jornal da alerj 295

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JORNAL DA ALERJ ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Ano XIII N° 295 – Rio de Janeiro, fevereiro de 2015 DE PORTAS ABERTAS Alerj quer transformar o Palácio Tiradentes em um "museu vivo" integrado ao corredor cultural do Centro do Rio. Mesa diretora aprova comissão para elaborar projeto de restauração PÁGINAS 6 e 7 Deputados participam de ato simbólico para retirada de tapumes de janelas e portas do Parlamento PÁGINA 3 Saiba quem são os deputados novatos, os veteranos que voltaram e os suplentes que assumem PÁGINAS 8 e 9 Picciani, em entrevista, enumera principais medidas para a redução de custos na Casa PÁGINAS 4 e 5 JORNAL DA ALERJ

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Publicação quinzenal, que apresenta ao cidadão notícias referentes ao dia a dia do Parlamento, com o trabalho dos deputados e os principais eventos da Casa.

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Page 1: Jornal da Alerj 295

JORNAL DA ALERJ

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

Ano XIII N° 295 – Rio de Janeiro, fevereiro de 2015

de portasabertas

Alerj quer transformar o Palácio Tiradentes em um "museu vivo" integrado ao corredor cultural do Centro do Rio. Mesa diretora aprova

comissão para elaborar projeto de restauração págiNAs 6 e 7

Deputados participam de ato simbólico para retirada

de tapumes de janelas e portas do Parlamento

págiNA 3

Saiba quem são os deputados novatos, os

veteranos que voltaram e os suplentes que assumem

págiNAs 8 e 9

Picciani, em entrevista, enumera principais medidas

para a redução de custos na Casa

págiNAs 4 e 5

JORNAL DA ALERJ

Page 2: Jornal da Alerj 295

Rio de Janeiro, fevereiro de 20152JORNAL DA ALERJ

Foi aprovado, em segunda discussão, no plenário da Assem-bleia Legislativa do Rio, o projeto de lei 1.975/13, que torna obrigatória a apresentação de documento de identidade para aquisição de sinalizadores marítimos, e similares, em todos os estabelecimentos comerciais do estado, que só poderão atender maiores de 18 anos. Segundo o autor, deputado Rosenverg Reis (PMDB), a norma visa a controlar a venda do artefato, muito usado por torcidas de futebol. "O sinalizador tem um poder de fogo muito grande, maior até que o de algumas armas de fogo, e são vendidos livremente. A ideia do projeto nasceu depois da morte da-quele torcedor boliviano, no jogo entre Corinthians e San José, em 2013", destacou o parlamentar. A proposta cria também um cadastro do comprador, contendo nome, CPF, RG, endereço, telefone e o número de série do produto. As informações deverão ficar em posse do lojista pelo prazo mínimo de cinco anos. O projeto seguiu para a sanção do governador Luiz Fernando Pezão.

“O projeto garante que o estudante seja mais bem preparado, aperfeiçoado, ao mesmo tempo em que dará um retorno à sociedade”Enfermeira Rejane (PCdoB), sobre ampliação de vagas para estudantes das escolas técnicas estaduais

“O motorista não tem como dirigir, ajudar as crianças a desembarcar e cuidar delas durante a viagem. É inviável”Átila Nunes (PSL), sobre presença de monitor nos veículos que fizerem transporte escolar de crianças até 10 anos

“Já existe prioridade nos bancos e em outros locais. Por que, então, não garantir prioridade nos terminais rodoviários? ”Marcus Vinicius (PTB), sobre destinação de 10% dos assentos de rodoviárias para pessoas com deficiência, idosos, gestantes, lactantes e pessoas com criança de colo

PresidenteJorge Picciani

1º Vice-presidenteWagner Montes

2º Vice-presidenteAndré Ceciliano

3º Vice-presidenteMarcus Vinicius

4º Vice-presidenteCarlos Macedo

1º SecretárioGeraldo Pudim

2º SecretárioSamuel Malafaia

3º SecretárioFábio Silva

4º SecretárioPedro Augusto

1o SuplenteZito

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteRenato Cozzolino

4º SuplenteMárcio Canella

JORNAL DA ALERJPublicação quinzenal da Subdiretoria Geral de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista responsável: Daniella Sholl (MTB 3847)

Editor-chefe: Everton Silvalima

Coordenação: Mirella D'Elia

Equipe: André Coelho, André Nunes, Buanna Rosa, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Editor de Arte: Rodrigo Cortez

