produÇÃo de vagens de algaroba -...

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151 PRODUÇÃO DE VAGENS DE ALGAROBA 1 Paulo César Fernandes Lima RESUMO Este trabalho analisa a produtividade de árvores de Prosopis juliflora (SW) D.C. adultas, plantadas em área de perímetro irri- gável da Estação Experimental de Bebedouro Petrolina-PE, em função das variações climátl cas locais. Foram observadas nove árvores, d~ rante três anos. De cada árvore, foram toma- dos, aleatoriamente, 40 frutos para determin~ ção do teor de umidade, , tamanho, peso, numero de sementes e porcentagem de polpa por fruto. A produção média de frutos por árvore foi de 78,275 kg/ano; com vagens medindo 15,46 + 1,60 em; peso de 5,700 g. e teor de umidade de 10,31%, quando maduros e ao cair ao solo. O número de frutos maduros por quilo foi 176 1 Engº Florestal, Msc, Pesquisador da EMBRAPA/ CPATSA, Caixa Pdstal, 23 - 56.300-Petrolina- PE.

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PRODUÇÃO DE VAGENS DE ALGAROBA

1Paulo César Fernandes Lima

RESUMOEste trabalho analisa a produtividade

de árvores de Prosopis juliflora (SW) D.C.adultas, plantadas em área de perímetro irri-gável da Estação Experimental de BebedouroPetrolina-PE, em função das variações climátlcas locais. Foram observadas nove árvores, d~rante três anos. De cada árvore, foram toma-dos, aleatoriamente, 40 frutos para determin~ção do teor de umidade, ,tamanho, peso, numerode sementes e porcentagem de polpa por fruto.A produção média de frutos por árvore foi de78,275 kg/ano; com vagens medindo 15,46 +

1,60 em; peso de 5,700 g. e teor de umidadede 10,31%, quando maduros e ao cair ao solo.O número de frutos maduros por quilo foi 176

1 Engº Florestal, Msc, Pesquisador da EMBRAPA/CPATSA, Caixa Pdstal, 23 - 56.300-Petrolina-PE.

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vagens, contendo em média, 20 sementes. Encontrou-se correlação significativa entre os da-dos climáticos, Temperatura (r = 0,441P 0,0001), Umidade Relativa (r = -0,546P 0,0001), Precipitação (r = -0,303P 0,0014) e NQ dia de chuva (r -0,385P 0,0001), e a área de copa (r 0,429P 0,0001) com a produção de vagens de alga-roba.

1. INTRODUÇÃO

Utilizada em programas de reflorestamento em regiões semi-áridas do mundo, a alg~robeira (Prosopis juliflora (SW) De), além defornecer lenha, estaca e carvão, tem sua im-portância econômica e social para o Nordeste,alicerçada na utilização de suas vagens comoalimento para os animais e alimentação huma-na.

Espécie de rápido crescimento, a al-garobeira começa a frutificar entre dois aquatro anos de idade (GOMES, 1961; MELO, 1966;

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FERLIN, 1978). Em Petrolina-PE, plantas def. juliflora, f. pallida e f. velutina, espa-çadas de 6 x 6 m, produziram em média 428,84;232,09 e 9,64g de vagens, respectivamente, emsua primeira frutificação, aos dois anos deidade (LIMA, 1986).

No Rio Grande do Norte, em povoamen-tos de 30, 20 e 5ha de algarobeiras, foramencontradas produções de vagens de 1,5; 1,8 e2,2t/ha/ano (ALGAROBA, 1981). Para as condi-ções do Nordeste brasileiro, com diversifica-ção de fertilidade, textura e profundidade dosolo e plantações sem manejo adequado, as pr~duções de algároba são diversas. Estimativasvariam de 2 a 8 t de fruto/ha/ano (NOBRE1982; AZEVEDO, 1982).

Segundo FELKER et al (1982), estima-tivas de produções de vagens de Prosopis na-turais e plantadas, variam de 14 a 12000 kg/ha/ano, com até 140 kg por árvore. No Texas,Estados Unidos, FELKER (1982) encontrou variações na produção de vagens dentro de ~proge -

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nies. ao final do quinto ano de crescimento.Em P. velutina, a mais alta produtora de va-gens, as produções variaram de 0,0 a 12,6 kg/,arvores. Em Piura-Peru, VALDIVIA (1982), con-cluiu que, com árvores selecionadas de P.palJida, pode-se obter uma produção média devagens entre 60 a 80 kg/árvore/ano.

No Pampa do Tamarugal, pesquisas re-velam que o uso de inseticidas no controle depragas que atacam a inflorescência e frutosnovos de f. tamarugo e f. alba são eficazesno aumento de produções de vagens. Árvorestratadas alcançaram produções de 160 kg/ano ,enquanto as sem tratamento, apenas 10 kg/ano(FERREIRA, 1982).

