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DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 07

MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

Ato normativo primário, força de lei Relevância + urgência Controle judicial dos pressupostos constitucionais

Regra: não cabe o controle (exame subjetivo)

Exceção: cabe o controle (exame objetivo) Inconstitucionalidade FORMAL

1. NATUREZA JURÍDICA E PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS PARA SUA EDIÇÃO:

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Vedações similares àqueles previstos para a edição de lei delegada (art. 62, §1º, I, CF):1. Matéria relativa à nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral2. Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros 3. Reservada à lei complementar

MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

2. LIMITES MATERIAIS:

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Vedações similares àqueles previstos para a edição de lei delegada (art. 62, §1º, I, CF):4. Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o disposto no 167, §3º (exceção: para abertura de crédito extraordinário para atender despesas imprevisíveis e urgentes como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública)5. Matéria de competência exclusiva do Congresso Nacional, privativa do Senado ou da Câmara dos Deputados

MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

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Vedações previstas exclusivamente para a medida provisória:1. Direito penal, processual penal e processual civil 2. Que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou de qualquer outro ativo financeiro3. Já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República4. Regulamentação da exploração do serviço local de gás canalizado, de competência estadual (25, §2º)

MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

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Vedações previstas exclusivamente para a medida provisória:5. Regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por emenda constitucional promulgada entre 1º de janeiro de 1995 até a promulgação da Emenda 32, de 11 de setembro de 2001 (art. 246, Emenda 6, de 15 de agosto de 1995, redação pela Emenda 32, de 2001)6. Regulamentação de matéria prevista nos incisos I a IV e dos §§ 1º e 2º do art. 177 da CF, que dizem respeito a atividades econômicas sujeitas a monopólio da União (Emenda 9, de 9 de novembro de 1995).

MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

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Medidas provisórias e Direito tributário: Art. 62, §2º, CF: “Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos artigos 153, I, II, IV, V e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.”

MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

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MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

1. Prazo inicial de vigência: 60 (sessenta) dias (§3º, 4º, 6º e 7º do art. 62, CF)2. Prorrogação automática da vigência: se não for concluída a votação no prazo inicial de sessenta dias, a medida provisória deverá ter seu prazo de vigência prorrogado, uma única vez, por igual período.3. No 45º dia, se não tiver sido concluída a votação da MP: entra em regime de urgência, trancando a pauta da Casa que estiver sobre ela deliberando.

3. PRAZO DE VIGÊNCIA:

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MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

4. HIPÓTESES EM QUE A MEDIDA PROVISÓRIA PODE DURAR MAIS DE 120 DIAS:a. Recesso do Congresso Nacional: suspende-se a contagem do prazo de vigência (art. 62, §4º, CF).b. MP sofre emendas parlamentares: permanece em vigor até que o projeto de lei de conversão sofra sanção ou veto (art. 62, §12, CF).c. MP publicada antes da Emenda 32/01: continuam em vigor até que medida provisória ulterior as revogue explicitamente ou até deliberação definitiva do Congresso Nacional (art. 2º, Emenda 32/01).

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MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

Tramitação da medida provisória no Poder Legislativo (§5º, §8º e 9º, do art. 62):1. COMISSÃO MISTA (62, §9º, CF – “Caberá à Comissão mista de deputados e senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional”)2. CASA INICIAL: Câmara dos Deputados3. CASA REVISORA: Senado Federal

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MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

Após 60 dias, o Congresso Nacional, edita o decreto legislativo regulando as situações jurídicas constituídas durante a vigência da MP: a medida provisória perde eficácia desde a sua publicação (efeitos ex tunc) Após 60 dias, o Congresso não edita o decreto legislativo: a medida provisória perde eficácia desde a sua rejeição ou desde o momento em que perdeu vigência (efeitos ex nunc)

4. REJEIÇÃO EXPRESSA DA MEDIDA PROVISÓRIA E PERDA DE EFICÁCIA POR DECURSO DE PRAZO (ART. 62, §11, CF):

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MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

APROVADA SEM EMENDAS PARLAMENTARES: a medida provisória é convertida em lei que será promulgada e publicada pelo Presidente do Senado Federal. APROVADA COM EMENDAS PARLAMENTARES: o projeto de lei de conversão segue o rito das leis ordinárias, sanção e veto presidencial, promulgação e publicação da lei de conversão pelo Presidente da República, Presidente do Senado ou Vice-Presidente do Senado, dependendo do caso.

5. APROVAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA:

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MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, CF)

“É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo”.

6. REEDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA (ART. 62, §10, CF):

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DECRETOS LEGISLATIVOS (art. 49, CF e 62, §3º, CF)

Iniciativa legislativa Fase de discussão e votação Promulgação e Publicação Limites materiais

1. PROCESSO DO DECRETO LEGISLATIVO

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RESOLUÇÕES (art.51 e 52, CF)

Iniciativa legislativa Fase de discussão e votação Promulgação e Publicação Limites materiais

1. PROCESSO DAS RESOLUÇÕES

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QUESTÕES OBJETIVAS

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(3º Exame 2007) Com relação à disciplina constitucional das medidas provisórias, assinale a opção correta.(a) Medida provisória pode versar sobre matéria relativa a direito penal.(b) O STF não admite, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, o controle de constitucionalidade de medidas provisórias.(c) É de trinta dias o prazo máximo para a apreciação, pelas duas casas do Congresso Nacional, de medida provisória.(d) As constituições estaduais podem prever a edição de medidas provisórias, cumpridas as regras básicas do processo legislativo no âmbito da União.

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(1º Exame 2007) (a) Considere que o Congresso Nacional já tenha aprovado determinado projeto de lei, agora em fase de sanção ou veto, alterando o projeto inicial encaminhado pelo Presidente da República. Não satisfeito com a referida alteração, poderá o Presidente da República editar nova medida provisória (MP) sobre a matéria rejeitada. (b) A matéria veiculada em MP rejeitada pelo Congresso Nacional não poderá ser reapresentada na mesma sessão legislativa, cabendo a esse órgão disciplinar, por meio de decreto legislativo, as relações jurídicas decorrentes da edição da MP rejeitada.

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(2º Exame 2010) Sobre o instrumento jurídico denominado Medida Provisória que não é lei, mas tem força de lei, assinale a afirmativa correta.(a) A sua eficácia dura sessenta dias contados da publicação, podendo a medida ser prorrogada apenas duas vezes, ambas por igual período.(b) Se a Medida Provisória perder efi cácia por decurso de prazo ou, em caráter expresso, for rejeitada pelo Congresso Nacional, vedada será sua reedição na mesma sessão legislativa.

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(c) A não apreciação pela Câmara dos Deputados e, após, pelo Senado Federal, no prazo de 45 dias contados da publicação, tem como consequência apenas o sobrestamento da deliberação dos projetos de emenda à Constituição.(d) A edição de Medida Provisória torna prejudicado o projeto de lei que disciplina o mesmo assunto e que, a par de já aprovado pelo Congresso Nacional, está pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

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(3º Exame 2010) Assinale a alternativa que contemple matéria para cuja disciplina é vedada a edição de medida provisória. (a)Instituição ou majoração de impostos. (b) Abertura de crédito extraordinário, ainda que para atendimento a despesas imprevisíveis e urgentes. (c) Normas gerais de licitações e contratos administrativos. (d) Partidos políticos e direito eleitoral.

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INGLÊS: “A CONSTITUIÇÃO DESCANSA SOBRE A SOBERANIA DO PARLAMENTO”.

MODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:

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Americano: “Stare decisis et quieta non movere”.

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Francês: “A lei é a expressão da vontade geral”.

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Austríaco: Tribunal Constitucional como “legislador negativo”.

                                                                                                                

        

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Natureza do órgão competente: Político Jurisdicional

Momento: Preventivo Repressivo ou sucessivo

FORMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:

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CONTROLE POLÍTICO DE CONSTITUCIONALIDADE

PREVENTIVO

PARECER DAS COMISSÕES de Constituição e Justiça do Poder Legislativo no processo de elaboração de emendas constitucionais e atos legislativosVETO DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO por motivo de inconstitucionalidade do projeto de lei (art. 66 da CF)

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REPRESSIVO ou SUCESSIVO

Congresso Nacional susta ato normativo do Poder Executivo que exorbita do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa (art. 49, V, da CF) Senado Federal suspende a execução de ato normativo declarado inconstitucional pelo STF (art. 52, X, da CF)

