jornal da alerj 250

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO JORNAL DA ALERJ ALERJ 9912242287/2009-DR/RJ Alerj torna-se pioneira no País ao se adequar à Lei federal de Acesso à Informação PÁGINA 3 Norma obriga redes de cinema a higienizar os óculos 3D usados nas sessões diárias PÁGINAS 4 e 5 Comissão cobra de construtoras entrega de imóveis a compradores PÁGINAS 10 e 11 Ano X N° 250 – Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2012 Parlamento chama atenção para a coleta de leite materno e cria semana estadual sobre o assunto PÁGINAS 6, 7 e 8 Foto: Rafael Wallace Alimento que dá vida

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Jornal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

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Page 1: Jornal da Alerj 250

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJ

ALERJ9912242287/2009-DR/RJ

Alerj torna-se pioneira no País ao se adequar à Lei federalde Acesso à Informação PÁGINA 3

Norma obriga redes de cinema a higienizar os óculos 3D usados nas sessões diáriasPÁGINAS 4 e 5

Comissão cobra de construtoras entrega de imóveis a compradoresPÁGINAS 10 e 11

Ano X N° 250 – Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2012

Parlamento chama atenção para a coleta de leite materno e cria semana estadual sobre o assuntoPÁGINAS 6, 7 e 8

Foto

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Alimento que dá vida

Page 2: Jornal da Alerj 250

Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 20122

“Com a tecnologia nas mãos, vários adeptos usam e abusam de notebooks, celulares, palmtops e smartphones, dividindo espaço com vários utensílios metálicos na bolsa, o que trava portas de bancos e causa constrangimento para o usuário”Graça Matos (PMDB), justificando projeto para colocação de guarda-volumes antes da entrada das agências

“O programa estará, assim, contribuindo para a construção de novos horizontes, de maior inclusão e conhecimento”Marcelo Simão (PSB), ao falar sobre aprovação do Programa Estadual de Bibliotecas Comunitárias

“Garantir o armazenamento de informações sobre os menores lhes dá segurança. Os dados só serão fornecidos mediante requisição policial, do MP, Conselho Tutelar, Judiciário ou de uma CPI”Márcio Pacheco (PSC), comentando projeto que obriga hotéis a manter ficha de hóspedes menores de idade

FRASES PROJETO

MíDIAS SOCIAIS

As mensagens de mídias sociais são publicadas na íntegra, sem nenhum tipo de edição.

@raphaelzinhoph Raphael Alves Soares

Dia 30/05 às 19:01

@alerj HJ Chegou o meu 1º jornal da Alerj, bonito e muito Bem embalado. Com um plástico de Boa qualidade Parabéns !pic.twitter.com/54FSGNqU

@depwagnermontes Deputado Wagner Montes (PSD)Dia 31/05 às 15:51

Hoje é o Dia Mundial sem Tabaco! O assunto é sério e merece a nossa atenção: 25 milhões de brasileiros são fumantes! É muita coisa, galera!

http://j.mp/audiojornal250

Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular

O JORNAL DA ALERJ está disponível também em áudio. Divulgue!

Fellippo Brando

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PresidentePaulo Melo

1ª Vice-presidenteEdson Albertassi

2º Vice-presidenteGilberto Palmares

3º Vice-presidentePaulo Ramos

4º Vice-presidenteRoberto Henriques

1º SecretárioWagner Montes

2º SecretárioGraça Matos

3º SecretárioGerson Bergher

4ª SecretárioJosé Luiz Nanci

1a SuplenteSamuel Malafaia

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteAlexandre Corrêa

4º SuplenteGustavo Tutuca

JORNAL DA ALERJPublicação quinzenal da Diretoria Geral de Comunicação Social e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista responsávelLuisi Valadão (JP-30267/RJ)

Editor-chefe: Pedro Motta Lima

Editor: Everton Silvalima

Chefe de reportagem: Fernanda Galvão

Reportagem: André Nunes, Fernanda Porto, Marcus Alencar, Raoni Alves, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Edição de Fotografia: Rafael Wallace

Edição de Arte: Daniel Tiriba

Secretária da Redação: Regina Torres

Estagiários : André Coelho, Andresa Martins, Bruna Motta, Cynthia Obiler, Diana Pires, Fernando Carregal, Gabriel Telles (foto), Mauro Pimentel (foto), Nathalia Felix (foto), Paulo Ubaldino e Priscil la Daumas

Telefones: (21) 2588-1404/1383 Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 CEP-20010-090 – Rio de Janeiro/RJEmail: [email protected]/alerjwww.facebook.com/assembleiarjwww.alerjnoticias.blogspot.comwww.radioalerj.posterous.com

Impressão: Imprensa OficialTiragem: 5 mil exemplares

siga a @alerj no

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Ouça sonoras dos deputados

.JORNAL DA ALERJ

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ExPEDIENTE

l Para evitar mudanças repentinas no iti-nerário de linhas de ônibus, norma determina a divulgação das alterações no site do Detro em até 24 horas

l No passado, todos os ônibus intermunicipais tra-ziam, em seu interior, placas com informações a respeito do itinerário dos mesmos, permitindo aos passagei-ros acompanhar o trajeto. A prática caiu em desuso, e, muitas vezes, o usuário é surpreendido pela mudança do roteiro enquanto já está

embarcado. Pensando neste tipo de problema, apresentei na Assembleia Legislativa o projeto de lei 1.537/12, que obriga o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado (Detro-RJ) a divulgar e manter atualizados, em sua página na internet, os iti-nerários e pontos de parada das linhas de ônibus que fazem o transporte público de passageiros na rede inter-municipal. Caso alguma linha sofra mudança em seu trajeto, a mesma deverá ser informada ao Detro em até 24 horas, para que o departamento faça a mudança em seu site.

