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PROCESSO DE PRODUÇÃO DO OAC IDENTIFICAÇÃO Autor: Rita de Cássia Wielewski Título: Ginástica no Ensino Médio Ensino: Médio Disciplina: Educação Física Conteúdo Estruturante: Ginástica Conteúdo Específico: Ginástica Escolar 1. RECURSO DE EXPRESSÃO (RELATO) Chamada: Como a ginástica pode contribuir para formação do educando para que se sinta seguro em criar a partir da recriação da sua cultura nas diversas formas de movimentos? Título: Resgate da gestualidade A ginástica é um os conteúdos da educação física no ensino médio e os movimentos realizados na sua prática muitas vezes são gestos repetitivos onde, se acredita, o aluno não tem oportunidade de se expressar corporalmente deixando fluir sua criatividade.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DO OAC

IDENTIFICAÇÃO

Autor: Rita de Cássia Wielewski

Título: Ginástica no Ensino Médio

Ensino: Médio

Disciplina: Educação Física

Conteúdo Estruturante: Ginástica

Conteúdo Específico: Ginástica Escolar

1. RECURSO DE EXPRESSÃO (RELATO)

Chamada:

Como a ginástica pode contribuir para formação do educando para que se

sinta seguro em criar a partir da recriação da sua cultura nas diversas

formas de movimentos?

Título: Resgate da gestualidade

A ginástica é um os conteúdos da educação física no ensino

médio e os movimentos realizados na sua prática muitas vezes são gestos

repetitivos onde, se acredita, o aluno não tem oportunidade de se

expressar corporalmente deixando fluir sua criatividade.

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O aluno como um dos sujeitos do processo ensino aprendizagem

deve ser levado a conhecer o significado de suas ações e reconhecer que

sua capacidade comunicativa pode ser ampliada e problematizar os

assuntos que envolvem a sua vida.

Entendendo a educação como processo, no qual a participação

nas práticas é um acréscimo na bagagem trazida pelo aluno, se pressupõe

que, numa aula de ginástica, a simples repetição de movimentos não

contribui para uma formação consciente e emancipatória.

Dessa forma o que vem fundamentar essa colocação é o próprio

direcionamento dado pelas diretrizes estaduais da educação física, as

quais foram construídas num diálogo aberto com os professores da rede

estadual de educação. Essa diretrizes, apontam para um projeto mais

amplo de educação do estado do Paraná, onde, “entende-se a escola

como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos

alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade”.

(diretrizes curriculares, 2007). Por outro lado o que fundamentou as

diretrizes, foram teorias críticas de Saviani, e da área da educação física o

coletivo de autores, de Kunz, entendendo-se que, como esses e outros

autores críticos, há necessidade de “interrogar a hegemonia que entende

esta disciplina tão-somente como treinamento do corpo, sem nenhuma

reflexão sobre o fazer corporal”. (diretrizes curriculares, 2007).

Retomando, esse “fazer corporal” pode ser entendido pela teoria -

Crítico-emancipatória: onde:

Na perspectiva o movimento humano em sua expressão é considerado significativo no processo de ensino/aprendizagem, pois está presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o “ser no mundo”. Nesse sentido, parte do entendimento de que a expressividade corporal é uma forma de linguagem pela a qual o ser humano se relaciona com o meio, tornado-se sujeito a partir do reconhecimento de si no outro. Esse processo comunicativo, também descrito como dialógico, é um ponto central na abordagem crítico

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emancipatória. A principal corrente teórica que sustenta essa abordagem metodológica é a Fenomenologia, desenvolvida por Merleau Ponty. A concepção crítico-emancipatória foi criada também, na década de 90, pelo pesquisador Elenor Kunz.11 (diretrizes curriculares, 2007).

REFERÊNCIAS

- Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná. SEED-PR, Curitiba. 2007.

2. RECURSO DE INVESTIGAÇÃO

2.1 Investigação Disciplinar : Ginástica

2.1.1 Um pouco sobre a história

Quando, no século XIX, desenvolve-se a preocupação

cientifica de sistematizar os conhecimentos das práticas corporais,

o objetivo, além de sistematizar , era colocar normas a esse

conhecimento. Mas podemos perguntar: que práticas eram

aquelas que necessitavam de um ajuste para servir a fins sociais

e que passam a ser denominadas “ginástica”?

Abraçando uma enorme gama de prática corporais, o termo ginástica, pertencente ao gênero feminino, de designação feminina e que historicamente se constrói a partir de atributos culturalmente definidos como masculinos – força, agilidade, virilidade, energia/têmpera de caráter, entre outros – passa a compreender diferentes práticas corporais. São exercícios militares de preparação para a guerra, são jogos populares e da nobreza, acrobacias, saltos, corridas, equitação, esgrima, dança e canto. (SOARES,2005 pg.20)

Assim a autora nos auxilia a entender que a cultura do

movimentar-se se expressava diferentemente, isto é, era

concebida, possuía finalidades e objetivos diferentes de acordo

com o meio social que advinha.

