1. Cucumis anguria. 2. tutoramento. 3. qualidade dos frutos. 4.

rasteiro. I. Bentes, Jânia Lília da Silva II. Universidade Federal do

Amazonas III. Título

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HERODILSON GUIMARÃES DA COSTA

PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE MAXIXE

(Cucumis anguria L.) EM DIFERENTES SISTEMAS DE

CULTIVO EM DUAS ÉPOCAS

Dissertação apresenta ao Programa de Pós-

Graduação em Agronomia Tropical da

Universidade Federal do Amazonas como parte das

exigências para obtenção do título de Mestre em

Agronomia Tropical, área de concentração

Produção vegetal.

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Aos meus pais, Acácio Farias da

Costa, Edil Guimarães da Costa e

à Orbaniza Viana (in memorian),

pelo amor incondicional a mim

concedido.

Dedico

Aos queridos e amados filhos

Gabriel e Gabrielle Falcão da

Costa, meus amores eternos.

Ofereço

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Agradecimentos

A Deus, pela sua misericórdia, por me ter concedido saúde e forças para que eu

pudesse transpor todos os obstáculos e chegar à reta final de mais um sonho realizado.

À Universidade Federal do Amazonas pela oportunidade de aprender ensino,

pesquisa e extensão e pelo apoio logístico na execução do trabalho na Fazenda

Experimental.

Ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical e ao corpo docente que

contribuíram para minha formação através das disciplinas ministradas.

À minha orientadora, Drª Jânia Lília pelas correções, apoio e sugestões a mim dado.

Ao Dr. Hiroshi Noda pela disponibilidade e pelas contribuições e esclarecimentos

em vários tópicos do trabalho. Ao Dr. Ernesto S. Pinto pelas sugestões durante a aula de

qualificação e ao Dr. José Ferreira da Silva pela excelente contribuição durante a banca

de defesa.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela

liberação da bolsa de estudos.

Aos meus filhos Gabriel e Gabrielle Falcão da Costa pelo apoio, incentivo e

compreensão devido minha ausência em alguns momentos de nossas vidas. Aos meus

familiares principalmente meus irmãos e em especial ao Josué Viana que considero um

pai, ao Ney Viana e Valdete Gonçalves que sempre me apoiaram nas horas precisas.

Aos meus colegas discentes do curso que em muitos momentos estudamos juntos

tirando dúvidas e fazendo trabalhos das disciplinas. Aos colegas do Laboratório de

Fitopatologia, Brunno Fernandes, Francy Souza e Marcelly que me auxiliaram nas horas

mais precisas.

Aos colegas do Núcleo de Etnoecologia da Amazônia Brasileira (NETNO), em

nome da Drª Sandra Noda pelo apoio aos equipamentos a mim concedido, à Silvia

Mendonça pela significante ajuda nas análises estatísticas.

Aos trabalhadores de campo da Fazenda Experimental que me ajudaram

exaustivamente desde o preparo da área do experimento até a colheita dos frutos.

Enfim, a todos que direta e indiretamente contribuíram para que esse trabalho

pudesse ser realizado.

Muito Obrigado!

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PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE MAXIXE (Cucumis anguria L.) EM

DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO EM DUAS ÉPOCAS.

Productivity of bur gherkin cultivars (Cucumis anguria L.) in different cultivation

systems at two diferente seasons

Resumo

O maxixe é uma hortaliça que pertence à família das Cucurbitáceas, bastante

consumida no Norte e Nordeste do país e ao longo dos anos vem sendo cultivada pelos

agricultores familiares de modo tradicional na forma rasteira, o que induz a depreciação

comercial dos frutos devido ao contato com o solo. Várias técnicas tem sido

implementadas para o cultivo das hortaliças fruto, sendo o tutoramento uma das mais

utilizadas para promover aumento da produtividade e principalmente melhorar a

qualidade dos frutos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a produtividade de

três cultivares de maxixe (Norte, Nordestino e INPA) em três sistemas de condução

(rasteiro, em vara vertical e espaldeira vertical) em duas épocas (seca e chuvosa). O

experimento foi conduzido em blocos casualizados em parcelas subdivididas contendo

nove tratamentos e três repetições. Foram avaliadas as seguintes características: peso

dos frutos (PF), comprimento dos frutos (CF), diâmetro dos frutos (DF), número de

frutos (NF) e produção total de massa (PROD). A produtividade das plantas de maxixe

variou em função do tipo de condução, da cultivar estudada e da época de cultivo. Na

época seca, a cultivar do Norte obteve maior produtividade na condução em espaldeira e

na época chuvosa na condução rasteira. A cultivar Nordestino obteve maior média de

produtividade na condução rasteira na época seca e na condução em espaldeira na época

chuvosa. A cultivar INPA obteve maior média de produtividade na condução rasteira na

época seca e na época chuvosa. O sistema de cultivo rasteiro e a cultivar INPA

proporcionaram maiores médias de produção total de massa tanto na época seca quanto

na época chuvosa.

Palavras-chave: Cucumis anguria, tutoramento, qualidade dos frutos, rasteiro.

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Abstract

Bur gherkin is a herbaceous which belongs to the family of Curcubitaceae, very

consumed in Northern and Norteastern Brazil, and through the years has been cultivated

by familiar farmers in a traditional manner, undergrowth mode, which induces fruits'

commercial depreciation due to their contact with the soil. Several techniques have been

implemented for the fruit herbs' farming, as the staking being one of the most used to

promote the increase in productivity and mainly improving the quality of the fruits. This

present work had the objective to evaluate the prductivity of three bur gherkin cultivars

(Northern, Northeastern and INPA) in three conduction systems (undergrowth, in

vertical stake and espalier) at two seasons (dry and rainy). The experiment was

conducted in blocks randomized by subdivided portions containing nine treatments and

three repetitions. The following characteristics were measured: fruits' weight (PF),

fruits' lenght (CF), fruits' diameter (DF), number of fruits (NF) and total production of

mass (PROD). The productivity of bur gherkin plants varied due to conduction type,

chosen cultivar for study, and the farming season. At the dry season the Northern

cultivar obtained higher productivity using espalier conduction, and at the rainy season

using undergrowth conduction. The Northeastern cultivar obtained higher productivity

average using undergrowth conduction at the dry season and using espalier conduction

at the rainy season. The INPA cultivar obtained higher productivity average using

undergrowth conduction at both dry and rainy seasons. The undergrowth cultivar system

and INPA cultivar provided highest averages on total production of mass at both dry

and rainy seasons.

Keywords: Cucumis anguria, tutoring, fruit quality, low.