Deputado Alessandro Calazans (PMN)

JORNAL DA ALERJASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO RIO DE JANEIRO ANO I N° 1 1° A 6 DE ABRIL DE 2003

Deputados se unem para recuperar o Estado do Rio

A Assembléia Legislativa saiu na frente para espantar o fantasma da crise no Estado do Rio.

Através da união dos parlamentares, a Casa quer dar o exemplo e mostrar que o diálogo é a solução – seja para as dificuldades financeiras que paralisaram obras e deixaram o funcionalismo sem 13º salário, seja para os problemas de Segurança Pública.

Desde o início da nova legislatura a Alerj assumiu o papel de interlocutor entre o Governo do estado, entidades de classe e o Governo federal. Na ordem do dia, está ainda a criação de um fórum permanente de debates, integrando a sociedade civil, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. “Temos condições políticas de ajudar nesse diálogo”, garante o presidente da Alerj,

deputado Jorge Picciani (PMDB).Os esforços da Casa receberam

aplausos da governadora Rosinha Garotinho: “A Alerj demonstra que vai agir sempre de acordo com os interesses do povo”. Ela afirma que estará de portas abertas para receber os parlamentares e suas reivindicações, facilitando o intercâmbio entre os poderes.

Líderes partidários e o presidente Jorge Picciani (à frente) nas escadarias da Alerj: esforço conjunto para tirar o Estado da crise

Alô, Alerj estimulaparticipação

popularPÁGINAS 4 E 5

CONTINUA NA PÁGINA 3

PÁGINA 6

Reserva de vagas nas universidades

abre polêmica

Consumidor tem central telefônica para reclamações

PÁGINA 7

Daniela Barcellos

Obras de pavimentação na Baixada Fluminense: benefício para a população do estado a partir de indicação legislativa

Porta-vozes da população. Este papel muitas vezes cabe aos deputados estaduais – seja através da criação de projetos de lei, seja durante a atuação nas Comissões

Permanentes da Casa. Mas, o que muita gente não sabe é que obras realizadas pelo Governo do estado, como pavimentação de estradas, construção de casas populares, escolas técnicas e até unidades do programa Farmácia Popular, talvez não fos-sem possíveis sem a iniciativa dos parlamentares da Assem-bléia Legislativa. As benfeitorias são conseguidas através das indicações legislativas, instrumentos regimentais que solici-tam, ao Executivo, a realização de melhorias em diversos

pontos do território fluminense. “As indicações são importan-tes porque, quando o Governo elege as obras que são prioritá-rias, escolhe primeiro entre os pedidos feitos através deste instrumento”, explica a deputada Aparecida Gama (PMDB), autora de indicação que pediu a pavimentação de uma estrada em Sumidouro. A partir deste expediente, por exemplo, 22 mil idosos de Campos dos Goytacazes passaram a comprar remé-dios por R$ 1, e a indústria têxtil de Nova Friburgo passou a contar com mão-de-obra especializada, graças à construção de uma unidade da Faetec em Bom Jardim.

Assembléia se mobiliza para simplificar processos administrativos, aprovando leis que modernizam a administração pública

Embora seja originária da união dos termos bureau (escritório, em fran-cês) e krátos (poder, em grego), foi

em bom português que a burocracia encontrou seu significado mais amplo e disseminado. Herança dos tempos do Brasil colônia, em que tomou força com a chegada da Família Real portuguesa, este sistema de divisão de responsabilidades e poderes passou a ser visto como sinônimo de regras e procedimentos desnecessários ao funcionamento do sistema administrativo, devido às suas limitações e soluções morosas.

Presente em todos os patamares da admi-nistração pública do País, esta organização faz do Brasil, hoje, o detentor do desagradável título

de campeão mundial da burocracia, segundo levantamento recente do International Business Report (IBR). Para reverter esta realidade, a As-sembléia Legislativa do Rio vem apresentando e aprovando normas que buscam desburocratizar a administração pública, como a aprovação do projeto, agora lei, que dá ao servidor estatu-tário a prerrogativa de certificar documentos, dispensando a autenticação. “Antes, os Diários Oficiais precisavam ser cedidos para auxiliar na autenticação em cartório. Agora fazemos tudo aqui, o que assegura o cuidado no manuseio dos periódicos e facilita a vida de quem nos procura”, elogia o documentarista Luis Fernando Teixeira (foto), que trabalha da Biblioteca da Alerj.

PÁGINAS 6, 7 e 8

Ano VI N° 170 – Rio de Janeiro, de 1º a 15 de abril de 2008

NESTE NÚMERO

A S S E M B L É I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJ

Alerj cria telefone 0800 para combater pirataria no estadoPÁGINA 3

Conheça os deputados que tomaram posse na Assembléia em abrilPÁGINAS 4 e 5

Jorge Babu e seus projetos em defesa da Zona OestePÁGINA 12

O fim da burocracia

Rafael Wallace

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJ

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Ano IX N° 242 – Rio de Janeiro, 16 a 30 de novembro de 2011

Comunidades pacificadas também foram visitadas por comissões da Alerj. Nelas, os deputados ouviram os moradores na busca pela melhoria da qualidade de vida PÁGINAS 6, 7 e 8

nião elaaz

UPP

Terceira edição do Rio Eco Rural põe a telefonia no campo em discussãoPÁGINA 3

Legado das obras dos megaeventos esportivos motivam visitas e audiênciasPÁGINAS 4 e 5

Obras do Porto do Açu e seus impactos são acompanhados por parlamentaresPÁGINAS 10 e 11

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJ

A força do esporte

Demandas da Tecnologia da Informação serão discutidas em audiência públicaPÁGINA 3

Alerta sobre os males do consumo de sal marca lei em prol da saúde dos cidadãosPÁGINAS 4 e 5

Balanço da exposição Abre Alas e apresentação de blocos encerram festejos de carnavalPÁGINA 12

Ano X N° 246 – Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2012

Lançamento do Caderno de Esportes pela Alerj traz um mapeamento das principais práticas esportivas de cada cidade fluminense e movimenta representantes do setor em simpósio organizado pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Rio PÁGINAS 6 a 9

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O JORNAL DA ALERJ chegou ao número 250!

