jornal da alerj 255

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O som da cidadania Audiodescrição do JORNAL DA ALERJ comemora um ano e segue buscando melhorias para a acessibilidade dos deficientes visuais do estado PÁGINAS 6, 7 e 8 Lei garante o direito do arrependimento para quem fizer compras pela internet e telefone PÁGINAS 4 e 5 Projeto Música no Salão trará shows de importantes artistas para o Parlamento PÁGINAS 10 e 11 Alerj lança aplicativo para smartphones que já pode ser baixado pelos cidadãos PÁGINA 12 Arte sobre foto de Ruano Carneiro ALERJ 9912242287/2009-DR/RJ ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO JORNAL DA ALERJ Ano X N° 255 – Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2012

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Jornal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

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Page 1: Jornal da Alerj 255

O som da cidadania

Audiodescrição do JORNAL DA ALERJ comemora um ano e segue buscando melhorias para a acessibilidade dos deficientes visuais do estado

PÁGINAS 6, 7 e 8

Lei garante o direito do arrependimento para quem fizer compras pela internet e telefonePÁGINAS 4 e 5

Projeto Música no Salão trará shows de importantes artistas para o Parlamento PÁGINAS 10 e 11

Alerj lança aplicativo para smartphones que já pode ser baixado pelos cidadãos PÁGINA 12

Art

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ALERJ9912242287/2009-DR/RJ

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJAno X N° 255 – Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2012

Page 2: Jornal da Alerj 255

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 201222

“Promover uma política cultural comprometida com o desenvolvimento humano sustentável é meta de ação conjunta de governos e sociedade civil, que tem papel fundamental”Marcelo Simão (PSB), sobre projeto que institui Programa Estadual de Bibliotecas Comunitárias

“É importante que se frise que esta medida representa um novo conceito de segurança pública, com o uso mais eficiente dos espaços e a redução do aquartelamento, levando os policiais para as ruas”André Corrêa (PSD), sobre proposta de venda de imóveis do estado, que teve capela preservada por conta de emenda da Alerj

“Precisamos proteger os frequentadores desses lugares, crianças em sua maioria, e estes documentos são uma garantia de que eles estão obedecendo normas de segurança”Wagner Montes (PSD), justificando projeto que obriga parques e circos a divulgarem suas autorizações

PresidentePaulo Melo

1ª Vice-presidenteEdson Albertassi

2º Vice-presidenteGilberto Palmares

3º Vice-presidentePaulo Ramos

4º Vice-presidenteRoberto Henriques

1º SecretárioWagner Montes

2º SecretárioGraça Matos

3º SecretárioGerson Bergher

4ª SecretárioJosé Luiz Nanci

1a SuplenteSamuel Malafaia

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteAlexandre Corrêa

4º SuplenteGustavo Tutuca

JORNAL DA ALERJPublicação quinzenal da Subdiretoria Geral de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista responsávelLuisi Valadão (JP-30267/RJ)

Editor-chefe: Pedro Motta Lima

Editor: Everton Silvalima

Chefe de reportagem: Fernanda Galvão

Equipe: Ana Paula Teixeira (diagramação), André Nunes, Fernanda Porto, Marcus Alencar, Raoni Alves, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Edição de Fotografia: Rafael Wallace

Edição de Arte: Daniel Tiriba

Secretária da Redação: Regina Torres

Estagiários : Andresa Martins, Bárbara Souza, Bruna Motta, Camilla Pontes, Diana Pires, Fernando Carregal, Gabriel Telles (foto), Gava Muzer (foto), Rodrigo Stutz e Ruano Carneiro (foto)

Telefones: (21) 2588-1404/1383 Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 CEP-20010-090 – Rio de Janeiro/RJEmail: [email protected]/alerjwww.facebook.com/assembleiarjwww.alerjnoticias.blogspot.comwww.radioalerj.posterous.com

Impressão: Imprensa OficialTiragem: 5 mil exemplares

siga a @alerj no

www.twitter.com/alerj radioalerj .com

Ouça sonoras dos deputados

.JORNAL DA ALERJ

Receba o

http://bit.ly/jornalalerj

em casa Veja nossos álbuns do Picasa

http://bit.ly/alerjpicasa

FRASES ExPEDIENTE

As mensagens de mídias sociais são publicadas na íntegra, sem nenhum tipo de edição.

Rogério Alexandre@rogerio_dl

Dia 06/09 às 15:55

espetacular.RT @alerj: Em setembro a audiodescrição do #JornaldaAlerj completa um ano. O que você acha desta iniciativa de #acessibilidade?

