princÍpio da fraternidade como desonerador do estado e … · que vem do lema da revolução...
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PRINCÍPIO DA FRATERNIDADE COMO DESONERADOR
DO ESTADO E ELO PARA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS E DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL
SILVA,Theodoro Huber 1 RESUMO: O presente artigo tem como um dos princípios norteadores os direitos e garantias fundamentais que estão na Constituição Federal e que foram criados com o intuito de garantir os direitos dos cidadãos, tendo como função assegurar o princípio da dignidade da pessoa humana, sendo assim, são estipuladas Políticas Públicas para garantir os direitos dos cidadãos, quando os mesmos não estão ao alcance destes de forma direta. Destaca-se que o Estado tem um custo elevado para a implementação das políticas públicas, sendo que algumas vezes não consegue garantir em sua plenitude os direitos e garantias fundamentais da população. Ressalta-se também que boa parte dessas violações aos direitos humanos são realizadas pelo próprio ser humano, seja por um prática do sistema capitalista ou até mesmo pelo próprio lado sombrio do ser humano. Neste aspectos foram analisados programas e projetos realizados pelo Estado a fim de diminuir a desigualdade social, e de preservar e garantir os direitos e garantias fundamentais da sociedade, como: "programa de combate ao trabalho escravo, programa de erradicação do trabalho infantil - PETI, e as próprias instâncias do Ministério do Trabalho nos municípios e da Justiça do Trabalho".Considerando estes programas visam coibir situações geradas pela sociedade que atentam contra a dignidade da pessoa humana e que por conta dessas atitudes o Estado tem que incluir no orçamento despesas com políticas públicas a fim de coibir essas situações é que se propõe uma análise do Princípio da Fraternidade e a sua inclusão na Constituição Federal e efetivação, pois trás para a sociedade, que a mesma é uma das responsáveis pelo desenvolvimento do seu país, mas que este desenvolvimento deve ser fraterno, respeitando os direitos e garantias fundamentais de toda a população. 1. Introdução
As Políticas Públicas estão presentes na Constituição Federal da República Federativa
do Brasil, especificamente no Título II Dos Direitos e das Garantias Fundamentais, haja vista
que nossa constituição tem uma grande visão social.
Estas Políticas Públicas são fundamentadas no Princípio da Dignidade da Pessoa
Humana, que trás aos cidadãos direitos e garantias para uma vida digna. A nossa Constituição
Federal é muito ampla até por ter sido feita após o regime da Ditadura Militar (1964-1985),
desta forma, se quis garantir no texto constitucional todos os direitos, haja vista que qualquer
1 Possui graduação em Direito pela Universidade Federal da Grande Dourados (2007), especializado no curso de
Políticas Sociais com enfâse no território e na família, pela Universidade Católica Dom Bosco-UCDB (2009), mestrando em Fronteiras e Direitos Humanos, pela Universidade Federal da Grande Dourados (2017-2018).
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mudança na constituição depende de votação qualificada, pois neste caso terá que ser feita
uma emenda a Constituição, o que da uma maior segurança jurídica aos direitos sociais.
As Políticas Públicas são garantias a população de uma vida digna e humana e é
responsabilidade do Estado. Ocorre que não é desta forma que acontece, pois várias pessoas,
todos os dias, são privadas de seus direitos, sem que ao menos tenham conhecimento destes.
Contudo, não cabe apenas responsabilizar o Estado por falha nas políticas públicas ou até
mesmo por falta delas, pela violação dos direitos humanos, quando boa parte dessas violações
são realizadas por nós.
Nossa Constituição Federal não contemplou o Princípio da Fraternidade, que vem do
que vem do lema da Revolução Francesa "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", sendo os
dois primeiros contemplados e o último, a Fraternidade não.
Assim, o gasto do Estado para implementação de políticas públicas para é muito alto,
fazendo com que o Estado gaste dinheiro para coibir condutas que poderiam ser realizados
por todos nós cidadãos, com fundamento no Princípio da Fraternidade, ou seja, boa parte das
violações dos direitos humanos são realizadas por nós, assim cabe também à sociedade tentar
coibir essas violações.
