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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL PRODUÇÃO DE CHICÓRIA SOB NÍVEIS DE DISPONIBILIDADE HÍDRICA EM AMBIENTE PROTEGIDO BACHAREL EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL DIEGO NOGUEIRA DE LIMA Rondonópolis, MT 2018

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

PRODUÇÃO DE CHICÓRIA SOB NÍVEIS DE

DISPONIBILIDADE HÍDRICA EM AMBIENTE

PROTEGIDO

BACHAREL EM ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

DIEGO NOGUEIRA DE LIMA

Rondonópolis, MT – 2018

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PRODUÇÃO DE CHICÓRIA SOB NÍVEIS DE

DISPONIBILIDADE HÍDRICA EM AMBIENTE

PROTEGIDO

por

Diego Nogueira de Lima

Monografia apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso como parte dos

requisitos do Curso de Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental para

obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agrícola e Ambiental.

Orientador: Prof. Dr. Marcio Koetz

Rondonópolis, Mato Grosso – Brasil

2018

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo (a) autor (a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

N778p Nogueira de Lima, Diego.

Produção de Chicória sob níveis de disponibilidade hídrica em ambiente protegido / Diego Nogueira de Lima. -- 2018

38 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientador: Márcio Koetz. TCC (graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental)

- Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Tecnológicas, Rondonópolis, 2018.

1. Hortaliça, irrigação, tensiometria.. I. Título.

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DEDICATÓRIA

A família e amigos dedico!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que estiveram ao meu lado durante toda a minha, longa,

caminhada acadêmica.

Em especial aos meus pais, Marly Nogueira de Lima e Jovino Andrade

Nogueira por todo o suporte emocional e financeiro. Que em nenhum momento

deixaram que houvesse algo que eu devesse me preocupar mais do que apenas meus

estudos.

Agradeço a minha irmã, Letícia Nogueira, que em nosso tempo morando juntos,

demonstrou toda sua força e afeto para que pudéssemos prosseguir em busca dos

nossos objetivos.

Aos meus familiares, desde os mais próximos até os mais distantes, que

demonstraram seu amparo das formas possíveis.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Márcio Koetz pelo suporte durante todo o

experimento e pela disposição para que o resultado fosse o melhor. A Prof. Dr. Edna

Bonfim pelo apoio na preparação do experimento.

Por fim aos meus amigos, não menos importantes. Aos que fiz em

Rondonópolis, que durante meus últimos anos estiveram mais tempo comigo do que

quaisquer outras pessoas. A todos meus amigos da minha cidade natal,

principalmente ao Gustavo e o Lucas. Aos companheiros de turma, Vitor Augusto,

Álvaro José e Luciano Verdolin e enfim, ao Higor, Leandro Dias, Lucas Lima, Marlon

e Guilherme Rauber que ajudaram diretamente para que este projeto tivesse êxito.

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“Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma”.

William Ernest Henley

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PRODUÇÃO DE CHICÓRIA SOB NÍVEIS DE

DISPONIBILIDADE HÍDRICA EM AMBIENTE

PROTEGIDO

RESUMO

A irrigação é uma técnica importante para a produção de hortaliças. A água é responsável pelo transporte de nutrientes, além de realizar inúmeras reações químicas. Dessa forma, objetivou-se com esse trabalho obter o desenvolvimento vegetativo da Chicória, sob níveis de disponibilidade hídrica. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com cinco tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos foram divididos em: 60%, 80%, 100%, 120% e 140% da capacidade de campo. Os vasos para o plantio possuíam o volume de 5 litros, e nos vasos com 100% foram introduzidos os tensiômetros, que serviram de base para os cálculos dos demais valores de reposição hídrica. Para a adubação, aplicou-se fósforo, potássio e nitrogênio. Após 60 dias de semeadura, foi realizada a colheita, sendo feitas as análises das variáveis. Foram analisadas o número de folhas (NF), teor de clorofila na folha (SPAD), peso da massa fresca da parte aérea (PMFPA), peso da massa seca da parte aérea (PMSPA), altura da planta (AP), peso da raiz (PR) e peso seco da raiz (PSR). Com exceção de PR e o PSR, as outras análises foram significativas ao nível de variação de 5%. Com os resultados, conclui-se que o teor de clorofila reduz com o aumento da disponibilidade hídrica e que as variáveis de AP, NF, MFPA e MSPA apresentam melhores valores com o aumento da disponibilidade hídrica.

Palavras-chave: Hortaliça; Irrigação; Tensiometria.