@VagnerLucio_Vagner Lúcio

Dia 10/09 às 18:03

@alerj O periódico está espetacular. Trabalhei com uso do projetor com meus alunos, pois minha escola ainda não está recebendo.

@bebetotetra94 Deputado Bebeto (PDT)Dia 11/09 às 16:45

Estou profundamente abalado com a chacina ocorrida na Baixada Fluminense. Que Deus conforte a família desses jovens! http://glo.bo/QBUhMy

http://j.mp/audiojornal255

Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular

O JORNAL DA ALERJ está disponível também em áudio. Divulgue!

Mauro Pimentel

PROJETO

MíDIAS SOCIAIS

l O projeto de lei 772/11 torna obrigatório o fornecimento de cópia do prontuário médico aos pacientes de alta em todos os hospitais

l Assegurar o acesso dos pacientes às informações a respeito do tratamento que receberam durante o período de internação é o objetivo do projeto. Com a autorização da alta, deverá ser entregue ao paciente uma cópia do seu prontuário médico, sem cobrança de qualquer quantia. A cópia do prontuário deve conter informações sobre os procedimentos submetidos ao paciente e todos os medi-camentos destinados a ele. De acordo com o projeto, nenhum paciente poderá ser liberado sem que ele, algum familiar ou responsável receba gratuita-mente seu prontuário emitido

por representante legal da unidade hospitalar. O projeto de lei se firma no Código de Defesa do Consumidor, que afirma que a informação ade-quada e clara sobre produtos e serviços, com suas devidas especificações, bem como riscos que apresentem são direitos básicos. Para o de-putado Alexandre Corrêa (PRB), a aprovação do projeto é importante para que os profissionais de outra unidade médica em que, eventualmen-te, o paciente seja atendido saibam que medicamentos foram usados anteriormente. Ele acredita que, assim, os profissionais de saúde terão mais responsabilidade. No caso de descumprimento do que preceitua essa proposta, as instituições particulares deverão pagar multa no valor de 1 mil Ufir’s a serem rever-tidos para o Fundo Estadual de Saúde.

Deputado Alexandre Corrêa (PRB)

Page 3: Jornal da Alerj 255

3Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2012 3

Prefeituras consumidoras

OO Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empre-sas (Sebrae) apresentou, no

dia 5, durante reunião do Fórum Perma-nente de Desenvolvimento Estratégico, o programa Compra Mais, que objetiva fazer com que empresários e governos aproveitem melhor os benefícios da Lei Complementar 123/06, a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. O programa é uma parceria do Sebrae junto às adminis-trações municipais, buscando criar opor-tunidades nas compras governamentais. Segundo a gerente de Políticas Públicas do Sebrae/RJ, Andréia Crocamo, 76 municí-pios já regulamentaram ações de compra do texto. “É essencial a participação da sociedade. Ainda há muito trabalho pela frente, pois precisamos fazer com que as prefeituras evoluam”, frisou.

De acordo com ela, mostrar que “é preciso haver um trabalho com qualida-de e pontualidade é fundamental para que todos saiam favorecidos”. Dados do Sebrae dão conta de que cerca de 99% das empresas do País são de pequeno porte e participam pouco das compras, empregando 50% da mão de obra nacio-nal. Já a secretária-geral do Fórum, Geiza

Rocha, vai sugerir ao presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), o envio de um ofício aos municípios para mostrar a importância do papel do Legislativo nas formas de incentivo. “Com isso, poderemos realizar um mapeamento do que falta para o programa atingir todos os municípios fluminenses”, afirmou.

O programa Compra Mais visa a orientar e a incentivar a participação das pequenas empresas, além de garantir que os pequenos negócios tenham acesso ao

mercado de compras governamentais, que movimenta, apenas no âmbito do Governo do estado do Rio, mais de R$ 8 bilhões por ano. Tópicos importantes que o programa também busca atingir são a mobilização e a sensibilização dos gestores para a importância da inserção dos pequenos negócios no processo de aquisição de bens e serviços e a capacitação das micro e pequenas empresas para que saibam oferecer seus produtos e serviços por meio dos sistemas de compras públicas..

