introduÇÃo a administraÇÃo - cap. 3 – abordagem clássica da administração
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Teoria Geral da AdministraçãoTeoria Geral da Administração
Prof. Elvis MagnoProf. Elvis Magno
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: edição compacta. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.1 Origem da Abordagem Clássica. Duas origens diferentes:
1. Administração Científica desenvolvida nos EUA por Taylor. Ênfase na análise e na divisão do trabalho. é uma abordagem de baixo para cima (do operário para o gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o todo (organização da fábrica).
2. Corrente dos anatomistas e fisiologistas da organização, na França, com os trabalhos de Fayol. Preocupação em aumentar a eficiência por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da organização (departamentos). Daí a ênfase na anatomia (estrutura) e fisiologia (funcionamento) da organização. Abordagem de cima para baixo e do todo (organização) para as partes (departamento). Ênfase na estrutura é a principal característica.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.1 Origem da Abordagem Clássica.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.1 Origem da Abordagem Clássica. Dois fatores fundamentais para origem da Abordagem
Clássica da Administração:
1. Crescimento acelerado e desorganizado das empresas;
2. Necessidade de aumentar a eficiência e a competência das organizações.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.2 Administração Científica. Frederick Winslow Taylor (1856-1915), fundador da
Administração Científica, nasceu na Filadélfia, nos EUA. Veio de uma família de princípios rígidos e foi educado em uma mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança.
O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação do seu livro Shop Management (Administração de Oficinas), em 1903.
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3.2 Administração Científica. Seu livro aborda (1º período):
Técnicas de racionalização do trabalho,
Estudo de tempos e movimentos,
Minucioso trabalho de estudo das tarefas,
Proposta de melhores salários e redução de desperdícios na produção,
Aplicação de métodos científicos e processos padronizados nas operações,
Empregados devem ser treinados, e deve haver cooperação entre administração e trabalhadores.
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3.2 Administração Científica. Segundo Período de Taylor: publicação do livro Princípios
de Administração Científica (1911).
Para Taylor, as indústrias da sua época padeciam de três males, a saber:
VADIAGEM SISTÊMICA;
FALTA DE PROCESSOS E MÉTODOS; E
IGNORÂNCIA DA CHEFIA.
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3.2 Administração Científica. Para combater a vadiagem sistêmica, Taylor propôs
incentivos salariais e prêmios de produção.
Salários mensais ou semanais não incentivam o trabalho.
Salários por produção, incentivam o trabalho. Assim o funcionário que produz pouco também ganha pouco, mas por outro lado, o funcionário que produz muito recebe muito.
A produção individual até o nível de 100% de eficiência é remunerada pelo número de peças produzidas. Acima de 100% de eficiência, a remuneração por peça é acrescida de um prêmio de produção ou incentivo salarial adicional que aumentava à medida que se eleva a eficiência do operário.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.2 Administração Científica. Para combater a falta de processos e métodos, Taylor
propôs a padronização.
Padronização das maquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias-primas, componentes, a fim de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo e, daí, eliminar o desperdício e aumentar a eficiência.
A padronização passa a ser vital para a Administração Científica na melhoria da eficiência. A padronização conduz à simplificação na medida em que a uniformidade reduz a variabilidade e as exceções que complicam as coisas.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.2 Administração Científica. Para combater a ignorância da chefia, Taylor propôs a
supervisão funcional.
Levou o chefe até a produção, ensinou-os as tarefas processos operacionais.
Especializou os supervisores por áreas de atuação, assim como fora feito com os operários.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.2 Administração Científica. Advindo com a Administração Científica, surge o conceito
de Homo Economicus, isto é, o homem econômico.
Segundo esse conceito, todo homem é motivado somente por ganhos financeiros e materiais.
Ainda segundo esse conceito, o homem econômico é um empregado “limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado pela vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser controlado por meio da trabalho racionalizado e do tempo padrão” (p.39).
