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PROCESSO TCM Nº 73194-10 - DENÚNCIA PREFEITURA MUNICIPAL DE IPIAÚ DENUNCIADO: Sr. DERALDINO ALVES DE ARAÚJO - Prefeito DENUNCIANTE: Sr. JOSÉ ANDRADE MENDONÇA - Vereador EXERCÍCIO FINANCEIRO: 2010 RELATOR: CONS. FERNANDO VITA RELATÓRIO Cuidam os autos de Denúncia apresentada pelo Sr. JOSÉ ANDRADE MENDONÇA, Vereador do Município de Ipiaú, contra o Sr. DERALDINO ALVES DE ARAÚJO, Prefeito daquela localidade, versando acerca de variegadas irregularidades, passando desde o pagamento de encargos (juros e multas) pela quitação com atraso de obrigações do Município, a problemas em licitações e despesas com aquisição de combustíveis e locação de veículos, dentre outros problemas elencados de forma pormenorizada na peça de incoação e reprisados no Relatório de Inspeção elaborado por Técnicos deste Tribunal . Em despacho proferido às fls. 343, solicitei a realização de inspeção “ in loco”, sendo nomeada Comissão para realização das diligências e verificações, cujo parecer conclusivo, foi apresentado às fls. 434 a 490. Por uma questão de economia processual, adoto como Relatório as informações contidas no cuidadoso trabalho de Inspeção realizado pelos Técnicos desta Corte , Srs. José de Araújo Freitas Neto e Jaíra Rocha da Silva , onde se lê: “(…) Nos termos do Ato n.º 163/2012 da Presidência do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, realizou-se inspeção na Prefeitura de IPIAÚ, deflagrada por denúncias do Presidente da Câmara Municipal, Sr. José Mendonça, contra o Prefeito, Sr. Deraldino Alves de Araújo, referentes às seguintes suposições: (…) 3.1 - Das despesas com juros e mora decorrentes de atrasos no pagamento de tarifas de água , telefonia, energia elétrica e INSS. Descreve o denunciante que, em maio de 2010, foram constatados 143 pagamentos de faturas totalizando R$3.924,59, resultando em prejuízo ao erário, em função do pagamento em atraso de tarifas de energia elétrica, de água e esgoto, de telefonia e de INSS. Prossegue afirmando que, entre janeiro e maio de 2010, a Prefeitura despendeu R$10.889,25 com juros e multas decorrentes de atrasos nos pagamentos de tarifas e obrigações.

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PROCESSO TCM Nº 73194-10 - DENÚNCIAPREFEITURA MUNICIPAL DE IPIAÚDENUNCIADO: Sr. DERALDINO ALVES DE ARAÚJO - PrefeitoDENUNCIANTE: Sr. JOSÉ ANDRADE MENDONÇA - VereadorEXERCÍCIO FINANCEIRO: 2010RELATOR: CONS. FERNANDO VITA

RELATÓRIO

Cuidam os autos de Denúncia apresentada pelo Sr. JOSÉ ANDRADE MENDONÇA, Vereador do Município de Ipiaú, contra o Sr. DERALDINO ALVES DE ARAÚJO, Prefeito daquela localidade, versando acerca de variegadas irregularidades, passando desde o pagamento de encargos (juros e multas) pela quitação com atraso de obrigações do Município, a problemas em licitações e despesas com aquisição de combustíveis e locação de veículos, dentre outros problemas elencados de forma pormenorizada na peça de incoação e reprisados no Relatório de Inspeção elaborado por Técnicos deste Tribunal.

Em despacho proferido às fls. 343, solicitei a realização de inspeção “ in loco”, sendo nomeada Comissão para realização das diligências e verificações, cujo parecer conclusivo, foi apresentado às fls. 434 a 490.

Por uma questão de economia processual, adoto como Relatório as informações contidas no cuidadoso trabalho de Inspeção realizado pelos Técnicos desta Corte , Srs. José de Araújo Freitas Neto e Jaíra Rocha da Silva, onde se lê:

“(…)

Nos termos do Ato n.º 163/2012 da Presidência do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, realizou-se inspeção na Prefeitura de IPIAÚ, deflagrada por denúncias do Presidente da Câmara Municipal, Sr. José Mendonça, contra o Prefeito, Sr. Deraldino Alves de Araújo, referentes às seguintes suposições:

(…)

3.1 - Das despesas com juros e mora decorrentes de atrasos no pagamento de tarifas de água , telefonia, energia elétrica e INSS.

Descreve o denunciante que, em maio de 2010, foram constatados 143 pagamentos de faturas totalizando R$3.924,59, resultando em prejuízo ao erário, em função do pagamento em atraso de tarifas de energia elétrica, de água e esgoto, de telefonia e de INSS. Prossegue afirmando que, entre janeiro e maio de 2010, a Prefeitura despendeu R$10.889,25 com juros e multas decorrentes de atrasos nos pagamentos de tarifas e obrigações.

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3.2 - Das despesas excessivas e sem controle com combustíveis e com taxa de administração do serviço.

O denunciante afirmou que em maio de 2010 foram gastos R$131.112,53 com a Family Cred, empresa que administra o consumo de combustíveis no município de Ipiaú, sem que existam relatórios de controle dos deslocamentos, dos consumos, dos veículos, nem dos combustíveis utilizados.

3.3 - Das despesas irregulares com coleta de lixo.

A denúncia relata que a prefeitura despendia mensalmente o mesmo valor de R$164.770,69 com coleta de lixo, capina e pintura de meios fios, sem que os processos de pagamento viessem acompanhados dos respectivos comprovantes de recolhimento das obrigações discriminadas nas Notas Fiscais, tampouco das certidões de regularidade perante o INSS e o FGTS. Descreve ainda que a prefeitura não tem condições de acompanhar o volume mensal de lixo recolhido, questionando a atuação do liquidante da despesa, o Secretário de Infraestrutura, Sr. Evandro de Jesus, quanto ao acompanhamento da execução dos serviços de recolhimento, capina e pintura de meios fios.

3.4 - Irregularidades nas Licitações Pregão Presencial nº 43/2009 e nº 42/2010

Remete a denúncia aos procedimentos licitatórios nº 043/09 e 042/10 relativos ao Registro de Preços para aquisição de material médico, hospitalar, penso (curativo), odontológico e medicamentos e para locação de veículos, respectivamente. Alega o denunciante que desconhece que a prefeitura disponha de sistema informatizado de registro de preços que permita controlar o fluxo dos produtos licitados. Questiona se os preços registrados são condizentes com aqueles praticados no mercado, a contratação para serviços continuados, a ausência de pesquisa ampla de mercado, a convocação da rádio FM Novo Ipiaú para licitar registro de preços voltados para locação de veículos e a ausência de Parecer Jurídico acerca dos Editais e dos Contratos firmados.

3.5 – Do pagamento de inscrições em cursos sem comprovação.

O denunciante informa que a Prefeitura pagou inscrições de Servidores em cursos sem que tenham sido identificados os beneficiários e sem que tenham sido realizadas as devidas formalidades legais.

Os cursos mencionados são os seguintes:

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a) O SIGA e o Controle Interno – prestado pela empresa ACOM e Mídia Assessoria de Comunicação Integrada - R$585,00;

b) SICONV – prestado pela empresa SIPPEL e Companhia Ltda. - R$390,00.

3.6 – Do fracionamento de despesa com merenda escolar.Afirma o denunciante que, entre 12 de abril e 17 de maio de 2010 a Prefeitura de Ipiaú despendeu R$12.080,00, divididos em diversos processos de pagamento, na aquisição de produtos alimentícios, sem licitação.

3.7– Das diárias e do pagamento irregular de despesa com hospedagem.Versa a denúncia sobre pagamento de R$926,10 referentes à passagem aérea Salvador x Brasília x Salvador, a taxa pelo serviço de atendimento VIP (very important person) e a hospedagem do Prefeito em hotel em Brasília, tendo recebido diárias para efetuar o deslocamento e a hospedagem.

3.8 – Das irregularidades na folha de pagamento da Prefeitura.Aponta a denúncia para o fato de que Servidores da Prefeitura estariam recebendo vantagens indevidas (gratificações e adicionais), não previstas no Estatuto dos Servidores do município de Ipiaú.

3.9 – Do Parecer pela rejeição das Contas do Conselho de Alimentação Escolar.Solicita o denunciante que seja analisado o Parecer de maio, referente à aplicação dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE.

3.10 – Do Parecer pela rejeição das Contas do FUNDEB.Idem, em relação ao item anterior.

3.11 – Da ausência do Parecer do Conselho Municipal de Saúde.Acusa o denunciante que os Pareceres do Conselho Municipal de Saúde relativos aos exercícios financeiros de 2009 e de 2010 não foram apresentados.

3.12 – Do Relatório de Controle Interno.Refere-se a acusação à ausência de informações no Relatório Mensal do Controle Interno, acusando-o de inepto e ineficiente ao não apontar as supostas irregularidades praticadas na Gestão.

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3.13 – Do gasto excessivo e sem controle com locação de veículos.De acordo com a acusação do denunciante, o município de Ipiaú despendeu entre março e maio de 2010, R$360.092,07 em despesas com locação de veículos, solicitando justificativas sobre o volume das contrações, considerado excessivo.

3.14 – Do descontrole na concessão de diárias.Afirma o acusador que a concessão de diárias não conta com qualquer controle efetivo, com prestações de contas irregulares, estando desacompanhadas de comprovantes de deslocamentos, certificados ou relatórios de atividades.

3.15 – Da falta de controle sobre o consumo de água, luz e telefonia.O denunciante relata que o município de Ipiaú despende elevada soma em consumo de água, energia elétrica e telefonia, afirmando que não existe qualquer controle sobre esses gastos, configurando desperdício de recursos públicos.

3.16 – Das despesas imoderadas do Prefeito quando da locação de veículo em março, em abril e em maio de 2010.Acusa o denunciante que o Prefeito utiliza veículo tipo Caminhonete L200 Triton 3.2 D, cabine dupla, câmbio automático, equipada com bancos de couro, cd player, tração 4x4, ar condicionado, air bag duplo, direção hidráulica, vidros e retrovisores elétricos, locado junto à Freesol Turismo e Locação de Veículos Ltda. por R$57.000,00 globais, solicitando que o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia analise a despesa no que se refere à razoabilidade e à economicidade.

3.17 – Das irregularidades na Licitação Convite nº 06/2010.Relata o denunciante que a Prefeitura instalou Licitação na modalidade Carta Convite para realização de serviços topográficos sem que tenha sido exigido dos participantes o registro no Conselho correspondente, bem como aponta a ausência de documentação por parte de um dos participantes do certame, a empresa Barro Forte Ltda.

3.18 – Das irregularidades no Processo de Inexigibilidade nº 07/2010 para aquisição de livros do Programa EJA.Segundo o acusador, em maio de 2010 foram adquiridos livros do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) através de inexigibilidade de licitação, fundamentada no inciso I, artigo 25 da Lei Federal nº 8.666/93. Questiona então, o fato de existirem incontáveis fornecedores dos livros indicados para o Programa; a compatibilidade dos preços pagos com aqueles praticados pelo mercado; a ausência de projeto básico ou termo de referência, bem como o orçamento detalhado, as quantidades adquiridas em função da estimativa de consumo e utilização prováveis e as condições de fornecimento e de controle. Por

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fim, questiona ainda o oferecimento por parte da empresa fornecedora de 15 computadores à Prefeitura, sem que se tenha notícia do paradeiro de tais equipamentos. (...)”

