processos gerais da hiperestática clássica - cap ii
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8/19/2019 Processos Gerais Da Hiperestática Clássica - Cap II
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UNIVERSIDADE
DE SAO PAULO
ESCOLA DE ENGENH RI DE
SAO
CARLOS
i
t f
m
l l i i l l l l \ J I l l l JJ
0 ~ 6 3 ~ 2 0 0
. . . 11-711,18
0 634
t fm
o )
b )
8/19/2019 Processos Gerais Da Hiperestática Clássica - Cap II
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAU LO
Reitor:
Roberto Leal
Lobo
e
Silva
Filho
Vice Reitor:
Ruv Laurenti
Obra produzida
na Escola
de Engenharia
de
São
Carlos
EESC
Composição
e Edição:
CETEPE
Centro
de
Tecnologia
Educacional para
Engenharia
da
EESC
Impressão:
Serviço Grâfico da
EESC
ª edição 1995
UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO
ESCOLA
OE
ENGENHARIA DE S O CARLOS
PROCESSOS
GER IS
DA
' .
HIPEREST TIC
CL SSIC
JOÃO CARLOS
ANTUNES DE
O E
SOUZA
HELENA M. C. CARMO ANTUNES
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TOOOS 5
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Catalogação na
Fonte
- Se r
viço de Bibl
i
oteca da
EESC - USP
S729p
SOUZA João
Carlos Antunes de OI
iveira
e
Processos
gerais
da hiperes tát ica
clãs
sica/Joâo
Carlos Antunes
de
OI i
ve
i ra
Souza, Helena Maria Cunha do Carmo
Antu
nes.
São
Carlos:
Escola de Eng
enharia
de
São
Carlos, Serviço Gráfico,
1992.
346p.
ISBN 85 -
85205
-02
- 4
1. Estruturas - Estát ica 1. Ti tulo.
C
- 624 .1 715
PREFÁ IO
Er. te l i v r o
como
o já publicado Processo
de
Cross e os em f a se de preparação Técnicas Computacionais
na Es t á t i c a
das Est ruturas
e I n t rodução à
I so s t á t i
c
a
pre tende t e r um
ca rá t e r didát
i co, apresentando
os tópicos
t r a t ados
se m cornpl cações
desnecessár ias ,
mas
senrlo
en t r e t an t o , c onscientemente prol ixo como muitas v e r.es o
processo
de ensino
ne
c e s s i t a s e r .
Os
proce
s sos
aqui
t ra tados
são
ge r a i s
t an to no
aspecto d apl icabi l idode
a
qua lque r
t i po
de
e s t r u t u r a s quanto no de poderem
s e r
encarados
como
va r i ações duais de
woa
mesma
idé ia ;
correspondem a a lguns d os
temas
abordados
na
d i sc ip l ina
Es t á t i c a das Est ruturas na Escola de Engenharia de São
ca r lo s ,
a
par co
m
processos
de us o r es t r i to , como os de
Cross de Propagação,
an t
ecedendo t odo o desen vo lv imento
m a t r i ~ a l vi sando a programação em computador.
São Carlos março de 1992
Os Autores
8/19/2019 Processos Gerais Da Hiperestática Clássica - Cap II
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r
N D 1
e
E
1. 1
NT
ROOUÇÃO · · · • · · · · · · · • · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · ·
l
1 . OBJETIVOS l.ERA IS
• • . . . . . . • . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . 1
1 2 . ESTRUTLJRllS LI NF ARF S . . . . . . . . . 2
I .3 .
O MÉTODO
CLÁSS
TCO
2
1 li ~ [ J l F . H P n ~ ; 1 ç i i o IW F
FE
o ~ : 7
2 O PR
NCfP
O DOS
TR
ARALHOS RTLJA1S F SUAS
API
1
CACõFS
9
2 . 1 . CONSTDERAÇÕFS
GF
RAIS
• • • • • •
••
9
2 . 2. o PRINC1
PIO
Dor; THABALHOS VIR fl l l \ IS . . . . . . . . . . . J
2 . 1 . POSSIBILIDADES DE J\PLICAÇÃO DO
PRTNCiPTO
DOS
TRABALllOS V IR Tlll\ I S . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 l
2.1 .1 .
Cálculo
de
deslocamentos em
e s t ru tu ra s
i s o s t á t i c a s
. .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . .
. . . .
22
2 . 1 . 2 .
Seleção de
uma equação de
e qu i l í b r i
o
numa
e s t r u t u r a i s o s t á t
i
ca
. . . . . . . . . . . . .
27
2 .1 l
o t eorema
da
r ec ip roc idade
d o s
t rabalh o s
ou
Teorema de
Bet t i
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2 .3
.
4 .
O
t eo rema da r ec ip roc idade dos des loca
mC ntos
ou
Teorema de
Max
wr l
1 . . . . . . . . . . 34
3. C LCULO DE
DESLOC MENTOS EM
ESTRUTUR S ISOST T IC S
US
UA i S
37
3 . 1 .
CO
NSIDERAÇÕE
S GERAIS
. • . • . . . • . . . . .
• • •
. . . . . • . . . 3 7
3 . 2 . DESLOCAMENTOS
EM TRELIÇAS
PLANAS IDEAIS • . . • . .
38
3 . J .
3 . 2 . 1 . A t r e l i ç a plana
id e a l . . .
. .
. . . . .
38
J .2 .2 .
Exemplo
l
J . 2 .3
.
Exemplo
2
DESLOCAMENTOS EM
USUAIS
E
ST
RU
TURAS
PLANAS FL
ETIDAS
J . J .1 . Es t r u t u r a s p lanas
f l e t i da s
usuais .
. .
l . J . 2 . Exe mp l o l In t eg ração a na l í t i c a . . . . . .
40
4 9
55
55
63
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3
3
3
Exemplo 2
-
In tegração
numér ica .
......
3 3 4 Exemplo
3
In tegração
u t i l iz a n d o t a b e l a s
3
4 DESLOCAMENTOS
M
OUTROS
TIPOS DE ESTRUTURA
. ..
3
4 .1. o u t r o s Tipos
us ua i s
de es t ru tu ra
3 4 2
Exemplo
1
- Pór t i c o a t i r a n t a d o .
.......
3 4 3
Exemplo 2 Viga com
vínculos
e l ás t i co s
3 4 4 Exemplo
1
Gre lha
.
- -
-
.
-
4 O
PRO ESSO
DOS ESFORÇOS • · · • • · • · · • • • • · · · • • • • · • • • • · ·
4 1
CONSIDERAÇÕES GERAIS
............•..
•
.........
4 2 O PROCESSO OOS ESFORÇOS APLICADO
A
VIGAS .....
4 2 1
Detalhes c a r a c t e r í s t i c o s das
v i ga s
• . .