Veja uma galeria de capas no Facebook e curta as mais bonitas

http://j.mp/alerjcapas

Page 3: Jornal da Alerj 250

3Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2012

D esde o dia 25, a Assembleia Legislativa do Rio passou a oferecer, em sua página na

internet, o serviço Acesso à Informa-ção. Trata-se da adequação à Lei federal 12.527/11, a Lei de Acesso à Informação. No link, é possível ter acesso a dados co-mo a planilha de contratos em vigor com a Casa, a relação dos cargos existentes com valores e os gastos mensais com custeio (gastos como água, luz, telefone e folha de pagamento). “A abertura de dados é, felizmente, um processo irrever-sível e contamos com a participação po-pular para estarmos sempre em sintonia com a sociedade. Portanto, esse espaço estará em constante construção, pois ouviremos e responderemos diariamente os questionamentos populares”, afirma o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB) (foto detalhe).

Em breve, estarão disponíveis, ain-da, os nomes e cargos de todos os fun-

cionários da Casa. Os dados publicados somam-se a outros que já eram públicos, tais como os gastos com passagens, a lista de presença nas sessões plenárias e o relatório de auxílios-educação. O link Acesso à Informação explica como é possível fazer as solicitações e oferece um formulário on line para preenchi-mento. As perguntas que forem sendo respondidas pela Casa também serão publicadas, na íntegra, no site. Mais do que assegurar o respeito à legislação, a Assembleia Legislativa demonstra, com a publicação dos dados, que prestar contas à população é garantir o exercício da cidadania.

Alerj lança link com dados sobre contratos em vigor e gastos mensais, dentre outros, para atender a Lei 12.527/11

O lançamento do serviço ganhou as páginas dos jornais do estado: "bom exemplo"

TRANSPARÊNCIA

Acesso à informaçãoDe acordo com o texto da Lei

12.527/11, cabe aos órgãos e entida-des do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a gestão trans-parente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação; proteção da informação, garantindo sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e proteção da informa-ção sigilosa e da informação pessoal, observados a disponibilidade, auten-ticidade, integridade e eventual res-trição de acesso. Estão subordinados ao regime desta lei os órgãos públicos integrantes da administração direta dos poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, estados, Distrito Federal e municípios.

O que vale

Foto

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da Redação

Acesse nosso Serviço de Informação ao Cidadão

Ou aponte o leitor de

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Page 4: Jornal da Alerj 250

Sabino usou os óculos que estavam em cima da cadeira do cinema e teve conjuntivite

A dimensão de uma leiSAúDE

Quando Gabriel Sabino de-cidiu ir ao shopping com a irmã, para assistir a um filme 3D, não imaginava

que o passeio lhe custaria uma indesejada conjuntivite. Ao final da sessão, depois de entregar os óculos ao funcionário do

cinema, Sabino começou a sentir ardên-cia nos olhos, mas pensou que fosse

cansaço corporal, por conta do horário tardio. Chegando em casa, percebeu que suas pálpebras estavam inchadas e os cílios, caídos, além de dificuldade para enxergar. A ida ao oftalmo-logista só constatou o que já se esperava: a doença.

Para evitar que esse episódio se torne algo constante nos cinemas

do Rio, a Alerj aprovou a Lei 6.216/12, de autoria do deputado Luiz Martins (PDT), que obriga a higienização dos óculos.

A regulamentação tem base na cons-tatação de espectadores, como Gabriel Sabino, que detectaram que vários desses produtos não eram devidamente limpos e embalados. Depois de consultar um oftalmologista, Luiz Martins teve mais informações sobre os riscos de desenvolvi-mento de doenças infectocontagiosas que podem ser adquiridas através dos óculos. “Pretendemos, com essa lei, atender a população durante o momento de lazer e diversão, com a devida segurança, para que sejam evitadas as possíveis contami-nações causadas pela falta de higiene”, conta o deputado. Um simples cuidado que poderia ter evitado a conjuntivite de Sabino: “Lembrei que os óculos que utili-zei, assim que cheguei ao cinema, estavam alocados no colo do assento”.

