produção de abobrinha - gonçalves

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Ciências Agrárias Curso de Agronomia Ramon Emmanuel Marques Gonçalves PRODUÇÃO DE ABOBRINHA ITALIANA INFLUENCIADA POR DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO E FÓSFORO Janaúba-MG Novembro/2008

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Page 1: Produção de abobrinha - Gonçalves

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas

Departamento de Ciências Agrárias Curso de Agronomia

Ramon Emmanuel Marques Gonçalves

PRODUÇÃO DE ABOBRINHA ITALIANA INFLUENCIADA POR DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO E FÓSFORO

Janaúba-MG Novembro/2008

Page 2: Produção de abobrinha - Gonçalves

Ramon Emmanuel Marques Gonçalves

PRODUÇÃO DE ABOBRINHA ITALIANA INFLUENCIADA POR DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO E FÓSFORO

Monografia apresentada ao Curso de Agronomia, da Universidade Estadual de Montes Claros como exigência para obtenção do grau Bacharel em Engenharia Agronômica. Orientador: Prof. DSc.Wagner Ferreira da Mota

Janaúba-MG Novembro/2008

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Ramon Emmanuel Marques Gonçalves

PRODUÇÃO DE ABOBRINHA ITALIANA INFLUENCIADA POR DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO E FÓSFORO

Monografia apresentada ao Curso de Agronomia, da Universidade Estadual de Montes Claros como exigência para obtenção do grau Bacharel em Engenharia Agronômica.

______________________________________________________

Orientador: Prof. DSc. Wagner Ferreira da Mota

Membros:

__________________________________

Prof. Rodinei Facco Pegoraro (Co-orientador)

__________________________________ Ildeu de Souza (Co-orientador)

Coordenador – EMATER-MG

Janaúba-MG Novembro/2008.

Page 4: Produção de abobrinha - Gonçalves

i

Aos meus filhos Victor e Gabriel e a minha companheira Regiane

DEDICO.

Page 5: Produção de abobrinha - Gonçalves

ii

AGRADECIMENTOS

À Deus acima de tudo pela sua misericórdia, benignidade, e por ter me sustentado nos

momentos difíceis.

Aos meus pais Raimundo e Ana Lúcia que antes de tudo foram amigos e companheiros, aos

meus irmãos (Robson, Raphael, Joaquim, Rubens, Rômulo, Aurélia, Amanda, Amália e

Ágda) e em especial a Rubens Lemuel que sem ele não seria possível esta conquista.

À minha esposa Regiane, e aos meus queridos filhos Wallace Gabriel e Víctor Emmanuel.

Aos colegas da EMATER-MG.

Ao professor Wagner pelo apoio e companheirismo acima de tudo.

Ao professor Rodinei pelas dicas e direcionamento.

Ao Colega Ildeu de Souza pela ajuda e correções feitas no trabalho.

Ronaldo acadêmico de Agronomia, pela ajuda e apoio dispensados.

João Paulo e Michele graduandos em Agronomia pela ajuda providencial, e aos demais

colegas de turma.

Aos colegas de sala e também os antigos colegas de república.

Page 6: Produção de abobrinha - Gonçalves

iii

RESUMO

A abobrinha italiana é bastante consumida em razão do seu valor nutritivo, entre outros

benefícios à saúde; a abobrinha auxilia no bom funcionamento do intestino e é ligeiramente

diurética, e agrada aos produtores pelo seu ciclo rápido e produtividades elevadas. Inicia a

produção por volta dos 45 dias. Em virtude da importância da cultura e ausência de trabalhos

que norteiem a prática da adubação, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito das doses de

Fósforo e Nitrogênio sobre a produtividade, número de frutos por parcela, diâmetro de frutos,

acúmulo de sólidos solúveis totais no fruto, altura de planta e peso médio de frutos da

abobrinha. O experimento foi conduzido em área agrícola do Perímetro Irrigado do Gorutuba

entre os meses de setembro e novembro de 2008 no município de Nova Porteirinha – MG. O

delineamento foi em blocos casualizados, com três repetições, envolvendo cinco doses de

nitrogênio em cobertura e quatro de fósforo. A fonte de Nitrogênio utilizada foi a uréia, como

44% de Nitrogênio, e MAP purificado como fonte de Fósforo, com 60% de Fósforo e 11% de

Nitrogênio. Todas as características avaliadas foram influenciadas pelos tratamentos, exceto o

peso médio de frutos que não se alterou com a variação das doses de fósforo. A produtividade

mais elevada foi obtida com a dose de 150 kg/há de P2O5 e 100 kg/há de N.

Palavras-Chave: Cucurbita pepo, nitrogênio, fósforo, caserta.