Editor de Fotografia: Rafael Wallace

Secretária da Redação: Regina Torres

Estagiários: Bárbara Figueiredo, Fábio Peixoto, Gabriel Deslandes, Iara Pinheiro (foto), Isabela Cabral, Lucas Lima, Marcelo Resende, Mariana Totino, Priscilla Binato, Vitor Soares (foto), Yago Barbosa (foto)

Telefones: (21) 2588-1404 / 1383

Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/n, sala 406Palácio Tiradentes - CentroRio de Janeiro/RJ - CEP 20.010-090

Email: [email protected]

Site: www.alerj.rj.gov.br

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Impressão: Imprensa OficialPeriodicidade: quinzenalTiragem: 5 mil exemplares

FRASES ExPEDIENTE

Foto: Vitor Soares

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REDES SOCIAIS

Márcio Pacheco@marciopacheco_

Dr. Eduardo Moura@dreduardomoura

Que tal ajudar o @HEMORIO doando sangue neste

carnaval? #carnavaldobemDia 05/02

06:25

Dia 02/0213:15

Parabéns a Jorge Picciani que foi eleito e conduzirá

os trabalhos da Alerj pelos próximos dois

anos.#vamostrabalhar

Wagner Montes@depwagnermontesQuase 50% dos brasileiros

não usam camisinha http://ow.ly/Iln8O

Camisinha sempre!

O tapumes protegiam a @alerj contra vandalismo. Este ato

inaugura um momento de amplo diálogo do Parlamento com a

sociedade. #Pudim #Alerj

Pudim@GeraldoPudim

Dia 03/0210:46

Dia 02/0210:15

Page 3: Jornal da Alerj 295

3Rio de Janeiro, fevereiro de 2015JORNAL DA ALERJ

Opresidente da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Jorge Picciani (PMDB), e deputados que integram a Mesa Diretora recém-empossada acompanharam,

no dia 3, a retirada dos tapumes que cobriam as janelas e portas de acesso ao Palácio Tiradentes desde as manifestações ocorridas

em 2013. “O Parlamento é o pilar da democracia, assim como a liberdade de imprensa. Sou contra grades. Não podemos fechar o Parlamento, que não pode ficar oprimido”, disse Picciani, reforçando que sempre entrou e saiu do prédio sem segurança e pela porta da frente, mesmo durante os protestos.

A primeira reunião da mesa diretora (foto) propôs medidas de redução de custos que, se aprovadas em plenário, irão representar economia de pelo menos R$ 18 milhões anuais. A mesa já aprovou a diminuição da cota de selos para os deputados de 3 mil para mil por mês e propôs projeto de resolução para mudar as regras do auxílio-educação. Poderá haver mudança no regimento para alterar o horário de funcionamento da Casa e também a redução da concessão de títulos honoríficos. A nova mesa pretende analisar os contratos atuais e buscar uma redução de pelo menos 10% dos custos.

Alerj sem tapumes e gradesmEsA DiREtORA

Foto: Rafael Wallace

Junto com integrantes da mesa, Picciani (terceiro da dir. p/ esq.) retira os tapumes que cobriam o prédio desde 2013

AUSTERIDADEMesa decide reduzir cota de selos e propõe número menor de medahas

Foto: Rafael Wallace

Page 4: Jornal da Alerj 295

Rio de Janeiro, fevereiro de 20154JORNAL DA ALERJ

Quais são as medidas su-geridas pela mesa direto-ra que o senhor considera mais importantes?Todas são importantes. Al-gumas são projetos de re-solução ou de mudança de regimento, que terão que ser submetidas a um rito demorado. É o caso das mudanças nas regras do auxílio-educação, da redu-ção do número de títulos honoríficos e da alteração no horário da Alerj, que preci-sam de aprovação do plená-rio. Outras são de aplicação imediata, atos do presidente aprovados pela mesa. Um exemplo é a redução da cota de selos - de 3 mil para mil por mês. Em tempos de in-ternet, não se justifica essa quantidade de selos.

Por que diminuir o nú-mero de medalhas que os deputados podem dar?Esse é um dos focos de maior desgaste do Parlamento. Em vez de discutir coisas impor-tantes, perdemos um tempo precioso concedendo títulos, medalhas e diplomas. É um exagero o que prevê o regi-mento interno hoje. Cada de-

putado pode dar oito títulos por ano. Isso, multiplicado por 70, dá 560 medalhas, títulos e diplomas por ano. A proposta é reduzir isso para três, um máximo de 210 por ano. Além de valorizar o título, vamos economizar em confecção de medalhas, no número de sessões solenes,

que gastam energia, água e pagamento de horas extras a funcionários.