Alerj pode ajudar Sebrae a fazer mapeamento do Compra Mais em todo o estado

FÓRUM

Gabriel Telles

Diana Pires

O estímulo à instituição de uma base logística de defesa para o País foi a tese defendida pelo coordena-dor do Núcleo de Estudos e Defesas, que funciona na Universidade Federal Flumi-nense (UFF), Eduardo Brick. A afirmação foi feita no dia 12, durante a terceira reunião (foto) da Câmara Setorial de Gestão e Políticas Públicas do Fórum. “O Brasil é o úni-co do grupo de países com PIB grande que está muito atrás nesse investimento

em capacitações militares, científicas, tecnológicas e industriais. Por ser um país com diversas riquezas, a defesa não pode ser um fa-to irrelevante. É necessário preocupação, principalmente porque países como os EUA não reconhecem o nosso Pré-Sal como sendo nosso, por exemplo”, afirmou Brick.

A UFF também apre-sentou, no dia 3, durante reunião da Câmara Setorial de Infraestrutura e Ener-gia do Fórum, uma relação

de projetos de pesquisas científicas, desenvolvidos em parceria com a Mari-nha, para ser encaminhada ao programa Rio Capital da Energia, do Governo do estado. Propostas como a construção de laboratórios de geradores com ímã per-

manente, que diminui o peso dos equipamentos e facilita o trabalho nas plataformas da Petrobras, e a utilização de novos medidores de velo-cidade do vento, que otimi-zam a produção de energia eolioelétrica, foram a tônica das discussões.

Investimentos em defesa e em programa de energia

Discussões aconteceram para que governos aproveitem melhor benefícios de lei

Bruna Motta

Page 4: Jornal da Alerj 255

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 20124

LEGISLAÇÃO Arte sobre fotos de sxc.hu

Sete dias para se

arrepender

A expressão “gato por lebre” nunca esteve tão atual. O aumento na oferta de produtos e serviços à

distância, seja por telefone, catálogo ou internet, vem ampliando as queixas sobre o atendimento. Na impossibilidade de ver o que está sendo adquirido, muitos consu-midores são levados ao arrependimento. A possibilidade de desistência em compras feitas fora do estabelecimento comercial, tema do artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor, motivou a apresentação, pela deputada Clarissa Garotinho (PR), do projeto de lei 690/11, que, aprovado pela Alerj, aguarda sanção do governador Sérgio Cabral.

Com o simples princípio de garantir a divulgação do direito previsto, a proposta poderá ter um enorme alcance no estado. São poucas as pessoas que sabem que, após o recebimento do produto ou serviço contratado, o consumidor tem sete dias corridos para se arrepender, cancelar a contratação e, no caso de produtos com-prados, devolver e ter o valor estornado. “Afinal, ninguém anda com um Código

de Defesa do Consumidor debaixo do bra-ço”, assinala a autora. “Não há quem não conheça um caso de alguém que foi in-duzido ao erro por imagens publicitárias. Perceber que a escolha foi equivocada é cada vez mais comum”, aponta.

Quem viveu problema semelhante reclama da falta de conhecimento do prazo para o arrependimento. É o caso do designer Felipe Barreto. Ele comprou um videogame que chegou com espe-cificações diferentes das adquiridas. “O vendedor me sugeriu devolver o valor da diferença por eu não ter recebido exata-mente o que pedi. Mas, se soubesse que tinha sete dias para devolver, não teria aceitado o acordo”, conta.

Para evitar a desinformação, a nor-ma, após sancionada, fará com que os estabelecimentos informem aos compra-dores a seguinte mensagem: “Prezado cliente: este produto ou serviço poderá ser cancelado no prazo de sete dias, a contar da adesão ao contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço, com direito à devolução dos valores pagos, monetariamente atualizados”. A falta de

conhecimento desse prazo também é atestada por atendimentos. Nenhuma das 146 reclamações recebidas pela Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj sobre venda online trata de desistência.

“As pessoas realmente desconhecem o direito ao arrependimento; do contrário, receberíamos mais reclamações pela resistência dos comerciantes”, diz o ad-vogado João dos Santos Oliveira Filho, da comissão, informando que a maior parte das denúncias refere-se a atrasos na entre-ga. Nacionalmente, a proporção também é baixíssima. Ao longo dos oito primeiros meses deste ano, o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) só realizou 34 atendimentos de desistência via internet.