O presente artigo, trás a discussão a necessidade de inclusão do Princípio da
Fraternidade à Constituição Federal, não com a intenção de que este sozinho irá resolver a
todas as violações aos direitos e garantias fundamentais, mas poderia fazer com que boa parte
da população realizasse atitudes a fim de coibir as violações de direitos humanos,
desonerando em parte o Estado fazendo com o mesmo possa, com essa economia investir em
outros setores que estão descobertos.
2. Direitos, garantias fundamentais e princípio da dignidade da pessoa humana
Já no primeiro Título da Constituição Federal temos uma ideia de que os constituintes
colocaram em primeiro lugar a garantia dos direitos dos cidadãos do Estado Democrático de
Direito, por exemplo, a afirmação de que todos são iguais perante a lei, destrói todos os
estigmas de regimes autoritários, que vivia o nosso país no curso da sua história, voltando
para igualdade que é garantida pelo Estado.
Estão entre os fundamentos da República Federativa do Brasil a cidadania e a
dignidade da pessoa humana. O artigo 3º da Constituição Federal traz os objetivos
fundamentais do Estado brasileiro que são: construir uma sociedade livre, justa e solidária;
garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
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desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Esses objetivos demonstram o Estado do Bem Estar Social, ou seja, o Brasil adota o
regime econômico capitalista, mas se preocupa com a igualdade entre os brasileiros. Nesse
sentido:
Constata-se que esses objetivos têm em comum assegurar a igualdade material entre os brasileiros, possibilitando a todos iguais oportunidades para alcançar o pleno desenvolvimento de sua personalidade, bem como para auto-determinar e lograr atingir suas aspirações materiais e espirituais, condizentes com a dignidade inerente a sua condição humana. [...] (PAULO; ALEXANDRINO, 2008,p. 86).
E no Título II, em cinco artigos, o constituinte deixou claro os direitos e garantias
fundamentais do Cidadão do Estado Democrático de Direito, sendo os mais importantes para
nossa análise o Capítulo I que trata dos direitos individuais e coletivos e o Capítulo II que
trata dos direitos sociais. Mas, primeiramente explanaremos sobre a origem dos Direitos e
Garantias Fundamentais no ordenamento jurídico dos Estados.
Quanto à origem dos direitos e garantias fundamentais há alguma divergência entre os
autores, alguns apontam a Magna Carta inglesa de 1.215, mais conhecida como a Constituição
de João Sem Terra. Essa foi criada para limitar os direitos do então rei da Inglaterra e segundo
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, para garantir os direitos dos barões, não para garantir a
liberdades dos indivíduos em geral.
Já Canotilho (apud PAULO;ALEXANDRINO, 2008, p.90) afirma que os direitos e
garantias fundamentais tem sua origem com a Revolução Francesa, mais precisamente com a
Declaração dos Direitos do Homem de 1.789 e pelas declarações de direitos formuladas pelos
Estados Unidos em sua independência da Inglaterra em 1.776, surgindo a partir destes marcos
históricos as constituições liberais.
Em suma os direitos e garantias fundamentais surgiram para impor limites ao Estado,
ou seja, nasceu uma obrigação de não fazer do Estado, sendo esses direitos denominados de
direitos negativos. Neste aspecto temos a seguinte definição do motivo para o surgimento dos
direitos e garantias fundamentais:
Em suma, os direitos fundamentais surgiram como normas que visavam a restringir a atuação do Estado, exigindo desse um comportamento omissivo (abstenção) em favor da liberdade do indivíduo, ampliando o domínio da autonomia individual frente a ação estatal. (PAULO; ALEXANDRINO, 2008, p. 90).
Os direitos e garantias fundamentais não são especificamente a mesma coisa, haja
vista que o constituinte não colocaria no Título II da Constituição uma redundância. Os
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direitos fundamentais são os benéficos e obrigações presentes no corpo da Carta Magna. Já as
garantias fundamentais são os instrumentos de proteção dos direitos fundamentais.