O rapaz explica que, no dia seguinte ao filme, acordou mal. “Levantei com fotofo-bia (aversão à luz) e com dificuldade para piscar, em função da dor”, relata. Sabino tem certeza de que o uso do óculos não higienizado provocou a conjuntivite. “Não sei se foi coincidência, mas aquela foi a forma mais provável de eu ter contraído essa doença, uma vez que minha irmã pas-sou o dia inteiro comigo e não apresentou nenhum sintoma”, aponta. Além da pro-posta do pedetista obrigar a higienização e o lacre dos óculos, os cinemas deverão,

diana PiRes e Paulo ubaldino

Page 5: Jornal da Alerj 250

Fotos: R

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A dimensão de uma lei

Além do tratamento específico da conjuntivite, alguns cuidados são importantes ao lidar com os olhos. Quem dá as dicas é o oftalmologista Eduardo Cukierman (foto abaixo). Ele destaca que lavar as mãos, com frequência, e evitar coçar os olhos são atitudes importantes. E mais: não encostar o frasco das pomadas e colírios nos olhos; evitar exposição a agentes irritantes, como fumaça e poeira; e não usar lentes de contato, enquanto estiver com conjuntivite ou em tratamento. Se ocorrer alteração visual, dor ocular, persistência dos sintomas, após o uso da medicação, ou aumento da sensibilidade à luz, procure um médico o mais rápido possível, pois podem ocorrer com-plicações da conjuntivite.

Cukierman também ressalta que não se deve usar colírios ou pomadas sem prescrição médica e que, para o uso de lentes, devem ser feitos a adaptação e o controle pelo oftalmo-logista. O contágio da conjuntivite pode ser direto ou indireto, através das mãos, pois o indivíduo com ir-ritação ocular costuma esfregar os olhos, contaminando também outros objetos e superfícies. Se a limpeza não é feita corretamente, os óculos sujos passam de mão em mão e de rosto em rosto, podendo transmitir doenças infecciosas. Os olhos ficam inchados, lacrimejantes e comumen-te embaçados. Durante o período da conjuntivite, é recomendável o afastamento do infectado para evitar a disseminação da doença.

Vistas seguras

com a norma, afixar, na entrada de cada sala, os contatos da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj (0800 282 7060) e da Vigilância Sanitária (1746).

Se, porventura, a lei não for cumprida, o texto diz que a população poderá fazer denúncias que acarretarão em penali-dades previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC). De acordo com o oftal-mologista Eduardo Cukierman, o contato direto com objetos coletivos, como os ócu-los 3D, pode facilitar a contaminação e a disseminação de conjuntivites bacterianas ou virais. “Essa lei tem por objetivo evitar doenças facilmente contagiosas. Por se tratar de um objeto usado por muita gente, os riscos aumentam consideravelmente. Já foram constatados vários surtos de infecção visual por conta de óculos como esses”, adverte o médico.

Ainda segundo Cukierman, é muito importante que o produto esteja em invólucros herméticos e esterilizados, “para evitar transmissão de patógenos (causadores de doenças) entre os usuários e, assim, não transformar um entreteni-mento em problema de saúde”. “Assegurar a higienização desses artigos, que, afinal, são reutilizados, é uma garantia para o consumidor”, diz o deputado Luiz Martins, que especifica que os óculos deverão ser embalados a vácuo em plásticos estéreis (a lei não se aplica a óculos descartáveis).

Duas das redes com o maior número de cinemas na cidade do Rio, a Kinoplex e a Severiano Ribeiro garantem que fazem a higienização dos óculos 3D com uma máquina importada. Entre uma sessão e outra, segue a nota enviada ao JORNAL DA ALERJ, todos os óculos são subme-tidos a um rigoroso processo de limpeza, realizado em uma sala reservada e por funcionários treinados. Em momento algum do processo, há contato manual com os óculos, garante a nota. Os fun-cionários usam luvas descartáveis em todas as etapas.

Para validar todo este sistema, os cinemas encomendaram um relatório técnico-microbiológico sobre a higieniza-ção, que concluiu que os procedimentos adotados são suficientes para eliminação de bactérias e vírus, incluindo os causa-dores da conjuntivite, além de resíduos de sujidade e matéria orgânica.

“Assegurar a higienização desses artigos, que, afinal, são reutilizados, é uma garantia parao consumidor”Deputado Luiz Martins (PDT)

Gabriel T

elles

Page 6: Jornal da Alerj 250

Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 201266

Trezentos e trinta e seis litros de leite poderiam alimentar mais de 300 crianças em um único dia. Essa é a quantidade que apenas uma mãe produz em excesso por ano. O problema é que toda essa

fonte de nutrientes e energia, muitas vezes, vai direto para o ralo. Para evitar o desperdício, que só ocorre por falta de informação, a deputada Claise Maria Zito (PSD) instituiu, através da Lei 6.237/12, a Semana Estadual de Doação de Leite Materno, que deve acontecer, anualmente, entre os dias 19 e 25 de maio. “É fundamental promovermos o aleitamento materno como segu-rança alimentar. A criação da lei ajuda na conscientização da população e no salvamento de muitas vidas”, atentou a parla-mentar, que vai lançar a campanha Recicle Vida, com o intuito de recolher, para a coleta de leite materno, potes de vidro com tampas plásticas que, geralmente, seriam jogados no lixo.

A fim de servir como multiplicador para outros estados, Claise realizou ações para divulgar as iniciativas do Rio e a necessidade da amamentação. No dia 23, ela esteve em Fortaleza (CE) para falar sobre a semana fluminense no 2° Encontro Nacional de Pre-sidentes de Comissões Legislativas Estaduais de Promoção Social e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Além disso, a deputada, que preside a Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Casa, também homenageou, no dia 21, com a Medalha Tiradentes, a mais importante comenda

do Legislativo fluminense, o Instituto Fernandes Figueira (IFF), que conta com um banco de coleta de leite humano.

Durante a cerimônia de homenagem, mães e autoridades da Saúde estiveram no plenário da Alerj para debater o assunto. A dentista Carla Matos, mãe de uma menina de pouco mais de um mês, foi uma delas. Ela tomou conhecimento dos bancos de coleta no terceiro dia pós-parto, quando saiu da maternidade com excesso de leite na mama. “Fui indicada por uma conhe-cida para procurar um banco. Lá, tive à minha disposição uma equipe médica e passei a ser doadora, ajudando crianças que não tiveram a mesma sorte da minha filha”, esclareceu.