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Lista de figuras

Fig.1

Ramas secundárias e terciárias de plantas de maxixe na condução com vara

vertical ...............................................................................................................21

Fig.2a Frutos de maxixe conduzido em vara vertical...................................................21

Fig.2b Frutos de maxixe na condução rasteira..............................................................21

Fig.3 Condução em espaldeira vertical.......................................................................23

Fig.4

Fig.5

Fig.6

Fig.7

Fig.8

Fig. 9

Fig.10

Fig.11

Frutos de maxixe na condução em espaldeira vertical......................................23

Barriga branca em frutos de maxixe na condução rasteira................................25

Frutos de maxixe atacados por micro-organismos.............................................25

Número de frutos por parcela de cultivares de maxixe em diferentes sistemas de

condução na época seca.....................................................................................26

Produtividade de cultivares de maxixe em diferentes sistemas de condução na

época seca..........................................................................................................27

Número de frutos de cultivares de maxixe em diferentes sistemas de condução

na época chuvosa...............................................................................................30

Produtividade de cultivares de maxixe em diferentes sistemas de condução na

época chuvosa....................................................................................................31

Falha na frutificação na época chuvosa.............................................................33

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Lista de tabelas

Tabela 1 Análises químicas do solo na área da condução do

experimento.......................................................................................................17

Tabela 2 Análise de variância de caracteres de frutos de maxixe na época

seca....................................................................................................................19

Tabela 3 Valores médios de caracteres de frutos de maxixe na condução com vara

vertical na época seca........................................................................................20

Tabela 4

Tabela 5

Tabela 6

Tabela 7

Tabela 8

Tabela 9

Tabela 10

Tabela 11

Tabela 12

Valores médios de caracteres de frutos de maxixe na condução em espaldeira

vertical na época seca.......................................................................................22

Valores médios de caracteres de frutos de maxixe na condução rasteira na

época seca.........................................................................................................24

Análise de variância de caracteres de frutos de maxixe na época chuvosa......28

Valores médios de caracteres de frutos de maxixe na condução com vara

vertical na época chuvosa.................................................................................29

Valores médios de caracteres de frutos de maxixe na condução em espaldeira

na época chuvosa..............................................................................................29

Valores médios de caracteres de frutos de maxixe na condução rasteira na

época chuvosa...................................................................................................30

Análise de variância conjunta de dois ambientes (seca e chuvosa) para

caracteres de frutos de maxixe.........................................................................31

Valores médios de caracteres de frutos de maxixe na época seca e

chuvosa...........................................................................................................32

Valores médios do caráter produção total de massa (PROD) de frutos de

maxixe em cultivo nas épocas seca e chuvosa...............................................33

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

2. OBJETIVOS............................................................................................................ 13

3. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 14

3.1 Família Cucurbitaceae .......................................................................................... 14

3.2 Espécie Cucumis anguria L. ................................................................................. 14

3.4 Características das cultivares ................................................................................ 16

3.4 Uso do tutoramento no cultivo de hortaliças fruto ............................................... 16

4. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................... 18

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 21

6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 37

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1. INTRODUÇÃO

O maxixe (Cucumis anguria L.) pertence à família das Cucurbitáceas, originária

do continente africano, bastante cultivada no Norte e Nordeste do Brasil. As variedades

brasileiras são caracterizadas pela produção de frutos sem sabor amargo e com

variações quanto à forma, tamanho e espiculosidade com peso médio de

aproximadamente 30 g (PIMENTEL, 1985). A utilização dessa hortaliça fruto pela

população do Norte é bastante variada, sendo comum o consumo do fruto ainda verde,

cozido com diversos pratos. No Nordeste, o fruto maduro é cozido juntamente com

outros ingredientes, originando o prato típico denominado maxixada. Essa hortaliça

também pode ser consumida in natura na forma de salada quando os frutos ainda estão

imaturos, podendo substituir o pepino, e outro segmento que apresenta potencialidade é

o consumo em conserva na forma de picles (OLIVEIRA et. al., 2010).

Na região Norte, grande parte dos agricultores cultivam maxixe de forma

rasteira e na várzea, devido à fertilidade do solo ser elevada no período da vazante dos

rios.

Várias técnicas têm sido implementadas nas últimas décadas no cultivo de

hortaliças, principalmente para promover aumento de produtividade e melhoria na

qualidade dos frutos, sendo o uso do tutoramento uma das mais utilizadas no cultivo de

hortaliças frutos, principalmente as de hábito trepador. Embora represente aumento

inicial no custo de produção, o sistema de tutoramento tem sido uma prática vantajosa,

pois favorece o controle fitossanitário, facilitam alguns tratos culturais e a colheita,

melhora a qualidade dos frutos e alonga o período produtivo (FILGUEIRA, 2008).

A cultura é bastante produtiva, porém, não se encontram muitos estudos que

possibilitem sua expansão, não existindo assim tecnologia que a torne atrativa para os

produtores, apesar da importância econômica da cultura para a região Norte, poucos são

os trabalhos encontrados, principalmente na forma tutorada.

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2. OBJETIVOS

Objetivo geral

Avaliar a produtividade de cultivares de maxixe em diferentes sistemas de cultivo

em duas épocas.

Objetivos específicos

Estimar a produtividade de três cultivares de maxixe em sistemas de cultivo tutorado

e rasteiro.

Avaliar características dos frutos de maxixe em diferentes sistemas de cultivo.

Determinar o melhor sistema de cultivo para maxixe em terra firme na época seca e

chuvosa.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Família Cucurbitaceae

A família Cucurbitaceae compreende cerca de 120 gêneros e 820 espécies, com uma

distribuição amplamente tropical, com aproximadamente 30 espécies de valor

econômico, com destaques para as abóboras (Cucurbita spp), melancias (Citrullus spp),

melões (Cucumis pepo) e pepinos (Cucumis sativus) (BARBIERI et. al., 2006).

Segundo Cardoso e Silva (2003), além da importância alimentar e econômica, tem uma

grande importância social, gerando empregos diretos e indiretos, que demandam grande

mão de obra desde o cultivo à comercialização.

Diferentes cucurbitáceas são cultivadas e comercializadas em várias regiões do

mundo, ocupando lugar de destaque entre as hortaliças mais cultivadas, e segundo

estimativas da FAO (2011), a produção mundial foi de 184 milhões de toneladas, sendo

as melancias (93,1 milhões de toneladas), pepinos (36,8 milhões de toneladas), melões

(33,8 milhões de toneladas) e as abóboras (20,3 milhões de toneladas).

O valor nutritivo também confere às cucurbitáceas grande importância, uma vez que

seus frutos constituem fonte de energia devido ao elevado teor de açúcar, ácido

ascórbico, vitaminas e sais minerais (SATURNINO et. al. 1982; ESQUINAS-

ALCAZAR; GULICK, 1983).

3.2 Espécie Cucumis anguria L.

O maxixe pertence à família das Cucurbitáceas, e inicialmente foi considerado

nativo das Américas, mas teve sua origem na África Tropical, sendo considerado um

mutante não amargo da espécie selvagem africana Cucumis longipes Hook.

Provavelmente a cultura foi trazida da África pelos escravos e disseminada pelas

Américas e pelo mundo (ROBINSON; DECKER-WALTERS, 1997).

Foi através de mutação natural que o Cucumis longipes Hook deu origem à espécie

Cucumis anguria L., chamado de maxixe comum, e através do cruzamento destas

espécies e de vários ciclos de seleção do maxixeiro comum, foram obtidas várias

linhagens de maxixe (YOKOYAMA, 1987). A população brasileira de maxixe é

caracterizada pela produção de frutos compridos e não amargos (PATERNIANI;

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COSTA, 1992), e variação quanto à espiculosidade, apresentando frutos com espículos

carnosos e frutos totalmente lisos (PIMENTEL, 1985). A planta é monóica, anual com

hábito de crescimento indeterminado e prostrado, com início da colheita de

aproximadamente 60-70 dias após a semeadura, prolongando-se por um período de três

meses ou mais, com rendimento de aproximadamente 5,0 t/ha-1 (FILGUEIRA, 2008).

