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Evelin Placido dos Santos COREN: 144.982 Mayra Martho Moura de Oliveira COREN: 226.888 1 o BASES IMUNOLÓGICAS E CONCEITOS FUNDAMENTAIS DAS VACINAS PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM IMUNIZAÇÃO

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Evelin Placido dos Santos COREN: 144.982

Mayra Martho Moura de Oliveira COREN: 226.8881o BASES IMUNOLÓGICAS E CONCEITOS FUNDAMENTAIS DAS VACINAS

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃOEM IMUN IZAÇÃO

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PROGRAMA DE CAPACITAÇÃOEM IMUN IZAÇÃO

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BASES IMUNOLÓGICAS E CONCEITOS FUNDAMENTAIS DAS VACINAS

Princípios básicos de imunologia e vacinas

Imunologia é um assunto

complexo, e uma discussão

detalhada sobre isso está

além da proposta deste texto.

No entanto, uma compreensão

básica das funções do sistema

imunológico e dos diferentes

tipos de vacinas disponíveis é

importante para compreender

como as vacinas atuam em

nosso organismo.

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Imunidade pode ser entendida como a resistência do corpo humano e sua capaci­

dade de eliminar doenças, em especial as infecciosas. Essa capacidade proporciona prote-

ção contra as doenças infecciosas, uma vez que a maioria dos microrganismos é identificada

como seres estranhos ao próprio corpo. O conjunto formado por células, tecidos e mo­

léculas (intermediários na resistência às infecções) é chamado de sistema imunológico, e

a reação coordenada dessas células e moléculas aos microrganismos infecciosos é chamada

de resposta imunológica. O sistema imunológico é um sistema complexo, de células que

interagem, cujo principal objetivo é identificar organismos ou substâncias estranhas ao nosso

corpo. Esses organismos ou substâncias são conhecidos como antígenos. Os antígenos po-

dem ser microrganismos vivos (como vírus e bactérias) ou inativados, ou ainda ser compostos

apenas por moléculas isoladas desses microrganismos. Nosso sistema imunológico desenvol-

ve uma defesa contra o antígeno.

Essa defesa ou resposta imunológica envolve geralmente a produção, por linfócitos B, de

moléculas de proteínas, chamadas de anticorpos (ou imunoglobulinas), e também envol-

ve a ação direta de células específicas (também conhecida como a imunidade mediada por

células), cujo objetivo consiste em facilitar a eliminação de microrganismos ou substâncias

estranhas.

As respostas imunológicas são, geralmente, mais eficazes em resposta a um antígeno vivo.

No entanto, um antígeno não tem necessariamente que estar vivo, como ocorre com a in-

fecção com um vírus ou uma bactéria, para produzir uma resposta imunológica. Algumas

proteínas, tais como o antígeno de superfície da hepatite B, são reconhecidas facilmente

pelo sistema imunológico. Outros materiais, tais como polissacarídeos (cadeias longas, com-

ANTÍGENOS

Organismos ou substâncias estranhas ao nosso corpo, vivos ou inativados, capazes de produzir uma resposta imunológica.

ANTICORPOS

Moléculas produzidas por linfócitos B para ajudar a neutralizar e a eliminar o antígeno.

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postas por várias moléculas de açúcares, que compõem a parede celular de bactérias), são

antígenos menos eficientes, podendo não estimular adequadamente a resposta imunitária,

o que pode não fornecer uma proteção tão eficaz ou duradoura (p. ex., as vacinas menin-

gocócicas A e C).

Existem dois mecanismos básicos para aquisição de imunidade: a ativa e a passiva.

Imunidade passiva

A imunidade passiva é a proteção por meio do recebimento de anticorpos já prontos para

uma determinada doença (antígeno) e divide-se em dois tipos: imunidade passiva natural e

artificial.

A imunidade passiva natural é a transferência de anticorpos maternos para o feto e o bebê.

Dessa forma, ocorre uma imunização passiva por meio da transferência materno-fetal, pela

placenta durante a gestação, de anticorpos que a mãe está produzindo e, após o nascimento,

pelo leite materno.

