processo administrativo - resumo

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 PROCESSO ADMINISTRATIVO-LEI Nº. 9.784/99 CONCEITO É um conjunto de atos coordenados e interdependentes necessários a produzir uma decisão final a respeito de alguma função ou atividade administrativa. PRINCÍPIOS INFORMADORES DOS PROCESSOS  ADMINISTRATIVOS - Legalidade Objetiva: exige que o processo seja instaurado e conduzido com base na lei. - Oficialidade: à Administração compete a movimentação do processo administrativo. - Informalismo: os atos praticados não exigem formalidades especiais. -Verdade Material: o que i mporta é conhecer o fato efetivamente ocorrido, como se deu no mundo real. -Contraditório e ampla defesa: princípio constitucional assegurado em todos os tipos de processo. PRINCÍPIOS EXPRESSOS NA LEI Nº 9.784/99 - Legalidade -Finalidade - Motivação - Razoabilidade e proporcionalidade - Moralidade - Ampla defesa - Contraditório, - Segurança jurídica - Interesse público - Eficiência DIREITOS DOS  ADMINISTRADOS I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; III – formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente; IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei. DEVERES DO  ADMINISTRADOS I – expor os fatos conforme a verdade; II – proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III – não agir de modo temerário; IV – prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. LEGITIMADOS NO PROCESSO (NA QUALIDADE DE INTERESSADO) I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; II – aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV – as pessoas ou as associações legalmente consti tuídas quanto a direitos ou interesses difusos. COMPETÊNCIA - A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria,  salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. - Não podem ser objeto de delegação: I – a edição de atos de caráter normativo; II – a decisão de recursos administrativo s; III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. - Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. - É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: I – tenha interesse direto ou indireto na matéria; II – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou

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PROCESSO ADMINISTRATIVO-LEI Nº. 9.784/99

CONCEITO É um conjunto de atos coordenados e interdependentes necessários a produzir uma decisãofinal a respeito de alguma função ou atividade administrativa.

PRINCÍPIOSINFORMADORES DOSPROCESSOS

 ADMINISTRATIVOS

- Legalidade Objetiva: exige que o processo seja instaurado e conduzido com base na lei.- Oficialidade: à Administração compete a movimentação do processo administrativo.- Informalismo: os atos praticados não exigem formalidades especiais.-Verdade Material: o que importa é conhecer o fato efetivamente ocorrido, como se deu nomundo real.-Contraditório e ampla defesa: princípio constitucional assegurado em todos os tipos deprocesso.

PRINCÍPIOS EXPRESSOSNA LEI Nº 9.784/99

- Legalidade-Finalidade- Motivação- Razoabilidade e proporcionalidade- Moralidade- Ampla defesa- Contraditório,- Segurança jurídica- Interesse público- Eficiência

DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar oexercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condiçãode interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos econhecer as decisões proferidas;III – formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serãoobjeto de consideração pelo órgão competente;IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória arepresentação, por força de lei.

DEVERES DO ADMINISTRADOS

I – expor os fatos conforme a verdade;II – proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;III – não agir de modo temerário;IV – prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para oesclarecimento dos fatos.

LEGITIMADOS NOPROCESSO(NA QUALIDADE DEINTERESSADO)

I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interessesindividuais ou no exercício do direito de representação;II – aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possamser afetados pela decisão a ser adotada;

III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interessescoletivos;IV – as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ouinteresses difusos.

COMPETÊNCIA  - A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foiatribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmenteadmitidos.- Não podem ser objeto de delegação:I – a edição de atos de caráter normativo;II – a decisão de recursos administrativos;III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

- Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamentejustificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamenteinferior.- É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:I – tenha interesse direto ou indireto na matéria;II – tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou

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representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ouparente e afins até o terceiro grau;III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivocônjuge ou companheiro.- Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ouinimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.- O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeitosuspensivo.

DA FORMA, TEMPO ELUGAR DOS ATOS DOPROCESSO

- Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável peloprocesso e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo decinco dias, salvo motivo de força maior.

FASES DO PROCESSO - Instauração- Instrução- Relatório- Decisão

DA INSTAURAÇÃO - O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.

- O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitaçãooral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:I – órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;II – identificação do interessado ou de quem o represente;III – domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;IV – formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; V – data e assinatura do requerente ou de seu representante.- É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos,devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.- Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formuláriospadronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.- Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e

fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvopreceito legal em contrário.

DA INSTRUÇÃO - As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários àtomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgãoresponsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de proporatuações probatórias.- São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.-Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgãocompetente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta públicapara manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízopara a parte interessada.

- Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do deveratribuído ao órgão competente para a instrução- Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá seremitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovadanecessidade de maior prazo.-Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, oprocesso não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-sequem der causa ao atraso.- Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, oprocesso poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo daresponsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

DO RELATÓRIO - É a peça informativa -opinativa, que informa à autoridade (competente para decidir)tudo o que ocorreu no processo e opina por uma decisão.Não é vinculativo, podendoa autoridade divergir de suas conclusões.

DA DECISÃO - A Administração tem o dever de decidir. Salvo prorrogação, o prazo para decidir éde 30 dias.

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DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

- Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e demérito.- O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas,salvo disposição legal diversa.- Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;II – aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisãorecorrida;III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interessescoletivos;IV – os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. Havendojusto receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, aautoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, darefeito suspensivo ao recurso.- O recurso não será conhecido quando interposto:I – fora do prazo;II – perante órgão incompetente;III – por quem não seja legitimado;IV – após exaurida a esfera administrativa.

- Na hipótese do item II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.- O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício oato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.- Da revisão: os processos administrativos de que resultem sanções poderão serrevistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos oucircunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Darevisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.

DAS SANÇÕES  As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniáriaou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito dedefesa.

DA MOTIVAÇÃO Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dosfundamentos jurídicos, quando:I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V – decidam recursos administrativos; VI – decorram de reexame de ofício;  VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem depareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato

administrativo.

DA ANULAÇÃO,REVOGAÇÃO ECONVALIDAÇÃO

- A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício delegalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,respeitados os direitos adquiridos.- O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorramefeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em queforam praticados, salvo comprovada má-fé.- Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nemprejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão serconvalidados pela própria Administração.

 ATOS PRAZOS ART.Intimação paracomparecimento

Mínimo de 3 dias úteis Art. 26

Intimação dos interessados Mínimo de 3 dias úteis Art. 41

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de prova ou diligênciaordenadaIntimação dos interessadosno recurso

5 dias úteis para apresentação de alegações Art. 62

Reconsideração do recursopela autoridade que proferiua decisão

5 dias; se não o considerar, encaminhará à autoridade superior Art. 56

Para todos os atos do órgãoou entidade

5 dias, salvo força maior, podendo ser dilatado até o dobro sejustificado

 Art. 24

Interposição de recurso Máximo de 10 dias Art. 59Manifestação após encerradaa instrução

Máximo de 10 dias, salvo determinação legal Art. 44

Emissão de parecer de órgãoconsultivo

Máximo de 15 dias, salvo norma especial ou comprovada necessidadede maior prazo

 Art. 42

Decisão após a instrução   Até 30 dias, podendo ser prorrogáveis, se motivado. Art. 49Decisão de recurso Máximo de 30 dias, contados do recebimento dos autos, prorrogáveis se

justificados Art. 59