O fruto é fonte de sais minerais, principalmente zinco, apresentando poucas

calorias, e tradicionalmente são consumidos na forma cozida ou refogada, crus na forma

de salada, em substituição ao pepino, quando são preferidos os frutos mais verdes, que

ainda não formaram sementes (OLIVEIRA et. al., 2010). Segundo dados do IBGE, a

média nacional de consumo dessa hortaliça é considerada muito baixa, com aquisição

per capita em torno de 0,067 kg/ano, sendo que os maiores índices de aquisição são as

regiões Norte e Nordeste com 0,172 e 0,130 kg/ano respectivamente (IBGE, 2012).

A maior área de produção de maxixe no Brasil são de regiões de forte influência da

cultura africana, como o Norte, o Nordeste e o Sudeste do país, onde vem sendo

cultivado ao longo dos anos por pequenos agricultores e em fundo de quintais, sem uso

de nenhuma tecnologia e espaçamentos adequados (MARTINS, 1986). Nas

propriedades dos agricultores familiares, é comum encontrar plantas de maxixe

crescendo de modo subespontâneo, cuja produção atende ao próprio consumo

doméstico e ao mercado. É cultivado de forma rasteira com os frutos em contato com o

solo, o que induz má coloração e depreciação comercial (FILGUEIRA, 2008).

A produtividade varia de acordo com a região do país e com a época de plantio

(MARTINS, 1986), alcançando 16 t/ha-1 na região Norte, e cerca de 10 t/ha-1 em São

Paulo, nos meses de setembro a fevereiro (MAPA, 2010). Kurihara et. al. (1993)

relatam que em Brasília, o período de entressafra ocorre nos meses de junho a outubro

quando se obtém as maiores cotações de preços, indicando um rendimento de seis a oito

t/ha-1 para a cultivar utilizada (Semi-liso). No estado do Maranhão, o maxixe é cultivado

o ano inteiro, com rendimento médio de 16 t/ha-1 na maior parte do ano sendo a área de

plantio reduzida no período chuvoso, quando o rendimento também diminuiu para oito a

dez t.ha-1 (RESENDE, 1998).

No Estado do Amazonas, a produtividade média está em torno de cinco toneladas

por hectare (IDAM, 2004) e pode ser encontrada fazendo parte dos cultivos

diversificados praticados pelos agricultores familiares, tanto em áreas de várzea como

em terra firme, onde é fácil constatar que os agricultores não possuem o amparo de

recomendações técnicas para a condução da cultura (CARDOSO et. al., 2012). Por

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16

outro lado, é na região Nordeste que se concentra a maior parte das áreas produtoras

dessa hortaliça, sendo plantada para fins de subsistência, em solo arenoso, e sem

maiores cuidados no cultivo (MAPA, 2010).

3.4 Características das cultivares

As sementes das cultivares de maxixe utilizadas neste experimento, são oriundas de

três regiões distintas: A cultivar do Norte é oriunda do Município de Farroupilha no

Estado do Rio Grande do Sul, a cultivar Nordestino é do Município de Petrolina no

Estado de Pernambuco e a cultivar regional do INPA é oriunda do Banco de Sementes

do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia em Manaus.

Segundo o fabricante, a cultivar do Norte é de clima quente, produz frutos com

epiderme espiculosa, de cor verde clara com 3 a 4 centímetros de diâmetro e 5 a 6

centímetros de comprimento. O ciclo da cultura é de aproximadamente 60 a 70 dias.

A cultivar Nordestino é de clima quente com frutos de coloração verde brilhante, de

formatos cilíndricos com espículos flexíveis na epiderme. O ciclo da cultura é de

aproximadamente 70 a 90 dias.

A cultivar regional do INPA é de clima quente com frutos caracterizados pela

ausência de espículos na epiderme e superfície costelada, com tamanhos e formas

variadas, com ciclo de aproximadamente 60 e 70 dias (PAIVA, 1994) .

De maneira geral, é uma planta monóica, anual de hábito indeterminado e prostrado

com folhas lobuladas, preferindo solos leves e soltos, com pH entre 5,5 a 6,5

(MODOLO; COSTA, 2003). Apresenta bom desenvolvimento em regiões com

temperaturas entre 20 e 35ºC, com características de considerável adaptabilidade a

condições adversas, como rusticidade e reduzida necessidade hídrica (GUIMARÃES et.

al., 2008).

3.4 Uso do tutoramento no cultivo de hortaliças fruto

O tutoramento consiste em colocar um tutor ou suporte, cuja função é auxiliar na

condução vertical das plantas e sua utilização promove melhor aproveitamento do

espaço ocupado pelas plantas, obtenção de frutos de melhor qualidade, além de diminuir

a incidência de doenças através da ventilação mais eficiente entre as plantas

(MODOLO; COSTA, 2003).

Os mais utilizados são: a) tutoramento com estacas ou varas de bambu a 1,7 m de

altura em forma de “V” invertido, esticando-se um arame na extremidade superior a

2,20 m apoiados por mourões que pode ser de madeira ou concreto (MAPA, 2013).

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Este método apresenta como desvantagem a aplicação deficiente de agrotóxicos nos

órgãos da planta que ficam localizados no interior do “V” invertido, tornando difícil o

controle de pragas e doenças; b) tutoramento com vara vertical, utilizando uma vara por

planta. Este método dispensa o uso de mourões e fios de arame e apresenta como

vantagem a aplicação mais eficiente de agrotóxicos nos dois lados da planta para o

controle de pragas e doenças (PICANÇO et. al., 1995), além da melhor distribuição da

radiação solar e melhor aeração ao longo do dossel das plantas; c) tutoramento com rede

agrícola com malhas de tamanho definido e que podem ser de arame galvanizado ou

fios de nylon, já disponível em comércio de produtos agropecuários. Apresenta como

vantagem a durabilidade das malhas galvanizadas, mas tem como desvantagem o custo

do material; d) tutoramento vertical com fios de ráfia, amarrando uma ponta na base da

planta e a outra ponta em um arame esticado aproximadamente a 2,20 de altura

apoiados por mourões de madeira ou concreto (MODOLO; COSTA, 2003).

Segundo Adriollo (1999), o tipo de tutoramento utilizado pode alterar a distribuição

da radiação solar que incide sobre as folhas da planta e a ventilação em torno das

mesmas, influenciando na umidade relativa e na concentração de gás carbônico

atmosférico entre e dentro das fileiras (GEISENBERG; STEWART, 1986)

consequentemente, contribuindo desta maneira para a produção de frutos de maior

tamanho e melhor qualidade.

Uma das principais metas da pesquisa tem sido a busca da modernização e maior

eficiência no processo de produção agrícola, para proporcionar aumento no rendimento

das culturas (PEREIRA, 2008). Por isso, é de extrema importância escolher e adotar um

sistema de condução que permita aeração mais adequada entre as plantas e melhor

aproveitamento da luminosidade, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento

da planta, havendo equilíbrio entre a parte vegetativa e a produtiva, produzindo frutos

de maior tamanho, qualidade e aumentando o rendimento da cultura (MUNIZ et. al.,

2011).

Ainda não há publicado na literatura, protocolos oficiais para o cultivo do maxixe na

forma tutorada, por isso é recomendado que se utilize os mesmos para a cultura do

pepino, pois ambos pertencem ao mesmo gênero e família botânica. Em busca do

aumento da produtividade e na ausência de informações sobre a condução do maxixeiro

de forma tutorada, os agricultores têm adaptado boa parte da tecnologia de cultivo do

melão e pepino, pois além de serem da mesma família, apresentam alto grau de

parentesco entre elas, obtendo resultados satisfatórios (MAPA, 2010).

