principiologia do direito contratual

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Principiologia do Direito Contratual Sumário: 1. Introdução. 2. Breve revista ao princípio da dignidade da pessoa humana. 3. Princípio da autonomia da vontade ou do consensualismo. 4. Princípio da força obrigatória do contrato. 5. Princípio da relatividade subjetiva dos efeitos do contrato. 1. INTRODUÇÃO Por princípio, entendam-se os ditames superiores, fundantes e simultaneamente informadores do conjunto de regras do Direito Positivo. Pairam, pois, por sobre toda a legislação, dando-lhe significado legitimador e validade jurídica. “Princípios, por sua vez, encontram-se em um nível superior de abstração, sendo igual e hierarquicamente superiores, dentro da compreensão do ordenamento jurídico como uma ‘pirâmide normativa’ (Stufenbau), e se eles não permitem uma subsunção direta de fatos, isso se dá indiretamente, colocando regras sob o seu ‘raio de abrangência’” WILLIS SANTIAGO GUERRA FILHO Perceberemos, portanto, na enumeração dos princípios que seguem abaixo, que alguns clássicos foram mantidos, posto hajam sido objeto de releitura, e, ainda, outros foram acrescentados, por entendermos necessários para a completude do conjunto. Temos, portanto: a) o princípio da autonomia da vontade ou do consensualismo; b) o princípio da força obrigatória do contrato; c) o princípio da relatividade subjetiva dos efeitos do contrato; d) o princípio da função social do contrato; e) o princípio da boa-fé objetiva; f) o princípio da equivalência material.

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Principiologia do Direito ContratualSumrio: 1. ntroduo. 2. Breve revista ao princpio da dignidade da pessoa humana.3. Princpiodaautonomiadavontadeoudoconsensualismo. 4. Princpiodaforaobrigatria do contrato. 5. Princpio da relatividade subjetiva dos efeitos docontrato.1. INTRODUOPor princpio, entendam-se os ditames superiores, fundantes e simultaneamenteinformadores do conjunto de regras do Direito Positivo. Pairam, pois, por sobre toda alegislao, dando-lhe significado legitimador e validade jurdica."Princpios, por sua vez, encontram-se em um nvel superior de abstrao, sendo iguale hierarquicamente superiores, dentro da compreenso do ordenamento jurdico comouma 'pirmide normativa' (Stufenbau), e se eles no permitem uma subsuno diretade fatos, isso se d indiretamente, colocando regras sob o seu 'raio de abrangncia'WLLS SANTAGO GUERRA FLHOPerceberemos, portanto, na enumerao dos princpios que seguemabaixo, quealguns clssicos foram mantidos, posto hajam sido objeto de releitura, e, ainda, outrosforam acrescentados, por entendermos necessrios para a completude do conjunto.Temos, portanto:a) o princpio da autonomia da vontade ou do consensualismo;b) o princpio da fora obrigatria do contrato;c) o princpio da relatividade subjetiva dos efeitos do contrato;d) o princpio da funo social do contrato;e) o princpio da boa-f objetiva;f) o princpio da equivalncia material.Acima de todos eles, dando-lhes dimenso constitucional, est o princpio dadignidade da pessoa humana, que jamais poder ser esquecido, pois,indiscutivelmente,servir de medida para toda a investigao que fizermos a respeito de cada um dosprincpios contratuais acima elencados.2. BREVE REVISTA AO PRINCPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA Aspectos histricos: cristianismo, idade mdia e o pensamento kantianoBreve histri!"Atribui-seaopensamentoesticoeaocristianismoosprimeirosregistrosdotema.Segundo os : esti!"s(filsofia da antiga Grcia),a dignidade seria uma qualidade que, porser inerente ao ser humano o distinguiria dos demais. Cristianismo, adignidade caracterstica inerente apenas ao ser humano, esteser, na concepo crist, foi criado imagem e semelhana de Deus. Ora, violaradignidadedacriaturaseria, emltimaanlise, violaovontadedoprprio Criador. Esta a mensagem crist que foi posteriormente deturpada a partir domomento emque o poder poltico passa a influenciar a igreja, que cria tesesjustificadorasdeumasriedeabusoseviolaes, notadamenteparajustificar aescravido. dade Mdia - Toms de Aquino o principal pensador a dedicar-se ao estudo edesenvolvimento do tema. Dignidade como sendo a qualidade que tem oindivduodeconstruirdeformalivreeautnomasuaprpria existncia. manuel Kant, talvez aquele que mais influencia at os dias atuais nosdelineamentos do conceito, props o seu imperativo categrico, segundo o qual" h"#e# $ %# &i# e# si #es#"' ()" *"+e(+" (%(!, ser !"isi&i!,+" "%%ti-i.,+"!"#"#ei"+e"/te(0)"+e1%,-1%er "/2etiv". As coisas, quepodem se trocadas por algo equivalente, tm preo; as pessoas, dignidade.Consoante a ideia kantiana de dignidade humana,3(" rei(" +"s &i(s t%+" te# %#*re0" "% %#, +i4(i+,+e.5 Se $ *"ss6ve- ,tri/%ir , %#, !"is, %# *re0"' e(t)" e-,$s%/stit%6ve-.A" !"(tr7ri"' 1%,(+"()"h7e1%iv,-e(te*,r,%#, +eter#i(,+,!"is,' e(t)" e-, te# +i4(i+,+e. ComoshorroresperpetradosduranteaSegundaGuerraMundial, opensamentoKantiano ressurge com extrema vitalidade, uma vez que se verificou, na prtica, quaissoasconseqnciasdautilizaodoser humanocomomeioderealizaodeinteresses, sejam polticos, sejam econmicos. Desta forma, o princpio da dignidade da pessoa humana foi positivado na maioria dasConstituies do ps-guerra, bem como na Declarao Universal das Naes Unidas(1948), logo em seu artigo 1. Em nosso ordenamento, foi positivado pela Constituio da Repblica de 1988, que oelencou como fundamento da Repblica Federativa do Brasil, criando, uma verdadeiraclusula geral de tutela da pessoa humana.C"(!eit"Dignidade traduz um valor fundamental de respeito existncia humana, segundoas suas possibilidades e expectativas, patrimoniais e afetivas, indispensveis sua realizao pessoal e busca da felicidade.Mais do que garantir a simples sobrevivncia, este princpio assegura o direito de seviver plenamente, sem quaisquer intervenes esprias estatais ou particulares na realizao desta finalidade. "O princpio da dignidade da pessoa humana, no obstante a sua incluso no texto daconstituio , uminstituto fundamental do direito privado. Enquanto fundamentoprimeiro da ordem jurdica constitucional, ele o tambm do direito pblico. ndo maisalm, pode-sedizerqueainterfaceentreambos: ovrticedoEstadodeDireito.(ALEXANDRE DOS SANTOS CUNHA)O Pri(!6*i" +, +i4(i+,+e +, *ess", h%#,(, re+ire!i"(, " ,-!,(!e +,s ("r#,s +"Direit"Priv,+"*,r,, *r"te0)"+,*ess",' se#*re2%6."+"s #e!,(is#"sre4%-,+"res +, *r"te0)" ," *,tri#8(i". C"(stit%i0)" +, Re*9/-i!,' e# se% ,rt. 1.:' III' +is*;e' GUSTAVO TEPEDINOURDICAEm uma expresso abreviada, a hermenutica a teoria da interpretao.No caso do Direito, a her#e(D%ti!, 2%r6+i!, $ , te"ri,+, i(ter*ret,0)" +,s ("r#,s' !"(+%t,s e *r7ti!,s 2%r6+i!,s.Todos os objetos que compem a cincia do Direito devem,necessariamente, ser interpretados, da mesma forma que as normase os contedos jurdicos no tm sentido e no alcanam seuobjetivo se permanecerem apenas como documentos escritos, poiso essencial do Direito a aplicao prtica. Toda aplicao prticade uma norma jurdica implica, obrigatoriamente em uma interpretao, pois oDireito existe para ser interpretado e impossvel por em prtica um comandojurdico sem sua interpretao.Numa compreenso genrica do termo, podemos afirmar que ahermenutica o momento terico que antecede a atividade prtica,e isso ocorre no apenas no Direito, mas em todas as reasdo trabalho humano, seja ele muscular ou intelectual, desde quea humanidade passou a se orientar pelo modo cientfico de agir nomundo, superando as aes arcaicas realizadas na base do improvisoe da necessidade. Toda atividade prtica humana necessita deum momento prvio de reflexo, planejamento, organizao, semo qual a prtica ficar desorientada e muitas vezes infrutfera, comgrande desperdcio de materiais e energias.O fundamental desse que chamamos "'momento terico o exercciode mentalizao dos procedimentos que sero, posteriormente,adotados no decorrer da atividade prtica.O objeto da hermenutica jurdica a interpretao do Direito.J explicamos anteriormente a diferena entre hermenutica einterpretao. Por sua vez, o objeto da interpretao jurdica otexto legal e a norma jurdica, enquanto portadores de significadosou sentidos cuja compreenso se busca atravs de procedimentosespecficos, que compem os mtodos e sistemas interpretativos.Quando se fala em texto legal e norma jurdica, esses conceitosdevem ser entendidos dentro de uma acepo bastante ampla, queno se restringe ao conceito restrito de lei, pois na verdade todosos objetos do Direito so passveis de interpretao. Essa concepodo direito a te"ri, !-7ssi!, +, her#e(D%ti!,, tambmchamada de !"(!e*0)" ("r#,tiv,.Conhecida como !"