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A ciência solicitada, então, reúne todas essas práticas e

concebe a ginástica com um fim que até então não se colocava

em evidência, que era preparar e adestrar o corpo para o

trabalho. Nesse momento histórico o corpo precisa ser visto como

máquina, que se movimenta dentro da lógica dos resultados, previstos e

mensuráveis. E sobre isso podemos pensar sobre dois pontos:

- a necessidade da burguesia do século XIX, em termos de mão

de obra saudável para o trabalho nas fábricas, minas, etc.

– O avanço das pesquisas na área médica, que então, dá suporte

a explicações referentes ao bem estar físico a partir da prática de

movimentos.

“Do sistema fabril conforme expõe pormenorizadamente Robert Owen, brotou o germe da educação do futuro que conjugará o trabalho produtivo de todos os meninos além de uma certa idade com o ensino e a ginástica, constituindo-se em um método de elevar a produção social e de único meio de produzir seres humanos plenamente desenvolvidos. (MARX, 1987 p.554)

Esse conjunto de saberes, se pode dizer: “aqueles

convenientemente relacionados pelo mundo científico de acordo com a

ordem vigente estipulada nas necessidades da burguesia”, dá legitimidade

às práticas corporais sistemáticas na escola. Percebe-se que o

convencimento dos fins, no caso a que se destinava a ginástica é dado

subjetivamente pelas classes dominantes.

E “a partir da sistematização dos saberes da ginástica, passa a

ser prática obrigatória nos currículos escolares por conta de suas

finalidades sociais” (DOCUMENTO DA INTERNET). Assim sendo, a

ginástica é concebida no meio escolar com fins implícitos, e apoiados nos

conhecimentos científicos que certificavam os resultados decorrentes de

sua prática. Porém, de um modo geral, é possível afirmar, que a prática

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corporal registrada pela ciência apropriou-se de vários conhecimentos,

porém colocando fins diferentes daqueles que anteriormente se percebia.

Nesse sentido, há de se notar, que quando a ginástica era uma brincadeira

de rua, tinha como fim apenas o divertimento, e quem vivenciava essas

práticas eram camadas da população que se exercitavam pelo prazer, pelo

divertimento.

Contudo há um outro conjunto de saberes que também serviu de base para a Ginástica científica e que foi apagado de seus registros. Trata-se das práticas populares tradicionais de artistas de rua, de acrobatas e funâmbulos. Seus aparelhos de demonstração e suas acrobacias são literalmente copiadas pelos pensadores da Ginástica no século XIX (SOARES, 2004 p.114)

Quando da legitimação dos conhecimentos, os quais deveriam ser

repassados aos jovens nas escolas, os saberes populares de práticas

corporais ficam quase que totalmente excluídos do conjunto de saberes

que se propunha como conhecimento, apesar de terem servido de base

científica para a sistematização dos novos movimentos propostos.

Para reafirmar a utilidade dada a ginástica na escola nessa época,

ainda podemos citar outros autores, que por nem um momento discordam

de Carmem Soares, no que diz respeito a como se procedeu a implantação

da ginástica na escola.

“Na Educação Física institucionalizada no final do século 19, houve a necessidade de sistematizar o conhecimento para satisfazer as necessidades sociais da época, preparar a população jovem masculina para a defesa da pátria e para o aumento da produção industrializada” ( DICIONÁRIO CRÍTICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2005 pg. 211)

Também sobre isso concorda Marinho Os discursos e literatura da época registram a absorção do conhecimento produzido pelas escolas e movimentos ginásticos europeus como modelo às novas exigências do mundo do trabalho industrializado e sua exigência de modernização em implementação no contexto nacional brasileiro. E neste contexto, a ginástica entra na escola no Brasil como meio de formação de um novo homem, uma nova sociedade exigida pela modernidade já em pleno desenvolvimento na Europa e América do Norte. (PENNA MARINHO ,1965, p.170)

2. 1.2 Considerações sobre a situação atual da ginástica

Nesse espaço se propõe discutir os fins para quais a ginástica é

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praticada, para que a partir desse enfoque haja uma percepção da

fragilidade em que se encontra a ginástica na escola no que diz respeito à

prática em si e seus objetivos. Conforme Galardo, temos que a ginástica

atualmente tens os seguintes fins: “Estética, redefinição da postura,

reabilitação, condicionamento físico, relaxamento entre outros”

(DICIONÁRIO CRÍTICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2005 p.211).

