procurador da alerj 10ª fase · procurador da alerj – 10ª fase 5 todos os direitos reservados...

64
Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento. CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Procurador da ALERJ 10ª Fase FGV Período: 2011-2016

Upload: others

Post on 27-Jun-2020

10 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

CEM

CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER

Procurador da ALERJ

10ª Fase

FGV

Período: 2011-2016

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

2 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Sumário Direito Ambiental ............................................................................................................................................ 3

Constituição e Meio Ambiente .................................................................................................................. 3

Resoluções do CONAMA........................................................................................................................... 3

Licenciamento Ambiental ........................................................................................................................ 15

Unidades de Conservação ........................................................................................................................ 18

Código Florestal ......................................................................................................................................... 23

Direito Eleitoral ............................................................................................................................................. 28

Inelegibilidade ........................................................................................................................................... 28

Português ........................................................................................................................................................ 29

Sintaxe ......................................................................................................................................................... 29

Gabarito .......................................................................................................................................................... 64

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

3 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Direito Ambiental

Constituição e Meio Ambiente 1) FGV - OAB UNI NAC/OAB/XIV Exame/2014 Kellen, empreendedora individual, obtém, junto ao órgão municipal, licença de instalação de uma fábrica de calçados. A respeito da hipótese formulada, assinale a afirmativa correta. a) A licença não é válida, uma vez que os municípios têm competência para a análise de estudos de impacto ambiental, mas não para a concessão de licença ambiental. b) Com a licença de instalação obtida, a fábrica de calçados poderá iniciar suas atividades de produção, gerando direito adquirido pelo prazo mencionado na licença expedida pelo município. c) A licença é válida, porém não há impedimento que um Estado e a União expeçam licenças relativas ao mesmo empreendimento, caso entendam que haja impacto de âmbito regional e nacional, respectivamente. d) Para o início da produção de calçados, é imprescindível a obtenção de licença de operação, sendo concedida após a verificação do cumprimento dos requisitos previstos nas licenças anteriores. 2) FGV - OAB UNI NAC/OAB/XII Exame/2013 O estado Y pretende melhorar a qualidade do ar e da água em certa região que compõe o seu território, a qual é abrangida por quatro municípios. Considerando o caso, assinale a alternativa que indica a medida que o estado Y deve adotar. a) Instituir Região Metropolitana por meio de lei ordinária, a qual retiraria as competências dos referidos municípios para disciplinar as matérias. b) Por iniciativa da Assembleia Estadual, editar lei definindo a região composta pelos municípios como área de preservação permanente, estabelecendo padrões ambientais mínimos, de acordo com o plano de manejo. c) Editar lei complementar, de iniciativa do Governador do estado, a qual imporá níveis de qualidade a serem obedecidos pelos municípios, sob controle e fiscalização do órgão ambiental estadual. d) Incentivar os municípios que atingirem as metas ambientais estipuladas em lei estadual, por meio de distribuição de parte do ICMS arrecadado, nos limites constitucionalmente autorizados.

Resoluções do CONAMA 3) FGV - AJ I (TJ AM)/TJ AM/Enfermagem/2013 Conforme a Resolução CONAMA 358/05, os Resíduos de Serviços de Saúde são classificados em cinco grupos, de acordo com os riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, a fim de que tenham gerenciamento adequando.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

4 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Com base nessa classificação, assinale a afirmativa correta. a) Grupo A - resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. b) Grupo B - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. c) Grupo C - resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. d) Grupo D - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. e) Grupo E - materiais pérfurocortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi e lancetas. 4) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Geólogo/2013 A Resolução CONAMA n. 396/08, Art. 3º, Capítulo II, adota classificações para as águas subterrâneas. A esse respeito, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a a Falsa. ( ) A Classe 2 compreende as águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses, sem alteração de sua qualidade por atividades antrópicas, não exigindo tratamento para quaisquer usos preponderantes devido às suas características hidrogeoquímicas naturais. ( ) A Classe especial compreende as águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses destinadas à preservação de ecossistemas em unidades de conservação de proteção integral e as que contribuam diretamente para os trechos de corpos de água superficial. ( ) A classe 1 compreende as águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou porção desses, sem alteração de sua qualidade por atividades antrópicas, exigindo tratamento adequado, dependendo do uso preponderante, devido às suas características hidrogeoquímicas naturais. As afirmativas são, respectivamente, a) V, F e F. b) V, V e F. c) F, V e F. d) V, F e V. e) F, F e V. 5) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Geólogo/2013 Segundo o Art. 26, da Constituição Federal de 1988, as águas subterrâneas são bens dos Estados e a Resolução CONAMA n. 396/08, Art. 2º, Capítulo I, adota várias definições para esse tema.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

5 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. O enquadramento estabelece meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um aquífero, conjunto de aquíferos ou porção desses. II. No monitoramento mede‐se ou verifica‐se os parâmetros de qualidade ou quantidade das águas subterrâneas, em frequência definida. III. Nos usos preponderantes, as águas subterrâneas podem ser usadas para o consumo humano, a dessedentação de animais, a irrigação e a recreação. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 6) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Geólogo/2013 A Resolução CONAMA n. 420/09, que estabelece critérios de qualidade do solo quanto à presença de substância químicas e no Art. 6º, capítulo I, dentre outros, adota os seguintes termos: 1. Avaliação de risco; 2. Bens a proteger; 3. Fase Livre. Para efeito da resolução, relacione os termos acima com as definições a seguir. ( ) Ocorrência de substância ou produto imiscível, em fase separada da água. ( ) Saúde e bem‐estar da população; fauna e flora; qualidade do solo, das águas e do ar; interesses de proteção à natureza/paisagem; infraestrutura da ordenação territorial e planejamento regional e urbano; segurança e ordem pública. ( ) Processo pelo qual são identificados, avaliados e quantificados os riscos à saúde humana ou a bem de relevante interesse ambiental a ser protegido. Assinale a alternativa que indica a ordem correta, de cima para baixo. a) 3 – 2 – 1. b) 3 – 1 – 2. c) 2 – 3 – 1. d) 2 – 1 – 3. e) 1 – 2 – 3.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

6 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

7) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Geólogo/2013 A Resolução CONAMA n. 420/09, Capítulo IV, Arts. 24 ao 27, dispõe os critérios de qualidade do solo quanto a presença de substância químicas. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. A área em que, após a realização de uma avaliação preliminar, forem observados indícios da presença de contaminação ou identificadas condições que possam representar perigo é classificada como Área Suspeita de Contaminação (AS). II. A área em que for comprovada, mediante investigação confirmatória, a contaminação com concentrações de substâncias no solo ou nas águas subterrâneas acima dos valores de investigação é classificada como Área Contaminada sob Investigação (AI). III. A área em que for constatada a presença de substâncias químicas em fase livre ou for comprovada, após investigação detalhada e avaliação de risco, a existência de risco à saúde humana é classificada como Área Contaminada sob Intervenção (ACI). Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa III estiver correta. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 8) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Meteorologista/2013 O primeiro dispositivo legal decorrente do Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar – PRONAR foi a Resolução CONAMA n. 03/90, que estabeleceu os padrões nacionais da qualidade do ar. Por essa resolução foram estabelecidos os métodos de amostragem e análise dos poluentes, sendo indicados para a fumaça, o monóxido de carbono e o ozônio, respectivamente, os métodos a) de separação inercial, de pararosanilina e do infravermelho. b) de refletância, do infravermelho não dispersivo e de quimiluminescência. c) de quimiluminescência, de refletância e de separação inercial. d) de refletância, de pararosanilina e de quimiluminescência. e) de separação inercial, do infravermelho não dispersivo e de quimiluminescência. 9) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Ambiental/2013 A RESOLUÇÃO CONAMA N. 273/00 estabelece diretrizes para o licenciamento ambiental de postos de combustíveis e serviços e dispõe sobre a prevenção e controle da poluição. Para a emissão das Licenças Prévia e de Instalação desses estabelecimentos, o órgão ambiental exigirá os documentos relacionados nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

7 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

a) O projeto básico que especifica os equipamentos e sistemas de monitoramento, proteção, sistema de detecção de vazamento, sistemas de drenagem, tanques de armazenamento de derivados de petróleo e de outros combustíveis para fins automotivos e sistemas acessórios de acordo com as Normas ABNT. b) A declaração da prefeitura municipal de que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com o Plano Diretor. c) O plano de manutenção de equipamentos e sistemas e procedimentos operacionais. d) A cópia autenticada do documento expedido pela Capitania dos Portos, autorizando a localização e o funcionamento, de um posto flutuante, contendo sua localização geográfica no respectivo curso d'água. e) O detalhamento do tipo de tratamento e controle de efluentes provenientes dos tanques, áreas de bombas e áreas sujeitas a vazamento de derivados de petróleo ou de resíduos oleosos. 10) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Ambiental/2013 A Lei de Recursos Hídricos de 1997 estabelece o enquadramento dos rios como um instrumento de gestão dos recursos hídricos e as condições de qualidade da água dos rios. A resolução do CONAMA n. 357/2005 define as classes dos rios. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. As classes vão de 1 a 5, sendo as classes 1 e 2 as de melhor qualidade. II. As águas de classe 1 podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado. III. Os indicadores para enquadrar os rios nas diferentes classes são os parâmetros da qualidade da água em que estão indicados as fontes de contaminação. Assinale: a) se somente a afirmativa II estiver correta. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 11) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Civil/Hidrólogo/2013 A Resolução CONOMA n. 430/11 dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes de adota algumas definições complementares as anteriormente realizadas na Resolução CONAMA n. 357/05. Relacione os itens listados a seguir com suas respectivas definições. 1. Fator de toxicidade 2. Concentração letal mediana

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

8 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

3. Concentração de efeito não observado 4. Capacidade de suporte do corpo receptor ( ) Valor máximo de determinado poluente que o corpo hídrico pode receber, sem comprometer a qualidade da água e seus usos determinados pela classe de enquadramento. ( ) Maior concentração do efluente que não causa efeito deletério estatisticamente significativo na sobrevivência e reprodução dos organismos, em um determinado tempo de exposição, nas condições de ensaio. ( ) Concentração do efluente que causa efeito agudo (letalidade ou imobilidade) a 50% dos organismos, em determinado período de exposição, nas condições de ensaio. ( ) Número adimensional que expressa a menor diluição do efluente que não causa efeito deletério agudo aos organismos, num determinado período de exposição, nas condições de ensaio. Assinale a alternativa que mostra a relação correta, de cima para baixo. a) 1, 3, 2 e 4. b) 1, 4, 2 e 3. c) 4, 2, 3 e 1. d) 2, 4, 3 e 1. e) 4, 3, 2 e 1. 12) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Hidráulico/2013 A Resolução CONAMA n. 430/11, entre outras coisas, dispõe sobre as condições de lançamento de efluentes. Segundo essa resolução, os efluentes de qualquer fonte poluidora poderão ser lançados diretamente no corpo receptor, resguardadas outras cabíveis, quando a) o pH estiver abaixo de 7. b) a temperatura for inferior a 30ºC. c) houver ausência de materiais flutuantes. d) os materiais sedimentáveis forem de até 5 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. e) os óleos vegetais e gorduras animais forem de até 100 mg/L. 13) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Hidráulico/2013 As águas doces, salobras e salinas do Território Nacional são classificadas, pela Resolução CONAMA n. 375/05, segundo a qualidade requerida para seus usos preponderantes, em treze classe de qualidade. Com relação a essas classes, assinale a afirmativa correta. a) As águas doces da Classe 1 deverão ter DBO 5 dias a 20ºC até 3 mg/L O2 e turbidez até 40

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

9 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

UNT. b) As águas salinas da Classe 3 podem ser destinadas à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas. c) As águas sobras da Classe 2 podem ser destinadas à aquicultura e à proteção das comunidades aquáticas. d) As águas salinas da Classe 1 deverão ter OD, em qualquer amostra, não inferior a 2 mg/L O2. e) As águas doces da Classe 4 podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção. 14) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Químico/2013 Em relação ao padrão para o nitrogênio amoniacal total para águas doces de classe 1, a resolução CONAMA 357/2005 preconiza as seguintes condições: 3,7mg/L N, para pH < 7,5 2,0 mg/L N, para 7,5 < pH < 8,0 1,0 mg/L N, para 8,0 < pH < 8,5 0,5 mg/L N, para pH > 8,5 A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. O nitrogênio amoniacal total é a soma das parcelas do nitrogênio aminiacal livre (NH3) e dissociado (NH4+) II. A dissociação do nitrogênio amoniacal é função do pH e temperatura III. Quanto maior o pH da água, a uma determinada temperatura, maior parcela de amônia na forma dissociada (NH4+) e maior sua toxicidade ao meio aquático. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 15) FGV - Eng (SUDENE)/SUDENE/Área 1/2013 Leia o texto a seguir. Pela Resolução CONAMA n. 237/1997, o prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a _____ anos. O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, _____ anos e, no máximo, _____

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

10 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

anos. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do fragmento acima. a) 5 (cinco) – 3 (três) – 8 (oito) b) 5 (cinco) – 4 (quatro) – 8 (oito) c) 6 (seis) – 4 (quatro) – 10 (dez) d) 6 (seis) – 5 (cinco) – 10 (dez) e) 4 (quatro) – 5 (cinco) – 10 (dez) 16) FGV - Eng (SUDENE)/SUDENE/Área 5/2013 A Resolução n. 357/05 do CONAMA dispõe sobre a classificação e as diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água superficiais. A esse respeito, analise os itens a seguir. I. Águas doces: salinidade igual ou inferior a 0,5‰. II. Águas salobras: salinidade superior a 0,5‰ e inferior a 30‰. III. Águas salinas: salinidade igual ou superior a 30‰. Assinale: a) se somente o item I estiver correto. b) se somente o item II estiver correto. c) se somente os itens I e II estiverem corretos. d) se somente os itens I e III estiverem corretos. e) se todas os itens estiverem corretos. 17) FGV - Geol (SUDENE)/SUDENE/2013 Um dos aspectos relevantes para a proteção da qualidade dos solos e da água subterrânea é a publicação de valores de referência quanto ao nível aceitável de contaminantes nestes meios. No Brasil, foi editada a Resolução CONAMA 420/2009, que “Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas”. Com relação a essa norma legal, assinale a afirmativa correta. a) O gerenciamento de áreas contaminadas tem como objetivo eliminar o perigo ou reduzir o risco à saúde humana e eliminar ou minimizar os riscos ao meio ambiente. b) As águas subterrâneas não estão contempladas na lista de valores orientadores para a contaminação. c) A resolução CONAMA n. 420/2009 apresenta um fluxograma para a análise de risco em áreas contaminadas. d) São apresentados valores de referência para a qualidade do solo, considerando somente a contaminação antrópica por poluentes orgânicos.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

11 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

e) No caso de suspeita de contaminação por substâncias radioativas, o órgão ambiental federal responsável deverá promover imediata remediação da área. 18) FGV - OAB UNI NAC/OAB/VII Exame/2012 Um shopping center, que possui cerca de 250 lojas e estacionamento para dois mil veículos, foi construído há doze anos sobre um antigo aterro sanitário e, desde sua inauguração, sofre com a decomposição de material orgânico do subsolo, havendo emissão diária de gás metano, em níveis considerados perigosos à saúde humana, podendo causar explosões. Em razão do caso exposto, assinale a alternativa correta: a) Como o shopping foi construído há mais de cinco anos, a obrigação de elaborar estudo prévio de impacto ambiental e de se submeter a licenciamento já prescreveu. Assim o empreendimento poderá continuar funcionando. b) A licença de operação ambiental tem prazo de validade de dez anos. Logo o shopping já cumpriu com suas obrigações referentes ao licenciamento e ao estudo prévio de impacto ambiental, e poderá continuar com suas atividades regularmente. c) A decomposição de material orgânico continua ocorrendo, e é considerada perigosa à saúde humana e ao meio ambiente. Logo, o shopping center em questão poderá ser obrigado pelo órgão ambiental competente a adotar medidas para promover a dispersão do gás metano, de forma a minimizar ou anular os riscos ambientais, mesmo que já possua licença de operação válida. d) Caso o shopping center possua licença de operação válida, não poderá ser obrigado pelo órgão ambiental competente, no caso exposto, a adotar novas medidas para a dispersão do gás metano. Apenas no momento da renovação de sua licença de operação poderá ser obrigado a adquirir novo equipamento para tal fim. 19) FGV - OAB UNI NAC/OAB/IV Exame/2011 Assinale a alternativa correta quanto ao licenciamento ambiental e ao acesso aos dados e informações existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama. a) Caso a área que sofrerá o impacto ambiental seja considerada estratégica para o zoneamento industrial nacional de petróleo e gás e em áreas do pré-sal, o órgão ambiental poderá elaborar estudo prévio de impacto ambiental sigiloso. b) Um cidadão brasileiro pode solicitar informações sobre a qualidade do meio ambiente em um município aos órgãos integrantes do Sisnama, mediante a apresentação de título de eleitor e comprovação de domicílio eleitoral no local. c) A exigência de Estudo Prévio de Impacto Ambiental para aterros sanitários depende de decisão discricionária do órgão ambiental, que avaliará no caso concreto o potencial ofensivo da obra. d) Uma pessoa jurídica com sede na França poderá solicitar, aos órgãos integrantes do Sisnama, mediante requerimento escrito, mesmo sem comprovação de interesse específico, informações sobre resultados de monitoramento e auditoria nos sistemas de controle de poluição e de atividades potencialmente poluidoras das empresas brasileiras. 20) FGV - OAB UNI NAC/OAB/XV Exame/2014 Antes de dar início à instalação de unidade industrial de produção de roupas no Município X,