Oliveira Filho confirma que, dentro do prazo estabelecido pelo código, o direito não tem como ser contestado. “Não cabe discussão, a loja tem que se submeter à regra”, garante ele, que deu algumas dicas de como proceder para evitar infrações (ver QR Code). Muitos fatores favorecem o engano que justificaria uma desistência na compra de um produto ou contratação

Projeto que aguarda sanção do governador pretende fazer com que estabelecimentos deem ao cliente informações sobre o prazo de cancelamento da

compra de produtos e serviços e a devolução do valor pago

anDré nunes e FernanDa Porto

Page 5: Jornal da Alerj 255

5Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2012R

uano Carneiro

Ruano C

arneiro

de um serviço. Além do comodismo, que favorece o impulso, e as imagens publicitárias, muitas vezes enganosas, a impossibilidade de verificar com atenção as características do produto também leva à compra equivocada.

Para a estudante de Relações Públicas Luiza Corrêa, o apelo visual da internet e dos catálogos faz com que as informações técnicas sejam deixadas de lado, o que também aumenta o risco de erro. Recen-temente ela comprou um celular no site de uma livraria. Sua intenção era adquirir um dual chip (que permite o uso de dois chips), mas escolheu errado. “Esse canal é aproveitado para que o apelo visual seja maior do que as informações dadas. Em uma loja, diante de um vendedor, você pega os produtos e tira as dúvidas. A chance de erro é menor”, diz Luiza, que percebeu o engano, entrou em contato com a loja e conseguiu o estorno.

Sites que fazem a intermediação da compra, os mercados eletrônicos, como Mercado Livre e Groupon, tam-bém estão sujeitos à regra. (colaborou Camilla Pontes)

ENQUETEQual a sua forma preferida de fazer compras hoje em dia?

Vote na próxima enquete, acesse: www.alerjnoticias.blogspot.com

55%

41%

2%

2%

Loja

Internet

Telefone

Catálogo

Luiza queria um celular com dual chip, mas escolheu errado. Entrou em contato com a loja e conseguiu o estorno do valor pago

No início do ano, eu queria o Playstation Vita e achei um no Mercado Livre vendendo por um preço abaixo das lojas. Conferi a reputação do vendedor, que tinha 98% de qualificações positivas. Quando recebi e liguei o console, percebi que não era o modelo encomendado. Entrei em contato com o site e esclareci a situação. Uma vez acionado, o vendedor propôs devolver parte do dinheiro caso eu aceitasse ficar com o produto como ele estava. Como eu já havia me desgastado com a situação, resolvi aceitar. Eu não sabia que podia desistir da compra sete dias após o recebimento. Acho que, se eu soubesse disso, seria mais um recurso para utilizar na argumentação com o vendedor, e quem sabe entrar com uma ação legal contra ele.

Palavra de cidadão

Felipe Barreto

Veja dicas para compras seguras e o ranking das

empresas com mais reclamações

Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular

http://j.mp/7dias_box

Gava M

uzer

Page 6: Jornal da Alerj 255

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 20126

cApA

inclusãoUm

ano de

JORNAL DA ALERJ completa 20 edições

com oferta de áudio com a leitura das páginas

para deficientes visuais, disléxicos e analfabetos

Oúltimo Censo do País dá con-ta que 14,5% da população brasileira

têm algum tipo de deficiência. De acordo com algumas instituições, cerca de 2 milhões de pessoas não enxergam no País. Os dados podem não ser os mais exatos (o Censo 2006 aponta para 160 mil cidadãos que não enxergam e 16 milhões com algum grau de deficiência visual). Porém, o que é cada vez mais garantido é o aumento do acesso dessas pessoas aos mais diversos meios de afirmação da cidadania. No estado do Rio, uma dessas ações para a acessibilidade completa um ano de serviços: a audiodescrição do JORNAL DA ALERJ. Com esta edição, são 20 números com todas as páginas audiodescritas, fazendo com que as in-formações sobre as leis e as discussões do Poder Legislativo cheguem a todo e qualquer cidadão, inclusive os que têm dislexia (dificuldade de aprendizado) e os que não sabem ler.

A oferta desse serviço tem animado o presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB). “É uma iniciativa muito importante para a democratização da informação. Levar as ações da Alerj para todos os cidadãos é o nosso desejo maior. Dar a quem não enxerga a oportunida-de de estar inserido no dia a dia e nas discussões do estado é gratificante”, declara. Sentimento parecido tem o presidente da Comissão de Defesa da Pessoa com Deficiência, deputado Már-

cio Pacheco (PSC). “É um exercício de respeito, de ética e de direito de acesso à informação. A acessibilidade nos meios de comunicação é um tema que está em pauta no mundo todo. Portanto, a Alerj, através do seu jornal e do serviço de audiodescrição, contribui ainda mais para a inclusão social”, avalia.