Na escola é ensinada ginástica, sendo que é um conteúdo

estruturante e dentro do qual se abre um leque de possibilidades para o

seu ensino, fundamentado na ciência.

A ginástica no ensino médio é nosso foco e aqui pretende-se

registrar que o (COLETIVO DE AUTORES, 1992, pg.80), sugere a GRD e

a Ginástica Artística como fundamentação para possibilidades do ensino

da ginástica na escola. Pretende-se registrar que a GRD e Ginástica

Artística, também como a Ginástica Aeróbica foram esportivizadas,

havendo um espaço dentro da escola para seu conhecimento, pode-se

perguntar de que forma existem essas ginásticas na escola de forma real,

na prática de movimentos, se espaços físicos e materiais são escassos na

realidade da escola pública? Esse não é um problema levantado nesse

trabalho, pois a pretensão é mostrar experiências com ginástica como é o

caso do projeto “Ginástica: Alegria na Escola” e que foi apresentado em

congresso na Bahia/2006.

Projeto desenvolvido nas escolas públicas de Salvador/BA “Ginástica: Alegria na Escola”. Conclui demonstrando que existem alternativas para redimensionar o trabalho pedagógico, o trato com o conhecimento, os objetivos e avaliação e os espaços e tempos pedagógicos no ensino da ginástica, enfrentando o problema da falta de conhecimentos, habilidades e competências das crianças e jovens no campo da cultura corporal, incentivando uma formação humana emancipatória e contribuindo para uma pedagogia superadora, em uma escola libertadora e tempo integral. (DOCUMENTO DA INTERNET).

Mais um exemplo é : A GINÁSTICA GERAL NA EDUCAÇÃO FÍSICA

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*Graduado em EF pela Universidade Estadual de Maringá.

**Doutora em EF pela Faculdade de Educação Física da UNICAMP. Professora do Departamento de EF da Universidade Estadual de Maringá.

***Mestranda em EF pelo Departamento de EF da UEM. Professora do CESUMAR. (Brasil)

Resumo

Esse estudo, de caráter descritivo, objetivou analisar como a ginástica geral pode ser desenvolvida na educação física escolar a partir da pedagogia histórico crítica. Por meio da aplicação de aulas de ginástica geral para alunos do ensino fundamental de uma instituição pública do município de Maringá-Paraná-Brasil, apresentamos encaminhamentos

metodológicos para o trato com esse conhecimento. A presente pesquisa constituiu-se de quatro etapas: estudo de abordagens metodológicas; localização de como a ginástica geral poderia ser trabalhada a partir da abordagem escolhida; elaboração e aplicação de 12 aulas de ginástica geral com base pedagogia histórico-crítica para alunos de primeira série;

e, interpretação das experiências de ensino com a ginástica geral na educação física escolar. Encontramos algumas dificuldades na ação docente com essa abordagem, sobretudo pela falta de experiência dos alunos com uma prática

pedagógica que privilegie a reflexão crítica. Entretanto, o estudo indica a viabilidade da ginástica geral como conhecimento da educação física escolar e aponta a necessidade de entender sua dimensão educacional.

Unitermos: Ginástica. Educação Física escolar. Pedagogia histórico-crítica. Onde se procura alternativas para o ensino da ginástica na escola

sendo colocada a ginástica geral como uma possibilidade, visto que de

acordo com a Federação Internacional de Ginástica, a ginástica geral:

Compreende um vasto leque de atividades físicas, nas quais acontecem manifestações gímnicas e/ou culturais. Portanto , A ginástica geral engloba os tipos de ginástica de competição (GO, GRD, Ginástica aeróbica), a dança, atividades acrobáticas com e sem aparelhos e também as expressões folclóricas sem fins competitivos, destinados a todas as idades, acrescentando ainda que ela desenvolve a condição física e a interação social. Segundo esta definição, a ginástica geral também contribui para o bem estar físico e psíquico, sendo um fator cultural e social. (DICIONÁRIO CRÍTICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA p.212).

A ginástica geral, segundo exemplificado nos projetos acima vem

então, propor o conhecimento da ginástica numa visão mais ampla, sendo

que de fato, isso é uma busca para soluções, porque, a construção desse

conhecimento vem se fazendo a propósito dos novos enfrentamentos

sociais surgidos na atualidade.