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

12 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Julio Cesar consulta seu advogado acerca dos procedimentos prévios ao começo da construção e produção. Considerando a hipótese, assinale a afirmativa correta. a) Caso a unidade industrial esteja localizada em terras indígenas, ela não poderá ser instalada b) Caso a unidade industrial esteja localizada e desenvolvida em dois estados da federação, ambos terão competência para o licenciamento ambiental. c) Caso inserida em qualquer Unidade de Conservação, a competência para o licenciamento será do IBAMA. d) Caso o impacto seja de âmbito local, a competência para o licenciamento ambiental será do Município. 21) FGV - Eng (Florianópolis)/Pref Florianópolis/Engenharia Sanitarista Ambiental/2014 Estima-se que cerca de 70% de toda a água utilizada no mundo vá para a agricultura. No entanto, o reuso da água para irrigação tem sido apontado como uma alternativa para diminuir problemas de abastecimento. Para o reuso da água na irrigação, é necessário atender aspectos sanitários, previstos na Resolução CONAMA no 357/2005, que permite o uso das seguintes classes para a irrigação de hortaliças consumidas cruas: a) águas doces da classe 1 e águas salobras da classe 1; b) águas doces da classe 2 e águas salinas da classe 1 c) águas doces das classes 2 e 3; d) águas salobras da classes 3; e) águas doces da classe 2, águas salobras da classe 2 e águas salinas da classe 1. 22) FGV - Eng (Florianópolis)/Pref Florianópolis/Engenharia Sanitarista Ambiental/2014 Segundo a Resolução CONAMA nº 430/2011, as condições e padrões para efluentes de sistemas de tratamento de esgotos sanitários admitem valores máximos de temperatura e de demanda bioquímica de oxigênio (DBO - 5 dias, 20°C), respectivamente, de: a) 40°C e 120 mg/L; b) 35°C e 80 mg/L; c) 45°C e 60 mg/L; d) 35°C e 120 mg/L; e) 35°C e 60 mg/L. 23) FGV - Eng (Florianópolis)/Pref Florianópolis/Engenharia Sanitarista Ambiental/2014 Sobre a Resolução CONAMA nº 237/1997, analise as afirmativas a seguir. I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos. II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

13 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos. Está correto o que se afirma em: a) somente I; b) somente III; c) somente I e II; d) somente II e III; e) I, II e III. 24) FGV - FMA (Florianópolis)/Pref Florianópolis/2014 Em relação aos tipos de licenças ambientais, a Resolução CONAMA nº 237 define a licença concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação, como licença: a) de instalação; b) de localização; c) de operação; d) prévia; e) básica. 25) FGV - Geol (Florianópolis)/Pref Florianópolis/2014 Em função da natureza, características e peculiaridades de determinadas atividades ou empreendimentos, o CONAMA definirá, quando necessário, licenças ambientais específicas, observando, inclusive, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação. Para as atividades relacionadas à exploração e lavra de jazidas de combustíveis líquidos e gás natural, o CONAMA, por meio da Resolução nº 23/94, estabeleceu as seguintes licenças ambientais: a) Licença Especial de Exploração, que autoriza a produção em unidades de conservação, e Licença Simplificada de Transporte, permitindo a implantação de gasodutos destinados ao fornecimento de gás para habitações de interesse social; b) Licença Prévia para Perfuração – LPper, autorizando a atividade de perfuração, e Licença Prévia para Produção para Pesquisa – LPpro, autorizando a produção para pesquisa da viabilidade econômica da jazida; c) Licença Prévia e de Instalação - LPI, que autoriza a localização e instalação de mineradoras, e Licença Única de Instalação e Operação - LIO, para as demais atividades minerais de pequeno porte e baixo impacto ambiental; d) Licença ambiental de novos empreendimentos destinados ao fornecimento de gás para habitações de interesse social – LHIS, e a Licença Única para Exploração e Lavra – LEL, que permite a instalação e operação; e) Licença ambiental simplificada de perfuração - LsP e Licença Ambiental Única – LAU, de Instalação e Operação ou ato administrativo equivalente, que autoriza a implantação e operação de exploração e produção do gás natural.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

14 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

26) FGV - Ag Fisc (TCM SP)/TCM-SP/Engenharia Civil/2015 A Resolução do CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997, regulamenta os procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental. No que se refere às competências no processo de licenciamento ambiental, é correto afirmar que: a) os empreendimentos e atividades licenciados no nível de competência estadual devem ser licenciados também no nível federal; b) compete ao órgão ambiental estadual o licenciamento ambiental de atividades localizadas ou desenvolvidas em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); c) o licenciamento ambiental só poderá ser realizado no nível federal ou estadual, cabendo aos municípios apenas o acompanhamento do processo; d) compete ao órgão ambiental estadual o licenciamento ambiental de bases ou empreendimentos militares desenvolvidos em mais de um Município; e) o licenciamento ambiental de atividades cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais brasileiros será realizado junto ao PNUMA/ONU. 27) FGV - AJ (TJ BA)/TJ BA/Apoio Especializado/Odontologia/2015 De acordo com a RDC ANVISA nº 306/04 e Resolução CONAMA nº 358/05, os Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E. Pertencem ao grupo E: a) produtos hormonais e antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores e os resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98; b) rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a Resolução CNEN-6.05; c) lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi; micropipetas; utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea); d) papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de pacientes, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, equipamento de soro e outros similares; e) culturas e estoques de microorganismos; descarte de vacinas de microorganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentos usados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. 28) FGV - Tec NS (SME Cuiabá)/Pref Cuiabá/Engenharia Sanitária e Ambiental/2015 A Resolução do CONAMA nº 237/1997, define prazos diferenciados para cada modalidade de licença (LI, LP e LO). De acordo com esse instrumento legal, o órgão ambiental competente, ao estabelecer o prazo de validade de uma licença de operação, deverá considerar, respectivamente, a) um mínimo de 2 anos e um máximo de 5 anos. b) um mínimo de 3 anos e um máximo de 6 anos. c) um mínimo de 3 anos e um máximo de 8 anos. d) um mínimo de 4 anos e um máximo de 8 anos.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

15 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

e) um mínimo de 4 anos e um máximo de 10 anos.

Licenciamento Ambiental 29) FGV - ADE (CODEMIG)/CODEMIG/Analista Ambiental/2015 Em matéria de licenciamento ambiental, a Lei Complementar nº 140/2011 estabelece que: a) a supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais é autorizada pelo órgão ambiental municipal, ainda que o licenciamento esteja sendo levado a cabo no âmbito do Estado ou da União; b) no caso de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores que, em tese, atinjam dois Estados da Federação, há necessidade de obtenção de licença ambiental pelo órgão competente de ambos os entes federativos e da União; c) para autorização de supressão e manejo de vegetação, e para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, o critério do ente federativo instituidor da unidade de conservação é aplicado às Áreas de Proteção Ambiental; d) a renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de cento e vinte dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente; e) os demais entes federativos interessados no processo de licenciamento de determinado empreendimento podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou autorização, de maneira vinculante, desde que respeitados os prazos e procedimentos legais. 30) FGV - ADE (CODEMIG)/CODEMIG/Analista Ambiental/2015 De acordo com a Resolução do CONAMA nº 237/1997, a licença prévia: a) autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; b) permite o início da operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta do estudo de impacto ambiental (EIA) e das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação; c) ocorre no início do processo administrativo de licenciamento ambiental, antes da apresentação do estudo de impacto ambiental (EIA) e respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA) e atesta a viabilidade jurídico-ambiental do empreendimento; d) consiste nos estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, englobando o relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco; e) é concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

16 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

31) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Agrônomo/2013 As atividades agropecuárias e florestais causam impactos negativos aos meios biótico, físico e antrópico, sujeitando‐se à elaboração de estudo de impacto ambiental – EIA, e respectivo relatório de impacto ambiental – RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão ambiental competente. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir. I. A exploração econômica de madeira ou de lenha quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental – RIMA. II. Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, independente da quantidade em toneladas por dia, dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental – RIMA. III. Os Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 ha ou menores, quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental, dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental – RIMA. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 32) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Químico/2013 Leia o fragmento a seguir. Realizar um prognóstico das consequências de um empreendimento, e sugerir medidas, na forma de pré-projetos, com o objetivo de minimizar os impactos considerados negativos e maximizar aqueles considerados positivos. O fragmento refere-se a) ao Estudo de Impacto Ambiental. b) ao Licenciamento Ambiental. c) à Licença Prévia. d) à Licença de Instalação. e) à Licença de Operação. 33) FGV - OAB UNI NAC/OAB/IX Exame/2012 A respeito dos princípios aplicáveis ao Licenciamento e ao Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), assinale a afirmativa correta.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

17 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

a) O licenciamento ambiental é norteado pelos princípios da informação e da participação popular. Logo, a audiência pública é uma etapa fixa do processo de avaliação ambiental, não podendo ser dispensada pelo órgão ambiental competente. b) O licenciamento ambiental e o estudo prévio de impacto ambiental devem preceder toda obra em área pública, em razão do princípio da função socioambiental da propriedade. c) O licenciamento ambiental pode ocorrer sem que haja audiência pública. Porém, havendo EIA, esta pode ser realizada de ofício pelo órgão ambiental ao julgar necessária ou requerida por, no mínimo, 50 cidadãos, por entidade civil ou pelo Ministério Público, em razão dos princípios da informação e da participação popular. d) O licenciamento ambiental se baseia no princípio da prevenção de danos. Logo, só atividades em que haja certeza científica e inconteste de degradação ambiental estão sujeitas ao estudo prévio de impacto ambiental. 34) FGV - OAB UNI NAC/OAB/XVIII Exame/2015 Determinada sociedade empresária consulta seu advogado para obter informações sobre as exigências ambientais que possam incidir em seus projetos, especialmente no que tange à apresentação e aprovação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório (EIA/RIMA). Considerando a disciplina do EIA/RIMA pelo ordenamento jurídico, assinale a afirmativa correta. a) O EIA/RIMA é um estudo simplificado, integrante do licenciamento ambiental, destinado a avaliar os impactos ao meio ambiente natural, não abordando impactos aos meios artificial e cultural, pois esses componentes, segundo pacífico entendimento doutrinário e jurisprudencial, não integram o conceito de “meio ambiente”. b) O EIA/RIMA é exigido em todas as atividades e empreendimentos que possam causar impactos ambientais, devendo ser aprovado previamente à concessão da denominada Licença Ambiental Prévia. c) O EIA/RIMA, além de ser aprovado entre as Licenças Ambientais Prévia e de Instalação, tem a sua metodologia e o seu conteúdo regrados exclusivamente por Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), podendo a entidade / o órgão ambiental licenciador dispensá-lo segundo critérios discricionários e independentemente de fundamentação, ainda que a atividade esteja prevista em Resolução CONAMA como passível de EIA/RIMA. d) O EIA-RIMA é um instrumento de avaliação de impactos ambientais, de natureza preventiva, exigido para atividades/empreendimentos não só efetiva como potencialmente capazes de causar significativa degradação, sendo certo que a sua publicidade é uma imposição Constitucional (CRFB/1988). 35) FGV - Tec NS (SME Cuiabá)/Pref Cuiabá/Engenharia Sanitária e Ambiental/2015 A Resolução CONAMA nº 01/1996, estabelece as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para o uso e a implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Segundo esse instrumento legal, uma das atividades técnicas mínimas a ser desenvolvida em um EIA é o diagnóstico ambiental da área de influência do projeto.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

18 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Esse diagnóstico, na análise do meio físico, deve considerar a) o regime hidrológico e as correntes atmosféricas. b) as espécies de valor científico e econômico. c) o uso e a ocupação do solo. d) os monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade. e) as áreas de preservação permanente. 36) FGV - ADE (CODEMIG)/CODEMIG/Analista Ambiental/2015 Em alguns casos, podem-se adotar licenças ambientais específicas, algumas relacionadas à exploração e lavra de jazidas de combustíveis líquidos e gás natural. Em uma delas é exigido apenas o Relatório de Controle Ambiental. Trata-se da: a) Licença Prévia para Produção – LPpro, autorizando a produção inicial; b) Licença Prévia para Perfuração – LPper, autorizando a atividade de perfuração; c) Licença Prévia e de Instalação - LPI, autorizando a instalação da lavra; d) Licença Ambiental Única de Instalação e Operação – LAUIO, autorizando a pesquisa mineral; e) Licença Única de Instalação e Operação - LIO, em áreas sem restrições ambientais.