Acrescento, ainda, que em atendimento ao quanto disposto no inciso LV, do artigo 5º, da vigente Constituição Federal, foi efetivada a notificação do Sr. Gestor, para apresentar justificativas e/ou esclarecimentos quanto aos fatos, o que restou realizado através do Edital nº 131 publicado no Diário Oficial do Estado de 17 de junho de 2011, restando-lhe concedido prazo de 20 (vinte) dias para manifestação.

Atendendo ao chamado da Corte, compareceu o Sr. Gestor e apresentou, de forma tempestiva, através do expediente protocolado sob o nº 09663-11 as razões de defesa e justificativas que julga necessárias para os fatos denunciados, instruindo a manifestação com diversos documentos.

Em sua defesa, destaca o caráter político da Denúncia, rebatendo todos os aspectos da Delação, cada um de per si.

Justifica o gasto de despesas com juros e multas por atraso de pagamentos, ao fato de que as faturas chegavam à Prefeitura com atraso, contudo, ressalta que “(...) todas as providencias foram tomadas para erradicar o pagamento (…)”, e ainda, informa que irá devolver “(...) ao erário os valores despendidos a título de juros e multas nos meses de Janeiro a Maio, no valor total de R$ 10.889,25 (...)”.

No que tange ao gasto excessivo com combustíveis, elencou diversos serviços prestados pela Prefeitura, os quais justificam o excessivo montante despendido. Ressalta ainda, a viabilidade do serviço prestado pela empresa Family Cred, tendo em vista a diversidade de postos de combustíveis conveniados.

Realça a previsão disposta no art. 71 da Lei de Licitações, a fim de defender-se quanto à suposta alegação de ausência de pagamentos dos encargos sociais e trabalhistas advindo da inadimplência da contratada – AVP CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES – em relação aos seus empregados.

Elucida que “(...) não assiste razão o requerimento do denunciado para que a administração apresente o controle de pesagem do lixo, vez que como mencionado não fora objeto da licitação (valor x tonelada de lixo recolhido) (...)”.

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Aduz que, muito embora a Municipalidade não detenha um sistema informatizado de registro de preços, há o efetivo controle pelo Município nos termos do art. 1º, IV, c/c art. 4º, parágrafo 2º do Decreto Municipal n° 152/2009.

Em relação ao pagamento de inscrições para eventos sem a devida comprovação, colaciona documentos a fim de comprovar a efetiva participação.

Defende, ainda, dentre outras considerações, a ausência de fragmentação de despesas por parte da Administração Municipal, bem como a legalidade no pagamento na folha de pagamento da Prefeitura.

Expõe que no que diz respeito à ausência de relatório de controle interno da Prefeitura, a “(...) denúncia baseia-se única e exclusivamente em impressões pessoais do denunciante (...), impressões estas sem qualquer arrimo legal (...)”.

Informa que os recursos repassados pela União não podem ser julgados pela presente Corte de Contas, vez que extrapola os limites de nossa competência.

Esclarece que o excessivo gasto referentes à locação de veículos, se deu face a concentração de pagamentos dos meses de março e abril no mês de maio. Além disso, aduz que “(...) que quase 85% (oitenta e cinco por cento) dos pagamentos com locação são provenientes de transporte escolar (…)”, sendo “(…) os outros 15% (quinze por cento) referem-se à locação de carros para servir ao gabinete e as demais secretarias (...)”.

Menciona, mais uma vez, a ausência de comprovação fática nas alegações colacionadas pelo denunciante, tendo em vista a inexistência de elementos hábeis a sustentar as supostas irregularidades relacionadas ao consumo excessivo de água, luz e telefone na Prefeitura.

Quanto ao gasto despendido com a concessão de diárias, alega que “(...) as diárias tiveram finalidade pública na medida em que foram destinadas às pessoas que estavam tratando de serviços ligados à coletividade, não havendo prejuízo ao erário que justifique qualquer tipo de denúncia (...)”.

Justifica a utilização de veículo de “luxo”, tendo em vista a distância percorrida em estradas vicinais próximas ao Município, bem como as condições precárias das mesmas.

Por fim, informa inexistir irregularidades no Convite 06/10, bem como nos Processos de Inexigibilidade n° 007/2010, vez que se deu conforme o disposto na Lei de Licitações.

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Garantindo-se o princípio constitucional da ampla defesa, foi notificado o Gestor, através do DOE (Edital nº 209), para que se manifestasse a respeito da conclusão dos trabalhos de campo realizados pela Comissão designada por este Tribunal, o que não restou atendido.

Estando o feito em ordem, sem a necessidade de novas diligências, passo a proferir o voto na forma a seguir delineada.

VOTO

Considerando o aprofundado exame da matéria debatida nos autos, louvar-me-ei do Relatório de Inspeção para embasar o entendimento firmado neste expediente, donde se extrai a seguinte conclusão:

“(...)

4 - DAS CONSTATAÇÕES

4.1 – DAS DESPESAS COM JUROS E MORA DECORRENTES DE ATRASOS NOS PAGAMENTOS DE TARIFAS DE ÁGUA, TELEFONIA, ENERGIA ELÉTRICA E INSS.

Dos processos de pagamento solicitados mediante Ofício nº 01 (fls. 426 a 429), entregues no ato da inspeção e anexados aos volumes III e IV dos autos, constataram-se despesas totalizando R$4.051,94 apenas em maio, decorrentes de multas e juros por atraso no pagamento de tarifas de energia elétrica, de água e esgoto, de telefonia e de obrigações não quitadas junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, além de cobranças de taxas de religação, relativas a diversos meses dos exercícios de 2009 (agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro) e de 2010 (janeiro, fevereiro, março e abril), cobradas e pagas nas faturas de maio de 2010, conforme se discrimina no quadro a seguir. (...)

Em que pese tenha sido constatada a procedência das acusações, tal situação já havia sido objeto de apontamento quando da análise da Prestação de Contas anual do exercício de 2010, sendo determinado ao Gestor, no Parecer Prévio nº 847-11 , transcrito parcialmente a seguir, a devolução de valores pagos a título de multas e juros decorrentes de atrasos nos pagamentos naquele exercício.

Parecer Prévio nº 874/11(…)

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PAGAMENTOS DE JUROS E MULTAS – Aponta o Relatório Anual o injustificável pagamento da quantia de R$6.540,25 (março R$1.470,14; abril R$2.204,95; maio R$1.957,37; junho R$605,72 e julho R$302,07), referente a multas e juros por atraso no recolhimento de parcelas do INSS e contas de consumo de telefones, água e energia.Convém acrescer que se trata de despesa de caráter continuado. Assim sendo, deverá o gestor indenizar ao erário desse injustificável dispêndio, devidamente atualizado e acrescido de juros de mora. (…)

Salienta-se que a Prefeitura Municipal informou, no ato dessa inspeção, que atualmente realiza pagamentos de obrigações relativas a tarifas de água e esgoto, energia elétrica, telefonias fixa e móvel e encargos de INSS mediante débito em conta corrente, a fim de sanar as falhas apontadas na denúncia.

4.2 - DAS DESPESAS EXCESSIVAS E SEM CONTROLE COM COMBUSTÍVEIS E COM TAXA DE ADMINISTRAÇÃO DO SERVIÇO.

4.2.1 – Das despesas com combustíveis.Para averiguação da veracidade da denúncia, foi solicitada a relação de todos os veículos utilizados pela Prefeitura, acompanhada das respectivas planilhas de controle de trajeto e do consumo dos combustíveis, bem como o Processo Licitatório correspondente e todos os Processos de Pagamento efetuados à Family Cred de janeiro a maio de 2010 (meses de referência de denúncia).

Foram então entregues demonstrativos mensais registrando as previsões de consumo dos veículos, os tipos de combustível, o consumo médio e o valor a ser despendido mensalmente (folhas 628/629/630, 644/645/646, 694/695, 740/741/742 e 786/787 - volume V), os Processos de Pagamento respectivos volumes VI e VII) e o procedimento licitatório correspondente (volume VIII).

Dessa documentação, constatou-se que, enquanto a previsão de consumo da Prefeitura para o período foi de R$442.459,26, foram despendidos R$455.171,96 entre janeiro e maio de 2010, suplantando a previsão em R$12.712,70, conforme se discrimina no quadro a seguir. (…)

A informação obtida junto a prepostos da Prefeitura foi de que, à época da denúncia, não havia um controle efetivo do consumo de combustíveis em função da grande quantidade de veículos pertencentes e a serviço do município, contudo o consumo seria controlado em função de que cada

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veículo era abastecido apenas com o volume de combustível necessário para seu deslocamento.

Ademais, foi informado que a contratação da distribuidora Family Cred visou facilitar a aquisição de combustível pela administração, em virtude de possuir ela vários postos conveniados e que a aquisição de combustível objetiva o transporte de estudantes, atendimento a pacientes fora do município, funcionamento da parte administrativa e assistência à Polícia Militar, mediante convênio, além de realização de atividades de cunho social (assistência ao conselho tutelar e aos munícipes), o que, por esse motivo, torna difícil o controle do consumo.

Das informações, constatou-se que o volume de combustível utilizado até maio de 2010 suplantou a previsão do município em R$12.712,70, ratificando aquilo que fora denunciado, em função da precariedade no controle devido à ausência de planilhas específicas discriminando as utilizações dos veículos, os motoristas responsáveis, os trajetos e quilometragens percorridas, os volumes consumidos e os tipos de combustíveis utilizados.

4.2.3 – Das despesas com a Family Cred – Soluções e Serviços Ltda.

No que diz respeito ao contrato com a Family Cred constatou-se que a empresa participou e venceu o certame licitatório na modalidade Pregão Presencial, nº 018/2009, com o fito de gerenciar o abastecimento de combustíveis da frota de máquinas e veículos da Prefeitura de Ipiaú, sob o critério de menor preço da taxa de administração.

Adjudicado o certame, foi contratada a única concorrente, a empresa supracitada, sendo celebrado o contrato nº 129/2009 (fls. 1456 a 1461 - volume VIII), o qual estipulou que tal gerenciamento envolvia a implantação e operação de sistema informatizado, via internet e celular, para aquisição de combustíveis e derivados para as máquinas e veículos automotores da frota própria e locada da Prefeitura.

Da análise deste processo licitatório, de acordo com a documentação fornecida, constatou-se a ausência de levantamento sobre qual seria o volume de combustível suficiente para suprir as necessidades da Prefeitura. O valor estipulado da despesa foi de R$420.000,00, com taxa de administração de 4% (R$16.800,00), totalizando dispêndio de R$436.800,00, com vigência inicial entre de 18 de junho a 31 de dezembro de 2009, prorrogado de 04 de janeiro a 30 de junho de 2010 (meses que são objeto dessa apuração), conforme Termo Aditivo ao Contrato nº 129/2009 (fls. 1361/1362 – volume VIII). Diante disso, constata-se que o dispêndio mensal da prefeitura com combustíveis previsto seria de R$70.000,00, contudo conforme se observou no quadro

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anterior, em janeiro, fevereiro, março e maio de 2010, a despesa real suplantou aquela estimada pela Prefeitura, ratificando o apontamento, no que se refere ao descontrole no consumo de combustíveis.