O serviço, realizado pela Subdiretoria Geral de Comunicação Social e Cultura, também é louvado pelas instituições que lutam pelos direitos das pessoas com de-ficiência. O diretor da Associação Aliança dos Cegos, Edimar Paulo de Oliveira, destaca que a audiodescrição também aguça a curiosidade e promove a inserção dos deficientes no debate dos assuntos mais importantes em pauta no Rio. “Essa iniciativa da Alerj é muito importante. Só aqui na associação, são mais de 50 cegos que passaram a ter acesso ao serviço”, assinala Oliveira.

“Temos quase 200 instituições e e-mails cadastrados. Quando começa-mos, há um ano, entramos em contato com todos e pedimos que replicassem a audiodescrição para o maior número de

deficientes visuais possível. Acreditamos que, dessa forma, demos um salto e tanto em favor da acessibilidade”, comemora a subdiretora de Comunicação da Alerj, Luisi Valadão. O vice-presidente da Asso-ciação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio, Alexandre Braga, faz elogios à iniciativa: “Permite ao audiodescritor conhecer melhor o universo dos deficien-tes visuais”.

Os desafios em gravar os áudios são compartilhados pelos jornalistas Everton Silvalima e Symone Munay, os audiodescritores que fazem as leituras desde o começo. “No início, graváva-mos muito devagar, mas percebemos,

Vanessa schumacker, Bruna motta e roDrigo stutz

Câmara (foto maior) diz que serviço da equipe da Alerj permite fiscalizar

Page 7: Jornal da Alerj 255

7Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2012

Principais interessados na audiodes-crição, os deficientes visuais dão a sua opinião sobre a acessibilidade permitida pelo serviço da Alerj. Assessor da Se-cretaria Municipal de Acessibilidade de Niterói, o professor Alessandro Câmara é um entusiasta da iniciativa. “Não exis-te sociedade sem política, e a política pressupõe relação do ser humano com o Poder. Logo, a gente precisa estar fis-calizando. A melhor forma de fiscalizar é você acompanhar os atos do Poder Legislativo”, comenta. Câmara também aponta a descrição das imagens como um dos pontos altos. “Um filme, uma peça de teatro ou um jornal se tornam incompletos sem a audiodescrição das imagens”, alega o professor.

O auxiliar de radiologia e deficiente visual Rogério Alexandre (foto acima) acompanha, desde a primeira edição, a audiodescrição e costuma usar o Twitter (@rogerio_dl) para divulgar

temas relevantes. Vítima de uma ca-tarata congênita que o cegou desde o nascimento, Alexandre declara que as dificuldades não se transformaram em obstáculos. “Até a chegada dos softwares que permitem a nós, defi-cientes visuais, navegar pela inter-net, éramos praticamente isolados do mundo. Porém, na medida do possível, sempre lutei por minha integração com a sociedade”, pontua.

Ele destaca que a acessibilidade dos sites brasileiros, em sua maioria, ainda está aquém das demandas dos cegos, mas ressalta a qualidade da página da Alerj. “O formato do site e a audiodescrição do jornal são exce-lentes e me garantem, dessa forma, o exercício da cidadania. Posso não só ter acesso ao trabalho do Parla-mento, como também compartilhar as informações de interesse público”, complementa Alexandre.

Gava Muzer

Fellippo Brando Rafael Wallace

Gabriel T

elles

Acessibilidade plena

ao conversar com os cegos, que não precisava de um ritmo mais lento”, diz Symone. “Descrevíamos todas as fotos quando começamos. Aí, fizemos uma visita ao Instituto Benjamim Constant e nos disseram que bastava descrever imagens quando elas fossem de muita relevância para a compreensão da ma-téria”, acrescenta Silvalima.

Os arquivos da audiodescrição tam-bém ficam disponíveis no formato de texto (.doc) para os deficientes que dão preferência a softwares que fazem a leitura por conta própria. Para ouvir o JORNAL DA ALERJ, acesse o link no alto da página www.alerj.rj.gov.br.