A imunidade passiva artificial é a transferência de anticorpos que tiveram sua produção esti-

mulada em um animal ou em ser humano após exposição a um determinado antígeno. Após

sua produção, esses anticorpos são purificados e transferidos para outro indivíduo não imune,

por exemplo, os soros, as imunoglobulinas.

Transferência de anticorpos produzidos por humanos ou animais para uma pessoa não imune (soro / imunoglobulina).

Transferência de anticorpos maternos para o feto, via aleitamento, por exemplo.

Proteção temporária e não gera memória imunológica, responsável por conferir uma proteção duradoura.

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Nessas situações, o indivíduo receberá esses anticorpos via intravenosa ou intramuscular,

como uma defesa primária contra o patógeno ou toxina, e irá, dessa forma, receber uma

proteção passiva.

A imunidade passiva, muitas vezes, fornece proteção eficaz, porém essa proteção tende a

diminuir e/ou até mesmo desaparecer com o tempo, normalmente no prazo de algumas

semanas ou meses.

Imunização passiva intencional por injeção (usualmente anticorpos de classe IgG) pode ser

utilizada em situações em que há uma clara evidência de exposição a um microrganismo sig-

nificativamente perigoso quando o indivíduo claramente não recebeu vacinas (imunização

ativa) adequadas no tempo correto (raiva, hepatite B, tétano, difteria, por exemplo). As imuno-

globulinas podem ser homólogas, obtidas de humanos, ou heterólogas, obtidas de animais,

geralmente equinos. Nesse caso, são também conhecidas como “soros”.

Imunidade ativaImunidade ativa é a proteção conferida pelo próprio sistema imunológico do indivíduo, após

estimulação de um antígeno, produzindo uma resposta protetora (resposta imunológica).

Esse tipo de imunidade é geralmente permanente.

A imunidade ativa também se divide em artificial e natural. Uma maneira de adquirir imu-

nidade ativa naturalmente é responder à infecção por um organismo causador de doença.

Em geral, uma vez que as pessoas se recuperam dessas doenças, elas terão imunidade a

essas doenças ao longo da vida. A persistência de proteção durante muitos anos, após a

infecção, é conhecida como memória imunológica. Após a exposição do sistema imuno-

lógico a um antígeno, algumas células (células B de memória) continuam a circular no

É a proteção adquirida a partir de um estímulo, podendo ser a própria doença (infecção natural) ou por vacinas.

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sangue (existem também na medula óssea) por muitos anos. Em uma nova exposição ao

mesmo antígeno, essas células de memória começam a replicar-se e a produzir anticorpos,

de maneira muito rápida, restabelecendo a proteção. Outra maneira de obtenção de imu-

nidade ativa é pela vacinação.

Vacinas interagem com o sistema imunológico e, muitas vezes, produzem uma resposta

imune semelhante ao que é produzido pela infecção natural, sem que o indivíduo apresente a

doença e suas complicações potenciais. Muitas vacinas também induzem memória imunoló-

gica semelhante àquela adquirida pela doença natural. As vacinas têm a intenção de simular

a doença diante do sistema imune.

A primeira resposta do sistema imune, quer a uma vacina, quer ao agente infeccioso, é, em

geral, lenta e inespecífica. Porém o fato de o agente não existir na vacina com capacidade para

multiplicar-se rapidamente e causar doença dá ao sistema imunológico tempo precioso para

preparar uma resposta específica e memorizá-la. No futuro, caso o vacinado seja realmente

infectado, o sistema imunológico responderá com rapidez e eficácia suficiente para protegê-

-lo da doença.

Apesar de essa descrição ser válida, em termos gerais, a reação individual a uma vacina de-

pende sempre dos antecedentes de estimulação do sistema imunológico do indivíduo vaci-

nado, da genética subjacente às características do sistema imunológico e do seu estado geral

de saúde.

Muitos fatores podem influenciar a resposta imunológica da vacinação, como: presença de

anticorpos maternos, natureza e dosagem do antígeno, via de administração e, ainda, presen-

ça de um adjuvante (p. ex., material contendo alumínio adicionado para melhorar a imuno-

genicidade da vacina).