O horário de funciona-mento da Casa também será modificado?Essa proposta também precisa ser submetida ao plenário, pois trata-se de

mudança de regimento. A ideia é que as reuniões das comissões permanentes, co-missões especiais e CPIs, passem a funcionar de 9h às 13h, em vez de 10h às 14h, como é hoje. As sessões deliberativas, que discutem a Ordem do Dia, passariam a ser de 15h às 17h. E o Ex-

pediente Inicial, que hoje acontece entre 14h30 e 16h, com os deputados falan-do para um plenário vazio, começaria ao término das sessões deliberativas, entre 17h e 18h30. Seria o espaço para os parlamentares dis-cursarem sobre os temas votados. Certamente eles

terão uma plateia maior do que têm hoje no Expediente Inicial para isso. Na nossa proposta, as sessões solenes só acontecem de segunda a quinta, a partir de 18h30, e não podem ultrapassar 20h30. Hoje, algumas sole-nes acabam às 23h, geran-do custos de energia, água e pessoal. Com o plenário acabando às 17h, vamos, inclusive, contribuir para a melhoria do trânsito do Centro, que, atualmente, está terrível por causa das transformações urbanas que têm afetado a região.

O senhor vai dar conti-nuidade ao projeto de construção do novo pré-dio anexo da Casa?Não. Aquele prédio custaria uns R$ 500 milhões. Era uma construção gigantesca, com duas torres, vários andares, garagem. É muito difícil a população aceitar isso nos tempos atuais. Seria bom se pudéssemos tirar o ane-xo daqui da Praça XV, para abrir espaço para a nova urbanização da área. Estou conversando com o prefei-to Eduardo Paes em busca

E leito pela quinta vez para comandar a Alerj, o deputado Jorge Picciani (PMDB), can-didato da chapa Harmonia e Independên-cia, retorna à Casa prometendo fortalecer

o Parlamento fluminense, ampliar os canais de diálogo com a sociedade, incentivar projetos culturais e garantir a participação de todos os partidos, independentemente de eles serem situação ou oposição. “Me portarei como um magistrado. Quando tiver que defender o Governo, será na qualidade de deputado e não como presidente do Parlamen-to”, disse ele, em seu discurso de estreia.

Eleito com 65 dos 70 votos (apenas o PSol votou contra, por orientação partidária), Picciani agradeceu todos os votos, até os contrários. “Sempre soube respeitar tanto os aplausos quanto as vaias. O que defendo é um Parlamento

forte e aberto ao diálogo, que corresponda aos anseios da sociedade”, afirmou o presidente, que fez questão de elo-giar seu antecessor, Paulo Melo, lembrando que o amigo de 25 anos é "um dos mais importantes legisladores que a Casa já teve".

A nova Mesa tem a orientação de apertar o cinto e fazer uma gestão austera. A construção de um novo prédio está, segundo o peemedebista, descartada.

Nesta entrevista, Picciani detalha as suas principais propostas e conta que a "menina dos olhos" da sua gestão é fazer do Palácio Tiradentes um museu vivo, integrando-o ao Corredor Cultural do Centro. "O Palácio faz 90 anos em 2016 e é um símbolo da história política do Brasil e do Rio. Vamos fazer dele um museu, mas um museu vivo, que não apenas tem história, mas que faz história", resume.

lENtREVistA JORGE PICCIANI (PMDB)

'Respeito tanto os aplausos quanto as vaias'

Picciani com o caçula Arthur na posse

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5Rio de Janeiro, fevereiro de 2015JORNAL DA ALERJ

de uma solução adequada, certamente mais humilde do que a que estava sendo planejada para esse caso.

Por que propor que todos os integrantes da mesa tenham direito a voto?Para tornar as decisões mais plurais. O nosso regimento interno prevê que os su-plentes só possam votar na ausência do titular. Mas, desde a minha última ges-tão – e isso foi mantido pelo deputado Paulo Melo –, foi dado direito de voto aos suplentes. Então, achei que temos que formalizar essa regra, que um dia pode ser questionada. Estamos transformando os quatro su-plentes em vogais, ou seja, em membros titulares, sem aumento de despesa. Com isso, as decisões passam a ser legalmente por treze votos e não mais por 9.