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4. MATERIAL E MÉTODOS

Foram avaliados três sistemas de condução e plantas de maxixe: a) condução com

vara vertical; b) condução em espaldeira usando arame galvanizado com cinco fileiras

de fios espaçados a 30 cm; c) condução rasteira. Foram avaliadas três cultivares: a)

Norte: frutos com espículo (Feltrin®); b) Nordestino: frutos com espículo (Hortivale®) e

Maxixe Regional: frutos sem espículo, cultivar desenvolvida pelo Instituto Nacional de

Pesquisa da Amazônia (INPA).

Local do experimento

O clima da região Amazônica é classificado como tropical úmido, com umidade

relativa de 75-86% e precipitação média anual de 1.750 a 2.500 mm (OLIVEIRA et. al.,

2011), com duas estações distintas assim como na região de Manaus: a chuvosa,

estendendo-se de dezembro a maio, sendo os meses de março e abril os de maior

precipitação, e a estação seca, de junho a novembro, sendo setembro normalmente o

mês mais seco (BACCARO et. al., 2011). O solo da área experimental foi classificado

segundo a Embrapa (2006) em Latossolo amarelo de textura argilosa.

Foram realizados dois experimento: um cultivo nos meses de julho a setembro de

2013, período denominado regionalmente “verão” que corresponde a época mais seca

do ano e outro cultivo denominado “inverno” de março a junho de 2014, que

corresponde ao período mais chuvoso do ano, na Fazenda Experimental da

Universidade Federal do Amazonas (UFAM), localizada no Km 921 da BR-174, com

coordenadas 2º 38’ 57,6”S e 60º 3’ 11”W, com altitude de 96 m acima do nível do mar.

A área onde foram realizados os experimentos é classificada como Latossolo

Amarelo de acordo com os resultados obtidos pela análise química de 15 amostras de

solos coletadas na camada de 0 a 20 cm de profundidade, onde as características são

apresentadas na Tabela 1.

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Tabela 1. Análise química do solo na área da condução do experimento. Laboratório de Solos da

EMBRAPA AMAZÔNIA OCIDENTAL (2012).

pH (água) cmolc/dm³ mg/dm³ g/Kg

Ca Al (H+Al) P K M.O

5,61 2,0 0,00 3,98 7,0 39 45,19

Levando-se em conta os padrões de fertilidade do solo recomendados, foram

adotados os seguintes procedimentos: Para a correção da acidez, seguiu-se os protocolos

recomendados para a cultura do pepino, colocando 500g de calcário por cova, para

elevar a saturação das bases em 70% para atingir pH 6,0. O valor de 39 para o potássio

indica baixo teor deste nutriente no solo e o valor de 45,19 para a matéria orgânica,

indica que o solo é de textura argilosa. Não houve presença de teores de alumínio na

área experimental.

Preparo da área

Inicialmente foi feita uma roçagem e uma aragem para descompactar o solo e uma

gradagem da área experimental. A abertura de covas foi feita manualmente nas

dimensões 0,30 m x 0,30 m x 0,30 m.

Conforme os resultados da análise de solo, a adubação de plantio foi feita de acordo

com a recomendação para a cultura do pepino, utilizando 7 gramas de uréia, 26 gramas

de cloreto de potássio, 16 gramas de superfosfato simples e 1,5 kg de esterco curtido de

ave por cova.

Preparo das plantas

A semeadura foi realizada em tubetes de polietileno, tendo como substrato

comercial Vivatto®, composto por moinha de carvão vegetal, casca de pinus e turfa,

com pH de 5,6 segundo o fabricante, colocando-se quatro a cinco sementes por tubetes.

O transplantio para o campo foi feito quando as plantas apresentavam quatro folhas

definitivas, fazendo o desbaste e deixando uma planta mais vigorosa na cova, no

espaçamento de 2,0 m entre fileiras e 2,0 m entre plantas. Foram realizados tratos

culturais para a cultura, incluindo capinas com auxílio de enxada e uso de inseticida,

com duas aplicações de Decis® (7,0 mL/20 litros) para controle de pulgão (Aphis

gossipii), durante a condução do experimento na época chuvosa.

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20

O delineamento experimental foi em parcelas subdivididas contendo nove

tratamentos e três repetições, sendo as parcelas constituídas por três sistemas de

condução e as subparcelas as três cultivares de maxixe. A unidade experimental

(subparcelas) corresponde à área de 4 m2 ocupada por duas plantas com espaçamento de

2,0 m entre linhas e 2,0 m entre plantas.

Colheita

Os caracteres avaliados foram: a) Peso Médio de frutos (PMF), expresso em

grama/fruto. Foi estimado amostragem de 50% de frutos colhidos em cada etapa de

colheita; b) Comprimento de frutos (CF), expresso em mm, medindo-se o comprimento

longitudinal. Foi estimado amostra de 50% de frutos colhidos em cada etapa de colheita;

c) Diâmetro de frutos (DF), expresso em mm medindo-se o comprimento transversal.

Foi estimado amostra de 50% dos frutos em cada etapa da colheita; d) Número de frutos

(NF), expresso em número de frutos/4 m2 contando-se o número total de frutos em todas

as etapas da colheita, e Produção Total de Massa (PROD), expresso em t/ha-1. Foi

estimado 50 % do peso dos frutos colhidos em todas as etapas da colheita.

A colheita dos frutos foi efetuada aproximadamente 60 dias após a semeadura,

quando os frutos ainda estavam imaturos, de coloração verde intensa, num total de dez

colheitas, com intervalos de quatro dias. Os frutos colhidos manualmente, transportados

para o laboratório de Fitopatologia, onde foram avaliados. Para realização das análises

de variância e testes de médias foi utilizado o programa computacional GENES (CRUZ,

2006).

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21

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 2 estão apresentados os resultados da análise de variância dos caracteres

de frutos de maxixe em experimento realizado no período seco. Foram detectados

contrastes significativos para o caráter comprimento de frutos (CF) e diâmetro de frutos

(DF) entre as conduções. Em relação ao caráter número de frutos (NF), foram

observados contrastes significativos entre as cultivares havendo interação entre

condução e cultivar. Para a característica produção total de massa (PROD) ocorreram

contrastes significativos na interação sistema de condução e cultivares.

Tabela 2. Análise de Variância de caracteres de frutos de maxixe em experimento

realizado na Época Seca (julho/setembro). Fazenda Experimental da Universidade

Federal do Amazonas. Manaus. 2013.

Causas da

variação

Quadrados

G.L PF CF

Médios

DF NF

PROD

Blocos

2 39,9955 5,6647 2,0818 1845,25 1,4931

Condução (Tr. a)

2 101,9270 ns 38,5729** 8,8492* 191,0833 ns 2,5161 ns

Resíduo (a)

4 14,3532 0,8437 0,2784 681,2916 0,3040

Parcelas

8

Cultivar (Trat. b)

2 4,4451 ns 8,6485 ns 1,6408 ns 16617,33* 18,4058 ns

Interação A x B

4 15,8804 ns 3,8215 ns 1,2843 ns 2305,83* 4,9921**

Resíduo

Subparcelas

12 5,1808 1,6873

26

0,4259 538,1944 0,1362

Média geral

Cv% (parcelas)

Cv % (subparcelas)

31,91 52,04

11,8706 1,7649

7,1318 2,4958

33,19 108,44

1,5895 24,0691

1,9659 21,3925

3,61

15,2475

10,2075

* Significativo a nível de 5% de probabilidade pelo teste F.