Esse problema foi debatido no encontro GINÁSTICA NA ESCOLA

: Um diálogo crítico entre professores da Alemanha e do Brasil, Bahia em

junho 2006, UFBA. Entre as discussões os professores se dispuseram

a questionar a ginástica no âmbito escolar numa relação abrangente com

os problemas atuais da sociedade. Daí temos essa colocação :

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Levantamos com o professor Reiner hipóteses, e uma delas é de que o desinteresse pela ginástica na escola pode ser explicado, pelo menos em parte, pelo desenvolvimento que a ginástica em geral e, especialmente, a ginástica na escola tiveram ao longo dos tempos. Esta evolução demonstra um processo progressivo da “escolarização”, “desportivização” e de “mercadorização” da ginástica. Fazer da ginástica um objeto da aula, na atual realidade do ensino, exige entender este processo de submissão da vida e subsunção das atividades humanas, sob as condições da escola, a uma evolução da ginástica, enquanto conteúdo de ensino para uma mercadoria a ser comprada, relacionada com “qualidade de vida”, “estilo de vida”, “status social” e, principalmente, a esportivização da ginástica. Nos cabe tirar lições e conseqüências disto. (DOCUMENTO DA INTERNET)

Sem dúvida há de se pensar sobre a ginástica escolar e que seus

fins educativos são claramente influenciados pela forma atual de ver a

ginástica pela mídia como forma básica para se conseguir o corpo ideal.

Sendo que fora disso parece não haver mais sentido em exercitar-se.

2.1.3 Proposta

Talvez a dificuldade em continuar ensinando a ginástica na escola

seja a dualidade, entender o ser humano como corpo e mente. O professor

perder-se no foco do objetivo da prática da ginástica, porque o corpo

possui linguagens e na perspectiva de Corazza:

A escola como espaço tempo de expressão das linguagens, encontra-se presa à linguagem da gagueira. Para essa autora a escola não consegue dialogar com as linguagens já escutadas e discutidas em outras instâncias culturais, tais como a mídia, o cinema, as novelas, a literatura, a poesia, a dança, as lutas. Muito menos com a linguagem “não linguajada, a impensável, a dizível” – acrescentaria que essa é a linguagem da materialidade dos corpos de professores e alunos e penso ser esta a menos problematizada no contexto da escola, o que lamento por acreditar que a linguagem corporal é o que nos qualifica como humanos. (DICIONÁRIO CRÍTICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2005 pg. 221).

Talvez essas experiências realizadas em formas de projetos,

sejam de alguma maneira o início de uma ressignificação do campo

gestual, proposta de participação coletiva, estímulo a criatividade , isso

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tudo possa fazer parte mais adiante de um conhecimento que foi

redirecionado, por conta de necessidades estruturais e por fatores externos

que influenciam a prática educativa. Dentre eles pode-se citar a falta de

materiais e espaços adequados para a prática da ginástica, influências dos

meios de comunicação, a própria descrição dos interesses dos jovens na

atualidade, e outros.

Por outro lado, acredita-se que podemos ver por conta dessas

mudanças, as quais são determinantes históricos-sociais, um avanço no

sentido do olhar a ginástica para além do que se propunha inicialmente

quando de sua implantação na escola, que literalmente significava

“educação física” e propunha uma intervenção sobre um corpo, que

necessita ser educado, sendo que o objetivo dessa educação era dar a ele

padrões mínimos de funcionamento para a vida em sociedade.

Esse ir além na pedagogia da ginástica carece de uma

metodologia onde há emergência de uma proposta crítica, que no sentido

correto deveria passar primeiro pela formação de professores e o pensar

de uma prática corporal alicerçada na ciência sempre de forma que leve a

reflexão sobre a cultura e a conscientização do aluno como sujeito da

história que está sendo construída.

A presença da ginástica no programa se faz legítima na medida em que permite ao aluno a interpretação subjetiva das atividades ginásticas, através de um espaço amplo de liberdade para vivenciar as próprias ações corporais. No sentido da compreensão das relações sociais a ginástica promove a prática das ações em grupo onde, nas exercitações como “balançar juntos” ou saltar como os companheiros”, concretiza-se a “co-educação”, entendida como forma de elaborar/praticar formas de ação comuns(...) (COLETIVO DE AUTORES, 1992 p.77).

Apesar de concordar com essa forma humanista de ver a

ginástica, questiona-se aqui se para respaldar a ginástica na

escola, busca-se ainda, ou muitas vezes, não pode se fugir dessa

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domesticação do corpo através de repetição de movimentos, que é

definida como objetivos essenciais da ginástica , por Gallardo

(DICIONÁRIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2005 p.117) diz que “para a

compreensão do que é a essência da ginástica devemos entender os

termos aos quais ela está associada; assim na ginástica está implícita a

idéia de exercitar e sua delimitação neste âmbito está no corpo em

movimento”.

Ainda define que cientificamente a ginástica é considerada assim:

“Qualquer ação que seja repetida com o objetivo de melhorar a aptidão

física e/ou a melhoria da qualidade de execução de um gesto pode ser

considerada ginástica” ( DICIONÁRIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2005

p.117)

Este recorte sobre o significado da ginástica evidencia a prática e

os significados dados hoje a esse conhecimento como conteúdo escolar.