Page 7: Produção de abobrinha - Gonçalves

iv

ABSTRACT

The Italian zucchini is quite consumed because of their nutritional value, which among other benefits to health; zucchini helps the smooth functioning of the intestines and is slightly diuretic. Also like the producers for their fast turnaround and high productivity. The production starts at around 45 days. Because of the importance of culture and absence of work that guides the practice of fertilizing the purpose of this study was to evaluate the effect of nitrogen and phosphorus levels on the production of zucchini. The experiment was conducted in the agricultural area of the Irrigated Perimeter of Gorutuba between the months of September and November 2008 in the city of Nova Porteirinha - MG. The design was in randomized blocks in three replicates involving five levels of nitrogen and four of phosphorus, urea being used as a source of N and purified MAP as a source of P. It was estimated productivity, number of fruit per share, diameter of fruit, soluble solids, plant height and average weight of plant, all these features have suffered influence of the treatments. Except the average weight of fruit that has not changed with the change of phosphorus levels. The highest yield was obtained with a dose of 150 kg / ha of P and 100 kg of N. Key words: Cucurbita pepo, nitrogen, phosphorus, Caserta.

Page 8: Produção de abobrinha - Gonçalves

v

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................9

2 OBJETIVO ..........................................................................................................................11

3 REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................12

3.1 Origem e Morfologia ........................................................................................................12

3.2 Adubação Mineral de Hortaliças ....................................................................................13

3.3 Nitrogênio na Planta.........................................................................................................14

3.4 Adubação Fosfatada.........................................................................................................15

3.5 Interação entre Nutrientes...............................................................................................17

4 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................18

4.1 Clima e solo .......................................................................................................................18

4.2 Preparo do solo e adubação .............................................................................................18

4.3 Delineamento estatístico e tratamentos ..........................................................................19

4.4 Tratos culturais.................................................................................................................19

4.5 Características avaliadas .................................................................................................20

4.6 Análises estatísticas ..........................................................................................................20

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................21

6 CONCLUSÕES....................................................................................................................27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................28

Page 9: Produção de abobrinha - Gonçalves

1. INTRODUÇÃO

As hortaliças representam o maior grupo de plantas cultivadas, compreendendo mais

de 100 espécies. A produção de hortaliças é, por natureza, intensiva em mão-de-obra,

contribuindo significativamente para o mercado de trabalho. Representam um componente

essencial da alimentação humana, principalmente porque são a principal fonte de algumas

vitaminas e sais minerais indispensáveis à saúde. Dentre outras hortaliças, as abóboras

constituem a principal fonte de vitamina A na dieta da população. (FERREIRA et al., 1993.).

Dentre as cultivares de abóboras introduzidas no Brasil, a cultivar Caserta, de origem

americana, tem preferência por parte dos consumidores e dos olericultores, além de ser a mais

produtiva. (FILGUEIRA, 2000).

A analise dos dados de área, produção e produtividade de abobrinha italiana, em

Minas Gerais, no período 1994-2003, evidencia acréscimos médios de, respectivamente, 176, 211

e 22%, o que sugere um aumento de produção decorrente não só do expressivo incremento na

área, mas também da utilização de novas tecnologias. Os principais municípios plantadores são

Araguari, Uberlândia e Uberaba, na região do Triângulo Mineiro. A oferta de abobrinha italiana

na Ceasa-MG, no ano de 2003, foi de 7.800 toneladas. O pico máximo de oferta do produto

coincide com o mês de novembro e o mínimo com o mês de fevereiro. (MASCARENHAS et al.,

2007).

Os melhores frutos têm diâmetro de 3 a 4 cm e comprimento de 20 cm. Destaca-se na

abobrinha o elevado teor de tiamina (vitamina B1). Entre outros benefícios à saúde, a abobrinha

auxilia no bom funcionamento do intestino e é ligeiramente diurética. (CEASA CAMPINAS

NET, 2008)

Para qualquer cultura de hortaliça, a adubação é indispensável para se obter boa

produtividade. O uso de fertilizantes é muito comum, mesmo assim o número de experimentos

relacionados a este aspecto é restrito, de modo que no emprego de fertilizantes, pouco se conhece

a respeito da quantidade a utilizar, de modo que permita a obtenção de rendimentos satisfatórios

na produção, aliado ao máximo rendimento econômico.

Não obstante, a agricultura, em geral, tem buscado formas de cultivo que apresentem

menores custos de implantação, e que causem menos danos possíveis ao meio ambiente,

Page 10: Produção de abobrinha - Gonçalves

10

principalmente ao solo, objetivando um manejo conservacionista e que o uso de insumos, como

fertilizantes e agrotóxicos, seja o menor possível (MARTINS, 1999).

As adubações nitrogenada e fosfatada representam um custo considerável na

implantação de qualquer cultura. Sendo as olerícolas altamente exigentes em nutrientes, o manejo

correto da adubação, assim como a determinação da dose ideal para otimização dos gastos são

fatores preponderantes no manejo geral da cultura.