Unidades de Conservação 37) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Advogado/2013 A Lei n. 9.985/00 instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Nos termos deste diploma legal, assinale a afirmativa incorreta. a) As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem‐se em Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. b) As Unidades de Uso Sustentável tem como objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. c) O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto de unidades de conservação nas categorias de Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre. d) A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais. e) O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica, sendo constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários 38) FGV - OAB UNI NAC/OAB/XIII Exame/2014 Bruno é proprietário de pousada que está em regular funcionamento há seis anos e explora o ecoturismo. Na área em que a pousada está localizada, o estado da federação pretende instituir estação ecológica com o objetivo de promover a proteção da flora e da fauna locais. A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

19 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

a) Não é possível o estado instituir a estação ecológica, pois fere o princípio da segurança jurídica, tendo em vista que a pousada funcionava regularmente há mais de cinco anos. b) É possível a instituição da estação ecológica pelo estado da federação, não impedindo o funcionamento da pousada, visto que Bruno tem direito adquirido ao exercício da atividade econômica. c) É possível a instituição da estação ecológica com a cessação da atividade econômica da pousada, desde que o Poder Público Estadual indenize Bruno pelos prejuízos que a instituição da unidade de conservação causar à sua atividade. d) É possível a instituição da estação ecológica com a cessação da atividade econômica da pousada, não cabendo ao Poder Público qualquer forma de indenização, tendo em vista a supremacia do interesse coletivo sobre os interesses individualmente considerados. 39) FGV - OAB UNI NAC/OAB/VIII Exame/2012 Sobre a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), assinale a afirmativa correta. a) As RPPN’s são unidades de conservação criadas em áreas de posse e domínios privados, gravadas com perpetuidade, e deverão ser averbadas, por intermédio de Termo de Compromisso, no Registro Público de Imóveis b) As RPPN’s são unidades de conservação criadas em áreas de posse pública e domínio privado, e deverão ser averbadas, por intermédio de Termo de Compromisso, no Registro Público de Imóveis c) As RPPN’s são unidades de conservação criadas em áreas de posse e domínios privados, deverão ser averbadas, por intermédio de Termo de Compromisso, no Registro Público de Imóveis. Porém não serão perpétuas, em razão do direito fundamental à propriedade privada. d) As RPPN’s são unidades de conservação criadas em áreas de posse pública e domínio privado. Em razão do princípio da defesa do meio ambiente são instituídas automaticamente, sem necessidade de avaliação do órgão ambiental, bastando o interesse do proprietário privado e a averbação, por intermédio de Termo de Compromisso, no Registro Público de Imóveis. 40) FGV - OAB UNI NAC/OAB/VI Exame/2011 Com relação ao sistema nacional de unidades de conservação, assinale a alternativa correta. a) As unidades de conservação do grupo de proteção integral são incompatíveis com as atividades humanas; logo, não se admite seu uso econômico direto ou indireto, não podendo o Poder Público cobrar ingressos para a sua visitação. b) A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem modificação dos seus limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade. O Poder Público está dispensado de promover consulta pública e estudos técnicos novos, bastando a reanálise dos documentos que fundamentaram a criação da unidade de conservação. c) O parque nacional é uma unidade de conservação do grupo de proteção integral, de posse e domínios públicos. É destinado à preservação ambiental e ao lazer e à educação ambiental da população; logo, não se admite seu uso econômico direto ou indireto, não podendo o Poder Público cobrar ingressos para a sua visitação. d) As unidades de conservação do grupo de Uso Sustentável podem ser transformadas total ou parcialmente em unidades do grupo de Proteção Integral, por instrumento normativo do mesmo

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

20 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

nível hierárquico do que criou a unidade, desde que respeitados os procedimentos de consulta pública e estudos técnicos. 41) FGV - OAB UNI NAC/OAB/VII Exame/2012 O Prefeito do Município de Belas Veredas, após estudos técnicos e realização de audiência pública, decide pela criação de um parque, em uma área onde podem ser encontrados exemplares exuberantes de Mata Atlântica. Assim, edita decreto que fixa os limites do novo parque municipal. Passados dois anos, recebe pedidos para que o parque seja reavaliado e transformado em uma Área de Relevante Interesse Ecológico, com uma pequena redução de seus limites. Tendo em vista a situação descrita, assinale a alternativa correta. a) Em razão do princípio da simetria das formas no direito ambiental, a Unidade de Conservação criada por ato do Poder Executivo poderá ser reavaliada e ter seus limites reduzidos também por decreto. b) Como a Mata Atlântica é considerada patrimônio nacional, por força do art. 225, §4º, da CRFB, apenas a União possui competência para a criação de unidades de conservação que incluam tal bioma em seus limites. c) A criação do parque é constitucional e legal, mas, como a área está definida como Unidade de Conservação de Proteção Integral, a alteração para Área de Relevante Interesse Ecológico, que é de Unidade de Conservação de Uso Sustentável, com redução de limites, só pode ser feita por lei. d) A reavaliação poderá ser feita por decreto, uma vez que a Área de Relevante Interesse Ecológico também é uma Unidade de Conservação do grupo de proteção integral. 42) FGV - OAB UNI NAC/OAB/IX Exame/2012 Com relação ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação, assinale a afirmativa correta. a) As unidades de conservação devem ser criadas por lei, exigindo-se para tal prévia consulta pública e elaboração de estudo prévio de impacto ambiental. b) São unidades de conservação do grupo de proteção integral a floresta nacional, o parque nacional, a área de proteção ambiental e a reserva de fauna. c) As unidades de conservação do grupo de proteção integral podem ter seus limites reduzidos, através de lei específica. d) São unidades de conservação do grupo de uso sustentável a estação ecológica, a reserva extrativista e a reserva particular do patrimônio natural. 43) FGV - OAB UNI NAC/OAB/XVII Exame/2015 Determinado Município, por intermédio de lei que contemplou questões como potencial construtivo, zoneamento de bairros e complexos esportivos, reduziu os limites de uma determinada Unidade de Conservação. Considerando o caso hipotético em tela, assinale a opção que se harmoniza com a legislação ambiental. a) A lei municipal em questão será considerada válida e eficaz, pois a redução dos limites de uma Unidade de Conservação pode ser feita até mesmo por Decreto. b) A redução de limites, assim como a desafetação de uma Unidade de Conservação, não demanda lei específica, exigindo apenas a necessária e prévia aprovação de Estudo de Impacto

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

21 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Ambiental e respectivo relatório (EIA-RIMA). c) A redução operada pela lei, para produzir efeitos, dependerá da aprovação do Conselho Gestor da Unidade de Conservação impactada, garantindo-se a participação pública direta no referido procedimento de deliberação e aprovação. d) A redução dos limites da Unidade de Conservação, conquanto possa evidenciar os efeitos concretos da lei, somente pode ser feita mediante lei específica, regra esta que também se aplica à desafetação. 44) FGV - JE TJAM/TJ AM/2013 A respeito da Lei n. 9.985/00, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, estabelecendo critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação, assinale a afirmativa correta. a) A participação efetiva das populações locais na criação, implantação e gestão das unidades de conservação constitui objetivo da lei. b) A recuperação restitui um ecossistema ou uma população silvestre degradada o mais próximo possível da sua condição original. c) A permanência de populações tradicionais que habitavam um parque nacional, quando de sua criação, é admitida, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade. d) As unidades de conservação só podem ser geridas por órgãos integrantes da administração pública direta ou por instituições que façam parte da administração pública indireta, com a participação efetiva da sociedade civil. e) A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica. 45) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Biólogo/2013 “O Mosaico de Unidades de Conservação é previsto pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (Lei 9.985/00) e tem o objetivo de a) garantir a manutenção dos processos geológicos nas áreas de conexão entre Unidades de Conservação”. b) realizar a regularização fundiária das Unidades de Conservação”. c) realizar a gestão integrada e participativa de um conjunto de Unidades de Conservação exclusivamente de Proteção Integral, que estejam próximas, sobrepostas ou justapostas”. d) realizar a gestão integrada e participativa de um conjunto de Unidades de Conservação, que estejam próximas, sobrepostas ou justapostas”. e) prestar suporte aos proprietários rurais quanto ao melhor uso do solo e dos recursos naturais e auxiliar no processo de averbação e ordenamento das reservas legais”. 46) FGV - ADE (CODEMIG)/CODEMIG/Analista Ambiental/2015 Dentre as categorias de unidade de conservação do grupo de Proteção Integral, previstas na Lei nº 9.985/2000, uma se caracteriza por ter como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Para essa categoria, se for possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais, ela pode ser constituída também por áreas particulares. A visitação pública estará sujeita às condições e restrições

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

22 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e ao que está previsto em seu regulamento. Nos casos em que exista alguma incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas, ou quando não haja aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência da unidade com o uso da propriedade, a área deverá ser desapropriada. Essa categoria é denominada: a) Área de Proteção Ambiental; b) Parque Nacional; c) Reserva Biológica; d) Monumento Natural; e) Floresta Nacional. 47) FGV - OAB UNI NAC/OAB/XIX Exame/2016 Paulo é proprietário de um grande terreno no qual pretende instalar um loteamento, já devidamente aprovado pelo Poder Público. Contudo, antes que Paulo iniciasse a instalação do projeto, sua propriedade foi integralmente incluída nos limites de um Parque Nacional. Considerando as normas que regem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, é correto afirmar que a) Paulo deverá aguardar a elaboração do plano de manejo do parque para verificar a viabilidade de seu empreendimento. b) Paulo poderá ajuizar ação com o objetivo de ser indenizado pelo lucro cessante decorrente da inviabilidade do empreendimento. c) Caso seu terreno não seja desapropriado, Paulo poderá ajuizar ação de desapropriação indireta em face da União. d) Paulo não poderá implementar seu loteamento, mas poderá explorar o ecoturismo na área com cobrança de visitação. 48) FGV - OAB UNI NAC/OAB/VI Exame/2011 A Lei 9.985/2000 instituiu a compensação ambiental, posteriormente julgada pelo Supremo Tribunal Federal. A respeito do tema, é correto afirmar que a) a compensação ambiental será concretizada, pelo empreendedor, pelo plantio de mudas de espécies nativas no entorno de unidades de conservação, visando reduzir os impactos ambientais dos empreendimentos potencialmente poluidores, especialmente aqueles que emitem gases causadores do efeito estufa. b) a compensação ambiental é exigida nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos potencialmente causadores de impactos significativos no meio ambiente, e será exigida em espécie, apurando-se o seu valor de acordo o grau de impacto causado, sendo os recursos destinados a uma unidade de conservação do grupo de proteção integral. c) a compensação ambiental é exigida nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos potencialmente causadores de impactos significativos no meio ambiente, e será exigida em espécie, apurando-se o seu valor de acordo com o grau de impacto causado, sendo os recursos destinados a uma unidade de conservação à escolha do empreendedor, em

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

23 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

razão do princípio da livre iniciativa. d) a compensação ambiental foi considerada inconstitucional, por violar frontalmente o princípio do poluidor-pagador, uma vez que permitia ao empreendedor compensar os possíveis danos ambientais de seu empreendimento por meio de um pagamento, em espécie, destinado a uma unidade de conservação do grupo de proteção integral. Logo, não pode mais ser exigida ou mesmo oferecida pelo órgão ambiental competente.

Código Florestal 49) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Advogado/2013 Com relação à Área de Preservação Permanente, nos termos da Lei Federal n. 12.651/12, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e dá outras providências, analise as afirmativas a seguir. I. É considerada área de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação natural, situadas ao longo dos rios, em faixa marginal, cuja largura mínima será de cinco metros para os rios de menos de dez metros de largura. II. É considerada área de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de trinta metros, para os cursos d’água de menos de dez metros de largura. III. É considerada área de preservação permanente, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas no topo de morros, montanha e serras, com altura mínima de oitenta metros e inclinação média maior que 25º em relação à base. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 50) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Agrônomo/2013 A respeito da Cota de Reserva Ambiental – CRA, (Lei n. 12.651/12, Art. 44), título nominativo representativo de área com vegetação nativa, existente ou em processo de recuperação, analise as afirmativas a seguir. I. É instituída sob regime de servidão ambiental, na forma do Art. 9º ‐ A da Lei n. 6.938/81. II. Correspondente à área de Reserva Legal, instituída voluntariamente sobre a vegetação que exceder os percentuais exigidos no Art. 12 da Lei n. 12.651/12.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

24 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

III. É protegida na forma de Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, nos termos do Art. 21 da Lei n. 9.985/00. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa I e II estiverem corretas. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 51) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Agrônomo/2013 A Reserva Legal, percentual de área que deve ser conservada na propriedade rural com vegetação nativa, prevista na Lei n. 12.651/12 e redação dada pela Lei n. 12.727/12, apresenta configurações diferentes. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir. I. Imóvel localizado na Amazônia Legal: de 80, 35 e 20% para áreas de Florestas, Cerrado e Campos Gerais, respectivamente. II. Imóvel localizado no Estado do Rio de Janeiro: a área da Reserva Legal deve ser maior ou igual a 20% da área do imóvel. III. Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive para assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, não será considerada a área do imóvel, antes do fracionamento, obrigando a novas marcações. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 52) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Agrônomo/2013 As Áreas de Preservação Permanente (APP) estão previstas na legislação que trata dos espaços especialmente protegidos (Lei n. 12.651/12 e redação dada pela Lei n. 12.727/12). A esse respeito, assinale a afirmativa incorreta. a) São áreas como matas ciliares, topos de morros, encostas com declividade superior a 30º. b) São áreas de serras que não permitem desmatamento por sua fragilidade e importância ambiental. c) São áreas de florestas e demais formas de vegetação natural ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água, desde o seu nível mais alto, em faixa marginal cuja largura mínima é determinada em função da largura dos cursos d'água.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

25 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

d) São áreas de grande importância ecológica e social que têm a função de preservar os recursos hídricos e a paisagem. e) São áreas com função de preservar a estabilidade geológica, a biodiversidade e o fluxo gênico da fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem‐estar das populações humanas. 53) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Engenheiro Florestal/2013 A Cota de Reserva Ambiental, segundo o Art. 44 da Lei n. 12.651/12, foi instituída como a) um fundo de investimento. b) uma autorização de supressão. c) uma averbação de recursos. d) um título nominativo. e) uma reserva de direito. 54) FGV - TSE (DPE RJ)/DPE RJ/Engenharia de Agrimensura/2014 A Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e dá outras providências, trouxe novidades para a proteção do meio ambiente. Nos termos deste diploma legal, considera(m)-se área(s) de preservação permanente a) o entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos de águas naturais. b) as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 15 metros, para os cursos d’água de menos de 10 metros de largura. c) as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de margens. d) as encostas ou parte destas com declividade superior a 50 graus, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive. e) em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 30 metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. 55) FGV - TSE (DPE RJ)/DPE RJ/Engenharia de Agrimensura/2014 Com relação à Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e dá outras providências, analise as afirmativas a seguir: I. Todo imóvel urbano e rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de reserva legal. II. Não será admitido, em nenhuma hipótese, o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da área de Reserva Legal do imóvel. III. O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis. Assinale se a) somente a afirmativa I estiver correta. b) somente a afirmativa II estiver correta.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

26 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

c) somente a afirmativa III estiver correta. d) somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) todas as afirmativas estiverem corretas. 56) FGV - TSE (DPE RJ)/DPE RJ/Engenharia de Agrimensura/2014 A Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e dá outras providências. Com relação à possibilidade de intervenção ou supressão de vegetação nativa em áreas de preservação permanente, descritas no mencionado diploma legal, analise as afirmativas a seguir, considerando V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s): ocorrerá somente nas hipóteses de utilidade pública; ocorrerá somente nas hipóteses de interesse social; ocorrerá somente nas hipóteses de utilidade pública, interesse social e baixo impacto ambiental. A sequência correta é a) F-F-F b) F-F-V c) V-V-F d) F-V-V e) V-F-F 57) FGV - Eng (SUDENE)/SUDENE/Área 1/2013 Considera‐se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos da Lei n. 12.651/12, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de I. 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura. II. 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura. III. 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros. Assinale: a) se somente I estiver correta. b) se somente II estiver correta. c) se somente III estiver correta. d) se somente I e II estiverem corretas. e) se todas estiverem corretas. 58) FGV - OAB UNI NAC/OAB/XVI Exame/2015 Hugo, proprietário de imóvel rural, tem instituída Reserva Legal em parte de seu imóvel. Sobre a hipótese, considerando o instituto da Reserva Legal, de acordo com a disciplina do Novo Código

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

27 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Florestal (Lei nº 12.651/2012), assinale a afirmativa correta. a) As áreas de Reserva Legal são excluídas da base tributável do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), compreendendo esta uma função extrafiscal do tributo. b) Caso Hugo transmita onerosamente a propriedade, o adquirente não tem o dever de recompor a área de Reserva Legal, mesmo que averbada, tendo em vista o caráter personalíssimo da obrigação. c) Hugo não pode explorar economicamente a área de Reserva Legal, conduta tipificada como crime pelo Novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012). d) A área compreendida pela Reserva Legal é considerada Unidade de Conservação de Uso Sustentável, admitindo exploração somente se inserida no plano de manejo instituído pelo Poder Público. 59) FGV - FMA (Florianópolis)/Pref Florianópolis/2014 O novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), em tema de regime de proteção das Áreas de Preservação Permanente, dispõe que: a) em caso de supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, será aplicada ao responsável multa administrativa, que supre a obrigação de promover a revegetação; b) é vedado o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental; c) é permitida a intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente, quando se tratar de execução de obras habitacionais inseridas em projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas, consolidadas ou não, ocupadas por população de alta ou baixa renda; d) é dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas; e) é vedada, em qualquer hipótese, a intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente. 60) FGV - Eng (Paulínia)/Pref Paulínia/Agrônomo/2016 O Código Florestal institui as regras gerais sobre onde e de que forma o território brasileiro pode ser explorado, ao determinar as áreas de vegetação nativa que devem ser preservadas e quais regiões são legalmente autorizadas a receber os diferentes tipos de produção rural. O código utiliza dois tipos de áreas de preservação: a Reserva Legal e a Área de Preservação Permanente (APP). A Reserva Legal é a percentagem de cada propriedade ou posse rural que deve ser preservada, variando de acordo com a região e o bioma. Nesse contexto, o código estabelece o tamanho das reservas por região/ bioma, como sendo a) 80% em áreas de florestas da Amazônia Legal, 35% no cerrado, 20% em campos gerais, e 20% em todos os biomas das demais regiões do país. b) 80% em áreas de florestas da Amazônia Legal, 30% no cerrado, 25% em campos gerais, e 20% em todos os biomas das demais regiões do país. c) 70% em áreas de florestas da Amazônia Legal, 35% no cerrado, 25% em campos gerais, e 25% em todos os biomas das demais regiões do país. d) 70% em áreas de florestas da Amazônia Legal, 35% no cerrado, 20% em campos gerais, e 20%

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

28 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

em todos os biomas das demais regiões do país. e) 75% em áreas de florestas da Amazônia Legal, 30% no cerrado, 25% em campos gerais, e 25% em todos os biomas das demais regiões do país.