** Significativo a 1% de probabilidade pelo Teste F.

GL (grau de liberdade); PF (peso dos frutos); CF (comprimento dos frutos); DF (diâmetro dos frutos); NF

(número de frutos) e PROD (produtividade)

Os testes comparativos das médias dos caracteres dos frutos de cultivares de maxixe

na condução com vara vertical podem estão inseridos na Tabela 3, apresentando

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22

diferenças significativas para todos os parâmetros avaliados exceto para número de

frutos.

A condução de hortaliças frutos com vara vertical é comum entre espécies de várias

famílias. Dentre as mais conhecidas está o pepino, tomate, pimentão e feijão-de-metro,

não havendo registros em literatura para a condução do maxixe para essa modalidade.

Estudos realizados por Modolo e Costa (2003) com duas cultivares de maxixe utilizando

fios de ráfia para a condução das plantas estimaram produtividade média de 29 t/ha-1

para maxixe comum e 35 t/ha-1 para maxixe paulista, resultados superiores obtidos neste

experimento cuja produtividade das três cultivares em vara vertical foi estimada em

15,1 t/ha-1.

Os referidos autores conduziram o experimento em casa de vegetação, utilizaram

fertirrigação por gotejamento e poda das sete primeiras brotações laterais, o que

provavelmente justifica a maior produtividade do referido experimento.

Tabela 3. Valores médios dos caracteres de frutos de maxixe na condução com vara

vertical na época seca: Peso médio de Frutos (PMF), Comprimento de Frutos (CF),

Diâmetro de Frutos (DF), Número de Frutos (NF) e Produção Total de Massa (PROD).

Condução

Cultivar PMF (g) CF (mm)

DF (mm) NF (un)

PROD

(t/ ha-1)

Vara

Norte 37,80 a 55,61 a

Nordestino 28,23 b 49,51 b

INPA 32,13 b 51,98 a

35,12 a 77,12 a

32,41 b 40,66 a

33,53 b 60,83 a

7,3 a

3,0 b

4,8 b

Algumas desvantagens foram verificadas neste trabalho na condução do maxixeiro

com vara vertical. A planta emite uma quantidade elevada de ramas laterais dificultando

a condução das mesmas em apenas um tutor. A haste principal do maxixeiro tem

desenvolvimento mais lento que as hastes secundárias e estas suplantam o

desenvolvimento da haste principal havendo uma forte supressão da dominância apical

e forte estímulo das brotações lateral e basal da planta (MODOLO; COSTA, 2003), fato

que pode estar diretamente relacionado à produtividade, pois as cultivares de maxixe se

mostraram mais produtivas na condução com espaldeira vertical e rasteiro (Fig. 5 e 6).

A quantidade elevada de hastes secundárias e terciárias emitidas pelas plantas

permaneceram sobrepostas uma sobre as outras causando sombreamento nas que

ficaram por baixo (Fig. 1).

Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível de

5% de significância pelo teste de Tukey.

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23

Provavelmente, as ramas das plantas que permaneceram sombreadas podem estar

diretamente relacionadas com a menor produtividade das cultivares na condução com

um tutor. Segundo Oliveira et. al., (2010) a eficiência na produção de fotoassimilados

sintetizados pelas plantas depende diretamente da eficiência na captação da luz solar útil

à fotossíntese, podendo maximizar a matéria seca disponível para produção de frutos.

Neste sistema de condução, a cultivar do Norte obteve maior média de

produtividade que as cultivares Nordestino e INPA. A cultivar do Norte obteve

produtividade estimada de 7,3 t/ha-1, a cultivar Nordestino 3,0 t/ha-1 e a cultivar INPA

4,8 t/ha-1.

De maneira geral algumas vantagens foram observadas na adoção deste sistema,

sendo a aparência dos frutos a mais importante. A coloração verde uniforme na

epiderme dos frutos sem ocorrência da barriga branca (Fig. 2 a, b) proporcionou um

aspecto mais saudável dos frutos. Segundo Leal et. al., (2000) a qualidade dos frutos de

maxixe em sistema de tutoramento reduz em 95% a ocorrência da barriga branca.

Quando cultivado em sistema rasteiro, os frutos em contato com o solo ficam mais

susceptíveis aos ataques por microorganismos, o que não ocorre no cultivo tutorado,

onde os frutos ficam suspensos.

Figura 2. a-Frutos conduzidos em vara vertical; b- Frutos conduzidos rasteiros.

Fig. 2 a- coloração uniforme na epiderme dos frutos.

Figura 1. Ramas secundárias e terciárias do maxixeiro na condução com vara.

vertical.

b a

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24

A facilidade na colheita e a realização dos tratos culturais também se mostrou

vantajoso no cultivo tutorado do maxixe, como capinas manuais e aplicação de

agrotóxicos quando necessário.

O tutoramento com vara vertical possibilita o aumento no número de plantas por

unidade de área, sendo possível diminuir o espaço entre as plantas, podendo ser

vantajoso para aqueles que demandam de poucos espaços em suas propriedades.

Na Tabela 4 estão inseridos os testes comparativos de médias de frutos de cultivares

de maxixe na condução em espaldeira vertical. Houve diferenças significativas para as

características peso, comprimento e diâmetro dos frutos e produtividade. A cultivar do

Norte obteve as maiores médias para as características peso e diâmetro de frutos, com

35,83 g e 33,84 mm respectivamente. Para a característica comprimento dos frutos, a

cultivar INPA obteve maior média com 52,21 mm de comprimento longitudinal.

Tabela 4. Valores médios dos caracteres de frutos de maxixe na condução em espaldeira

na época seca: Peso médio de Frutos (PMF), Comprimento de Frutos (CF), Diâmetro de

Frutos (DF), Número de Frutos (NF) e Produção Total de Massa (PROD).

Condução

Cultivar PMF (g) CF (mm)

DF (mm) NF (un)

PROD

(t/ ha-1)

Espaldeira

Norte 35,83 a 51,49 ab

Nordestino 27,14 b 49,96 b

INPA 31,67 ab 52,21 a

33,84 a 140,00 a

31,64 b 119,33 a

33,46 b 117,33 a

12,5 a

8,0 b

9,5 b

Médias seguidas pelas mesmas letras na vertical não diferem estatisticamente entre si ao nível

de 5% de significância pelo teste de Tukey.

Com relação à produtividade, a cultivar do Norte obteve média estimada em 12,5

t/ha-1, a cultivar Nordestino, 8,0 t/ha-1 e a cultivar INPA, 9,5 t/ha-1, ficando evidenciado

que a cultivar do Norte obteve maiores produtividades na condução com vara vertical e

espaldeira.

Enquanto que na condução com vara vertical as ramas das plantas se concentraram

em torno de um único tutor, na condução em espaldeira vertical, todas as hastes das

plantas ficaram bem distribuídas ao longo dos fios, tanto na direção horizontal quanto

na vertical (Fig. 3), possibilitando maior captação da luz solar e aeração mais adequada

às plantas, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento da mesma.

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25

Segundo Muniz et. al. (2011), a escolha do tipo de condução a ser utilizado para as

plantas é de extrema importância, pois tem que haver equilíbrio entre a parte vegetativa

e produtiva, implicando na produção de frutos de maior tamanho e qualidade e aumento

na produtividade da cultura, fato observado no sistema de tutoramento com espaldeira

neste trabalho.