Numa época em que o mundo vê a crise mundial de alimentos tomar cada vez mais

proporções gigantescas, o preço de insumos agrícolas subindo e onerando as atividades agrícolas,

tornam em alguns casos inviável a prática da adubação. Trabalhos que possibilitem a otimização

do uso de fertilizantes despertam as atenções, pela possibilidade de economia e maximização do

lucro na atividade.

Frente ao exposto, a proposta deste trabalho é fornecer informações aos técnicos e

produtores, com relação à dose recomendada para a cultura, e o efeito da interação de diferentes

doses de nitrogênio e fósforo na produção da abobrinha italiana.

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2. OBJETIVO

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a produção da abobrinha italiana cv.

Caserta influenciada por doses crescentes de P no plantio e N em cobertura, e o efeito sobre

produtividade, número de frutos, acúmulo de sólidos solúveis totais, diâmetro de frutos, peso

médio de frutos e altura de planta.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Origem e Morfologia

A abobrinha italiana, pertencente á família Cucurbitaceae, espécie, Cucurbita pepo

L., também chamada abobrinha de moita, de tronco ou de árvore, originou-se na região central do

México (FILGUEIRA, 2000).

O hábito de crescimento da planta é ereto, as hastes são curtas e a planta forma uma

típica moita. Assim, adapta-se a espaçamentos menores, em relação a cucurbitáceas de ramas

longas. A planta é compacta, com folhas bem recortadas, de coloração verde e manchas

prateadas. O sistema radicular é extenso e superficial, concentrando-se na camada de 20 cm de

solo, podendo, no entanto, a raiz principal ultrapassar a profundidade de 1 metro. O hábito de

florescimento é monóico. As flores são amarelas, sendo as femininas menos numerosas e

apresentando ovários alongados, que antecipam o aspecto do futuro fruto. A cultura desenvolve e

produz melhor sob temperaturas amenas. Entretanto, o frio é desfavorável e a planta é intolerante

à geada. Temperaturas elevadas prejudicam a polinização e comprometem a produtividade. A

cultura prospera melhor durante as estações de outono, inverno e primavera, sendo o período seco

do ano o mais favorável (FILGUEIRA, 2000).

Prefere solos férteis, ricos em matéria orgânica, bem drenados, de baixa acidez, com

pH entre 5,7 e 6,8. Não produz bem em solos ácidos, com pH menor que 5,5, e não suporta

excesso de água, o que causa apodrecimento de frutos e raízes, e morte das plantas. Os

espaçamentos indicados de 1,0 a 1,2 m entre fileiras por 0,5 a 0,7 m entre plantas (FILGUEIRA,

2000).

Em geral, a abobrinha italiana tem formato alongado e casca fina, lisa e aderida á

polpa, que é firme e aquosa. Contém cálcio, fósforo, ferro e é rica em fibras. Apresenta menor

teor de vitaminas A, B e C, que as abóboras rasteiras. Auxilia na formação de ossos e dos dentes

e evita a fadiga mental. Tem sabor suave e baixo valor calórico. No quadro 1, a seguir, são

apresentados os valores nutricionais da abobrinha italiana.

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QUADRO 1

Conteúdo de energia, proteínas, gorduras, carboidratos, fibras, minerais e vitaminas, presentes em 100 g de porção comestível de abobrinha italiana crua Energia Prote-

ínas Gor- duras

CHOs

Fibras

Ca

P

Fe

Na

K

Vit A

Tia- mina

Ribo- flavina

Niaacina Ácido Ascórbico

Vit. B 6

Kcal g mg UI g 20 1,2 0,2 4,4 0,6 20 35 0,5 2 195 196 0,06 0,04 0,55 14,8 0,11

Fonte. Luengo et al. (2000), citado por Mascarenhas et al. (2007).

Atualmente, há seleções melhoradas da cultivar tradicional, vários híbridos têm sido

criados, como a Caserta AG-202, Clarinda AG-135, Atlanta AG-303, Novita, Alba (AF-1774) e

Clara (AF-1783). Tais híbridos apresentam frutos de coloração verde-clara, com ou sem estrias,

sendo mais precoces e mais produtivos em relação à cultivar pioneira (FILGUEIRA, 2000).

Na implantação da cultura é utilizada a semeadura direta, em sulcos ou covas, no

espaçamento de 1,00 a 1,20 m por 0,50 a 0,70 m. O hábito de crescimento ereto permite a

utilização de espaçamentos estreitos, resultando em grande número de plantas por hectare.

Com o objetivo de favorecer a polinização, pode-se semear em fileiras alternadas,

com intervalo de 15 a 20 dias entre as semeaduras de duas fileiras contíguas. Dessa forma,

previne-se deficiência na polinização, o que prejudica ou impede o desenvolvimento dos frutos.