4 2 2 Exemplo
1
.•.•.........................
4 2 2 1
Resolve r
a
viga submetida ao
carregamento
dado . . . . . . . . . . .
4 2 2 2
Resolve r
a
viga
submetida a
uma
66
72
84
84
84
87
90
95
95
101
101
103
104
va r i a ç ã o de
t empera tura
...••.
114
4 2 2 1 Resolver a v i ga submetida are
calques de apoio.............
121
4 2 J Exemplo
2 •.........
...••.. • • ....... .. 128
4 3
O PROCESSO DOS ESFORÇOS APLICADO A PóRTICOS
PLANOS
4 3 1 Detalhes carac t e r í s t i co s
dos
p ó r t i c o s
planos
. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. .......•....
4 .
3
2 Exemplo 1 ..•....................•.....
4 3 2 1
Resolver o pór t i co submetido ao
carregamento dado
•.•.........
4 3 2 2 Resolve r o pór t i co para e f e i t o
de reca lque de apoio ........
4 1 2 3 Resolver o p ó r t i c o pa r a e fe i t o
de var iação de t empera tura ...
4 . 3 . 3 .
Exemplo
2
•.•................
.
.........
4 4
O PROCESSO DOS ESFORÇOS APLICADO A GREI J{AS ...
134
134
136
138
142
144
149
1
57
4 4 1 .
Deta lhe
s carac t e r í s t i co s das qre lhas .. 157
4 4 2
xemplo
1 . .... . .
.. .
. -
· · · · · · ·
4 4
3
xemplo 2 . . . . ..... - - · · · · · · · · · · · · · · · · ·
4 .
4 4 Cálculo de gre lhas
desprezando a r ig idez
à t o r ç ã o
das
bar
ras
.. .
.
.. .
. .... .
·· ·
· · ·
4 4
5
Exemplo 3 ......... . .... .... .. .... .
4 5
O PROCF.SSO
DOS
F.SFORÇOS APLTCADO
AOS ARC OS . . .
161
165
169
176
181
4 5 1
o
que
c a r a c t e r iza
um arco
. . . .....
181
4 .
;,>.
J
i pos
u ;11;i i s
de
a r-co ;
.
• .
4
5 . 3 .
Exemplo de def in
.i
ção de eixos de a r cos
4 5 4
Fo rmu lár io s pa ra a r
co
s h i perestáL ic os
usua i s .. . .
........ ....
- · · · · · · · · · · · ·
4 5 4 1 Convenções
.. .
. .. . .. .. . .... . . .
4 5 4 . 2 Arco b i a r t i c u l a d o s i mé t r i c o . .
4 5 4 3
.
Arco
a t i ran tado
s i mé t r i c o
. .
4 5 4 4
.
Arco biengas tado s i mé t r i c o
4 5 5
Caso
s usuais
de
in te g
r ação
em
a rcos
4
5
6 .
Exemplo 1
- In tegração an a l í t i ca
.....
4 5 7 . Exemplo 2
- In tegração numérica
4 5 8 Exemplo 3
-
Variação imposta de
EI ....
4
5
9 .
Exemplo 4
-
Arco pr ismát ico
por
t rechos
4 5 10 Exemplo 5
-
Adaptação para
pór t i cos
s i mé t r i c o s
4 5 11 0bservações adic iona i s . ..... . .. . . .
4 6 O PROCESSO DOS ESFORÇOS
APLI
CADO ÀS l REI. IÇAS
PLANAS IDEAIS
. ........ .............
.....
.
4 6
. 1 .
Detalhes
ca
r a c t e r í s t i cos
da
t r e l i ç a
plana idea l ..
. . . .
..
.
.
.....
. .. .
.
..
4 .
6 2
Exemplo
l .
.. .
. .
.. ..
. .
.. .
.....
. · · · · · ·
4 7 O PROCESSO
OS
ESFORÇOS APLICADO A ESTRUTURAS
MISTAS
.........
. .
.. .
.....•
...........
.
.....
4 7
l.
Est ru turas mistas usuais . . .. . . ...... . .
4 . 7 . 2 Exemplo l - Viga sobre
apoios
e lá s t i co s
4
7 3
.
Exemplo
2 -
Pór t ico t r e l i ç a d o .. .
. .
··
1 87
188
188
1 90
1 95
199
20
8
209
215
223
229
234
240
246
246
2
48
255
255
255
260
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5. O PROCESSO DOS
DESLOC MENTOS
• • • • · · • • • • • • • • • • · · · · · ·
267
5 1
CONSIDERAÇÕES
GERAIS
5 .
2 .
EXEMPLO DE
APLICAÇÃO
5 . J
EXEMPLO DE
APLICAÇÃO
5 . 4 .
EXEMPLO
DE
APLICAÇÃO
5 .
5 .
EXEMPLO DE
API.ICAÇÃO
.............. .
............
A
VIGAS
. ..................
A
PóRTICOS
.
..............
A
TRELIÇAS
PIANAS
IDEAIS
A
GRELHAS
. .
-
.......
'
267
273
277
284
289
6. O
PROCESSO
M 1STO • . . . . • . . . • • . . . . . . • . • • . . . • . • . • . . . . . 297
6 . 1 . r;oNSIDERAÇÕES GERAIS
•• • •••
297
6 . 2 . EXEMPLO DE
PÓRTICO
PLANO 302
7.
Sltvf>LIFICACOES
DEVID S A SIMETRIA·· · · · · · · · · · · · · · · ·
7 . 1 . CONSIDERAÇÕES GERAIS
• •
7 . 2 .
REDUÇÃO DA
ESTRUTURA • • . • .
7 . 3 . EXEMPLO
1 -
PÓRTICO
PLANO SIMÉTRICO
• • • • • •
.
7 . 4 . EXEMPLO
2 - GRELHA
COM
DOIS EIXOS
DE SIMETRIA.
7 . 5 . EXEMPLO
3 - VIGA VIERENDELL
8.
BIBLIOGR FI
· · · • • · • • · · · · . • . . . . . • . . • . . • • • • •
• • • • • •
309
309
312
318
324
333
339
PROCESSOS GER IS D HIPEREST TIC
CLÁSSIC
C PITULO 1
INTRODUCÃO
1 .
l . OH ,J E
'
I VOS G
ERAJS
Esta
publ icação pretende
t e r
um cará t e r d idát ico
de
in t rodução à h ip eres t á t i ca c l áss i ca
de
es t ru tu ras l i n eares
discut indo
hipóteses
de cá lculo
, c
omportamento
df
es t ru tu ras
e
s impl i f i cações
gera i s
para
es t ru tu ras
usua i s u t i l i zando
process os
de c á l c u l o muito
simples
mas
apl icá ve i s a
qua lquer
t i p o
de
es t ru tu ra l inear .