As características dos direitos e garantias fundamentais são classificados com
propriedade por Moraes (2003), que sintetiza como principais características: a
imprescritibilidade, inalienabilidade, irrenunciabilidade, inviolabilidade, universalidade,
efetividade, interdependência e complementaridade.
Esse rol acima citado não é taxativo, pois como ensina Canotilho (apud
PAULO;ALEXANDRINO, 2008) os direitos e garantias fundamentais constituem normas
abertas, haja vista que permitem a inserção de novos direitos não previstos na Constituição
Federal brasileira. Confirmando tal afirmação temos o parágrafo 2º do artigo 5º da
Constituição que reza “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte”.
A classificação dos direitos e garantias fundamentais estão divididos em gerações, a
primeira geração são os direitos negativos, já debatidos acima, sendo os mais importantes para
o nosso trabalho os de segunda e terceira geração.
Os direitos de segunda geração são os direitos positivos, que segundo Paulo e
Alexandrino “acentuam o princípio da igualdade entre os homens” (2008, p.93). Esse direito
fundamental de segunda geração tem seu surgimento com os movimentos sociais do século
XIX, e foi essencial para a transição do Estado Liberal para o Estado Social, que através de
políticas públicas protege os hipossuficientes na busca da igualdade entre os homens.
Os direitos de terceira geração consagram os princípios da solidariedade e
fraternidade, na busca de garantir os direitos difusos e coletivos. Esse direito tenta garantir os
interesses da coletividade, nesse sentido colocamos a preservação ao meio ambiente e a
sustentabilidade, pois se preocupam com as gerações presentes e futuras. Segundo Paulo e
Alexandrino (2008), essas três gerações de direitos e garantias fundamentais correspondem ao
lema da Revolução Francesa, ou seja, liberdade, igualdade e fraternidade.
Como já dito, os direitos e garantias fundamentais estão no Título II da Constituição
Federal, do artigo 5º ao 17º, e estão divididos em direitos individuais e coletivos, direitos
sociais, direitos de nacionalidade, direitos políticos e direito de participação em partidos
políticos. Para o nosso trabalho é de suma importância conceituar os direitos individuais e
coletivos e os direitos sociais.
Os direitos individuais e coletivos estão ligados a pessoa humana e de sua própria
personalidade é um exemplo o direito a vida e a dignidade, esses direitos estão previstos no
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rol de incisos do artigo 5º da Carta Magna. Já os direitos sociais tem como objetivo a
melhoria de vida dos hipossuficientes, visando a igualdade material e substancial, estando
esses direitos previstos no artigo 6º da Constituição.
Por fim, o parágrafo terceiro do artigo 5º, prevê que os tratados internacionais desde
que tratem sobre direitos humanos, poderão ser equiparados a emendas constitucionais, se
aprovados por três quintos dos membros das casas do Congresso Nacional em dois turnos de
votação. Ou seja, sendo aprovado qualquer tratado pelos requisitos do parágrafo terceiro do
artigo 5º esse será equiparado a direito e garantia fundamental.
Segundo Bulos (2008, p. 393) a constitucionalização do princípio da dignidade da
pessoa humana “vem plasmada em diversos ordenamentos jurídicos mundiais, o que
comprova que o homem é o centro, fundamento das sociedades modernas”. O autor cita para
tanto a Lei Fundamental de Bonn de 1949 que influenciou a Constituição espanhola e a
portuguesa no ano de 1978.
O princípio da dignidade da pessoa humana tem seu fundamento única e
exclusivamente no ser humano, não tendo outro referencial a não ser este, sendo valores que
decorrem dessa ideia o direito a vida, à intimidade, à honra e a imagem, segundo Paulo e
Alexandrino (2008, p.86):
A dignidade da pessoa humana assenta-se no reconhecimento de duas posições jurídicas ao indivíduo. De um lado, apresenta-se como um direito de proteção individual, não só em relação ao Estado, mas, também, frente ao demais indivíduos. De outro, constitui dever fundamental de tratamento igualitário dos próprios semelhantes.