A colheita inicia-se aos 45 a 60 dias após a semeadura, prolongando-se por até 60

dias, colhe-se em dias alternados, uma vez que a colheita freqüente estimula a formação e o

desenvolvimento de novos frutos. Obtém-se de 8 a 10 toneladas por hectare de frutos.

Os frutos são colhidos ainda imaturos, com cerca de 20 cm de comprimento e

pesando de 200 a 250 gramas. A coloração é verde clara, podendo haver estrias longitudinais, de

cor verde escura. O pedúnculo é acanelado, de seção pentagonal, não se achatando no ponto de

inserção com o fruto (FILGUEIRA, 2000).

3.2 Adubação Mineral de Hortaliças

Para o seu desenvolvimento, as plantas superiores necessitam da energia solar, que é

captada e armazenada na forma de ATP e NADPH, CO2, água e os elementos nitrogênio, fósforo,

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enxofre, potássio, cálcio, magnésio, boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco. Os

elementos químicos são componentes estruturais de metabólitos e de não metabólitos, de

ativadores enzimáticos e exercem ainda outras funções.

A importância dos macronutrientes (C, H, O, N, S, P, K, Ca e Mg) e dos

micronutrientes (B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn) é evidenciada, de forma clara, constituindo-se nos

componentes de formação (FERREIRA et al., 1993).

A cultura da abobrinha italiana adapta-se melhor em solos de texturas médias, leves e

com boa drenagem, sendo a planta muito sensível ao excesso de água no solo. É muito exigente

quanto à acidez, produzindo melhor na faixa de pH 5,6 a 6,7. (FILGUEIRA, 2000).

Segundo Carrijo et al. (1999), 5ª Aproximação, a adubação mineral pode atingir os

seguintes níveis: nitrogênio 120 kg/ha, fósforo 200 kg /ha de P205, e potássio até 240 kg/ha de

K2O, considerando baixa a disponibilidade destes nutrientes no solo, devendo o fósforo ser

aplicado todo no plantio, juntamente com o adubo orgânico, 40% do nitrogênio e 50% do

potássio recomendado. O restante da adubação recomenda-se aplicar em cobertura 20 dias após o

semeio.

O emprego de fórmulas equilibradas, contendo fósforo (atuante na floração,

frutificação e formação de sementes, bem como promove o enraizamento das plantas) e potássio

(indispensável à perfeita estruturação celular das plantas), permite aumentar sua capacidade de

resistência à falta de água e às pragas e doenças, aliado à aplicação de nitrogênio (responsável

pela brotação e formação da estrutura de folhas e caules), em tempo certo, estimula a produção de

sementes. Uma adubação balanceada é imprescindível, por influenciar a produção e a qualidade,

alterando tamanho, forma, peso e coloração dos frutos, bem como, evitando algumas anomalias

no desenvolvimento das plântulas, manifestações mais comuns, decorrentes das deficiências de

minerais (DELOUCHE, 1981).

3.3 Nitrogênio na Planta

O nitrogênio na planta é inicialmente reduzido à forma amoniacal e combinado nas

cadeias orgânicas, formando ácido glutâmico, este por sua vez incluído em mais de uma centena

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de diferentes aminoácidos. Desses, cerca de 20 são usados na formação de proteínas. As proteínas

participam como enzimas, nos processos metabólicos das plantas, tendo assim uma função mais

funcional do que estrutural. Além disso, o nitrogênio participa da composição da molécula da

clorofila. (VAN RAIJ, 1991).

A deficiência de nitrogênio, manifestada na fase de crescimento intenso, é

reconhecida pela coloração verde-pálida das folhas novas e clorose típica nas folhas velhas, que

se tornam amareladas no sentido do ápice para o centro, seguindo a nervura central e tomando a

forma de um V invertido, com o vértice voltado para a parte central das folhas. Persistindo a

carência, a clorose vai atingindo as folhas mais novas, podendo alcançar, em casos extremos,

toda a planta.

Enquanto a deficiência de nitrogênio conduz à floração e frutificação deficientes e

prematura, encurtando o período vegetativo, o excessivo fornecimento deste nutriente confere

uma coloração verde-escura às folhas e uma consistência mais tenra, aumentando o perigo de

acamamento e diminuindo a resistência do vegetal à seca e a doenças foliares. (FERREIRA et al.,

1993).

O fato das folhas mais novas das plantas conservarem-se verdes, em condições de

deficiência de nitrogênio, é um indicativo da mobilidade do nutriente nas plantas. As proteínas

translocam-se das folhas deficientes e são reutilizadas nas folhas mais novas.

A adubação nitrogenada apresenta particularidades e deve ser feita com cuidado. Se,

de um lado, a falta de nitrogênio pode limitar seriamente as produções, por outro lado o excesso

pode reduzi-las. Um dos fatores que pode afetar as respostas de culturas à adubação nitrogenada é

a acidez. Em solos muito ácidos as raízes desenvolvem pouco e a absorção de nutriente fica

prejudicada. (VAN RAIJ, 1991).