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CHICORY PRODUCTION UNDER PROTECTED ENVIRONMENTAL LEVELS OF WATER

AVAILABILITY

ABSTRACT Irrigation is an important technique for the production of vegetables. Water is responsible for transporting nutrients, as well as carrying out numerous chemical reactions. Thus, this work aimed to obtain the vegetative growth of Chicory, under levels of water availability. The experimental design was a randomized block with five treatments and five replicates. The treatments were divided into: 60%, 80%, 100%, 120% and 140% of field capacity. The planting pots had a volume of 5 liters, and tensiometers were introduced into the pots with 100%, which served as the basis for the calculation of the other water replacement values. For fertilization, phosphorus, potassium and nitrogen were applied. After 60 days of sowing, the harvest was performed, and the variables were analyzed. The leaf number (NF), leaf chlorophyll content (SPAD), fresh shoot weight (PMFPA), shoot dry weight (PMSPA), plant height (AP), shoot weight root (PR) and root dry weight (PSR). With the exception of PR and PSR, the other analyzes were significant at the 5% variation level. With the results, it is concluded that chlorophyll content decreases with increasing water availability and that the variables AP, NF, PMFPA and PMSPA present better values with increasing water availability.

Keywords; Irrigation; Tensiometry; Vegetables.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Época de plantio (SEBRAE, 2018)............................................................ 16

Tabela 2. Resultados das análises químicas e granulométricas das amostras do LATOSSOLO Vermelho na profundidade de 0-20 cm. .............................................. 21

Tabela 3. Disponibilidades hídricas a partir da diferenciação de volume de água total aplicado. .................................................................................................................... 27

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Rondonópolis. No retângulo amarelo está a casa de vegetação para este experimento .................. 20

Figura 2. Peneiramento do solo. Solo em sacos. ..................................................... 21

Figura 3. Adição de calcário. .................................................................................... 22

Figura 4 Pesagem do adubo. Separação de adubo por saco................................... 22

Figura 5. Abertura das covas. Adição de fósforo e cloreto de potássio. Desenvolvimento vegetativo inicial. ........................................................................... 23

Figura 6. Primeiro desbaste. Segundo desbaste. ..................................................... 24

Figura 7. Curva característica de retenção de água no solo. ................................... 25

Figura 8. Vista de vasos com tensiômetro. Realização de medição a partir do tensímetro digital. ...................................................................................................... 26

Figura 9. Diferença na altura da planta sob níveis diferentes de disponibilidade hídrica em Latossolo. ................................................................................................ 29

Figura 10. Altura de plantas para os tratamentos de 140%, 120%, 100%, 80% e 60% de CC, da esquerda para a direita. ................................................................... 30

Figura 11. Número de folhas sob níveis de reposição hídrica, em Latossolo Vermelho. .................................................................................................................. 30

Figura 12. Teor de clorofila sob níveis de reposição hídrica em Latossolo Vermelho. .................................................................................................................................. 31

Figura 13. Peso da massa fresca sob níveis de reposição hídrica em Latossolo Vermelho. .................................................................................................................. 32

Figura 14. Retirada da massa fresca para fazer a pesagem. ................................... 32

Figura 15. Peso da massa seca sob diferentes níveis de reposição hídrica em Latossolo Vermelho. .................................................................................................. 33

Figura 16. Sacos com amostras para secagem em estufa. ...................................... 33

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 13

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................... 15

2.1. Cultura da Chicória .................................................................................. 15

2.2. Clima, época e plantio ............................................................................. 16

2.3. Solo, adubação e exigência nutricional ................................................. 16

2.4. Cultivo em ambiente protegido .............................................................. 17

2.5. Irrigação .................................................................................................... 18

2.6. Tensiometria ............................................................................................. 19

3. MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................... 20

3.1. Localização ............................................................................................... 20

3.2. Plantio, coleta, analise e correção do solo ............................................ 21

3.3. Delineamento experimental .................................................................... 24

3.4. Manejo da adubação ................................................................................ 24

3.5. Manejo da irrigação ................................................................................. 24

3.6. Volume de água aplicado ........................................................................ 27

3.7. Variáveis analisadas ................................................................................ 27

3.8. Analise estatística .................................................................................... 27

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 29

4.1 Altura de planta (AP) ................................................................................ 29

4.2 Número de folhas (NF) ............................................................................. 30

4.3 Teor de clorofila ....................................................................................... 31

4.4 Massa fresca da parte aérea (MFPA) ...................................................... 31

4.5 Massa seca da parte aérea (MSPA) ........................................................ 32

5. CONCLUSÕES ......................................................................................... 34

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 35

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1. INTRODUÇÃO

Segundo o Diário Oficial da União (DOU, 2018), o Brasil possui uma área

estimada de 8.115.759,090 km². Dessa área de superfície brasileira, 7,6% são

ocupadas por lavoura, o equivalente a 63.994.479 hectares, segundo a Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA, 2017).