Modolo e Costa (2003) realizaram experimento com cultivar de maxixe paulista

tutorados em rede agrícola estimaram produtividade média de 36,5 toneladas por

hectare, resultado semelhante obtido neste trabalho, onde a produtividade média das

cultivares na condução em espaldeira foi estimada em 30 toneladas por hectare.

Segundo os autores, a rede agrícola facilitou a distribuição das ramas da planta na

direção vertical e horizontal, permitindo maior captação da luz solar.

O sistema de condução em espaldeira vertical se mostrou uma boa opção para o

cultivo de maxixe na forma tutorada, principalmente porque possibilita aumento na

produtividade e melhor aparência dos frutos (Fig. 4), onde os mesmos ficam suspensos

sem contato com o solo, adquirindo coloração verde intensa em toda epiderme do fruto.

Um aspecto importante a ser mencionado é quanto à colheita dos frutos, pois os

mesmos ficam suspensos e visíveis facilitando e demandando menor tempo de colheita.

Outro aspecto está relacionado aos tratos culturais, como aplicação de produtos

fitossanitários e controle de plantas daninhas através de capinas manuais com auxílio de

Figura 3. Condução em espaldeira vertical.

Figura 4. Frutos de maxixe conduzido em espaldeira vertical.

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enxada ou de roçadeira, o risco de ferimentos em partes da planta é praticamente nulo,

devido as ramas das plantas permanecerem suspensas. Vale ressaltar que a possibilidade

de ocorrer pisoteio nas ramas das plantas no momento de realizar qualquer atividade na

área de plantio é praticamente inexistente.

Algumas desvantagens foram observadas na adoção do sistema em espaldeira para a

condução do maxixe, principalmente quanto ao valor dos materiais, o que implicará em

custos iniciais, porém é importante ressaltar que o material tem vida útil relativamente

longa, permitindo fazer rotação com outras culturas por longos períodos.

Na tabela 5 encontram-se os testes comparativos de médias de frutos de cultivares

de maxixe na condução rasteira. Para a característica comprimento de frutos (CF) e

diâmetro de frutos (DF) a cultivar regional INPA obteve maior média com 53,84 mm de

comprimento longitudinal e 33,65 mm de comprimento transversal. Houve diferenças

significativas para os caracteres número de frutos (NF) e produção de massa (PROD)

entre as cultivares.

Tabela 5. Valores médios dos caracteres de frutos de maxixe na condução rasteira na

época seca: Peso médio de Frutos (PMF), Comprimento de Frutos (CF), Diâmetro de

Frutos (DF), Número de Frutos (NF) e Produção Total de Massa (PROD).

Condução Cultivar PMF (g) CF (mm) DF (mm) NF (un) PROD

(t/ ha-1)

Rasteira

Norte 31,65 a 53,24 ab

Nordestino 29,79 a 50,43 b

INPA 32,69 a 53,84 a

32,90 ab 102,00 b

32,17 b 155,83 a

33,67 a 163,00 a

8,2 c

11,6 b

16,2 a

A média de produtividade das cultivares foi de 8,2 t/ha-1 para a cultivar Norte, 11,6

t/ha-1 para a cultivar Nordestino e 16,2 t/ha-1 para a cultivar INPA, com produtividade

total estimada em 36 t/ha-1, resultados bem superiores encontrados por Filgueira (2008),

e Pimentel (1985) onde os autores estimaram produtividade média em torno de 5 t/ha-1 .

Na condução do maxixeiro na forma rasteira, as ramas das plantas ficaram distribuídas

uniformemente sobre o solo, resultando em maior captação da luz solar. De acordo com

Gonzalez-Sanpedro et. al., (2008) o aumento da área foliar propicia aumento na

capacidade da planta em aproveitar a energia solar, visando à realização da fotossíntese

e, desta forma pode ser utilizada para avaliar a produtividade, ou seja, a planta

produzindo maior quantidade de fotoassimilados consequentemente haverá aumento de

produtividade.

Médias seguidas pelas mesmas letras na vertical não diferem estatisticamente entre si ao nível de 5% de

significância pelo teste de Tukey.

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27

Na cultura do pepino, Resende e Flori (2004) avaliando a produtividade de

cultivares de pepino enfatizaram que a produção dos frutos depende diretamente do

comportamento vegetativo da planta, que é responsável pela produção de assimilados e

aumento da produtividade. Em estudo realizado com a cultura do pepino, Zago (2004)

observou que o genótipo Seiriki reduziu a produtividade em 18 t/ha-1 em função da

baixa incidência da luz solar durante a condução do experimento.

De acordo com Martins (1986), o plantio de maxixe na forma rasteira vem sendo

praticado pelos agricultores familiares ao longo dos anos, tanto em áreas de várzea ou

de terra firme, onde os frutos ficam em contato com o solo, o que induz má coloração e

depreciação comercial, principalmente pelo fato dos frutos em contato direto com o

solo, ocasiona o aparecimento do fenômeno denominado “barriga branca” (Fig. 5). Este

fenômeno ocorre porque a parte do fruto que fica em contato com o solo não recebe luz

solar, ficando de coloração esbranquiçada.

Figura 5. Barriga branca em frutos de maxixe na condução rasteira.

A principal vantagem do cultivo do maxixe na condução rasteira é o baixo custo na

adoção deste sistema, porque o maxixeiro sendo uma planta rústica demandará menores

custos ao agricultor que terá despesas apenas com aquisição de sementes e adubos.

Algumas desvantagens devem ser ressaltadas, sendo a principal relacionada à qualidade

na aparência dos frutos. Além da barriga branca, os frutos ficam susceptíveis aos

ataques por microorganismos do solo, resultando em perdas de alguns frutos (Fig. 6).

Figura 6. Fruto atacado por micro-organismos do solo.

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No cultivo rasteiro, os frutos permanecem encobertos pelas folhagens da planta

ocasionando dificuldade na colheita, fato evidenciado neste trabalho, refletindo em

tempo mais prolongado de colheita dos frutos, além do pisoteio que ocorre nas ramas da

planta.

Conforme observado na figura 7, o número de frutos por parcela das cultivares ficou

evidenciado nos diferentes sistemas de condução, onde a cultivar Norte obteve maior

número de frutos na condução com espaldeira vertical com 140 frutos/parcela. As

cultivares Nordestino e INPA obtiveram maiores médias na condução rasteira, com

155,83 e 163,00 frutos/parcela respectivamente.

Figura 7. Número de frutos de cultivares de maxixe em diferentes sistemas de condução

na época seca.

Na figura 8 estão inseridos os dados da produtividade das cultivares de maxixe nos

diferentes sistemas de condução. Na condução em vara vertical, a cultivar do Norte

obteve maior média com 7,3 t/ha-1, a cultivar Nordestino 3,0 t/ha-1 e a cultivar INPA

4,8 t/ha-1. Na condução em espaldeira, a cultivar do Norte obteve maior média com 12,5

t/ha-1, a cultivar Nordestino 8,0 t/ha-1 e a cultivar INPA 9,5 t/ha-1

Na condução rasteira a maior produtividade média foi obtida pela cultivar INPA

com 16,2 t/ha-1, a cultivar Nordestino obteve 11,6 t/ha-1 e a cultivar do Norte 8,2 t/ha-1.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Norte Nordestino INPA

vara

espaldeira

rasteiro

Cultivares de maxixe

Núm

ero d

e fr

uto

s/par

cela

Condução

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29

Figura 8. Produtividade de cultivares de maxixe em diferentes sistemas de condução na

época seca.

Dentre as cultivares estudadas, a cultivar regional INPA obteve maior média de

produtividade na condução rasteira com 16,2 t/ha-1.