3.4 Adubação Fosfatada

O fósforo é dos três macronutrientes, aquele exigido em menores quantidades pelas

plantas. Não obstante trata-se do nutriente mais usado em adubação no Brasil. Explica-se esta

Page 16: Produção de abobrinha - Gonçalves

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situação pela carência generalizada de fósforo nos solos brasileiros e também porque o elemento

tem forte interação com o solo (VAN RAIJ, 1991)

O problema do fósforo no solo deve ser visto sob dois aspectos, o primeiro é que o

conteúdo de fósforo no solo é baixo, o segundo é que os compostos de fósforo nos solos

brasileiros são pouco assimiláveis pelas plantas. Por causa da baixa solubilidade dos compostos

de fósforo na solução do solo, ele não se perde por lixiviação. As plantas absorvem o fósforo da

solução do solo na forma de ortofosfato primário (H2PO4-), que, em combinação com o cálcio,

forma o fosfato monocálcico, e na forma de ortofosfato secundário (HPO4-) se chama fosfato

bicálcico. A disponibilidade de fósforo no solo é aumentada pela matéria orgânica decomposta, já

que certos compostos orgânicos formam complexos com ferro e alumínio, evitando a formação

de compostos insolúveis de fósforo com esses dois elementos. A decomposição da matéria

orgânica também produz ácidos inorgânicos, que dissolvem compostos de fósforo encontrados

em formas insolúveis na solução do solo (COELHO & VERLENGIA, 1973).

Na planta o fósforo concentra-se principalmente nas flores e frutos, sendo

considerado o principal agente de polinização e frutificação das plantas, tem grande efeito no

desenvolvimento do sistema radicular, estimulando a formação e crescimento das raízes de modo

geral, especialmente das raízes secundárias, que têm importante função na absorção de água e

nutrientes. Através de seu efeito na expansão do sistema radicular, as plantas podem explorar

maior volume de solo e suportar melhor a falta de água, com rápido crescimento na primavera.

Quantidade adequada de fósforo em forma disponível no solo acelera a formação e maturação

dos frutos. A absorção de fósforo de modo geral se processa com grande intensidade nos

primeiros estágios de desenvolvimento das plantas.

A deficiência de fósforo pode ser manifestada através de uma cor verde-escura sem

brilho, ou verde azulada, tornando-se difícil o seu reconhecimento em condições de campo. A

deficiência de fósforo produz certos efeitos similares àqueles de deficiência de nitrogênio. A

deficiência de ambos os elementos produz plantas com caules finos, folhas pequenas e

crescimento lateral limitado. Ocorre queda prematura de folhas, começando pelas mais baixas, o

florescimento reduzido, retardando a abertura dos botões florais. A similaridade de certos

sintomas de deficiência de fósforo e nitrogênio é atribuída a algumas causas. Uma delas é que,

sob condições de deficiência, ambos os nutrientes são caracteristicamente são translocados dos

tecidos mais velhos para as partes mais novas das plantas, onde a atividade metabólica é mais

Page 17: Produção de abobrinha - Gonçalves

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ativa, ocorrendo os sintomas de deficiência nos órgãos mais velhos (COELHO & VERLENGIA,

1973).

3.5 Interação entre Nutrientes

Um fator importante a se considerar na nutrição de plantas é a interação dos

nutrientes, que ocorrem nas plantas superiores quando o fornecimento de um nutriente afeta a

absorção, distribuição ou funções de um outro nutriente. Dependendo do suprimento do nutriente,

as interações podem evidenciar sintomas de deficiência ou de toxicidade, que modificam o

crescimento da planta.

Os nutrientes podem agir de diversos modos no solo ou na planta, afetando sua

absorção e utilização. (FERREIRA et al., 1993).

O fósforo contribui para melhor aproveitamento do potássio pelas plantas e controla

os efeitos que podem produzir um excesso de nitrogênio e de cálcio no solo. (COELHO &

VERLENGIA, 1973).

Page 18: Produção de abobrinha - Gonçalves

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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Clima e solo

O estudo foi constituído de um ensaio de campo, instalado em lote agrícola do

Perímetro Irrigado do Gorutuba, no município de Nova Porteirinha, MG, na latitude de 15º 45’

50’’ S e longitude 43º 16’ 18’’ W e altitude de 533 m, em latossolo vermelho amarelo

(EMBRAPA, 1999). Na área utilizada no experimento havia anteriormente pastagem de capim

Tanzânia, o qual não recebia adubação química, mas somente esterco bovino, já que o sistema de

pastejo era intensivo e direto.

O experimento foi conduzido no período de Setembro a Novembro de 2008.