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.2 Administração Científica. A organização racional do trabalho baseia-se em:
Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos; Estudo da fadiga humana; Divisão do trabalho e especialização do operário; Desenho de cargos e salários; Incentivos salariais e prêmios de produção; Conceito de homo economicus; Condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto,
etc; Padronização de métodos e de máquinas; Supervisão funcional.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.2 Administração Científica. Os objetivos do estudo de tempos e movimentos foram:
Eliminação de todo o desperdício de esforço humano;
Adaptação dos operários à tarefa;
Treinamento dos operários;
Especialização do operário;
Estabelecimento de normas de execução do trabalho.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.2 Administração Científica. O estudo da fadiga humana tinha três finalidades:
Eliminar movimentos inúteis na execução de uma tarefa;
Executar (do ponto de vista fisiológico) os movimentos úteis com a maior economia de esforço e tempo;
Dar aos movimentos uma seriação apropriada e economia de movimentos.
A fadiga é considerada um redutor da eficiência. Para reduzir a fadiga, propôs-se alguns princípios de economia de movimentos relativos ao uso do corpo humano, ao arranjo material do local de trabalho e às ferramentas e equipamentos.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
3.2 Administração Científica. Uma das decorrência do estudo dos tempos e
movimentos foi a divisão do trabalho e a especialização do operário a fim de elevar sua produtividade.
Antes um operário desempenhava toda a tarefa de produção. Passou-se então a dividir as tarefas e vários operários desempenhavam partes da tarefa.
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Cap. 3 – Abordagem Clássica da AdministraçãoEstudo Caso 1:
João Salgado é gerente da fábrica de motores da BMZ. Sua responsabilidade é manter a fábrica funcionando
regularmente e com eficiência. João está preocupado, pois não consegue alcançar os
padrões alcançados pelas outras fábricas concorrentes, que atingem uma média de 10.000 motores anuais por empregado.
João está tentando melhorar a produtividade de sua fábrica, que não chega a alcançar 7.000 motores por ano por empregado.
O que fazer?
Henry Ford projetou o modelo de carro mais popular dos primeiros anos da indústria automobilística, o Modelo T (1908 - 1927), conhecido no Brasil como o ford-bigode.
Seus princípios:
Produtividade (máxima produção num período);
Intensificação (maior velocidade possível);
Economicidade (mínimo matéria-prima);
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Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
A política de Henry Ford se alicerçou na produção em massa, em série e em cadeia contínua; no pagamento de altos salários e na fixação de preços mínimos para os bens produzidos.
Cria a linha de montagem (1913): 1 carro a cada 84 minutos.
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Princípios da Produção em Massa:
Peças e componentes padronizados e intercambiáveis: Cada peça ou componente pode ser montado em qualquer sistema ou produto final. Para a padronização, Ford utilizou o mesmo sistema de calibragem para todas as peças. Procurou também, simplicidade, reduzindo o número de peças de seus produtos.
Especialização do trabalhador: O produto era dividido em partes e sua fabricação dividida em etapas. Cada operário tem uma tarefa fixa dentro de um processo pré- definido. Isto causa a especialização do trabalhador.
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Princípios da Produção em Massa:
A linha de montagem móvel: Ford desenvolveu uma planta dedicada a montagem final das peças, que continha plantas distintas de cada uma delas, que faziam parte de um processo produtivo comum. A linha de montagem móvel, onde os trabalhadores ficam parados e o produto desloca-se ao longo de um percurso. A imobilidade do trabalhador, o tempo do ciclo de montagem diminuiu.
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Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
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Origem da Abordagem Clássica.
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3.3 Teoria Clássica.• Os trabalhos de Henri Fayol foram sustentados por uma
base de quatro pés, são elas:
• O HOMEM;• A EMPRESA;• O ADMINISTRADOR; e• OS PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO.