Fatores relacionados ao hospedeiro, como idade, fatores nutricionais e genéticos, doenças

associadas, também podem afetar a resposta imune.

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As vacinas

As vacinas são concebidas para induzir uma resposta imunológica protetora eficaz e segura,

composta de uma substância derivada, ou quimicamente semelhante a um agente infeccioso

particular, causador de doença. Essa substância é reconhecida pelo sistema imunológico do

indivíduo vacinado, induzindo uma resposta que o protege da doença associada ao agente.

As vacinas normalmente induzem uma resposta imunológica que simulam a resposta do hos-

pedeiro à infecção natural, mas sem as consequências prejudiciais da própria infecção. A vacina,

portanto, induz o sistema imunológico a reagir como se realmente tivesse entrado em

contato com o potencial agente infeccioso, estimulando a produção de anticorpos.

Classificação das vacinasAs vacinas são classificadas de acordo com sua composição, constituída pelo próprio agente

infeccioso inativado ou atenuado.

Vacinas “vivas” atenuadasO agente patogênico é enfraquecido ao ser exposto a um ambiente desfavorável. O resultado

desse procedimento é um agente que, quando inoculado em um indivíduo, não tem potencial

para causar a doença, mas consegue se multiplicar de forma suficiente para estimular o siste-

ma imunológico. Exemplos: pólio oral (OPV), sarampo, caxumba, rubéola, tuberculose (BCG),

rotavírus, febre amarela, varicela e herpes-zóster.

Vacinas inativadasAs vacinas ditas inativadas podem ser compostas por vírus ou bactérias inteiras, porém, mor-

tas, ou frações específicas desses microrganismos. As vacinas fracionadas podem ser à base de

proteínas ou polissacarídeos.

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O termo inativado significa que o antígeno usado na vacina não é capaz de induzir a doença

no indivíduo vacinado. Entretanto, nosso sistema imunológico ainda é capaz de reconhecer

esses antígenos como corpos estranho, potenciais causadores de doença, apesar de não serem,

e reage na intenção de combatê-lo, promovendo proteção ao indivíduo vacinado. Essa atitude

do sistema imunológico desencadeia uma série de atividades que resultarão na produção de

anticorpos e em células de memória que, na ocasião de um contato verdadeiro com o agente

causador de determinada doença, serão ativados e impedirão que a doença se manifeste. Este é

o princípio da vacinação: simular a doença com a vacina a fim de que o organismo se familiarize

com determinado agente infeccioso e já tenha como se defender prontamente, em caso de

contato com o agente causador da doença.

Características das vacinas atenuadas e inativadas

Característica Atenuadas Inativadas Vacinologia reserva

Vacinas

SarampoCaxumbaRubéolaVaricelaFebre amarelaRotavírusTuberculose (BCG)Poliomielite (OPV)Herpes-zósterDengue

Por meios físicos ou químicos

Organismos modificados e engenharia genética

Poliomielite (IPV)Hepatite ARaivaPertússis (célula inteira)

ToxoideDifteriaTétano

PolissacarídicaPneumocócica 23Meningococo AC

ConjugadaPneumocócica 10 e 13Haemophilus influenzae tipo BMeningocócica CMeningocócica A CYW

RecombinanteHepatite BPapilomavírus humano (HPV)

SubunitáriaPertússis (acelular)Influenza

Vacinologia reversaMeningocócica tipo B

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Em resumo, as vacinas inativadas dividem­se em:

InteiraO agente bacteriano ou viral é inativado (p. ex., pela adição de formaldeído) e fica incapaz de

multiplicar-se (“morre”), mantendo todos os seus componentes que preservam a capacidade

Produção

O patógeno é enfraquecido por meio da exposição a um ambiente que lhe seja desfavorável até sua atenuação (microrganismo de baixa virulência).

Os patógenos virulentos são inativados por tratamentos químico e físico e manipulação genética ou utilizam componentes imunogênicos deles extraídos.

Dosagem

Em geral, produzem imunidade com apenas uma dose. A repetição das doses visa a cobrir falhas da vacinação anterior. A imunidade, uma vez induzida, é de longa duração.