O que aconteceu com Carla serviu como reforço para a fala do coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, João Aprígio, do IFF. “Campanhas de doação de leite demarcam a posição de vanguarda que o Rio tem no cenário dos bancos. O Brasil tem a maior e mais complexa rede do mundo, e o Rio é referência para todos os estados”, disse Aprígio, no evento. Ele acrescentou que, apesar dos avanços, ainda há muitos casos de mortalidade infantil no País – a cada mil crianças, 15 morrem. “Há muitas abaixo do peso e, para elas, o leite humano é mais do que um alimento, é um fator de sobrevivência”, reforçou.

Segundo dados da Fiocruz, o Brasil contava, em 2005, com 29 postos de coleta de leite humano. Hoje, só na região Sudeste, existem 139 pontos, entre bancos e postos de coleta. O Rio conta

diana PiRes

Carla Matos não conhecia os bancos de coleta até sair da maternidade com excesso de leite na mama: "passei a ser doadora"

CAPA

Amamentar é a soluçãoEstado do Rio tem semana para conscientizar as mães sobre a doação de leite materno. Deputada também pretende lançar campanha

Mauro Pimentel

Page 7: Jornal da Alerj 250

7Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2012 117

com 18 bancos (ver tabela ao lado) . No evento realizado por Clai-se, a Rede Brasileira, o Programa Ibero Americano de Bancos de Leite Materno e umas das personalidades que mais tem se dedicado ao tema, a humorista Maria Paula, dentre outros, também receberam moções de Aplauso e Congratulação.

Além do Fernandes Figueira, outros hospitais realizam trabalho voltado para as mães de bebês internados. A respon-sável técnica pelo Banco de Leite do Hospital dos Servidores, Thaís Machado, contou que os procedimentos para se tornar doadora são simples: primeiro, há uma triagem; em seguida, são feitos exames necessários para a liberação do leite; e, após liberado, o líquido passa pelo processo de pasteu-rização, que garante a isenção de bactérias, seguido de um controle microbiológico de todas as análises. “Sempre tivemos saldos positivos”, comemorou.

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj, deputada Inês Pandeló (PT), acredita que o ato da doação de leite materno simboliza a solida-riedade. “Na época em que nasci, ainda não existiam os bancos. Então, fui amamentada por uma ama de leite, comadre de minha mãe. Hoje, existe um controle maior na higiene e no armazenamento, garantindo a qualidade dos nutrientes ingeridos pelos bebês”, ressaltou. (colaboraram Raoni Alves e Cynthia Obiler)

Amamentar é a solução Instituto Fernandes FigueiraAv. Rui Barbosa, 716, Flamengo - Rio de Janeiro | Tel: (21) 2554-1700

Hospital Federal dos Servidores do EstadoRua Sacadura Cabral, 178, Centro - Rio de Janeiro | Tel: (21) 2291-3131

Hospital Maternidade Oswaldo NazarethPraça XV de Novembro, 4, Centro - Rio de Janeiro | Tel: (21) 2221-4123

Hospital Maternidade Carmela DutraRua Aquidabã, 1037, Lins de Vasconcelos - Rio de JaneiroTel: (21) 2597-1056

Instituto da Mulher Fernando Magalhães Rua General José Cristino, 87, São Cristóvão - Rio de JaneiroTel: (21) 2446-5087

Hospital Maternidade Alexander FlemingRua Jorge Schmidt, 331, Mal. Hermes - Rio de Janeiro | Tel: (21) 2450-2007

Hospital Estadual Rocha FariaAv. Cesário de Melo, 3215, Campo Grande - Rio de Janeiro | Tel: (21) 2333-6797

Hospital Herculano PinheiroAv. Ministro Edgard Romero, 276, Madureira - Rio de JaneiroTel: (21) 2458-8684

Hospital Municipal Lourenço JorgeAv. Ayrton Senna, 2000, Barra da Tijuca - Rio de Janeiro | Tel: (21) 3111-4652

Hospital Central do ExércitoRua Francisco Manuel, 126, Benfica - Rio de Janeiro | Tel: (21) 3981-7364

Hospital Universitário Pedro Ernesto Av. 28 de Setembro, 77, Vila Isabel - Rio de Janeiro | Tel: (21) 2587-6100

Maternidade Escola da UFRJRua das Laranjeiras, 180, Laranjeiras - Rio de Janeiro | Tel: (21) 2556-9368

Hospital São João BatistaRua Nossa Senhora das Graças, 235, São Geraldo - Volta RedondaTel: (24) 3350-0115

Hospital Maternidade Nova FriburgoRua Antônio Fernandes Moreira, 12, Centro - Nova FriburgoTel: (22) 2522-0514

Hospital Unimed PetrópolisRua dos Expedicionários, 144, Bingen - PetrópolisTel: (24) 2291-9700

Hospital dos Plantadores de CanaAv. José Alves Azevedo, 337, Centro - Campos dos GoytacazesTel: (22) 2737-7400

Hospital Adão Pereira NunesRod. Washington Luiz, S/N - BR040, Km 109, Jd. Primavera - Duque de Caxias | Tel: (21) 2777-5001

Bancos de leite

A deputada Claise (ao lado)vai lançar campanha para recolher garrafas de vidro com tampas plásticas, e a enfermeira Thaís explica como a doação se dá