Melo diz que informações sobre o Parlamento têm que chegar a todos. Já Pacheco frisa: “Acessibilidade nos meios de comunicação está em alta hoje em dia”

Page 8: Jornal da Alerj 255

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 20128

O melhor amigo (e guia) do homem

Atenção! Buraco na pista. O cão desvia para você

O primeiro ano da audiodescrição do JOR-NAL DA ALERJ não é o único fato recente que demonstra a preocupação do Parlamento com os

deficientes visuais. No dia 30 de agosto, a Lei 6.306/12, de autoria do deputado Thiago

Pampolha (PSD), que autoriza o estado a criar a Escola Estadual do Cão-Guia

para o Deficiente Visual, foi sancionada. O parlamentar ce-lebra a aprovação e afirma que a aquisição do animal é essencial para a independência das pes-soas que não enxergam. “Atu-almente, o treinamento desse

cão é oferecido por poucas organizações não governamentais (ONGs). Acredito que essa lei

vai garantir ao portador de deficiência visual a chance de encarar sua limitação de forma mais segura”, diz Pampolha.

De acordo com o fundador de uma das poucas instituições que realizam o trabalho de treinar cães para deficientes visuais no País, o Instituto Cão-Guia Brasil, George Thomaz Harrison, somente cerca de 80 animais estão em atividade no Brasil. Har-rison acredita que esse número tão reduzido acontece pela falta de pessoas capacitadas para treinar os animais e pelo tempo médio levado na duração de um treinamento. “Demora de um ano e meio a dois anos e o custo é, em média, de R$ 25 mil por cachorro”, conta Harrison. O adestrador concorda com o depu-tado e diz que a iniciativa do Governo de se articular é louvável, mas ressalta que o investimento em capacitar profissionais para treinar os animais também é de grande importância.

Pioneira no uso do cão-guia no estado, a professora aposen-tada Ethel Rosenfeld perdeu quase a totalidade da sua visão aos 13 anos de idade. A partir daí, começou a usar bengala. Aos 50

anos, ficou 100% cega e, por isso, perdeu a segurança em sair sozinha. No Brasil, a aquisição de um cão-guia ainda era uma realidade distante e, por isso, foi dos Estados Unidos que ela trouxe Gem, seu primeiro animal. Gem ficou com Ethel por 11 anos e meio e, ao lado dele, ela lutou pelo direito de entrar com o animal em lugares públicos e privados de uso coletivo, como o Theatro Municipal. Hoje, Ethel vive com Cizar, seu segundo cão de assistência. “O cão-guia te desvia de todos os obstáculos, fica ao seu lado 24 horas por dia e melhora muito o seu dia a dia, o emocional”, destaca.

cApAReprodução

Rafael Wallace

Nessa sequência, uma demonstração de como o cão-guia pode ser útil, evitando que o deficiente visual sofra acidentes

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 20128

Lei do deputado Pampolha autoriza criação de Escola do Cão-Guia no estado

Page 9: Jornal da Alerj 255

Os problemas de Itaoca

9Rio de Janeiro, 1º a 15 de junho de 2012

Os 786 catadores do extinto aterro sanitário de Itaoca, em São Gonçalo, Região Me-

tropolitana do Rio, serão incluídos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e inscritos no Bolsa Família, como parte de um plano de intervenção que possibilite ações de curto prazo na área. Para acelerar essas intervenções, deputados também irão propor um de-creto legislativo que considere a área de calamidade pública. As atitudes foram garantidas, no dia 12, durante audiência das comissões de Saúde, de Direitos Humanos e Defesa da Cidadania e de Saneamento Ambiental da Alerj.

“Vamos trabalhar e definir um plano de intervenção para ações emergenciais, colocando à disposição dessa população aquilo que o Governo pode oferecer. Estamos falando do CadÚnico e do Bolsa Família. Isso é primário e vamos fazer. É obvio que existem questões de longo prazo e que são inerentes a outras esferas de Poder. Vamos tratar o emergencial”, explicou a subsecre-tária de Estado de Assistência Social e Descentralização da Gestão, Nelma de Azeredo.

“A Alerj vai propor um decreto legisla-tivo que considere esse espaço um local de calamidade pública, para que o Go-verno do estado possa fazer intervenções imediatas”, acrescentou o deputado Ed-son Albertassi (PMDB). Responsável por Itaoca, a empresa Haztec Tecnologia é a mesma que administrava o Aterro de Gramacho, em Duque de Caxias. Os lixões tiveram de ser desativados depois da Lei Nacional de Resíduos Sólidos. Os catadores de Gramacho tiveram a criação de um polo de reciclagem e o pagamento de indenizações de R$ 14 mil por pessoa e de uma remuneração mensal de um salário mínimo que será paga ao longo de 15 anos. Também participaram da audiência os deputados Robson Leite (PT), Janira Rocha (PSol) e José Luiz Nanci (PPS) e a presidente da Comissão de Saneamento Ambiental, deputada Aspásia Camargo (PV).