Requerem múltiplas doses. Em geral, a primeira dose não produz imunidade protetora, mas “prepara” o sistema imunológico. A resposta imunológica protetora desenvolve-se após a segunda ou a terceira dose. Os títulos de anticorpos contra antígenos inativados diminuem com o tempo; por causa disso, algumas vacinas inativadas podem necessitar de doses suplementares periódicas para aumentar os títulos de anticorpos.

Tipo de imunidade induzida

Humoral e celular Principalmente humoral

Imunidade de mucosa

Sim Pouca ou nenhuma

Estabilidade

São frágeis e podem ser danificadas ou destruídas pela exposição ao calor e à luz. Entretanto, a maioria suporta temperaturas negativas para sua conservação, exceto a vacina contra rotavírus.

Mais estável, mas não pode ser congelada.

Riscos para imunode­primidos

Sim Não

Reversão à virulência

Possível Não

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de estimular o sistema imune. Exemplos: pólio (IPV), pertússis ou coqueluche, de células

inteiras (Pw, pertussis whole cell), hepatite A.

Frações ou subunidades do agente infecciosoPodem ser compostas por partículas virais fracionadas, toxinas naturais cuja atividade foi

anulada, antígenos capsulares de bactérias ou de vírus ou antígenos de membrana de bacté-

rias. Exemplo: difteria, tétano, pertússis acelular (DTPa), influenza e hepatite B.

As vacinas inativadas compostas por antígenos capsulares ou de membrana de bactérias

subdividem-se em polissacarídicas e polissacarídicas conjugadas.

» Polissacarídicas: construídas a partir de polissacarídeos, cadeias de moléculas de açúcar

que compõem a cápsula superficial envolvente do agente infeccioso. Não induzem me-

mória imunológica duradoura e não são eficazes em crianças menores de dois anos. Isso

porque os antígenos polissacarídeos induzem a produção de anticorpos, sem o envolvi-

mento dos linfócitos T (resposta independente de células T). Para estabelecimento da me-

mória imunológica em longo prazo, é necessário o envolvimento de linfócitos T. Sem esse

envolvimento, a proteção é relativamente curta, com a diminuição progressiva da resposta

imune, por vezes levando à necessidade de revacinação. Exemplo: vacina pneumocócica

23-valente.

» Polissacarídicas conjugadas: obtidas pela conjugação de um polissacarídeo da cápsula

bacteriana (antígeno de menor potência imunogênica), com uma proteína transporta-

dora ou “carreadora” (antígeno com maior potência imunogênica), constituindo-se, dessa

forma, aumento da capacidade imunizante do primeiro, que é o objetivo da vacina para

gerar imunidade. O processo de conjugação cria vacinas que podem induzir a produção

de anticorpos com a ajuda de linfócitos T (resposta dependente de células T). Isso resulta

em imunidade de maior qualidade e a longo prazo, inclusive em crianças menores de dois

anos de idade. As proteínas usadas para a conjugação (toxoide tetânico, toxoide diftérico,

proteína de membrana externa de meningococo) estão presentes em mínimas concen-

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trações e não conferem proteção às respectivas doenças. Exemplos: vacina contra H. in-

fluenzae B (HiB), meningocócicas, pneumocócicas 10 e 13-valentes.

Diferença entre vacinas conjugadas e polissacarídicas

Vacinas de organismos modificadosUm grupo mais recente de vacinas é constituído por vacinas compostas por microrganismos

modificados ou sintetizados in vitro, também conhecidas como vacinas recombinantes. São

microrganismos, geralmente vírus, efetivamente “projetados e construídos” em laboratório.

Um gene do microrganismo que codifica uma proteína importante para a imunidade é inse-

rido no genoma de um vetor vivo que, ao multiplicar-se, produzirá grandes quantidades de

antígeno protetor. Exemplos: vacina contra hepatite B e contra o HPV.