Mauro Pimentel Gabriel Telles

Page 8: Jornal da Alerj 250

Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 20128

“Minha carreira está à disposição de causas nobres”

PING-PONG | Maria Paula

A autoria da Lei 6.237/12 e o lançamento da cam-panha Recicle Vida, entre outros, levaram o Instituto Fernandes Figueira (IFF) a conceder à deputada Claise Maria Zito (PSD), no evento ocorrido no plenário da Casa no dia 21, uma placa de agradecimento. Já o Corpo de Bombeiros do Rio foi homenageado pela parlamentar com uma moção, graças ao programa Bombeiro Amigo do Peito. Um dos responsáveis, o diretor do Departamento de Ações Comunitárias da corporação, coronel José Sant’ana Mateus, falou sobre as doações: “O objetivo é coletar, diariamente, o leite de voluntárias em seus domicílios, desde que cadastradas através do SOS Amamentação, e depois levá-lo ao IFF para distribuição”. O cadastro pode ser feito pelo número 0800 026 8877.

O diretor do IFF, Carlos Maciel, acredita que o debate na Alerj deve servir de exemplo para as demais assem-bleias do País. “É importante o estoque nos bancos de leite para suprir as necessidades dos recém-nascidos pré-maturos. O leite humano é o melhor alimento para as crianças, com todas as vitaminas”, reforçou. Foi por medo de não ter leite suficiente para amamentar o pri-meiro filho que a fiscal de loja Edilene Santos, 34 anos (que ilustra a capa desta edição), procurou o IFF. “Não conhecia o trabalho do instituto, mas soube dele através de uma vizinha. Minha visita foi muito importante, pois descobri que tenho leite suficiente para alimentar meu filho”, relatou.

O JORNAL DA ALERJ ouviu também a chefe da Unidade de Neonatologia do Hospital dos Servidores, Ana Lúcia Figueiredo. Ela revelou que as pessoas ainda têm muitas dúvidas. Um caso frequente, segundo ela, refere-se à interferência da mamadeira e da chupeta na amamentação. “O uso da chupeta tem sido desaconse-lhado, pois interfere no aleitamento. Crianças que usam podem mamar menos. Mamadeiras para complementação podem levar o bebê à confusão de bicos, favorecendo o desmame precoce”, arrematou.

Bombeiros amigos e Claise homenageada

CAPA

Assim que o leite é coletado, a voluntária cadastrada liga para o Corpo de Bombeiros, que vai buscar o material

ENQUETEVocê sabia que existem bancos de coleta de leite materno no estado do Rio?

Vote na próxima enquete, acesse: www.alerjnoticias.blogspot.com

Não

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Madrinha das campanhas de aleitamento materno do Ministério da Saúde de 2004 e 2005, a atriz e humorista Maria Paula amamentou os filhos até os dois anos de idade. Em 2012, ela foi escolhida, mais uma vez, para estrelar a mobilização, marcada pela criação da Semana Estadual de Doação de Leite Materno no Rio.

Como a participação de artistas conhecidos pelo público pode auxiliar na divulgação de causas como esta?Acredito que ligando rostos conhecidos pelo público às campanhas proporcionamos um estímulo, mostrando às mães que existem muitas facilidades para a doação. O programa Bombeiro Amigo do Peito, por exemplo, do qual participei, vem a sua casa, sema-nalmente, buscar os vidros com o leite, reabastecendo os bancos. Como mãe e atriz, sempre terei minha carreira à disposição da mobilização de causas nobres.

E a sua experiência de amamentação? Foi inesquecível. Tive a sorte de poder amamentar meus dois filhos apenas com leite materno até os seis meses e, mesmo ofe-recendo outros alimentos depois, mantive a amamentação até os dois anos. Além disso, pude doar o leite que Maria Luiza e Felipe não consumiam. É um orgulho grande ter ajudado outras mães e bebês que não tiveram a mesma chance.

Por que o leite materno é tão importante?Além de ser o principal nutriente para os bebês até o primeiro ano de idade, é durante a amamentação que mãe e filho iniciam seu relacionamento. Para mim, era emocionante poder olhar nos olhinhos dos meus pequenos nesse momento. Acredito que, atra-vés de gestos de afeto e carinho, como a amamentação, podemos traçar um futuro melhor para nossas crianças.

Sim69%

Mau

ro Pim

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9Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2012G

abriel Telles

Depois de três anos sob a coordenação da Escola do Le-gislativo do Rio (Elerj), o Coral

Pró-Canto está sob nova administração. A partir de maio, o grupo passou para o De-partamento de Cultura da Alerj, que abriu inscrições para novos participantes. Os requisitos continuam os mesmos: gostar de cantar e trabalhar na Casa. A agenda também foi mantida, e o coral encerra a temporada desse primeiro semestre com duas apresentações. Para o especialista legislativo e coordenador do Pró-Canto, Marcos Gomes, a mudança na gestão era uma questão de tempo, “apesar da Elerj sempre ter apoiado logisticamente todas as atividades do coro”: “O que muda agora é que há interesse comum. Não existe cultura sem música. A ida para o departamento é por afinidade”.

Para a maestrina Danielly Souza, que está no coral desde a criação, o canto traz uma melhor interação entre os funcioná-rios. Ela lembra que, quando as atividades começaram, uma pesquisa foi feita entre os participantes para saber qual tipo de repertório cada um acharia interessante cantar. Ficou constatado que a música brasileira, de um modo geral, esteve presente em quase todas as respostas. “Foi bom, porque, no projeto, frisei bas-tante a questão do repertório nacional e sua divulgação”, destacou. O coral, cujos arranjos masculinos ficam por conta de Fábio de Sá e os femininos por Manuela Vieira, é uma parceria da Alerj com a Universidade Federal do Rio (UFRJ).