Qual é o grande projeto da sua gestão?Recuperar o Palácio Tiraden-tes, que, no ano que vem, faz 90 anos, e é um símbolo da história política do Brasil e do Rio. Vamos fazer dele um museu, mas um museu vivo, que não apenas tem his-tória, mas que faz história - sua vocação desde a época do Brasil colônia. Vamos fortalecer a área da cultura, pro-mover eventos e, também, o diálo-go entre todos os equipamentos culturais da região, para que seja criado, de fato, um corredor cultural do Centro, da Lapa à Praça Mauá, passando pela Praça XV e pela Cinelândia. Essa é, sem dúvida alguma, a minha menina dos olhos.

Há outras medidas?São medidas de acautela-mento, para reduzir custos. A gente passa por um mo-mento difícil da economia brasileira e do Rio de Janei-ro. O deputado Luiz Paulo (PSDB) fez uma exposição

como presiden-te da Comissão de Tributação e explicou que, no ano passado, a arrecadação do ICMS foi de R$ 2,4 bilhões a me-nos e os royalties tiveram redução de R$ 2 bilhões. Isso aponta para

uma queda vertiginosa nas nossas arrecadações, o que vai impactar o orçamento da Assembleia Legislativa.

E a ideia de acabar com o auxílio-educação? Na verdade não acaba. Será

substituído pelo bolsa refor-ço escolar. A ideia é incluir, também, os filhos que es-tudam em escola pública, e não só particular. É uma contradição a Alerj incen-tivar a matrícula na escola privada em detrimento da pública. Daí a razão de ser um valor fixo. No entanto, isso depende da aprovação em plenário, não é uma de-cisão da mesa diretora.

O que pretende fazer pa-ra modernizar a Casa?Vamos promover concurso público após muito tempo. A área de informática, por exemplo, não faz concurso há quase 20 anos. As pesso-as estão ou se aposentando ou saindo porque passaram em outros concursos. Essa é uma área chave para que possamos modernizar a Ca-sa para atender melhor o cidadão f luminense.

Em vez de discutir coisas importantes, perdemos um

tempo precioso concedendo

títulos, medalhas e diplomas

Fotos: Yago Barbosa

Economia e eficiência: Jorge Picciani assume o comando da Alerj elegendo, como prioridades, austeridade e transparência

Page 6: Jornal da Alerj 295

Rio de Janeiro, fevereiro de 20156JORNAL DA ALERJ

palácio em Reforma

C astigado, desde as manifestações de 2013, por pi-chações e depre-

dações, o Palácio Tiradentes, inaugurado em 1926, será tratado com o carinho que merece. Em sua primeira reunião, a nova mesa diretora aprovou a criação

de uma comissão interna que vai propor, depois de consulta ao Institu-

to do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), um projeto de restau-ração e revitalização do prédio.

O colegiado, que terá como repre-sentante da presidência o deputado e

engenheiro Luiz Paulo (PSDB), fará o levantamento dos estragos e será respon-sável pelo acompanhamento dos trabalhos. O prazo para apresentação do primeiro estudo é abril de 2015. “O Palácio faz 90 anos em 2016, quando as obras de revita-lização do Centro ficarão prontas. Trata-se de um presente que este prédio histórico e o Rio, nos seus 450 anos, merecem”, diz o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB).

“Queremos fomentar um corredor cul-tural no Centro do Rio, entre a Praça Mauá e a Lapa, incluindo Cinelândia e Praça XV, promovendo a integração e o diálogo entre diversos equipamentos, como o CCBB, o MAR, o Centro Cultural dos Correios e a Escola de Cinema Darcy Ribeiro, entre outros”, explica.

Curiosidades históricasProjetado em estilo eclético pelos arqui-

tetos Arquimedes Memória e Francisque Couchet, o Palácio levou cinco anos para

ficar pronto. Em 1926, foi inaugurado como Câmara dos Deputados, que ali perma-neceu até a transferência da capital para Brasília, em 1961. No Estado Novo, com a Câmara fechada, foi sede do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão de censura do regime.