Ademais, considerando-se que o contrato com a supracitada empresa previa que a taxa de administração seria de 4% sobre o consumo de combustíveis, infere-se que, quanto maior o consumo, maior seria o ganho da Family Cred, inferindo-se que não há interesse por parte da contratada em manter um controle restrito e efetivo sobre o consumo pois tal procedimento acarreta redução de sua receita.

4.3 – DAS DESPESAS IRREGULARES COM COLETA DE LIXO.

A fim de averiguar a veracidade das acusações, foram solicitados e entregues os seguintes documentos, os quais foram acostados aos volumes IX, X e XI dos autos.

a) procedimento licitatório relativo à contratação da AVP Construções e Incorporações Ltda.;

b) contrato celebrado entre a prefeitura e a AVP Construções e Incorporações Ltda.;

c) processos de pagamento relativos a janeiro, fevereiro, março, abril e maio, relacionados à AVP Construções e Incorporações Ltda.;

d) comprovantes dos recolhimentos das obrigações trabalhistas e previdenciárias.

Da documentação entregue, constatou-se a ausência dos seguintes comprovantes, corroborando o que havia sido denunciado:

a) comprovações de regularidade junto ao INSS e ao FGTS atreladas aos processos de pagamento. Ressalta-se que, embora a AVP Construções e Incorporações Ltda. tenha apresentado, quando do início do certame licitatório, os comprovantes de regularidade fiscal exigidos pelo artigo 27, inciso IV da Lei de Licitações, não há com se atestar que, no decorrer do contrato, a empresa supracitada ainda reunia as condições necessárias para prestar serviço junto a Administração Pública Municipal, conforme determinam o artigo 195, § 3º da Constituição Federal e o artigo 55, XIII da Lei Federal nº 8.666/93.

b) comprovantes de que efetivamente teriam sido recolhidas as obrigações discriminadas nas Notas Fiscais referentes ao Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF (R14.042,95) e Imposto sobre Serviços – ISS (R$46.809,85).

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No que tange ao volume de lixo recolhido, o Sr. Evandro de Jesus, Secretário de Infraestrutura e liquidante da despesa, afirmou em entrevista acostada à fl. 430 dos autos que a prefeitura não possuía balança específica para efetuar tal controle, porém a pesagem era executada esporadicamente em balanças de empresas privadas e o volume sempre suplantava aquele estipulado em contrato, o que gerava descontentamento e reclamações por parte da prestadora do serviço. Afirmou ainda que o processo licitatório estipulou o volume de lixo a ser recolhido pela contratada mediante levantamento da média histórica e cálculos baseados em índices determinados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, acostados entre as fls. 129 e 133 - volume I.

Salienta-se que a AVP não mais possui vínculo contratual com a Prefeitura e sua sede se localiza no município de Vila Velha – ES, não se encontrando no município de Ipiaú qualquer equipamento ou funcionário que pudesse prestar esclarecimentos acerca da denúncia.

Sua sede anterior, localizada à Rua São Roque, nº 141, conforme se registrou na fotografia a seguir, foi desativada, funcionando hoje como residência.

(…)

Em função do tempo transcorrido entre a denúncia e essa inspeção e devido ao fato de que a AVP Construções e Incorporações Ltda. não mais presta serviços à prefeitura, nem possui sede no município, não foi possível se atestar a veracidade da denúncia no que tange ao cumprimento do contrato, em que pese tenha sido constatada a inexistência de pesagem do volume de lixo recolhido, contudo pôde ser observado que, atualmente, o município se apresenta com bom aspecto, com ruas, feira e praças, tanto centrais como periféricas limpas e capinadas.

4.4 - DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS.

Em função das denúncias especificadas no item 3.4 desse relatório, foram solicitados e entregues os procedimentos licitatórios nº 043/2009 e 042/2010 para que fosse averiguada a veracidade das denúncias.

4.4.1 – Dos pregões presenciais nº 043/2009 e nº 042/2010.Em 30 de dezembro de 2009 teve início o Processo Administrativo nº 189/2010 voltado para a licitação na modalidade Pregão Presencial objetivando o Registro de Preços para aquisição de material médico, hospitalar, penso (curativo), odontológico e medicamentos pelo período de 12 meses.

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Em 01 de abril de 2010 foi deflagrado o Processo Administrativo nº 080/2010 voltado para a licitação na modalidade Pregão Presencial objetivando o Registro de Preços para locação de veículo para prover demandas de várias Secretarias do município.

Esses procedimentos resultaram nas denúncias anteriormente listadas, constatando-se o que segue.

4.4.1.1 – Da ausência do sistema informatizado do registro de preços.

Constatou-se nessa inspeção que, de fato, o município de Ipiaú não possuía, à época da acusação, sistema informatizado de registro de preços.

Embora seja ponto pacífico que um controle informatizado permite o melhor controle dos saldos, bem como das necessidades da Administração, facilitando o fluxo de aquisição e utilização dos produtos a serem utilizados, principalmente em um município do porte de Ipiaú, tal exigência não é contemplada no Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, o qual regulamenta o disposto no artigo 15 da Lei Federal nº 8.666/93.

4.4.1.2 – Da ausência de identificação de Servidor responsável pelo

gerenciamento da Ata e do Contrato.

Em que pese o Decreto Municipal nº 4.152, de 29 de dezembro de 2009, (fls. 2406 a 2413 - volume XII) explicite em seu artigo 1º, § único, inciso III, que a Comissão Permanente de Licitação seria a responsável por gerir os procedimentos do certame, de fato, não constam dos procedimentos licitatórios em questão, as especificações de quem seriam os Servidores designados para gerir as Atas e os Contratos, conforme determina o artigo 3º, § 4º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, transcrito a seguir.

Art. 3º A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência ou de pregão, do tipo menor preço, nos termos das Leis nº 8.666, de 21 de julho de 1993, e nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado.(Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

(…)

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§ 4º Cabe ao órgão participante indicar o gestor do contrato, ao qual, além das atribuições previstas no art. 67 da Lei nº 8.666, de 1993, compete: (…)

4.4.1.3 – Da ausência de ampla pesquisa de mercado.

O inciso IV, § 2º, artigo 3º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, transcrito a seguir, determina de que deve ser realizada pesquisa de mercado com vistas à identificação dos valores a serem licitados, fato que não foi observado em nenhum dos procedimentos licitatórios em questão.

Art. 3º A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência ou de pregão, do tipo menor preço, nos termos das Leis nº 8.666, de 21 de julho de 1993, e nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado.(Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

(...)

§ 2º Caberá ao órgão gerenciador a prática de todos os atos de controle e administração do SRP, e ainda o seguinte:

(...)

IV - realizar a necessária pesquisa de mercado com vistas à identificação dos valores a serem licitados;

(...)

4.4.1.4 – Da aplicação do Sistema de Registro de Preços para

contratação de serviços continuados como locação de veículos.

O Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, que regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no artigo 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, determina:

Art. 1º As contratações de serviços e a aquisição de bens, quando efetuadas pelo Sistema de Registro de Preços, no âmbito da Administração Federal direta, autárquica e fundacional, fundos especiais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas, direta ou indiretamente pela União, obedecerão ao disposto neste Decreto.(Redação dada pelo Decreto nº 4.342, de 23.8.2002)

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Art. 2º Será adotado, preferencialmente, o SRP nas seguintes hipóteses:

I- quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes;

II- quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o desempenho de suas atribuições;

III- quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; e

IV- quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração.

(…)

Considerando-se que a locação de veículos se insere naquilo que contemplam os artigos transcritos, constata-se que, salvo outro entendimento, não procede a alegação do denunciante quanto à irregularidade na contratação de serviços continuados com locação de veículos.

4.4.1.5 – Da aceitação dos valores propostos

Em que pese o denunciante afirme que não teria ocorrido seção (sic) de lances nos certames em questão, tal afirmativa não procede, pois, de acordo com as Atas de Registro de Preços, anexadas respectivamente entre as fls. 2517 e 2518 do volume XII (PP nº 042/2009) e 3031 e 3035 do volume XIV (PP nº 043/2010), há o indicativo de que teriam ocorrido as seções denunciadas como ausentes.

4.4.1.6 – Da convocação da Rádio FM Rio Novo Ipiaú para licitar.

Entre as fases da licitação, está a habilitação, quando se exige dos interessados documentação relativa a habilitação jurídica; qualificação técnica; qualificação econômico-financeira; regularidade fiscal e comprovação de proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, cabendo à Administração Pública constatar se os licitantes cumprem tais exigências.

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Da análise do procedimento licitatório em questão, observou-se que a empresa FM Rio Novo Ipiaú efetivamente recebeu o Edital, ratificando o que foi denunciado, encontrando-se à fl. 2459 do volume XII o respectivo Recibo de retirada, porém não houve prosseguimento de sua participação no certame.

Considerando-se que não há impeditivo legal para que qualquer empresa adquira o Edital e que, de acordo com os autos, a FM Rio Novo Ipiaú sequer prosseguiu participando do certame, salvo outro entendimento, não há caracterização de qualquer irregularidade.

4.4.1.7 – Da ausência de manifestação do Setor Jurídico da Prefeitura acerca da regularidade dos Editais e dos Contratos firmados.Da análise dos processos licitatórios em questão, constatou-se que não procede a acusação em função de que, diferentemente do que se denuncia, se encontram acostados aos autos os opinativos acerca da regularidade dos procedimentos, atestados pela Sra. Vitória Cordeiro – Assessora Jurídica da Prefeitura de Ipiaú.

4.4.1.8 – Outras ausências constatadas nos processos licitatórios.

Da análise desses processos, além daquelas supracitadas, emanadas da denúncia, constataram-se ainda as seguintes omissões:

a) indicativo de que teria sido dada publicidade, mensalmente, em órgãos de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público à relação de todas as compras feitas pela Administração Direta, na forma determinada pelo artigo 16 da Lei Federal nº 8.666/93; b) consolidação de todas as informações relativas à estimativa individual e total de consumo, conforme exige o inciso II, § 2º, artigo 3º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001;

c) comprovação de que foram formalizados os atos necessários à instrução processual para a realização do procedimento licitatório, de acordo com o que determina o inciso III, § 2º, artigo 3º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001;

d) comprovação de que teria havido a confirmação junto ao órgão participante da sua concordância com os objetos a serem licitados, inclusive quanto aos quantitativos e projeto básico, de acordo com exigência contida no inciso V, § 2º, artigo 3º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001;

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f) comprovação de que teria sido encaminhada cópia da Ata de Registro de Preço aos demais órgãos participantes, de acordo com o que determina inciso VI, § 2º, artigo 3º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001.

4.5 – DO PAGAMENTO DE INSCRIÇÕES EM CURSOS SEM COMPROVAÇÃO.

Em função das denúncias especificadas no item 3.5 desse relatório, foram solicitados e entregues os documentos relacionados às despesas com os cursos discriminados a seguir, constatando-se o que segue:

a) O SIGA e o Controle Interno – ACOM e Mídia Assessoria de Comunicação Integrada – R$585,00;

b) SICONV – SIPPEL e Companhia Ltda. - R$390,00.

4.5.1 – Da ausência de processo específico de inexigibilidade para acorrer à despesa.

Em que pese a Lei Federal nº 8.666/93, em seu artigo 25, inciso II, transcrito a seguir, justifique a inexigibilidade no caso específico das despesas supracitadas, não foi entregue qualquer documento justificativo que atestasse a notória especialização das empresas prestadoras dos serviços.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

(...)