O grupo “nasceu” logo após Marcos Gomes ter assistido à apresentação do Coral do Theatro Municipal em uma das

galerias do plenário da Casa. “É uma acús-tica espetacular. Procurei me informar sobre a criação legal do grupo e convoquei colegas de trabalho”, disse, acrescentando confiar na seriedade dos ensaios – todas as quintas e sextas, das 12h às 13h30, no auditório da Elerj – para uma melhor performance dos espetáculos.

Nova temporadasymone munay

CORREDOR CULTURAL

Coral Pró-Canto passa a ser administrado pelo Departamento de Cultura da Casa

Próximas apresentaçõesDia 05/06 (terça-feira)Rádio MEC FM 98.9, às 18h.Praça da República,141-A, 5º andar,Centro do Rio.

Dia 14/06 (quinta-feira)Saguão Getúlio Vargas do Palácio Tiradentes, às 18h30.Rua Primeiro de Março, s/nº, Praça XV, Centro do Rio.

CURTASParques verdesA exposição Jardins Cariocas está em exibição no Palácio Tiradentes (Rua Primeiro de Março, s/nº, Praça XV) sempre de segunda a sábado, das 10h às 17h, e aos domigos e feriados, das 12h às 17h. A mostra, composta por imagens produzidas pela equipe de fotografia da Comunicação Social da Alerj, retrata diferentes visões de parques e jardins do Rio, como a Praça Paris, na Glória, e o Campo de Santana (foto), no Centro. O objetivo é reforçar, junto a turistas e cidadãos fluminenses, a preservação da flora e da fauna. A entrada é gratuita e a exposição vai até o dia 14 de julho.

A volta ao larEstá em cartaz no Centro Cultural dos Correios, na Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro do Rio, a peça A Volta ao Lar, de Harold Pinter, que traz à tona os conflitos existentes em uma tradicional família inglesa. Com direção de Bruce Gomlevsky, o espetáculo tem sessões até o final de junho. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2219-5165, das 15h às 19h.

Mau

ro Pim

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Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 20121010

Mauro Pimentel

Samba, ciência e féA Jornada Mundial para Juventude do Rio, em 2013, foi uma das razões apontadas pelo deputado Pedro Augusto (PMDB) para homenagear o arcebispo da Arquidiocese local, d. Orani Tempesta (foto, de óculos, ao lado de Augusto). O representante da Igreja recebeu, no dia 28, o Diploma Cristo Redentor, para os que contribuem com o turismo. Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, o gaúcho Marco Antônio Raupp foi homenageado, no dia 22, com o Título de Cidadão do Estado, honraria dada pelo deputado Gustavo Tutuca (PSB). Fruto da geração que revitalizou o samba, a cantora Teresa Cristina foi homenageada pela deputada Aspásia Camargo (PV), no dia 29, com o Título de Benemérito do Estado do Rio.

CURTAS

Problemas na entrega de imóveis levam comissões a agir em defesa dos compradores

Raoni alves e andRé Coelho

Rafael W

allace

A compra da casa própria é um sonho de todo o brasileiro. Mas, muitas vezes, acaba

se tornando um pesadelo. Com Larissa Prucoli, proprietária de um imóvel no condomínio Rio Spazio, na Taquara, em Jacarepaguá, zona Oeste do Rio, foi assim. O apartamento foi adquirido na planta, em 2008, com prazo para ficar pronto em fevereiro de 2010. Dois anos e quatro meses depois, a construtora MRV Engenharia ainda não entregou as chaves. Além disso, a empresa só liberou 23 das 240 unidades habitacionais do condo-mínio. E isso só aconteceu depois que a Comissão de Política Urbana, Habitação

e Assuntos Fundiários da Alerj, presidida pelo deputado Alessandro Calazans (PMN), defendeu os moradores.

“Estamos certos que a ação da co-missão foi determinante para que os direitos de quem comprou um imóvel fossem garantidos. Já começamos a colher frutos de uma audiência no caso do Rio Spazio. Antes da nossa reunião, os proprietários enfrentavam dificuldades para solucionar o problema e, agora, começaram a ver uma luz no fim do túnel. Há duas semanas, nenhum apartamento havia sido entregue”, ce-lebra Calazans.

Em defesa da empresa, a Assessoria de Imprensa da MRV informa que “a maioria dos imóveis do empreendimento encontra-se dentro do prazo de entrega previsto em contrato de financiamento bancário. Vários clientes já receberam suas chaves e outros já fizeram as visto-

rias de seus apartamentos”. A constru-tora avisa que se coloca à disposição da comissão para esclarecimentos.

Além da vitória no caso do Rio Spazio, Calazans pretende ainda atuar na inter-mediação de acordos entre construtoras e clientes que adquiriram apartamentos que não foram entregues. “Nossa finali-dade é que se chegue a um acordo e que o sofrimento dessas pessoas que investi-ram na casa própria possa ser reduzido”, destaca o parlamentar. A comissão irá recolher as demandas e detalhes das inúmeras denúncias, para, em seguida, negociar com as construtoras.