Os
pro
c
essos
aqui
t r a t ados
,
que poderiam
se r
c
olocad
os
c omo um ún i c o pr oc
esso
gera l
de
solução
de
uma es t ru tu ra a
par t i r
de
out ra su p
o
s t a conhe
c
ida incluem
o
processo dos
esforços
o
dos deslocamentos
o
mist
o . o
pro
c
e ss
o do s
esforços tem um cará t e r apropr iado para
uma in t rodução
à
h ip eres tú t i ca
permi t indo
em sua
ci.plicação mais s imples
reso lver es t ru tu ras h ip eres t á t i cas
reca indo no
c á l c ulo
e lementa r de
es t ru tu ras
i sos tá t i cas .
O p ro
cesso dos
desl oc a me nt os , dua l do an t e r io r ,
tem como maior
v antagem a
sua s i mplic idade o que o
torna
ideal
para
uma
pos te r ior
automatiza
ç
ão
c
omputacional
;
resolve
es t ru tu ras
h i p e r e s t á t i
c
as reca indo
no c
á l
c
ul
o
de
s t r u t u r ~ s
com
maio
r
grau
de
hiperestat ícidade
mas mais
simples , e ventualmente
a té tabeláveis . O processo misto
tem
apenas o cará t e r
demons t ra t ivo de
uma genera l i z
ação de
idéias , sendo
vantajoso apenas em a lguns c
asos
p ar t i cu l a res .
Todos os inúmeros processos p ar t i
c
ulare
s ,
apl i cáve i s só
1
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8
C PfTULO li
O
PRINCIPIO DOS TR B LHOS VIRTU IS
E
SU S
PLIC CõES
2.1 . CONSIIJEHAÇÕES GERAIS
O Pr inc ípio
dos Trabalhos Virtua is
ou Teorema
dos
Trabalhos Virtua is doravante apel idado
de P.T.V .
é
o
único
teorema da
energ ia
realmente essencial
ao
desenvolvimento
de
toda
a
es tá t ica
c
l á s s i
c a ;
diversos outros teoremas que
venham, por questão de s ín t e se
a
se r u t i l i z a dos serã
o
demonstrados
a
p a r t i r
dele .
As
condições
de equ
i l i b r io
podem
se r
demonstradas
a
p a r t i r do P.
T. V. ou o
P.
T . V. pode se r
demonstrado,
agora
como teorema
não
como
princ ip io
a p a r t i r
das condições de
equil íbr io ; optar-se -á
por
es ta úl t ima versão,
por
mera
questão de
se
t e r em gera l
uma
previa
ass imilação ,
em
cará te r
mais
in tu i t iv o
das
r e lações
de e qu i l í b r io
.
A
u t i l i da de essencia l do
P.
T.
V.
será
a
de
permit i r
in te ressantes transformações
de problemas eminentemente
geométricos
em
problemas
es tá t ico s
e
vice-versa
fornecendo
alternativas extremamente
simples
e e f i c i e n t e s em diversas
si tuações
.
2.2 . O PRINCÍPIO DOS TR B LHOS VIRTUAIS
Seja
defin ida
uma
e s t ru tu ra
l in ear qualquer e es te jam
defin idas suas
vinculações , i s to
é suas
l igações
in te rnas
e
vínculos
externos .
Seja um es tado de forç
as
a) sobre
essa
e s t r u ~ u r a
com
8/19/2019 Processos Gerais Da Hiperestática Clássica - Cap II
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forças
externas
em e qu i l í b r io com os esforços in ternos ;
se
a
e s t ru tu ra for
i so s t á t i c a haverá só uma poss íve l
dist r ibuição
de esforços in ternos ;
se
for h ípe re s t á t i c a ,
cons ide re - se
uma delas .
i n f i n i t
a s ;
Seja
um
es tado de deslocamentos (b)
sobre
a mesma
e s t ru tu ra ,
com
deslocamentos e
deformações v i r tu a is ( i s to é ,
hipoté t i cas e inf in i t es imais )
geometr icamente compatíveis
com as vinculações ( l igações e v íncu los
externos) ,
sem
qualquer re lação
obr iga tór ia com
o
e s t a d
o de
forças ( a ) .
se' se
impuser
o
es tado de
deslocamentos (b)
ao es tado
de forças ( a ) ,
o Pr inc ípio dos Trabalhos
Vir tua i s
es tabelec e
que: - O t raba 1ho v i r tua l
externo,
das forças
externas de
(a) com os deslocamentos de (b) , é igual ao t raba lho v i r tu a l
in terno, rea l i zado
pelos
esforços in ternos
de
(a) com as
deformações
de
{b) .
o
P.T.V. ,
no
caso apresentado
como
teorema, será
demonstrado,
por motivos
meramente
de s impl ic idade didá t ica ,
apenas
para o caso
de
e s t ru tu ra s
planas ,
com
carga
em seu
plano; a extensão para um caso
gera l , espac ia l ,
se r ia apenas
ques tão
de manusear
um
número maior
de
parâmetros . A
demonst
r
ação será f e i ta
em
t r ê s etapas ,
em
função
dos
poss íve i s es tados de deslocamentos (b ) .
a) O P. T . V. é
vá l i do pa ra um
corpo ao qual s e i m
ponha
um
es tado de deslocamentos sem inc lu i r deforma
ções.
Não havendo deforma
ç ões ,
não haverá
necess idade
de se
computar
os
esforços
in ternos e c
onsequentemente não haver6
ne
c es
s idade
de
co
nsid
e r a r o
corpo
como
e s t ru tu ra l i ne a r .
Só
por ques tão de s impl ic idade suponha-se o c orpo como selll
v in c ulação externa , o que, conforme
se
verá op o
r tun
a mente,
não
afe ta rá
a ge ne ra l idade da demonstração .
Se ja
o es tado de
força
s
( a ) .
em e
qu i l íb r io ,
representado na f i g
.2 .
1 .
10
f i9 2 1 - >l o do
de
f o•ços 1 o )
Sem e n t r a r no mé r í t o do s esfo r ços in ternos , adot an do
um s i
s t
e ma de r e f e
rê
n c
ia
d
ex
t r o r
so
Oxyz
qu
a
lq u
e
r ,
as
cond iç õe
s de eq u i l í br
io
i nd
ep en
d e n te s p
od
em
se r
e xpress as
por:
r
X
o
'
(7. . l )
1
1
r
y
l
o
2 . 2 )
1
1
r
M
-
[
Y,
l
[
Y
y
o
1
l
(
/
J )
1
l 1
l 1 l
se
ja
o
es
t
ado d :"
d
es
l
oc a
ment os
b ) . co mpa t í ve l ,
represen
t ado na f i
g .2
. 2 . S
en d
o
in
fi n i t
esim
a l , o des loc a m
en to
co mpa t ív e l mai s gera l do
corpo,
sem de fo r mação e
se
m
11
1
8/19/2019 Processos Gerais Da Hiperestática Clássica - Cap II
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vínculos ex ternos, pode se r
sem
perda
de general idade
r e f e r idos ao
mesmo
sis tema
def in ido
por
t r ê s
parâmetros;
esses
parâmetros podem se r
oxyz da f i g . 2 . 1 , como
uma
t r an s l ação óx de
Q segundo
x, uma t r ans lação
óy de
Q
segundo
y e urna
ro t ação óe
em
to rno de Q
segundo z .