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

(…)

4.5.1.2 – Da ausência de pedido, justificativas e finalidades.

Idem com relação ao subitem anterior

4.5.1.3 – Da ausência de identificação dos Servidores beneficiados.No ato dessa inspeção constatou-se que não procede a alegação do denunciante em função de terem sido identificados os beneficiados, Sr.

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Albérico Moreira Santana (SICONV) e Sr. Paulo César Santos (ACOM), sendo inclusive apresentados os originais dos Certificados de conclusão (fl. 3116 – volume XV) e do Atestado de frequência (fl. 420 – volume II).

4.5.1.4 – Da ausência de divulgação dos cursos.A documentação apresentada vem desacompanhada de tais acessórios informados pelo denunciante.

4.5.1.5 – Da ausência de avaliação jurídica e de publicação do Ato de inexigibilidade.Idem, em relação ao subitem anterior.

4.5.1.6 – Da ausência de Certificados de regularidade perante o FGTS e o INSS.

Idem, em relação ao subitem anterior.4.5.1.7 – Da ausência de relatórios e/ou certificados comprovando a realização dos cursos.

Embora nenhum relatório tenha sido apresentado, descaracteriza-se a acusação em função da apresentação dos Certificados de Conclusão, conforme já mencionado no subitem 5.1.3 desse relatório.

4.6 – DO FRACIONAMENTO DE DESPESA COM MERENDA ESCOLAR VISANDO A FUGA AO PROCESSO LICITATÓRIO

Foram solicitados e entregues todos os processos de pagamento, relacionados a seguir, referentes à merenda escolar, pagos em abril e maio de 2010, meses a que se refere a denúncia, porém desacompanhados dos respectivos procedimentos licitatórios que teriam dado suporte às aquisições. (…)

Em contato posterior com o Sr. Kaio Brito – Assessor Jurídico da Prefeitura de Ipiaú, foram solicitados os procedimentos licitatórios relativos às despesas em questão, tendo este se comprometido a encaminhar à sede deste Tribunal a documentação aludida, entretanto até a presente data de encerramento deste relatório, nada foi apresentado.

Considerando-se que nenhum processo licitatório foi apresentado e que estes não compõem os processos de pagamento analisados, há indícios de que teria ocorrido a fragmentação de despesa visando a fuga ao processo licitatório, em função da aquisição de R$12.080,80 em gêneros alimentícios voltados para a merenda escolar em fornecedor único, procedimento vedado pelo artigo 24, II da Lei Federal nº 8.666/93, transcrito a seguir.

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Art. 24. É dispensável a licitação:(...)II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

4.7 – DAS DIÁRIAS E DO PAGAMENTO IRREGULAR COM DESPESA DE HOSPEDAGEM

De acordo com a documentação levantada na Prefeitura quando dessa inspeção, constatou-se que, em 17/05/2010, foram pagos R$2.501,64 ao Prefeito, Sr. Deraldino Alves de Araújo, a título de diárias para custear viagem à Capital Federal a fim de participar da XIII marcha em defesa dos municípios e à Capital Estadual para tratar de assuntos na Secretaria de Agricultura. Da mesma forma, constatou-se que efetivamente ocorreu a despesa de R$1.729,14 paga em 06/05/2010, referente a traslado, tratamento VIP e hospedagem do Prefeito, quando do deslocamento para Brasília sob a justificativa de tratar de assuntos do interesse do município.

Considerando-se que o artigo 1º da Lei Municipal nº 1.735/2001 (fls. 3460 a 3462 - volume XVI) estabelece que os Servidores Públicos civis e os Agentes Políticos da Administração Direta que, em caráter eventual ou transitório, e no interesse do serviço, se deslocarem da sede onde têm exercício para outro ponto do território nacional ou para o exterior, farão jus, além do transporte, à percepção de diárias, para atender às despesas com alimentação e hospedagem, constatou-se que as despesas com hospedagem, totalizando R$926,10, conforme processo de pagamento nº 2249 (fls. 3515 a 3520 - volume XVI) são irregulares.

4.8 – DAS IRREGULARIDADES NA FOLHA DE PAGAMENTO DA PREFEITURA.

Para verificação da pertinência da denúncia, foram solicitados o Estatuto dos Servidores Públicos de Ipiaú (Lei Complementar nº 1.856/2007); a Lei Municipal nº 1.732/2001, que institui a gratificação pelo regime de tempo integral e dedicação exclusiva na Administração Pública de Ipiaú; o Decreto Municipal nº 3.715/2001, que regulamenta determinações da Lei Municipal nº 1.732/2001 e as folhas de pagamento dos Servidores envolvidos na denúncia, documentação acostada entre as fls. 3521 e 4657 (volumes XVI e XVII).

O denunciante relata as seguintes irregularidades nos pagamentos aos Servidores Municipais:

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Nome Vínculo Irregularidade

apontadaRogério Pereira dos Santos Diretor da Procuradoria

JurídicaGratificação de 80% não prevista em Lei

Victória Cordeiro de Andrade Santana

Assessora Jurídica Gratificação de 80% não prevista em Lei

Jairo José Correia Lima Diretor de Desenvolvimento Urbano

Gratificação de 68% não prevista em Lei

Marcelo Reis Santos Assistente Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 50%

Rosália Machado de Santana

Agente Administrativo Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 42%

Agnaldo Novais dos Santos Servente de Obras Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 40%

Jean Miranda Santos Enfermeiro Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 80%

Joelma de Oliveira Santos Auxiliar de Serviços Gerais

Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 30%

Linkerly Adorno Porto Rocha

Enfermeiro Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 80%

Loana Maria da Silva Barros

Médica Ginecologista Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 80%

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Norma Sueli Gomes Menezes

Enfermeira Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 80%

Sueli Marques Louzada Dentista Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 80%

Tânia Conceição Vidal Amparo

Enfermeira Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 30%

Thiago Miranda dos Santos Dentista Servidor temporário exercendo função privativa de Servidor efetivo recebendo gratificação de 80%

Carlos Alberto Perreira Fraga

Agente Administrativo Gratificação de 100% não prevista em Lei

Eliana Ferrari de Souza Agente Administrativo Gratificação de 100% não prevista em Lei

Gildásio Gonçalves da Silva Datilógrafo Gratificação de 100% não prevista em Lei

Marízia Moreira Gomes Agente Administrativa Gratificação de 70% não prevista em Lei

Adalgisa Soares Macedo Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Adnéia Ferreira Santos Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Alba Regina Monteiro de Jesus

Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Aline Ramos Mendes Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Ana Lúcia dos Santos Martins

Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Ana Lúcia Rodrigues dos Santos

Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Anatália Santos da Paixão Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Cleudes Santos Souza Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

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Edina Pereira Gomes Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Eliel Morais dos Santos Filho

Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Geneilton Santos Lima Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Gildete Pereira dos Santos Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Irenilma Silva de Oliveira Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Jair Alves Souza Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Lindomar Ramos Bidu Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Maria de Lourdes da Exaltação

Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Naiara Souza Vieira Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Rosana Macedo Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Sílvia Maria Alves dos Santos

Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Vagner Santos Silva Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Zenilda Silva Santos Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Alexsandro Brandão Gouveia

Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Edézio Pereira de Oliveira Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Paulo Souza Santos Agente Comunitário de Saúde

Gratificação de 20% não prevista em Lei

Carlos Pereira dos Santos Eletricista Adicional de Periculosidade não previsto em Lei

Evanildo Moraes Pereira Auxiliar de Serviços Gerais

Adicional de Periculosidade não previsto em Lei

Rosália Machado de Santana

Agente Administrativo Adicional de Insalubridade não previsto em Lei

Agnaldo Novais dos Santos Servente de Obras Adicional de Insalubridade não

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previsto em LeiJosé Aílton de Jesus Fiscal de Estradas Adicional de

Insalubridade não previsto em Lei

De acordo com a Legislação Municipal anexada entre as fls. 3521 e 3596 do volume XVI, pôde-se constatar que não procedem as seguintes acusações referentes aos seguintes Servidores.

Nome Vínculo JustificativaRogério Pereira dos Santos Diretor da

Procuradoria JurídicaRecebe gratificação de 80% prevista no artigo 15, inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Victória Cordeiro de Andrade Santana

Assessora Jurídica Recebe gratificação de 80% prevista no artigo 15, inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Jairo José Correia Lima Diretor de Desenvolvimento Urbano

Recebe gratificação de 68% prevista no artigo 15, inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Marcelo Reis Santos Assistente Recebe gratificação de 50% prevista no artigo 15, inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Jean Miranda Santos Enfermeiro Recebe gratificação de 80% prevista no artigo 15, inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Joelma de Oliveira Santos Auxiliar de Serviços Gerais

Recebe gratificação de 30% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Linkerly Adorno Porto Rocha

Enfermeiro Recebe gratificação de 80% prevista no artigo 15, inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Loana Maria da Silva Barros

Médica Ginecologista Recebe gratificação de 80% prevista no artigo 15, inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Norma Sueli Gomes Menezes

Enfermeira Recebe gratificação de 80% prevista no artigo 15,

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Page 23: PROCESSO TCM Nº 73194-10 - Tribunal de Contas dos ... · incoação e reprisados no Relatório de Inspeção elaborado por Técnicos ... recolhimento, capina e pintura de meios fios

inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Sueli Marques Louzada Dentista Recebe gratificação de 80% prevista no artigo 15, inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Tânia Conceição Vidal Amparo

Enfermeira Recebe gratificação de 30% prevista no artigo 15, inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Thiago Miranda dos Santos Dentista Recebe gratificação de 80% prevista no artigo 15, inciso III do Decreto Municipal nº 3715/2001

Adalgisa Soares Macedo Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Adnéia Ferreira Santos Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Alba Regina Monteiro de Jesus

Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Aline Ramos Mendes Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Ana Lúcia dos Santos Martins

Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Ana Lúcia Rodrigues dos Santos

Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Anatália Santos da Paixão Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Cleudes Santos Souza Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto

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Municipal nº 3715/2001 Edina Pereira Gomes Agente Comunitário de

SaúdeRecebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Eliel Morais dos Santos Filho

Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Geneilton Santos Lima Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Gildete Pereira dos Santos Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Irenilma Silva de Oliveira Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Jair Alves Souza Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Lindomar Ramos Bidu Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Maria de Lourdes da Exaltação

Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Naiara Souza Vieira Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Rosana Macedo Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Sílvia Maria Alves dos Santos

Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

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Vagner Santos Silva Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Zenilda Silva Santos Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Alexsandro Brandão Gouveia

Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Edézio Pereira de Oliveira Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Paulo Souza Santos Agente Comunitário de Saúde

Recebe gratificação de 20% prevista no artigo 15, inciso I do Decreto Municipal nº 3715/2001

Carlos Pereira dos Santos Eletricista Recebe adicional de periculosidade previsto no artigo 63, inciso II da Lei Complementar nº 1856/2007

Evanildo Moraes Pereira Auxiliar de Serviços Gerais

Recebe adicional de periculosidade previsto no artigo 63, inciso II da Lei Complementar nº 1856/2007

Rosália Machado de Santana

Agente Administrativo Não recebe adicional de insalubridade conforme denunciado

Agnaldo Novais dos Santos Servente de Obras Recebe gratificação de 40% prevista no artigo 15, inciso II do Decreto Municipal nº 3715/2001

José Aílton de Jesus Fiscal de Obras Não recebe adicional de insalubridade conforme denunciado

Da análise das folhas de pagamento, de acordo com a Legislação municipal correlata, entregue no ato dessa inspeção, constatou-se que não foram descaracterizadas as seguintes irregularidades apontadas na denúncia.