Uma curiosidade: antes da construção do Palácio, o local abrigou, ao mesmo tem-po, a Cadeia Velha e a Assembleia Geral Legislativa do Império. Foi na Cadeia Velha que Tiradentes ficou preso antes de morrer, em 1782. É daí que vem o seu nome. O Palácio guarda preciosidades, entre elas os vitrais da cúpula do plenário, assinados pelos irmãos Chambelland, e a pintura que fica atrás da presidência da mesa, no ple-nário, feita por Eliseo Visconti, retratando a promulgação da Constituição de 1891, a primeira Carta republicana.

Desde dezembro de 1998, com a inau-guração da exposição permanente Palácio Tiradentes: Lugar de Memória do Parla-mento Brasileiro, a Alerj abriu suas portas à visitação pública. Durante o passeio, o visitante tem a oportunidade de conhecer a história do Parlamento no Brasil desde o Império. A exposição será atualizada por-que, desde a sua inauguração, passaram-se quase 20 anos. O prédio foi visitado por cerca de 550 mil pessoas entre 2001 e 2014, período em que, por meio de convênio com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), estudantes dos cursos de História e Ciências Sociais passaram a guiar as caminhadas, com explicações também em inglês, francês e espanhol. Uma novidade da nova administração é promover passeios ao Centro do Rio, tendo como ponto de partida o Palácio Tiradentes.

Importante prédio do corredor cultural do Centro do Rio, o Tiradentes, que está deteriorado por pichações e depredações, será alvo de uma comissão interna que vai propor, após consulta ao Iphan, projeto para restaurar e revitalizar a construção de 1926

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Page 7: Jornal da Alerj 295

7Rio de Janeiro, fevereiro de 2015JORNAL DA ALERJ

A estátua Vitória (pág. 4) foi pichada nas manifestações de

2013. Já a estátua Soberania (à esq.) perdeu o bastão da

mão esquerda. As luminárias dos postes que cercam o

Palácio foram depredadas, e a cúpula do plenário (acima) será reformada após plástico

antichuvas danificar o teto

Após consulta ao Iphan, comissão fará levantamento de peças (como as estátuas que simbolizam a Ordem) mal conservadas

Fotos: Rafael Wallace

Fotos: Yago Barbosa e Mauro Pimentel

Page 8: Jornal da Alerj 295

Rio de Janeiro, fevereiro de 20158JORNAL DA ALERJ

Estreantes na AlerjNovatos na Assembleia Legislativa, 26 deputados trazem frescor à nova legislatura. Com os três veteranos que retornam, a renovação da Casa chega a 41,4%. Entre os seis suplentes que assumiram agora, três nunca foram deputados estaduais e uma, Tania Rodrigues, está de volta após 12 anos

RENOVAçãO

Teólogo e radialista, é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e nunca exerceu cargo eletivo. Foi eleito com 44.381 votos.

Advogado, estreia na Alerj com 35.645 votos. Neto e filho de políticos, tem atuação em São João da Barra, Campos e Santo Antônio de Pádua.

Eleito com 62.088 votos. É bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e administrador. Dirige a editora e gráfica da Igreja Universal.

Com 70.835 votos, foi secretário de Transportes da capital e secretário-geral dos Jogos Panamericanos e da candidatura do Rio às Olimpíadas.

Recebeu 55.821 votos. Formada em Assistência Social, tem atuação predominante em Mesquita e em toda a Baixada Fluminense.

Médico, chega à Alerj com 48.496 votos. Trabalhou em hospitais da Baixada Fluminense. Foi eleito vereador de Belford Roxo em 2012.

Eleito com 16.117 votos. É professor de Sociologia e se candidatou a prefeito de Niterói. É militante do PSol desde a fundação do partido.

*Novo secretário de Transportes.

Médico e vereador da cidade de Resende de 2009 a 2012, foi eleito com 11.805 votos. É conhecido como um político que prioriza o diálogo.

Foi secretário de Administração e Governo de Itaperuna. Em 2004, foi eleito prefeito. Chega ao Parlamento com 28.133 votos.

Eleito com 30.504 votos, o petista é advogado e tem sua base de atuação no município de Itaboraí. Foi candidato a vice-prefeito da cidade.

Neto do presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Jorge Felippe, elegeu-se com 32.066 votos. Com 23 anos, é o deputado mais novo desta legislatura.

Vereador do Rio de Janeiro desde o fim dos anos 1980 (sete mandatos), é engenheiro e urbanista e recebeu 14.144 votos.

Obteve 34.870 votos. É de Araruama, formada em Letras e dona de uma rede varejista na região. Atua também no Médio Paraíba.

Com 39.058 votos, é filho do líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, R.R.Soares. Vai ocupar o lugar do irmão Marcos Soares.