·
FiQ.
2.2
-
Estado
de
deslocamentos
l
b
1
Devido
à
ro tação
óe o
ponto
A,,
onde
no es tado de
forças
a)
es tá
apl icada a
carga
P,,
se
deslocará de
óv
1
,
passando
para
uma
posição A' .
o deslocamento
ÓV t e rá
1
l
componentes
ÓV
xl
ÓV
yl
segundo
X
e y,
faci lmente
ca lcu láve i s
com
o
auxí l io da
f ig .2 .2 ,
observando
que, para o
deslocamento
i n f in i t e s ima l , ou l inear izado:
6v
1
OA •
80
1
Sendo x
1
e
y
1
as
coordenadas segundo
x e
y de
A
1
:
s n
-óv
1
ÓV
1
12
( 2 . 4)
( 2 .
5)
cos ., -
X
'
OA
l
Ô V
y 1
ov
'
l la
(
> •
5 ) c o m { 2 . 4 ) :
Oa (?.6)
com
a
/.
. 4) :
1-iv
X
bG
y 1
1
Devido
s
t ran s
élr;ões
ÓX
conforme
f ig .2 .2 ,
de
A
para
A: .
(
2 . 6)
(
2 . 7 )
( 2 .
8)
óy, o
ponto
1\
1
passará,
Impondo
agora
o estado
de deslocamento
b ) ao estado de
forças
{ a ) , para valer
o
P .T.V. ,
o t r aba lho
de todas
as
forças
externas de a
)
deve
se r sempre
nulo, por não
haverem
d e f o r m a õ ~ s de f a to , calculando esse
t r aba lho ex te rn
o:
X .
óv
+ oxJ + f Y . {õv óyJ
t t I .
1
y
'I'
l
- r M • se 1
1 1
1
(2 .9)
Com d (2 .7)
e
2
.
8) na
( 2
.9
)
t ~ m - s e colocando
em
ev idê rw i
;i
õx, ôy e ôe
que
indepemiem
ei ou
t :
1 1
'I
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1
1
1
ax (
x l + 6y
n
y , l + / j fJ (
r
r r
M
+
J
1·1
, - 1
n
n
r
y X +
r
X y )
(2 .10)
t 1
, 1
1 \
' " 1
Da
(2 .10) , computando-se as
(2 .1) ,
( 2 . 2 ) e
2.J),
tem-se que, independentemente
dos
valores
de ax,
l5y
e ae:
T
o
2 .11 )
e• l
como
se
quer ia demonstrar.
Observe-se que, se o corpo ti
ver
um ou dois
vinculolil
externos ,
os
parâmetros
ax,
ay
e
l B
serão
dependentes
entre
a i ; como a (2 .11 ) vale ,
entre tanto ,
para quaisquer
ax,
ay e
69, valerá
também
se
e l e s
forem
dependentes.
Se o corpo
tiver
t r ês ou mais vínculos
externos,
não concorrentes , só
haverá compat ib i l idade
se os
deslocamentos
forem nulos ;
mesmo
assim
cont inuará vál ida a
(2 .11) .
b) O P.T.V. é vál ido para
um
sistema de corpos
acoplados ao qual se imponha um
es tado
de desloca111entos
ainda sem deformação.
Seja o
es tado
de
forças
(a ) ,
em
e qu i l í b r io ,
sobre
e s t ru tu ra
formada
pelos
dois corpos
1
e 2 ,
vinculados
ent re
s i , da
f ig .
2 .1 .a .
p.
+ l
•
)r
D
; i
; {
n
o }
1 b }
F i Q
2.3
- Estado
de
forço• la}
Separando
os
do i s corpos
da f ig .2 .
3.
a ,
obtem-se os dois
da f ig .7 . .3 .b ,
cons t i tu indo
também um es tado de forças em
e qu i l í
.br i o
desde
que
se subst i tua
a
vinculação r e t i r a da
pe l a
e
força
correspondente
F
?.
(do corpo 2 no corpo 1 )
12
(do corpo
l no 2 ) . Observe-se
que:
F
F
?.
1 I<
Se ja um
es tado
compatível com as
representado na
f íg .2 .4 .
de
des l oc
amentos
vinculações
e sem
Fig 2 4 - E•todo d• de•loco men to•
t
b 1
( 2 . 12)
( b ) ,
v i r tu a l ,
deformações,
14 1 5
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Impondo o es tado de deslocamentos
(b )
ao
e s t a do
de
forças
( a ) ,
como o P.T.V. vale
t an to para
o
corpo 1
quanto
para o 2 , tem-se:
e
também:
+ T
p
,
+ T
.
T •
.
2 l
+ T + T
I p
+ T-
r
1
o
o
1 2
Somando as expressões (2 .13)
e
(2.14)
tem-se:
T
r
T
p
1
1
+
T
p
o
2
. • •
+ T
p
1
T • • •
p
, • 1
+
T
p
(2 .13)
(2 .14)
T ..
.
2 1
(2.15)
como o es tado de
deslocamentos
(b) é compa t ive l coa as
vinculações , o
deslocamento
no
vínculo en t r e
a s
chapas
o
mesmo:
levando
em conta
a
(2.12) tem-se:
T-
f
1 ,
o
Da (2 .16) na (2 .15)
demons t r a r :
T
- • t
o
(2 .16)
tem-se então o que se quer ia
(2.17)
16
Observe-se que o t rabalho
de
um p ar t i cu l a r esforço
in te rno il um s is tema
de c.:orpos é nu 1
o, pois e s s e
esforço
aparece como
um par de forças
que,
num
deslocamento
compatível e
por tanto
igual , a c a r r e t a para o
par
um
t r aba lho
nulo .
c)
O
P. ' l ' .V.
é v
á l i d o
para
um
corpo
ao
qua l
se
ímponha
um
e::;t:ido d 1•
des locamrn tos
i11c lu indo
deform< ções
Seja
o e5tado
de
forças ( i l ) ,
com
cargas quaisquer em
eq u i l í b r i o com os
esforços
. internos, conforme f i g .2 .5 . Se a
es t ru tu ra
for
i so s t á t i ca esses esforços cons t i tuem uma
dnica
d i s t r i b u i ção
com §. ; se for
h ip eres t á t i ca
c ons i de r e - s e uma
def in ida
dent re
as
in f
i n i t as poss íve i s .