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA,

2016), a produção de hortaliças ocupou cerca de 800 mil hectares no país. Com um

volume de produção, de aproximadamente 63 milhões de toneladas, que abrange

mais de cem diferentes espécies no país.

O comércio de hortaliças e frutas no Brasil gerou cerca de 66 bilhões de reais

de faturamento em 2016, segundo João Martins, presidente da CNA. Segundo a

Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM, 2011), o

mercado de hortaliças gera 2,4 milhões de empregos diretos.

As hortaliças são divididas em três grandes grupos, popularmente divididas em:

As verduras, legumes e raízes. As verduras são aquelas que as partes comestíveis

são as folhas. Os legumes, os frutos e as sementes são consumidos. Já as raízes,

são todas as hortaliças que se consomem o que está no interior do solo.

As hortaliças folhosas são produzidas em todas as regiões brasileiras.

Entretanto, as regiões sudeste e sul concentram a maior parte da produção,

compondo uma fatia de mais de 80%. São de grande importância social e econômica.

Além de nutritivas, geram emprego e renda em todo o processo produtivo seja para

os pequenos e médios produtores até o destino final, os consumidores. Estima-se que

um hectare de hortaliças folhosas gera de seis a oito empregos, diretos e

indiretamente. No país são plantados cerca de 174.061 hectares de hortaliças folhosas

(VILELA E LUENGO, 2017). A produção de hortaliças folhosas alcançara cerca de

1.317,6 toneladas no ano de 2016 (IBGE, 2016).

Integra o grupo das hortaliças folhosas mais populares no país. Segundo

Filgueira (1982), a Chicória é semelhante à alface, fazem parte do grupo das

herbáceas. São equivalentes tanto como planta quanto em exigências nutricionais.

Dantes pertencente ao grupo das Compositae (Knott, 1962), hoje se encontra no

grupo das Aterasceae. Foi bastante consumida por povos antigos da Grécia, Egito e

Roma (CAMARGO, 1982).

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A água é um dos elementos primordiais no desenvolvimento de qualquer

cultura, principalmente quando se tratam das hortaliças, que em sua grande maioria

é constituída por uma grande porcentagem de água.

O uso da água vem através da introdução do manejo de irrigação, que

Montovani et al., (2009) estabelece como quando ou a quantidade a irrigar. O manejo

de irrigação tem o objetivo de prover água, quando as condições climatológicas ou a

quantidade de água disponível não é o suficiente para o desenvolvimento fisiológico

mínimo da cultura (GOMES, 1997).

O uso de sistemas de ambientes protegidos, incorporado ao manejo de

irrigação vem sendo cada dia mais comum, pois a produção se torna mais produtiva

e acontece o ano todo.

O cultivo em ambiente protegido é um sistema que vem ganhando cada vez

mais espaço na agricultura, principalmente no cultivo de hortaliças e flores (NEVILLE,

2005). A casa de vegetação possibilita o controle das condições edafoclimáticas

segundo Sanchez e Figueiredo (2011), o que possibilita maior produtividade ao final

da colheita.

Considerando a importância da Chicória na alimentação humana, objetivou-se

com esse trabalho estudar níveis de disponibilidade hídrica no cultivo da chicória em

ambiente protegido.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Cultura da Chicória

A Chicória é uma hortaliça trazida da Índia, reconhecida pelo seu sabor picante,

e também por fazer muito bem a saúde. Na culinária, pode ser usada de diversas

formas embora seja usada geralmente crua em saladas ou ensopada (CARVALHO,

1988). Por ser rica em nutrientes, a Chicória tem seu papel medicinal, contendo

propriedades capazes de estimular o fígado e a vesícula, o apetite e inibem o

funcionamento dos ácidos no organismo (BALBACH et al., 1992).

A chicória pertence à família Aterasceae. Ela pode apresentar folhas soltas,

lisas ou crespas. São bastante nutritivas, apresenta quantidades consideráveis de

vitaminas A, C, B1, B2, B6, K, proteínas, cálcio, fósforo, ferro e açucares (VENZON et

al., 2007).

Quanto a variedade, são divididas em dois grupos, que se distinguem pela

forma das folhas. As variedades lançadas na região centro-sul, não formam cabeças,

produzindo folhas largas, rugosas ou lisas (FILGUEIRA, 1982). A Cichorium endivia

var. crispa L., tem as folhas bem divididas e torcidas e a Cichorium endivia var.

latifolia L., com folhas mais largas e mais lisas, sendo conhecida também como

escarola (CERMEÑO, 1996). A variedade com folha lisa contém um maior valor

comercial ao público (FILGUEIRA, 2000).