CONTROLE POLÍTICO DE CONSTITUCIONALIDADE

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REPRESSIVO ou SUCESSIVOCâmara dos Deputados ou Senado Federal rejeitam medida provisória por motivo de inconstitucionalidade (art. 62, § 5º, da CF)Súmula 347, do STF: “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.” Chefe do Poder Executivo determina aos seus subordinados que não apliquem determinada lei por motivo de flagrante inconstitucionalidade

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QUADRO DO CONTROLE JURISDICIONAL DE CONSTITUCIONALIDADE:CONCRETO

(Brasil: desde a Constituição de 1891)

ABSTRATO(Brasil: desde a

Constituição de 1946, com a Emenda 16, de 1965)

EUA Áustria Chief Justice Marshall da Suprema Corte

Hans Kelsen

Caso Marbury & Madisonjulgado em 1803

Constituição Austríaca de 1920

DIFUSO CONCENTRADO

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Chief Justice John Marshall

Leading case Marbury X Madison

(1803, Suprema Corte, EUA)

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CONTROLE JURISDICIONAL DE CONSTITUCIONALIDADE:

AULA 3

CONCRETO(Brasil: desde a Constituição de 1891) EUA Chief Justice Marshall da Suprema Corte Caso Marbury & Madison julgado em 1803

DIFUSO

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CONTROLE JURISDICIONAL CONCRETO NO BRASIL

Finalidade: SUBJETIVO

Órgãos competentes: DIFUSO OU ABERTO

Modo de provocação: POR VIA DE EXCEÇÃO OU DEFESA

Modo de manifestação: POR VIA INCIDENTAL

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2. Efeitos da declaração de inconstitucionalidade incidenter tantum no controle concreto

1. INTER PARTES

2. EX TUNC (regra)

3. INTEGRA A FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO

4. NÃO TRANSITA EM JULGADO

5. NÃO PRODUZ EFEITO VINCULANTE

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2.a POSSIBILIDADE DE MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE

INCONSTITUCIONALIDADE

RE 197.917: caso de Mira Estrela – o STF determinou a redução do número de vereadores somente para a próxima legislatura (Inf. 341 do STF)

HC 82959/SP: discussão sobre a constitucionalidade da progressão do regime nos crimes hediondos (Inf. 418 do STF)

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3. CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO

(ART. 97 DA CF) Argüição incidental de inconstitucionalidade Tribunais (do Poder Judiciário) Maioria absoluta dos membros do TribunalPleno ou do Órgão Especial Full bench Aplica-se ao direito pré-constitucional? Não, porque é caso de revogação e não de declaração de inconstitucionalidade.

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SÚMULA VINCULANTE Nº. 10 DO STF“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97), a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.”

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Art. 480. Argüida a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, ouvido o Ministério Público, submeterá a questão à turma ou câmara, a que tocar o conhecimento do processo.Art. 481. Se a alegação for rejeitada, prosseguirá o julgamento; se for acolhida, será lavrado o acórdão, a fim de ser submetida a questão ao tribunal pleno.Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

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Art. 482. Remetida a cópia do acórdão a todos os juízes, o presidente do tribunal designará a sessão de julgamento.

§ 1º O Ministério Público e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fixados no Regimento Interno do Tribunal.

CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

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DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 07

§ 2º Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fixado em Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos.

§ 3º O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades.

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DIREITO CONSTITUCIONAL – AULA 07

“Não será objeto de deliberação” (art. 60, § 4°, da CF) Mandado de segurança (art. 5°, LXIX, da CF) Legitimidade ativa: parlamentar“Devido processo legislativo” (art. 5°, LIV, da CF) Contra ato concreto da Mesa da Casa

4. CONTROLE CONCRETO PREVENTIVO

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Art. 16, da Lei 7347/85: “a sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova”.

5. AÇÃO CIVIL PÚBLICA E DECLARAÇÃO DE

INCONSTITUCIONALIDADE

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Art. 52, X, da CF: “suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal”.