Vacinas combinadasAlém da classificação anterior, as vacinas podem ser classificadas, ainda, em relação à varie-

dade de antígenos que contêm, como únicas ou combinadas; não se deve confundir vacinas

combinadas com vacinas conjugadas. Vacinas combinadas são aquelas que contêm, no mes­

mo frasco, mais que um antígeno diferente (p. ex., a vacina tríplice viral contra sarampo,

caxumba e rubéola e a vacina tríplice bacteriana contra difteria, tétano e coqueluche).

Principais conceitos na resposta vacinal» Imunogenicidade: capacidade de uma vacina estimular o sistema imunológico a gerar

anticorpos. Aqui, o que conta é a quantidade de pessoas que produzem anticorpos após

Característica Vacina polissacarídica

Vacina conjugada

Imunogenicidade em crianças menores de dois anos Baixa Elevada

Memória imunológica Nenhuma Boa

Evidência de tolerância imunológica Sim Não

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a vacinação. Em outras palavras: dizemos que a imunogenicidade de uma vacina é 100%

quando absolutamente todas as pessoas vacinadas produzem anticorpos. Esse conceito é

diferente do conceito de eficácia, considerada a capacidade de proteção, ou seja, quantas

pessoas vacinadas não desenvolvem a doença.

» Reatogenicidade: é a capacidade de a vacina gerar reação adversa (ou colateral) local ou

sistêmica no organismo.

» Tolerância imunológica: quando o sistema imunológico não responde à exposição a um

antígeno. Um exemplo é a tolerância produzida por doses sequenciais de vacinas polissa-

carídicas não conjugadas. Após a repetição de várias doses de uma vacina polissacarídica

não conjugada, o sistema acaba não respondendo mais à vacina, não produzindo mais

proteção àqueles antígenos. Isso porque existem alguns antígenos que interagem com o

sistema imunológico do hospedeiro, mas, em vez de produzir uma resposta imunológica

positiva, causam um estado de ausência de resposta.

Composição das vacinasAs vacinas possuem, em sua constituição final, além do agente imunizante (antígeno), pro-

teínas resultantes do processo de cultura das células utilizadas na produção de vacinas, con-

servantes, estabilizantes, antibióticos e adjuvantes descritos a seguir.

O antígeno» É o componente mais importante, cujas características dependem do tipo de vacina. Pode ser o

agente infeccioso inativado ou atenuado, partes do agente, toxoides bacterianos inativados, etc.

Líquido de suspensão» Pode ser apenas água destilada estéril ou solução salina fisiológica, mas pode também

ter pequenas quantidades dos constituintes biológicos em que são produzidas as vacinas

(proteínas, células de meios de cultura).

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Conservantes, antibióticos, estabilizadores» Reduzem o risco de contaminação, evitando invasões bacterianas, e propiciam estabili-

dade ao antígeno. Importantes nas vacinas disponíveis em frascos multidoses.

Adjuvantes» Compostos, comumente à base de alumínio – e, mais recentemente, utiliza-se o

AsO4 e o MF59 –, que induzem o aumento da resposta imunológica do indivíduo

vacinado.

Residuais» São pequenas quantidades ou vestígios de substâncias que permanecem após a fabri-

cação da vacina. São exemplos de resíduos detectáveis em algumas vacinas: formal-

deído; antibióticos, como neomicina e proteínas do ovo. Isso é importante, pois alguns

efeitos adversos e reações de hipersensibilidade podem ser causados por esses resíduos

e não pela vacina propriamente dita.

Calendários vacinaisOs calendários vacinais são instrumentos de padronização de prevenção às doenças, con-

forme a epidemiologia do território, os riscos específicos em cada faixa etária; das respec-

tivas vacinas; do número de doses necessárias; de seus intervalos; das recomendações de

reforços, tendo como objetivo a proteção individual e coletiva. São utilizados como guias

quando pretendemos vacinar qualquer indivíduo.

Os calendários são elaborados de formas diferentes de região em região, de país em país,

justamente por considerarem as questões já descritas e por precisarem ser estratégicos. Se,

em um país, crianças de até dois anos são acometidas frequentemente por doenças me-

ningocócicas, é estratégico para aquela região considerar a vacinação nesse grupo. Entre-

tanto, se, em outra região, os mais acometidos são os adolescentes, a estratégia do Estado

pode se ajustar para vacinar os adolescentes.