Mas o princípio da dignidade da pessoa humana também deve ser pensado como forte
fundamento para o Estado Democrático de Direito, no entendimento de Moraes (2003, p.391).
O princípio da dignidade da pessoa humana é de fundamental importância para o
desenvolvimento social da sociedade e como um garantidor dos direitos humanos, para assim
garantir os direitos e garantias fundamentais de cada cidadão, garantido o Estado Democrático
de Direito.
3 Políticas públicas
As políticas públicas são os mecanismos pelo qual o Estado tenta a diminuição das
desigualdades sociais. Segundo Höfling (2001), as políticas públicas tem suas raízes nos
movimentos populares do século XIX, dados aos conflitos dos burgueses e o proletário com o
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surgimento das primeiras revoluções industriais. Esta cita que as obras que iniciaram tais
políticas, foram A riqueza das Nações: investigação sobre a sua natureza e suas causas de
Adam Smith e O Caminho de Friedrich Hayek, o primeiro publicado em 1776 e o segundo em
1944.
Já Rizotti (2001), afirma que o período de maior intensidade das políticas públicas foi
ao final da Segunda Guerra Mundial, haja vista que a Europa estava destruída, havendo a
necessidade de uma reconstrução econômica, que teve como base social dos partidos de
ideologia socialista.
Segundo Rizotti (2001), no Brasil, as políticas públicas tiveram o seu crescimento
dada a mobilização de vários movimentos sociais no decorrer dos anos, o que foi crucial para
o fortalecimentos e estruturação das políticas sociais no país. Esta autora aponta que:
Os movimentos sociais que emergiram no contexto brasileiro do século XIX caracterizaram-se, essencialmente, pela inexistência de algum projeto político e social que lhes dotasse de unidade histórica quanto às estratégias de intervenção e à base social na qual se apoiavam (RIZOTTI, 200,1 p.40-41).
Anteriormente o período republicano o Brasil enfrentou quarenta e duas lutas sociais,
as mais importantes para mudanças nas políticas sociais foram: o movimento da Cabanagem
entre os anos de 1835 e 1836, no Pará; a Revolução Farroupilha entre os anos de 1835 a 1845,
no Rio Grande do Sul e a Praieira entre os anos de 1847 a 1849, em Pernambuco. A partir
disto foram ouvidas as reivindicações populares e inserindo na política do país o tema da
desigualdade social (RIZOTTI,2001).
Já na República Velha até o Estado Novo, começou a queda do poder dos oligarcas
mantenedores de escravos, sendo esses substituídos pelos senhores que cultivavam café e os
criadores de gado leiteiro, surgindo assim a política do café-com-leite. Esta mudança também
influenciou diretamente os movimentos sociais que surgiam, pois “[...]caracterizavam -se por
reunir, sob uma única bandeira, a reivindicação de ampliação dos direitos de cidadania no país
e o objetivo de conquistar do poder político no aparelho de Estado” (RIZOTTI, 2001, p.42).
Segundo Rizotti (2001) destacam-se no Brasil, durante o século XX, os seguintes
movimentos sociais: Movimento Contra a Carestia de Vida, em 1914 no Rio de Janeiro;
Movimento de Trabalhadores Organizados, em 1917 em São Paulo e a Coluna Prestes que
eclodiu em 1925 no Rio Grande do Sul.
Em 1930 o enfrentamento social havia virado uma bandeira e uma necessidade do
regime pós-revolucionário. Desta forma, em 1934 foi editada a Primeira Constituição do país
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com um capítulo referente a ordem econômica e social, tudo isso dado as mudanças da
relações econômicas relacionadas ao recente desenvolvimento industrial.