raoni alVes

LIxÃO

Calamidade públicaCalamidade públicaSubsecretária afirma que haverá plano de intervenção para ações em Itaoca

Gabriel T

elles

Gava Muzer

Líder da comunidade, Adeir Balbino da Silva, o Nem, de 34 anos, também participou da audiência e falou sobre os problemas dos moradores. “Primeiramente, saúde ruim e fome são situações críticas. A moradia também é um problema. As casas são feitas com plástico de piscina e madeira e estão caindo. Lá, temos um alto índice de Aids, hanseníase e tuberculose. As pessoas estão morrendo”, contou. Promotor da Procuradoria Geral de Justiça do Rio, Marcos Kac explicou os mecanismos do Judiciário para punir os responsáveis: “Há o inquérito civil e a ação civil pública, que podem obrigar a prefeitura e a empresa a indenizarem e cadastrarem essas pessoas”.

A audiência na Alerj reuniu deputados e representantes do Governo do estado, além de catadores que buscam oportunidades após o fim do lixão (acima)

Page 10: Jornal da Alerj 255

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 201210

O s sons de cavacos, violões, flautas, saxofones e outros instrumentos musicais darão o tom do mês de

outubro na sede da Alerj, o Palácio Tiraden-tes. É quando se inicia o mais novo projeto do Departamento de Cultura da Casa: Música no Salão. A estreia já tem data marcada. Em 3 de outubro, o cavaquinista e compositor João Callado recebe, para um show, às 20h, em um palco que será montado no Salão Nobre, a atriz e cantora Soraya Ravenle. Com uma programação de três dias consecutivos, o Música no Salão é uma iniciativa que busca atender os anseios daqueles que gostam de música de qualidade, independente de gênero.

As próximas apresentações serão um show instrumental com Robertinho Silva e Carlos Malta (4/10) e um passeio pelo jazz e pela Música Popular Brasileira com o Eduardo Neves Trio (5/10). Haverá distribuição de senhas 20 minutos antes do início de cada apresentação.

“Samba, jazz, chorinho, não importa o gênero. Queremos proporcionar ao público espetáculos gratuitos e de excelência musical. Dessa forma, o cidadão poderá frequentar o Parlamento para assistir a espetáculos de lazer e entretenimen-to”, destaca o presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB). “É uma iniciativa que, sem dúvida, traz ainda outros benefícios para o público, tais como a facilidade de acesso, pois o espaço integra o Corredor Cultural da Praça XV, no Centro do Rio. E o melhor: a entrada é franca. Trata-se de um projeto piloto cuja intenção é promover a diversidade musical”, acrescenta Melo.

“Tivemos uma boa experiência com o con-certo de música erudita que promovemos com a orquestra Symphonia Brasil Barroco, em abril, que lotou o nosso espaço. O que pretendemos é realizar cada vez mais espetáculos de boa música ao alcance de todos os cidadãos”, destacou a chefe do Departamento de Cultura, Melissa Ornelas.

symone munay

CURTAS

Viver bemLíder espiritual, o mestre indiano Sri Sri Ravi Shankar (foto, esq.), fundador da Organização Não Governamental (ONG) Arte de Viver e da Associação Internacional para os Valores Humanos (IAHV), foi homenageado, no dia 3, com a Medalha Tiradentes, a mais importante comenda da Alerj. A cerimônia de entrega, realizada no espaço Vivo Rio, no Aterro do Flamengo, Centro do Rio, foi uma iniciativa do deputado André Lazaroni (PMDB). Para o parlamentar, o líder espiritual é um exemplo a ser seguido. “É uma personalidade mundial que tem levado uma palavra de amor, uma palavra de paz ao mundo. Merece a medalha pela defesa da paz”, disse.

cULtURA

Todo

s os

sons

da

mús

icaSérie de shows traz ao Palácio

Tiradentes instrumentistas

e cantores consagrados

Gava M

uzer

Page 11: Jornal da Alerj 255

11Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2012

4ª feira, 03/10 às 20h - João Callado convida Soraya Ravenle

Música no SalãoO músico, professor e produtor musical João Callado, que fundou o Grupo Semente e faz apresentações com a cantora Teresa Cristina, promete fazer um show com músicas de seu CD autoral, com 13 faixas inéditas e um choro clássico. Para isso, convidou a atriz e cantora Soraya Ravenle. Um dos fundadores dos blocos carnavalesco Cordão do Boitatá e Abraçando o Jacaré, o compositor e arranjador impressiona a crítica pela maturidade e riqueza musical. Protagonista de uma série de grandes musicais, Soraya ganhou o prêmio Shell de Melhor Atriz em 1999, com o musical Dolores. Trabalhou também nos espetáculos É com esse que eu vou, Sassaricando e Ópera do malandro. Como atriz, tem no currículo vários trabalhos na TV Globo, com destaque para a minissérie Dalva de Oliveira.