No grupo das crespas, Cichorium endívia var. crispa L., destacam-se algumas

variedades, como a Crespa de Ruffec e a Curled green. Sendo a primeira, maior em

relação a segunda citada, com cerca de 35-40cm de diâmetro. No grupo das

escarolas, a Lisa Coração Cheio (Full Heart) é destaque, sendo a mais comum. É

menor, em média com 30cm de diâmetro. A da variedade Amazonas Gigante, chega

a 38cm de diâmetro, possuindo um poder comercial alto, seguido de um sabor

valorizado. Além do tamanho, se destaca quanto a tolerância ao inverno (FILGUEIRA,

1982).

A época mais indicada para se produzir chicória é entre outono e inverno, que

é a época com temperaturas mais brandas. Já existem cultivares que toleram o clima

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mais quente, sendo assim pode-se cultivar o ano todo em qualquer região do país

(FILGUEIRA, 2003).

2.2. Clima, época e plantio

É recomendado para seu cultivo, que sejam em épocas que o período diurno

seja quente e o período noturno mais fresco, tendo em ideal a temperatura variando

de 14° a 16°C para seu melhor desenvolvimento (CERMEÑO, 1996).

Segundo Filgueira (1982), geralmente a semeadura em locais mais quentes e

baixas, no período de março a junho, sendo um período que as temperaturas estão

mais brandas. Assim como a alface, se a cultura de Chicória for exposta a altas

temperaturas e dias mais prolongados, ocorre o pendoamento floral.

A partir de intensos e diversos estudos, foram definidas as épocas em que

seriam mais viáveis a semeadura da chicória. A partir de uma tabela disponibilizada

pelo SEBRAE.

Tabela 1. Época de plantio (SEBRAE, 2018).

ESPÉ

CIE

ÉPOCA MAIS RECOMENDADA PARA O PLANTIO COLHEITA

CHICÓ

RIA

Sul Sudeste Nordeste Centro-

Oeste

Norte 60-70

DIAS

FEV/JUL FEV/JUL FEV/AGO ABR/JUN MAR/AGO

Entretanto, com a otimização da horticultura, cultivos em ambiente protegido

tem possibilitado o plantio o ano inteiro. Independente da região.

2.3. Solo, adubação e exigência nutricional

A adubação tem o papel de fornecer nutrientes básicos ou até mesmo

complementar o que já tem no solo, para que a planta se desenvolva ao máximo.

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Entretanto o excesso de adubação possa vir a ocasionar problemas na produção,

como toxidez.

Normalmente os solos não suprem as exigências nutricionais das culturas.

Filgueira (1982) afirma que para as hortaliças em geral, o solo sem adubação externa,

não fornece os nutrientes suficientes para o desenvolvimento.

O uso de fertilizantes na produção de hortaliças é de extrema importância,

otimizando seu desenvolvimento e aumento da produtividade.

O adubo geralmente é inserido cerca de cinco centímetros abaixo da semente,

evitando assim o contato direto (MURAYAMA, 1973).

2.4. Cultivo em ambiente protegido

No final do século passado, ocorreu um processo de inovação na agricultura,

buscando otimizar as produções. No ramo das hortaliças, a inclusão do sistema de

ambiente protegido, foi um marco nessa transição (MARTINS,1996).

Na produção de culturas em ambientes protegidos, a quantidade de energia

solar disponível estabelece a produtividade (COCKSHULL et al., 1992). No Brasil,

entre regiões, a taxa de perda de radiação solar entre o meio externo e o interno, pode

alternar entre 5 e 35% (MARTINS et al., 1999).

O plantio sob ambiente protegido, favorece a diminuição do ciclo da cultura, em

relação a produção no campo. Isso permite o maior número de cultivos no mesmo

local (BEZERRA, 2003). No verão, as chuvas intensas causam deteriorações nas

plantas, tornando-as mais propensas a enfermidades. No inverno, o frio e os ventos

dificultam o desenvolvimento das plantas, fazendo com que seu ciclo se estenda

(PURQUERIO, 2005). No ambiente protegido, tem a vantagem de realizar o plantio

em períodos que o clima não beneficia a produção, resultando numa produção com

mais qualidade (ROBLEDO E MARTIN, 1981). A produção sob ambiente protegido

resulta em produtos de excelentes qualidades (SEGOVIA et al., 1997).