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Esse é o raciocínio utilizado em saúde pública para determinação de quais vacinas devem

ser consideradas para o calendário; entretanto, existem os calendários das sociedades que

levam em consideração a proteção individual e não somente a coletiva. Nesse caso, então,

pensando individualmente, as sociedades recomendam os esquemas mais completos de

resposta mais eficaz de acordo com cada faixa etária, ou mesmo uma condição especial

daquele paciente. Portanto, calendários são estratégicos, pois pensam em sua população – o

que é o ideal para atingir seu objetivo, seja ele coletivo ou individual.

O calendárioExistem calendários específicos para cada faixa etária, para situações especiais e de acordo

com riscos ocupacionais.

Os calendários podem apresentar ainda vacinas que estão disponíveis em rede pública

ou vacinas que estão disponíveis somente nos serviços privados de vacinação. Na defi-

nição das vacinas que farão parte do calendário do Programa Nacional de Imunização

(PNI), o foco é a proteção coletiva, sendo feita a opção por vacinas e/ou grupos que

levarão a um maior impacto na redução da mortalidade e da morbidade causadas pela

doença na população.

A introdução de uma nova vacina em um programa público obrigatoriamente deve levar

em conta a frequência da doença na população, sua mortalidade e o impacto que a doen-

ça causa em termos de saúde pública. Paralelamente, deve haver uma análise do custo de

implantação e manutenção no programa de vacinação. A partir daí, definem-se a melhor

estratégia e o esquema vacinal. A partir da avaliação de vários critérios, como estudos de

custo-efetividade e custo-benefício, produção suficiente da vacina e orçamento da saúde,

o PNI pode decidir a inclusão ou não de determinada vacina em seus calendários.

A vacinação no Brasil é obrigatória por lei. O médico que não prescreve as vacinas incluídas

no PNI está sujeito à legislação vigente, como reza o artigo 42 do Código de Ética Médica. O

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código prevê, ainda, que a decisão quanto à aplicação de vacinas não disponíveis na rede

pública deve ser compartilhada com os pacientes e responsáveis, cabendo à equipe de saúde

orientar e fornecer as informações sobre todas as vacinas seguras e eficazes indicadas e

disponíveis. Cabe aos pacientes e familiares a avaliação e a decisão sobre a prevenção a partir

dessas informações.

Importante: o calendário é um guia que organiza as vacinas disponíveis, a melhor épo-

ca para sua administração, as doses necessárias para imunização respeitando intervalos

adequados entre as doses. Entretanto, ele não é uma regra. Por exemplo, não é porque a

criança não recebeu hepatite B ao nascer que ela perdeu a primeira dose e não poderá

mais ser vacinada. Por isso, o calendário é um guia e não um documento engessado. Os

profissionais precisam conhecer:

› Idade mínima e máxima recomendada para determinada vacina;

› Quantas doses são necessárias se iniciado o esquema com uma determinada idade;

› Qual intervalo entre as doses.

Tendo conhecimento dessas informações, os profissionais poderão avaliar se a pessoa ainda

pode ser vacinada e o esquema a ser seguido.

Proteções individual e coletivaAo submetermos uma população à vacinação, além da proteção individual, visamos, impac-

to em mortalidade, internações, além de controle de transmissão. Em alguns casos, promo-

vendo a erradicação de moléstias infecciosas.

No momento em que boa parte de uma população está vacinada contra uma doença, ocor-

re diminuição da circulação do microrganismo na comunidade, e, consequentemente, tam-

bém uma proteção indireta dos indivíduos não vacinados, conhecida como imunidade de

rebanho ou coletiva. Por conta disto, é vital que os profissionais de saúde aproveitem todas as

oportunidades disponíveis para vacinar crianças e adultos.

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Princípios básicos para execução de um calendário vacinalAs vacinas e suas particularidadesO número de doses recomendadas e a idade de administração variam para cada vacina.