(!e*0)" e4"-4i!, +" Direit", foi defendidapelo jurista argentino Carlos Cssio, cuja teoria se fundamentanos seguintes princpios: a norma jurdica um meio atravs do qualconhecemos o verdadeiro objeto da interpretao, que a condutahumana regrada pela norma. E o direito um produto da evoluohumana e tem por substrato uma determinada conduta, sendo assimum objeto egolgico. O Direito no est na norma, e sim naconduta, por isso, no se interpreta a norma em si mesma, masa norma enquanto determina a conduta das pessoas, e, assim, ahermenutica uma !iD(!i, eAiste(!i,-. O Direito, portanto, paraCssio, a conduta humana em interferncia subjetiva, ou seja:Y C"(+%t,: porque expressa uma experincia de liberdade.Y I(ter&erD(!i,: porque se refere a um conjunto de aes possveis.Y I(ters%/2etiv,: porque a ao de algum que est impedidaou permitida por outro resulta em um ato conjunto de ambos.Essas duas posies (("r#,tivis#" e e4"-"4is#") continuama polarizar os doutrinadores, alinhando-se estes em umaou outra posio. De qualquer modo, a interpretao o motor que propulsionao ordenamento jurdico, tendo como combustvelas energias mentais do intrprete, que se abastece de contedosculturais assimilados na sua vivncia social e nos ensinamentosadquiridos nos cursos de formao. Esta "mquina interpretativafunciona em todos os nveis da ordem jurdico-social.C"rre(te S%/2etivist, Defende que o fundamentobsico para a determinaodo sentido da norma est navontade do legislador (menslegislatoris). A misso do intrprete descobrira vontade do legislador contida nalei, devendo esta funcionar como oparmetro para a busca do seu significado.Sendo a cincia jurdica,por essncia, uma cincia hermenutica,a interpretao da normano pode desviar-se da vontade ouinteno do legislador, sob pena dedesvirtuamento do seu sentido originale, portanto, de constituir umainfidelidade com o seu mentor. Esta corrente defende ainda que ainterpretao deve seguir a regra e+tunc, isto , desde ento, desde aaprovao da norma, com destaquepara a compreenso gentica danorma, ou seja, a compreenso apartir da sua gnese, quando foi positivadapela vontade do legislador.C"rre(te O/2etivist, Defende que a base para aapreenso do sentido da normaest na vontade da prprialei (mens legis). A misso do intrprete descobrir avontade da lei em si mesma, independentedos processos psicolgicosde criao da norma pelo legislador.O intrprete deve procurar o sentidoque foi objetivado pelo legislador notexto legal, que aps aprovado passaa ter uma existncia autnomaem relao ao seu autor. A normapositivada tem um sentido prprio,determinado por fatores objetivos,que no esto necessariamente ligadosao sentido original que o legisladorpretendeu colocar no texto. Esta corrente defende ainda a interpretaodo tipo e+ nunc, ou seja,desde agora, tendo em vista a situaoconcreta na qual a norma aplicada,com destaque para a compreensodos aspectos estruturais dacomposio do texto, ou seja, a cadavez que a norma vai ser aplicada, ointrprete vai encontrar nela contedosespecficos, que vo se revelandode acordo com o caso concreto,contedos esses que podem nemter sido cogitados pelo legislador nomomento de sua elaborao.G JUNDAMENTOS DA INTERPRETAOOs fundamentos da interpretao, como os fundamentos de qualqueratividade cientfica, so provenientes da filosofia e se distinguem em"(t"-4i!"s, ,Ai"-4i!"s, 4("si"-4i!"s e -4i!"s. Compreendaagora como ocorre cada um deles mais especificamente.A "(t"-"4i, a diviso da filosofia que estuda as essncias maisprofundas de todos os seres existentes, elevando-se at o estudo daprpria essncia do mundo, algo que na viso clssica da filosofia seidentificava com a divindade e na viso da filosofia contempornease denomina simplesmente de "ser. Quando se fala em "ser entende- se aquiloque , que existe realmente, no mera suposio.O fundamento ontolgico da interpretao significa que a norma ea conduta por ela determinada so realidades verdadeiras, algo que acontece notempo e no espao, uma ao humana realizada dentroda histria e, portanto, sem repetio. Por isso, os fatos jurdicosprecisam ser provados, no podem se fixar em meras hipteses provveis.O juiz no pode julgar uma causa baseado em presunes eindcios, por mais veementes que sejam. A verdade jurdica deve serontolgica, isto , deve fundamentar-se em ocorrncias reais.A ,Ai"-"4i, a diviso da filosofia que estuda os aspectos valorativosdos objetos. Todos os atos humanos so carregados de valorese junto aos valores est associada a intencionalidade. Dizer que umfato valorado significa dizer que a pessoa o faz conscientemente,sabendo do que se trata. O valor a fora que induz a conduta. Ofundamento axiolgico da interpretao indica que esta deve procurardescobrir os valores ocultos nos fatos e atos jurdicos. Dois fatospodem ser muito semelhantes na sua aparncia externa, mas podemter valoraes totalmente diferentes, dependendo do contexto em queso praticados, por quem e para que so praticados. Toda conduta valorada e toda interpretao deve elucidar os valores nela contidos.A 4("si"-"4i, a diviso da filosofia que estuda o conhecimentohumano, suas fontes, seus mtodos, suas condies de veracidade efalsidade. O fundamento gnosiolgico da interpretao diz respeito necessidade de um mximo aprofundamento cognitivo dos fatosjurdicos, que no podem ficar apenas em noes superficiais. Ainstruo processual o caminho para esta busca mais profunda danatureza dos fatos em anlise. ela que vai formar o convencimentodo juiz. A lei processual e a tica profissional impem ao magistradoa obrigao de esgotar todas as possibilidades envolvidas nos fatos.Da porque se chama de "processo de conhecimento, o juiz deveconhecer plenamente os fatos antes de emitir o seu julgamento.A -4i!, a diviso da filosofia que estuda as regras do pensarcorreto, a adequao entre os pensamentos e a realidade, entre alinguagem e os fatos. A lgica procura esclarecer os mecanismosinternos do nosso modo de pensar, de maneira a conduzirmos onosso pensamento ao mximo grau de retido e certeza. O fundamento lgicoda interpretao exige que esta guarde a devidacoerncia entre os fatos jurdicos, as normas a eles aplicveis,os pedidos das partes e a deciso proferida pelo julgador. Tudo deve estar emperfeita harmonia e dentro dos respectivos limites.No pode o juiz decidir contrrio prova dos autos; no pode asentena tratar de matria diversa do pedido; no pode a decisoir alm do pedido ou ficar alm deste; no pode o juiz agir motivadopor sentimentos de simpatia ou antipatia, preferncias ouinteresses estranhos ao processo. A lgica sempre o fio condutordo pensamento humano e perpassa tambm os componentesgnosiolgico, valorativo e ontolgico da interpretao.I ESPZCIES DE INTERPRETAO E SISTEMAS INTERPRETATIVOSMesmo sendo a interpretao um ato nico, tradicionalmente,adotou-se o costume de distingui-la ou classific-la, de acordocom as suas &"(tes, com os #ei"s %ti-i.,+"s *e-" i(t$r*retee ainda com os seus res%-t,+"s.Quanto s suas &"(tes, a interpretao pode ser autntica oudoutrinal. Assim, podemos observar que: Denomina-se autntica a interpretao que procede doprprio poder que produziu a norma, cujo sentido e alcanceele declara. Assim, s uma Assembleia Constituintepode fornecer a autntica interpretao da Constituio;as Casas Legislativas, das leis que elaboram; o Executivo,dos diversos decretos, regulamentos, portarias, etc. Valeressaltar que a interpretao autntica vincula-se ao juiz. Denomina-se doutrinal quando provm da livre reflexodos estudiosos do Direito em suas obras de doutrina, sendoque essa interpretao tem o valor apenas opinativo.Desse modo, a partir do sculo XX, a interpretao autnticatradicional passou a ser reconhecida segundo duas modalidades: a) a -e4is-,tiv,, quando sobrevm uma lei interpretativa deoutra anterior, (caso que muitos doutrinadores nem consideramassim, mas entendem tratar-se simplesmente de lei nova) oupor um decreto que vem regulamentar uma lei;b) a 2%ris*r%+e(!i,-, que pela reiterada deciso uniforme dos tribunais podevir a ser sumulada, ou mesmo no sendo sumulada,costuma ser adotada pelos rgos judiciais dos escales inferiores.Quanto aos #ei"s ,+"t,+"s *e-"s i(t$r*retes, a interpretao sedivide tradicionalmente em gramatical, lgica, histrica e sistemtica.Esta classificao possui variantes, de acordo com as prefernciasdoutrinrias, de modo que alguns entendem que o modo gramaticalabrange tambmo filolgico, o lgico abrange tambmo sociolgico e osistemticoseestendeparaoteleolgico. Semadentrar nessasvariaes,abordaremos as quatro modalidades clssicas. Acompanhe:A i(ter*ret,0)" 4r,#,ti!,- "% -iter,- concentra-se nas palavrasda lei, buscando retirar delas o seu significado mais profundo,chegando por vezes ao exagero de polemizar por detalhes semnticos,at desvirtuado o prprio contedo lingustico do texto. Esta norealiza propriamente uma interpretao, mas uma exegese literal,na medida em que se preocupa apenas com o texto do dispositivolegal. Sua origem vem sobretudo pela influncia dos estudos bblicose do trabalho dos glosadores medievais. No passado, a exegese literalfoi muito apreciada pelos especialistas, contudo, de acordo como Prof. Carlos Maximiliano (2006, p. 92), "[...] fica longe da verdadeas mais das vezes, por envolver um s elemento de certeza, e precisamenteo menos seguro. Cabe ao intrprete ultrapassar esse limitepara chegar ao campo vizinho, mais vasto e rico de aplicaes prticas.Atualmente, nenhuma corrente da hermenutica recomenda apura exegese gramatical dos textos, devendo esta ser um ponto departida para a anlise dos contedos normativos neles contidos.A i(ter*ret,0)" -4i!, procura alcanar a coerncia e o espritoda norma, em vista da sua aplicao social. Trata-se, portanto,de uma interpretao complementar do carter lingustico dotexto legal, pois a concatenao do raciocnio e a coordenao dasideias contidas na norma devem seguir as regras do pensamentocoerente. do carter lgico da interpretao que se deduzemalgumas posies doutrinrias clssicas, como por exemplo, a deque no h palavras suprfluas na lei, todas elas carregam umsentido que deve ser buscado. Ou ainda a de que as palavras devemser entendidas no seu sentido da linguagem comum ou natural,evitando-se exageros tecnicistas ou artificiais. igualmentelgico que o legislador, ao elaborar a lei, visava ser entendidopelas pessoas para as quais a lei se destinava, e portanto serviusede elementos culturais comuns, que assim tambm devem serentendidos. A lgica deve nos conduzir ao bom senso de entendera lei dentro da objetividade que o legislador nela colocou, porquenenhuma lei feita somente para ficar escrita nos livros, senopara ser cumprida e bem cumprida.A i(ter*ret,0)" histri!, consiste em examinar os antecedentese os preparativos da lei, as discusses que lhe deram origem, osfatos sociais relevantes que determinaram o seu surgimento, paraque assim possam ser atingidos tanto a mens legislatoris (correntesubjetivista) quanto a mens legis (corrente objetivista). Antes daaprovao da lei, com certeza muitos debates