Talvez o impasse esteja na procura de um significado para a prática, além

dos sugeridos que tem como fim a aptidão física, citado acima.

Retornando ao foco de como foi implantada a ginástica no âmbito

escolar, as abordagens confirmam que movimentos expressivos e

aspectos psicológicos não fundamentavam esse conhecimento.

“Se se falava na consideração dos aspectos psicológicos individuais ou na dimensão estética dos gestos, isso era desvinculado da dimensão física, como se o corpo fosse a expressão mecânica de uma superioridade psíquica ou mental. Nessa mesma linha de raciocínio, não eram consideradas as diferenças culturais” (DOCUMENTO DA INTERNET).

Mesmo não podendo se esquecer que aptidão física pode ser um

objetivo da ginástica na escola que complementa os demais, entende-se

que as novas possibilidades para essa ressignificação estariam nas

diferentes formas de movimentos, nas propostas de professores

conscientes de seu papel social, na aplicação do conhecimento da

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ginástica não como um esporte, mas como uma prática em grupos. Não

com a necessidade de repetições automáticas, mas sim com possibilidades

de gestos criativos e formas expressivas que estariam dentro daquele

conhecimento referentes as práticas populares dos artistas de ruas.

REFERÊNCIAS

COLETIVOS DE AUTORES Metodologia do Ensino da Educação Física ,

SP : Cortez, 1992.

Jaime González, Paulo Evaldo Fensterseifer. – Dicionário Crítico de

Educação Física - Ijuí : Ed. Unijuí, 2005.

MARX, K. O Capital – Trad. Reginaldo Sant’Anna. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2001.

PENNA MARINHO, I. Sistemas e métodos da Educação Física. São Paulo: Gráfica Mercúrio, 1965.

SOARES, C. L. Corpo e História . 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados,

2004.

SÍTIOS

Acessado em: Jan/2008 biblioteca UNICAMP

http://www.unicamp.br

2.2 Possibilidades interdisciplinar

título : COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO = GINÁSTICA

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Os seres humanos se comunicam de várias formas : “o corpo é uma

“casa” cheia de linguagens – vozes, sorrisos, sensualidade, sexualidade,

gênero, raça, etnia – no sentido que são marcas vivas, significantes,

mutáveis, temporais, históricas” (DICIONÁRIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA,

2005, p.267). Essas formas de comunicação se tornam mediação do

sujeito com o meio em que ele vive.

É pela comunicação que o indivíduo efetiva a sua cultura, numa

troca, onde são considerados valores, crenças, assim como hábitos e

tabus. Então é pela comunicação que há atribuição de significados a

determinados signos “Signo é composto por: um objeto, que é um fato

concreto; por um interpretante, aquilo que vem a cabeça sobre o objeto e o

representam em que é a própria palavra ou outro veículo de comunicação.

Signo é todo objeto perceptível que de alguma maneira remete a alguma

coisa que se remete a outra e aí se sucede. Quando aqui se faz referencia

a comunicação através dessas marcas individuais culturais que

denominamos de signos, estamos nos referindo ao corpo que se expressa.

Dentro dessa forma de expressão a comunicação pode ser um processo

consciente, subconsciente ou inconsciente.

Catelani (1988 p.72) se refere aos signos tatuados no indivíduo

como sendo todas as marcas que cada sujeito traz a começar pelo fato de

existir, depois estar inserido num meio social e tudo que compõe seu

imaginário. Essas informações lhe foram comunicadas conscientemente ou

inconscientemente e tal sujeito vai se comunicar com o mundo de acordo

com essa simbologia interiorizada e que assim decorre de acordo com a

cultura. A definir cultura como “(...) Cultura é a maneira pela qual os

humanos se humanizam por meio de práticas que criam a existência

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social, econômica, política, religiosa, intelectual e artística” (CHAUÍ, 1994.

p.295).

A questão básica proposta é : a comunicação e expressão pode

ser um dos objetivos da prática da ginástica na escola? Essa seria a

primeira questão. Poderíamos dizer que na prática da ginástica os

movimentos são conhecidos através de uma apresentação gestual aos

alunos. O questionamento é: o que se oferece ao aluno, em forma de

prática de movimentos, tem deixado um espaço razoável para que ele

reavive no seu imaginário havendo a comunicação, ou seja, possa haver a

expressão pelos gestos daquilo que lhe define como parte desse encontro

social numa seção ou aula de ginástica?