Todo este avanço na Constituição Federal de 1934 foi perdido dada a Constituição
Federal de 1937, sendo esta a referência da Ditadura Varguista. Esse período ficou marcado
por novos programas que segundo a autora “[...]apresentavam-se fortemente condicionados
por uma concepção assistencialista[...]” (RIZOTTI, 2001, p.45).
O período compreendido pelos anos de 1945 a 1964 tratou as políticas públicas de
forma populista. Rizotti (2001, p. 45) coloca que “os novos direitos sociais prescritos na
Constituição de 1946 teriam de ser implementados no contexto da política populista, e esta
peculiaridade parece ter estabelecido o limite possível de sua efetivação [..]”
Neste período Rizotti (2001) enumera dois grandes movimentos de organização
política, sendo estes: Juventude Universitária Católica e a Ação Popular, e com menor
destaque, mas de grande importância estavam o Movimento Estudantil, Movimento
Camponeses e Movimentos Operários. Esses movimentos foram os responsáveis pela pressão
ao Estado, através de greves, passeatas, lutando pela melhoria nas condições de vida da
população e pela reforma agrária.
Com essas pressões surgiu uma nova legislação que tinha como desafio a luta política
das classes subalternas, mas por conta da burocracia estatal o sistema de políticas sociais era
ineficaz. Ocorre que mesmo com essa ineficácia os direitos sociais ganharam maior
importância, neste sentido foi durante o período populista que:
[...] finalmente, a extensão de direitos sociais no país encontrou-se definitivamente selada pela marca corporativa, em virtude de sua associação às modificações na legislação trabalhista vigente, quase sempre impulsionadas pela pressão política daquelas camadas e categorias mais bem organizadas e plenamente integradas à ordem social competitiva (RIZOTTI, 2001, p.47).
Em 1960 setores conservadores expressaram sua insatisfação com os movimentos
populares, foi o caso da Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade, que foi um embate
com os movimentos sociais da época. Tais mudanças influenciaram a organização política,
haja vista que em 1964 houve o Golpe Civil Militar, sendo retirado do poder os governantes
constitucionalmente eleitos e em seu lugar foram colocados militares. Iniciando neste
momento a Ditadura Militar que iria até a década de 80, época marcada pelo confronto entre
os movimentos sociais e Governo Militar.
Segundo Rizotti (2001, p. 50) “[...]o novo padrão de políticas sociais do país
reproduziria muito do que havia de pior nos modelos que o antecederam, sobretudo a
seguridade social seria organizada com forte caráter assistencialista[...]”. E com o fim do
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crescimento econômico entre os anos de 1977 e 1982, os movimentos sociais ganharam nova
força, voltando a influenciar na implantação das políticas públicas do país, destacam-se: O
Movimento das Favelas em São Paulo e Belo Horizonte no ano de 1979; O Movimento
Contra a Carestia, em todo território nacional, no ano de 1982. A década de 80 foi
considerada a década perdida, voltando a tremular a bandeira política da democracia como a
única forma de alcançar condições dignas de vida da população.
Com o fim da Ditadura Militar os movimentos sociais foram de suma importância para
a democratização da Nova República. Destacam-se como movimentos sociais deste período o
Movimento Sindical, Movimento dos Sem-Terra e os chamados movimentos das minorias
que tem como debate questões étnicas, sexo, associação de bairros, ecológico entre outras
(RIZOTTI,2001).
No que se refere ao conceito de políticas públicas recorremos a Höfling (2001,p. 02),
que conceitua:
[...] ações que determinam o padrão de proteção implementado pelo Estado, voltadas, em princípio, para a redistribuição dos benefícios sociais visando a diminuição das desigualdades estruturais produzidas pelo desenvolvimento socioeconômico. [...].
Cristovám (2005, p.07) define que as políticas públicas:
[...] podem ser entendidas como o conjunto de planos e programas de ação governamental voltados à intervenção no domínio social, por meio dos quais são traçadas as diretrizes e metas a serem fomentadas pelo Estado, sobretudo na implementação dos objetivos e direitos fundamentais dispostos na Constituição.
