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Produção de Veículo Para Administrar Drogas via Oral Para Desparasitar Araras e Papagaios Por Meio de Condicionamento AnimalTRANSCRIPT
PRODUÇÃO DE UM VEÍCULO PARA ADMINISTRAR DROGAS VIA ORAL PARA DESPARASITAR ARARAS E PAPAGAIOS POR MEIO
DE CONDICIONAMENTO ANIMAL
Gabriel Rodrigues Werneck ¹ , Lucas Andrade Carneiro ², Malena Magariños ³, Cristian Gillet 4 &
Julio Reynoso 5
¹ Zootecnista, mestrando em nutrição e produção de não-ruminantes e animais de companhia. Universidade Federal do Paraná. Email: [email protected] ² Graduando em Zootecnia. Universidade Federal do Paraná – Departamento de Zootecnia. Email: [email protected] ³ Fundación Bioparque Temaikèn, Escobar – Argentina. Email: [email protected] 4 Chefe de Treinamento Animal – Fundación Bioparque Temaikèn, Escobar – Argentina. Email:
[email protected] 5 Treinamento Animal – Fundación Bioparque Temaikèn, Escobar – Argentina. Email:
A prática para administrar suplementos ou medicamentos como vermífugo para as aves na maioria dos zoológicos ou centros de conservação de animais é através da captura pela contenção física. O desenvolvimento de novas técnicas de criação é um panorama oportuno para facilitar o manejo e auxiliar os procedimentos executados pelos médicos veterinários. Tem como intuito minimizar ou anular os riscos operativos e estresse provocado pela captura, de modo a conscientizar todos os profissionais que trabalham diretamente ou indiretamente com os animais. O objetivo desse estudo foi elaborar um veículo para administrar medicamentos em pó via oral para desparasitar psitacídeos, consorciada com o uso de técnicas de condicionamento e treinamento animal. Para isso, os cuidadores mantêm uma rotina de contagem e observação de perto dos animais através do oferecimento de amendoim sem casca como reforço positivo. Houve a preocupação em oferecer um alimento nutricional que seja adequado e ao mesmo tempo tenha o mesmo grau de aceitação que o amendoim. Para formular foram usados ingredientes de maior preferência e usuais, como a banana, amendoim, mel e ração para psitacídeos. Estes foram preparados e testados em diversos tamanhos de pellets, com texturas indo do mole até o mais duro, para evitar perdas e ter certeza do consumo. Os psitacídeos foram condicionados a serem chamados através do som de um apito para pousarem na barreira de proteção para os visitantes. A sessão de treinamento era de 1 vez/dia por 10 minutos, sendo dado espaço com um ou dois pontos de oferecimento do veículo para evitar aglomerações e agressões entre eles. Nesse momento, juntamente com o reforço positivo era aplicado o som do apito para fazer associação de aprendizagem. Em seguida, foi armado um novo ponto de treinamento dentro do recinto para evitar acidentes com os visitantes. Como resultado, a melhor forma que facilitou a ingestão e obteve zero perda, foi a que imitava o tamanho do amendoim em pequenos pellets, com uma textura levemente dura e uma composição nutricional conhecida, fazendo parte da dieta dos psitacídeos. Conclui-se que é totalmente viável a desparasitação via treinamento animal, pois promove maior bem–estar o que agregou ao zoológico Temaikèn uma nova apresentação didática de educação ambiental para atrair os visitantes com informações e curiosidades sobre as espécies.