As ocorrências diárias de temperatura, umidade relativa e precipitação pluvial foram

registradas, durante o período de condução do ensaio, através da Estação Climatológica da

EPAMIG, Nova Porteirinha, MG. Foi realizada a análise química do solo, por meio de amostra

coletada à profundidade de 0 a 20 cm, antes da semeadura da abobrinha. Obtendo-se o seguinte

resultado:

QUADRO 01

Níveis médios de nutrientes do solo utilizado no experimento pH P K Na Ca Mg Al H+Al SB t T V m --mg/dm3-- ----------------------cmolc/dm3---------------------------------- ----%-------

7,1 23,2 232 0,2 6,1 1,1 0 0,9 8,0 8,0 8,8 90 0

SB – soma de bases, t – CTC efetiva, T – CTC a pH 7, V – saturação de bases, m – saturação alumínio

pH em água; P e K+: extrator Melich; Ca+2, Mg+2 e Al+3 : extrator KCl 1 mol/L; H+ + Al+3 : SMP. 4.2 Preparo do solo e adubação

O ensaio foi instalado em plantio convencional. O preparo do solo constou de aração

e gradagem. A correção do solo não foi necessária devido ao fato de o pH estar em nível

Page 19: Produção de abobrinha - Gonçalves

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satisfatório. Todas as parcelas receberam no plantio idêntica adubação potássica e nitrogenada

que, seguindo recomendação de Ribeiro et al., (1999), foi de 60 kg por hectare de K2O e 50 kg

por hectare de N. A adubação orgânica foi de 15 t/ha. Alem das adubações prescritas no

tratamento.

4.3 Delineamento estatístico e tratamentos

Foi utilizada a cultivar Caserta TS, peso médio de 16 g por 100 sementes.

O delineamento estatístico utilizado foi de blocos casualizados, com três repetições

envolvendo cinco doses de nitrogênio em cobertura (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1 de N) tendo

como fonte de Nitrogênio a Uréia com 44% de N, e quatro doses de P2O5 (0, 50, 100 e 150 kg

ha-1), sendo este aplicado todo no plantio, tendo como fonte o Monofosfato de Amônia

Purificado, com 60% de P2O5 e 11% de N.

Cada bloco foi composto de 20 parcelas. Cada parcela foi composta por cinco linhas

de 2 metros de comprimento cada, com espaçamento de um metro entre linhas, e de 0,5 metro

entre plantas totalizando 10 m2 a área de cada parcela e 20 plantas por parcela. A semeadura foi

manual, sendo semeadas 3 sementes por cova, sendo feito o desbaste após a germinação,

deixando uma planta por cova, a fim se obter uma população média de 20.000 mil plantas por

hectare.

4.4 Tratos culturais

O experimento foi mantido livre de plantas daninhas por método mecânico e os

demais tratos culturais foram os normalmente dispensados à cultura na região. Houve ataque de

inseto tendo como principal a mosca-branca (Bemisia tabaci raça B), sendo feito o controle com

a aplicação de inseticida Actara 250 WG à base de Thiametoxan do grupo químico dos

nicotinóides, na dosagem correspondente a 600 gramas por hectare do produto comercial,

segundo indicação do software Agrofit (2005).

O ensaio recebeu irrigação por microaspersão, sempre que necessário.

Page 20: Produção de abobrinha - Gonçalves

20

4.5 Características avaliadas

Foram avaliadas as seguintes características: altura de planta, número de frutos,

concentração de sólidos solúveis totais, produtividade, diâmetro do fruto e peso médio dos frutos.

A colheita dos frutos iniciou aos 38 dias após a implantação da cultura, sendo as colheitas feitas

em dias alternados, com a pesagem e contagem de frutos por parcela, posteriormente calculado a

produtividade de cada parcela.

A concentração de sólidos solúveis totais foi determinada em laboratório, tendo para

isto utilizado o refratômetro no qual foram colocadas três gotas do extrato do fruto e feita em

seguida a leitura. Os frutos foram colhidos no padrão comercial com média de 22 a 25 cm de

comprimento e o diâmetro foi determinado, utilizando paquímetro; a altura de planta foi

determinada utilizando régua graduada, medindo-se do colo da planta até a inserção da última

folha completamente aberta. O peso médio dos frutos foi determinado pesando todos os frutos da

parcela individualmente e a seguir tirada a média pelo número total de frutos.

4.6 Análises estatísticas

Os dados foram analisados utilizando-se o software de análise estatística SAEG. Os

efeitos das doses de nitrogênio e de fósforo foram avaliados por análise de regressão, com

superfície de resposta para cada uma das características avaliadas.