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3.3 Teoria Clássica.Sua visão de homem era dividida em cinco partes:
O homem MENTAL (empatia, autocontrole, sociabilidade
autoconhecimento e capacidade de adaptação). O homem FÍSICO (capacidade de fazer e limites). O homem FORMAÇÃO (conhecimento do que fazer). O homem EXPERIÊNCIA (aplicação do conhecimento). E o homem MORAL (que é á vontade de fazer).
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3.3 Teoria Clássica. O administrador deveria ter a capacidade de aplicar o que ficou
conhecido por POC3, que é PLANEJAR, ORGANIZAR, COODERNAR, COMANDAR e CONTROLAR.
O PLANEJAMENTO encontrava-se em três esferas distintas, havia: O planejamento ESTRATÉGICO que era destinado à alta
administração da organização, consistia em traçar os objetivos a longo prazo.
O planejamento TÁTICO dedicado à média administração que é a busca de meios para se chegar aos objetivos.
E o planejamento OPERACIONAL da baixa gerência, que é a tomada de decisões cotidianas.
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3.3 Teoria Clássica.
Segundo Fayol, todo administrador começa com muita ênfase na técnica de trabalho e pouca administração, e no decorrer de seu desenvolvimento se torna mais administrador e pouco técnico.
O ORGANIZAR trata-se de montar o time/grupo, ver se vale a pena investir ou não, é desenvolver um sistema de forma correta e fazer a equipe andar.
COORDENAR é saber orientar as forças para um propósito comum, evitando que estas se divirjam.
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3.3 Teoria Clássica.
COMANDAR não é mandar, e mandar junto, saber a hora de andar e de parar, acelerar ou frear, é dar o início.
CONTROLAR é obter bons resultados e mantê-los.
Fayol também propôs 14 princípios básicos para a administração. Estes princípios são:
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1. DA HIERARQUIA OU CADEIA ESCALAR. É o que rege a relação de poder. Quem manda e quem obedece deve ser bem distinto.
2. DA REMUNERAÇÃO. É a relação de pagamento conforme o grau de responsabilidade. Quem decide mais, contribui mais, recebe mais.
3. PRINCÍPIO DA AUTORIDADE. Envolve o domínio dos recursos e a evidência da responsabilidade. Deve se lembrar que nunca se delega a responsabilidade, mas sim a autoridade.
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4. CENTRALIZAÇÃO. O administrador deve centralizar em si as informações, o poder e a técnica de trabalho. Ele coleta e sintetiza as informações.
5. ESPÍRITO DE EQUIPE. Diferentemente de trabalho em grupo (formação de “panelas”), o espírito de equipe requer uma união, requer que todos “vistam” a camisa da equipe.
6. PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE. Mesmo sem trabalho, as vezes vale a pena manter o funcionário.
Cap. 3 – Abordagem Clássica da Administração
7. INTERESSES PESSOAIS. É a subordinação dos interesses pessoais pelos interesses da empresa.
8. ORDEM. “Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar”. Isso implica no aumento da competência e otimização.
9. UNIDADE DE COMANDO. Obedecer a apenas um chefe, claro e distinto.
10. UNIDADE DE DIREÇÃO. Ter um só objetivo, uma meta comum.
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11. DIVISÃO DO TRABALHO. Cada um faz uma coisa não sobrecarregando um só.
12. DISCIPLINA. É a obediência dos regulamentos.
13. EQUIDADE. Sempre ter a mesma atitude para o mesmo tipo de fato. É ter justiça, igualdade, um peso e uma medida.
14. INICIATIVA. Dar o primeiro passo, comandar.
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Questões:
1) Qual a diferença entre o “homem formação” e o “homem físico” de Fayol?
2) O que significa o “O” na sigla POC3 de Fayol? Explique.
3) O Planejamento de Fayol se divide em três fases, quais são, e quais suas diferenças?
4) Escolha 5 dos 14 princípios de administração de Fayol e explique-os.