Pretende
- se
agora en t r a r
no
méri to
dos
esforços
in te rnos ; por i s s o fo i necessár io representar a es t ru tu ra
da
fig.2. '> coino uma C'5trutura
de
f il to li n e a r .
1 7
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se ja o estado
de deslocamentos
(b) ,
vi r tua l , compatível
com
as vinculações, conforme f ig .2 .6 , inc lu indo além dos
deslocamentos
6x.
y e 9
de u • ponto
genérico na posição
def in ida
pela
coordenada também as deformações dub, dvb e
dq b de
um elemento de estru tura
com comprimento
ds,
nessa
mesma
posição
e com
s in a i s coerentes
com
os dos esforços
in ternos
do
estado
de
forças.
\
Õy
õ,
/
Fiq
2.6
· f : t lodo de deslocamentos 1 b
l
Impondo o estado
de
deslocamentos
b)
ao es tado de
forças ( a ) ,
é simples mostrar , calculando
de duas
maneiras
dife rentes ,
que o
t raba lho t o t a l desenvolvido por
toda11
as
forças e es forços
in te rnos é
igua l
tan to
ao
t raba lho
das
forças exte rnas
quanto
ao
t r aba lho
dos esforços
in te rnos;
assim:
*)
Enfocando o t r aba lho de todas as
forças
exte rnas e
esforços in ternos :
18
Como
os esforços
internos
aparecem
aos
pares , com
sent idos contrá r ios,
conforme f iq .2 .
7,
num deslocamento
compatível
com as v
incu
l ações , no
caso
com as l igações
in te rnas,
o
t raba lho de cada
par
é nulo;
com
i sso
o
t raba lho
t o t a l
é
só
o t r aba lho
das
forças externas , do
qual
se
poderia exclu ir ,
querendo,
também o t r aba lho das forças
externas
de
reação.
F
i9
. 2 . E sfor ços i nt
ern
os o o ~
por i
Com
l sso
tem-se, então:
T
t
• > t 1
T
t J t_ P r H O
2 . 18)
**) Enfocando
o t r aba lho
rea l i zado pe las forças
e
esforços
a tuantes
em
cada
elemento:
Pensando
no elemento
de
comprimento
ds colocado
na
posição genérica em pr inc íp io
suposto sem
carga exte rna
apl icada sobre
e le , o t r aba lho to ta l
que,
num s is tema
conserva t ivo ,
só
depende
da posição in i
c i a l e
da f ina l
,
pode se r pensado ,
conforme f ig
. 2 .
6,
como composto
de
duas
parce.la
s ;
a p ri
m
e i r a
corresponderia
ao t raba lho
19
J
8/19/2019 Processos Gerais Da Hiperestática Clássica - Cap II
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rea l i zado
quando
o elemento
passa da
posição
in ic ia l
para a
posição em t r ace jado na f i g .2 .6 , sem deformação: a segunda,
dTd•r
,
corresponde à deformação
do elemento,
ao pa s s a r da
posição t r ace jada
na f i q . 2 . 6
para
a
f i n a l ; assim:
dT
t o
ta S
dT
e dr. r
+ dT
ftf f
2.19)
Como o elemento e s t á em eq u i l í b r i o , num deslocamento
vi r tua l
sem
deformação o t r aba lho de todas as forças atuando
nele é nulo, i s t o é :
dT O
8
ct
f 1
2.20)
Qualquer
carga in f in i t es imal ou f i n i t a que houvesse
sobre o elemento
poder ia s e r concentrada
à
esquerda
do
elemento
da
f i g .2 .5
e seu
t r aba lho ,
j á que o e l emento
cont inuar ia em eq u i l í b r i o ,
se r ia i nc l u í do
na so •a tó r i a nula
impl íc i t a em 2.20) ; assim, com a (2.20) na 2.19) :
dT
to t a 1
dT
d e
(
2.21)
Com o au x í l i o
da
f i g .2 .6 :
dT
der
N +dN
)du
+ V +dV
)dv
+ M +dM )d -
ª a 1 a b a e b
2.22)
Desprezando in f in i t és imos
de
ordem s u p e r i o r ,
t e ~ - s e da
2.22) :
dT
d.'
N
du
+ V dv
+
M df>
t>
(2 .23)
20
Oi'I ( ;:> 21) com
1'
••
1 ,, 1
1
a 2.23) ,
integrando em toda a es t ru tu ra :
N du
h
r•c I 1
V
dv
+
J
Na 2.24) observe-se que o 20. membro
contem
a
soma
dos
t r aba lhos
de
todos
os
esforços
in ternos
com
as
deformações
correspondentes , podendo-se apropr i adamente cognominá-lo de
t r aba lho in te rno;
então da 2.24) :
T
T
(
2 . 25)
t .. 1 .1 1 t n t P. 1
11
o
Das duas conclusões expressas pe la 2 .18) e
2.25) :
T
,. lC 1 1
T
1
li
t ,.
11
n
( 2 .
26)
como se
pre tendia demonstrar .
É importante
r e s sa l ta r que o es tado de forças
(a)
não
tem qualquer
re lação
de
causa
e e f e i t o com o es tado de
deslocamentos ( b ) ; apenas a
es t ru tu ra
e suas v inculações
externas e i n t e r n a s
são
as mesmas:
o es tado de forças (a)
deve sa t i s f aze r às
condições
de eq u i l í b r i o e o
es tado
de
deslocamentos ( b ) , além d e v i r t u a l ,
i s t o
é , h i p o t é t i c o e
i n f i n i t es im al , deve s e r compatível , geometricamente.
2.3 .
POSSIBILIDADES
DE
APLICAÇÃO
DO
PRINCÍPIO
DOS
TRABALllOS
VIR1'UAIS
o
Pr inc íp io
dos
Trabalhos
Vir tua i s tem
inúmeras
poss ib i l idade s
de i 'lplicação
na
n ~ l i s e
de
es t ru tu ras ,
não só
21
8/19/2019 Processos Gerais Da Hiperestática Clássica - Cap II
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pelo Método
Cláss ico . mas
por qualquer
outro
método que
manuseie
condições
de e qu i l í b r io e
de
compatibi l idade.
o
p.T.V.