“A expressão corporal participa da área de Educação Física na

qualidade de prática pedagógica, a qual possibilita aos corpos se

apropriarem do direito da expressão.”(DICIONÁRIO DE EDUCAÇÃO

FÍSICA , 2005, p.193). Vendo dessa forma, a comunicação estaria a

propósito da arte de se movimentar e a interlocução se daria através do

gesto que é definido como movimento expressivo, que tem um significado

e uma intenção.

Segundo José Ricardo da Silva Ramos (DICIONÁRIO CRÍTICO DE

EDUCAÇÃO FÍSICA, 2005, p.210) os gestos significativos são signos. E

cita outro autor para esclarecer como é composto o signo gestual:

O signo gestual parte de duas dimensões: a base física (significante) sobre a qual se assenta e a referencia a um conjunto de interações corporais, idéias, pensamentos, posturas, estratégias nos quais os gestos se marcam e adquirem valores culturais, convencionais ou arbitrários (gestemas). (DICIONÁRIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, p. 210).

A gestualidade humana contextualizada é uma forma de

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comunicação, e deixa de ser se for vista de uma forma isolada. A questão a

ser colocada é se nas aulas de ginástica estamos deixando espaço para

que essa gestualidade seja expressada, ou se por outro lado, estamos

fazendo um trabalho para que a gestualidade seja educada? Vamos dar

um exemplo, a corrida. Para vivenciar esse movimento o aluno revela-se

naturalmente, porem podemos ensiná-lo a técnica para que a corrida se

torne mais eficiente, no caso da ginástica, hipoteticamente, uma

apresentação de solo requer uma técnica para corrida que precede uma

roda por exemplo. Já haveria toda uma técnica interiorizada pelo aluno

através do convívio social, e que ele a comunica no modo de correr.

No meu modo de ver, as técnicas corporais são interiorizadas, se

tornando expressão de signos. Porem o conhecimento que se passa na

escola de como se realizar um movimento não ajusta o aluno a esse novo

padrão de uma forma natural, e deixaria de ser um movimento visto como

comunicativo e expressivo, se tornando apenas uma mecanização. E que

por exemplo quando a técnica de corrida na ginástica é ensinada, esse

conhecimento fica inserido dentro de uma nova forma de se expressar que

o aluno ainda não possuía, mas que por outro lado muda sua forma natural

de expressão, no instante que ele está realizando o movimento na

ginástica.

. Essa indagação a respeito de comunicar-se ou não através do

movimento na ginástica deseja levar ao ponto que se está se ensinando

uma técnica a um movimento, essa padronização não anula a

comunicação, porém pode-se pensar descaracterizar a expressão de

signos. Pois o movimentar-se é relativo a cultura, onde o movimento é

realizado dentro de uma técnica particular que é aprendida no convívio

social e que deixa marcas definitivas, como afirma Bracht “ o movimentar-

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se, é entendido como uma forma de comunicação com o mundo e é

constituinte e construtora de cultura e possibilitado por ela” (BRACHT, 1996

pg. 58).

A teorização nos permite entender que todo gesto corporal pode

ter uma técnica, pois atende aos critérios de tradição e eficácia no interior

de uma dada dinâmica cultural. Essa técnica é definida assim:

“técnicas corporais ou maneiras pelas quais os homens de forma

tradicional utilizam seus corpos” (SADI, 2004 p.70).

No que se refere a comunicação seguindo a intenção da análise

feita, os movimentos da ginástica podem ser uma expressão do que se

acabou de conhecer como também pode ser uma expressão do que o

corpo experimentou anteriormente fora da escola em forma de movimento

e que esses também são constituídos por uma técnica que está

interiorizada e que pode ser expressada se houver espaço para isso dentro

da aula de educação física.

Nesse segundo momento, procuraríamos entender o que o aluno

pode expressar ou comunicar aos demais. Que cultura interiorizada pode

ser exposta numa aula de ginástica? Como sujeito da história quais as

marcas que esse aluno traz? Arrisca-se a dizer baseado no que foi dito

acima que a indústria cultural deixa suas marcas numa abrangência social

de grande vulto. Porém outras marcas podem ser ocasionadas no aluno de

ensino médio que já passou da infância e está na luta pela sobrevivência,

se referem as marcas ocasionadas pelo trabalho, e aqui não se pretende

dar a ênfase a essa problemática, apenas afirmar que o trabalho como

meio de sobrevivência tem sido há tempos causa de um silêncio corporal,

ou melhor dizendo uma queda nos gestos expressivos por conta da

produção em série, posições que o corpo necessita assumir durante a

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tarefa designada pelo patrão etc. para nos ajudar nessa explicação temos

Alexandre Vaz onde, numa análise “sobre a presença do corpo na

arqueologia da modernidade em Walter Benjamim” (SOARES, 2004, p.47)

vamos nos ater ao ponto em que ele comenta o corpo experiencial no item

corpo e maquinaria. Nesse ponto o autor está tratando do assunto

comunicação, e do que seria uma narrativa, e entendeu-se que, se narra o

que é experimentado. Esse autor enfoca sua abordagem sobre

experiência corporal, fazendo uma relação da ação humana dentro de

tempo e ritmo. Então ele propõe, como um trabalhador poderia comentar a

experiência de seus movimentos quando seu corpo passa a ser uma

extensão da máquina. E comenta: “na linha de montagem, o autômato,

pode prescindir da experiência e da narração, porque age contra o tempo.”