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Nome

Vínculo

Irregularidade apurada

Valor Pago Indevidament

e (R$)Gildásio Gonçalves da Silva

Auxiliar Administrativo

Servidor de nível médio recebe gratificação de produção sem que tenha sido encontrada previsão legal para o pagamento

1.200,00

Marízia Moreira Gomes

Auxiliar Administrativa

Servidora de nível médio recebe gratificação de produção sem que tenha sido encontrada previsão legal para o pagamento

756,00

Carlos Alberto Pereira Fraga

Técnico Administrativo

Servidor de nível médio recebe gratificação de produção sem que tenha sido encontrada previsão legal para o pagamento

1.200,00

Eliana Ferrari de Souza

Agente Administrativo

Servidora de nível médio recebe gratificação de produção sem que tenha sido encontrada previsão legal para o pagamento

1.200,00

TOTAL 4.356,00

4.9- DO PARECER PELA REJEIÇÃO DAS CONTAS DO CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR.

Em que pese tenha sido rejeitada a Prestação de Contas de maio, referente à aplicação dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, o Parecer Conclusivo do Conselho sobre a execução do Programa aprovou a Prestação de Contas do exercício financeiro de 2010, embora tenha sido verificado que não constam as assinaturas dos membros do Conselho, conforme documentação acostada às fls. 4058 a 4060 – volume XVIII. Ressalta-se que tal omissão foi objeto de observação à Secretária de Educação quando da realização dessa inspeção, a qual se comprometeu a corrigi-la nos próximos pareceres.

4.10 - DO PARECER PELA REJEIÇÃO DAS CONTAS DO CONSELHO DO FUNDEB.

Preliminarmente informa-se que o pronunciamento técnico correspondente à Prestação de Contas do exercício de 2010 apontou a ausência do Parecer do Conselho do Fundeb.

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Da mesma forma que o apontamento anterior, em que pese tenha sido rejeitada a Prestação de Contas de maio, referente à aplicação dos recursos do Fundo de Acompanhamento e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, o Parecer Conclusivo do Conselho sobre a execução do Programa aprovou a Prestação de Contas do exercício financeiro de 2010, embora tenha sido verificado que não constam as assinaturas dos membros do Conselho, conforme documentação acostada às fls. 4061/4062 – volume XVIII. Ressalta-se que tal omissão foi também objeto de observação à Secretária de Educação quando da realização dessa inspeção, a qual se comprometeu também a corrigi-la nos próximos pareceres.

4.11 - DO PARECER PELA REJEIÇÃO DAS CONTAS DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE.

Da documentação solicitada, foram entregues a Ata da Reunião que aprovou as Contas do Fundo Municipal de Saúde no exercício financeiro de 2010; o Decreto nº 4.256, que homologou as deliberações do Conselho Municipal de Saúde e a Deliberação nº 003, aprovando as Prestações de Contas do 4º trimestre de 2010 das Contas do Fundo (fls. 4064 a 4069 – Volume XVIII).

Salienta-se que o pronunciamento técnico correspondente à Prestação de Contas do exercício de 2010 apontou que o Parecer do Conselho Municipal de Saúde foi encaminhado, não sendo informada qualquer irregularidade.

4.12 – DO RELATÓRIO DO CONTROLE INTERNOPara apuração do quanto denunciado, foram solicitados os Relatórios consolidados dos exercícios financeiros de 2009 e de 2010, sendo entregue apenas o primeiro.

Corroborando o que foi denunciado, constatou-se que o Parecer Prévio correspondente à Prestação de Contas daquele exercício chamou a atenção do Gestor acerca da fragilidade do Relatório Anual do Controle Interno, conforme se transcreve a seguir.

Parecer Prévio nº 1000/2010O art. 74, incisos I a IV da Constituição Federal e art. 90, incisos I a IV e respectivo parágrafo único, da Constituição Estadual, estabelecem que os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma integrada, sistema de controle interno, elencando nos citados incisos a sua finalidade. A Resolução TCM nº 1.120/05 dispõe sobre a criação, implementação e a manutenção de Sistema de Controle Interno nos Poderes Executivo e Legislativo.

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Conforme art. 2º, da mencionada Resolução, entende-se por Sistema de Controle Interno Municipal o conjunto de normas, regras, princípios, planos, métodos e procedimentos que, coordenados entre si, têm por objetivo efetivar a avaliação da gestão pública e o acompanhamento dos programas e políticas públicas, bem como evidenciando sua legalidade e razoabilidade, avaliar os seus resultados no que concerne à economia, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira, patrimonial e operacional dos órgãos e entidades municipais.

O art. 4º dispõe que as atividades inerentes ao controle interno serão exercidas em todos os níveis hierárquicos dos Poderes Executivo e Legislativo municipais, bem como das entidades da administração indireta do município, por servidores municipais, ocupantes de cargos públicos do quadro permanente do órgão ou entidade, não sendo passíveis de delegação por se tratar de atividades próprias do Município.

Ainda que o Pronunciamento Técnico registre que o Relatório de Controle Interno de fls. 336 a 345, atende às exigências constitucionais dispostas, chama-se atenção da Administração Municipal para que sejam adotadas providências objetivando um funcionamento eficaz do controle interno, em observância aos dispositivos mencionados, assim como aos arts. 11, 12 e 21, da Resolução TCM nº 1.120/05.

Quanto ao Relatório do exercício de 2010, não foi entregue sob a alegação de que ainda estaria de posse do TCM, constatando-se que, de fato, à data dessa inspeção, tal informação era procedente.

Constatou-se, contudo que o Parecer Prévio relativo às Contas Anuais de Ipiaú, assim como o pronunciamento técnico, consideraram o referido Relatório satisfatório, conforme se transcreve a seguir.Parecer Prévio nº 874/2011

RELATÓRIO DE CONTROLE INTERNO – O Relatório de Controle Interno encaminhado à Corte, de acordo com o exame promovido pela assessoria técnica, revela conteúdo satisfatório atendendo as determinações de que tratam o mandamento constitucional previsto no art. 74 da Carta Federal e art. 90 da Constituição do Estado da Bahia (doc. 25 da pasta AZ, anexa).

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4.13 – DAS DESPESAS EXCESSIVAS E SEM CONTROLE COM LOCAÇÃO DE VEÍCULOS.Consoante denúncia, as despesas com locação de veículos em março, em abril e em maio de 2010 ocorreram conforme se discrimina a seguir.

Mês Valor (R$)Março 100.830,00Abril 32.876,47Maio 226.385,60

TOTAL 360.092,07

Entretanto, de acordo com a documentação levantada (fls. 4079 a 4298 – volume XVIII) , as despesas com locação de veículos em março, em abril e em maio de 2010, ocorreram conforme se discrimina no quadro abaixo.

Proc. nº Credor Valor (R$) Março

0454 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

712,50

1420 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

1.472,50

1471 Eritan Souza Costa Transporte 10.084,20 1557 Associação dos Proprietários de Transporte de

Estudantes de Ipiaú450,00

1699 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

57.427,50

Sub total 70.146,70 Abril

651 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

1.980,75

1796 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

1.472,50

1815 Eritan Souza Costa Transporte 10.084,20 1830 Alcione Pereira Santos Cruz 1.424,94 1847 Associação dos Proprietários de Transporte de

Estudantes de Ipiaú1.710,00

1875 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

7.030,00

1996 Piropo Automóveis Ltda. 1.615,00 2005 Piropo Automóveis Ltda. 1.377,50 2009 Piropo Automóveis Ltda. 1.995,00 2010 Alcione Pereira Santos Cruz 1.425,00

Sub total 30.144,89

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Maio0861 Associação dos Proprietários de Transporte de

Estudantes de Ipiaú1.320,50

1067 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

1.320,50

2190 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

1.710,00

2193 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

55.670,00

2194 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

7.030,00

2195 Viação Campo Verde Transporte e Turismo Ltda. 15.230,00 2255 Eritan Souza Costa Transporte 10.829,00 2265 Viação Campo Verde Transporte e Turismo Ltda. 15.230,00 2317 Eritan Souza Costa Transporte 1.715,00 2454 Eritan Souza Costa Transporte 1.715,00 2532 Associação dos Proprietários de Transporte de

Estudantes de Ipiaú55.670,00

2533 Viação Campo Verde Transporte e Turismo Ltda. 15.230,00 2538 Associação dos Proprietários de Transporte de

Estudantes de Ipiaú7.030,00

2539 Associação dos Proprietários de Transporte de Estudantes de Ipiaú

1.710,00

2560 Eritan Souza Costa Transporte 10.829,00 Sub total 202.239,00

TOTAL 302.500,59

Em que pese não tenha sido possível mensurar se as despesas com locação de veículos são excessivas, fato é que nenhuma justificativa foi fornecida ou mesmo entregue qualquer documentação que comprove que existe controle sobre a locação de veículos para o município.

4.14 – DO DESCONTROLE NA CONCESSÃO DE DIÁRIAS.De acordo com a documentação levantada, em maio de 2010 as despesas com diárias ocorreram conforme se discrimina a seguir.

Proc. nº

Credor Especificação Valor (R$)

0850 Dorival Jardim Moreira Transporte da Secretária de Saúde à capital

217,40

0851 Dorival Jardim Moreira Transporte da Secretária de Saúde à capital

217,40

0928 Dorival Jardim Moreira Transporte da Secretária de 217,40

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Saúde à capitalSOMA 652,20

0866 Ana Lécia dos Santos Costa

Secretária de Saúde em viagem à capital

426,78

0897 Ana Lécia dos Santos Costa

Participação em Congresso de Secretários de Saúde

426,78

0943 Ana Lécia dos Santos Costa

Participação em reunião na UPB

426,78

1001 Ana Lécia dos Santos Costa

Participação em reunião da UNACON, visita técnica à

SESAB e encontro de Ouvidores do SUS

934,91

1002 Ana Lécia dos Santos Costa

Participação em reunião na capital

213,39

SOMA 2.428,640852 Luciane Alcântara

SantosMarcação de exames de

pacientes na SESAB Itabuna

51,25

0940 Luciane Alcântara Santos

Marcação de exames de pacientes em hospitais de

Itabuna

102,50

SOMA 153,750853 Hermógenes Basílio dos

Santos NetoParticipação em estágio na

SESAB Salvador640,65

SOMA 640,640854 Lindoval Melo de Araújo Acompanhamento de

paciente em tratamento em Ilhéus

51,25

0935 Lindoval Melo de Araújo Acompanhamento de paciente em tratamento em

Ilhéus

102,50

0938 Lindoval Melo de Araújo Acompanhamento de paciente em tratamento em

Itabuna

153,75

SOMA 307,500860 Keila Nascimento Alves Participação em reunião da

DIRES Jequié34,16

SOMA 34,160896 Carine Martins Pólvora Participação em Congresso

de Saúde na capital512,52

SOMA 512,520921 Jaelson Araújo

VasconcelosTransporte de pacientes para tratamento em Itagi

500,00

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0984 Jaelson Araújo Vasconcelos