Como já dito anteriormente, essas recomendações variam em função do tipo de vacina, da

epidemiologia da doença (o risco específico da idade de infecções e de complicações) e da

resposta imunológica esperada do receptor (incluindo a possibilidade de transferência verti-

cal de anticorpos maternos). Várias doses de uma vacina podem ser necessárias para induzir

uma imunidade protetora, em particular nas crianças mais jovens.

IntervalosIntervalos entre doses da mesma vacinaGrande parte das vacinas requer a administração de múltiplas doses, e o respeito ao esque-

ma vacinal recomendado é importante para garantir-se uma resposta imunológica adequada.

Em situações nas quais o esquema de vacinação preconizado não puder ser cumprido, as

recomendações relativas aos intervalos de tempo entre as doses devem ser respeitadas, tanto

para as doses de esquemas primários quanto para as doses de reforço.

Intervalos superiores ao recomendadoA interrupção ou o atraso em esquemas vacinais não provoca perda de imunidade, uma

vez desenvolvida memória imunológica. Independentemente do tempo decorrido

desde a administração da última dose, é apenas necessário que se complete o esquema

estabelecido com o número de doses restantes.

Intervalos inferiores ao recomendadoPor razões epidemiológicas ou para aproveitar todas as oportunidades de vacinação, pode

ser necessário encurtar os intervalos recomendados entre doses de vacinas. Entretanto, nesse

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caso, é preciso sempre respeitar os intervalos mínimos entre as doses e a idade mínima para

administração das vacinas.

A aplicação de vacinas com intervalos menores que os mínimos recomendados pode dimi-

nuir a resposta imunológica, e doses administradas em intervalos excessivamente cur­

tos podem não ser consideradas como válidas.

Além disso, essa conduta aumenta o risco de eventos adversos, provavelmente pela maior

formação de complexos antígenos-anticorpos.

Intervalo entre vacinas compostas por antígenos diferentesAs vacinas inativadas não interferem na resposta imunológica de outras vacinas, tanto ina-

tivadas quanto atenuadas. Assim, podem ser administradas simultaneamente ou com

qualquer intervalo, antes ou depois de outra vacina, seja inativada ou atenuada.

A resposta imunológica a uma vacina viva atenuada injetável pode, teoricamente, ser

comprometida se ela for administrada com menos de quatro semanas de intervalo de

outra vacina viva de uso parenteral. Assim, a administração de duas ou mais vacinas

vivas injetáveis deve ser feita no mesmo dia ou, então, respeitando-se um inter-

valo mínimo de quatro semanas. Não há qualquer evidência de interferência da vacina

oral contra pólio (VOP, tipo Sabin) com outras vacinas vivas aplicadas via parenteral. A

Vacinas administradas até quatro dias antes do intervalo mínimo ou da idade mínima podem ser consideradas válidas. As doses administradas cinco dias ou mais, antes do intervalo mínimo ou da idade mínima, não devem ser consideradas doses válidas e devem ser repetidas com a idade apropriada ou intervalo adequado. A nova dose deve ser espaçada, geralmente após a dose não válida, por um intervalo pelo menos igual ao intervalo mínimo recomendado (geralmente 30 dias). Hamborsky J, Kroger A, Wolfe CS. Epidemiology and prevention of vaccine­preventable diseases: the pink book: course textbook. 13. ed. Washington D.C.: Public Health Foundation; 2015.

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vacina oral pode ser administrada simultaneamente ou com qualquer intervalo antes

ou depois das vacinas parenterais.

Intervalos entre vacinas e a prova tuberculínicaAs vacinas virais vivas injetáveis, principalmente a de sarampo (isolada ou combinada com

caxumba, rubéola e varicela), podem interferir na resposta da prova tuberculínica. As-

sim, a prova tuberculínica deve ser feita no mesmo dia da administração dessas vacinas ou,

no mínimo, quatro semanas depois.

ReforçosChama-se reforço a aplicação de mais uma dose de determinada vacina com o objetivo de

restabelecer a quantidade de anticorpos ideal que, eventualmente, tenha se reduzido com o

tempo, a fim de manter a imunidade adequada.

Uma dose só pode ser considerada como de reforço se o indivíduo, em algum momento

anterior, já tiver recebido todas as doses que compõem o esquema básico de vacinação

recomendado para determinada vacina.