ocorreram, em vistadas necessidades sociais emergentes, e nessas discusses so encontradasas verdadeiras motivaes da lei, que muitas vezes nemchegaram a ser colocadas no seu texto. Quanto mais polmico otema abordado na norma, mais discusses ela suscita e mais tempodemora para a sua aprovao. O melhor exemplo que se podedar da interpretao histrica o da importncia do estudo do DireitoRomano para uma melhor compreenso do nosso Direito Civilcontemporneo. Conhecer a evoluo histrica dos diversos institutosjurdicos confere maior segurana e confiabilidade ao intrprete,quando se trata de aplic-los aos fatos atuais.A i(ter*ret,0)" siste#7ti!, procura compreender o significadodas palavras na perspectiva do texto inteiro da lei, bem comoa compreenso da lei na perspectiva do ordenamento como umtodo, evitando-se interpretaes de palavras ou frases isoladas doseu contexto. Um artigo de uma lei tributria deve ser interpretadode acordo com o formalismo prprio das regras referentes aofisco e administrao pblica; um artigo de uma lei previdenciriadeve ser entendido numa perspectiva mais ampla, sociolgica,assistencialista; um artigo da Constituio deve ser sempreinterpretado na perspectiva do contexto sociopoltico, como regramacro jurdica que alcana o todo da sociedade. Vale lembrar aquia clebre mxima jurdica do jurista romano Celso: " contrrioao direito tomar uma palavra da lei e interpret-la sem consideraro texto inteiro da mesma lei1. Em linguagem dos dias atuais, issoequivale a dizer: contrrio ao Direito interpretar uma palavra dalei sem levar em conta o texto completo da lei, o conjunto normativoe os dispositivos constitucionais aplicveis.E quanto aos seus res%-t,+"s "% ,"s e&eit"s 1%e *r"v"!,, ainterpretao pode ser declarativa, restritiva ou extensiva.A i(ter*ret,0)" +e!-,r,tiv, aquela em que a compreensoda norma se d apenas pela literalidade. O texto da lei to claro que no demanda maior esforo para o seu entendimento.Outrora, existia um brocardo latino que dizia: in claris,cessat interpretatio (na clareza da lei, a interpretao desnecessria).Atualmente, esse chamado "brocardo da clarezaperdeu sua fora em vista dos modernos estudos da lingustica,os quais vieram demonstrar que toda expresso escrita precisaser interpretada, para que o seu significado se torne maisclaro. A linguagem jurdica a linguagem natural, comum dasociedade. A linguagem por natureza ambgua e polissmica,devendo-se considerar as nuances regionais e histricas,que podem influenciar no significado das palavras. sso maisexigido quanto maior for a distncia temporal entre a pocaem que a lei foi escrita e a poca da sua interpretao. Assimentendida, a interpretao literal deve ser somente o inciodo processo complexo de busca da compreenso de um texto,no se esgotando nela o trabalho interpretativo.A i(ter*ret,0)" restritiv, quando o intrprete reduz oalcance das palavras da lei, atentando para o esprito da lei,maisdoqueparaoseutexto. umaregraconvencional dainterpretaojurdica a que determina que onde no distinguiu o legislador, no deve distinguiro intrprete. dessa modalidadetambm o entendimento de que as normas administrativase fiscais devem ser entendidas restritivamente, sempre quesuscitarem dvidas. o caso tambm quando a lei enumerauma srie de situaes especficas, as quais so entendidascomo taxativas, se a matria for penal ou tributria. Da mesmaforma, as normas constitucionais que restringem os direitose garantias individuais devem ser entendidas restritivamente.Trata-se, como se pode deduzir, de uma atividade interpretativaextremamente flutuante nas suas determinaes, dando margema diversos ensinamentos doutrinrios e jurisprudenciais.A i(ter*ret,0)" eAte(siv,, ao contrrio da restritiva, aquela que amplia o alcance do texto legal, dando-lhe maiorelasticidade. Nas normas penais, pelo princpio da legalidade,evita-se fazer interpretaes extensivas. Nas normas civis, j possvel aumentar o alcance das normas pelo uso da analogia.A interpretao analgica seria, portanto, um exemplo da interpretaoextensiva, embora no se confunda com ela. A diferena tnue e no bemuniforme na doutrina, nas pode-sedizer que a interpretao extensiva ocorre quando o texto da lei imperfeito e compete ao intrprete explicitar o seu contedo;a interpretao analgica ocorre quando o texto da lei lacunosoe o intrprete faria uma ampliao do seu contedo. Deuma forma ou de outra, a interpretao extensiva se apoia emreflexes de ordem teleolgica e axiolgica.A i(ter*ret,0)" eAte(siv,, ao contrrio da restritiva, aquela que amplia o alcance do texto legal, dando-lhe maiorelasticidade. Nas normas penais, pelo princpio da legalidade,evita-se fazer interpretaes extensivas. Nas normas civis, j possvel aumentar o alcance das normas pelo uso da analogia.A interpretao analgica seria, portanto, um exemplo da interpretaoextensiva, embora no se confunda com ela. A diferena tnue e no bemuniforme na doutrina, nas pode-sedizer que a interpretao extensiva ocorre quando o texto da lei imperfeito e compete ao intrprete explicitar o seu contedo;a interpretao analgica ocorre quando o texto da lei lacunosoe o intrprete faria uma ampliao do seu contedo. Deuma forma ou de outra, a interpretao extensiva se apoia emreflexes de ordem teleolgica e axiolgica.Este entendimento no uniforme, contudo, na concepotradicionalista do Direito, afirma-se a possibilidade da interpretaopor si mesma, sem visar necessariamente a uma aplicao.Nas concepes mais contemporneas, por vezes, ocorreo inverso disso, ou seja, juristas que defendem um modelosociolgico da interpretao jurdica afirmam uma identidadeentre interpretao e aplicao. Essas duas posies opostascorrespondem s concepes acima apresentadas sobre o objetoda hermenutica: !"(!e*0)" ("r#,tivist, (a primeira)e !"(!e*0)" e4"-4i!, (a segunda). Por uma questo decoerncia com o modelo jurdico vigente no Brasil, desenvolvidoaps a Constituio de 1988, no qual so enfatizadas asdimenses socioculturais do Direito, dizemos que existe umaimplicao necessria entre interpretao e aplicao.Ainda de acordo com o tradicionalismo, a aplicao do Direitoseria uma operao lgica bsica, entendida a sentena judicialcomo um silogismo aristotlico, no qual temos uma premissa maior(a norma), uma premissa menor (o fato) e uma concluso (o dispositivo). a chamada !"(!e*0)" si-"46sti!, +, i(ter*ret,0)",segundo a qual a aplicao da norma ao fato pelo juiz uma simplessubsuno lgica, sem qualquer interferncia subjetiva. Estaconcepo jurdica provm dos ensinamentos de Montesquieu, napoca da Revoluo Francesa, quando props a diviso dos poderesdo Estado em trs (legislativo, executivo e judicirio) e afirmou queo juiz um mero aplicador da lei, ele apenas executa um comandoque foi dado pelo legislador. ele o autor da famosa expresso deque o juiz simplesmente a "boca da lei, criando aquela figurado juiz autmato, como um rob que apenas executa os preceitoslegais sem interferir neles com o seu entendimento.A este fenmeno, os doutrinadores chamam de i(ter*ret,0)"i(te4r,+"r,, inspirada no princpio da plenitude do ordenamentojurdico. Teoricamente, o conjunto de normas de uma sociedadedeve atender a todas as demandas que so encaminhadas peloscidados ao Poder Judicirio. Se o Direito no pode deixar nenhumlitgio sem soluo, por outro lado, o legislador no temcomo prever todas as hipteses possveis da conduta humanaatuais e futuras. Por isso, a integridade lgica da ordem jurdicano pode ser fundada apenas nas normas positivadas, mascompreende tambm a criatividade interpretativa dos operadoresdo Direito no sentido de tentar fazer o ordenamento atender, aomximo grau possvel, s solicitaes consideradas legtimas dapessoa humana, em seu esforo tambm legtimo de proporcionara mais saudvel convivncia na sociedade.O ordenamento jurdico padro o ordenamento estatal. Porm,alm deste, haveria tambm os ordenamentos no-estatais, dentreos quais podemos distinguir:1. Ordenamentos acima do Estado, como o ordenamento internacionale, segundo algumas doutrinas, o da greja Catlica.2. Ordenamentos abaixo do Estado, como os ordenamentos propriamentesociais, que o Estado reconhece, limitando-os ou absorvendo-os.3. Ordenamentos ao lado do Estado, como o da greja Catlica,segundo outras concepes, ou, tambm, o internacional,segundo a concepo chamada dualstica.4. Ordenamentos contra o Estado, como as associaes demarginais, as seitas secretas, etc.Postado h 16th September 2013 por mariojorgeteles 0 A+i!i"(,r %# !"#e(t7ri" 4.Jun10Direit" Civi- IIIDa preveno ou preferncia- Requisitos-Caracteres: - personalssimo e intransmissvel. - Pode ser utilizada em outros contratos. - Somente pode exerc-la se o comprador pretende vender ou dar a coisa empagamento.V - Objeto: bem corpreo ou incorpreo; mvel ou imvelDistino do pacto de retrovenda- Objeto: mvel ou imvel- Existncia de um 3- Exigncia de "vontade de compra" (nimo) especfica.Final de Civil 3Unidade Principiologia do dto contratual1. Breve repasse acerca do princpio da dignidade da pessoa humana1.1 Aspectos histricos: cristianismo, idade mdia e o pensamento kantiano1.2- Dignidade da pessoa humana x dignidade humana1.2 Osubstrato da DPH: - autodeterminao potencial do ser humano:1.autonomia privada patrimonial > contratos. 2. Autonomia privada existencial >dtos da personalidade.1.3 A DPH como norma-regra como norma-princpio.1.4 A frmula do objeto (ou de no instrumentalizao).2. Princpios gerais (tradicionais) da teoria Geral dos Contratos.2.1Pri(!6*i" +, ,%t"("#i, +, v"(t,+e: Tambmconhecido comoPrincpioda Autonomia daVontade,noseuauge,ps-revoluofrancesa,esteprincpioexpressavaaliberdadeabsoluta, ouseja, eraselivreparacontratar com quem quisesse e da maneira a escolher. Falava-se de ampla eirrestrita liberdade de contratar. Esta forma de ver era justificveldiante deuma sociedade acostumada a ser vilipendiada por reinos absolutistas.Trs aspectos da-i/er+,+e +e !"