Para o cultivo de hortaliças em ambiente protegido é de extrema importância

saber as imposições fisiológicas da cultura em si. Ter o conhecimento da região,

localização, períodos chuvosos, ventos e o tempo ciclo da cultura (PURQUERIO E

TIVELLI, 2009).

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A produtividade de uma cultura em ambiente protegido pode ser superior em

até três vezes, se comparada a do campo. Aliada a uma qualidade mais elevada

(CERMEÑO, 1990).

2.5. Irrigação

Há uma tendência natural para o aumento da demanda por água. Seja esse

aumento resultante do crescimento populacional, o que gera maior consumo de

alimentos e água ou pelo fato do crescente cultivo de áreas irrigadas (CHRISTOFIDIS,

2002). O grande entrave para o uso de a irrigação ser ainda maior se dá conta pela

falta de conhecimento e orientação técnica, além da eficácia necessária para ter êxito

no processo. A eficiência que, segundo Bernardo (2006), é a relação entre todos os

processos, desde a captação ao uso final da água.

A irrigação é um procedimento que fornece condições para que o material

genético explore todo seu potencial de produção (HERNANDEZ, 2004). Segundo

Santana (2003), o sistema irrigado permite o aproveitamento mais satisfatório do solo,

que torna mais produtiva a colheita. Resultando maior lucro. Todas as vantagens

resultantes do manejo irrigado são conhecidas, porém só podem ser realizadas com

êxito, com conhecimento a respeito das necessidades edafoclimáticas da cultura

(OLIVEIRA, 2012).

Sendo da espécie Aterasceae, a chicória tem uma exigência alta de água para

seu desenvolvimento (FILGUEIRA, 2000). É importante adotar métodos racionais de

manejo do solo e água, para que se obter durante o processo, esses produtos com

qualidade e quantidade suficientes para uma produtividade satisfatória e sustentável

(WUTKE et al., 2000). O gotejamento e a aspersão são os métodos de irrigação mais

comuns para hortaliças folhosas, tanto em culturas cultivadas em ambiente fechado,

quanto no campo (BLAT et al., 2005).

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2.6. Tensiometria

Segundo Braga e Calgaro (2010), é um procedimento que proporciona o

controle hídrico na irrigação, que facilita a tomada de decisão quanto a necessidade

e quantidade a irrigar. Um mecanismo importante, frente aos problemas enfrentados

quanto a disponibilidade e quantidade de água disponível (BRAGA E CALGARO,

2010).

O tensiômetro é um dispositivo desenvolvido no século XX por Gardner

(CAMARGO et al., 1982). Desde sua invenção, passou por certas mudanças externas,

não muitas, mas que resultaram num produto com maior credibilidade em suas

medições (BAKKER et al., 2007).

Segundo Reichardt (1990), o tensiômetro é um excelente dispositivo para a

supervisão hídrica durante o desenvolvimento da cultura, observando o manejo da

irrigação ou também efetuar o balanço hídrico no solo.

A popularidade deste equipamento se encontra pelo seu fácil manuseio e o

baixo valor, em comparação com os demais instrumentos de medição indireta, como

sondas capacitivas, TDR’s e sonda de neutrôns (MORAES et al., 2006). Segundo

Campbell E Mulla (1990), dentre os métodos conhecidos para medição de potenciais

hídricos no solo em irrigação, o tensiômetro possivelmente é o mais aplicado.

O tensímetro digital utiliza um transdutor de pressão (Mathaler et al., 1983),

como componente receptível para indicar um sinal análogo à tensão de dentro do

tensiômetro no momento da leitura.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Localização

O experimento foi realizado em ambiente protegido, na área experimental do

curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, na Universidade Federal do Mato Grosso

(UFMT) (Figura 1), Campus Universitário de Rondonópolis, com cerca de 284 m de

altitude, nas coordenadas 16°27’45,46”S, 54°34’46,48”O, onde o solo é classificado

como LATOSSOLO Vermelho distrófico (EMBRAPA, 2013).

Figura 1 - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Rondonópolis. No retângulo

amarelo está a casa de vegetação para este experimento. Fonte: Google Maps (2018).

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3.2. Plantio, coleta, analise e correção do solo

O solo utilizado no experimento foi coletado em área do Cerrado dentro da

UFMT/Campus de Rondonópolis, com vegetação típica da região.

O solo foi coletado no dia 21 de março de 2018. O local escolhido foi próximo

à casa de vegetação, onde foi conduzido o experimento. Foram retirados cerca de 125

kg de solo. A área inicialmente foi limpa, para que não houvesse interferência externa

e logo depois o solo foi retirado com uma enxada. O solo que fora coletado, estava

presente entre a camada de 0-20 cm. Com o uso da pá, o solo foi colocado na peneira.