Direito Eleitoral

Inelegibilidade 61) FGV - AJ TRE PA/TRE PA/Judiciária/2011 A respeito das inelegibilidades, analise as afirmativas a seguir: I. Os analfabetos são inelegíveis para qualquer cargo e, além disso, estão impedidos de votar por determinação legal. II. É condição de elegibilidade a idade mínima de 35 (trinta e cinco) anos para os candidatos à Presidência da República e de 30 (trinta) anos para aqueles que pleiteiam a chefia do Poder Executivo dos Estados e do Distrito Federal. III. Aqueles que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, entre outros, são inelegíveis para qualquer cargo. IV. As arguições de inelegibilidade são conhecidas pelo TSE quando se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da República e Senador, e pelos Tribunais Regionais Eleitorais no caso dos Governadores ou Vice-Governadores dos Estados e do Distrito Federal. Assinale a) se apenas as afirmativas I, III e IV estiverem corretas. b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se apenas as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se apenas as afirmativas II e IV estiverem corretas. 62) FGV - TecGes Admin (ALEMA)/ALEMA/Advogado/2013 A Lei Complementar n. 64/90, Lei das Inelegibilidades, alterada pela Lei Complementar n. 135/2010 – Lei da Ficha Limpa –, trata do ato abusivo. Segundo esse diploma, assinale a afirmativa correta. a) Para a configuração do ato abusivo será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, além da gravidade das circunstâncias que o caracterizam. b) Para a configuração do ato abusivo não será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, tampouco a gravidade das circunstâncias que o caracterizam. c) Para a configuração do ato abusivo será considerada a potencialidade de o fato alterar o

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

29 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

resultado da eleição, mas não a gravidade das circunstâncias que o caracterizam. d) Para a configuração do ato abusivo não será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam. e) Para a configuração do ato abusivo será considerada a efetiva alteração do resultado da eleição pelo fato, além da gravidade das circunstâncias que o caracterizam. 63) FGV - TecGes Admin (ALEMA)/ALEMA/Advogado/2013 A Lei Complementar n. 64/90, Lei das Inelegibilidades, veio ao ordenamento com um claro escopo moralizador. Trata‐se de legislação atenta aos anseios populares por candidatos (e, consequentemente, futuros ocupantes de cargos eletivos) probos e com postura lisa para o desempenho dos mandatos. Com isso em mente, é correto dizer que são inelegíveis, para qualquer cargo, os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de a) seis anos a contar da eleição. b) oito anos a contar da eleição. c) oito anos a contar da diplomação. d) oito anos a contar do registro da candidatura. e) seis anos a contar da diplomação.

Português

Sintaxe 64) FGV - TecGes Admin (ALEMA)/ALEMA/Revisor/2013 Assinale a frase em que o termo sublinhado exerce a função de complemento nominal e não de adjunto‐adnominal. a) “Um mosquito é uma pequena criação da natureza para nos fazer pensar”. (André Guillois) b) “Não é a saída do porto que determina o sucesso de uma viagem”. (Anônimo) c) “A vida é um hospital onde cada enfermo tem o desejo de troca de cama”. (Baudelaire) d) “Uma vida é uma obre de arte”. (Clemenceau) e) “Eu sou uma parte de tudo”. (Lord Tennyson) 65) FGV - AJ I (TJ AM)/TJ AM/Administração/2013 Volta à polêmica sobre patente de remédios Patentes de medicamentos geralmente são reconhecidas pelo prazo de dez anos, de acordo com regras internacionais aceitas por muitos países. Esse prazo inclui a fase final de desenvolvimento dos medicamentos, chamada pipeline no jargão técnico. Muitas vezes, esse período até o

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

30 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

lançamento comercial do produto pode levar até quatro anos, de modo que em vários casos o laboratório terá efetivamente cerca de seis anos de proteção exclusiva para obter no mercado o retorno do investimento feito. A partir da perda de validade da patente, o medicamento estará sujeito à concorrência de produtos similares e genéricos que contenham princípios ativos encontrados no original. Por não embutirem os custos de pesquisa e desenvolvimento do produto original, os genéricos e similares podem ser lançados a preços mais baixos do que os dos medicamentos de marca, que, no período de proteção exclusiva, tiveram a oportunidade de conquistar a confiança do consumidor e dos médicos que os prescrevem para seus pacientes. A pesquisa para obtenção de novos medicamentos comprovadamente eficazes envolve somas elevadíssimas. Daí que geralmente as empresas que estão no topo da indústria farmacêutica são grandes grupos internacionais, ficando os laboratórios regionais mais voltados para a produção de genéricos e similares. A necessidade de se remunerar o investimento realizado faz com que, não raramente, os remédios sejam caros em relação à renda da maioria das pessoas, e isso provoca conflitos de toda ordem, em especial nos países menos desenvolvidos, onde se encontram também as maiores parcelas da população que sofrem de doenças endêmicas, causadas por falta de saneamento básico, habitação insalubre, deficiências na alimentação etc. Muitas vezes para reduzir o custo da distribuição de medicamentos nas redes públicas os governos investem em laboratórios estatais, que se financiam com subsídios e verbas oficiais, diferentemente de empresas, que precisam do lucro para se manterem no mercado. Esse conflito chega em alguns momentos ao ponto de quebra de patente por parte dos países que se sentem prejudicados. O Brasil mesmo já recorreu a essa decisão extrema em relação ao coquetel de remédios para tratamento dos pacientes portadores do vírus HIV e dos que sofrem com a AIDS, chegando depois a um entendimento com os laboratórios. O tema da quebra de patente voltou à tona depois que a Corte Superior da Índia não reconheceu como inovação um medicamento para tratamento do câncer que o laboratório suíço Novartis considera evolução do seu remédio original, Glivec. A patente foi reconhecida nos Estados Unidos e em outros 39 países, o que provocou a polêmica. O Brasil hoje é cauteloso nessa questão. Optou por uma atitude mais pragmática, que tem dado bons resultados e permitido, inclusive, o desenvolvimento de novos medicamentos no país. A quebra de patente não pode ser banalizada. (O Globo, 07/04/2013) O termo sublinhado que desempenha uma função diferente da dos demais, é a) patentes de medicamentos. b) desenvolvimento dos medicamentos. c) lançamento comercial do produto. d) distribuição de medicamentos. e) tratamento do câncer.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

31 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

66) FGV - TNS (ALBA)/ALBA/Administração/2014

Valores democráticos Deu no Datafolha: para 62% dos brasileiros, a democracia “é sempre melhor que qualquer outra forma de governo”. Folgo em saber que a imagem da democracia vai bem, mas a frase é verdadeira? Eu não faria uma afirmação tão forte. Como Churchill, acho melhor limitar a comparação ao universo do conhecido. "Ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem‐

se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais que têm sido experimentadas de tempos em tempos", proclamou o estadista britânico. Com efeito, não há necessidade de transformar a democracia num valor religioso. Ela deve ser defendida por suas virtudes práticas. Para descobri‐las, precisamos listar seus defeitos. Já desde Platão sabemos que ela é sensível à ação dos demagogos. E, quanto mais avançamos no conhecimento do cérebro e da psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras de influenciar os eleitores, que usam muito mais a emoção do que a razão na hora de fazer suas escolhas. É verdade que, com a prática, os cidadãos aprendem a defender‐se, mas, de modo geral, são os marqueteiros que têm a vantagem. Outro ponto sensível e delicado é o levantado pelo economista Bryan Caplan. A democracia até tende a limitar o radicalismo nas situações em que os eleitores se dividem bastante sobre um tema, mas ela se revela impotente nos assuntos em que vieses cognitivos estão em operação, como é o caso da fixação de políticos e eleitores por criar empregos, mesmo que eles reduzam a eficiência econômica. Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de promover a moderação em parte das controvérsias, ela oferece um caminho para grupos antagônicos disputarem o poder de forma institucionalizada e pouco violenta. É menos do que sonhavam os iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, isso não é pouco. (Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 01/04/2014) Assinale a opção que apresenta a frase em que o vocábulo se tem valor diferente dos demais. a) “Se a democracia se presta a manipulações...” b) “Tem‐se dito que a democracia é a pior forma de governo” c) “...os cidadãos aprendem a defender‐se...” d) “...os eleitores se dividem bastante sobre o tema...” e) “...mas ela se revela impotente nos assuntos...” 67) FGV - AFRE RJ/SEFAZ RJ/2011

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

32 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica No Brasil, embora exista desde 1988 o permissivo constitucional para responsabilização penal das pessoas jurídicas em casos de crimes ambientais (artigo 225, parágrafo 3º), é certo que a adoção, na prática, dessa possibilidade vem se dando de forma bastante tímida, muito em razão das inúmeras deficiências de técnica legislativa encontradas na Lei 9.605, de 1998, que a tornam quase que inaplicável neste âmbito. A partir de uma perspectiva que tem como ponto de partida os debates travados no âmbito doutrinário nacional, insuflados pelos também acalorados debates em plano internacional sobre o tema e pela crescente aceitação da possibilidade da responsabilização penal da pessoa jurídica em legislações de países de importância central na atividade econômica globalizada, é possível vislumbrar que, em breve, discussões sobre a ampliação legal do rol das possibilidades desse tipo de responsabilização penal ganhem cada vez mais espaço no Brasil. É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das empresas - principalmente, as transnacionais -, decorrerá também de ajustamentos de postura administrativa decorrentes da adoção de critérios de responsabilização penal da pessoa jurídica em seus países de origem. Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as práticas administrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar respingos de responsabilização em sua matriz. Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal - que atende diretivas da União Europeia sobre o tema - trouxe, no artigo 31 bis, não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica (por delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou por conta, nome, ou em proveito delas), mas também estabelece regras de como essa responsabilização será aferida nos casos concretos (ela será aplicável [...], em função da inoperância de controles empresariais, sobre atividades desempenhadas pelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu nome). A vigência na nova norma penal já trouxe efeitos práticos no cotidiano acadêmico e empresarial, pois abundam, naquele país, ciclos de debates acerca dos instrumentos de controle da administração empresarial, promovidos por empresas que pretendem implementar, o quanto antes, práticas administrativas voltadas à prevenção de qualquer tipo de responsabilidade penal. Dessa realidade legal e da tendência político-criminal que dela se pode inferir, ganham importância, no espectro de preocupação não só das empresas estrangeiras situadas no Brasil, mas também das próprias empresas nacionais, as práticas de criminal compliance. Tem-se, grosso modo, por compliance a submissão ou a obediência a diversas obrigações impostas às empresas privadas, por meio da implementação de políticas e procedimentos gerenciais adequados, com a finalidade de detectar e gerir os riscos da atividade da empresa. Na atualidade, o direito penal tem assumido uma função muito próxima do direito administrativo, isto é, vêm-se incriminando, cada vez mais, os descumprimentos das normas regulatórias estatais, como forma de reforçar a necessidade de prevenção de riscos a bens juridicamente tutelados. Muitas vezes, o mero descumprimento doloso dessas normas e diretivas

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

33 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

administrativas estatais pode conduzir à responsabilização penal de funcionários ou dirigentes da empresa, ou mesmo à própria responsabilização da pessoa jurídica, quando houver previsão legal para tanto. Assim sendo, criminal compliance pode ser compreendido como prática sistemática de controles internos com vistas a dar cumprimento às normas e deveres ínsitos a cada atividade econômica, objetivando prevenir possibilidades de responsabilização penal decorrente da prática dos atos normais de gestão empresarial. No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance previstas na Lei dos Crimes de Lavagem de Dinheiro - Lei 9.613, de 3 de março de 1998 - que sujeitam as pessoas físicas e jurídicas que tenham como atividade principal ou acessória a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros, compra e venda de moeda estrangeira ou ouro ou títulos ou valores mobiliários, à obrigação de comunicar aos órgãos oficiais sobre as operações tidas como "suspeitas", sob pena de serem responsabilizadas penal e administrativamente. Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia. Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem como para os profissionais especializados na área criminal, que atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa. (...) (Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. In: Valor Econômico. 29/03/2011 - com adaptações) A palavra sujeitas exerce, no texto, função sintática de a) complemento nominal. b) objeto direto. c) predicativo do objeto. d) predicativo do sujeito. e) adjunto adverbial de modo. 68) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Administrador/2013

Só falta a política de redução de riscos

Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos, não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto significa que os debates em torno do desastre devem ir além das

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

34 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

cobranças que ano após ano ficam restritas à Defesa Civil. A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política brasileira para os desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos. Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou‐se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força‐Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou‐se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos. Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20 mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e drástica nos municípios de pequeno porte. Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam suporte aos municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação e reconstrução após desastres deveriam permitir o retorno à normalidade da vida “cotidiana”, não prolongando os efeitos dos desastres, como temos visto. (Carlos Machado – O Globo, 01/04/2013) Assinale a alternativa cujo termo sublinhado exerce função diferente da dos demais. a) Conjunto de políticas. b) Redução de riscos. c) Situações de desastres. d) Presenças de ameaças. e) Condições de vulnerabilidade. 69) FGV - TSJ (DPE RJ)/DPE RJ/2014

ESQUECERAM O PRINCIPAL

Houve um tempo em que os ditos setores progressistas pautavam suas ações por filosofias coerentes. Assim, advogados da infância buscavam promover os interesses das crianças, feministas visavam a afirmar a autonomia das mulheres e militantes dos direitos de homossexuais tentavam acabar com a discriminação contra gays, mas sem perder de vista teses mais gerais da esquerda não marxista, que incluíam a ampliação das liberdades e a despenalização do direito.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

35 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

As coisas mudaram. E para pior, a meu ver. Hoje, os defensores das criancinhas deblateram para que o Congresso mantenha um mecanismo jurídico que permite mandar para a cadeia o pai que não paga em dia pensão do filho. Pouco importa que a prisão por dívidas represente um retrocesso de 2600 anos – uma das reformas de Sólon que facilitou a introdução da democracia em Atenas foi justamente o fim da servidão por dívidas – e que é quase certo que, encarcerado, o pai da criança terá muito menor probabilidade de honrar seus compromissos financeiros. As feministas agora apoiam o acórdão do Supremo Tribunal Federal que retirou das mulheres o direito de decidir se querem ou não processar companheiros, tornando agressões leves no âmbito do lar um crime de ação pública incondicionada. Pouco importa que isso torne as mulheres menos livres e introduza uma diferenciação de gênero (na situação inversa, um homem pode decidir se processa ou não). Por fim, homossexuais pedem a edição de uma lei que torne crime referir-se a gays em termos depreciativos ou condenatórios. Pouco importa que tal medida, se adotada, representaria uma limitação da liberdade de expressão, o mais fundamental dos princípios democráticos. É natural que grupos de ativistas se especializem e, ao fazê-lo, percam de vista as grandes questões, mas fico com a impressão de que estão colocando a parte à frente do todo. Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 7/01/2014. A expressão sublinhada que exerce uma função sintática diferente das demais, por ser considerada um complemento, e não um adjunto é a) interesses das crianças. b) autonomia das mulheres. c) direitos de homossexuais. d) teses da esquerda. e) ampliação das liberdades. 70) FGV - Anal (DPE MT)/DPE MT/Advogado/2015 Com base no texto 2, responda à questão. Texto 2 Assim que pisa em solo estrangeiro, todo turista logo é descoberto. Suas roupas, seus gestos, e, principalmente, sua fala e sotaque revelam. Só poucos minutos de convivência com os nativos e o estrangeiro é abordado e questionado: “De onde vem? Onde nasceu? O que veio fazer aqui?”. Essa recepção é tão usual que qualquer curso de línguas inclui em suas primeiras aulas um treino de perguntas e respostas dessa conversa entre estrangeiros chegando a um país e os locais. Nós, brasileiros, conhecemos bem esta história. O brasileiro que viaja ao exterior está acostumado a ouvir: “É brasileiro? Gosto muito dos brasileiros! Vejo um brasileiro e lembro do samba, do Carnaval, e do futebol. Que coisa linda!”.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