(SOARES, 2004 p.47)

REFERÊNCIAS

BRACHT, Valter Sociologia Crítica do esporte , Ijuí : Ed.Unijuí, 2005.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: A história que

não se conta . São PAULO : Papirus, 1988.

CHAUÍ, M. Convite à Filosofia . São Paulo: Ática, 1994

Esporte, Política e Sociedade/ Renato Sampaio Sadi, Brasilia:

Universidade de Brasilia, Centro de Educação a Distância, 2004.

Jaime González, Paulo Evaldo Fensterseifer. – Dicionário Crítico de

Educação Física - Ijuí : Ed. Unijuí, 2005.

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SOARES, Carmem L. Corpo e História , Campinas, SP : autores

associados, 2004.

DOCUMENTO DA INTERNET

http://www.faced.ufba.br/rascunho_digital/textos/579.htm

VIDEO

http://www.youtube.com/watch?v=K-GM3DHjw3I

3 . RECURSOS DIDÁTICOS

3.1. Livro didático público

O livro do aluno pode ser utilizado na discussão aprofundada sobre a

história da ginástica enfocada na modernidade.

Foto.....

IDÉIAS COMPARTILHADAS

3.3 Proposta de Atividades

título : GINÁSTICA GERAL

Propomos a GINÁSTICA GERAL, uma forma criativa de utilizar os

movimentos do corpo. Valorizando a cultura de cada pessoa, seus saberes,

seus ritmos, mesclando e socializando o conhecimento das formas de

movimento. Então a proposta é de montar correografias e levar o novo a

comunidade. De surpreender. Mas o que é o novo? Cada comunidade,

cada escola pode descobrir uma forma de mostrar suas raízes, sua cultura

através do movimento.

Para entendimento do que seria esse trabalho de ginástica geral na escola

e que transcende para a comunidade é necessário fazer uma análise da

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proposta de ginástica feita por Jorge Pérez Gallardo. A proposta da prática

nesse trabalho é baseado na proposta filosófica do referido autor que diz

que o aluno de ensino médio deve ter uma proposta de educação física

“Rumo à autonomia e à vida em sociedade”

REFERÊNCIA

GALLARDO, Jorge .S.P. (org) Educação física do berçário ao ensino

médio . Rio de Janeiro. Ed.Lecerna, 2003

Além desse material pode ser acessado o site da UNICAMP para ver os

trabalhos do autor e seus projetos.

Neste texto você não cita nenhum autor, e põe Gallardo nas referências.

Em referências bibliográficas, apenas se põem autores citados no texto

SÍTIOS

http://www.unicamp.br

PROPOSTA 1

GRUPO DE GINÁSTICA

Vamos apresentar uma forma de vivenciar a ginástica na escola, chamada

GINÁSTICA GERAL, e a sua capacidade lhe permitirá a transcendência do

conhecimento colhido, para usufruir em formas de apresentações públicas

que lhe sejam possíveis. DIFÍCIL? Trata-se de aprender e repassar. Ou

melhor, criar em pequenos grupos movimentos e apresentar idéias para

grandes grupos. A ginástica é um conteúdo da Educação Física, sendo

usada para aquecimento antes da prática esportiva, é uma forma de

preparar os músculos e articulações para movimentos mais bruscos sem

danos para o corpo, ou ainda em sessões para tornar o corpo mais forte e

flexível, ou para que o aluno aprenda a fazer os exercícios corretamente, e

mais tarde possa utilizar desse conhecimento na sua vida.

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Na proposta que se segue, vamos vivenciar a GINÁSTICA GERAL.

Trabalhando elementos acrobáticos, ginástica localizada, exploração de

materiais, movimentos de lutas, passos de danças, brincadeiras

vivenciadas nos movimentos ginásticos, os movimentos esportivos

correografados na ginástica e tudo o que você quiser incrementar. SOBRE

A APROPRIOAÇÃO DE MOVIMENTOS, A EQUIPE É QUEM DECIDE.