(tr,t,r: diante das necessidadeselementares da vida moderna que obrigam o indivduo a celebrar contratos econtatos, geradores de direitos e de responsabilidade obrigacional, inclusivacom a administ. Pblica.- Faculdadederealizar ounoacontratao(ressalvadososcasosdecontrato necessrio v. art. 39, , L.8079-90.- Faculdade de es!"-h, +" "%tr" !"(tr,e(te(idem anterior). Liberdade deescolher as partes: que se v tambm limitada principalmente pelos ditamesconstitucionais que protege os indivduos contra as prticas discriminatrias.- Faculdade dees!"-h, +" !"(te9+" +" !"(tr,t"(ressalvadas aslimitaes decorrentes de clusulas gerais ou da ordem pblica). A forma eos efeitos do contrato, diante das normas imperativas que permeiam as leisespeciais, doscontratosestandardizados, dascondiesgeraisdevenda,enfim, do contrato de adeso, com as clausulas predeterminadasunilateralmente. -Contrato atpico: o que resulta de um acordo de vontades no regulado noordenamentojurdico, mas geradopelas necessidades e interesses daspartes.2.2 Pri(!6*i" +" !"(se(s%,-is#": Em matria contratual, o consensualismosignifica, havendoacordodevontade, qualquer formacontratual vlida(verbal, silncio, mmica, telefone, e-mail), excetuando-se atos solenes queexijamformalidadeslegais, ouseja, sserexigidaformaquandoaleiordenar.- Contratos consensuais x contratos reais.Os contratos consensuais soaplicados de maneira generalizadas, eis que resguarda o principio da autonomiada vontade, assim presume-se que o consenso entre as partes esteja previstoemtodos os aspectos quais sejam: confeco, elaborao, cumprimento,determinao, objeto, vigncia e aceitao, razo pela qual contrato consensualse estende ao contrato unilateral. C"(tr,t"s re,is< Ocorre quando efetivada aentregadacoisa,ouseja, quandoocorreatradio,sendoqueoadquirentepoder deter a coisa mediante contrato real. Mas ainda no detmnecessariamente o contrato soleneEx: alienao fiduciria.2.3 Pri(!6*i" +, &"r0, "/ri4,tri,(ou da intangibilidade; obrigatoriedade;fora vinculante clusula "pacta sunt servanda).- Definio: Representa a fora vinculante das convenes. Pelo princpio daautonomia da vontade, ningum obrigado a contratar. Os que o fizerem,porm, sendo o contrato vlido e eficaz, devem cumpri-lo.- Fundamentos: princpiodaseguranajurdicaeintangibilidadeunilateraldos contratos. a) a necessidade de segurana nos negcios (funo socialdoscontratos), quedeixariadeexistir seoscontratantespudessemnocumprir a palavra empenhada, gerando a balbrdia e o caos; b) aintangibilidade do contrato, ou imutabilidade do contrato, decorrente daconvico de que o acordo de vontades faz leientre as partes (pacta suntservanda), no podendo ser alterado nem pelo juiz. Qualquer modificao ourevogao ter de ser, tambm bilateral.- Excees clssicas-tradicionais (v. art. 313, c.c)2.I Pri(!6*i"+, revis)"+"s !"(tr,t"sou da onerosidade excessiva(clusula"rebussicstantibus). Por esteprincpio, diantededeterminadascircunstncias, umdos contratantes, atravs doPoder Judicirio, temapossibilidade de alterar o contrato independente da vontade do outro. Assim,podemosdizerqueoprincpiodaonerosidadeexcessivasecontrapeaoprincpio da obrigatoriedade dos contratos.A reviso ou onerosidade excessiva dos contratos tem por base a idia deque ao se contratar, imagina-se que as condies bsicas futuras durante operodo de execuo do contrato, permaneam razoavelmente semelhantesscondiesiniciaisdomomentodaavena, demodoanotornar suaexecuo excessivamente onerosa para uma das partes. Esta teoria tambmconhecidacomorebussicstanibus, quepresumenoscontratoscumulativos, de trato sucessivo e de execuo diferida, a existncia implcitade uma clusula, pela qual a obrigatoriedade de seu cumprimento pressupea inalterabilidade da situao ftica, a exemplo de uma catstrofe, guerra eoutros motivos de fora maior. No passado, embora cautelosamente, oJudicirioj aplicavaestateoria. HojeoCdigoCivil reservou umaseoespecfica com trs artigos tratando da reviso dos contratos poronerosidade excessiva. No artigo 478 tem-se a essncia deste princpio.- Teoria da impreviso- Elementos-requisitos:Vigncia de um contrato comutativo, de execuo diferida ou detrato sucessivo (durao-excepcionalmente aplicando-se aoscontratosaleatrios, quandoofatoimprevisvel decorrer defatoresestranhos ao risco assumido no prprio contrato v. art. 317; 478-480,cc). Ocorrncia de um fato extraordinrio, imprevisvel e generalizado(v. enunciado n: 366 cjf) Considervel alterao da situao de fato existente no momentoda execuo, emconfronto coma que existia por ocasio dacelebrao do contrato. Nexo causual entre o evento superveniente e a consequncia deonerosidade excessiva.2.5 Pri(!6*i" +, re-,tivi+,+e s%/2etiv, +"s e&eit"s +" !"(tr,t". Tem por basea idia de que terceiros no envolvidos na relao contratual no se submetemaosefeitosdocontrato. Assim, ocontratosproduzefeitosemrelaospessoas que dele participam e que manifestaram suas vontades. Desta forma,no sendo a obrigao personalssima, opera-se somente entre as partes e seussucessores. Somente as obrigaes personalssimas no vinculam ossucessores. Este princpio, entretanto, regra geral, tendo algumas exceesdecorrentes da Lei (CC, artigos 436 a 438) que trata da estipulao em favor deterceiros.A%-, I EC,*. II L +, #"r,FC Caso fortuito: uma circunstncia provocada por fatos humanos que interferena conduta de outros indivduos.CForamaior: aquelequepodeatser previsvel, porminevitvel; porexemplo, os fenmenos da natureza, tais como tempestades, furaces, etc.CFora vinculante contrato: encontra seu fundamento de existncia na vontadeque faz nascer os contratos.CContrato comutativo = contrato bilateral + equivalncia material (obj. ousubj.)das prestaes. O contrato comutativo o que, uma das partes, alm dereceber prestao equivalente a sua, pode apreciar imediatamente essaequivalncia, como na compra e venda.- Princ. Da relatividade subjetiva dos efeitos contrrios.A%-, @1.G L Princpios sociais dos contratos: mudana de mentalidade jurdica.1.3.1 Princpio da funo social do contrato. Os princpios sociais do contrato no eliminam os princpios liberais (ouque predominaram no Estado liberal), a saber, o princpio da autonomia privada(ou da liberdade contratual em seu trplice aspecto, como liberdades de escolhero tipo contratual, de escolher o outro contratante e de escolher o contedo docontrato), o princpio de pacta sunt servanda (ou da obrigatoriedade gerada pormanifestaesdevontadeslivres, reconhecidaeatribudapelodireito) eoprincpiodaeficciarelativaapenasspartesdocontrato(ou darelatividadesubjetiva);mas limitaram, profundamente, seu alcance e seu contedo. - Fundamentos: v. arts 1, ; S, XX; 182, ss2, 186, CF; v. art. 42, C.C.- Abrangncia: a)material (matrias e assuntos dos distintos contraltos)b)Ontolgica (forma de ser, realidade do contrato como processo)Fase pr contratual: etapas- Pontuao (negociaes preliminares)- Policitao (proposta)- AleitaoFase contratual: cumprimentos das obrigaes pactuadas.Fase ps contratual: responsabilidade civil decorrente do contrato.Aspectos da funo social dos contratosa)ntrseco; individual; endocontratual (v. enunciado n 360, cf)b)Extrinseco; pblico; coletivo ou exocontratual.Pela forma intrnseca,a funo socialserevelariaatravs da boa-fobjetiva,i.e.,dalealdadeentreoscontratantes. Jpeloaspectoextrnseco, afunosocial docontratoserevelariaatravsdoimpactodaeficciadocontratonasociedade emque fora celebrado. E, para finalizar, a funo social podeapresentar aspectos intrnsecos quanto extrnsecos. Para o primeiro aspecto elase revela atravs da boa-f objetiva a lealdade de contratar entre as partes. Jpara o segundo aspecto, a funo social seria o impacto que a eficciaproduziria no contrato na sociedade em que fora celebrado.Cuidar da funo social do contrato sob o aspecto intrnseco significa avali-lana dimenso do vnculo estabelecido entre os prprios integrantes da relaojurdica. Comoexemplo, mencionamosoestabelecimentodaclusulapenalprogressiva, denunciadora do interesse de uma das partes no descumprimentodo contrato, o que evidentemente, desnatura sua clausula finalprecpua, qualseja o cumprimento. Sobreafunosocial docontratosoboaspectoextrnsecooautor teceoseguinte comentrio: Nesta, ocontrato, tantoemsuaformulaoclssicacomonastandard, avaliadoemrazodasimplicaespositivas ounegativas sentidasjuntocoletividade, que se beneficia ou no das caractersticas formais e materiais donegcio, da circulao de riquezas, da garantia do crdito, etc.O bem comum consiste no conjunto de condio de vida socialque concita efavorea no desenvolvimento integral da pessoa humana.-Clusulas gerais-Eficciadoprincpiodafunosocial doscontratos: v.arts. 421; 2035, SSnico E 166, V e V, cc.