Peneira com malha de 4 mm e após o peneiramento (Figura 2), foram colocados em

sacos plásticos (Figura 2).

Figura 2. Peneiramento do solo. Solo em sacos.

Para fazer a quantidade de aplicação de adubos, foi utilizado uma análise

granulométrica já feita no local onde foi retirado o solo

Tabela 2. Resultados das análises químicas e granulométricas das amostras do LATOSSOLO

Vermelho na profundidade de 0-20 cm.

pH P K Ca Mg Al H M.O Areia Silte Argila CTC (V)

CaCl2 mg/dm3 ...........cmolc/dm3........... g/dm3 .............g/Kg............. cmolc/dm3 %

2 4 , 6 0 , , 4 23 0 45 , 0 , 25 68 , 0 7 4 , , 25 6 407 136 457 6 , 13 12 , 4

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Após o solo ter sido retirado, foi realizada a calagem (Figura 3). O calcário tinha

um Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT), de 86%, dolomítico. Nos sacos

plásticos foi adicionado 1 litro de água, para que ocorresse a reação com o calcário.

A partir dos trinta dias mínimos, o solo foi transferido para os devidos vasos. Cada

vaso tinha a capacidade de armazenar um volume de 5 litros de solo, pesados em

balança semi-analítica.

Figura 3. Adição de calcário.

Foram realizados os cálculos para a obtenção da quantidade de calcário a ser

aplicado por vaso, a partir de informações obtidas na tabela 2 e dessa forma pesados

em balança, encontrando o valor de 12,0259 g/vaso (Figura 4).

A partir dos cálculos, foram distribuídos a mesma quantidade de calcário para

aplicação, em vinte e cinco pequenos sacos plásticos para o corretivo ser distribuído

uniformemente (Figura 4).

Figura 4 Pesagem do adubo. Separação de adubo por saco.

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A semente de Chicória utilizada, foi escolhida a partir da maior taxa de

germinação e sendo produzidas mais recentemente. A semente escolhida possuía

uma taxa de germinação de 85% e pureza de 99%, atendendo o padrão mínimo

estipulado no país, que é de 80% de taxa de germinação.

Em cada vaso foram feitas seis covas, onde foram distribuídas cerca de seis

sementes cada (Figura 5). Um dia antes do plantio, foi então realizada a adubação

(Figura 5). Aos quinze dias de desenvolvimento vegetativo inicial (Figura 5), foi

realizado o primeiro desbaste, quando as plantas atingiram de quatro a seis folhas,

onde foram deixadas apenas três plantas (Figura 6). O desbaste foi necessário, para

que o número alto de plantas por vaso, não interferisse no crescimento das demais.

Assim, para não comprometer o desenvolvimento, após uma semana, houve o

segundo desbaste, onde foi retirada uma planta por vaso. Dessa forma, foram

deixadas apenas duas plantas por vaso (Figura 6).

Figura 5. Abertura das covas. Adição de fósforo e cloreto de potássio. Desenvolvimento vegetativo

inicial.

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24

Figura 6. Primeiro desbaste. Segundo desbaste.

3.3. Delineamento experimental

O delineamento estatístico utilizado foi inteiramente casualizado, com cinco

tratamentos (disponibilidades hídricas de 60%, 80%, 100%, 120% e 140% da

capacidade de campo, (CC) e cinco repetições cada.

3.4. Manejo da adubação

A adubação ocorreu dia 19 de abril de 2018, no dia anterior ao plantio. Foram

aplicadas doses de 11,1 g fósforo (P2O5) e 0,86 g de cloreto de potássio (K2O). Após

cerca de doze dias, foi realizada a adubação, com nitrogênio, distribuídos igualmente

em todas as repetições dos tratamentos, com 13,4g diluídas em 1,5 L de água.

3.5. Manejo da irrigação

O controle e manejo da irrigação do experimento foram baseados pelo método

da tensiometria, em há relação entre a umidade e o potencial matricial do solo. Foi

utilizado a curva característica de retenção de água do solo determinada em pesquisa

na UFMT na camada de 0 a 20 cm (FIGURA 7), para o solo do campus de

Rondonópolis.

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Figura 7. Curva característica de retenção de água no solo. Fonte: Soil Water Retention Curve –

SWRC (DOURATO NETO et al., 2000).

Utilizou-se o programa computacional Soil Water Retention Curve – SWRC

(DOURADO NETO et al., 2000) para ajustar matematicamente os resultados ao

modelo não linear proposto por Van Genuchten (1980), representado pela equação 1.