A percussão e a bateria do carioca Robertinho Silva vai se unir aos instrumentos de sopro, em especial, a flauta de Carlos Malta, no segundo dia de shows do Música no Salão. Ambos se caracterizam pela execução de um instrumental moderno e música livre, com bastante liberdade para improvisações. Atualmente, Robertinho Silva dedica-se à carreira solo e à pesquisa dos ritmos folclóricos de todas as regiões do Brasil. Faz shows, ministra cursos, seminários, oficinas e workshops, enfocando ritmos brasileiros. Carlos Malta toca diversos tipos de flauta (flautim, flauta, pífano, flauta baixo, flautas indígenas), além de clarinete, clarone e saxofone.

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Músico carioca, compositor, arranjador e instrumentista (saxofone e flauta), Eduardo Neves traz na sua linguagem a alma e os elementos do choro e do samba, combinados a todas as influências nos seus 28 anos de carreira. Neves é uma figura de destaque na cena instrumental carioca, tendo feito parte da Rio Jazz Orquestra e liderado, desde o fim dos anos 90, o Pagode Jazz Sardinhas Club. O Eduardo Neves Trio, que reúne ainda nomes consagrados como o violonista Caio Márcio e o contrabaixista Guto Wirtti, vai ocupar o Salão Nobre com uma viagem pela música instrumental contemporânea e uma agradável mistura de ritmos, passando pelo jazz, o choro, o baião e a MPB.

5ª feira, 04/10 às 20h - Robertinho Silva convida Carlos Malta

6ª feira, 05/10 às 20h - Eduardo Neves Trio

Salão Nobre do Palácio Tiradentes Rua Primeiro de Março, s/nº, Praça XVEntrada Franca. Distribuição de senhas 20 minutos antesAcesso para cadeirantes pela Rua Dom Manuel, s/nº

DelegaçõesO presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), reuniu-se, no dia 10, com representantes das delegações da China, de Portugal e do Japão, com o objetivo de fortalecer as relações políticas entre os três países e o estado do Rio. “Esse foi um excelente encontro para ouvirmos as experiências políticas de outros povos. Ampliar o intercâmbio é fundamental para o nosso crescimento”, afirmou Melo. Durante as conversas entre o peemedebista e os representantes dos governos locais, foram discutidos assuntos relacionados ao fortalecimento das indústrias siderúrgica e automobilística, dentre outros.

Edital da EducaçãoAté o final de 2012, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) vai lançar edital para a realização de concurso público com o objetivo de preencher cerca de 3 mil vagas para carreiras distintas. O anúncio foi feito, no dia 12, pelo secretário Wilson Risolia, durante reunião da Comissão de Educação da Alerj, presidida pelo deputado Comte Bittencourt (PPS). Segundo Risolia, serão cerca de 800 vagas para escriturários e professores e 1.500 para inspetores escolares. “Temos que reconhecer os avanços. Há dez anos, tínhamos uma lista de reivindicações mais extensa do que temos hoje. Isso só se deu porque problemas foram resolvidos”, afirmou o parlamentar.

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Page 12: Jornal da Alerj 255

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Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 – Rio de Janeiro/RJ – CEP-20010-090

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com apenas alguns toques. “Queremos que as pessoas percebam como nascem os projetos, como acontecem as discussões e que se sintam estimuladas a participar mais através de nossos perfis nas mídias sociais”, avalia o presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB). O aplicativo foi desenvolvido de maneira experimental através de ferramentas gratuitas e, apesar de ainda não estar disponível nas lojas de aplicativos oficiais, já pode ser baixado para quem possui smartphones Android e iPhone (e também aparelhos compatíveis com Java). Através do aplicativo, é possível acessar informações que constam no site da Casa, como contato dos gabinetes dos deputados, os disques de atendimento à população, galeria de fotos, notícias do legislativo e podcasts da Rádio Alerj, além de links para perfis nas mídias sociais.

Foto: Rafael W

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