processo da reencarnaÇÃo
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PROCESSO DA REENCARNAÇÃO
INTRODUÇÃO
Quis Deus que a evolução dos seres por Ele criados se desse pela reen-
carnação.
Dessa forma, reencarnamos para que possamos nos redimir de erros
cometidos em vidas passadas, sendo que como encarnados, temos a possibilidade
de evoluir tanto espiritualmente como em conhecimentos e também nos é dada a
oportunidade de colocarmos nossa vontade de evoluir à prova.
Devido à individualidade do espírito, os processos de desencarne e de
reencarnação não se dão de forma igual para todos os espíritos, sendo distintos para
cada espírito e de acordo com as necessidades de evolução de cada um.
Podemos dizer, grosso modo, que cada caso é um caso!
Porém, para efeito de estudo, classificamos esses processos para facilitar o
entendimento, lembrando sempre que as categorias descritas não se esgotam em
absoluto.
Em uma primeira abordagem podemos dividir essas categorias em três
diferentes tipos básicos, a saber:
1) Espíritos procedentes de regiões de vibrações pesadas (as que denominamos
regiões inferiores) e que necessitam de amplo apoio da Espiritualidade, pois
serão necessários grandes esforços para que esses espíritos possam, através
de magnetizações constantes, alcançar a inconsciência necessária à
reencarnação;
2) Espíritos com grande elevação espiritual que vão reencarnar em missões
apostólicas de iluminação e serviços e que quase ou nenhum trabalho dão
durante seu processo reencarnatório.
3) Espíritos medianos que não possuem elevação espiritual suficiente para se
desvencilhar da ajuda da Espiritualidade.
Nesse último tipo podemos incluir a grande maioria dos seres que irão encanar
na Terra.
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FINALIDADE DA REENCARNAÇÃO
O autor Espírita Eliseu Rigonatti, do Brasil, na obra O Espiritismo Aplicado, resume
em três as finalidades da reencarnação:
1. Aprendizado: A primeira finalidade da Reencarnação é o aprendizado. Com
efeito, a Terra é uma verdadeira escola na qual estamos matriculados para
desenvolver nossas faculdades nobres.
Devido às inúmeras experiências que a vida cotidiana na Terra nos proporciona,
educamos os sentimentos, o coração.
A base da educação do sentimento é o primeiro grande mandamento: Amar a
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Dessa base, derivam-se todos os outros preceitos educativos. Portanto, o
aprendizado na Terra, como Espírito encarnado, também oferece aos homens a
oportunidade de instruir o próprio Espírito adquirindo amor e sabedoria.
2. Elevação Moral e Espiritual: Esta segunda finalidade da Reencarnação está
relacionada com a elevação aos planos superiores do Universo à medida que o
homem vai educando o sentimento e adquirindo amor e sabedoria.
Em outras palavras, a encarnação será para o espírito uma escola onde deverá
desfrutar os aprimoramentos conseguidos e burilar seus sentimentos morais, tendo
em vista a sua elevação espiritual.
3. Reparação: Esta terceira finalidade da Reencarnação refere-se ao fato que o
homem, ao praticar o mal, necessitará arcar com as conseqüências desse ato.
É dessa maneira que a Reencarnação funciona como um corretivo ao Espírito
culpado. O homem sofrerá com a mesma intensidade durante outras encarnações
aquilo que ele fez sofrer.
Contudo, a Reencarnação não é tão somente um elemento corretivo, mas, é
também, um elemento reparador. Nas Reencarnações sucessivas, o homem será
posto em íntimo contato com todos aqueles a quem causou todo o tipo de malefícios
e infelicidades para que possa oferecer justa reparação.
Podemos dizer que, coma reencarnação, aprenderá a perdoar e ser perdoado, uma
vez que as encarnações colocam à prova todos os espíritos de uma comunidade ou
de um planeta como um todo.
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TIPOS DE REENCARNAÇÂO
O autor Espírita Carlos T. Rizzini, na obra “Evolução para o Terceiro Milênio”,
classifica a questão dos tipos de Reencarnação em três: Compulsória, Proposta e
Livre, conforme veremos, a seguir:
1. Reencarnação Compulsória: É aquela em que acolhe o Espírito sem prévia
concordância dele e até mesmo sem seu conhecimento.
É, por sua índole, própria dos Espíritos cujo grau de perturbação impede análise
clara da situação ou cujas faltas são tão graves que anulam a liberdade de escolha.
E uma imposição feita pela Lei Divina para atender aos casos cuja recuperação
exige longas expiações.
2. Reencarnação Proposta: É aquela que leva em consideração o livre-arbítrio
relativo de que dispõe o Espírito.
Mentores Espirituais estudam, sem imposição, seus débitos e méritos
programando em seguida os principais acontecimentos da próxima existência física,
tendo em vista a liquidação ou diminuição de dívidas e possibilidades de progresso
moral e espiritual.
3. Reencarnação Livre: É aquela que é própria dos missionários. Espíritos
redimidos perante a Lei Divina ou próximos da redenção no plano terreno.
São os que possuem ampla liberdade de escolha. Chegam ao plano material para
o desempenho de tarefas elevadas em quaisquer segmentos do conhecimento
humano, tanto nas ciências como na filosofia ou religião.
Portanto, tomarão posição no planeta onde encarnaram como indivíduos
diferenciados nos aspectos morais e de sabedoria como: um Sócrates; um Buda; um
Krishina, e, notadamente, Jesus de Nazaré.