36 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Com orgulho, o brasileiro sorri e confirma: “Sim, sou brasileiro!”. E esse diálogo abre as portas lá fora, rendendo diversas perguntas sobre futebol, carnaval e samba, e abrindo chance para bons relacionamentos com os locais. Por outro lado, esta mesma conversa no exterior é tão repetida que incomoda muitos de nós. Entre os turistas que se sentem assim, é consenso que a visão do Brasil pelo estrangeiro como o país do Carnaval, samba e futebol é muito pequena (e até ofensiva) para um país grande e diverso. O fato é que, agradando ou incomodando, sabemos que a identidade do brasileiro é inevitavelmente ligada a esta trinca. E isto não é tão mau assim. Se os estrangeiros tocam neste assunto é porque pensam em um mar de emoções positivas. Felicidade, descontração, relaxamento, enfim, tudo o que um ser humano sonha de bom para a vida. Não é para menos que, ao nos conhecer, muitos se abrem em um grande sorriso, e procuram prolongar ao máximo a conversa com um brasileiro na tentativa de se manter alegres. Nossa identidade é invejada e desejada por qualquer estrangeiro! (Comportamento, julho de 2014) As frases de um texto são organizadas em relações semânticas. No caso da frase “Assim que pisa em solo estrangeiro, todo turista logo é descoberto.”, as duas orações que compõem o período apresentam a seguinte relação: a) localização espacial / causa da oração anterior. b) localização temporal / consequência. c) afirmação / explicação. d) situação temporal / ação posterior. e) situação espacial / ação anterior. 71) FGV - TNS (SSP AM)/SSP AM/2015 Texto – Os bebés e a TV Os bebés têm uma necessidade muito grande de interação. É esta que permite um saudável desenvolvimento. Como as cores, os movimentos animados e os sons da televisão captam facilmente a atenção dos bebés, muitas vezes os pais (ou até educadoras nas creches - cerca de 73% das crianças vê televisão na creche, segundo a Deco) usam-nas como “babysitters”. A utilização excessiva da televisão pode comprometer a capacidade do bebé em explorar o ambiente, comunicar, aprender a distrair-se sozinho, acalmar-se de forma autónoma, e aprender a brincar – o que mais tarde pode comprometer o desenvolvimento da capacidade simbólica, fundamental para a saúde mental da criança. A televisão é uma fonte de hiperestimulação desajustada para os bebés, não só por alguns conteúdos mas principalmente pelos seus ritmos bem mais acelerados e estimulantes que o ritmo

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

37 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

da vida real. O seu uso pode deixar o bebé agitado pela quantidade de informação que o seu cérebro terá de processar (pois cada imagem televisiva é constituída por um conjunto de centenas de pontos luminosos). Um bebé pequeno não consegue acompanhar a velocidade da sequência de imagens, nem os cortes constantes de luz e de som, sendo estes ansiogénicos. Os bebés avaliam a sua segurança através dos ritmos, das rotinas, da tranquilidade, assim, qualquer presença disrítmica, como a da televisão, será geradora de ansiedade, aumentando o choro e dificultando o sono. (CAROLINA Albino, Sapolifestyle) “Como as cores, os movimentos animados e os sons da televisão captam facilmente a atenção dos bebés, muitas vezes os pais (ou até educadoras nas creches - cerca de 73% das crianças vê televisão na creche, segundo a Deco) usam-nas como “babysitters”.” Sobre esse segmento do texto, a observação correta é: a) o termo “como”, para evitar ambiguidade, deveria ser substituído por “tais quais”; b) o conector “ou” no interior dos parênteses, deveria ser substituído por “e”, já que se trata de uma adição; c) a expressão “cerca de” só deve ser empregada para números aproximados, não sendo correta nesse caso; d) a forma verbal “vê” deveria ser substituída por “veem” já que seu sujeito é plural; e) a conjunção “segundo” deveria ser substituída por “conforme”. 72) FGV - AFTRM (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2016 Texto

Os porquês da diversidade Das coisas mais marcantes da adolescência, minha memória traz os tempos de estudo e dúvidas sobre o futuro. De forma contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos para uma formação dita cidadã, e não só voltada aos vestibulares. Hoje trabalhando com educação, tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir a partir de práticas consideradas tradicionais e que uma roda de conversa na escola pode ser tão ou mais revolucionária quanto qualquer aplicativo educacional. Percebo que o que torna o aluno socialmente engajado é a reflexão constante, a troca de experiências, a diversidade de conhecimentos e opiniões que ele aplica e vê aplicarem a um objeto de estudo, de forma digital ou analógica. [....] É disso que trata a educação: formar indivíduos engajados uns com os outros, socialmente e que saibam conviver. Está aí também a grande diferença da educação familiar, quando convivemos apenas com nossos pares. A escola nos permite entrar em contato de forma sistemática com outros mundos, outros olhares, outros saberes, opiniões diferentes das nossas, culturas até então desconhecidas. É o convívio com professores e colegas que nos dá suporte para refletir sobre nossas posições, sermos questionados sobre opiniões divergentes e, assim, pensarmos num projeto de vida de forma plena. (Ivan Aguirra, Educatrix, Moderna, ano 5, nº 9 2015.)

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

38 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Assinale a opção que indica a frase que se encontra na ordem direta. a) “Das coisas mais marcantes da adolescência, minha memória traz os tempos de estudo e dúvidas sobre o futuro”. b) “De forma contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos para uma formação dita cidadã, e não só voltada aos vestibulares”. c) “Hoje trabalhando com educação, tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir a partir de práticas consideradas tradicionais”. d) “uma roda de conversa na escola pode ser tão ou mais revolucionária quanto qualquer aplicativo educacional”. e) “É disso que trata a educação”. 73) FGV - AJ II (TJ AM)/TJ AM/Leiloeiro/2013

Muito além do ridículo (fragmento) “Certa vez, ante o espanto da opinião pública com a violência de uma rebelião de presos, o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta: espantoso, mesmo, é que os detentos enjaulados em condições subumanas não estejam realizando mais motins pelo país afora. Lins era um humanista por excelência e sempre achou equivocada a política penitenciária. Não havia ironia no que disse. Com mais de 500 mil presos, o sistema atual tem capacidade para receber pouco mais de 300 mil. O que sobra fica amontoado em celas fétidas, sujeito à disseminação de doenças e, o que é pior, a mais violência. Como é possível imaginar que um ser humano se adapte a tais condições? Do outro lado dos muros das prisões, uma sociedade acuada pela escalada da violência urbana prefere imaginar que lugar de bandido é na cadeia, deixando o Estado à vontade para varrer a sujeira tapete abaixo. Construir presídios e dar tratamento digno ao preso não rendem votos. Punir, sim. Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as 117 leis penais especiais e os 1.170 crimes tipificados de que dispomos. Inclusive trazendo de volta a ideia da maioridade penal, que na prática significa transformar menino em delinquente e sujeitá‐lo à crueldade das prisões. Nada mais autoritário. O que a juventude precisa é de amparo, de oportunidade, de educação, e não de medidas que visem a puni‐la. A sociedade não pode virar as costas ao drama dos presídios”. (Marcus Vinicius Furtado) “O que a juventude precisa é de amparo, de oportunidade, de educação, e não de medidas que visem a puni‐la”. O pronome “la” substitui, na progressão do texto, a) a juventude. b) o amparo.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

39 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

c) a oportunidade. d) a educação. e) a medida. 74) FGV - AJ TRE PA/TRE PA/Judiciária/2011 Texto para a questão

Financiamento de campanhas eleitorais: aspectos éticos

Além dos aspectos legais, as empresas que decidirem participar do processo eleitoral devem buscar procedimentos éticos na tomada de decisões relacionadas ao financiamento de candidatos e partidos políticos. Tradicionalmente, os controladores das empresas são os responsáveis pela decisão de como os recursos devem ser distribuídos entre candidatos e partidos. Os sócios e colaboradores dificilmente são consultados, e muitas vezes o apoio reflete mais as posições pessoais dos controladores do que os valores e princípios das empresas. A consulta aos sócios e colaboradores sobre candidatos e partidos que a empresa deve apoiar não implica, necessariamente, transformar a decisão desse apoio em algo coletivo. O simples fato de consultá-los ajuda a criar um ambiente socialmente responsável nas empresas. É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e, mais ainda, a transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários. Também é certo, por outro lado, que, ao aumentarem a transparência do processo de tomada de decisões, as empresas adquirem o respeito das pessoas e comunidades que são impactadas por suas atividades e são gratificadas com o reconhecimento e engajamento dos seus colaboradores e a preferência dos consumidores, em consonância com o conceito de responsabilidade social, o qual, é sempre bom lembrar, está se tornando cada vez mais fator de sucesso empresarial e abrindo novas perspectivas para a construção de um mundo economicamente mais próspero e socialmente mais justo. Outra iniciativa que pode ter grande impacto junto aos colaboradores, parceiros e sócios das empresas é a promoção de debates sobre o processo eleitoral e o funcionamento e atribuições das instâncias de poder em jogo nas eleições (Presidência da República, Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas). As empresas podem convidar candidatos, cientistas políticos, jornalistas e administradores públicos para a discussão de ideias, propostas e conceitos. Também podem incentivar debates políticos dentro da empresa, bem como trazer matérias sobre o tema em publicações internas. É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade. Essa é uma forma de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores. Esse procedimento ajuda a criar na sociedade ambiente ético e transparente, acentuando a democracia nas relações sociais e políticas. Além de consultar sócios, parceiros e colaboradores e de realizar debates, as empresas podem

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

40 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

também promover campanhas de esclarecimento junto a seus colaboradores. Um conceito útil para ser adotado é o do voto consciente. Infelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a fenômenos que há muito deveriam ter sido excluídos da vida política nacional, como a compra de votos e a atitude de diversos candidatos, durante as campanhas eleitorais, de “doar” cestas básicas e toda a sorte de brindes em troca da promessa de voto dos eleitores. O conceito de voto consciente é justamente o contraponto dessas práticas, visando estabelecer critérios racionais que façam do voto um instrumento de cidadania. Voto consciente é aquele em que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas histórias de vida e analisa se as promessas e programas eleitorais são coerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos. (Instituto Ethos. A Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral. Disponível em: <www.ethos.org.br>. Com adaptações.) Infelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a fenômenos... No trecho acima, foi empregada a regência do verbo em completo acordo com a norma culta. Assinale a alternativa em que isso NÃO tenha ocorrido. a) O povo aspira a governos menos corruptos. b) Ele assiste em Belém. c) O combate à corrupção implica em medidas éticas por parte das empresas. d) As empresas pagaram aos funcionários na data correta. e) Muitas vezes o povo esquece o passado dos políticos. 75) FGV - AP (TCE-BA)/TCE-BA/2014

Desenvolvimento Urbano As cidades representam o duplo desafio com o qual a União Europeia se depara atualmente: aumentar a competitividade satisfazendo simultaneamente determinados requisitos de ordem social e ambiental. As cidades são os centros da atividade econômica da Europa, assim como da inovação e do emprego. Mas também elas se debatem com uma série de problemas, nomeadamente, a tendência para a suburbanização, a concentração da pobreza e do desemprego em zonas urbanas e os problemas resultantes de um crescente congestionamento. Problemas tão complexos como esses requerem imediatamente respostas integradas a nível dos transportes, da habitação, da formação e do emprego, bem como respostas adaptadas às necessidades locais. As políticas regional e de coesão europeias têm como objetivo fazer face a estes desafios. Foram afetados cerca de 21,1 mil milhões de euros ao desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e 2013, o que representa 6,1% do orçamento total da política de coesão europeia. Desse montante, 3,4 mil milhões de euros destinam‐se à reabilitação de sítios industriais e terrenos contaminados, 9,8 mil milhões de euros a projetos de regeneração urbana e rural, 7 mil milhões

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

41 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

de euros a transportes urbanos limpos e 917 milhões de euros à habitação. Outros investimentos em infraestrutura nos domínios da investigação e da inovação, dos transportes, do ambiente, da educação, da saúde e da cultura têm também um impacto significativo nas cidades.

(Comissão Europeia) “As cidades representam o duplo desafio com o qual a União Europeia se depara atualmente...”; nesse segmento do texto o pronome relativo qual está precedido de uma preposição – com o qual – exigida pelo verbo deparar‐se. Assinale a alternativa em que essa mesma estruturação não está feita de forma correta, devido à troca da preposição. a) As cidades em que reside grande população são mais problemáticas. b) Os meios de transportes de que se serve a população deve ser bem cuidado. c) As dívidas de cujo pagamento esquecem os maus pagadores trazem preocupações. d) Os investimentos a que se referem as autoridades foram realizados no ano passado. e) As cidades de cuja população se cobram impostos também devem ter seus direitos respeitados.

76) FGV - Cons Leg (ALEMA)/ALEMA/Direito Constitucional/2013 Texto

Cobrar responsabilidade No início do mês, um assaltante matou um jovem em São Paulo com um tiro na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o celular. Identificado por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz, o criminoso foi localizado pela polícia, mas – apesar de todos os registros que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato – não ficará um dia preso. Menor de idade, foi “apreendido” e levado a um centro de recolhimento. O máximo de punição a que está sujeito é submeter‐se, por três anos, à aplicação de medidas “socioeducativas”. Não é um caso isolado na crônica de crimes cometidos por menores de idade no país. Mas houve, nesse episódio de São Paulo, uma circunstância que o transformou em mais um exemplo emblemático do equivocado abrigo legal que o Estatuto da Criança e do Adolescente confere a criminosos que estão longe de poderem justificar suas ações com o argumento da imaturidade: ao disparar friamente contra o estudante paulista, a assaltante estava a três dias de completar 18 anos. Pela selvageria do assassinato, o caso remete à barbárie de que foi vítima, no Rio, o menino João Hélio, em 2007. Também nesse episódio, um dos bandidos que participaram do martírio do garoto estava a pouco tempo de atingir a maioridade. Nos dois casos, convencionou‐se, ao anteparo do ECA, que a diferença de alguns dias – ou, ainda que o fosse, de alguns meses – teria modificado os padrões de discernimento dos assassinos. Eles não saberiam o que estavam fazendo. É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade, como o emprego de menores em ações – inclusive armadas – de quadrilhas organizadas, ou serve de salvo‐conduto a jovens criminosos para afrontar a lei.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

42 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

O raciocínio, nesses casos, é tão cristalino quanto perverso: colocam‐se jovens, muitos dos quais mal entraram na adolescência, na linha de frente de ações criminosas porque, protegidos pelo ECA, e diante da generalizada ruína administrativa dos órgãos encarregados de aplicar as medidas socioeducativas, na prática eles são inimputáveis. Tornam‐se, assim, personagens de vestibulares para a entrada em definitivo, sem chances de recuperação, numa vida de crimes. É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover crianças e adolescentes com cuidados, segurança, oportunidades, inclusive de recuperação diante de deslizes sociais. Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram proteção a uma parcela da população em geral incapaz de discernir entre o certo e o errado à luz das regras sociais. Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o viés paternalista de uma lei orgânica que mais contempla direitos do que cobra obrigações daqueles a quem pretende proteger. O país precisa rever o ECA, principalmente no que tange ao limite de idade para efeitos de responsabilidade criminal. É uma atitude que implica coragem (de enfrentar tabus que não se sustentam no confronto com a realidade) e o abandono da hipocrisia (que tem cercado esse imprescindível debate). (O Globo, 22/04/2013) “...é submeter‐se, por três anos, à aplicação de medidas ‘socioeducativas’; ...o caso remete à barbárie de que foi vítimaa...”; “...distinguir entre o certo e o errado à luz das regras sociais”. Com relação ao emprego do acento grave indicativo da crase nessas três frases, é correto afirmar que a) as três ocorrências exemplificam o mesmo emprego do acento grave. b) as duas primeiras ocorrências exemplificam um caso de acento grave diferente do da última ocorrência. c) as duas últimas ocorrências exemplificam um caso de acento grave diferente do da primeira ocorrência. d) as três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase exemplificam casos distintos. e) a primeira e a terceira ocorrência exemplificam o mesmo caso de emprego do acento grave indicativo da crase. 77) FGV - Aud (ALBA)/ALBA/Auditoria/2014