Já Silva (1997, p.03) entende que Políticas Públicas constituem não apenas em um
plano simbólico, como pretendem certos segmentos da classe social dominante a
possibilidade de conquista de direitos sociais: acesso a bens, recursos e serviços, transferência
de renda para os mais pobres, satisfação de necessidades humanas básicas e vitais, melhoria
da qualidade de vida e participação na gestão democrática de serviços sociais públicos.
Entendemos que Políticas Públicas são direitos dos cidadãos que precisam ser
garantidos e quando os mesmos não estão ao alcance dos cidadãos de forma direta são
colocados em prática pelo Estado, na forma de planos ou programas, no intuito de garantir a
dignidade desses e do crescimento e estabilidade do regime democrático de direito.
4 O Princípio da Fraternidade e o Poder Público
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O Princípio da Fraternidade surgiu durante a Revolução Francesa, mas foi introduzido
oficialmente na República Revolucionária da França de 1848, mas com o passar da história
foi deixado de lado, sendo novamente lembrado na vitória dos republicanos em 1879, sendo
novamente esquecido para em 1946, retornar de forma definitiva no artigo segundo da
Constituição Francesa (BAGGIO, 2008, p. 7)
O nascimento do Princípio da Fraternidade trouxe uma nova perspectiva para o
desenvolvimento da política e do direito:
[...] O fato é que a Revolução de 1789 constitui um ponto de referência histórico de grande relevância, porque, durante o seu andamento, pela primeira vez na Idade Moderna a ideia de fraternidade foi interpretada e praticada politicamente. (BAGGIO, 2008, p.7).
Para Baggio (2008, p. 22) O Princípio da Fraternidade pressupõe a divisão dos bens e
dos poderes, tanto que cada vez mais se está elaborando uma ajuda recíproca entre sujeitos
diferentes, seja pertencente ao âmbito social, seja do mesmo nível institucional.
Assim, podemos considerar o Princípio da Fraternidade como o fiel da balança para a
efetivação dos outros dois princípios originários da Revolução Francesa, Princípio da
Igualdade e da Liberdade, recepcionados internacionalmente, inclusive no Brasil, mas não
efetivados em sua plenitude.
O Princípio da Fraternidade foi contemplado pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos, logo em seu artigo primeiro apresenta que “Todos os seres humanos nascem livres
e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para
com os outros em espírito de fraternidade”.
Para Aquini (2008, p. 133) o Princípio da Fraternidade não se apresenta apenas como
um conceito, mas sim de forma ativa como um motor do comportamento da ação dos homens
com uma conotação socialmente moral.
Nesse sentido, o Princípio da Fraternidade também, transfere a responsabilidade do
indivíduo em efetivar os direitos humanos, como bem esclarece
A fraternidade, por sua vez, "responsabiliza" cada indivíduo pelo outro e, consequentemente, pelo bem da comunidade, e promove a busca de soluções para a aplicação dos direitos humanos que não passam necessariamente, todas, pela autoridade pública, seja ela local, nacional ou internacional. (AQUINI, 2008, p. 133).
Nesta mesma linha de raciocínio trazida por Aquini, está o artigo 29 da Declaração
Universal dos Direitos Humanos, que também transfere ao indivíduo a responsabilidade para
o desenvolvimento social.
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Artigo 29° 1.O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e pleno desenvolvimento da sua personalidade. 2.No exercício deste direito e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar numa sociedade democrática. 3.Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente e aos fins e aos princípios das Nações Unidas.
Contudo, a Constituição Federal do Brasil, não contemplou o Princípio da
Fraternidade como princípio constitucional, assim como fez com o Princípio da Liberdade e
da Igualdade, tendo a única menção quando no preâmbulo fala de "sociedade fraterna".