- Anlise do art. 421, cc. Em fase dos efeitos do negcio jurdico (especialmenteestado de perigo `- V. ART. 156, cc e leso, v. art. 157 do cc.1.3.2 Pri(!6*i" +, e1%iv,-D(!i, #,teri,-: O princpio da equivalncia material manifestao da busca da efetiva igualdade entre as partes na relaocontratual. Quando a igualdade jurdico-formal caracterstica da concepoliberal mostrou-seinsuficienteparagarantir oequilbriodasprestaesnoscontratos, esse princpio passouatergrande importncianateoriageral doscontratos.A equivalnciamaterial buscaharmonizarosinteressesdaspartesenvolvidas, erealizar oequilbrioreal dasprestaesemtodooprocessoobrigacional-Autonomia- Definio- Aspectos: a) subjetivo e b) objetivoAconfigurao do estado de perigo compe-se de requisitos objetivos esubjetivos. O primeiro diz respeito ameaa de grave dano atual ou iminente prpria pessoa ou pessoa de sua famlia, que leva a pessoa assuno deobrigao excessivamente onerosa. O segundo, ao conhecimento do perigo pelaoutra parte, que obtm vantagem com a situao.1.3.3 Princpio da boa f e da probidade: O princpio da boa-f exige que aspartes se comportemde formacorreta no sduranteas tratativas comotambm durante a formao e o cumprimento do contrato. Guarda relao comoprincpiodedireitosegundooqual ningumpodebeneficiar-sedaprpriatorpeza. Recomenda ao juiz que presuma a boa-f, devendo am-f, aocontrrio, ser provada por quem a alega. Deve este, ao julgar demanda na qualse discuta a relao contratual, dar por pressuposta a boa-f objetiva, que impeaocontratanteumpadrodeconduta, odeagir comretido, ouseja, comprobidade, honestidade e lealdade, nos moldes do homem comum, atendidas aspeculiaridades dos usos e costumes do lugar.1.3.3.1 Boa-f subjetiva x boa-f objetiva. V. arts. 1200; 1201 e 1561, cc.a) Princpio da boa f subjetiva (forma de conduta; concepo anmica da boa-f). A boa-f subjetiva esteve presente no CC de 1916, com a natureza de regrade interpretao do negcio jurdico. Diz respeito ao conhecimento e ignorncia da pessoa em relao a certos fatos, sendo levada em consideraopelodireitoparaosfinsespecficosdasituaoregulada. Serveproteodaquele que tem a conscincia de estar agindo conforme o direito, apesar deoutra a realidade. Diz-se "subjetiva justamente porque, para a sua aplicao,deveointrpreteconsiderar aintenodosujeitodarelaojurdica, oseuestado psicolgico ou ntima convico.b) Princpio da boa-f objetiva (regra de conduta embasada nos princpios deeticidade e socialidade) Kant. Todavia, a boa-f que representa inovao doCC2002eacarretouprofundaalteraonodireitoobrigacional clssicoaobjetiva, que se constitui em uma norma jurdica fundada em um princpio geraldodireito, segundooqual todos devemcomportar-sedeboa-fnas suasrelaesrecprocas.Classifica-se,assim, comoregradeconduta.ncludanodireitopositivodegrandepartedospasesocidentais, deixadeser princpiogeral dedireitoparatransformar-seemclusulageral deboa-fobjetiva. ,portanto, fonte de direito e de obrigaes.1.3.3.2 Funes da boa-f objetiva (v. arts. 5, licc, 113;187 e 422, CC).A) Funo interpretativa:A funo interpretativa abrange tanto a interpretaosubjetiva quanto a objetiva. A interpretao subjetiva permite elucidar a intenodos contratantes. J a interpretao objetiva possibilita a anlise de suascondutas, conforme os padres ticos exigidos.B) Funo integrativa: funo de criar deveres secundrios de conduta.C)Funodecontrole:modelandoaautonomiaprivada, evitandooexerccioexcessivo de direitos subjetivos e potestativos, pela via do abuso do direito.C.1) Subfuno criadora de deveres jurdicos anexos ou de proteo. na medidaem que esta ltima traz para a relao obrigacional deveres acessrios, mesmoquenopactuados, masquesimplesmentederivamdocomportamentodaspartes e do dever que tm elas de garantir a higidez do contrato.C.1.1) Dever de lealdade e confiana recprocas (v. enunciados n 432 e 433,CJF;v. art.424 do cc).C.1.2) Dever de informao (v. enunciados n 24 e 25, CJF)C.1.3) Dever de sigilo ou de confidencialidadeC.1.4) Dever de assistncia- V. teoria do adimplemento substancial ("substantial perfomarce theory):Segundo a teoria do adimplemento substancial, o credor fica impedido derescindirocontrato, casohajacumprimentodeparteessencial daobrigaoassumidapelodevedor; porm, noperdeodireitodeobter orestantedocrdito, podendo ajuizar ao de cobrana para tanto.- V. enunciados n 168 e 361, cjf.C.2) Subfuno delimitadora do exerccio de dtos. Subjetivos (v.art. 187, cc).- Press%*"st"s +, res*"(s,/i-i+,+e !ivi- (, &,se *r$C!"(tr,t%,-:a- Confiana na realizao de um negcio futurob- nvestimento na confianac- Atribuio de um fundamento razovel confiana provocada por outremd- Nexo causal entre a expectativa provocada e o prejuzo sofrido1.3.3.3 Figuras parcelares (desdobramentos, funo reativa ou "subprincpios)da boa-f objetiva.1.3.3.4 Desdobramentos (figuras parcelares de aplicao tpica; funoreativa ou subprincpios) da boa-f objetiva.A) "Venire contra factum proprium (teoria dos atos prprios). V. arts. 180, 973,CC. Responsabilidade civil na fase ps-contratual.B) "Supressio. V. princpio da primazia da realidade do contrato de trabalho. V.art. 330, CC.C) "Surrectio. V. art. 330, CC.D) "Tu quoque. V. Arts. 174, 175 e 476 do CC.E) "Exceptio dol. Espcies: - "exceptio dol; generalis (arts. 145). "exceptio dol;specialis (v.arts 940) F)nalegabilidade das nulidades formais. V. art. 243 do CPC. V. arts.183 e 184 do cc. G) Desequilbrio no exerccio juridico. V art 187 do cc. H) "Clusula de estoppel.Supresso:Surressio:Tu quoqueU(i+,+e IV L C-,ssi&i!,0)" +"s !"(tr,t"s5.1 Classificao dos contratos no DTO romanoA)Contratos reais: v. arts 579, 586, 627, 1431, 1506, CC.B)Contratos consensuais: v. arts. 481, 565 (v. tambm art. 46, "caput, 47, capute si, , L. 8.245-91), 991, 997 e 653 do CC).C) Contratos verbais: v. arts 436, 468 e SS nico do CC.D) Contratos literais: v. arts. 226, CC.1)Contratos literais a materialidade estava na obrigatoriedade da inscriomaterial no livro do credor;2) Contratos verbais consistiam na troca de palavras sacramentais;3) Contratos reais o elemento material era a tradio efetiva da coisa objetodo contrato. Ex: depsito, penhor etc.4)Contratosconsensuaisseperfazemcomosimplesconsentimentodaspartes, independentementedaforma(verbal ouescrita) oudatradio. Ex:compra e venda, locao etc.5.2 Contratos em si mesmos considerados.5.2.1 Quanto natureza da obrigao5.2.1.1 Unilaterais bilaterais ou plurilateraisa) unilaterais (v. art. 538, cc)b) Bilaterais (v. art. 481, 482, 565) (v. art. 22 e 23, lei 8.245-91), 730 do CC.>Sinalagma x equivalncia: contratos comutativos*Equivalncia material: objetiva e subjetiva.b.1) nstitutos aplicveis apenas contratos bilaterais*Exceptio non adimpleti contratus (v. art. 476 do cc)*Vcios redibilitrios (v.art. 441 do CC).b.2) Contratos bilaterais imperfeitos: assim o denominado o unilateral que, porcircunstancia acidental, ocorrida no curso da execuo, geral alguma obrigaopara o contratante que no se comprometera. Ele se subordina aos regimes doscontratos unilaterais pq aquelas contraprestaes no nascem com a avena,mas de fato eventual, posterior sua formao, no sendo, assim,consequncia necessrio de sua celebrao.C) Plurilaterais.Unilaterais so contratos que criamobrigaes unicamente para uma daspartes, como a doao pura, por exemplo.Bilaterais so os contratos que geram obrigaes para ambos os contratantes,como a compra e venda, a locao, o contrato de transporte etc.Sinalagmticos so obrigaes recprocas.Plurilaterais so os contratos que contem mais de duas partes.5.2.1.2 Onerosos e gratuitosa) Oneroso: ambos os contraentes obtm proveito, ao qual, porm, correspondeum sacrifcio.>contrato unilateral e oneroso?>Contrato bilateral e gratuito?Emgeral, todocontratooneroso, tambm, bilateral. Etodounilteral , aomesmo tempo, gratuito. No porm, necessariamente. O mtuo feneratcio ouoneroso contrato unilateral e oneroso.B) Gratuito (ou benfico): so aqueles em que uma das partes aufere beneficioou vantagem, como sucede na doao pura, no comodato, no reconhecimentodo filho etc.b.1) Contratos desinteressadosDistingue-se necessariamente quanto a onerosidade no que se refere aocumprimento de contra prestao, seja ela de carter monetrio ou no. Assim ocontrato oneroso recproco quanto ao cumprimento de obrigaes, bem comoquantoaodescumprimentodeobrigaes. Nodeve-seatrelar aocontratooneroso somente o aspecto patrimonial.5.2.1.3 Comutativos e aleatriosa) Comutativosb) Aleatrios- Definio- nstitutos de regra, inaplicveis aos contratos aleatrios:*Leso (v. art. 157, cc)*Vcios redibitrios (v. art. 441, cc)*Evico (v. art. 447, cc)>'Eptio spei' X 'Eptio rei speratae' (v. art. 458 461 do CC)C"(tr,t"s !"#%t,tiv"sSo aqueles que dentre sua formao h estipulao de objeto, cumprimento eimediatidade. Para entrega nos contratos comutativos h simultaneidade eequivalncia de obrigaes e direitos.Ex: Contrato de compra e venda com objeto, prazo, partes, vignciadevidamente especificada pelas partes.C"(tr,t"s ,-e,tri"sEst condicionado ao evento futuro e incerto, sendo que as partesconvencionam o cumprimento de execuo do contrato geralmente a um lapsotemporal de determinado requisito.Ex:Contratode compra evendacondicionadoa entrega dacoisae partedopagamento determinada realizao efetiva do vendedor.Ex: Seguros Artigos 757 802 C.C.EX: Contrato de colheita.B.1) Espcies de contratos aleatrios:*Contratos aleatrios por natureza (v. art. 814, ss2 do CC). Alguns contratos soaleatrios por causa de sua natureza, como o jogo e a aposta (artigo 814 a 817),que so exemplos caractersticos de contratos aleatrios por natureza.*Contratos acidentalmente aleatrios (v. art. 458 do CC). Contratos tipicamentecomutativos, como a compra e venda, que, em razo de certas circunstancias,tornam-se aleatrios.So de duas espcies: venda de coisas futuras e venda de coisas existentesmas expostas a risco.5.2.1.4 Paritrios ou por adesoa) Paritrios: Prev a igualdade de maneira absoluta para as partes, sendo quea igualdade deve estar prevista de maneira contratual e no presumida, assim aparidadeprevista nocontratodeveser aplicadademaneirauniformeparaambas as partes. O contrato de paridade ter sua previso aplicada tambm noscontratos comutativos. Nos aleatrios a igualdade est implcita Ex: Contrato de compra e vendaEx: Contrato de casamentob) por adeso- V. art. 54, ss1, l. 8078-90- v. art. 47, cdc.