𝜃𝑣 = 𝜃𝑟 + (𝜃𝑠 − 𝜃𝑟) ÷ [1 + (𝛼|ᴪ𝑚|)ⁿ]ᵐ (1)

Em que:

θv - umidade base de volume, em cm3 cm-3;

θr - umidade residual, em cm3 cm-3;

θs - umidade de saturação, em cm3 cm-3;

ψm - Potencial matricial, em cm c.a;

α, m, n - parâmetros do modelo.

Foi colocado um tensiômetro por vaso de 100% (Figura 8). No dia anterior as

instalações, foram deixados os tensiômetros submersos em um balde com agua

destilada, para que fosse retirada o ar das cápsulas porosas.

Os tensiômetros foram instalados a cerca de 10 cm do nível do solo, e as

medições eram realizadas diariamente, divididos em dois períodos, matutino e

vespertino. A medição da tensão de água no solo foi realizada a partir do uso de um

tensímetro digital (Figura 8), com percepção de 0,1 kPa.

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Figura 8. Vista de vasos com tensiômetro. Realização de medição a partir do tensímetro digital.

As irrigações foram realizadas manualmente através de seringas graduadas, a

medida de ter a menor taxa de erro quanto ao volume de água a aplicar. Durante os

primeiros quinze dias, todas as cinco repetições dos cinco tratamentos eram irrigadas

com o volume idêntico, a fim de que a planta se estabelecesse. A partir desse tempo

de estabelecimento, através das medidas realizadas com o tensímetro nos cinco

tensiômetros, eram obtidos os valores e era realizada a média. Com a média das

tensões, e com o valor da umidade para a tensão de 15 KPa, chegava-se ao volume

necessário para o tratamento de 100%, considerando assim a capacidade de campo

em 6kPa, sendo assim, para os demais tratamentos, de 60%, 80%, 120% e 140% da

capacidade de campo, fazia-se uma relação com o obtido com o volume de 100% de

CC.

As plantas foram irrigadas, quando nas medições pelo tensímetro, havia uma

média próxima a 6kPa.

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3.6. Volume de água aplicado

Em todo o período experimental, foram exercidas 59 irrigações, com o volume

aplicado de acordo com a tabela 3.

Tabela 3. Disponibilidades hídricas a partir da diferenciação de volume de água total aplicado.

Disponibilidades Hídricas (% da cc) Volume de água total (L)

60 15,292

80 20,390

100 25,488

120 30,585

140 35,683

3.7. Variáveis analisadas

As variáveis analisadas durante o período experimental foram:

• Número de folhas (NF): O número de folhas foi realizado manualmente;

• Altura da planta (AP): Para a altura de plantas foi utilizado uma régua

graduada com medição desde o talo até a parte mais alta.

• Nível de clorofila (SPAD): Foi utilizado o aparelho portátil Minolta® 502;

• Massa fresca e seca das folhas: Realizado usando balança semi-

analítica: Massa fresca e seca das folhas foi obtido após 72 horas em

estufa.

• Massa fresca e seca das raízes Realizado usando balança semi-

analítica: Massa fresca e seca das raízes foi obtido após 72 horas em

estufa.

3.8. Analise estatística

As análises estatísticas dos dados obtidos foram realizadas de acordo com o

modelo matemático apropriado para o delineamento adotado. Foi feita a análise de

variância dos dados utilizando-se níveis de significância a 5 % de probabilidade pelo

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teste F e a regressão utilizando o software estatístico SISVAR para análise dos dados

(FERREIRA, 2014).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Entre as variáveis analisadas durante todo o processo de observação do

desenvolvimento da cultura sob níveis hídricos, apenas os parâmetros analisados

quanto à raiz não foram significativos segundo a análise de variância à 5% pelo teste

F.

4.1 Altura de planta (AP)

Para a altura da planta (AP) houve diferença significativa ao nível de significância

de 5%, ajustando-se ao modelo linear de regressão (Figura 8). A maior altura encontra

foi de 22,94 cm com a CC de 140% da CC, sendo que ao nível de CC de 60%,

encontrou-se o valor de altura mais baixo (18, 51 cm).

Figura 9. Diferença na altura da planta sob níveis diferentes de disponibilidade hídrica em

Latossolo.

Isso pode ser explicado, uma vez que, segundo Duarte (2012), a quantidade

insuficiente de água para a planta, interfere em todo o processo estrutural final da

planta. A seguir, a foto demonstrando a diferença visível entre a altura das plantas em

sob cada tratamento:

y = 0,0554x + 15,192R² = 0,956

0

5

10

15

20

25

60 70 80 90 100 110 120 130 140

Alt

ura

da

pla

nta

Níveis de reposição hídrica (CC)

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Figura 10. Altura de plantas para os tratamentos de 140%, 120%, 100%, 80% e 60% de CC, da

esquerda para a direita.