A variabilidade em 64 progênies de frutos de maxixe regional com epiderme sem

espículos foi avaliada por Paiva (1984) e os resultados indicaram que existe

variabilidade suficiente para ser explorada no melhoramento de alguns caracteres de

interesse agronômico, onde a produção e número de frutos se mostraram elevadas. A

maior média de produtividade da cultivar regional INPA no sistema rasteiro pode estar

relacionada com a adaptabilidade às condições climáticas da região amazônica, já que

esta hortaliça vem sendo estudada há algum tempo por pesquisadores locais. Paiva

(1994) avaliando parâmetros de dezenove progênies de maxixe regional encontrou altos

valores de herdabilidade para número de frutos e produtividade.

Uma característica importante entre os frutos das cultivares é quanto à presença e

ausência de espículos, fato que pode ser interessante no preparo dos mesmos na

culinária, cujos frutos com espículos são raspados, ressaltando que a cultivar INPA

possuem frutos totalmente lisos, o que facilita o preparo dos mesmos. Entretanto,

Pimentel (1985) ressalta que os frutos de maxixe comercializados livremente em

mercados e feiras livres na Amazônia não há preferência pelos consumidores entre

frutos com espículos e sem espículos.

Na Tabela 6 estão inseridos dados da análise de variância de frutos das cultivares de

maxixe na época chuvosa. Para característica peso de frutos (PF) os resultados mostram

significância ao nível de 1% de probabilidade pelo Teste F e 5% de probabilidade para

comprimento de frutos (CF) dentro da parcela. Para característica produtividade total de

0

5

10

15

20

Norte Nordestino INPA

vara

espaldeira

rasteiro

Cultivares de maxixe

Pro

duti

vid

ade:

t/h

a-1

Condução

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30

massa (PROD) observa-se significância ao nível de 1% de probabilidade pelo Teste F

na parcela.

Dentro da subparcelas houve significância ao nível de 5% de probabilidade pelo

Teste F para característica peso total de massa (PROD).

Tabela 6. Análise de Variância de caracteres de frutos de maxixe em experimento

realizado na época chuvosa (maio/junho). Fazenda Experimental da Universidade

Federal do Amazonas. Manaus, 2013.

Causas da

variação Quadrados Médios

GL PF CF DF NF PROD

Blocos

2 39,6576 13,3780 2,5494 304,7037 0,5124

Condução (Tr. a)

2 91,8512** 50,5899* 18,6579 ns 630,7870 ns 1,6261**

Resíduo (a)

4 9,9035 8,5634 7,7306 283,9814 0,3737

Parcelas

8

Cultivar (Trat. b)

2 0,5710 ns 13,5698 ns 4,5811 ns 8229,84* 7,4171*

Interação A x B

4 3,8282 ns 3,3727 ns 1,1117 ns 733,0370 ns 0,6614 ns

Resíduo

Subparcelas

12

26

13,7385

10,3200

04,2052 371,444 0,4945

Média geral

Cv (parcelas)

Cv (subparcelas)

29,53

10,6551

12,5496

50,95

5,7434

6,305

31,96

8,6992

6,416

57,68

29,2133

33,4105

1,74

35,0438

40,3133

* Significativo a nível de 5% de probabilidade pelo teste F.

** Significativo a 1% de probabilidade pelo Teste F.

GL (grau de liberdade); PF (peso dos frutos); CF (comprimento dos frutos); DF (diâmetro dos frutos); NF

(número de frutos) e PROD (produtividade)

Na Tabela 7 estão inseridos os testes comparativos de médias dos caracteres de

frutos de cultivares de maxixe conduzido com vara vertical na época chuvosa. Para a

característica peso de frutos (PF) a cultivar do Norte obteve maior média entre as

cultivares. Não foram observadas diferenças significativas para as demais características

avaliadas.

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31

Tabela 7. Valores médios dos caracteres de frutos de maxixe na condução com vara

vertical na época chuvosa: Peso médio de Frutos (PMF), Comprimento de Frutos (CF),

Diâmetro de Frutos (DF), Número de Frutos (NF) e Produção Total de Massa (PROD).

Condução Cultivar PMF (g) CF (mm) DF (mm) NF (un) PROD

(t/ha1)

Vara

Norte 34,25 a 54,35 a

Nordestino 25,34 b 47,61 a

INPA 28,94 ab 50,95 a

34,36 a 35,00 a

31,16 a 25,50 a

32,11 a 14,50 a

2,9 a

1,6 a

1,0 a

Na Tabela 8 estão inseridos os caracteres de frutos de cultivares maxixe conduzidos

em espaldeira vertical, na época chuvosa. Não houve diferenças significativas para

todos os parâmetros avaliados.

Tabela 8. Valores médios dos caracteres de frutos de maxixe na condução espaldeira

vertical na época chuvosa: Peso médio de Frutos (PMF), Comprimento de Frutos (CF),

Diâmetro de Frutos (DF), Número de Frutos (NF) e Produção Total de Massa (PROD).

Condução Cultivar PMF (g) CF (mm) DF (mm) NF (un) PROD

(t/ ha-1)

Espaldeira

Norte 32,39 a 51,98 a

Nordestino 27,65 a 48,62 a

INPA 29,35 a 48,53 a

33,30 a 72,50 a

29,85 a 61,33 a

30,34 a 56,33 a

6,0 a

4,2 a

4,1 a Médias seguidas pelas mesmas letras na vertical não diferem estatisticamente entre si ao nível

de 5% de significância pelo teste de Tukey.

Os dados da Tabela 9 referem-se aos testes comparativos de médias de frutos de

cultivares de maxixe na condução rasteira na época chuvosa. Para a característica

número de frutos (NF) a cultivar regional INPA obteve maior média entre as cultivares.

na época chuvosa, onde não foram observadas diferenças estatísticas para as demais

características avaliadas.

Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível de

5% de significância pelo teste de Tukey.

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32

Tabela 9. Valores médios dos caracteres de frutos de maxixe na condução rasteira na

época chuvosa: Peso médio de Frutos (PMF), Comprimento de Frutos (CF), Diâmetro

de Frutos (DF), Número de Frutos (NF) e Produção Total de Massa (PROD).

Condução Cultivar PMF (g) CF (mm) DF (mm) NF (un) PROD

(t/ ha-1)

Rasteira

Norte 32,10 a 54,40 a

Nordestino 26,71 a 50,68 a

INPA 29,07 a 51,41 a

32,99 ab 89,16 ab

31,23 a 59,33 b

32,27 a 105,00 a

7,2 a

4,0 a

7,7 a Médias seguidas pelas mesmas letras na vertical não diferem estatisticamente entre si ao nível

de 5% de significância pelo teste de Tukey.

Os dados da figura 9 referem-se ao número de frutos das cultivares de maxixe em

diferentes sistemas de condução, na época chuvosa. A cultivar Norte obteve maior

média de frutos na condução rasteira, com 89,16 frutos/parcela. A cultivar Nordestino

obteve maiores médias na condução em espaldeira com 61,33 frutos/parcela e a cultivar

INPA obteve maior média de frutos na condução rasteira com 105 frutos/parcela.

Figura 9. Número de frutos de cultivares de maxixe em diferentes sistemas de condução na

época chuvosa.