- Enunciados n 364 e 433, CJF.Efetivamenteaparteadere quanto aocontedo docontrato, sendo que suasclusulas esto previamente estipuladas, mas devendo respeitar o principio davontade das partes e obrigaes recprocas. Ocontrato de adeso aexteriorizao para outra parte j pronto, ou seja, confeccionado sendo assimaplicvel aos contratos comutativos, assimos contratos aleatrios ante adependncia de evento futuro e incerto no comportam a essncia do contratode adeso. Nesse contrato torna-se perfeitamente cabvel a existncia de vciosredibitrios c) Contratos tipo (contrato de massa; por formulrio; contrato em srie)5.2.1.5 Contratos evolutivos5.2.2 Classificao quanto disciplina jurdicaa) Civisb) Empresariais (v. art. 966, cc)c)Consumeristas (v. art. 2 e 3 do CDC)d) Trabalhistas (v. art. 2 e 3 da CLT)e)Administrativos5.2.3 Classificao quanto forma5.2.3.1 Solenes e no solenesa)Solenes: v. arts. 108, 109 e 166, V do CC). So aqueles em que a lei preserveaformalegal parasuacelebrao, ouseja, soleneeformal, quandoaliteratura de lei prever, nesse sentido o artigo 108 e 1245 do C.C. expresso,taxativo quanto a obrigatoriedade de escritura mediante registro de imveis paraque haja formalizao solene do contrato.b)No solenesb.1) Formais (v. art. 108 e 819 do cc)b.2)Forma livre (v. art. 107 do cc)5.2.3.2 Consensuais ou reaisa) Consensuais:Os contratos consensuais so aplicados de maneirageneralizadas, eis que resguarda o principio da autonomia da vontade, assimpresume-se que o consenso entre as partes esteja previsto emtodos osaspectos quais sejam: confeco, elaborao, cumprimento, determinao,objeto, vigncia e aceitao, razo pela qual contrato consensual se estende aocontrato unilateral.b)Reais: Ocorre quando efetivada a entrega da coisa, ou seja, quando ocorre atradio, sendo que o adquirente poder deter a coisa mediante contrato real.Mas ainda no detm necessariamente o contrato soleneEx: alienao fiduciria.5.2.4 Quanto designaoa)Nominadosb)inominadosGF C"(tr,t"s N"#i(,+"sSoaquelesquepossuemumrol taxativonoCdigoCivil comprevisodeformalidades determinadas, sendo que os contratos nominados ficamcondicionados esse rol de 23 contratos.O contrato nominado sempre ser solene, ou formal, eis que com a expressaformalidade preenche a nominao legal.Ex: Comodato, emprstimo, depsito, fiana, doao, etcIF C"(tr,t"s i("#i(,+"sSo contratos atpicosSo conhecidos como contratos atpicos, mas que devem respeitar os princpioscontratuais, ou seja, devem seguir forma prescrita em lei, objeto lcito, agentecapaz, onerosidade excessiva, e autonomia da vontade. Assimsendo oscontratos atpicos, no seguem qualquer parmetro, possuem essadenominao por no pertencerem ao rol taxativo do Cdigo Civil.Ex: Contrato de gaveta, que tambm um contrato real, pois h a entrega dacoisa.5.2.5 Quanto a pessoa do contratante5.2.5 Classificao quanto pessoa do contratado5.2.5.1 Pessoas ou impessoaisa) Contratos pessoais ("intuitu personae)b) Contratos impessoais5.2.5.2 ndividuais ou coletivosa)ndividuaisb)Coletivos (v. art. 107, CDC; 611, CLT)5.2.6 Classificao quanto ao tempo de sua execuoa) Contratos de formao instantnea:- E de execuo imediata- E de execuo diferidab) Contratos de durao (trato sucessivo; execuo continuada ou dbitopermanente): por prazo indeterminado e por prazo determinado.Aplicao prtica desta classificao:) Aresoluopor onerosidadeexcessivasomenteaplicvelaos contratos de durao, ou aos de formao instantnea eexecuo diferida (v. art. 478 480, CC).) Nos contratos de formao instantnea, a declarao denulidade ou a resoluo por inadimplemento, impe a restituio daspartesao"statusquoante, oquepor vezes, incorrenocasodecontratos de durao, nos quais haver de se respaitar os efeitos jproduzidos (caso a nulidade seja por causa posterior formao docontrato; ou tenha ocorrido pagamento de parcelas antes doinadiplemento.)O princpio da simultaneidade das prestaes somente se aplicaaos contratos de formao instantnea e execuo imediata (oudiferida, se o diferimento tambm for simultneo) (v. art 134, CC).V)A prescriodapretensoparaseexigirprestaesvencidasnoscontratos de durao, se inicia dadata do vencimento de cadaprestao.5.2.7 Classificao quanto disciplina legal especfica:a) Tpicos b)Atpicos c)Mistos d)C"(tr,t"s !"-i4,+"s(o que apresentacelebrao conjunta de duas oumais relaes contratuais, formandonovaespcie de contrato no contemplado em lei. Na coligao, as figurascontratuaisunir-se-oemtornoderelaonegocial prpria, semperderem,contudo, sua autonomia, visto que se regem pelas normas alusivas ao seu tipo.e) Unio de contratosDizem-secontratostpicosounominados,osque, almdepossuremumnome prprio, que os distingue dos demais, constituemobjecto de umaregulamentao legal especfica.Os contratos tpicos ou nominados, que a lei chama a si para os disciplinarjuridicamente, correspondem s espcies negociais mais importantes nocomrcio jurdico. E a disciplina especfica traada na leipara cada um delesobedece, pelo menos, a um duplo objectivo do legislador.Por umlado, exactamente porque setrata dos acordos negociais maisvulgarizados na prtica, a lei pretende auxiliar as partes e os Tribunais, fixando adisciplina jurdica aplicvel aos pontos em que, no obstante a importncia querevestem, as convenes redigidas pelas partes so frequentemente omissas.Por outro lado, a lei aproveita o esquema negocial tpico do contratonominado para, a propsito do conflito de interesses particulares subjacente acada um deles, fixar as normas imperativas ditadas pelos princpios bsicos dosistema.Distintos dos contratos tpicos ou nominados so aqueles (chamadoscontratosatpicosouinominados) queaspartes, aoabrigodoprincpiodaliberdade contratual (art. 405/1 CC), criamfora dos modelos traados eregulados na lei. G2. C"(tr,t"s #ist"sDiz-semisto,ocontratonoqual serenamelementosdedoisoumaisnegcios, total ou parcialmente regulados na lei. Em lugar de realizarem um oumais dos tipos ou modelos de conveno contratual includos no catlogo da lei,aspartes, porqueosseusinteressesoimpemacadapasso, celebramporvezes contratos com prestaes de natureza diversa ou com uma articulao deprestaes diferentes da prevista na lei, mas encontrando-se ambas asprestaes ou todas elas compreendidas emespcies tpicas directamentereguladas na lei.Contrato comutativo=silagma (bilateralmente)5.2.8 Classificao quanto ao motivo determinante do negcioa) causaisb)abstratosQuanto causa, "existe o neg&ciojurdico causal(quando fundado em motivodeterminante) ou abstrato (sem causa predeterminada).5.2.9 Classificao quanto funo econmicaa) De trocab)Associativosc)De preveno de riscosd)De crditoE) de atividade5.3- Classificao dos contratos reciprocamente considerados5.3.1 Quanto relao de dependncia:A) Principaisa.1) Princpio da gravitao e sua exceo (v. art. 184 do CC, 40, e pargrafonico da lei 8.245-91).a.2) A prestao da obrigao principal, traz a presuno do cumprimento dasacessrias mas no vice-versa).B) Acessriosb.1) Algumas espcies de contratos acessrios.1) PREPARATROS2)ntegrativos3)Complementaresb.2)Distino entre contratos acessrios e contratos derivados (ou subcontratos)- V. art. 13 a 16 da lei 8.245-91.- Distino entre subcontrato e cesso de posio contratual.- Limites do contrato derivado (ou subcontrato)) O dto contido no subcontrato tem como limite o dto contido no contrato base.) A extino do contrato-base acarreta a do contrato derivado, porimpossibilidade de sua continuao.) Os contratos personalssimos (ou "intuitu personae) inadmitem asubcontratao, poissocelebradosemrazodasqualidadespessoaisdosobrigados.v) Tambm no o permitem os contratos de formao instantnea e execuoimediata (a diferida?), uma vez que o subcontrato relaciona-se a um negcio dedurao.5.3.2 Quanto a definitividadeA) DefinitivoB) preliminares (pr-contrato); promessa de contrato, "pactum de contrahendo.b.1) Contrato preliminar x fase pr-contratual (notadamente a etapa dapuntuao).b.2) Contrato preliminar x "opo.- Definio- natureza jurdica- Eficcia.Unidade V CONTRATO PREHIMINAR E,rt. IM2FAquelepor viadoqual ambasaspartesouumadelassecomprometemacelebrar mais tarde outro contrato, que ser contrato principal.Contratopreliminar tem por objeto a efetivao de um contrato definitivo. Portanto, na linha do anteriormente dito, a forma do contrato preliminar livre,podendo ser elaborado por instrumento particular ou pblico, porm nele devemser estabelecidos os requisitos essenciais do contrato principal, como, porexemplo, numcompromisso de compra e venda, entre outras coisas, acapacidade das partes, a definio da coisa, o preo e at mesmo o direito dearrependimento.6.1 DEFNO E DSTNES RELEVANTES- Definio- Distines relevantesA.1 Compromisso de compra e venda x promessa irrevogvelde compra evendaPrimeiramente, a promessa de compra e venda umcontrato onde opromitente-vendedor obriga-seavender umimvel pelovalor, condiesemodos pactuados, comprometendo-se a outorgar a escritura de compra e venda,ou"escrituradefinitiva" quandodoadimplementodaobrigao. Ocorrendoasatisfao da obrigao, o promissrio-comprador ter direito real sobre o imvelobjeto do contrato.Apromessadecompraevendanaqual noseconvencionouodireitodearrependimento torna-se, portanto, irrevogvel.A.2 Contrato preliminar x negcio jurdico ainda no celebradoA.3 Contrato preliminar x negociaes preliminaresV. enunciados n 24 e 25 do CJF.2I- Art. 422: em virtude do princpio da boa-f, positivado no art. 422 do novoCdigo Civil, a violao dos deveres anexos constitui espcie deinadimplemento, independentemente de culpa.2@ - Art. 422: o art. 422 do Cdigo Civil no inviabiliza a aplicao pelo julgadordo princpio da boa-f nas fases pr-contratual e ps -contratual.6.2 Natureza jurdicaA L Re1%isit"s +e v,-i+,+eA.1LRe1%isit"s"/2etiv"s+ev,-i+,+e(v. art. 104, doCC). Requisitosobjetivos: dizem respeito ao objeto do contrato; a validade e eficcia do contrato,como umdireito creditrio, dependemda: a) licitude de seu objeto; b)possibilidadefsicaoujurdicado objeto; c) determinaodeseuobjeto,poisestedevesercertoou, pelomenos, determinvel; d) economicidadedeseuobjeto, que dever versar sobre interesse economicamente aprecivel, capaz dese converter, direta ou indiretamente, em dinheiro.A.2LRe1%isit"ss%/2etiv"s+ev,-i+,+e(v.art. 104, doCC). Requisitossubjetivos: existncia de duas ou mais pessoas; capacidade genrica das partescontratantesparapraticaatosdavidacivil; aptidoespecficaparacontratar;consentimento das partes contratantes.A.G L Re1%isit"s &"r#,-(v. art. 462, cc). Requisitos formais: so atinentes forma do contrato; a regra a liberdade de forma, celebrando-se o contrato pelolivre consentimento das partes contratantes (CC, arts. 129 e 1079).6.3 ClassificaoA Quanto exigibilidadeA.1 Unilaterais (v. arts. 509 a 512, cc)A.2 Bilaterais"0rt. -11. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar amesma sem efeito, dever manifestar)se no pra(o nela previsto, ou, ine+istindoeste, no que lhe for ra(oavelmente assinado pelo devedor." Como observa Slvio Venosa, "quem promete dar, fazer ou no fazer algo nopodeficarindefinidamentevinculado.Se nohouveprazonapromessa,cujodecurso por sis desobriga o promitente, deve este conceder um prazo paraqueo interessado se manifeste. Emvrias situaes prticas a promessaunilateral utilizada, como, por exemplo, na opo que se d a um credor, paraalienar um determinado bem" (6).J no contrato preliminar bilateral, cada parte pode exigir da outra a execuo docontrato que projetaram. A promessa de venda o exemplo mais habitual de tal espcie de avena, pois,nela, tanto o promitente vendedor, quanto o promitente comprador podem exigira realizao do negcio jurdico prometido, a saber, a venda do bem.Nos pr-contratos bilaterais, vislumbra-se uma nova classificao (ou uma sub-classificao) quanto a retratabilidade.B Quanto retratabilidadeB.1 RetratveisB.2 rretratveis"So irretratveis os compromissos de compra e venda, cesses e promessasde cesso, os que atribuamdireito a adjudicao compulsria e, estandoregistrados, confiram direito real oponvel a terceiros.C Quanto onerosidadeC.1 OnerososC.2 GratuitosOscontratosonerosos, soaquelesqueasduasparteslevamvantagemsendo estes bilaterais - como exemplo, a locao de um imvel; o locatrio pagaao locador para poder usar o bem, e o locador entrega o que lhe pertence parareceber o pagamento.Noscontratosgratuitos, somenteumasdaspartesobtmproveito, comonadoao pura, uma vez que o objeto do contrato nao obriga a outra parte a umacontraprestao..........................................................................................................................................................I C !"(tr,t"s %(i-,ter,is' /i-,ter,is Esi(,-,4#7ti!"sF e *-%ri-,ter,is Natureza do prazo.4.3.7Distinodocontratocompessoaadeclararemfacedacessodeposio contratualU(i+,+e IV L C-,ssi&i!,0)" +"s !"(tr,t"s5.1 Classificao dos contratos no DTO romanoA)Contratos reais: v. arts 579, 586, 627, 1431, 1506, CC.B)Contratos consensuais: v. arts. 481, 565 (v. tambm art. 46, "caput, 47, capute si, , L. 8.245-91), 991, 997 e 653 do CC).C) Contratos verbais: v. arts 436, 468 e SS nico do CC.D) Contratos literais: v. arts. 226, CC.1)Contratos literais a materialidade estava na obrigatoriedade da inscriomaterial no livro do credor;2) Contratos verbais consistiam na troca de palavras sacramentais;3) Contratos reais o elemento material era a tradio efetiva da coisa objetodo contrato. Ex: depsito, penhor etc.4)Contratosconsensuaisseperfazemcomosimplesconsentimentodaspartes, independentementedaforma(verbal ouescrita) oudatradio. Ex:compra e venda, locao etc.5.2 Contratos em si mesmos considerados.5.2.1 Quanto natureza da obrigao5.2.1.1 Unilaterais bilaterais ou plurilateraisa) unilaterais (v. art. 538, cc)b) Bilaterais (v. art. 481, 482, 565) (v. art. 22 e 23, lei 8.245-91), 730 do CC.>Sinalagma x equivalncia: contratos comutativos*Equivalncia material: objetiva e subjetiva.b.1) nstitutos aplicveis apenas contratos bilaterais*Exceptio non adimpleti contratus (v. art. 476 do cc)*Vcios redibilitrios (v.art. 441 do CC).b.2) Contratos bilaterais imperfeitos: assim o denominado o unilateral que, porcircunstancia acidental, ocorrida no curso da execuo, geral alguma obrigaopara o contratante que no se comprometera. Ele se subordina aos regimes doscontratos unilaterais pq aquelas contraprestaes no nascem com a avena,mas de fato eventual, posterior sua formao, no sendo, assim,consequncia necessrio de sua celebrao.C) Plurilaterais.Unilaterais so contratos que criamobrigaes unicamente para uma daspartes, como a doao pura, por exemplo.Bilaterais so os contratos que geram obrigaes para ambos os contratantes,como a compra e venda, a locao, o contrato de transporte etc.Sinalagmticos so obrigaes recprocas.Plurilaterais so os contratos que contem mais de duas partes.5.2.1.2 Onerosos e gratuitosa) Oneroso: ambos os contraentes obtm proveito, ao qual, porm, correspondeum sacrifcio.>contrato unilateral e oneroso?>Contrato bilateral e gratuito?Emgeral, todocontratooneroso, tambm, bilateral. Etodounilteral , aomesmo tempo, gratuito. No porm, necessariamente. O mtuo feneratcio ouoneroso contrato unilateral e oneroso.B) Gratuito (ou benfico): so aqueles em que uma das partes aufere beneficioou vantagem, como sucede na doao pura, no comodato, no reconhecimentodo filho etc.b.1) Contratos desinteressadosDistingue-se necessariamente quanto a onerosidade no que se refere aocumprimento de contra prestao, seja ela de carter monetrio ou no. Assim ocontrato oneroso recproco quanto ao cumprimento de obrigaes, bem comoquantoaodescumprimentodeobrigaes. Nodeve-seatrelar aocontratooneroso somente o aspecto patrimonial.5.2.1.3 Comutativos e aleatriosa) Comutativosb) Aleatrios- Definio- nstitutos de regra, inaplicveis aos contratos aleatrios:*Leso (v. art. 157, cc)*Vcios redibitrios (v. art. 441, cc)*Evico (v. art. 447, cc)>'Eptio spei' X 'Eptio rei speratae' (v. art. 458 461 do CC)C"(tr,t"s !"#%t,tiv"sSo aqueles que dentre sua formao h estipulao de objeto, cumprimento eimediatidade. Para entrega nos contratos comutativos h simultaneidade eequivalncia de obrigaes e direitos.Ex: Contrato de compra e venda com objeto, prazo, partes, vignciadevidamente especificada pelas partes.C"(tr,t"s ,-e,tri"sEst condicionado ao evento futuro e incerto, sendo que as partesconvencionam o cumprimento de execuo do contrato geralmente a um lapsotemporal de determinado requisito.Ex:Contratode compra evendacondicionadoa entrega dacoisae partedopagamento determinada realizao efetiva do vendedor.Ex: Seguros Artigos 757 802 C.C.EX: Contrato de colheita.B.1) Espcies de contratos aleatrios:*Contratos aleatrios por natureza (v. art. 814, ss2 do CC). Alguns contratos soaleatrios por causa de sua natureza, como o jogo e a aposta (artigo 814 a 817),que so exemplos caractersticos de contratos aleatrios por natureza.*Contratos acidentalmente aleatrios (v. art. 458 do CC). Contratos tipicamentecomutativos, como a compra e venda, que, em razo de certas circunstancias,tornam-se aleatrios.So de duas espcies: venda de coisas futuras e venda de coisas existentesmas expostas a risco.5.2.1.4 Paritrios ou por adesoa) Paritrios: Prev a igualdade de maneira absoluta para as partes, sendo quea igualdade deve estar prevista de maneira contratual e no presumida, assim aparidadeprevista nocontratodeveser aplicadademaneirauniformeparaambas as partes. O contrato de paridade ter sua previso aplicada tambm noscontratos comutativos. Nos aleatrios a igualdade est implcita Ex: Contrato de compra e vendaEx: Contrato de casamentob) por adeso- V. art. 54, ss1, l. 8078-90- v. art. 47, cdc.- Enunciados n 364 e 433, CJF.Efetivamenteaparteadere quanto aocontedo docontrato, sendo que suasclusulas esto previamente estipuladas, mas devendo respeitar o principio davontade das partes e obrigaes recprocas. Ocontrato de adeso aexteriorizao para outra parte j pronto, ou seja, confeccionado sendo assimaplicvel aos contratos comutativos, assimos contratos aleatrios ante adependncia de evento futuro e incerto no comportam a essncia do contratode adeso. Nesse contrato torna-se perfeitamente cabvel a existncia de vciosredibitrios c) Contratos tipo (contrato de massa; por formulrio; contrato em srie)5.2.1.5 Contratos evolutivos5.2.2 Classificao quanto disciplina jurdicaa) Civisb) Empresariais (v. art. 966, cc)c)Consumeristas (v. art. 2 e 3 do CDC)d) Trabalhistas (v. art. 2 e 3 da CLT)e)Administrativos5.2.3 Classificao quanto forma5.2.3.1 Solenes e no solenesa)Solenes: v. arts. 108, 109 e 166, V do CC). So aqueles em que a lei preserveaformalegal parasuacelebrao, ouseja, soleneeformal, quandoaliteratura de lei prever, nesse sentido o artigo 108 e 1245 do C.C. expresso,taxativo quanto a obrigatoriedade de escritura mediante registro de imveis paraque haja formalizao solene do contrato.b)No solenesb.1) Formais (v. art. 108 e 819 do cc)b.2)Forma livre (v. art. 107 do cc)5.2.3.2 Consensuais ou reaisa) Consensuais:Os contratos consensuais so aplicados de maneirageneralizadas, eis que resguarda o principio da autonomia da vontade, assimpresume-se que o consenso entre as partes esteja previsto emtodos osaspectos quais sejam: confeco, elaborao, cumprimento, determinao,objeto, vigncia e aceitao, razo pela qual contrato consensual se estende aocontrato unilateral.b)Reais: Ocorre quando efetivada a entrega da coisa, ou seja, quando ocorre atradio, sendo que o adquirente poder deter a coisa mediante contrato real.Mas ainda no detm necessariamente o contrato soleneEx: alienao fiduciria.5.2.4 Quanto designaoa)Nominadosb)inominadosGF C"(tr,t"s N"#i(,+"sSoaquelesquepossuemumrol taxativonoCdigoCivil comprevisodeformalidades determinadas, sendo que os contratos nominados ficamcondicionados esse rol de 23 contratos.O contrato nominado sempre ser solene, ou formal, eis que com a expressaformalidade preenche a nominao legal.Ex: Comodato, emprstimo, depsito, fiana, doao, etcIF C"(tr,t"s i("#i(,+"sSo contratos atpicosSo conhecidos como contratos atpicos, mas que devem respeitar os princpioscontratuais, ou seja, devem seguir forma prescrita em lei, objeto lcito, agentecapaz, onerosidade excessiva, e autonomia da vontade. Assimsendo oscontratos atpicos, no seguem qualquer parmetro, possuem essadenominao por no pertencerem ao rol taxativo do Cdigo Civil.Ex: Contrato de gaveta, que tambm um contrato real, pois h a entrega dacoisa.5.2.5 Quanto a pessoa do contratante5.2.5 Classificao quanto pessoa do contratado5.2.5.1 Pessoas ou impessoaisa) Contratos pessoais ("intuitu personae)b) Contratos impessoais5.2.5.2 ndividuais ou coletivosa)ndividuaisb)Coletivos (v. art. 107, CDC; 611, CLT)5.2.6 Classificao quanto ao tempo de sua execuoa) Contratos de formao instantnea:- E de execuo imediata- E de execuo diferidab) Contratos de durao (trato sucessivo; execuo continuada ou dbitopermanente): por prazo indeterminado e por prazo determinado.Aplicao prtica desta classificao:) Aresoluopor onerosidadeexcessivasomenteaplicvelaos contratos de durao, ou aos de formao instantnea eexecuo diferida (v. art. 478 480, CC).) Nos contratos de formao instantnea, a declarao denulidade ou a resoluo por inadimplemento, impe a restituio daspartesao"statusquoante, oquepor vezes, incorrenocasodecontratos de durao, nos quais haver de se respaitar os efeitos jproduzidos (caso a nulidade seja por causa posterior formao docontrato; ou tenha ocorrido pagamento de parcelas antes doinadiplemento.)O princpio da simultaneidade das prestaes somente se aplicaaos contratos de formao instantnea e execuo imediata (oudiferida, se o diferimento tambm for simultneo) (v. art 134, CC).V)A prescriodapretensoparaseexigirprestaesvencidasnoscontratos de durao, se inicia dadata do vencimento de cadaprestao.5.2.7 Classificao quanto disciplina legal especfica:a) Tpicos b)Atpicos c)Mistos d)C"(tr,t"s !"