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FASES DO PROCESSO REENCARNATÓRIO
André Luiz, no Livro Missionário da Luz, descreve a Reencarnação de um Espírito
dessa segunda categoria que se enquadra nas diretrizes mais comuns. Com base
nessas informações, descreve a preparação dos Espíritos para a encarnação em
fases distintas, a saber:
1. Fase inicial: As leis físicas naturais são seguidas no tocante à modelagem fetal e
ao desenvolvimento do embrião humano, sem, contudo, deixar de atender à questão
das provas retificadoras e necessárias ligadas a matéria orgânica.
De outro lado, nas esferas mais altas, são programados e traçados os mapas
genéticos para o espírito que vai reencarnar.
O Espírito toma conhecimento previamente das suas características na próxima
vida e tem consciência de que tudo faz parte do processo educativo pelo qual
passará e deverá obedecer.
Essa fase denominada inicial esta explanada no capítulo 12 – Preparação de
Experiências do livro Missionários da Luz de André Luiz, psicografia de Chico Xavier.
Nesse capítulo, André Luiz descreve de forma clara como se processam os
preparativos para a reencarnação, bem como cita que um grande número de técnicos
espirituais nas áreas de Biologia e Embriologia estarão envolvidos na preparação do
futuro corpo que o espírito que vai reencarnar terá que utilizar na Terra ou em outro
planeta ou mundo no qual terá que viver a vida de encarnado.
São elaborados desenhos e plantas do futuro corpo, bem como são efetuados ajustes
quanto às doenças, profissões, tempo de vida entre outras prioridades para que as
necessidades básica da encarnação sejam atendidas, de tal forma que obtenha o
maior sucesso possível.
Tanto o espírito que vai reencarnar pode solicitar ajustes, bem como os Espíritos que
o apóiam podem sugerir alterações para seu melhor desempenho durante a vida
carnal.
2. Fase Posterior: A Reencarnação sistemática é sempre um curso laborioso de
trabalho contra os defeitos morais demonstrados nas lições e conflitos. Neste
contexto, os pormenores anatômicos imperfeitos, circunstâncias adversas e
ambientes hostis constituem formas de aprendizado e de redenção.
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3. Mapa de provas úteis: O mapa de provas úteis é organizado com antecedência,
levando em consideração a cooperação fisiológica dos pais, a paisagem doméstica
(influência dos moldes mentais dos pais) e o concurso dos amigos espirituais. Assim,
todo mapa cromossômico é previamente organizado para atender às necessidades
de reparação do espírito em processo de encarnação.
No caso, por exemplo, da necessidade de se valorizar um dos sistemas fisiológicos,
como o coração, serão programados para o espírito desequilíbrios nessa área em
determinada fase da vida física.
É preciso levar em conta que tais ajustes não se constituem em castigos
dados ao espírito e sim são determinantes para a reparação de danos
causados a outros indivíduos ou a si próprio em encarnações passadas e que
precisam ser sanados.
Além disso, em muitos casos, o próprio espírito pede para que as suas
dificuldades sejam aumentadas para que possa evoluir mais rapidamente e
alcançar estágios evolutivos mais elevados.
Claro fica que tais alterações passam pelo crivo da Espiritualidade maior e
pelos mentores do “encarnante” que vão verificar se tais provas não podem
ser excessivas para os planos previamente traçados para o espírito em
processo encarnatório.
4. Equilíbrio restante: O equilíbrio e todo o corpo físico também são levados em
conta e todo o planejamento é estudado e revisado antes do momento da
reencarnação. Observamos, assim, muito trabalho para os Espíritos dedicados bem
como muito desconhecimento a ser vencido. Em vista disso, devemos aprender a
valorização da bênção da Reencarnação e do corpo físico que nos abriga, zelando
pela sua integridade e aproveitando todas as oportunidades para vivenciar o bem
entre os homens.
A vida é um presente dado por Deus para a nossa elevação moral e
intelectual e o corpo físico é o instrumento que nos foi dado e do qual faremos
uso para conseguir os objetivos traçados por nós e por toda a Espiritualidade
que nos ama na direção de nossa evolução.
Portanto, devemos nos sentir gratos pela oportunidade dada e de cuidar do
nosso corpo de forma correta, evitando abusos que levam ao desequilíbrio e
que acabam por maltratar tanto o corpo como a alma.
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DA ENCARNAÇÃO PROPRIAMENTE DITA
O Espiritismo ensina de que maneira se opera a união do Espírito com o corpo, na
encarnação.
Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um
laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao
gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. À
medida que o gérmen, se desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do princípio
vito-material do gérmen, o perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se
une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o
Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse
germén, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao seu pleno
desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida exterior.
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MENSAGEM FINAL
REENCARNAÇÃO: Chave Perdida
O Livro Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, esclarece que
efetivamente a Doutrina Espírita interpreta a passagem do “nascer de novo” do
Evangelho de João, como princípio da Reencarnação elucidando ainda que a “idéia
da Reencarnação vem de remotas civilizações e é a verdadeira chave que nos abre
a compreensão de muitos problemas humanos.” Conclui Emmanuel: “Contudo, a
Religião Cristã, adaptando-se aos formalismos hebraico-cristãos, perdeu a chave
que Jesus de Nazaré lhe havia deixado em suas palavras e atos.” Dessa maneira, o
objetivo da existência física numa encarnação é a superação da condição humana
através das reencarnações na Terra e em outros mundos habitados para atingir a
Espiritualidade. Estamos diante uma teoria Espírita, a Teoria Espírita da Evolução e
Imigração dos Mundos, que explícita que o homem, através da sucessão de vidas na
Terra e em outros mundos habitados material e espiritualmente, se reintegre na
Evolução Cósmica.
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