Na figura 10 estão inseridos os dados de produtividade das cultivares de maxixe em

diferentes sistemas de condução, na época chuvosa. A cultivar Norte obteve maior

média de produtividade na condução rasteira com 7,6 toneladas por hectare, a cultivar

Nordestino obteve maior média de produtividade na condução em espaldeira com 4,1

toneladas por hectare e a cultivar INPA obteve maior média de produtividade na

condução rasteira com 7,7 toneladas por hectare.

0

20

40

60

80

100

120

Norte Nordestino INPA

vara

espaldeira

rasteiro

Condução

Cultivares de maxixe

Núm

ero d

e fr

uto

s/par

cela

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33

Figura 10. Produtividade de cultivares de maxixe em diferentes sistemas de condução

na época chuvosa.

Foi realizado análise de variância conjunta em dois ambientes (época seca e

chuvosa) para os caracteres de frutos de cultivares de maxixe Os dados estão inseridos

na Tabela 10. Nota-se que ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F, foram

observados contrastes significativos para os seguintes caracteres: peso de frutos (PF)

nas cultivares e nas conduções; diâmetro de frutos (DF) entre cultivares e conduções;

número de frutos (NF) na condução e época de cultivo e produção total de massa

(PROD) na época de cultivo. Ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F, foram

observados contrastes significativos para produção total de massa (PROD) nas

conduções, havendo interação entre conduções, cultivares e épocas de cultivo.

Tabela 10. Análise de Variância Conjunta de dois ambientes (estação seca e chuvosa) para

caracteres de frutos de maxixe. Fazenda Experimental da Universidade Federal do

Amazonas. Manaus. 2013.

Causa da Variação

G.L.

Quadrados Médios

PF CF DF NF PROD

Blocos/Ambiente 12 18,8286 9,0805 2,1695 560,3518 0,4802

Cultivar (G) 2 191,7056* 79,4616ns 24,6767ns 487,6712ns 3,3324ns

Condução (A) 1 76,4932* 16,2251ns 20,5720ns 34782,7824* 47,3016**

Época de cultivo (L) 2 2,4792ns 19,95,65ns 4,9058ns 23911,8657* 24,5779*

G x A 2 2,0726ns 9,7012ns 2,8305* 334,1990ns 0,8098ns

G x L 4 13,5496ns 5,7042ns 2,0334ns 1678,5185ns 3,4735ns

A x L 2 2,5369n. 2,2618ns 1,3161ns 935,3101ns 1,2450ns

G x A x L 4 6,1590ns 1,4901ns 0,3625ns 1360,3518ns 2,1799**

Resíduo 24 10,1425 4,6182ns 2,9515 514,6851 0,3553

*Significativo a nível de 5% de probabilidade pelo teste F

**Significativo a nível de 1% de probabilidade pelo teste F

GL (grau de liberdade); PF (peso dos frutos); CF (comprimento dos frutos); DF (diâmetro dos frutos); NF

(número de frutos) e PROD (produtividade).

0

2

4

6

8

Norte Nordestino INPA

vara

espaldeira

rasteiro

Condução

Cultivares de maxixe

Pro

duti

vid

ade

: t/

ha-

1

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Os testes comparativos das médias dos caracteres de frutos de maxixe na época seca

e chuvosa estão inseridos na tabela 11.

Entre todas as características avaliadas, observa-se que houve diferenças estatísticas

para número de frutos (NF) e produção total de massa (PROD), onde as três cultivares

obtiveram maiores médias no período seco. Segundo Oliveira et. al. (2011), a região

Amazônica possui duas estações distintas, a seca que compreende os meses de junho a

novembro e a estação chuvosa que vai de dezembro a maio, com precipitação média

anual de 1750 a 2500 mm. De acordo com Pimentel (1985), no cultivo convencional do

maxixeiro, existem variações quanto à produtividade, dependendo da época e local de

cultivo.

Tabela 11. Valores médios dos caracteres de frutos de maxixe na época seca e chuvosa:

Peso médio de Frutos (PMF), Comprimento de Frutos (CF), Diâmetro de Frutos (DF),

Número de Frutos (NF) e Produção Total de Massa (PROD).

Cultivar

Período PMF (g) CF (mm)

DF (mm) NF (un)

PROD

(t/ha-1)

Norte

Nordestino

INPA

Seco 35,09 a 53,45 a

Chuvoso 32,91 a 53,58 a

Seco 28,39 a 49,67 a

Chuvoso 26,56 a 48,97 a

Seco 32,25 a 53,02 a

Chuvoso 29,12 a 50,30 a

33,95 a 106,38a

33,55 a 65,55 b

32,07 a 105,22a

30,75 a 48,88 b

33,54 a 113,72a

31,57 a 58,61b

9,3 a

5,3 b

7,5 a

3,2 b

10,2 a

4,2 b Médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível

de 5% de significância pelo teste de Tukey.

A menor produtividade das cultivares de maxixe na época chuvosa observados neste

experimento pode estar associada entre outros fatores, à falta de polinização das flores

femininas onde se observou abortamento em grande parte das flores, resultando em

falha na frutificação durante a condução do experimento (Fig.11).

Em um estudo com produtividade de melancia, Resende et. al. (2010) observou que

durante a floração das plantas, o excesso de chuva prejudicou a polinização, danificando

as flores e prejudicando a ação dos polinizadores. De acordo com Augusto (2003), a

polinização auxilia a formação de frutos e sementes, aumentando a produtividade

agrícola e que a ação generalista da abelha Appis melífera é extremamente importante

para aumentar a produção de diversas culturas.

Na época de maior intensidade de chuvas, as plantas são atacadas com maior

intensidade por pragas e doenças (BACCI et. al., 2006), o que favorece a menor ação

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dos insetos polinizadores e lavagem do pólen. O ataque de pragas e doenças, quando em

grau elevado, causa grande diminuição na área foliar das plantas, afetando diretamente

na fotossíntese e comprometendo a produção de fotoassimilados e sua distribuição pela

planta, prejudicando o desenvolvimento, podendo ser a causa do abortamento de flores.

(BACCI, 2006; BARROS, 2010).

Na Tabela 12 estão inseridos os dados de produção total de massa das cultivares de

maxixe em diferentes sistemas de cultivo em duas épocas.

Tabela 12. Valores médios do caráter Produção Total de Massa (PROD) de frutos de

maxixe em cultivo nas épocas seca e chuvosa.

Cultivares

Condução

Vara Espaldeira Rasteiro

Norte

Nordestino

INPA

5,1 Ba 9,3 Aa 7,7 ABb

2,3 Ba 6,5 Ab 7,8 Ab

2,9 Ca 6,8 Bab 11,9 Aa

Médias seguidas das mesmas letras maiúsculas na horizontal e mesmas letras minúsculas na

vertical não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

De maneira geral, considerando as duas épocas de cultivo (seca e chuvosa), o

sistema de cultivo rasteiro proporcionou maior produtividade total de massa. Por outro

lado, a cultivar INPA quando cultivada no sistema de condução rasteiro apresentou

maior produtividade total de massa considerando as duas épocas de cultivo.

Supõe-se que a adaptabilidade genética desta cultivar às condições do trópico úmido

seja uma consequência do processo de melhoramento ter ocorrido nas condições

ambientais da Amazônia.

Figura 11. Falha na frutificação devido à ausência de polinização na época chuvosa.

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6. CONCLUSÃO

A produtividade das plantas de maxixe variou em função do tipo de condução, da

cultivar estudada e da época de cultivo, sendo a cultivar regional INPA a que

proporcionou maior produção total de massa na condução rasteira, tanto na época seca

quanto na época chuvosa.

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