Segundo KARLIN & DIAZ (1984), exis-tem, na Argentina, estimativas de produção defrutos de algaroba que oscilam de 5 a 100 kg/árvore/ano, de acordo com a regiao, especie ,ano e densidade de plantas. Assim, uma seriede fatores pode determinar uma maior ou menorprooução de frutos em algarobeiras: variabilidi'io,:, genética entre árvores, idade, espaçame,Q.

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~to, ocorrencia de pragas e doenças, qualidadede sitio e variações climáticas durante o es-tágio de desenvolvimento da planta.

o presente trabalho tem por objetivoanalisar a produção de vagens em algarobeirasadultas, plantadas em área de perimetro irri-gável, em função das variáveis climáticas.

2. MATERIAL E MÉTODOS

,A pesquisa foi realizada na area doperimetro irrigável da Estação Experimentalde Bebedouro, Petrolina-PE, pertencente aoCentro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido (CPATSA). O clima, segundo classifi-cação de Koppen, é do tipo Bshw, semi-áridoquente, regime de chuvas no verão. Os dadosclimáticos ocorridos no periodo de experimen-tação, maio de 1983 a abril de 1986, estão

,descritas na Tabela 1. O solo da area de pla~tio é do tipo latossolo arenoso.

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~(J1(j)

TABELA 1. Dados climáticos observados na Estação Experimental deBebedouro, no periodo de maio de 1983 a abril de 1986.

DISCRIMINAÇÃO ANO DE OBSERVAÇÃO1 2 3

Temperatura Média °c I 28,2 I 25,2 I 24,9Precipitação (mm)

I569,1

I275,2

I616,4

NQ dias de chuva 59 81 73Umidade Relativa (%) I 63,5 I 70,0 I 68,5

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A experimentação constituiu-se deobservações feno1ógicas quanto a época de f10ração e frutificação em a1garobeiras (~.ju1iflora), aos 15, 16 e 17 anos de idade eno estudo da correlação do Peso da MatériaFresca dos frutos com os valores médios deprecipitação, temperatura, número de dias dechuva e umidade relativa ocorridos durante osmeses do ano, nos três periodos de observa

~çoes.,Das 35 arvores presentes no povoame~

to, nove foram selecionadas fenotipicamenteem função do tamanho da copa, cujas caracte -risticas estão na Tabela 2. De cada árvoreforam tomados, aleatoriamente, 40 frutos paradeterminação do teor de umidade, peso, ,nume-ro de sementes e porcentagem de polpa por fruto.

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TABELA 2. Caracteristicas fisicas das arvores utilizadas para observações fenológicas e de produção, aos 15 anos de i-

dade.I-'(J1co

Nº da I AI tura I Area ba s a l Area de Copa I D.A.P.arvore I (rn ) I (m2

) ("Tl'\ Z ) I (Yl"I )

I

1 7,7 0,1146 55,5 0,492 13,0 0,1790 109,0 0,573 11,0 0,2140 50,9 0,664 7,0 0,0522 71,6 0,455 10,9 0,3183 169,1 1,326 9,2 0,2114 101,9 0,787 11,2 0,2783 145,9 0,768 10,5 0,2465 82,9 0,66~1 11,5 0,3476 126,3 1,06

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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na Figura 1, onde estão traçadas asmédias de precipitação, temperatura e umidaderelativa, constata-se a produção média de frutos em todos os meses do ano. A partir de ja-neiro, ate o final do segundo trimestre, háum declinio da produção de vagens, que voltaa aumentar consideravelmente a partir de ju-nho, quando a pluviosidade cai e a umidade relativa começa a diminuir. O aumento da umida-de relativa e a diminuição de produção de va-gens ocorreram a partir de novembro,com~çam as primeiras chuvas na região.

A produção média de frutos foi de

quando

78,275 kg/árvore/ano, tendo plantas com prod~ções de vagens variando entre 4,678 a

192,840 Kg/ano, com oscilações de ano paraano (Tabela 3). Segundo KARLIN & DIAZ (1984),as chuvas do ano anterior influenciam sobrea reserva de hidrato de carbono, e chuvas du-rante o ano sobre a produção de flores, en-quanto que a temperatura, sobre as fases feno

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MesesF/G, 1, Produçdo mensol de frufos de olgaroba carre/acionando com dados metereotoqicos em

Pafrolmo· Pé ( medio de 3 anos)

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lógicas. No segundo periodo de observação, aprecipitação e produção média de frutos forammaiores (Tabelas 1 e 3).

A maior produção de vagens ocorreunos dois últimos trimestres do ano (Tábela 4),periodo seco na região, estando a carga maxi-ma de produção concentrada nos meses de setembro, outubro e novembro.

Houve uma correlação significativada produção de vagens com os dados climáticosda região. Os valores encontrados para os co~ficientes de correlação estão demonstrados naTabela 5. Alta temperatura e baixas precipit~ções, número de dias de chuva e umidade rela-tiva estimularam a produção de vagens. FELKERet al (1982) também observaram influênciasdos dados climáticos na produção de vagens deProsopis.