6. O PAPEL DO SENADO FEDERAL NO CONTROLE CONCRETO:

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Pressuposto: decisão definitiva de mérito do STF declarando a inconstitucionalidade incidental de lei ou ato normativo

Natureza: competência discricionária (Rcl 4335/AC, Rel. Min. Gilmar Mendes)

Amplitude: suspende, total ou parcialmente, a execução de lei ou ato normativo federal, estadual, distrital ou municipal

Efeitos: ex tunc e erga omnes (Decreto 2346, de 10 de outubro de 1997)

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PARA REFLETIR:

“Judicialização da política e politização do Poder Judiciário” (Carl Schmitt.)

“Vivemos sob uma Constituição, mas a Constituição é aquilo que os juízes dizem que ela é” (Charles Evans Hughes)

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QUESTÕES OBJETIVAS

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(3º Exame 2007) No controle de constitucionalidade de ato normativo pela via difusa, discute-se o caso concreto. A respeito desse controle, assinale a opção correta.a) Os efeitos da declaração de inconstitucionalidade afetam somente as partes envolvidas no processo, de forma retroativa, em regra, de modo a desfazer, desde sua origem, o ato declarado inconstitucional, juntamente com todas as conseqüências dele derivadas.b) A declaração de inconstitucionalidade terá efeitos ex tunc e erga omnes por decisão do STF, pois somente a este cabe assegurar a supremacia das normas constitucionais.

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c) Os efeitos devem ser inter partes, podendo, entretanto, ser ampliados por motivos de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, em decorrência de decisão de dois terços dos membros do STF.d) Os efeitos se tornarão ex tunc a partir do momento em que o Senado Federal editar uma resolução suspendendo a execução, no todo ou em parte, da lei ou ato normativo declarado inconstitucional por decisão definitiva do STF.

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(3º Exame 2009) No que concerne ao controle de constitucionalidade, assinale a opção correta.(a) O controle concentrado de constitucionalidade origina-se do direito norte-americano, tendo sido empregado pela primeira vez no famoso caso Marbury versus Madison, em 1803.(b) O controle concentrado de constitucionalidade permite que qualquer juiz ou tribunal declare a inconstitucionalidade de norma incompatível com a CF.(c) Controle de constitucionalidade consiste na verificação da compatibilidade de qualquer norma infraconstitucional com a CF.(d) Entre os pressupostos do controle de constitucionalidade, destacam-se a supremacia da CF e a rigidez constitucional.

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(2º Exame 2010) A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária dos tribunais, no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, significa que:(a) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.(b) a parte legitimamente interessada pode recorrer ao respectivo Tribunal Pleno das decisões dos órgãos fracionários dos Tribunais Federais ou Estaduais que, em decisão definitiva, tenha declarado a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.

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(c) somente nas sessões plenárias de julgamento dos Tribunais Superiores é que a matéria relativa a eventual inconstitucionalidade da lei ou ato normativo pode ser decidida.(d) a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar toda e qualquer ação que pretenda invalidar lei ou ato normativo do Poder Público pode ser delegada a qualquer tribunal, condicionada a delegação a que a decisão seja proferida por este órgão jurisdicional delegado em sessão plenária.

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(2º Exame 2010) Declarando o Supremo Tribunal Federal, incidentalmente, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal em face da Constituição do Brasil, caberá:(a) ao Procurador-Geral da República, como chefe do Ministério Público da União, expedir atos para o cumprimento da decisão pelos membros do Ministério Público Federal e dos Estados.(b) ao Presidente da República editar decreto para tornar inválida a lei no âmbito da administração pública.

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(c) ao Senado Federal suspender a execução da lei, total ou parcialmente, conforme o caso, desde que a decisão do Supremo Tribunal Federal seja definitiva.(d) ao Advogado-Geral da União interpor o recurso cabível para impedir que a União seja compelida a cumprir a referida decisão.

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(2º Exame 2001) Suponha que o STF, no exame de um caso concreto (controle difuso), tenha reconhecido a incompatibilidade entre uma lei em vigor desde 1987 e a Constituição de 1988. Nesse caso, é correto afirmar que: (a) após reiteradas decisões no mesmo sentido, o STF poderá editar súmula vinculante. (b) o STF deverá encaminhar a decisão ao Senado. (c) os órgãos fracionários dos tribunais, a partir de então, ficam dispensados de encaminhar a questão ao pleno. (d) a eficácia da decisão é erga omnes