-i4,+"s(o que apresentacelebrao conjunta de duas oumais relaes contratuais, formandonovaespcie de contrato no contemplado em lei. Na coligao, as figurascontratuaisunir-se-oemtornoderelaonegocial prpria, semperderem,contudo, sua autonomia, visto que se regem pelas normas alusivas ao seu tipo.e) Unio de contratosDizem-secontratostpicosounominados,osque, almdepossuremumnome prprio, que os distingue dos demais, constituemobjecto de umaregulamentao legal especfica.Os contratos tpicos ou nominados, que a lei chama a si para os disciplinarjuridicamente, correspondem s espcies negociais mais importantes nocomrcio jurdico. E a disciplina especfica traada na leipara cada um delesobedece, pelo menos, a um duplo objectivo do legislador.Por umlado, exactamente porque setrata dos acordos negociais maisvulgarizados na prtica, a lei pretende auxiliar as partes e os Tribunais, fixando adisciplina jurdica aplicvel aos pontos em que, no obstante a importncia querevestem, as convenes redigidas pelas partes so frequentemente omissas.Por outro lado, a lei aproveita o esquema negocial tpico do contratonominado para, a propsito do conflito de interesses particulares subjacente acada um deles, fixar as normas imperativas ditadas pelos princpios bsicos dosistema.Distintos dos contratos tpicos ou nominados so aqueles (chamadoscontratosatpicosouinominados) queaspartes, aoabrigodoprincpiodaliberdade contratual (art. 405/1 CC), criamfora dos modelos traados eregulados na lei. G2. C"(tr,t"s #ist"sDiz-semisto,ocontratonoqual serenamelementosdedoisoumaisnegcios, total ou parcialmente regulados na lei. Em lugar de realizarem um oumais dos tipos ou modelos de conveno contratual includos no catlogo da lei,aspartes, porqueosseusinteressesoimpemacadapasso, celebramporvezes contratos com prestaes de natureza diversa ou com uma articulao deprestaes diferentes da prevista na lei, mas encontrando-se ambas asprestaes ou todas elas compreendidas emespcies tpicas directamentereguladas na lei.Contrato comutativo=silagma (bilateralmente)5.2.8 Classificao quanto ao motivo determinante do negcioa) causaisb)abstratosQuanto causa, "existe o neg&ciojurdico causal(quando fundado em motivodeterminante) ou abstrato (sem causa predeterminada).5.2.9 Classificao quanto funo econmicaa) De trocab)Associativosc)De preveno de riscosd)De crditoE) de atividade5.3- Classificao dos contratos reciprocamente considerados5.3.1 Quanto relao de dependncia:A) Principaisa.1) Princpio da gravitao e sua exceo (v. art. 184 do CC, 40, e pargrafonico da lei 8.245-91).a.2) A prestao da obrigao principal, traz a presuno do cumprimento dasacessrias mas no vice-versa).B) Acessriosb.1) Algumas espcies de contratos acessrios.1) PREPARATROS2)ntegrativos3)Complementaresb.2)Distino entre contratos acessrios e contratos derivados (ou subcontratos)- V. art. 13 a 16 da lei 8.245-91.- Distino entre subcontrato e cesso de posio contratual.- Limites do contrato derivado (ou subcontrato)) O dto contido no subcontrato tem como limite o dto contido no contrato base.) A extino do contrato-base acarreta a do contrato derivado, porimpossibilidade de sua continuao.) Os contratos personalssimos (ou "intuitu personae) inadmitem asubcontratao, poissocelebradosemrazodasqualidadespessoaisdosobrigados.v) Tambm no o permitem os contratos de formao instantnea e execuoimediata (a diferida?), uma vez que o subcontrato relaciona-se a um negcio dedurao.5.3.2 Quanto a definitividadeA) DefinitivoB) preliminares (pr-contrato); promessa de contrato, "pactum de contrahendo.b.1) Contrato preliminar x fase pr-contratual (notadamente a etapa dapuntuao).b.2) Contrato preliminar x "opo.- Definio- natureza jurdica- Eficcia.Unidade V CONTRATO PREHIMINAR E,rt. IM2FAquelepor viadoqual ambasaspartesouumadelassecomprometemacelebrar mais tarde outro contrato, que ser contrato principal.Contratopreliminar tem por objeto a efetivao de um contrato definitivo. Portanto, na linha do anteriormente dito, a forma do contrato preliminar livre,podendo ser elaborado por instrumento particular ou pblico, porm nele devemser estabelecidos os requisitos essenciais do contrato principal, como, porexemplo, numcompromisso de compra e venda, entre outras coisas, acapacidade das partes, a definio da coisa, o preo e at mesmo o direito dearrependimento.6.1 DEFNO E DSTNES RELEVANTES- Definio- Distines relevantesA.1 Compromisso de compra e venda x promessa irrevogvelde compra evendaPrimeiramente, a promessa de compra e venda umcontrato onde opromitente-vendedor obriga-seavender umimvel pelovalor, condiesemodos pactuados, comprometendo-se a outorgar a escritura de compra e venda,ou"escrituradefinitiva" quandodoadimplementodaobrigao. Ocorrendoasatisfao da obrigao, o promissrio-comprador ter direito real sobre o imvelobjeto do contrato.Apromessadecompraevendanaqual noseconvencionouodireitodearrependimento torna-se, portanto, irrevogvel.A.2 Contrato preliminar x negcio jurdico ainda no celebradoA.3 Contrato preliminar x negociaes preliminaresV. enunciados n 24 e 25 do CJF.2I- Art. 422: em virtude do princpio da boa-f, positivado no art. 422 do novoCdigo Civil, a violao dos deveres anexos constitui espcie deinadimplemento, independentemente de culpa.2@ - Art. 422: o art. 422 do Cdigo Civil no inviabiliza a aplicao pelo julgadordo princpio da boa-f nas fases pr-contratual e ps -contratual.6.2 Natureza jurdicaA L Re1%isit"s +e v,-i+,+eA.1LRe1%isit"s"/2etiv"s+ev,-i+,+e(v. art. 104, doCC). Requisitosobjetivos: dizem respeito ao objeto do contrato; a validade e eficcia do contrato,como umdireito creditrio, dependemda: a) licitude de seu objeto; b)possibilidadefsicaoujurdicado objeto; c) determinaodeseuobjeto,poisestedevesercertoou, pelomenos, determinvel; d) economicidadedeseuobjeto, que dever versar sobre interesse economicamente aprecivel, capaz dese converter, direta ou indiretamente, em dinheiro.A.2LRe1%isit"ss%/2etiv"s+ev,-i+,+e(v.art. 104, doCC). Requisitossubjetivos: existncia de duas ou mais pessoas; capacidade genrica das partescontratantesparapraticaatosdavidacivil; aptidoespecficaparacontratar;consentimento das partes contratantes.A.G L Re1%isit"s &"r#,-(v. art. 462, cc). Requisitos formais: so atinentes forma do contrato; a regra a liberdade de forma, celebrando-se o contrato pelolivre consentimento das partes contratantes (CC, arts. 129 e 1079).6.3 ClassificaoA Quanto exigibilidadeA.1 Unilaterais (v. arts. 509 a 512, cc)A.2 Bilaterais"0rt. -11. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar amesma sem efeito, dever manifestar)se no pra(o nela previsto, ou, ine+istindoeste, no que lhe for ra(oavelmente assinado pelo devedor." Como observa Slvio Venosa, "quem promete dar, fazer ou no fazer algo nopodeficarindefinidamentevinculado.Se nohouveprazonapromessa,cujodecurso por sis desobriga o promitente, deve este conceder um prazo paraqueo interessado se manifeste. Emvrias situaes prticas a promessaunilateral utilizada, como, por exemplo, na opo que se d a um credor, paraalienar um determinado bem" (6).J no contrato preliminar bilateral, cada parte pode exigir da outra a execuo docontrato que projetaram. A promessa de venda o exemplo mais habitual de tal espcie de avena, pois,nela, tanto o promitente vendedor, quanto o promitente comprador podem exigira realizao do negcio jurdico prometido, a saber, a venda do bem.Nos pr-contratos bilaterais, vislumbra-se uma nova classificao (ou uma sub-classificao) quanto a retratabilidade.B Quanto retratabilidadeB.1 RetratveisB.2 rretratveis"So irretratveis os compromissos de compra e venda, cesses e promessasde cesso, os que atribuamdireito a adjudicao compulsria e, estandoregistrados, confiram direito real oponvel a terceiros.C Quanto onerosidadeC.1 OnerososC.2 GratuitosOscontratosonerosos, soaquelesqueasduasparteslevamvantagemsendo estes bilaterais - como exemplo, a locao de um imvel; o locatrio pagaao locador para poder usar o bem, e o locador entrega o que lhe pertence parareceber o pagamento.Noscontratosgratuitos, somenteumasdaspartesobtmproveito, comonadoao pura, uma vez que o objeto do contrato nao obriga a outra parte a umacontraprestao..........................................................................................................................................................I C !"(tr,t"s %(i-,ter,is' /i-,ter,is Esi(,-,4#7ti!"sF e *-%ri-,ter,is