Transporte de pacientes para tratamento na capital

275,36

SOMA 775,360922 Jamille Farias de Souza Acompanhamento de

pacientes em tratamento em Itagi

187,89

0934 Jamille Farias de Souza Marcação de exames de pacientes em hospitais de

Jequié

34,16

SOMA 222,050923 Claiton Gomes dos

SantosTransporte de pacientes para tratamento em Itagi

239,10

0924 Igor da Silva Bonfim Participação de videoconferência na DIRES

de Jequié

34,16

SOMA 34,160926 Adenilson Arcanjo dos

SantosTransporte de pacientes

para tratamento na capital478,28

0982 Adenilson Arcanjo dos Santos

Transporte de pacientes em tratamento em Itabuna

282,62

SOMA 760,900927 Vanuza Barreto de

AlmeidaParticipação de

videoconferência na DIRES de Jequié

34,16

SOMA 34,160929 Rubem Jorge Santos

RodriguesTransporte de pacientes

para tratamento na capital565,24

SOMA 565,240930 Marlúcia da Cruz Silva Marcação de exames de

pacientes em hospitais da capital

384,39

SOMA 384,390931 Lauro Araújo Pereira

NetoTransporte de pacientes para tratamento em Itagi

326,10

0980 Lauro Araújo Pereira Neto

Transporte de pacientes para tratamento na capital

681,18

SOMA 1.007,280933 Nilson Lago Rodrigues Transporte de paciente para

tratamento em Itabuna289,86

0939 Nilson Lago Rodrigues Transporte de paciente para tratamento em Ilhéus

130,44

0978 Nilson Lago Rodrigues Transporte de paciente para tratamento em Itabuna

65,22

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SOMA 485,520936 Joelson Bispo Santos Transporte de pacientes

para tratamento em Jequié202,88

0986 Joelson Bispo Santos Transporte de pacientes para tratamento em Jequié

130,42

SOMA 333,300937 Ítalo Souza da Silva Participação em Congresso

de Secretários de Saúde256,26

0983 Ítalo Souza da Silva Participação em reunião na DIRES Jequié

34,16

1064 Ítalo Souza da Silva Participação em reunião na DIRES Jequié

34,16

SOMA 358,740944 Gutemberg de Almeida

RosaTransporte de pacientes

para tratamento em Jequié333,28

SOMA 333,280945 Antonilto Silva Batista Transporte de paciente para

tratamento na capital652,20

0989 Antonilto Silva Batista Transporte de pacientes para tratamento na capital

413,06

SOMA 1.065,260948 Ronaldo Machado da

SilvaAcompanhamento de

paciente em tratamento em Itagi

136,66

SOMA 136,660964 Márcia Jovelina de Jesus Participação em conferência

na capital512,52

SOMA 512,520973 Thiago de Almeida

SantanaParticipação em curso de

capacitação na capital34,16

SOMA 34,160974 Betânia Passos Costa Participação em curso de

capacitação na capital68,32

SOMA 68,320975 Tânia Conceição

Macedo Vidal AmparoParticipação em curso de

capacitação na capital128,13

SOMA 128,130976 Rubem Jorge Santos

RodriguesTransporte de paciente para

tratamento na capital434,80

SOMA 434,800977 Renata Almeida Santos Participação em seminário

na capital256,26

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SOMA 256,260979 Marlúcia da Cruz Silva Marcação de exames de

pacientes em hospitais na capital

128,13

SOMA 128,130981 Adriana de Jesus

SarmentoParticipação em encontro de

Ouvidores do SUS384,39

SOMA 384,390985 Josélia Miranda Rocha

de OliveiraParticipação em reunião na

DIRES Jequié34,16

SOMA 34,160987 Carine Nepomuceno

Guimarães GondimParticipação em congresso

na capital256,26

SOMA 256,261004 Vanessa Ferreira do

NascimentoParticipação em conferência

na capital384,39

SOMA 384,391061 Rosângela Santos

CerqueiraParticipação de curso de

capacitação na capital128,13

SOMA 128,131062 Miguel Barbosa dos

SantosParticipação de curso de

capacitação na capital128,13

SOMA 128,131063 Dorival Jardim Moreira Transporte da Secretária de

Saúde à capital304,36

SOMA 304,361065 Laaina de Andrade

SouzaParticipação em oficina na

DIRES Jequié34,16

SOMA 34,16TOTAL 14.646,96

Em que pese os processos de pagamento listados anteriormente já tenham sido objeto de análise por parte da 6ª Inspetoria Regional de Controle Externo, constatou-se que nenhum deles vem acompanhado de relatórios, certificados de presença, protocolos, ou qualquer outra comprovação dos deslocamentos que originaram os pagamentos, em desacordo ao que determina o artigo 11 da Lei Municipal nº 1.735, de 21 de junho de 2001, que dispõe sobre a concessão de diárias aos Servidores Públicos do município de Ipiaú (fls. 3460 a 3466 – Volume XVI), transcrito abaixo.

Lei nº 1.735/2001Artigo 11:

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O beneficiário de diárias deverá apresentar ao superior hierárquico, até o quinto dia após seu retorno à sede onde têm exercício, relatório circunstanciado da execução do serviço de que foi incumbido ou comprovação de sua frequência e participação em evento para o qual tenha sido designado, contendo: I.o dia e a hora da partida e chegada à sede;II. o local para onde se deslocou e o número de dias que permaneceu fora da sede;III. a quantidade de diárias percebidas, o valor unitário e a importância total;IV.o número do processo de concessão das diárias e do empenho da despesa;V.o saldo a receber ou o valor restituído ao Erário Municipal.Arguido sobre o assunto, o Sr. Kaio Brito – Assessor Jurídico, informou ser impossível seguir tal procedimento em algumas situações (no caso específico dos motoristas), em função de que estes saem do município transportando diversos pacientes para diversos hospitais, com horários marcados, não sendo aceitável que em cada estabelecimento seja solicitado por estes a comprovação de seu comparecimento. Quanto às demais diárias, afirmou que se tratam pagamentos concedidos a Servidores e Secretários quando da realização de cursos de qualificação fora da sede, e que, nesses casos específicos, providenciará o cumprimento fiel ao que determina a legislação pertinente.

4.15 – DA FALTA DE CONTROLE SOBRE O CONSUMO DE ÁGUA, LUZ E TELEFONIAA denúncia se refere a despesas consideradas excessivas em março, em abril e em maio de 2010 com telefonia, energia elétrica e água. Remete ainda o denunciante a despesas com juros e multas em função de atrasos nos pagamentos, conforme já descrito no item 4.1 desse relatório.

Em função porte do município e do tempo transcorrido entre a denúncia e essa inspeção, não é possível se determinar se tais despesas foram excessivas.

4.16 – DOS “LUXOS” DO SR. PREFEITO

De acordo com fotos anexadas a seguir, o veículo que serve ao Prefeito é uma Caminhonete L200 Triton 3.2 D, cabine dupla, câmbio automático, equipada com bancos de couro, cd player, tração 4x4, ar condicionado, air bag duplo, direção hidráulica, vidros e retrovisores elétricos, locada junto à Freesol Turismo e Locação de Veículos Ltda. por R$57.000,00 durante a vigência do contrato (de 18 de março de 2009 até 18 de março de 2010, prorrogado até 18 de março de 2011)

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(…)

Questionado acerca da denúncia, afirmou o Assessor Jurídico da Prefeitura, Sr. Kaio Brito, que o município de Ipiaú dispõe de estradas vicinais em estado precário, sendo necessário que o Prefeito dispunha de um veículo com as qualificações citadas, constatando-se que tal afirmativa procede.

De acordo com levantamento efetuado em sites de locação de veículos, constatou-se que o custo mensal de R$4.750,00 mostra-se compatível com aquele praticado no mercado para veículos com as mesmas características.

4.17 – DAS IRREGULARIDADES NO CONVITE 06/10.

Em função das denúncias especificadas no item 3.17 desse relatório, foi solicitado e entregue o procedimento licitatório nº 06/2010, cujo objeto foi a contratação de empresa especializada para prestação de serviços topográficos.

Acusou o denunciante que, das empresas participantes, a Barro Forte não apresentou, quando do processo licitatório, o registro de inscrição no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura o que, sob sua ótica, deveria ser motivo de repetição do certame. Afirmou ainda que a vencedora, NL Serviços Topográficos apresentou Contrato Social não registrado na Junta Comercial do Estado da Bahia.

4.17.1 – Constatações acerca dos questionamentos do denunciante.

4.17.1.1 – Da ausência do registro no CREA.Da análise do processo licitatório tipo Carta Convite nº 06/2010 (fls. 5092 a 5191 – Volume XXII), constatou-se que participaram do certame as empresas Barro Forte Engenharia Ltda., NL Serviços Topográficos Ltda. e GEOTOP – Georreferenciamento e Topografia.

Em que pese o Edital não tenha explicitado as exigências contidas na Lei Federal nº 8.666/93 para serviços dessa natureza, constatou-se, de acordo com o que determina o artigo 23, inciso I, alínea “a”, combinado com o artigo 27, inciso II, e com o artigo 30, inciso I, transcritos a seguir, que houve descumprimento à exigência legal no que se refere à habilitação técnica para a prestação dos serviços, conquanto, das convidadas, apenas as empresas GEOTOP – Georreferenciamento e Topografia e a NL Serviços Topográficos Ltda. apresentaram seus Certificados de Regularidade perante o CREA.

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Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação: I - para obras e serviços de engenharia: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)(…)Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:II - qualificação técnica;(...)Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;(…)

4.17.1.2 – Da ausência de registro da empresa NL Serviços Topográficos Ltda. perante a Junta Comercial do Estado da Bahia.Embora o Contrato Social da NL Serviços Topográficos Ltda. tenha sido entregue em fotocópia de baixa qualidade de impressão (fls. 5164 a 5166 – volume XXII), percebe-se que não há a correspondente comprovação de que teria sido registrado perante a Junta Comercial do Estado da Bahia, procedendo a acusação do denunciante nesse particular.

4.18 – DA INEXIGIBILIDADE PARA AQUISIÇÃO DE LIVROS DO PROGRAMA EJA.De acordo com a documentação fornecida em fotocópia (fls. 5192 a 5224 - volume XXII), foi autorizada a abertura de Processo Administrativo visando a aquisição de livros voltados para a execução do Programa de Ensino de Jovens e Adultos – EJA do período noturno.

Para a aquisição dos materiais foi escolhido o procedimento da Inexigibilidade de Licitação, devidamente publicada na edição de 14 de maio de 2010 do Diário Oficial do Município.

A Assessoria Jurídica, através da Sra. Victória Cordeiro, emitiu Parecer favorável com base no que determina o artigo 25, inciso I da Lei Federal nº 8.666/93, transcrito a seguir.

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

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(...)

A Prefeitura estipulou suas necessidades de acordo com a planilha a seguir.

Descrição QuantidadeEJA I 429EJA II 297EJA III 385EJA IV 395TOTAL 1.506

A Proposta de Preço oferecida pela contratada, a Editora Programa Nacional de Educação – PNE, para fornecimento dos livros discrimina-se a seguir.

Descrição Quantidade Valor Unitário (R$)

Valor Total (R$)

EJA I 429 39,00 16.731,00EJA II 297 39,00 11.583,00EJA III 385 39,00 15.015,00EJA IV 395 39,00 15.405,00TOTAL 1.506 58.734,00

Além da Proposta supracitada, a Editora PNE ofereceu ainda a “bonificação” de 15 computadores, contudo sem especificar suas configurações.