Deixa a cadeira de vereador em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde teve a maior votação da história da cidade, com 34.495 votos.

Benedito Alves (PMDB)

Dr. Deodalto (PTN)

Flavio Serafini (PSol)

Dr. Julianelli (PSol)

Jair Bitencourt (PR)

Dr. Sadinoel (PT)

Jorge Felippe Neto (PSD)

Eliomar Coelho (PSol)

Marcia Jeovani (PR)

Filipe Soares (PR)

Marcio Canella (PSL)

Bruno Dauaire (PR) Carlos Macedo (PRB) * Carlos Osório (PMDB) Daniele Guerreiro (PMDB)

Page 9: Jornal da Alerj 295

9Rio de Janeiro, fevereiro de 2015JORNAL DA ALERJ

Estreantes na AlerjVereador de São João de Meriti, onde atuou como presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano. Recebeu 12.929 votos.

Pedagoga, Jucélia Freitas teve 74.803 votos. É uma das responsáveis pela Educação Bíblica Infanto-juvenil (EBI), da Igreja Universal.

Obteve 17.401 votos. Eleito prefeito de Barra do Piraí em 2004, permaneceu no cargo por dois mandatos. Iniciou sua trajetória política em 1993.

*Assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca.

Eleita com 52.698 votos. Foi a primeira mulher a chefiar a Polícia Civil (2011-2014) e uma das criadoras das delegacias da Mulher.

Carlos Alberto Lavrado Cupello foi vereador do Rio. Eleito deputado estadual com 38.851 votos. É empresário do ramo do entretenimento.

Rechuan substitui Bernardo Rossi, novo secretário de Habitação. Papinha entra no lugar de José Luiz Anchite e Tania, no de Cidinha Campos, secretária de Defesa do Consumidor. Já Mohamed substitui Gustavo Tutuca, secretário de Ciência e Tecnologia.

Recebeu 93.192 votos, sendo o sexto candidato mais votado para deputado estadual no Estado. É de São Gonçalo, onde foi vereador.

Com base em Niterói, recebeu 36.755 votos. O petista foi eleito três vezes vereador e exerceu o cargo de secretário municipal de Educação.

Com quatro mandatos, retorna à Casa após receber 38.342 votos e substituirá o filho, Ricardo Abrão. Foi prefeito de Nilópolis.

Eleito aos 23 anos, recebeu 26.697 votos e é um dos mais jovens parlamentares da Alerj. Filho da ex-deputada estadual Jane Cozzolino.

Recebeu 20.073 votos. É jornalista de Nova Friburgo. Eleito vereador em 2012, assumiu a Comissão de Políticas Públicas para a Juventude.

Presidente do PMDB no Rio, retorna à Alerj com 76.590 votos. Foi deputado por cinco mandatos e presidente da Casa entre 2003 e 2011.

Três vezes vereador de Nova Iguaçu, foi secretário de Obras no mesmo município e deputado federal. Eleito para a Alerj com 34.030 votos.

A jornalista Rosângela Zeidan estreia na Alerj com a maior votação do PT: 60.810 votos. Em 2010, foi secretária de Direitos Humanos de Maricá.

Ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Duque de Caxias, retorna com 24.491 votos, obtidos, sobretudo, em sua cidade.

Marcos Miller (PHS)

Tia Ju (PRB) Tio Carlos (SDD) Waldeck Carneiro (PT) Wanderson Nogueira (PSB) Zeidan (PT)

* Zé Luiz Anchite (PP)Farid Abrão (PTB)

Ana Paula Rechuan (PMDB) Papinha (PP) Tania Rodrigues

(PDT)Thiago Mohamed

(PDT)

Jorge Picciani (PMDB) Zito (PP)

Martha Rocha (PSD) Nivaldo Mulim (PR) Renato Cozzolino (PR) Rogério Lisboa (PR)V

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anos

de

volt

a

Saiba quem são as caras novas entre os suplentes

Page 10: Jornal da Alerj 295

Rio de Janeiro, fevereiro de 201510JORNAL DA ALERJ

gOVERNO

Ogovernador do Rio de Ja-neiro, Luiz Fernando Pezão, participou, no dia 3, da aber-

tura do ano legislativo da Assembleia Legislativa, a primeira atividade em plenário após a eleição da mesa diretora, ocorrida na véspera. Com a presença do presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), do vice-governador Francisco Dornelles e do procurador-ge-ral de Justiça do Estado, Marfan Vieira, Pezão afirmou que a união dos poderes será essencial para o Estado superar as crises hídrica e econômica.