Sai a energia limpa, entra o pré‐sal Vivemos um tempo em que o fantasma do apagão assombra o já inseguro, pouco competitivo e bamboleante setor industrial brasileiro. Pouco a pouco esse fantasma começa também a assustar os incautos cidadãos comuns de nosso país. Por um lado, o Brasil possui uma das matrizes elétricas consideradas uma das mais limpas do mundo. Entre 80% e 90% da nossa geração elétrica vêm de fontes renováveis. Segundo o

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

43 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – da Agência Nacional de Águas – o país tem cerca de mil empreendimentos hidrelétricos, sendo que mais de 400 deles são pequenas centrais hidrelétricas. Por outro lado, se olharmos nossa matriz energética como um todo, veremos que estamos muito longe de sermos exemplo na área de energias limpas. Mais de 52% da energia que move o Brasil vêm do petróleo e seus derivados, empurrando a energia hidrelétrica para um modesto terceiro lugar, com apenas 13% do total, ficando também atrás da energia gerada através da cana (álcool + biomassa, com 19,3%). Se você vivia no país antes de 2007, deve ter lido ou ouvido falar que o Estado brasileiro estava investindo pesadamente em biocombustíveis e em fontes energéticas renováveis e limpas. Pelo discurso oficial, o Brasil se tornaria a potência energética limpa do terceiro milênio e um país exportador dessas tecnologias. Mas em 2007, Deus – talvez por ser brasileiro – resolveu dar uma mãozinha e nos deu de presente o pré‐sal, rapidamente vendido (sem trocadilhos) como a redenção de todos os nossos problemas. O que se viu a partir daí foi uma verdadeira batalha política entre os estados “com pré‐sal” e os estados “sem pré‐sal” pelos royalties do tesouro recém‐descoberto. A face menos perceptível desse fenômeno foi que, como mágica, sumiram os projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação para aprimoramento e popularização de fontes energéticas limpas. (....) É muito triste constatar que vivemos em um país de discursos, sem nenhum planejamento estratégico para a área de energia e, pior, que o Brasil fez uma clara opção pelo caminho da poluição e da ineficiência energética. Quanto ao fantasma do apagão, justiça seja feita, o Estado brasileiro tem feito sua parte para espantá‐lo definitivamente. Mas, como não há planejamento, faz isso como pode, rezando todos os dias – e com muita fé – para que São Pedro mande o único antídoto que pode, de fato, impedir que esse espectro da falta de planejamento provoque um colapso energético no país: a chuva. (José Roberto Borghetti e Antonio Ostrensky, O Globo, 27/03/2014) “Entre 80% e 90% da nossa energia vêm de fontes renováveis”. Nessa frase a concordância verbal é feita no plural, por fazer concordar o verbo (vêm) com o número da porcentagem. Assinale a opção que indica a frase em que a concordância está incorreta. a) 1% dos brasileiros não acredita no governo. b) 5% da população tem medo do apagão. c) 12% dos cariocas apreciam futebol. d) 1,7% do povo aceitam a Copa do Mundo no Brasil.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

44 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

e) 32% do consumo se dirige a supérfluos. 78) FGV - Ana Proc (PGE RO)/PGE RO/Administrador/2015 Texto 2 Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, uma sequência de explosões ocorrida na usina nuclear de Chernobyl, localizada na Ucrânia, República federada à URSS, resultou em um dos maiores acidentes químicos e nucleares que a história registra. Uma primeira explosão de vapor no reator número 4, também conhecido como Chernobyl-4, e o incêndio resultante levaram a uma sequência de explosões químicas que gerou uma imensa nuvem radioativa de iodo-131 e césio-137 que alcançou a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido. Ao contrário do que comumente se afirma, não houve explosão nuclear em Chernobyl. As causas do acidente são tanto humanas quanto técnicas e ocorreram durante a realização de testes de segurança no reator. O reator foi destruído, matando no momento cerca de 30 trabalhadores que se encontravam no local, sendo que nos três meses seguintes vários trabalhadores morreram em decorrência do contato com os materiais radioativos. Entretanto, em virtude da propagação da nuvem radioativa, milhões de outras pessoas sofreram as consequências do contato com o iodo e o césio liberados na explosão, resultando em doenças e más-formações das pessoas nascidas de mães e pais contaminados. As áreas que mais foram afetadas foram a Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, sendo que este último país concentrou 60% do pó radioativo em seu território. O acidente de Chernobyl foi mais radioativo que as duas bombas atômicas lançadas pelos EUA ao final da II Guerra Mundial nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. (Mundo Educação) “mães e pais contaminados”; a forma de reescrever-se esse mesmo segmento do texto 2 que mostra um desvio da norma culta é: a) pais e mães contaminadas; b) pais e mães contaminados; c) contaminados pais e mães; d) contaminadas mães e pais; e) contaminados mães e pais. 79) FGV - AFRE RJ/SEFAZ RJ/2011

Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica No Brasil, embora exista desde 1988 o permissivo constitucional para responsabilização penal das pessoas jurídicas em casos de crimes ambientais (artigo 225, parágrafo 3º), é certo que a adoção, na prática, dessa possibilidade vem se dando de forma bastante tímida, muito em razão das inúmeras deficiências de técnica legislativa encontradas na Lei 9.605, de 1998, que a(b) tornam quase que inaplicável neste âmbito.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

45 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

A partir de uma perspectiva que tem como ponto de partida os debates travados no âmbito doutrinário nacional, insuflados pelos também acalorados debates em plano internacional sobre o tema e pela crescente aceitação da possibilidade da responsabilização penal da pessoa jurídica em legislações de países de importância central na atividade econômica globalizada, é possível vislumbrar que, em breve, discussões sobre a ampliação legal do rol das possibilidades desse tipo de responsabilização penal ganhem cada vez mais espaço no Brasil. É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das empresas - principalmente, as transnacionais -, decorrerá também de ajustamentos de postura administrativa decorrentes da adoção de critérios de responsabilização penal da pessoa jurídica em seus(a) países de origem. Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as práticas administrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar respingos de responsabilização em sua(d) matriz. Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal - que atende diretivas da União Europeia sobre o tema - trouxe, no artigo 31 bis, não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica (por delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou por conta, nome, ou em proveito delas(e)), mas também estabelece regras de como essa responsabilização será aferida nos casos concretos (ela será aplicável [...], em função da inoperância de controles empresariais, sobre atividades desempenhadas pelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu nome). A vigência na nova norma penal já trouxe efeitos práticos no cotidiano acadêmico e empresarial, pois abundam, naquele país, ciclos de debates acerca dos instrumentos de controle da administração empresarial, promovidos por empresas que pretendem implementar, o quanto antes, práticas administrativas voltadas à prevenção de qualquer tipo de responsabilidade penal. Dessa realidade legal e da tendência político-criminal que dela(c) se pode inferir, ganham importância, no espectro de preocupação não só das empresas estrangeiras situadas no Brasil, mas também das próprias empresas nacionais, as práticas de criminal compliance. Tem-se, grosso modo, por compliance a submissão ou a obediência a diversas obrigações impostas às empresas privadas, por meio da implementação de políticas e procedimentos gerenciais adequados, com a finalidade de detectar e gerir os riscos da atividade da empresa. Na atualidade, o direito penal tem assumido uma função muito próxima do direito administrativo, isto é, vêm-se incriminando, cada vez mais, os descumprimentos das normas regulatórias estatais, como forma de reforçar a necessidade de prevenção de riscos a bens juridicamente tutelados. Muitas vezes, o mero descumprimento doloso dessas normas e diretivas administrativas estatais pode conduzir à responsabilização penal de funcionários ou dirigentes da empresa, ou mesmo à própria responsabilização da pessoa jurídica, quando houver previsão legal para tanto. Assim sendo, criminal compliance pode ser compreendido como prática sistemática de controles internos com vistas a dar cumprimento às normas e deveres ínsitos a cada atividade econômica, objetivando prevenir possibilidades de responsabilização penal decorrente da prática dos atos

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

46 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

normais de gestão empresarial. No Brasil, por exemplo, existem regras de criminal compliance previstas na Lei dos Crimes de Lavagem de Dinheiro - Lei 9.613, de 3 de março de 1998 - que sujeitam as pessoas físicas e jurídicas que tenham como atividade principal ou acessória a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros, compra e venda de moeda estrangeira ou ouro ou títulos ou valores mobiliários, à obrigação de comunicar aos órgãos oficiais sobre as operações tidas como "suspeitas", sob pena de serem responsabilizadas penal e administrativamente. Porém, sofrendo o Brasil os influxos de modelos legislativos estrangeiros, assim como estando as matrizes das empresas transnacionais que aqui operam sujeitas às normas de seus países de origem, não tardará para que as práticas que envolvem o criminal compliance sejam estendidas a diversos outros segmentos da economia. Trata-se, portanto, de um assunto de relevante interesse para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no Brasil, bem como para os profissionais especializados na área criminal, que atuarão cada vez mais veementemente na prevenção dos riscos da empresa. (...) (Leandro Sarcedo e Jonathan Ariel Raicher. In: Valor Econômico. 29/03/2011 - com adaptações) Assinale a alternativa em que se tenha indicado INCORRETAMENTE a relação entre vocábulo e o termo a que ele se refere. a) seus - das empresas b) a - Lei 9.605 c) dela - da tendência político-criminal d) sua - das empresas e) delas - das atividades sociais 80) FGV - ACI (SEFAZ RJ)/SEFAZ RJ/2011 Cidadania e Responsabilidade Social do Contador como agente da conscientização tributária

das empresas e da sociedade Entende-se que a arrecadação incidente sobre os diversos setores produtivos é necessária para a manutenção da máquina governamental, para a sustentação do Estado em suas atribuições sociais e para aplicação na melhoria da qualidade de vida da população. É imprescindível que a tributação seja suportável e mais bem distribuída e que contribuam com justiça e se beneficiem dessa contribuição. A conjuntura atual exige maior qualificação em todas as áreas do conhecimento; assim, a profissão contábil deve despertar para a conscientização tributária. Conceitos como parceria e corresponsabilidade no sistema tributário somente podem ser efetivados se a sociedade como um todo estiver mais esclarecida e comprometida. Apresentar alguns fatores como a falta de conscientização tributária e participação cidadã pode representar um alerta, mas não é o suficiente.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

47 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Ao analisar o progresso da humanidade, percebe-se que o desenvolvimento social e econômico foi possível porque o homem sistematizou formas de organização entre os povos. A necessidade de organização fez com que o Estado se tornasse o elemento direcionador desse processo. E, como forma de se autofinanciar, criou o tributo a fim de possibilitar as condições mínimas de sobrevivência para a sociedade civil. E, como partícipe e ponto referencial de controle, exatidão e confiança, surgiu o profissional contábil. O contador - aqui citado na forma masculina sem querer suscitar questões de gênero - não pode mais ser visto como o profissional dos números, e sim um profissional que agrega valor, espírito investigativo, consciência crítica e sensibilidade ética. Se a atual conjuntura exige maior qualificação profissional, o conhecimento contábil deve transcender o processo específico e visualizar questões globais pertinentes ao novo mundo do trabalho, que exige criatividade, perfil de empreender e habilidade de aprender, principalmente nas relações sociais. Sendo assim, alguns conceitos tornam-se essenciais para estabelecer a relação entre Estado, sociedade, empresa e o contador. O Estado tem por missão suprir as necessidades básicas da população; assim, sua eficiência e transparência tornam-se mister do processo. Entre a sociedade, a empresa e o Estado, está o profissional contábil, que, por sua vez, é o elo entre Fisco e contribuinte. É de fundamental importância que esse profissional aprimore seu entendimento tributário, percebendo sua necessidade. Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientização tributária pode representar um ponto de partida para a formação cidadã como uma das formas eficazes de atender às demandas sociais, com maior controle sobre a coisa pública. É dever do Estado manter as necessidades básicas da população; e, para isso, são impostas obrigações. Os contribuintes, porém, não possuem apenas deveres, mas também plenos direitos. Se o Fisco - aqui referenciando-se o estadual - é por demais significativo para o funcionamento da máquina administrativa, sua eficiência e transparência tornam-se mister do processo. Nesse sentido, se a evasão tributária é uma doença social, seu combate ou tratamento não pode ficar restrito aos seus agentes; é necessário o envolvimento de toda a sociedade. Entretanto, interesses diversos sempre deixaram a sociedade à margem do processo, como se ela não precisasse participar de forma efetiva das decisões econômicas e, em contrapartida, contribuir de forma direta e irrestrita para a própria sustentação. (...) (Merlo, Roberto Aurélio; Pertuzatti, Elizandra. Disponível em <www.rep.educacaofiscal.com.br/material/fisco_contador.pdf>. Com adaptações) É imprescindível que a tributação seja suportável e mais bem distribuída e todos contribuam com justiça e se beneficiem dessa contribuição. Em relação ao período acima, atribua a seguinte convenção: QUE = Δ e E = +. Assinale a alternativa que melhor represente a estrutura do período. a) É imprescindível Δ [a tributação (A + B) + todos (D + E)].

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

48 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

b) É imprescindível Δ (a tributação A + B + todos D + E). c) É imprescindível Δ (a tributação A + B) + (todos D + E). d) É imprescindível Δ (a tributação A) + (B) + (todos D) + (E). e) É imprescindível Δ a tributação (A + B) + [todos (D + E)]. 81) FGV - AP (SEJAP MA)/SEJAP/2013 Leia o texto a seguir:

Tendências para as cadeias no futuro? Na Malásia, uma equipe de designers e arquitetos elaborou um conceito de centro de detenção bastante diferente. O projeto consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as tentativas de fuga, devido à altura potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo teria aos olhos dos pedestres na parte de baixo. A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de agricultura, onde os detentos poderiam trabalhar para se autossustentar e até distribuir o excesso de alimento produzido para a sociedade. Fábricas e centros de reciclagem também serviriam a esse propósito. Visando reduzir os custos necessários para manter dezenas de agentes carcerários, o teórico social Jeremy Betham projetou uma instituição que manteria todas as celas em um local circular, de forma que fiquem expostas simultaneamente. Dessa forma, apenas alguns poucos guardas posicionados na torre no centro do prédio já conseguiriam manter a vigilância sobre todos os detentos. Embora um presídio nesse estilo tenha sido construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento. Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália, onde um centro de detenção foi elaborado a partir de containers de transporte de mercadorias em navios modificados para servir como celas temporárias. Outra prisão na Nova Zelândia também passou a usar a mesma solução para resolver problemas de superlotação. Entretanto, o conceito tem causado muita polêmica, pois as condições das celas em containers seriam desumanas — o que temos que levar em consideração em se tratando de um país tão quente. “Morar” em uma caixa de metal sob um sol de escaldar não deve ser nada agradável. (Fernando Daquino, 04/11/2012 – Arquitetura) “Embora um presídio nesse estilo tenha sido construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento”. As alternativas a seguir apresentam formas de reescrever esse período do texto mantendo seu significado original, à exceção de uma. Assinale‐a. a) Ainda que um presídio nesse estilo tenha sido construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento. b) Em virtude de um presídio nesse estilo ter sido construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

49 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

c) A despeito de um presídio nesse estilo ter sido construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento. d) Apesar de um presídio nesse estilo ter sido construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento. e) Não obstante um presídio nesse estilo ter sido construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento. 82) FGV - AP (SEJAP MA)/SEJAP/2013 Leia o texto a seguir:

Tendências para as cadeias no futuro? Na Malásia, uma equipe de designers e arquitetos elaborou um conceito de centro de detenção bastante diferente. O projeto consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as tentativas de fuga, devido à altura potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo teria aos olhos dos pedestres na parte de baixo. A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de agricultura, onde os detentos poderiam trabalhar para se autossustentar e até distribuir o excesso de alimento produzido para a sociedade. Fábricas e centros de reciclagem também serviriam a esse propósito. Visando reduzir os custos necessários para manter dezenas de agentes carcerários, o teórico social Jeremy Betham projetou uma instituição que manteria todas as celas em um local circular, de forma que fiquem expostas simultaneamente. Dessa forma, apenas alguns poucos guardas posicionados na torre no centro do prédio já conseguiriam manter a vigilância sobre todos os detentos. Embora um presídio nesse estilo tenha sido construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento. Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália, onde um centro de detenção foi elaborado a partir de containers de transporte de mercadorias em navios modificados para servir como celas temporárias. Outra prisão na Nova Zelândia também passou a usar a mesma solução para resolver problemas de superlotação. Entretanto, o conceito tem causado muita polêmica, pois as condições das celas em containers seriam desumanas — o que temos que levar em consideração em se tratando de um país tão quente. “Morar” em uma caixa de metal sob um sol de escaldar não deve ser nada agradável. (Fernando Daquino, 04/11/2012 – Arquitetura) Assinale a alternativa em que o pronome relativo sublinhado tem seu antecedente incorretamente indicado. a) “O projeto consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as tentativas de fuga...” / o. b) “... devido à altura potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo teria aos olhos dos pedestres na parte de baixo”. / queda. c) “A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de agricultura, onde os detentos

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

50 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

poderiam trabalhar...” / campo. d) “...o teórico social Jeremy Betham projetou uma instituição que manteria todas as celas em um local circular...” / instituição. e) “Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália, onde um centro de detenção foi elaborado...” / Austrália. 83) FGV - AJ II (TJ AM)/TJ AM/Leiloeiro/2013

Muito além do ridículo (fragmento)

“Certa vez, ante o espanto da opinião pública com a violência de uma rebelião de presos, o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu‐se com esta: espantoso, mesmo, é que os detentos enjaulados em condições subumanas não estejam realizando mais motins pelo país afora. Lins era um humanista por excelência e sempre achou equivocada a política penitenciária. Não havia ironia no que disse. Com mais de 500 mil presos, o sistema atual tem capacidade para receber pouco mais de 300 mil. O que sobra fica amontoado em celas fétidas, sujeito à disseminação de doenças e, o que é pior, a mais violência. Como é possível imaginar que um ser humano se adapte a tais condições? Do outro lado dos muros das prisões, uma sociedade acuada pela escalada da violência urbana prefere imaginar que lugar de bandido é na cadeia, deixando o Estado à vontade para varrer a sujeira tapete abaixo. Construir presídios e dar tratamento digno ao preso não rendem votos. Punir, sim. Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as 117 leis penais especiais e os 1.170 crimes tipificados de que dispomos. Inclusive trazendo de volta a ideia da maioridade penal, que na prática significa transformar menino em delinquente e sujeitá‐lo à crueldade das prisões. Nada mais autoritário. O que a juventude precisa é de amparo, de oportunidade, de educação, e não de medidas que visem a puni‐la. A sociedade não pode virar as costas ao drama dos presídios”. (Marcus Vinicius Furtado) Assinale o segmento em que a conjunção “E” tem valor de oposição e não de adição. a) “Construir presídios E dar tratamento digno ao preso não rendem votos”. b) “Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as 117 leis penais especiais E os 1.170 crimes tipificados de que dispomos”. c) “Inclusive trazendo de volta a ideia da maioridade penal, que na prática significa transformar menino em delinquente E sujeitá‐lo à crueldade das prisões”. d) “O que a juventude precisa é de amparo, de oportunidade, de educação, E não de medidas que visem a puni‐la”. e) “Lins era um humanista por excelência E sempre achou equivocada a política...”.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

51 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

84) FGV - Proc Leg (ALMT)/ALMT/2013

Degenerados Descobriram num apartamento da cidade de Augsburg, perto de Munique, Alemanha, mais de 1400 quadros desaparecidos durante a Segunda Guerra Mundial. Os quadros incluem pinturas e desenhos de expressionistas alemães como Georg Grosz e Max Beckmann mas também de artistas como Matisse, Chagal, Renoir, Toulouse‐Lautrec, Picasso e outros mestres europeus. A descoberta, segundo o “New York Times”, foi há algum tempo, mas as autoridades alemãs só a noticiaram agora porque temiam que a revelação aumentasse a grossa confusão sobre a propriedade das obras encontradas. Elas são, obviamente, produto da pilhagem de museus e coleções privadas dos territórios invadidos pelos nazistas na guerra. Mas estavam no apartamento de um descendente de Hildebrand Gurlitt, que, apesar de ser judeu, foi o escolhido por Goebbels para avaliar e ajudar a vender os quadros e era, legalmente, o dono do tesouro. As obras incluem o que Hitler chamava de arte “degenerada” – os expressionistas alemães, principalmente – que pela sua vontade deveria ser destruída, e as de grande valor comercial, cuja venda reforçaria os cofres do Terceiro Reich. Mas na promiscuidade do achado não se distingue umas das outras, e não deixa de haver uma triste ironia no fato de os mestres do impressionismo francês, por exemplo, estarem de novo na companhia de “degenerados”, como no famoso Salão dos Rejeitados em Paris, que reuniu os enjeitados pelos acadêmicos da época, e de onde saiu a grande arte do século XIX. Ainda existem milhares de obras de arte desaparecidas na guerra, das quais não se tem notícia. Mas aos poucos elas reaparecem. Arte é difícil de matar. Inclusive a “degenerada”. Há pouco estive num museu em Munique em que havia uma exposição dos expressionistas alemães. Todos mortos, e todos vivíssimos. (VERÍSSIMO, Luiz Fernando. O Globo, 10/11/2013) “Descobriram num apartamento da cidade de Augsburg...”; “A descoberta, segundo o ‘New York Times’...”. Assinale a alternativa que apresenta a mesma relação de coesão entre as duas frases acima. a) No século XIX pintar passou a ser uma atividade artística bastante valorizada, mas a pintura só se destacou comercialmente no século XX. b) Os quadros e as esculturas barrocas fazem parte de muitas exposições de arte, mas essas obras não são do agrado de todos. c) Os museus são muito importantes na difusão cultural, mas nem sempre os governos valorizam essas instituições. d) As guerras trazem perturbações da ordem e grandes obras de arte desaparecem nesses períodos conturbados. e) A venda de obras de arte é tarefa perigosa, pois não é raro venderem‐se obras falsas.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

52 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

85) FGV - Proc Leg (ALMT)/ALMT/2013 Degenerados

Descobriram num apartamento da cidade de Augsburg, perto de Munique, Alemanha, mais de 1400 quadros desaparecidos durante a Segunda Guerra Mundial. Os quadros incluem pinturas e desenhos de expressionistas alemães como Georg Grosz e Max Beckmann mas também de artistas como Matisse, Chagal, Renoir, Toulouse‐Lautrec, Picasso e outros mestres europeus. A descoberta, segundo o “New York Times”, foi há algum tempo, mas as autoridades alemãs só a noticiaram agora porque temiam que a revelação aumentasse a grossa confusão sobre a propriedade das obras encontradas. Elas são, obviamente, produto da pilhagem de museus e coleções privadas dos territórios invadidos pelos nazistas na guerra. Mas estavam no apartamento de um descendente de Hildebrand Gurlitt, que, apesar de ser judeu, foi o escolhido por Goebbels para avaliar e ajudar a vender os quadros e era, legalmente, o dono do tesouro. As obras incluem o que Hitler chamava de arte “degenerada” – os expressionistas alemães, principalmente – que pela sua vontade deveria ser destruída, e as de grande valor comercial, cuja venda reforçaria os cofres do Terceiro Reich. Mas na promiscuidade do achado não se distingue umas das outras, e não deixa de haver uma triste ironia no fato de os mestres do impressionismo francês, por exemplo, estarem de novo na companhia de “degenerados”, como no famoso Salão dos Rejeitados em Paris, que reuniu os enjeitados pelos acadêmicos da época, e de onde saiu a grande arte do século XIX. Ainda existem milhares de obras de arte desaparecidas na guerra, das quais não se tem notícia. Mas aos poucos elas reaparecem. Arte é difícil de matar. Inclusive a “degenerada”. Há pouco estive num museu em Munique em que havia uma exposição dos expressionistas alemães. Todos mortos, e todos vivíssimos. (VERÍSSIMO, Luiz Fernando. O Globo, 10/11/2013) Assinale a alternativa que apresenta o segmento do texto no qual a conjunção “e” aparece com valor adversativo, diferente dos demais empregos. a) “Os quadros incluem pinturas e desenhos expressionistas alemães...” b) “...Toulouse‐Lautrec, Picasso e outros mestres europeus.” c) “Todos mortos, e todos vivíssimos.” d) “Mas na promiscuidade do achado não se distingue umas das outras, e não deixa de haver uma triste ironia...” e) “Elas são, obviamente, produto da pilhagem de museus e coleções privadas...” 86) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Administrador/2013

Só falta a política de redução de riscos Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

53 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

imediatamente após os mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos, não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que ano após ano ficam restritas à Defesa Civil. A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política brasileira para os desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos. Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou‐se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força‐Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou‐se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos. Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20 mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e drástica nos municípios de pequeno porte. Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam suporte aos municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação e reconstrução após desastres deveriam permitir o retorno à normalidade da vida “cotidiana”, não prolongando os efeitos dos desastres, como temos visto. (Carlos Machado – O Globo, 01/04/2013) No segmento “Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos”, há um erro de construção, por omissão da preposição EM antes de “o que avançamos bem” (no que avançamos bem). Assinale a alternativa que apresenta um erro no emprego da preposição antes de pronome relativo. a) Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano. b) As verbas de que foram reparadas as pontes, são federais. c) Os problemas de que se ocuparam, dizem respeito aos reparos. d) Os perigos com que se depararam, são variados. e) As soluções por que lutaram, demoraram a chegar.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

54 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

87) FGV - Ana Amb (INEA)/INEA/Administrador/2013

Só falta a política de redução de riscos Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos, não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que ano após ano ficam restritas à Defesa Civil. A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política brasileira para os desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos. Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou‐se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força‐Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou‐se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos. Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20 mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e drástica nos municípios de pequeno porte. Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam suporte aos municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação e reconstrução após desastres deveriam permitir o retorno à normalidade da vida “cotidiana”, não prolongando os efeitos dos desastres, como temos visto. (Carlos Machado – O Globo, 01/04/2013) “Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos”. Com relação aos dois períodos desse segmento do texto, o segundo deles, em relação ao primeiro, indica a) uma retificação.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

55 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

b) uma explicação. c) uma consequência. d) uma conclusão. e) uma concessão. 88) FGV - AAAJ (DP DF)/DP DF/Judiciária/2014

Estética ou erótica? Será que o calor excessivo deste verão está exasperando o animus beligerante das pessoas? Em carta ao jornal, a leitora Mariúza Peralva apontou a disposição do povo de agir por conta própria e fazer justiça com as próprias mãos como sintoma de descrença nos políticos e nas instituições: “Coloca fogo em pneus, quebra ônibus, quebra vitrines, ataca a polícia que, em princípio, existe para protegê-lo, joga pedra, rojão ou o que estiver à mão para fazer suas reivindicações.” Já o leitor Cláudio Bittencourt escreveu discordando: “Quem pratica tais barbaridades não é povo.” De qualquer maneira, são cada vez mais evidentes os sinais de uma cultura da violência que tem se manifestado, com vários graus de agressividade, nas brigas de trânsito, nos conflitos das torcidas nos estádios, nas discussões de rua chegando às vias de fato. (...) Diferentemente dos atos de violência cotidiana, que pelo menos não se mascara de justa ou pedagógica, há ainda o vandalismo dos black blocs, cuja ação iconoclasta contra símbolos do capitalismo é apresentada como uma “estética”, conforme uma autodefinição, que parece desconhecer os estragos pouco estéticos que são feitos à imagem das manifestações, sem falar na morte do cinegrafista. Aliás, segundo alguns, os nossos mascarados se inspiram menos nos anarquistas e mais nos fascistas italianos do tempo de Mussolini. Pelo menos, a justificativa ideológica é parecida com o discurso dos adeptos do Futurismo, movimento que foi criado pelo escritor Tommaso Marinetti como vanguarda artística, que desprezando o passado e a tradição (considerava os museus cemitérios), exaltava a guerra como “única higiene do mundo”. Para os futuristas, o fascismo era a realização mínima do seu programa político que, por meio de uma nova linguagem capaz de exprimir a experiência da violência, da velocidade e do progresso técnico, pretendia transformar o senso estético de uma sociedade “anacrônica”. Lembrando as cenas dos jovens mascarados atirando pedras ou se atirando eles mesmos contra as vitrines, pode-se concluir que essa coreografia da destruição é, mais do que uma estética, uma “erótica” da violência, pelo prazer mórbido com que é praticada. (Zuenir Ventura, O Globo, 22/02/2014) “Será que o calor excessivo deste verão está exasperando o animus beligerante das pessoas?”. A única afirmação adequada sobre os componentes desse segmento do texto é: a) A expressão “Será que” introduz uma ideia de opinião do enunciador. b) Na frase há uma sequência de causa e consequência. c) A forma “este” do demonstrativo se justifica por se ligar a um termo futuro. d) A forma verbal “está exasperando” se refere a uma ação já transcorrida. e) O vocábulo “animus” é um exemplo de americanismo em nossa língua.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

56 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

89) FGV - AAAJ (DP DF)/DP DF/Judiciária/2014 Estética ou erótica?

Será que o calor excessivo deste verão está exasperando o animus beligerante das pessoas? Em carta ao jornal, a leitora Mariúza Peralva apontou a disposição do povo de agir por conta própria e fazer justiça com as próprias mãos como sintoma de descrença nos políticos e nas instituições: “Coloca fogo em pneus, quebra ônibus, quebra vitrines, ataca a polícia que, em princípio, existe para protegê-lo, joga pedra, rojão ou o que estiver à mão para fazer suas reivindicações.” Já o leitor Cláudio Bittencourt escreveu discordando: “Quem pratica tais barbaridades não é povo.” De qualquer maneira, são cada vez mais evidentes os sinais de uma cultura da violência que tem se manifestado, com vários graus de agressividade, nas brigas de trânsito, nos conflitos das torcidas nos estádios, nas discussões de rua chegando às vias de fato. (...) Diferentemente dos atos de violência cotidiana, que pelo menos não se mascara de justa ou pedagógica, há ainda o vandalismo dos black blocs, cuja ação iconoclasta contra símbolos do capitalismo é apresentada como uma “estética”, conforme uma autodefinição, que parece desconhecer os estragos pouco estéticos que são feitos à imagem das manifestações, sem falar na morte do cinegrafista. Aliás, segundo alguns, os nossos mascarados se inspiram menos nos anarquistas e mais nos fascistas italianos do tempo de Mussolini. Pelo menos, a justificativa ideológica é parecida com o discurso dos adeptos do Futurismo, movimento que foi criado pelo escritor Tommaso Marinetti como vanguarda artística, que desprezando o passado e a tradição (considerava os museus cemitérios), exaltava a guerra como “única higiene do mundo”. Para os futuristas, o fascismo era a realização mínima do seu programa político que, por meio de uma nova linguagem capaz de exprimir a experiência da violência, da velocidade e do progresso técnico, pretendia transformar o senso estético de uma sociedade “anacrônica”. Lembrando as cenas dos jovens mascarados atirando pedras ou se atirando eles mesmos contra as vitrines, pode-se concluir que essa coreografia da destruição é, mais do que uma estética, uma “erótica” da violência, pelo prazer mórbido com que é praticada. (Zuenir Ventura, O Globo, 22/02/2014) A alternativa em que os elementos unidos pela conjunção E não estão em adição, mas sim em oposição, é: a) “...a disposição do povo de agir por conta própria e fazer justiça com as próprias mãos...” b) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas instituições:...” c) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos anarquistas e mais nos fascistas italianos...” d) “...desprezando o passado e a tradição...” e) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da velocidade e do progresso...” 90) FGV - AP (TCE-BA)/TCE-BA/2014

Desenvolvimento Urbano As cidades representam o duplo desafio com o qual a União Europeia se depara atualmente: aumentar a competitividade satisfazendo simultaneamente determinados requisitos de ordem social e ambiental.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