é út i l
para
montar equações se le t iv as de
equi l íbr io
a p ar t i r
de condições de compatibi l idade
pré-def in idas,
ou vice-versa . para
montar equações
se le t iv as
de compatibi l idade a
par t i r de condições
pré-def in idas
e
e qu i l í b r io ; é
ú t i l
para
c a l c u la r
deslocamentos
em
e s t ru tu ra s
i so s tá t icas
e
hiperestá t icas;
é ú t i
na demonstração dos
teoremas de Muller-Breslau, que transformam problemas
meramente es tá t ico s de cálculo
de
l inhas
de inf luênc ia
ell
problemas puramente geométricos; é út i
1
na demonstração
de
inúmeros out ros
teoremas
da Está t ica Clássica ,
colllO
os
teoremas de
Maxwel
1
e
de Bet t i ; é út i l na
s i s t emat ização
matr ic ia l
do
cá lculo
de e s t ru tu ra s visando
a
u t i l i zação de
computadores; es te
capí tu lo não
é , e n t re t a n to , o lugar
adequado
para
uma
explanação
sobre todas
essas
apl icações ;
é
oportuno entre tanto t r a ta r
pelo menos
algumas
apl icações
simples, com
cará te r d i fe re n te , re lac ionáve is
a
estru turas
i so s tá t icas , e
que são as
que se
sequem.
2.3 . l . cálculo
de Deslocamentos em
Est ruturas I so s tá t icas
Seja um es tado de deslocamentos (
b)
, r ea l ,
mas
co•
deslocamentos
pequenos
o
su f i c i e n t e para que
se os
l i ne a r i z e
com boa
aproximação
e
para que eventuai s condições de
equil íbr io ,
em
estados de
forças
que venham
a
se r cr iados
sobre
a
estru tura, possam se r consideradas
na
posição
i n i c i a l , também
com
boa aproximação; nessas
condições esse
es tado
de deslocamentos,
apesar de r ea l , provocado
por
uma
causa
f í s ica
qualquer ,
preenche
todos os
r e qu i s i t o s
de
um
deslocamento v i r tu a l , desde
que
a
e s t ru tu ra se
mantenha
contínua, o que é hipótese do
método c l á ss i c o .
Nesse es tado de deslocamentos b) , representado na
f ig .
2. 8,
pre tende-se
< alcular um p ar t icu la r
desloca11ento
• \
22
a
p a r t i r das deformações dub,
dvb e
d</>b
conhecidas m
função de ª·
Fig. 2 6 - E•tad o de deslocamen
to
s ( b
l real
Para ca lcula r
o
pa r t i c u l a r deslocamento
'\
cr ia - se um
estado de forças a ) , conveniente,
com uma f
orça ex te rna
un i t á r i a
na
di reção
de
ôb,
e num
sent id
o
assumido
para e
l e ;
se
a
e s t ru tu ra
for
i so s tá t ica
haverá
uma
única dist r ibuição
N V
a
M em
funçã
o
de
os
esforços
hiperestá t ica
bas ta
considerar
uma qualquer
in f in i tas
possíve is . Esse
estado
de
representado na
f ig .2 .9 .
{
No
ern s v 0
a
Fig.
2 9 - Es
tod
o
de
fo rças
(a
1 co'Yen ie nt e
23
forças
ª; se
for
dentre as
a ) es tá
i
8/19/2019 Processos Gerais Da Hiperestática Clássica - Cap II
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1
1
Impondo
o
es t ado de deslocamentos
(
b ao es t ado de
forças
a ) t em-se pe lo
P.T .V.
que T ••
Ttnt
en tão :
l .
{J
b
J
N du.,
+
J
e s
\
V
dv +
J
e s
t
r
M d ..
" h
2.27)
O cá l cu lo
de
6b, então, s e
reduz
ao
cá l cu lo
de
i n t e g r a i s
de
funções def in idas
de o problema meramente
geométr ico de de f in i r as con t r i bu i ções
das deformações dos
e l ementos pa ra
o deslocamento
acabou sendo s is temat izado
pe l a u t i l i z a ç ã o de condições de
e qu í l i b r io
impl íc i t as na
determinação dos es fo rços i n t e rnos N,.,
v.
e M
0
, i s t o
é ,
passou a s e r um problema eminentemente e s t á t i c o .
Como exemplo
de apl icação, s e j a
o
caso de
de te rmina r o
deslocamento ve r t i c a l da extremidade
B
da v iga da f i g . 2 .10
. ,
devido a um aquecimento At da f ace s upe r i o r ,
At,
da face
i n fe r io r
var iação l i ne a r ao longo da a l t u r a ; o c oe f i c i e n t e
de d i l a t a ç ã o t é rmica l i ne a r é a
·
li 1
1
_}
r
}ª
li
ti
i
#
1
2
10 -
E um plo
de
aplicaiéio
As deformações do es tado des locamentos b) são
fac i lmen te
de f i n í ve i s com
o auxí l
io
da
f i g . 2 .11 ,
para Ull
elemento de
comprimento ds em qua lque r
posiçã
o ;
no
caso
são cons t an t e s
com
2 4
a M d•
ll l
t
r
1
1
1
G.
1
, - -
1
d t>b
h/ 2
'
l.
ll t i
~ u b t l
d s
lj
d1
·-
F i q 2 l l Del o
1m
açÕe• no e lemento no t o do de de•locament o• 1 b}
Assim:
du
1
[ l l t
+ ll t
1
) a s
( >
o
de extensão
)
a
2
dv o
>
o
horá r i o
l>
d P
l
{t.t(
-
fl tR dS
> o ex tensão embaixo
X
h
>
o
es tado de forças a)
conveniente pa ra
cons t a
da
f ig .2
.
12
.
a ; nas f ig .2 .12
.
b , c
e d
c a l c u l a r <\
constam
os
es fo rços in ternos , com s ina i s coerentes com os assumidos
para as
deformações .
l
j l l
·
r
21
11
1
1
o
;
No
Va
M a
1o1
1b )
i
e 1
1d 1
F iq
2 2
E
o:.f
or
n t e
n 'IO l
no e o;.tado de
fo rç
o•
1 a )
25
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Assim,
em função de
§
111edido a p a r t i r
da
extremidade
esquerda ,
conforme
f ig .2 .12 .a :
N o
> o de t ração)
V
1
> o
horár io)
M
s -
t
(> o t ração embaixo)
Com i s so , do
P.T.V. ou
da expressão 2.27) :
l .