Page 21: Produção de abobrinha - Gonçalves

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A produtividade de frutos de abobrinha aumentou de forma linear em função da

elevação das doses de P, em todas as doses de adubação de N, sendo o valor mais elevado obtido

com a dose de 150 kg ha-1 de P (Figura 1). Com relação ao N, houve uma resposta quadrática da

produtividade com a elevação da dose, ou seja, houve elevação da produtividade até a dose 100

kg de N/ha com posterior queda na produtividade. Assim, a combinação de 150 kg ha-1 de P2O5 e

100 kg ha-1 de N resultou na mais favorável, com a maior produtividade de frutos, obtendo-se

13.766,88 kg ha-1.

0 50 100 1500

100

200

400050006000700080009000

100001100012000

1300014000

Pro

dutiv

idad

e -

kg/h

a

Fósforo - kg/ha

Nitrogênio - kg/ha

Y=9800,46+17,10*P+26,99*N-0,12N2 R2=0,6536

FIGURA 1

Produtividade de frutos de abobrinha (Cucúrbita pepo L. cv. Caserta) em função das doses de

Fósforo e Nitrogênio, em cobertura

As doses de adubo usadas neste experimento em termos de nitrogênio e fósforo na

adubação de base, são inferiores aos recomendados por Carrijo et al., (1999) para a cultura da

abobrinha italiana, para os mesmos patamares de produtividade, considerando os níveis de

fertilidade do solo usado no experimento, que recomenda 120 kg/há de N em cobertura e 160

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22

kg/há de P2O5. Uma vez encontrada a curva de resposta da cultura ao nutriente em estudo, torna-

se inviável a aplicação de doses acima da máxima que a cultura responde que neste caso foi de

100 kg de N por hectare.

Em solanáceas, especificamente no tomate, Pinto et al. (1997) observaram respostas

significativas à adubação nitrogenada, com aumento de produtividade de até 308% em relação à

testemunha, com aplicação de 90 kg/há de N.

Para o número de frutos não houve diferença da característica anterior, a superfície de resposta

mostra que o número de frutos respondeu de forma linear em função da elevação das doses de

fósforo, sendo a combinação de 100 kg ha-1 de N x 150 kg ha-1 de P responsável pelo maior

número de frutos, com 21,23 frutos por parcela, (Figura 2). Com relação ao Nitrogênio houve um

efeito quadrático das doses de N sobre o número de frutos até o limite de 100 kg/ha.

0

50

100

150

050

100150

2006810121416

18

20

22

Núm

ero

de F

ruto

s

Fósforo - kg/haNitrogênio - kg/ha

Y=16,47+0,0166*P+0,0447*N-0,00022N2 R2=0,7128

FIGURA 2

Resposta do número de frutos a diferentes doses de fósforo e nitrogênio em cobertura

Mostra também que acima dessa dosagem pode não ter viabilidade econômica já que

os incrementos foram decrescentes havendo, portanto, um “consumo de luxo” de N, o mesmo não

se pode afirmar do fósforo já que até a dose máxima aplicada houve resposta, sugerindo para

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23

futuros trabalhos combinações de doses mais elevadas de fósforo com dosagens de N, acima de

100 kg/há, a fim de se determinar a curva de resposta do nutriente ao número de frutos por

parcela.

Com relação ao acúmulo de Sólidos Solúveis Totais, ocorreu um efeito linear com

resposta negativa ao acréscimo de doses de P, sendo os menores resultados obtidos com as doses

mais elevadas de fósforo (Figura 3). O acumulo de SST teve uma resposta quadrática á elevação

das doses de nitrogênio, percebe-se que no intervalo das doses de 150 kg ha-1 e 200 kg de N,

independente da combinação com as doses de fósforo variação foi mínima houve redução nos

valores de Sólidos Solúveis, não se justificando, portanto doses acima de 150 kg ha-1 de N para

elevação dos valores de SST, para a cultura da abobrinha.

0

50

100

150

200

050

100150

3,1

3,2

3,3

3,4

3,5

3,6

3,7

3,8

Sól

idos

sol

úvei

s T

otai

s -

oBrix

Nitrogênio - kg/ha

Fósforo - kg/ha

Y=3,5819-0,0013*P+0,0025*N-0,0000085N2 R2=0,7167

FIGURA 3

Resposta à doses de N x P da concentração de Sólidos Solúveis Totais

Lima Brito et al. (2000) estudando a resposta do melão à diferentes fontes de fósforo,

encontrou resposta positiva apenas para o acido fosfórico, sendo que o MAP não alterou

significativamente o acumulo de Sólidos Solúveis. Provavelmente por esta mesma razão neste

Page 24: Produção de abobrinha - Gonçalves

24

trabalho não se observa resposta do fósforo ao acumulo de SST, já que a fonte utilizada foi o

MAP.

O aumento do peso médio de frutos não foi influenciado pelo aumento das doses de

fósforo (Figura 4). Já com relação ao Nitrogênio houve resposta linear ao aumento das doses de

N, havendo resposta até a dose mais alta de N, 200 kg ha-1.