Perceba que estamos virando o jogo, nesta proposta, a ginástica não mais

vai ser usada, como elemento introdutório, ou como um simples

aquecimento. Vamos utilizar de todos os nossos conhecimentos nos

esportes, nas brincadeiras na dança, para realizar a ginástica de uma

forma GLOBAL. Com objetivo de trabalhar em equipe e socializar os

conhecimentos de cada aluno.

ATIVIDADE 1

-Possibilidades de movimentos: ( toda a turma)

Colocar uma música, e ao ritmo dessa , deslocar-se, só . Deslocar-se

fazendo um movimento. Em duplas, um faz o movimento , o outro repete e

depois inverte-se a ordem. Em quarteto, da mesma forma, agora em

trenzinho o ultimo, vai a frente e os outros repetem o movimento do chefe.

Segue o mesmo exercício, mas agora o primeiro fica de olhos abertos e os

outro 3 ficam de olhos fechados e tentam sentir os movimentos. O segundo

sente o movimento do primeiro segurando com as duas mãos no ombro do

companheiro da frente, mas não pode usar os dois braços, pois um deve

ser usado para manter-se ligado no colega da frente. Sombra, em

deslocamento dois a dois, um faz outro segue sem lhe tocar. Espelho um

faz o gesto do outro, frente a frente parado.

-Mais possibilidades de movimentos:

Em duplas. Um fixa-se (fica parado em uma posição) e outro faz

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movimentos, em sua volta, entre suas pernas, seus braços, enfim interage

com a estátua do companheiro. Próximo passo. Os dois no lugar fazendo

movimentos, vão interagir de forma que seus corpos não se toquem mas

que um utilize o espaço do outro que se movimenta num mesmo ritmo.

Como na capoeira, um abaixa-se, outro passa o pé sobre ele com a perna

esticada. Interação mútua, fazer este exercício por uns 5 minutos, ou uma

música.

Em duplas: criar movimentos mantendo uma parte do corpo em contato

com o companheiro. Parado, sem deslocamento, e em seguida em

deslocamento. Procurando fazer movimentos individuais mas que dêem

uma complementaridade da dupla, ou seja que fluam numa plástica

agradável.

obs.a idéia é que seja uma diversão, que se brinque com os movimentos.

ATIVIDADE 2 (objetivo expressar experiências)

Formar grupos de 6 pessoas

A)Os alunos colocam-se numa extremidade da quadra, o professor se

deslocando em conjunto, passa a realizar um movimento, a turma o

acompanha em seu deslocamento e em seu movimento até a outra

extremidade da quadra. Agora cada grupo de 6 vai ter um líder, seguindo o

exemplo do professor. Retorna-se ao ponto de saída, cada equipe com seu

monitor. Cada equipe, acompanha o movimento que está sendo realizado

pelo guia. O professor ainda recomenda, usem movimentos de suas

experiências corporais: esportivas, sociais, etc. A cada percurso, se troca

de monitor.E se repetem deslocamentos até que todos participem, se

possível.

NA SEQÜÊNCIA

B)Cada grupo, se coloca num espaço da quadra. O professor recomenda

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que criem movimentos, cada aluno um movimento, que deve ser executado

pelos outros. Movimentos pensando em utilizar quanto mais se possa, de

todas as articulações do corpo. Um grupo fará, exercícios sentados, outro

grupo em pé, outro deitado, outro em posições diferentes como: na posição

de gato, de joelhos sentado sobre os calcanhares.

Tempo curto, pois já não é tão difícil inventar o que fazer. O professor dá

um número a cada aluno do grupo de 1 a 6, e depois pede que os números

1 se reúnam e os números dois se reúnam, assim por diante. Formem

grupos. E socializem os movimentos criados, a priori, no primeiro grupo.

3.4 Vídeos

http://www.youtube.com/watch?v=92uDstD0B3E&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=3LUQAbiCj4A

http://www.youtube.com/watch?v=_6da9npCFw0

http://www.youtube.com/watch?v=Btuv20HNaTk

4. RECURSO DE INFORMAÇÃO

4.1 Sugestão de Leitura

Livro

Título do Livro: Metodologia do Ensino da Educação Física

Referência: COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da

educação física. São Paulo: Cortez,1992.

Comentários: Este Livro norteia as aulas de Educação Física no Estado do

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Paraná, sua proposta baseada no Materialismo Histórico-Dialético

transforma os alunos em cidadãos críticos e bem posicionados perante a

sociedade Capitalista.

Outros

Título: Diretrizes Curriculares de Educação Física do Estado do Paraná.

Referência: Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação

Básica do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2006.

Comentários: Aqui iremos encontrar rumos a serem traçados para

promover a educação integral dos nossos alunos. A Cultura Corporal

através dos conteúdos estruturantes será a ferramenta para esta inserção

do nosso aluno na sociedade.

4.2 Notícias

Revista de circulação