4.2 Número de folhas (NF)

O número de folhas variou significativamente sob ao nível de 5%, ajustando-se

ao modelo linear de regressão (Figura 10). O maior número de folhas por planta foi

obtido para o nível 140% de disponibilidade hídrica (55,68 folhas).

Assim como outras hortaliças folhosas, o número de folhas é um importante

aspecto. Uma vez que, segundo Motta et al. (2001), a comercialização é realizada

com base na unidade e não por peso.

Figura 11. Número de folhas sob níveis de reposição hídrica, em Latossolo Vermelho.

y = 0,084x + 43,92R² = 0,766

47

48

49

50

51

52

53

54

55

56

57

60 70 80 90 100 110 120 130 140

mer

o d

e fo

lhas

Níveis de reposição hídrica (CC)

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4.3 Teor de clorofila

Para o teor de clorofila, houve efeito significativo ao nível de 5%, ajustando-se

ao modelo linear de regressão (Figura 11). O maior valor de teor de clorofila foi

verificado nas menores condições de disponibilidade hídrica, diminuindo o teor à

medida que aumenta a disponibilidade.

Diversos estudos têm apontado que o teor de clorofila, encontrado a partir de

análise das folhas das plantas, deve ser utilizado como indicador de nitrogênio. Isso

porque grande parte do nitrogênio é encontrado nessa região da planta, refletindo

assim, em um método de avaliação nutricional da planta (ARGENTA et al., 2001)

Figura 12. Teor de clorofila sob níveis de reposição hídrica em Latossolo Vermelho.

4.4 Massa fresca da parte aérea (PMFPA)

O peso de massa fresca ajustou-se ao modelo linear de regressão (Figura 12),

sob o nível de significância de 5%. O maior peso da massa fresca foi encontrado nos

tratamentos com maior nível de reposição hídrica, com 195, 32 gramas. Isso ocorreu

porque quanto menor a quantidade de água disponível para as plantas, menor será o

potencial de água na folha. Isso resulta no fechamento dos estômatos, que

impossibilita o fluxo de CO2 para as folhas, afetando o acúmulo de fotoassimilados

Paiva et. al, (2005), explicando assim o porquê dos vasos com maior disponibilidade

tiveram o maior acumulo de massa foliar, ao contrário dos que tiveram menor

disponibilidade hídrica.

y = -0,1038x + 35,208R² = 0,9615

0

5

10

15

20

25

30

35

60 70 80 90 100 110 120 130 140

Teo

r d

e cl

oro

fila

Níveis de reposição hídrica (CC)

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Figura 13. Peso da massa fresca sob níveis de reposição hídrica em Latossolo Vermelho.

A seguir o processo de corte manual da parte aérea (Figura 13), para pesagem posteriormente.

Figura 14. Retirada da massa fresca para fazer a pesagem.

4.5 Massa seca da parte aérea (PMSPA)

Com relação ao peso de massa seca, houve ajuste ao modelo linear de

regressão (Figura 14), em que apresenta o maior peso de massa seca no nível de

140% da CC, com 25,36 gramas.

y = 0,3125x + 151,57R² = 0,8145

165

170

175

180

185

190

195

200

60 70 80 90 100 110 120 130 140

Pes

o (

g)

Níveis de reposição hídrica (CC)

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O crescimento da parte aérea é a reflexão do desenvolvimento radicular, que é

responsável pela absorção de água e nutrientes. Este processo sendo prejudicado

culmina num menor desenvolvimento da parte aérea (TAIZ E ZIEGUER, 2009).

Figura 15. Peso da massa seca sob diferentes níveis de reposição hídrica em Latossolo Vermelho.

Na figura 15 pode ser visualizado os sacos de papel com as amostras da massa

fresca a serem levados para a secagem na estufa.

Figura 16. Sacos com amostras para secagem em estufa.

y = 0,0319x + 20,894R² = 0,675

22,5

23

23,5

24

24,5

25

25,5

26

26,5

60 70 80 90 100 110 120 130 140

Pes

o (

g)

Níveis de reposição hídrica (CC)

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5. CONCLUSÕES

Para as variáveis altura de plantas, número de folhas, peso da massa fresca e

seca da parte aérea, os maiores valores foram obtidos para o maior nível de

disponibilidade hídrica.

O teor de clorofila é reduzido com o aumento da disponibilidade hídrica.

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