57 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

As cidades são os centros da atividade econômica da Europa, assim como da inovação e do emprego. Mas também elas se debatem com uma série de problemas, nomeadamente, a tendência para a suburbanização, a concentração da pobreza e do desemprego em zonas urbanas e os problemas resultantes de um crescente congestionamento. Problemas tão complexos como esses requerem imediatamente respostas integradas a nível dos transportes, da habitação, da formação e do emprego, bem como respostas adaptadas às necessidades locais. As políticas regional e de coesão europeias têm como objetivo fazer face a estes desafios. Foram afetados cerca de 21,1 mil milhões de euros ao desenvolvimento urbano para o período entre 2007 e 2013, o que representa 6,1% do orçamento total da política de coesão europeia. Desse montante, 3,4 mil milhões de euros destinam‐se à reabilitação de sítios industriais e terrenos contaminados, 9,8 mil milhões de euros a projetos de regeneração urbana e rural, 7 mil milhões de euros a transportes urbanos limpos e 917 milhões de euros à habitação. Outros investimentos em infraestrutura nos domínios da investigação e da inovação, dos transportes, do ambiente, da educação, da saúde e da cultura têm também um impacto significativo nas cidades. (Comissão Europeia) “Problemas tão complexos como esses requerem imediatamente respostas integradas a nível dos transportes, da habitação, da formação e do emprego...”. A forma do demonstrativo empregada se justifica porque a) se refere a um termo relativamente próximo no contexto. b) faz coesão com um termo anteriormente citado. c) estabelece distinção entre dois termos. d) está relacionadoa um termo ligado ao tempo presente. e) se prende a uma realidade próxima do leitor. 91) FGV - Aud Est (CGE MA)/CGE MA/2014

Utopias e distopias Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua origem um defeito que as condenava. A primeira, que deu nome às várias fantasias de um mundo perfeito que viriam depois, foi inventada por sir Thomas Morus em 1516. Dizem que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo Mundo, e mais especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade ideal, que significaria um renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo antigo. Na Utopia de Morus o direito à educação e à saúde seria universal, a diversidade religiosa seria tolerada e a propriedade privada, proibida. O governo seria exercido por um príncipe eleito, que poderia ser substituído se mostrasse alguma tendência para a tirania, e as leis seriam tão simples que dispensariam a existência de advogados. Mas para que tudo isso funcionasse Morus prescrevia dois escravos para cada família, recrutados entre criminosos e prisioneiros de guerra. Além disso, o príncipe deveria ser sempre homem e as mulheres tinham menos direitos que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita da palavra grega para “lugar nenhum”, o que de saída já significava que ela só poderia existir mesmo na sua imaginação.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

58 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Platão imaginou uma república idílica em que os governantes seriam filósofos, ou os filósofos governantes. Nem ele nem os outros filósofos gregos da sua época se importavam muito com o fato de viverem numa sociedade escravocrata. Em “Candide”, Voltaire colocou sua sociedade ideal, onde havia muitas escolas mas nenhuma prisão, em El Dorado, mas “Candide” é menos uma visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana. Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor em que a emancipação da classe trabalhadora traria igualdade e justiça para todos. O sonho acabou no totalitarismo soviético e na sua demolição. Até John Lennon, na canção “Imagine”, propôs sua utopia, na qual não haveria, entre outros atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vítima da violência, enquanto no mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam a religiões e se matam por elas. Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia possível. No futuro previsto os carros ofereceriam transporte rápido e lazer inédito em estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista. Isso se os carros não voassem, ou se não houvesse um helicóptero em cada garagem. Nada disso aconteceu. Foi outra utopia que pifou. Hoje vivemos em meio à sua negação, em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num caos que só aumenta, sem solução à vista. Mais uma vez, deu distopia. (Veríssimo, Luiz Fernando. O Globo, 22/12/2013) “Dizem que ele se inspirou nas descobertas recentes do Novo Mundo, e mais especificamente do Brasil, para descrever sua sociedade ideal, que significaria um renascimento para a humanidade, livre dos vícios do mundo antigo”. A forma reduzida “para descrever” poderia ser adequadamente substituída por a) para que fosse descrita. b) para ser descrita. c) para que descrevesse. d) para que descreva. e) para que tivesse sido descrita. 92) FGV - Aud (ALBA)/ALBA/Auditoria/2014

Sai a energia limpa, entra o pré‐sal Vivemos um tempo em que o fantasma do apagão assombra o já inseguro, pouco competitivo e bamboleante setor industrial brasileiro. Pouco a pouco esse fantasma começa também a assustar os incautos cidadãos comuns de nosso país. Por um lado, o Brasil possui uma das matrizes elétricas consideradas uma das mais limpas do mundo. Entre 80% e 90% da nossa geração elétrica vêm de fontes renováveis. Segundo o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – da Agência Nacional de Águas – o país tem cerca de mil empreendimentos hidrelétricos, sendo que mais de 400 deles são pequenas centrais hidrelétricas. Por outro lado, se olharmos nossa matriz energética como um todo, veremos que estamos muito longe de sermos exemplo na área de energias limpas.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

59 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Mais de 52% da energia que move o Brasil vêm do petróleo e seus derivados, empurrando a energia hidrelétrica para um modesto terceiro lugar, com apenas 13% do total, ficando também atrás da energia gerada através da cana (álcool + biomassa, com 19,3%). Se você vivia no país antes de 2007, deve ter lido ou ouvido falar que o Estado brasileiro estava investindo pesadamente em biocombustíveis e em fontes energéticas renováveis e limpas. Pelo discurso oficial, o Brasil se tornaria a potência energética limpa do terceiro milênio e um país exportador dessas tecnologias. Mas em 2007, Deus – talvez por ser brasileiro – resolveu dar uma mãozinha e nos deu de presente o pré‐sal, rapidamente vendido (sem trocadilhos) como a redenção de todos os nossos problemas. O que se viu a partir daí foi uma verdadeira batalha política entre os estados “com pré‐sal” e os estados “sem pré‐sal” pelos royalties do tesouro recém‐descoberto. A face menos perceptível desse fenômeno foi que, como mágica, sumiram os projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação para aprimoramento e popularização de fontes energéticas limpas. (....) É muito triste constatar que vivemos em um país de discursos, sem nenhum planejamento estratégico para a área de energia e, pior, que o Brasil fez uma clara opção pelo caminho da poluição e da ineficiência energética. Quanto ao fantasma do apagão, justiça seja feita, o Estado brasileiro tem feito sua parte para espantá‐lo definitivamente. Mas, como não há planejamento, faz isso como pode, rezando todos os dias – e com muita fé – para que São Pedro mande o único antídoto que pode, de fato, impedir que esse espectro da falta de planejamento provoque um colapso energético no país: a chuva. (José Roberto Borghetti e Antonio Ostrensky, O Globo, 27/03/2014) “Por um lado, o Brasil possui uma das matrizes elétricas consideradas uma das mais limpas do mundo. Entre 80% e 90% da nossa geração elétrica vêm de fontes renováveis”. O conectivo que poderia ligar esses dois períodos do texto de forma adequada é a) logo b) assim c) ou seja d) isto é e) pois 93) FGV - ATM (Recife)/Pref Recife/2014 Texto

Carta de leitor Cinemas de rua. Torço pelas salas de cinema de rua e as frequento com assiduidade, apesar da

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

60 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

inconveniência dos portadores de celulares e tablets, da barulhada com comilança, dos que conversam como na sala da própria casa, da ineficiência de muitas projeções e da pouca cordialidade dos funcionários que, entre um despreparo e outro, lançam a cara feia para cinéfilos que acompanham os créditos até o fim. (Eduardo S. Duarte. O Globo, 17/8/2014) “Torço pelas salas de cinema de rua e as frequento com assiduidade, apesar da inconveniência dos portadores de celulares e tablets, da barulhada com comilança, dos que conversam como na sala da própria casa, da ineficiência de muitas projeções e da pouca cordialidade dos funcionários que, entre um despreparo e outro, lançam a cara feia para cinéfilos que acompanham os créditos até o fim”. Os vocábulos sublinhados têm a função de a) esclarecer o significado de alguns vocábulos. b) organizar o discurso, repetindo alguns termos. c) evitar a presença de muitas frases curtas. d) substituir orações anteriores para abreviar o discurso. e) estabelecer coerência entre elementos do texto. 94) FGV - TNS (SSP AM)/SSP AM/2015 Texto – Os bebés e a TV Os bebés têm uma necessidade muito grande de interação. É esta que permite um saudável desenvolvimento. Como as cores, os movimentos animados e os sons da televisão captam facilmente a atenção dos bebés, muitas vezes os pais (ou até educadoras nas creches - cerca de 73% das crianças vê televisão na creche, segundo a Deco) usam-nas como “babysitters”. A utilização excessiva da televisão pode comprometer a capacidade do bebé em explorar o ambiente, comunicar, aprender a distrair-se sozinho, acalmar-se de forma autónoma, e aprender a brincar – o que mais tarde pode comprometer o desenvolvimento da capacidade simbólica, fundamental para a saúde mental da criança. A televisão é uma fonte de hiperestimulação desajustada para os bebés, não só por alguns conteúdos mas principalmente pelos seus ritmos bem mais acelerados e estimulantes que o ritmo da vida real. O seu uso pode deixar o bebé agitado pela quantidade de informação que o seu cérebro terá de processar (pois cada imagem televisiva é constituída por um conjunto de centenas de pontos luminosos). Um bebé pequeno não consegue acompanhar a velocidade da sequência de imagens, nem os cortes constantes de luz e de som, sendo estes ansiogénicos. Os bebés avaliam a sua segurança através dos ritmos, das rotinas, da tranquilidade, assim, qualquer presença disrítmica, como a da televisão, será geradora de ansiedade, aumentando o choro e dificultando o sono. (CAROLINA Albino, Sapolifestyle) “Os bebés têm uma necessidade muito grande de interação. É esta que permite um saudável

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

61 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

desenvolvimento. Como as cores, os movimentos animados e os sons da televisão captam facilmente a atenção dos bebés, muitas vezes os pais (ou até educadoras nas creches - cerca de 73% das crianças vê televisão na creche, segundo a Deco) usam-nas como “babysitters”.” Esse segmento do texto mostra uma série de elementos coesivos; a opção em que o termo anteriormente referido está indicado INADEQUADAMENTE é: a) esta / necessidade de interação; b) que / esta necessidade de interação; c) crianças / bebés; d) creche / creches; e) nas / crianças. 95) FGV - Ana TI (TCE-SE)/TCE-SE/Desenvolvimento/2015 Texto 2 - Exigências da vida moderna Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes. Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo. Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber. (Luiz Fernando Veríssimo) “Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo”. O segundo parágrafo do texto 2 entra em coesão com o anterior pela: a) repetição de uma mesma estrutura; b) referência a um termo anterior por meio do pronome “los”; c) referência a um trecho anterior por meio de “o que”; d) repetição do numeral “dois” por meio da palavra “dobro”; e) continuidade do uso de um mesmo tipo de variação linguística. 96) FGV - AFTRM (Cuiabá)/Pref Cuiabá/2016 Texto

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

62 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Os porquês da diversidade Das coisas mais marcantes da adolescência, minha memória traz os tempos de estudo e dúvidas sobre o futuro. De forma contrária às principais críticas que se ouve hoje, meus anos de Ensino Médio foram, sim, muito significativos para uma formação dita cidadã, e não só voltada aos vestibulares. Hoje trabalhando com educação, tenho plena consciência de que um ensino inovador pode surgir a partir de práticas consideradas tradicionais e que uma roda de conversa na escola pode ser tão ou mais revolucionária quanto qualquer aplicativo educacional. Percebo que o que torna o aluno socialmente engajado é a reflexão constante, a troca de experiências, a diversidade de conhecimentos e opiniões que ele aplica e vê aplicarem a um objeto de estudo, de forma digital ou analógica. [....] É disso que trata a educação: formar indivíduos engajados uns com os outros, socialmente e que saibam conviver. Está aí também a grande diferença da educação familiar, quando convivemos apenas com nossos pares. A escola nos permite entrar em contato de forma sistemática com outros mundos, outros olhares, outros saberes, opiniões diferentes das nossas, culturas até então desconhecidas. É o convívio com professores e colegas que nos dá suporte para refletir sobre nossas posições, sermos questionados sobre opiniões divergentes e, assim, pensarmos num projeto de vida de forma plena. (Ivan Aguirra, Educatrix, Moderna, ano 5, nº 9 2015.) “É disso que trata a educação: formar indivíduos engajados uns com os outros, socialmente e que saibam conviver. Está aí também a grande diferença da educação familiar, quando convivemos apenas com nossos pares”. Nesse segmento do texto, o termo aí a) tem como referente o momento de engajamento social. b) refere-se a um lugar, mais especificamente, o espaço escolar. c) liga-se a um termo anterior, representativo de uma ação. d) indica simultaneamente tempo e lugar como realidades indistintas. e) possui valor estilístico, sendo semanticamente expletivo. 97) FGV - AnaT (DETRAN MA)/DETRAN MA/2013

Não é a chuva (fragmento) Tem saído nos jornais: chuvas deixam São Paulo no caos. É verdade que os moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho. Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas; falta de energia. Então, tudo culpa da chuva, certo? Errado. Semáforos, por exemplo. Eles poderiam ter a fiação enterrada ou a fonte de energia e os sistemas de controle automático protegidos por caixas blindadas. Isso não é nenhuma maravilha da tecnologia,algo revolucionário. Existe em qualquer cidade organizada. E tanto é acessível que já há projetos para a instalação desses equipamentos em São Paulo. Se não avança, é culpa dos administradores – não da chuva.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

63 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Quanto aos alagamentos, ocorrem por falta de algum serviço ou obra, esta já prevista. Podem reparar. Sempre aparece alguma autoridade municipal ou estadual dizendo que a enchente aqui será resolvida com um piscinão, ali com a canalização de um córrego, em outra rua com a simples limpeza dos bueiros, e assim vai. De novo, sabe‐se o que é preciso fazer, mas não se faz. Também não é culpa da chuva. A falta de energia é outro estrago. Caem postes, desabam árvores, fiações são destruídas, transformadores pifam. Um amigo conta a situação na sua rua: os galhos de uma árvore cresceram muito e encostaram no transformador; quando chove com vento, os galhos vão batendo no transformador, já molhado, até desligá‐lo. Sempre acontece isso. Ora, por que não podam a árvore? Porque é preciso uma autorização formal da prefeitura, o que significa uma solicitação formal, um trâmite formal, a visita pessoal de um fiscal. Não sai antes da próxima chuva. Podem reparar: em toda queda de árvore, sempre aparece um morador para dizer que aquilo era esperado, que já havia sido solicitada a poda ou a retirada. De novo, não tem nada a ver com a chuva. (Carlos Alberto Sardenberg. O Globo, 28/02/2013) “É verdade que os moradores estão sofrendo além da conta, quer estejam circulando pela cidade com seus carros ou nos ônibus e metrô, quer estejam em casa ou no trabalho”. O segmento sublinhado indica que os problemas dos habitantes da cidade de São Paulo a) são mais graves que os das outras capitais brasileiras. b) atingem igualmente a todos os habitantes. c) perturbam mais gravemente as atividades produtivas. d) incomodam prioritariamente as classes mais pobres. e) permanecem durante todos os dias do ano. 98) FGV - TecGes Admin (ALEMA)/ALEMA/Revisor/2013 Na frase “O professor nervoso abandonou a aula” há uma ambiguidade causada a) pela não distinção entre agente e paciente. b) pela ausência de pontuação. c) pelo mau emprego da coordenação. d) pelo mau uso de formas nominais. e) pela indefinição de complementos.

Procurador da ALERJ – 10ª Fase

64 Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e

quaisquer outras formas de compartilhamento.

Gabarito

1) D 2) D 3) E 4) C 5) E 6) A

7) E 8) B 9) C 10) A 11) E 12) C

13) A 14) D 15) C 16) E 17) A 18) C

19) D 20) D 21) A 22) A 23) E 24) D

25) B 26) B 27) C 28) E 29) D 30) E

31) D 32) A 33) C 34) D 35) A 36) B

37) D 38) C 39) A 40) D 41) C 42) C

43) D 44) E 45) D 46) D 47) C 48) B

49) B 50) E 51) D 52) A 53) D 54) C

55) C 56) B 57) E 58) A 59) D 60) A

61) D 62) D 63) B 64) C 65) A 66) B

67) D 68) B 69) E 70) D 71) D 72) D

73) A 74) C 75) C 76) B 77) D 78) E

79) C 80) A 81) B 82) B 83) D 84) A

85) C 86) B 87) B 88) B 89) C 90) B

91) C 92) E 93) B 94) E 95) A 96) C

97) B 98) B