b
o a
o
ou:
donde:
No caso calculou-se w. deslocamento l i ne a r ; o
cálculo
de
qualquer out ro t i po
de
deslocamento como uma ro tação, um
deslocamento r e la t iv o , w.a ro tação
r e la t iv a ,
poder ia se r
f e i to
de forma
absolutamente
simplesmente
escolhendo
um
es tado
de
forças
conveniente
de
t a l
forma que,
usando o
P.T.V
. , o deslocamento•
apareça
di re tamente no
t raba lho
externo; assim,
no exemplo,
se
se quisesse
ca lcula r
a ro tação e da
extremidade B,
poder -se- ia u t i l i z a r o es tado
B
de forças (a) da f ig .2 .13 .a , com
os
correspondentes esforços
internos
das
f ig .2 .13 .b , e e d:
26
l
o o
l í l i l l
t:<
l l l ll l
1
1
V
i
Na
Va
Mo
1Q1
1b 1
1t1
1d )
F lg
'2 13
-
Es f
o
ços i ote r nos no novo es todo de
fo
q:os 1a 1
Assim,
em função de
N o
(> o
de t ração)
V o
(>
o horário)
a
M
1 (>
o t ração
embaixo)
Do
P.T .V. :
T
T
ext
l n l
l
. 88
J
N du
+
V dv
+
J
M
d4\
b b
e s
t
r
fJ s t r str
l
[At
1
- t . t . )ds
l
o +
o - J
a
.. ~ r l i t
-l it
1
J ds
11
h l
o
o
donde:
2.3 .2 . Seleção
de uma equação
de
equi l íbr io
numa e s t ru tu ra
i so s tá t ica
Outra
aplicação elementar do P. T .V . , com c a rá t e r
d i fe re n te , poder ia se r a
de
escrever , para uma e s t ru tu ra
27
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.__
i sos tá t i ca , uma
equação
se le t iva de equi l íb r io ,
co
u
só
incógni ta ,
que permi t i s se d e t e r • i n ar
um
esforço in te rno ou
reação
diretamente.
se j a
o
problema, i so s t á t i co ,
de deter11.inar a reação
hor izonta l
em ç na
es t ru tu ra
da
f ig. 2.14.
Fig
2
14
·
E•lfulura
hos td t i co
Sendo
a
es t r u tur a
i sos tá t i ca ,
implicitamente se assumiu
haver
equi l íb r io
:
se
se
r e t i r ar
o
vínculo correspondente à
reação hor izonta l em C , subs t i tu indo-o por esse es forço ,
tem-se um
estado de forças a) , ainda em
equi l
í
brio ,
•as
sobre
uma cadeia c
inemática co•
um
grau
de l iberdade ,
conforme f ig .2 .15 .
f i9
2.
15
·
E•• od
o de º ' 'º' ai solne
umo cadeio
ci n
emát ico
28
À cade ia cinemática assim
c
omposta é
poss ív
e l
impor
um
es tado de
deslocamentos
b ) ,
vi r tua l , sem
inc lu i r
deformações , def in ido por
um
desloc amento
in f in i tesimal
â em
sent ido
co n t r á r i o
ao do
es fo r
ço que se quer determinar. Esse
deslocamento acar re t a , conforme
f ig.2 .
16,
deslocamentos
Ct(s),
diretamente
proporcionais a
â ,
e
regidos por l e i s
geométricas muito simples, que não vale a pena
detalhar
aqui
, re lac ionadas ao deslocamento i
nfin i tesimal de
c ade ias
c inemáticas .
f ig 2 16 - E• lado de
de•l
o ca me
n•
o• 1 b l •o bre uma ca deia
Impondo-se o estado
de
deslocamentos
(b)
ao es tado de
forças a) , tem-se , do
P.T.V. ,
que:
T O
ex
t
ou
então:
n
RHA ./J.
J = l
P x )
J p(s )
x
6(s )ds
J
o
r e g c
29
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como ~ s ) corresponde ao deslocamento inf in i tesimal
de
uma
cadeia cinemática, e l e
é
sempre
proporcional a
â ;
poder-se- ia ,
para ev i ta r
a operação de divisão de todas as
parce las,
cancelando-o, impô-lo a pr ior i igual a 1 , mantendo
a
geometria dos
deslocamentos
inf in i tesimais;
com i s so
se
t e r i a :
R
HA
Essa
se leção
de
esforço, o que se r i a um
s i s t emat izada
a través
2 . 28 )
parce las
que cont r ibui r iam
para
o
problema eminentemente es tá t ico , fo i
de um problema eminentemente
geométrico de
cálculo
de
deslocamentos i n f in i t e s ima is de
cadeias cinemáticas.
Como
exemplo
de
apl icação,
determinar a reação
hor izonta l em E , pos i t i va
se
orientada
da esquerda para a
di re i t a , na es t ru tu r a
i so s tá t ica
da f ig . 2 . 17 .
1
m óm
Fi9 2 1 7 • E•emplo
de
es l rulu ra i sostót ica
J O
Re t i ra ndo o v ínculo c o rrespondente a
RHE
subst i tu indo -o
por R
t e m-se o esta do de forç as a ) da f ig . 2 . 18 , s obre
uma cadeia c i
nemática
c o m
um grau de
l iberdade.
F i9. 2 18 • E s ta do
de l a
l pa ra o ex emp lo
À cadeia cinemática com um grau de
l iberdade
impõe-se
um
estado de deslocamentos b ) , sem deformação, com um
deslocamento
un i tá r io
e m
sent ido
contrá r io
a
RHE mantendo
a
geomet r
i a de
deslocamentos i nf i n i
tesima
i s ,
conforme
f ig
. 2.19.
0, 20
0
m.
1
- - - - 1J1
200
1
0 ,20 0
m· l
Fig
2.
19 · Estad
o
de
de s
loca me n t os l b l po r a o
e u
mplo
31
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Impondo o es tado de deslocamentos b) ao estado de
forças
(a ) , tem-se, pelo
P.T.V. , que:
T O
e
X l
donde:
- R H fl - 3 .0 ,4 0 0
+ ' l . l , 200+ 1( -+ · 6 . 1 , 200 - + · . 8 . 0 , 4 0 0 ) = 0
A úl t ima parcela corresponde
à
in tegra l de A a t é D do
produto da função carga pela
função
deslocamento; sendo a
carga
constante e l a fo i posta em evidência , sobrando, e n t r e
parêntesis ,
a in tegra l
da
função
deslocamento.
Da
equação anter ior
é imediato obter :
Essa
mesma
i d é i
a é extremamente
ú t i l
para o cálculo de
l inhas de
inf luênc ia
de
esforços
em
e s t ru tu ra s
i so s tá t icas ,
obtendo-se
a
transformação de
um
problema to ta lmente
e s t á t i c o num problema to ta l
mente
geométr ico; o cálculo
de
l inhas de inf luência e o t ra tamento de cargas móveis
f i c a r ã o , e n t r etanto , à par te des ta
publ icação.
2. 3. 3. o Teorema j a
Reciprocid
a
de dos Trabalhos
ou Teorema
de
Bet t i
O
Teorema
de Be t t i é demonstrável d i re tamente a p a r t i r
do
P.T.V. , valendo para as mesmas hipóteses , usuai s
na
Está t ica
Cláss i c a, que impli c
am
na val idade da superposição
de efe i to s .