A publicitária Kátia Cristina de Ma-cedo assinou contrato de compra de um apartamento em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com a construtora Tenda, em maio de 2008. A previsão de entrega era dezembro do mesmo ano. No entanto, até hoje Kátia não recebeu as

HABITAÇÃO

Quem compra quer casa

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11Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2012 511

BullyingA banalização do bullying e o seu combate e a falta de apoio no ambiente familiar foram apontados como responsáveis pelo crescimento dos casos de discriminação no estado. O tema pautou o VII Fórum da Infância e Juventude, no dia 28. Idealizado pela Comissão Disque Criança da Alerj, presidida pelo deputado Waguinho (PRTB) (foto), o evento debateu a evolução desse tipo de episódio nas famílias e nas escolas.

ImpostosO percentual de brasileiros que identifica tributos indiretos sobre produtos e serviços passou de 28%, em 2007, para 57%, em 2011. É o que garante a pesquisa da Fecomércio apresentada, no dia 24, em audiência da Comissão Especial da Alerj criada para acompanhar o cumprimento da Lei da Transparência nos gastos públicos. “É preciso acesso claro à carga tributária”, ponderou o presidente do colegiado, deputado Flávio Bolsonaro (PP).

chaves e foi obrigada a voltar a morar com os pais. “Não tive condições de pagar o financiamento e o aluguel e, por isso, es-tou morando, com toda a minha mudança, em um quarto apertado”, protesta.

Depois de levantar as construtoras que estão em atraso com seus clientes, a Comissão de Habitação convocará uma nova audiência e, caso não se chegue a uma solução, serão buscadas outras ações. “Temos propostas muito boas, como sugerir às prefeituras que não concedam licença de obras para cons-trutoras que tenham empreendimentos atrasados. Estamos também trabalhando em parceria com a Comissão de Defesa do Consumidor, para, se necessário, ajuizar ações buscando garantir o direito dos compradores”, completa Calazans.

Os consumidores que estiverem pas-sando por problemas semelhantes podem procurar ajuda através dos telefones do Alô, Alerj e do Disque Defesa do Consumi-dor. “Vamos buscar o entendimento com as construtoras em atraso. Se você está com problemas, procure a Alerj”, informa a presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Casa, deputada Cidinha Campos (PDT).

Rafael W

allace

Disque Defesa do ConsumidorAlô, Alerj

0800 282 70600800 022 0008

Gabriel Telles

Palavra de cidadão Larissa Prucoli, proprietária de apartamento na Taquara

Quem compra quer casa

Financiei um apartamento pela Caixa Econômica Federal, através do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que me permitia pagar o imóvel em até 30 anos. No meu caso, o contrato ficou, por 25 anos, no nome da minha mãe. No começo, foi um sonho. Pretendia morar com minha mãe e minha irmã. O sonho começou em 2008, quando firmamos o acordo. A entrega estava programada para fevereiro de 2010. Mais de dois anos se passaram e, até hoje, não tenho minha casa. Em dezembro de 2010, fomos até a Caixa Econômica para começar a pagar, por mês, a taxa de evolução da obra. Mesmo hoje, quando 23 unidades do meu condomínio já foram entregues, ainda continuamos pagando essa taxa. Não existe nenhum abatimento no valor do financiamento por causa desse pagamento. O pior de tudo é que os 23 moradores que receberam suas chaves não receberam seus apartamentos terminados. Eles estão morando em um canteiro de obras. Existem problemas de acabamento em todo o condomínio e falta a entrega do Habite-se, atestando que a edificação está regular, necessária para o registro em cartório. Infelizmente, meu sonho virou pesadelo.

Kátia disse em audiência da Comissão de Habitação, presidida por Calazans, que voltou a morar em quarto apertado na casa dos pais

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Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 201212

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 – Rio de Janeiro/RJ – CEP-20010-090

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

andRé nunes

Foto: Rafael W

allace

É dever dos pais e dos responsáveis por crianças e adolescentes proporcionar plenas condições para a garantia de um futuro digno, com as

mesmas oportunidades nos âmbitos profissional e social. E o conselheiro tutelar, qual é o seu papel? Além de auxiliar os menores garantindo seus direitos, deve dar atenção e orientar quem possui a guarda, fazendo valer, desta forma, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Tendo isso em vista, os 112 conselhos tutelares existentes no estado do Rio foram declarados como de relevante interesse social pela Alerj, através da aprovação da Lei 6.195/12, assinada conjuntamente pelos deputados Sabino (PSC) e Claise Maria Zito (PSD).

Segundo Claise, a iniciativa nasceu a partir da realização de audiências e visitas a conselhos. “O Conselho Tutelar é o principal parceiro de todo o trabalho relativo à criança e ao adolescente e, muitas vezes, não é reconhecido. A Comissão de Assuntos da Criança e do Adolescente da Casa realizou um trabalho de vistoria em todo o estado e se deparou com condições adversas”, afirma. Um conselho é composto por cinco membros, eleitos pela comunidade para acompanhar os casos de abusos físicos ou psicológicos e decidir sobre qual medida de proteção será tomada. Devido ao seu trabalho de fiscalização, o conselho possui autonomia funcional, não tendo nenhuma relação de subordinação com qualquer outro órgão.

“O conselheiro tutelar não é policial, não é técnico, não é juiz. É o zelador do ECA e deve requisitar ações que garantam os direitos ou representar contra a inobservância deles ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. O conselheiro precisa ter bom senso para se fazer presente onde há violações e agir para eliminar riscos aos menores”, defende o conselheiro tutelar Edimilson Ventura (foto), de Laranjeiras, zona Sul do Rio. “É um reconhecimento merecido e necessário, porque esse é um serviço fundamental que, em muitos locais, carece de recursos”, finaliza Sabino.

Ou aponte o leitor de QR Code de seu

celular

Veja a relação dos conselhos tutelares do estado

http://j.mp/ctutelar

Zelador direitosdos