Assim o Princípio da Fraternidade trás uma nova concepção para efetivação do
desenvolvimento social, pois retira apenas do Estado a responsabilização para a efetivação de
políticas públicas, quando institui também aos indivíduos que ajam de forma a respeitar os
direitos humanos e nestes termos ajudarem a efetivar as políticas públicas, pois agindo de
forma fraterna a pessoa percebe que também tem responsabilidade para com a sociedade,
tendo em vista que um país com desenvolvimento social é bom para todas as partes.
O Estado para colocar em prática qualquer medida afim de garantir o desenvolvimento
social, direitos e garantias fundamentais, com o intuito de garantir a dignidade da pessoa
humana fará isso por intermédio das políticas públicas, por meio de programas e projetos, que
são realizados tanto pelo governo Federal, Estadual e Municipal.
A nossa Constituição Federal já garante como dever do Estado a segurança pública,
saúde, educação e desporto, contudo, de forma implícita atribuímos como dever do Estado
garantir todos os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos brasileiros.
Segundo Aquini (2008,p. 138) tanto na visão liberal como a socialista recai
principalmente sobre o Estado a responsabilidade de pôr em prática os direitos humanos.
Ocorre que atribuir toda a responsabilidade como garantidor dos direitos e garantias
fundamentais ao Estado, traz um grande gasto para o mesmo, tendo em vista que para
implementação de qualquer política pública de direitos humanos há um grande gasto por parte
dos cofres públicos.
Durantes anos e talvez séculos há uma grande discussão sobre orçamento público e
sua aplicação. Assim, o Estado tem que aplicar o seu orçamento de forma a atender todas as
necessidades básicas como saúde, educação e assistência social, e redirecionar o restante de
forma a conseguir garantir e implementar todos os programas e projetos e prol de garantir e
preservar os direitos humanos da população.
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Contudo, não é dever só do Estado a implementação e garantia dos direitos humanos
no Brasil, mas sim de toda sociedade, conforme o Princípio da Fraternidade, nesse sentido
Aquini(2008, p. 139):
Sobre essa questão, deve-se observar que a fraternidade tende a ampliar o número de sujeitos "responsáveis", e por isso estimula que deveres e compromissos sejam assumidos além do que é prescrito, em nível nacional e internacional, pela autoridades públicas. Mas isso não elimina ou diminui a responsabilidade dessas autoridades, que poderá ser substancialmente a de interferir de modo direto para que se aplique o direito, ou predispor um quadro legislativo que promova a ação de outros sujeitos não-políticos, preservando o objetivo fundamental, que é justamente a aplicação do direito. A fraternidade não é relegada a mera dimensão voluntarista, mas é também constitutiva dos poderes públicos. Ela não deixa portanto de definir os sujeitos que são chamados a aplicar e defender os direitos humanos, mas de certa forma, evita que essa definição leva a diminuição do sentimento de responsabilidade naqueles que são capazes de dar uma contribuição importante para a aplicação desses direitos.
Segundo Habermas (1997, p. 120) "esses direitos fundamentais devem continuar
garantindo "a auto-afirmação e a responsabilidade própria da pessoa na sociedade". Assim,
sobre o pressuposto do Princípio da Fraternidade, somos todos responsáveis na garantia dos
direitos e garantias fundamentais, contudo, temos pelo menos dois grandes desafios,
considerando que somos um país continental, o sistema capitalista e o segundo o próprio ser
humano.
Segundo Bauman (2007, p. 60) o sistema capitalista produz o "lixo humano", que são
pessoas que são excluídas por causa do sistema capitalista, pessoas que são desnecessárias,
pois não detêm condições financeiras de consumir e assim por este motivo perdem a sua
condição humana, contudo, ficam circulando pelas cidades, "pois faltam os depósitos
"naturais" adequados para sua armazenagem e potencial reciclagem".
Mas conforme Young (2002, p. 40), é formado um "cordão sanitário", para isolamento
destas pessoas, ou seja, não um depósito para essas pessoas, mas a sociedade lhe exclui em
grandes cordões sanitários, para que as mesmas continuem excluídas da vida digna em
sociedade.