3 2
sendo
considerados
dois es tados
( a )
e b )
de
deslocamentos provocados por c arqas em e q u i l í b r io sobre uma
mesma
e s t ru tu ra
e lás t ica , com as c
ondi
ç
ões impl íc i tas de
que
o
e q u i l í b r io
se ja
considerado na posiçã
o
o r ig in a l
e
os
deslocamentos, apesar
de r e a i s , sejam l i near izávei s , o
Teorema
de Bet t i af i rma qu e :
0
t raba lho
T das
forças externas
do
es tado (a) c
om
a . b
os deslocamentos do es tado (b ) é
numericamente
igual
ao
t raba lho T
b , a
das
forças
externas
do es tado
(b ) c om os
deslocamentos
do
es tado (a ) .
Estando ambos
os
es tados ,
a)
e (
b)
, quando
pensados
como estados
de deslocamentos, nas mesmas
condições
do que
s e convencionou
chamar
de
es tados
de deslocamentos
v i r tu a i s ,
é viável
u t i l i z á - l o s
na
apl icação do
P.T. V• . Assim, sejam
os
es tados a) e b) os representados com
suas
cargas , seus
esforços in ternos e suas
deformações na
f ig . 2 .20 :
q
Mo -
d<lla
'
M
c1 _
0
EI
Mb
d<l> b
• M
ll
b E I
•h
·-
dub
ds
·
No
-
d o NoEs
Nb
-
Nb
ES
º
-
dv
0
1/
º
GS
l /b
..J. dvb
·
vbW
e s to do 1o
1
e• t
ad
o bl
Fi o 2.20 -
Es
to d o s l a l e l b l
33
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Impondo o es tado de deslocamentos (
b)
ao
estado
de
forças (a ) , tem-se, pelo
P.T.V., que:
T O
e X l
donde:
-RHEl-
3.0 ,400 + 5.1 ,200+1( - i - · 6 . 1 ,200 - - } - . a . 0 , 4 0 0 ) =o
A úl t ima
parc e l
a
cor responde à in tegra l
de A a té D
do
produto da
função ca
rga
pela
função
deslo
c
amento;
sendo a
carga constante e l a fo i
pos ta
em
evidência , sobrando, en t re
parên tés i s , a i n t e g r a l da
função
deslocamento.
Da equação
a n t e r i o r é
imediato obter :
RH =
6,800
t
Essa mesma i dé ia é
extremamente ú t i l para
o
cálcu lo
de
l inhas de
in f luência de esforços
em es t ru tu ras
i sos tá t icas ,
obtendo-se a t ransformação de
um
problema totalmente
e s t á t i c o
num
problema to talmente geométrico;
o
cá l cu lo
de
li nhas de
in f luência
e o t ratamento de cargas
móveis
f icarão ,
en t re t an to ,
à
par te des ta publ icação.
2 . J . 3 .
O
Teorema
j
Reciprocidade
dos
Trabalhos ou Teorema
de Bet t i
o Teorema
de Bet t i
é
demonstrável diretamente a par t i r
do P.T.V.,
valendo
para as
mesmas
hipó teses , usuais
na
Es tá t i ca
Cláss ica , que implicam
na
val idade
da superposição
de efe i tos .
32
Sendo
co nsiderados
doi s estados a )
e
b) de
deslocamentos provocados por c a r
gas em
equ i l íb r io sobre
uma
mesma es t ru tu ra
e l á s t i c a ,
com as condições impl íc i tas de
que
o
equ i l íb r io se j a
c
onsiderado na posição or ig ina l
e
os
des locamentos , apesa r
de
rea i s ,
sejam l i near i závei s , o
Teorema
de Bet t i af i rma que:
O t rabalho T das
forças externas do
estado (a) com
. b
os des locamentos do estado
b) é
numericamente igual
ao
t r abalho
T
das
fo rças
externas
do
estado b)
com
os
b ,•
deslocamentos do es t ado (a)
.
Estando ambos os
es t ados ,
a)
e
(b ) , quando pensados
como
estados
de deslocamentos, nas
mesmas
condições
do que
se convencionou chamar de es t ados
de
deslocamentos v i r t ua i s ,
é
viável
u t i l i z á - l os
na
ap l i cação do
P. T.
V. . Assi11 ,
sejam
o s es t ados a)
e
b) os representados com suas cargas, seus
es forços in ternos
e
suas deformações na f i g . 2.20 :
ds
No
-
du
0
• N
0
Es
e s todo Cal
• s
1
o
do 1b 1
F i 9 2 20 - E s
lo
d
os
1o 1 • 1b 1
33
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sendo
(a)
o e s
tado
de forças ,
desloc amentos , tem-se do
P.T.
V. :
e (b ) o estado de
T
·J
, b
e e
lr
e a l r
N . N
• b
ds
ES
+ J
e t r
cds
• • V
b S
2 • 2 9 )
s ·
endo
(
b
o e s tado
de
f o
rças ,
e (a) o estado
de
desloc amentos , tem-se , agora:
T -J
, •
V • v cds
b • GS
(2 .30)
•• t r
e l r e s t r
Das
expressões (2 .
29)
e (2 .
30),
como a
ord
e m
dos
fatores não al t era o
produto tem-se
o que s e queria
demonstr
a r , i s t o é ,
que:
T • T
a b b a
(2
.
31)
2.3.4 . o Teorema da Reciproc i dade dos Des
lo
c amentos ou
Teorema de Maxwell
O Teorema
de
Maxwell
pode
s e r
apresentad
o c o•o
um
mero
c
aso
par t icu la r
do
Teorema
de Bet t i
,
co
r r e spondente à
s i tuação em
que
ambos
os
es
tado
s de forças , ( a ) e (b) ,
cont•m,
cada
um deles , apenas uma força ex te rna uni t , r i a ,
de t ipos
eventualmente
d i f e rentes ; assim, c hamando de
(a)
a
direção
em que no
estado (a)
se . tem a
força
uni tá r ia e
de
(b) a direção em
que no
estado
(b)
se tem a força
uni t4r ia , o teorema afi rma
que:
O deslocamento c ,
• b
f o r
ça
uni tá r ia na d ire
çã
o
na direção ( a) , provoc
ado
pe 1 a
( b ) ,
é
numeri camen te i gua l
ao
34
des locame nto , na d i reção
(b) ,
provocad o pe l a fo r
ça
b , a
un i t á r i a na
direção
(a) .
A de mons t ração i mpl icar ia apenas em
par t
icula
r i zar
a
expre ssão
(2 .
31) ; ass i m:
l . ó
a , b
l . ó
b.
ou
:
. b
b ...
(2.32 )
35