Relativo a produtividade individual,, 2arvores com copas superiores a 90m tiverammaiores produções de vagens, sendo a produ-ção média por copa de 0,826 ~ 0,411 kg/m2. En

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Tabela 3. Produções de vagens de algaroba, em arvores plantadasna Estação Experimental de Bebedouro, aos 15, 16 e 17anos de idade.

;-J)I\)

Arvore A N O M É D I AD E O B S E R V A ç Ã O1 32

1 14,6282 107,841

4,67844,145

116,36083,82761,69311,95387,306

3

4

5

6

7

8

9

24,591123,818

18,72686,694

192,840169,740132,402

11,900191,181

21,31772,68027,40353,763

129,99043,463

122,33024,960

130,184

21,179 ~ 5,67+101,446 _ 26,16+16,936 _ 11,47

61,534 ::22,31146,397 ± 40,79

99,010 ± 64,49105,475 ± 38,25

16,271 ± 7,52136,224 ± 52,20

Media 59,159 +78,275 - 51,05105,766 69,898

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Tabela 4. Produção média de frutos por árvore (kg) em função dotrimestre do ano.

Nº da Trimestre do ano Total, 1arvore 2 3 4 anual

1 0,907 1,430 5,805 13,037 21,1792 9,665 9,593 47,145 25,043 101,446

..3 2,032 1,722 1,749 11,433 16,9364 7,988 3,815 23,461 26,270 61,5345 10,968 4,060 59,831 71,538 146,3976 11,211 7,097 49,268 31,434 99,0107 7,923 5,854 29,697 62,001 105,4758 1,875 0,097 3,397 10,902 16,2719 6,497 11,403 65,689 52,635 136,224

Média 6,563 5,008 31,782 34,921 78,275 f-'(J)

W

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Tabela 5. Coeficiente de correlação da produção de frutos~. lulitlo~a com dados climáticos.

de""""(J)

~

Produção de frutosVariável

r* P

Temperatura 0,44052 0,0001Pr-e c í.p í. t aç áo -0,30349 0,0014Nº de dias de chuva -0,38509 0,0001Umidade relativa -0,54599 0,0001

* a coeficiente de correlação (r) foi computado baseado em 108 pares de observação

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controu-se correlação significativa entre co-pa e a produção de frutos (r = 0,429P = 0,0001).

-Os frutos maduros de algaroba saovagens achatadas, mesocarpo polposo, e coloração amarelo-pálido. A forma variou entre oreto ao ligeiramente encurvado, com comprime~to médio de l5,46cm, peso igual a 5,700g, com10,61% de umidade ao cair ao solo. As varia-ções de peso, tamanho, teor de umidade, núme-ro de vagens por quilo e outras caracteristi-cas fisicas das vagens das algarobeiras, es-tão descritas na Tabela 6. ° número médio devagens foi de 176 unidades por quilo, sendoencontradas, em média, 20 sementes por fruto.

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'13,57 • ".O~II.I": 0,103 0,63 ~ 0,074 5,54! 1,41 10,05 99

i17,IO ~ 2.21'1,11 ! 0,07410,61 ! 0,102 5,62! 1,17 9,60 8ó

'17,32. l,n[I.IO + o,OSdO,68 ! 0,058 6,73! 0,94 9,41 88

iI4,70' 1.6O:1,02! o,851 ,'0,68 ! 0,97 5,39! 0,76 9,65 85

: 16,56 : 1,60: I , Iu z 0,107 0,60 ! 0,150 5,52! 1,39 12,04 89

:13,03·1,4611,11 ! 0,08 0,62! 0,039 5,92! 1,14 11,03 90 11o i 169

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12

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N9I!N9 semente/

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vagem

173

198

181

178

+21,0 - 2,41

18, I ! 2,33

20, I ! 4.08

1

I 149,I 186

1 1811

118,7! .1,77

122,9! Z,26

117,13: 2,42

In, lJ! J, 50

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4. CONCLUSÃO

A produção de vagens das algarobei -ras plantadas no perimetro irrigável da Esta--çao Experimental de Bebedouro, ocorreu em to-

dos os meses do ano, sendo a maior produçãono periodo seco, estando a carga maxima con-centrada nos meses de setembro, outubro e no-vembro.

A produção média de frutos foi de78,275 kg/árvore/ano, com vagens medindo15,46cm. ° número de frutos por quilo foi de176 vagens maduras, com 10,31% de umidade aocair ao solo.

Encontrou-se correlação significati-va entre os dados climáticos, temperatura(r 0,441, P = 0,0001), umidade relativa(r -0,546, P = 0,0001), precipitação(r -0,303 P 0,0014) e nº de dias de chu

(r 0,0001) , deva -0,385 P = e a area co-pa (r 0,429, P 0,0001) com a produção devagens de a1garoba.

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