O governador iniciou seu discurso destacando as conquistas dos últimos oito anos, exaltando a parceria da Alerj para a aprovação de reajustes para os ser-vidores estaduais, a abertura de crédito para a construção da Linha 4 do metrô, a ampliação das UPPs e a criação do Bilhete Único, entre outras. Ao citar os problemas atuais, com a crise provocada pela queda no valor do barril de petróleo e o baixo nível dos reservatórios, o gover-nador afirmou contar com o Parlamento para encontrar as soluções.

“Nos últimos oito anos, a Alerj esteve presente na efetivação de cada uma das políticas públicas que ajudaram a trans-formar nosso Estado e a vida da popu-lação. Temos um desafio muito grande, mas tudo se torna possível com a união de

forças”, afirmou. Pezão disse contar com a Alerj não só para votar leis que ajudem a contornar os problemas vividos hoje, mas também para auxiliar com propostas na formulação de políticas públicas. “Não há vaidade nem busca pela paternidade das soluções. Nós estaremos juntos buscando as saídas para as dificuldades que forem se apresentando na nossa caminhada”, completou o governador.

“A união pelo bem comum é hoje o principal compromisso dos poderes do Estado do Rio. Nós sofremos de modo diferenciado os efeitos da crise na cadeia produtiva do petróleo. Temos ainda a crise hídrica. Tenho certeza de que es-taremos juntos buscando as saídas para essas dificuldades”, afirmou.

Pezão conta com a Alerj para aprovação de crédito para o metrô e ampliação das UPPs

Fotos: Yago Barbosa

Jorge Picciani colocou-se à disposição para discutir com o governo do Estado

União dos poderesPrimeiros projetos focam na crise hídrica

A crise hídrica pautou o início dos trabalhos na Assembleia Legis-lativa. No primeiro dia de sessão, oito projetos sobre o tema foram apresentados, entre eles o que es-tabelece medidas para a redução do desperdício, o que autoriza a criação do Programa de Captação de Água da Chuva e o que proíbe a cobrança de taxa de esgoto adicio-nal. Também foi decidida a criação da CPI da Crise Hídrica (ver pág. 7). O projeto 2.152/13, do deputado Comte Bittencourt (PPS), que já havia sido aprovado em primeira discussão, entrou na Ordem do Dia, foi aprovado em segunda discussão e seguiu para a sanção do governa-dor Luiz Fernando Pezão. Ele dispõe sobre a divulgação dos resultados da coleta de água do rio Paraíba do Sul, um dos principais mananciais que abastecem o Estado. Os três primeiros projetos desta legislatura que tratam da questão hídrica são do deputado André Ceciliano (PT). Os outros projetos são dos deputados Wagner Montes e Ira-nildo Campos, ambos do PSD.

Page 11: Jornal da Alerj 295

11Rio de Janeiro, fevereiro de 2015JORNAL DA ALERJ

Sete Comissões Parlamenta-res de Inquérito (CPIs) foram instaladas na Assembleia Le-

gislativa do Rio. As propostas foram aprovadas durante reunião com as lide-ranças partidárias, realizada no dia 4. As comissões terão o objetivo de investigar as consequências da crise na Petrobras para o Rio; a crise hídrica que afeta o Estado e a transposição do rio Paraíba do Sul; a violência contra a mulher; os lixões do Estado; as clínicas de aborto clandestino; o problema do uso do crack; e, por último, a prática de telemarketing abusivo e constrangedor.

O número de CPIs é o máximo que pode ser instalado simultaneamente, segundo o regimento da Casa. O de-putado Luiz Paulo (PSDB) destacou a importância da comissão que vai investigar os impactos da má gestão da Petrobras no Rio. “Os municípios petroleiros serão profundamente aba-lados, não só o Estado. É necessário dimensionar essas perdas para tentar recuperá-las”, explicou o tucano, acres-centando, ainda, que o grupo buscará meios de compensação para os prejuí-zos e a queda na arrecadação.