Estudando pimentão, Valenzuela & Romero (1996) observaram diminuição do

número, peso e rendimento dos frutos com a dose de 180 kg/há de N. Resultado este obtido

provavelmente pelo menor tamanho do fruto do pimentão em relação à abobrinha motivo pelo

qual esta respondeu até uma dosagem mais elevada.

0 50 100150

0

100

200

0,52

0,54

0,56

0,58

0,6

0,62

0,64

0,66

Pes

o M

édio

- g

Fósforo - kg/ha

Nitrogênio - kg/ha

Y=0,57-0,0000029*P+0,00042*N R2=0,7244

FIGURA 4

Peso médio de frutos de abobrinha (Cucurbita pepo L.) em função das doses de Fósforo e

Nitrogênio

O diâmetro dos frutos aumentou de forma linear em função das doses de fósforo,

sendo a maior dose de responsável pelos maiores valores de diâmetro, ou seja, 6,17 cm. A

resposta do diâmetro dos frutos à elevação das doses de Nitrogênio foi negativa, até 50 kg ha-1, a

partir daí nota-se um efeito positivo com resposta quadrática ao aumento das mesmas (Figura 5).

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Estudando o efeito de doses de P2O5 em berinjela utilizando o super fosfato simples

Zonta ET & AL 2006 verificou efeito semelhante a este trabalho com significância das doses

sobre várias características analisadas entre estas o diâmetro do fruto, sendo que a dosagem de

360 kg/há de P2O5 elevou os valores médios de peso do fruto, comprimento do fruto, diâmetro

do fruto, produção e produtividade, apartir desta dose até 500 kg/há houve decréscimo.

0 50 100 150200

0

1000

1

2

3

4

5

6

7

Diâ

met

ro -

cm

Nitrogênio - kg/ha

Fósforo - kg/ha

Y=4,9416+0,0018*P-0,0126*N+0,000087N2 R2=0,6846

FIGURA 5

Diâmetro dos frutos de abobrinha em função das doses de Fósforo e Nitrogênio em cobertura

Para a altura da planta a dose de 100 kg ha-1 de N associada a 150 kg ha-1 de P2O5

promoveu o resultado mais alto para esta característica chegando aos 26,52 cm, sendo o efeito

quadrático do aumento das doses de Nitrogênio, sobre a altura da planta até o limite de 150 kg/há

de N (Figura 6). Com relação ao aumento das doses de P, proporcionou um efeito linear até o

limite das doses testada, ou seja, 150 kg ha-1 de P.

Mota J.H et al. (2003) estudando o efeito de doses e fontes de fósforo em alface,

encontrou resposta quadrática para altura de planta. Onde a dose de 583 kg ha-1 de P2O5 foi

responsável pela formação do maior comprimento de caule, de 6,7 cm, sem, no entanto provocar

prejuízos no produto comercial. Resposta esta, devido provavelmente ao uso de fontes diferentes

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de fósforo. Já que neste mesmo trabalho este autor encontrou uma resposta quadrática para ao

utilizar o Superfosfato Simples e efeito linear quando utiliza o Termofosfato Magnesiano.

0 50 100 150 2000

1000

5

10

15

20

25

30

Altu

ra d

a P

lant

a - c

m

Nitrogênio - kg/ha

Fósforo - kg/ha

Y=18,69+0,0233*P+0,0834*N-0,00040N2 R2=0,6554

FIGURA 6

Altura da Planta de Abobrinha sob diferentes doses de P e N em cobertura

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6. CONCLUSÃO

A produtividade assim como o número de frutos e diâmetro do fruto da

abobrinha foi influenciada pelas doses de Fósforo e respondeu também a elevação das doses de

Nitrogênio sendo o valor mais alto de produtividade de 13,76 t/há obtido com a combinação de

100 kg/há de N e 150 kg/há de P.

O aumento das doses de P reduz o acúmulo de sólidos solúveis totais. As de N

aumentaram o valor deste.

As doses de P não influenciaram o peso médio dos frutos, mas as de N

elevaram o peso dos mesmos.

A altura da planta foi maior, na maior dosagem de P equivalente a 150k/há de

P2O5; combinada com 100 kg/há de N.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(TERRA DOS FRUTOS NET 2008) Disponível em http://terradosfrutos.blogspot.com/2008 acesso em 21 de Novembro de 2008. VALENZUELA, J.L; ROMERO, L. Yield and optimum rate of nutrient in Capsicum annumm cv Lamuyo. Python Intern. J. Exp. Bot., v. 52, p. 63 – 75, 1996. ZONTA, T.T.; BISCARO, G.A.; CRESPI, R.S.F.; DE OLIVEIRA, A.C.; Adubação Fosfatada no desenvolvimento e produtividade da cultura da berinjela irrigada na região do município de Cassilândia-MS Disponível em http://www.abhorticultura.com.br/eventosx/trabalhos acesso 21 de novembro de 2008.