Foram ainda apresentados os seguintes documentos, exigidos pela Lei de Licitações:

a) Atestado de Capacidade Técnica fornecido pela Prefeitura Municipal de Jitaúna – BA, subscrito pelo Chefe do Setor de Contabilidade, Sr. Ezequiel Santos Alves;

b) Declarações de Exclusividade fornecidos pela Federação do Comércio de Minas Gerais – Fecomércio – MG e pela Federação do Comércio de Pernambuco – Fecomércio – PE;

c) Comprovante de Inscrição junto à Receita Federal;

d) Certidões de Regularidade Fiscal Municipal e Federal;

e) Certidões Negativas de Débitos Fiscais e de Contribuições Previdenciárias;

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f) Certificado de Regularidade do FGTS.

4.18.1 – Constatações acerca dos questionamentos do denunciante.4.18.1.1 – Da exclusividade no fornecimentoEm que pese o município tenha optado pela inexigibilidade de licitação com base no que determina o artigo 25, inciso I da Lei de Licitações, pesquisando-se na rede mundial de computadores, constata-se que é notória a existência de inúmeros fornecedores de livros voltados para o programa supracitado, ratificando o que acusa o denunciante.

4.18.1.2 Da ausência de comprovação da compatibilidade dos preços com aqueles praticados pelo mercado.Determina o artigo 26, parágrafo e incisos da Lei de Licitações:

Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:(...)II - razão da escolha do fornecedor ou executante;III - justificativa do preço.

(…)

Da análise da documentação, não se observou qualquer indício de que teria sido apresentada a devida justificativa para os preços praticados, conforme determina o artigo supracitado, de forma que se ratifica a acusação nesse particular.

4.18.1.3 – Da ausência de projeto básicoDiferentemente do que acusa o denunciante, constatou-se que o Projeto Básico, exigido pelo artigo 7º, inciso I da Lei de Licitações, compõe o procedimento em questão, sendo anexado entre as fls. 5194 a 5198 – volume XXII dos autos.

4.18.1.4 – Da ausência do contratoEmbora solicitado, nos termos do Ofício anexado às fls. 426 a 429, não foi fornecido o respectivo contrato celebrado entre a Prefeitura Municipal de Ipiaú e a Editora Programa Nacional de Educação – PNE.

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4.18.1.5 – Da “bonificação” de 15 computadores.Quando do ato da inspeção, não foram localizados os computadores que teriam sido fornecidos à Prefeitura como “bonificação”, sendo informado pela Secretária de Educação que estariam sendo utilizados em escolas da sede e dos distritos, contudo não nos foi informado quais seriam estas localizações para que fossem feitas as verificações pertinentes.

5 – CONCLUSÃOA análise dos documentos apresentados quando da inspeção ou encaminhados posteriormente a sede deste Tribunal, aliado as informações obtidas no local pela equipe desta casa, indicou as seguintes irregularidades:

Das despesas com juros e mora decorrentes de atrasos nos pagamentos de faturas.

Houve pagamento de despesas totalizando R$4.051,94 em maio decorrentes de atrasos nos pagamentos de tarifas, salientando-se contudo que, quando da análise da Prestação de Contas do exercício de 2010, tal irregularidade já foi apontada, ocorrendo a penalização correspondente;

Das despesas com combustíveis e com taxa de administração do serviço.

Não havia à época da denúncia um controle efetivo do consumo de combustíveis discriminando as utilizações dos veículos, os motoristas responsáveis, os trajetos e quilometragens percorridas, os volumes consumidos e os tipos de combustíveis utilizados. O consumo era projetado pela média mensal, porém tal controle se mostrou inadequando ao se constatar que, entre janeiro e maio de 2010, o consumo suplantou a previsão em R$12.712,70;

O contrato firmado com a empresa administradora do consumo de combustíveis da frota a serviço do município e a Prefeitura previa que sua remuneração seria de 4% sobre o volume de combustível consumido, o que infere ao entendimento de que tal contratação é desvantajosa ao município pois, quanto maior o consumo, maior o faturamento da administradora;

Das despesas com coleta de lixo

Não havia à época da denúncia um controle efetivo sobre o volume de lixo recolhido em função da inexistência de balança própria;

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Notou-se também a ausência, quando da execução do contrato, de comprovações de regularidade junto ao INSS e ao FGTS, conforme determinam o artigo 195, parágrafo 3º da Constituição Federal e o artigo 55, XIII da Lei Federal nº 8.666/93;

Também não foram constatadas comprovações de que efetivamente teriam sido recolhidas as obrigações discriminadas nas Notas Fiscais referentes ao Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF (R$14.042,95) e Imposto sobre Serviços – ISS (R$46.809,85).

Dos procedimentos licitatórios nº 43/09 e nº 42/10 – registro de preços

Não foram designados os Servidores para gerir as Atas e os Contratos, conforme determina o artigo 3º, § 4º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001;

Não foi efetuada a pesquisa de mercado com vistas à identificação dos valores a serem licitados, determinada pelo artigo 3º, § 2º, inciso IV da Lei de Licitações.

Não foi dada publicidade, mensalmente, em órgãos de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público à relação de todas as compras feitas pela Administração Direta, na forma determinada pelo artigo 16 da Lei Federal nº 8.666/93;

Não foi efetuada a consolidação de todas as informações relativas à estimativa individual e total de consumo, conforme exige o inciso II, § 2º, artigo 3º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001;

Não foi encontrada a comprovação de que foram formalizados os atos necessários à instrução processual para a realização do procedimento licitatório, de acordo com o que determina o inciso III, § 2º, artigo 3º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001;

Não foi encontrada a comprovação de que teria havido a confirmação junto ao órgão participante da sua concordância com os objetos a serem licitados, inclusive quanto aos quantitativos e projeto básico, de acordo com exigência contida no inciso V, § 2º, artigo 3º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001;

Não foi encontrada a comprovação de que teria sido encaminhada cópia da Ata de Registro de Preço aos demais órgãos participantes, de acordo com o que determina inciso VI, § 2º, artigo 3º do Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001.

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Dos cursos de capacitação

Não foram encontradas justificativas que atestassem a notória especialização das empresas prestadoras dos serviços (ACOM e Mídia Assessoria de Comunicação Integrada e SIPPEL e Companhia Ltda., exigida pelo artigo 25, inciso II da Lei de Licitações; além de solicitação ao órgão competente, acompanhado das justificativas para contratação dos cursos; a avaliação jurídica dando por regular o procedimento; a comprovação de que teria o Ato de inexigibilidade sido publicado e, por fim, a apresentação certificados de regularidade por parte das prestadoras dos serviços perante o FGTS e o INSS.

Da aquisição de merenda escolarForam adquiridos R$12.080,80 em gêneros alimentícios destinados à merenda escolar, em fornecedor único, sem que tenha apresentado o respectivo procedimento licitatório, procedimento vedado pelo artigo 24, II da Lei Federal nº 8.666/93.

Do pagamento de hospedagem do PrefeitoConstatou-se irregularidade no pagamento de R$926,10 em hospedagem e tratamento VIP para o Prefeito, Sr. Deraldino Alves de Araújo, infingindo ao que determina o artigo 1º da Lei Municipal nº 1.735/2001.

Das irregularidades na folha de pagamentos de maio de 2010

Constataram-se pagamentos de gratificações discriminadas a seguir sem que tenham sido encontradas as respectivas previsões legais.

Nome

Vínculo

Irregularidade apurada

Valor Pago Indevidament

e (R$)Gildásio Gonçalves da Silva

Auxiliar Administrativo

Servidor de nível médio recebe gratificação de produção sem que tenha sido encontrada previsão legal para o pagamento

1.200,00

Marízia Moreira Gomes

Auxiliar Administrativa

Servidora de nível médio recebe gratificação de produção sem que tenha sido encontrada previsão legal para o pagamento

756,00

Carlos Alberto Pereira Fraga

Técnico Administrativo

Servidor de nível médio recebe gratificação de produção sem que tenha sido encontrada previsão legal para

1.200,00

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o pagamentoEliana Ferrari de Souza

Agente Administrativo

Servidora de nível médio recebe gratificação de produção sem que tenha sido encontrada previsão legal para o pagamento

1.200,00

TOTAL 4.356,00

Do descontrole na concessão de diáriasNão foram apresentados relatórios, certificados de presença, protocolos, ou qualquer outra comprovação dos deslocamentos que originaram pagamentos de diárias totalizando R$14.646,95 em maio de 2010, em desacordo ao que determina o artigo 11 da Lei Municipal nº 1.735, de 21 de junho de 2001.

Da licitação na modalidade Convite nº 06/10

Constatou-se a ausência de comprovação de habilitação técnica para a prestação dos serviços por parte da concorrente Barro Forte, infringindo determinação do artigo 27, inciso II, combinado com o artigo 30 da Lei de Licitações; bem como a ausência de registro da empresa NL Serviços Topográficos Ltda. perante a Junta Comercial do Estado da Bahia.

Da inexibilidade nº 07/10

Constatou-se que, diferentemente do que apontou a Prefeitura, quando da deflagração do procedimento da inexigibilidade, existem inúmeros fornecedores de livros voltados para o programa supracitado.

Ademais, não se observou qualquer indício de que teria sido apresentada a devida justificativa para os preços praticados;

Também não foi entregue o contrato celebrado entre a Prefeitura Municipal de Ipiaú e a Editora Programa Nacional de Educação – PNE;

Não foram localizados os computadores que teriam sido fornecidos à Prefeitura como “bonificação” quando da contratação da supracitada empresa. (...)”

Pois bem. Ao cuidar do tema alusivo aos preceitos que devem nortear a administração pública, o festejado Mestre Hely Lopes Meirelles1 nos brinda com o seguinte ensinamento:

“Os princípios básicos da administração pública estão consubstanciados em seis regras de observância permanente e obrigatória para o bom

1 Direito Administrativo Brasileiro, 24a Edição, Editora Malheiros, págs. 81/82

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administrador: legalidade, moralidade, impessoalidade, razoabilidade, publicidade e eficiência. Por esses padrões é que se hão de pautar todos os atos administrativos. Constituem, por assim dizer, os fundamentos da ação administrativa, ou, por outras palavras, os sustentáculos da atividade pública. Relegá-los é desvirtuar a gestão dos negócios públicos e olvidar o que há de mais elementar para a boa guarda e zelo dos interesses sociais(...).” (destaques nossos)

Estes são os pilares da administração e por sua importância devem nortear, sempre, todos os atos praticados pelos exercentes de atividade pública, sob pena de nulidade.

O Estado Social é aquele que além dos direitos individuais assegura os direitos sociais, sendo obrigado a ações positivas para realizar o desenvolvimento e a justiça social, como bem observa Carlos Ari Sundfeld2.

Referidos princípios ganham relevo quando da análise de um Estado em concreto e da efetivação do disposto em seu perfil constitucional, já que, sem o atendimento destes princípios não se realiza efetivamente a concepção teórica informadora deste tipo de Estado.

De igual modo, o princípio da moralidade, constitui-se em pilar de suma importância para o ato de administrar e deve embasar toda e qualquer pretensão dos administradores públicos.

O princípio da moralidade têm sua essência captada com precisão por Marçal Justen Filho3 quando se refere a este como um "princípio jurídico "em branco", o que significa que seu conteúdo não se exaure em comando concretos e definidos, explícita ou implicitamente previstos no Direito legislado. O princípio da moralidade pública contempla a determinação jurídica da observância de preceitos éticos produzidos pela sociedade, variáveis segundo as circunstâncias de cada caso”.