Já no que se refere à CPI da Crise Hídrica, o deputado Edson Albertassi (PMDB) pontuou que os problemas de abastecimento de água afetarão, prin-cipalmente, as grandes concentrações urbanas. “Se observarmos a série histó-rica do regime de chuvas de 2012 até a presente data, chegaremos à conclusão de que houve tempo hábil para que os entes públicos e privados tomassem providências para prevenir esta crise. Vamos acompanhar de perto as medidas que estão sendo tomadas, sobretudo, na transposição do rio Paraíba do Sul”, justificou o deputado.

Todos os pedidos aprovados foram protocolados pelos deputados Luiz Paulo e

Edson Albertassi. Alguns deles contaram com a coautoria de outros parlamentares. A da Violência contra a Mulher teve a deputa-da Martha Rocha (PSD) como coautora. Já os deputados Rogério Lisboa (PR),

Iranildo Campos (PSD), Dr. Sadionel (PT) e Marcio Pacheco (PSC) foram, respectivamente, os coautores das CPIs que tratam do Telemarketing, do Aborto, dos Lixões e do Crack.

Temas em pauta são crise hídrica, Petrobras, crack, violência contra a mulher, aborto, lixões e telemarketing

COmissõEs

Foto: Rafael Wallace

Alerj instala sete CPIs

Apurar as responsabilidades perante a crise hídrica que afeta o Rio de Janeiro, bem como acompanhar a questão da transposição do rio Paraíba do Sul;

Investigar as possíveis perdas econômicas, financeiras e sociais sofridas pelo Estado, na última década, por causa do acirramento da crise na Petrobras;

Investigar e apurar as causas e consequências do consumo de crack no Estado;

Investigar e apurar as causas e consequências do uso e permanência dos lixões no Estado;

Investigar e apurar os interesses em incentivar e financiar a prática do aborto, o comércio de produtos e as clínicas clandestinas que realizam o procedimento;

Investigar as causas da violência contra a mulher no Estado;

Investigar e apurar o abuso da prática de telemarketing ao consumidor de forma constrangedora.

Saiba o que será investigado

O assoreamento dos rios e os problemas econômicos com a Petrobras preocupam Albertassi ( à esq.) e Luiz Paulo

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Rio de Janeiro, fevereiro de 201512JORNAL DA ALERJ

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 – Rio de Janeiro/RJ – CEP-20010-090

O cuidado com as unhas é uma preocupação de dez em cada dez mulheres. Mas, apesar

da intensa procura por manicures e pe-dicures, a profissão, reconhecida pela lei federal 12.592/12, ainda não havia sido regulamentada no Estado. Para mudar esse cenário, a Alerj aprovou, no dia 5, em segunda discussão, o projeto de lei 3.189/14, de autoria do deputado Dionísio Lins (PP), que regulariza o ofício no Rio e inclui a categoria na lei do piso salarial regional. “Isso vai fazer com que elas te-nham uma remuneração compatível com a profissão”, explica o deputado.

A proposta seguiu para sanção do go-vernador Luiz Fernando Pezão. Em todo o Estado, segundo o Sindicato dos Institutos de Beleza (Sinbel/RJ), 50 mil salões empre-gam essas profissionais. De acordo com a secretária do Sinbel, Elzimar Siqueira, o maior problema são os salões clandestinos, que não cumprem acordos. “As manicures recebem um percentual sobre a produção individual. Se o valor não chegar ao piso estipulado pelo sindicato (de R$ 915,32), o patrão paga o restante”, conta.

Manicures de mãos dadasPrevista em lei federal, profissão tem regulamentação aprovada no Estado do Rio

Alessandra confirma já ter sofrido problemas pela falta de regulamentação

Dionísio: "Elas eram pagas como auxiliares de serviços gerais"

LEgisLAçãO

Alessandra Ferreira, de 33 anos, está no ramo há três anos. E conta já ter passado por problemas em virtude da falta de regulamentação da profissão. “Atualmente, dependemos dos patrões para termos nossas garantias. Uns res-peitam as leis trabalhistas, outros se aproveitam da falta de reconhecimento”, lamenta. A manicure acredita que a lei estadual, quando sancionada, precisará de fiscalização. “Temos que ter garantias

como férias e 13º”, ressalta.Prevista na lei federal 12.592/12, a

determinação para o cumprimento de normas sanitárias, como a esteriliza-ção de materiais e utensílios, também preocupa as profissionais. “Quem atende a domicílio pode pedir ao cliente que ele mesmo tenha um kit pessoal com instrumentos para o serviço”, sugere Claudete Santana, instrutora do curso de manicure e pedicure do Senac/RJ.

Profissionais exigem garantias como férias e 13º