A utilização de doses de reforço pressupõe a existência de memória imunológica, e as reco-

mendações para doses de reforço geralmente baseiam-se em estudos laboratoriais (dosagem

de anticorpos demonstrando queda nos títulos) ou epidemiológicos (ocorrência de doen-

ça em pessoas previamente imunizadas, refletindo a necessidade de manutenção de títulos

maiores de anticorpos).

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Intervalos recomendados entre doses de vacinas diferentes que contêm vírus vivos atenuados e vacinas inativadas

IntercambialidadeAté há algum tempo, havia preocupação em relação à intercambialidade (primeira dose de

um tipo / marca de vacina e doses subsequentes de outro tipo/marca) e à manutenção dos

esquemas de vacinação, independentemente do fabricante de uma determinada vacina.

Diversos autores demonstraram que, para vacinas como as contra hepatite A, hepatite B,

meningite C, tríplice viral, entre outras, ocorre a intercambialidade sem comprometimento de

segurança, imunogenicidade e eficácia dessas vacinas.

Como a tecnologia de produção da maioria dessas vacinas é relativamente semelhante, a

intercambialidade entre algumas vacinas de diferentes fabricantes é possível.

O surgimento mais recente de vacinas obtidas por tecnologias mais sofisticadas possibilitou

o desenvolvimento de algumas vacinas por meio de métodos de produção distintos ou con-

Adaptado de: SBIm, 2011.Observação: essa é uma regra geral. Consulte sempre as recomendações específicas de cada vacina.

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Vacinas inativadas → Vacinas inativadas Podem ser administradas simultaneamente ou com qualquer intervalo entre as doses.

Vacinas atenuadas → Vacinas inativadasPodem ser administradas simultaneamente ou com qualquer intervalo entre as doses, seja vacina atenuada oral, seja injetável.

Vacinas atenuadas injetáveis

→ Vacinas atenuadas injetáveis

Se não forem administradas simultaneamente, recomenda-se intervalo mínimo de 28 dias entre as vacinas.

Vacinas atenuadas orais

→ Vacinas atenuadas injetáveis

Podem ser administradas simultaneamente ou com qualquer intervalo entre as doses.

Vacinas atenuadas orais

→ Vacinas atenuadas orais

As vacinas atenuadas de uso oral, rotavírus e Sabin podem ser aplicadas no mesmo dia ou com intervalo de 15 dias entre as doses.

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tendo proteínas e outros componentes diferentes. São exemplos dessas novas tecnologias, as

vacinas conjugadas, cuja proteína carreadora difere de fabricante para fabricante, tais como

as novas vacinas contra o HPV, que apresentam diferenças na composição antigênica, no tipo

de adjuvante e no método de produção. Nessa situação, pode não haver intercambialidade

entre as diferentes vacinas. Nesses casos, deve-se evitar o início do esquema básico com um

tipo / marca de vacina e sua substituição por outro tipo / marca nas doses subsequentes, até

que surjam estudos que garantam a segurança e eficácia desse procedimento.

Verifique sempre as notas técnicas, a bula e o fabricante das vacinas, se é possível fazer a

troca da vacina, ou seja, mudar o laboratório fabricante da vacina cujo esquema foi iniciado.

De qualquer forma, o ideal é sempre dar continuidade à marca da vacina cujo esquema foi

iniciado. No entanto, na ausência e com algum respaldo técnico, é melhor que seja feita a

alteração que manter o indivíduo desprotegido. Situações onde a troca possibilitará maior

espectro de proteção ao indivíduo também podem ser consideradas.

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Bibliografia» Abbas AK, Lichtman AH. Imunologia básica: funções e distúrbios do sistema

imunológico. Martins BAL et al. (trad.), Tradução Bárbara de Alencar Leão Martins, et al. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2007.

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» Bahia, Secretaria da Saúde, Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde, Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Coordenação do Programa Estadual de Imunizações. Manual de procedimento para vacinação. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Salvador: DIVEP; 2011.

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» Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de normas e procedimentos para vacinação. Brasília: Ministério da Saúde; 2014. 176 p.

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