Calha ao tema o ensinamento do mestre Geraldo Ataliba, em "República e Constituição"4, quando diz:

"Mesmo no nível constitucional, há uma ordem que faz com que as regras tenham uma interpretação e eficácia condicionada pelos princípios. Estes se harmonizam, em função da hierarquia entre eles estabelecida, de modo a assegurar plena coerência interna ao sistema (a demonstração cabal disso está em J. M. Teran, Filosofia del Derecho, p. 146).

2 Fundamentos de Direito Público, p.53-57, Malheiros, 1992.3 O Princípio da Moraliadade Pública e o Direito Tributário, conferência proferida no IX Congresso Brasileiro de Direito Tributário, in Revista de Direito Tributário, vol. 67, p. 70, Malheiros Editores, 1996.4 República e Constituição, p. 6, Editora Revista dos Tribunais, 1985.

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E mais além: 10 Op. cit. p. 236:

"Os princípios são as linhas mestras, os grandes nortes, as diretrizes magnas do sistema. Apontam os rumos a serem seguidos por toda sociedade e obrigatoriamente perseguidos pelos órgãos do governo (poderes constituídos).

Eles expressam a substância última do querer popular, seus objetivos e desígnios, as linhas mestras da legislação, da administração e da jurisdição. Por estas não podem ser contrariados; têm que ser prestigiados até às últimas consequências. E demostra que mesmo as normas constitucionais não tem igual eficácia, mas pelo contrário, se estruturam de forma piramidal, como entende a Escola de Viena, liderada pelo incomparável Kelsen"

Como remate, Geraldo Ataliba faz suas as palavras de Celso Antônio:

"Princípio é, pois, por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, precisamente porque define à lógica da racionalidade do sistema normativo, conferindo-lhe a tônica que lhe dá sentido harmônico".

Os princípios da moralidade, legalidade, razoabilidade, economicidade e eficiência, propiciam, portanto, a fiscalização da obediência a todos os demais princípios e regras albergadas pelo sistema. Assim, quando o aplicador da norma deixa de subsumir-se às regras que dimanam do art. 37 da Constituição Federal, sem atentar para os vetores indicativos do sistema, está incorrendo em comportamento ilícito.

Tecidas estas considerações a respeito dos princípios que devem servir de paradigma para a perfeita adequação do ato de administrar aos ditames da Carta Política, não se pode deixar de destacar que as irregularidades formais e materiais, constatadas durante a Inspeção in loco , convergem para a franca violação dos princípios constitucionais referidos neste voto.

Não se pode olvidar que o Executivo de Ipiaú, por sua natureza jurídica, se encontra amalgamado aos princípios suso reportados, sendo-lhe defeso praticar qualquer ato, em especial no que concerne a procedimentos licitatórios, sem a observância dos requisitos legais.

Volvendo-se a situação posta nos autos, ab initio, impende destacar a alegação de pagamento de despesas com juros e mora decorrentes de atrasos no pagamento de tarifas de água, telefonia, energia elétrica e INSS, foi

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devidamente tratada no Parecer Prévio nº 874/11, o qual determinou a penalidade cabível ao caso.

A par desta circunstância, observa-se que no Parecer Prévio, alusivo às Contas do exercício financeiro de 2011, da lavra do eminente Conselheiro Plínio Carneiro Filho, em que pese tenha ressalvado de modo expresso a tramitação deste expediente, no que diz respeito ao pagamento de juros e multas o fato foi detidamente analisado no supramencionado opiniativo.

Neste sentir, deve ser levado em consideração na apreciação do fato denunciado, mormente pelo aspecto de que estes se referem a exercício financeiro findo, o disposto no respectivo Parecer Prévio, de modo a evitar a incidência do bis in idem, com a punição do Gestor por fatos já avaliados.

De outro lado, o Relatório de Inspeção indicou a existência de diversas irregularidades, a exemplo do consumo excessivo de combustíveis na localidade, bem como a desvantagem em manter o contrato de gerenciamento do abastecimento da frota da localidade com a empresa Family Cred, vez que a mesma recebia a sua contraprestação variável de acordo com o valor gasto em combustível na localidade.

Além disso, muito embora não ter sido possível a confirmação da veracidade dos fatos aduzidos pelo denunciante no que diz respeito à efetiva prestação de serviços de coleta de lixo pela empresa AVP Construções e Incorporações, constatou-se que, requisitos formais exigidos pela Lei Federal nº. 8666/93 não foram devidamente observados.

Por conseguinte, em relação à suposta alegação de ausência de registro de preços nos procedimentos licitatórios n°s 043/2009 e 042/2010, verificou-se in loco que, de fato não há exigência legal de registro informatizado de preços. Todavia, não há comprovação nos documentos enviados à Inspetoria acerca da existência de Comissão Permanente nos supramencionados procedimentos licitatórios. Ademais, não foi realizada pesquisa de preços no mercado, a fim de identificar os valores dos objetos que foram licitados.

Cumpre mencionar que além das omissões identificados nos procedimentos licitatórios acima citados, a equipe técnica deste Tribunal constatou a existência de diversas outras irregularidades formais e materiais, conforme já explicitado no Relatório de Inspeção acima transcrito.

Por via oblíqua, nota-se o descontrole da Administração no que tange ao pagamento de inscrições em cursos, vez que não foram identificados os processos de inexigibilidade de licitação, a fim de consubstanciar a despesa.

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De modo diverso, o Gestor, colacionou aos autos documentos hábeis a comprovação da efetiva participação de servidores específicos nos cursos de capacitação.

Mais adiante, verifica-se que os processos de pagamento relativos às aquisições de merenda escolar foram devidamente encaminhados à Inspetoria, contudo, os procedimentos licitatórios não foram enviados, o que demonstra a tentativa de fragmentação das despesas, de modo a escapar do procedimento licitatório.

De que se notar que, em relação ao pagamento irregular com hospedagem do Gestor, o Relatório de Inspeção restou claro na constatação que o valor de R$ 926,10 (novecentos e vinte e seis reais e dez centavos), pago além do valor de R$ 2.501,64 (dois mil, quinhentos e um reais e sessenta e quatro centavos) a título de diária, violou flagrantemente o disposto no art. 1º da Lei Municipal n° 1.735/2001, o que deve ser objeto de ressarcimento pelo Denunciado.

Restou também sedimentado pela equipe técnica que um conjunto de irregularidades detectadas na folha de pagamento da Municipalidade que ensejam a conclusão da má utilização dos recursos públicos por parte do Gestor, fato este, que acarreta na sua devida punição.

Neste diapasão, fica evidente o pagamento de gratificações à determinados servidores públicos no total de R$ 4.356,00 (quatro mil, trezentos e cinquenta e seis reais), sem a específica previsão legal, hábeis a autorizá-las, o que deve ser restituído pelo Prefeito.

Há de se mencionar que, observadas as provas carreadas aos autos, especialmente aquelas produzidas pela equipe de Inspeção, extrai-se como corolário, não terem sido demonstrados os relatórios, certificados de presença, protocolos ou qualquer elemento cabal, a fim de comprovar a concessão regular de diárias aos servidores da Prefeitura Municipal de Ipiaú no montante de R$ 14.646,95 (quatorze mil, seiscentos e quarenta e seis reais e noventa e cinco centavos), que também deverá ser alvo de ressarcimento pelo Gestor.

Por fim, constatou-se a existência de várias irregularidades na licitação modalidade Convite n° 06/10, bem como no procedimento de Inexigibilidade n° 07/10, conforme devidamente explanado no trabalho técnica elaborado por este Tribunal.

Em síntese, parte dos fatos articulados na Delação restaram confirmados, conforme se demonstra pela conclusão do Relatório de Inspeção acima transcrito, que, diga-se, fica acolhido em sua integralidade por esta Relatoria.

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Neste sentido, confirmada a existência das ilicitudes, emergem a vulneração aos princípios e normas que devem nortear a Administração Pública, trazendo como consequência, a necessidade de punição do Gestor, tanto no que diz respeito à imposição de multa pecuniária, quanto em relação à obrigação de ressarcimento.

Diante do exposto, vota-se, com arrimo no inciso XX do art. 1º da Lei Complementar 06/91, combinado com o art. 3º e §2º do art. 10, da Resolução TCM nº 1225/06, pelo conhecimento e PROCEDÊNCIA EM PARTE da Denúncia - Processo TCM nº 73194-10, lavrado contra o Sr. DERALDINO ALVES DE ARAÚJO - Prefeito Municipal de Ipiaú. Em razão do ilícito praticado, imputa-se ao Gestor e ordenador das despesas a multa no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), com base no art. 71, inciso II, da citada Lei Complementar nº 06/91 e determina-se, com fundamentado no art. 76, inciso III, letra “c”, da citada Lei nº 06/91, no prazo de 30 (trinta) dias do trânsito em julgado do presente processo, o ressarcimento do valor de R$ 19.929,05 (dezenove mil, novecentos e vinte e nove reais e cinco centavos), devendo ser corrigido monetariamente e acrescido de juros legais.

A multa aplicada e o débito imputado deverão ser recolhidos ao erário municipal, na forma estabelecida nas Resoluções TCM nº 1124/05 e 1125/05, respectivamente, sob pena de se adotar as medidas preconizadas no art. 74 da multicitada Lei Complementar. Tais cominações se não forem pagas no prazo devido, serão acrescidas de juros legais.

Adverte-se, ainda, o Gestor para a necessidade de adotar urgentes providências visando o fiel cumprimento dos princípios regedores da Administração Pública como insculpidos no art. 37 caput da vigente Constituição da República Federativa do Brasil.

Determina-se, ainda:

a) Que em futuras licitações, elabore o projeto básico contendo os elementos previstos no art. 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666/93, em especial aqueles descritos nas alíneas “c” e “f”, destinados a identificar, com precisão adequada, os serviços, materiais e equipamentos a serem adquiridos, bem como os seus respectivos custos;

b) Adote as medidas necessárias para que as obras e serviços realizados no Município, sejam adequadamente fiscalizadas por seus órgãos técnicos, e, ainda, para que sejam auditadas por sua unidade de Controle Interno;

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c) Cancele de imediato, o contrato firmado com a Empresa Family Cred, diante de sua evidente desvantagem para o Município;

f) Implemente medidas eficazes voltadas para o efetivo funcionamento da Controladoria do município;

g) Observe de forma estrita a Resolução TCM nº 612/02 no que diz respeito à Escrituração e Manutenção de Livros Obrigatórios da Administração, inclusive aqueles destinados aos contratos.

Em face das irregularidades consignadas nos autos, determina-se a representação da presente Denúncia, por intermédio da Assessoria Jurídica deste TCM, ao douto Ministério Público, fundamentado no inciso XIX, do art. 1º e na letra “d”, do inciso I, do 76,da Lei Complementar nº 06/91.

Cópia deste decisório às partes, à competente CCE para acompanhamento.

SALA DAS SESSÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA, em 05 de junho de 2013.

CONS. FERNANDO VITARELATOR

Este documento foi assinado digitalmente conforme orienta a resolução TCM nº01300-11. Para verificar a autenticidade deste, vá na página do TCM em www.tcm.ba.gov.br e acesse o formato digital assinado eletronicamente.

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