É primordial para a implementação do Princípio da Fraternidade é a participação de
todos, ou seja, do próprio ser humano. Contudo, a maior esperança é também aquele
responsável por boa parte da exclusão social, pois conforme Young (2002, p. 172), o ser
humano tem um lado escuro e monstruoso.
Assim, para a implantação da Fraternidade no ordenamento Constitucional brasileiro,
há necessidade de uma grande discussão progressista, no sentido de amenizar os efeitos
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excludentes do sistema capitalista, e a sociedade tem que ter ciência que são suas atitudes que
excluem boa parte da população ferindo o princípio da dignidade da pessoa humana.
Os empresários e toda sociedade economicamente ativa, não podem pensar em auferir
sempre mais lucro se o mesmo é resultante da exploração da dignidade do trabalhador, como
também, pensar só com a máxima do capitalismo de sempre auferir mais lucro com o fim de
adquirir cada vez mais bens e produtos, muitas vezes desnecessários.
Assim o Princípio da Fraternidade, traz uma nova visão para a sociedade, uma visão
de que não é só o Estado o responsável para garantir o direitos e garantias fundamentais para
os cidadãos, mas que isso, assim como previsto na Declaração Universal dos Direitos
Humanos, é um dever de toda a sociedade.
Podemos citar alguns exemplos de programas e projetos realizados pelo Estado a fim
de diminuir a desigualdade social, e de preservar e garantir os direitos e garantias
fundamentais da sociedade.
É possível enumerar alguns dos programas desempenhados pelo Governo Federal em
parceria com os Estados e Municípios, apenas na ceara das relações de trabalho, como:
"programa de combate ao trabalho escravo, programa de erradicação do trabalho infantil -
PETI, e as próprias instâncias do Ministério do Trabalho nos municípios e da Justiça do
Trabalho"
E por conta dessas atitudes o Estado tem que incluir no orçamento despesas com
políticas públicas a fim de coibir essas situações, fazendo fiscalizações, políticas educativas,
entre outras atividades que lhe oneram, gasto esse que poderia ser aplicado em outra política
pública, como de saúde, educação ou assistência social.
Desta forma, o Princípio da Fraternidade trás para a sociedade, que a mesma é uma
das responsáveis pelo desenvolvimento do seu país, mas que este desenvolvimento deve ser
fraterno, respeitando os direitos e garantias fundamentais de toda a população. Mas segundo
SEN (2000, p. 109), esse desenvolvimento deve ser social e não apenas econômico,
resguardando o direitos de toda a sociedade, para que esses tenham uma participação efetiva
na redistribuição da renda, pois “uma renda inadequada é, com efeito, uma forte condição
predisponente de uma vida pobre”.
Nestes termos a inclusão do Princípio da Fraternidade na Constituição Federal e o
trabalho para com toda a sociedade de que é dever desta também respeitar a dignidade da
pessoa humana, pois com essa atitude o Estado poderá aplicar os recursos públicos em outras
políticas públicas setoriais e até mesmo quem sabe em um futuro, desonerar a carga tributária
do país.
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5.CONCLUSÕES
No presente artigo, apresentamos que os direitos e garantias fundamentais estão
presentes no Constituição Federal e que foram criados com o intuito de garantir os direitos do
cidadão, tendo como função garantir o princípio da dignidade da pessoa humana.
Sendo assim são estipuladas Políticas Públicas para garantir os direitos dos cidadãos,
quando os mesmos não estão ao alcance destes de forma direta, sendo que assim são
colocados em prática pelo Estado.
Contudo, é alto o valor gasto pelo Estado par a implementação das políticas públicas,
sendo que algumas vezes não consegue garantir em sua plenitude os direitos e garantias
fundamentais da população. Ressalta-se também que boa parte dessas violações aos direitos
humanos são realizadas pelo próprio ser humano, seja por um prática do sistema capitalista ou
até mesmo pelo próprio lado sombrio do ser humano.
Podemos citar alguns exemplos de programas e projetos realizados pelo Estado a fim
de diminuir a desigualdade social, e de preservar e garantir os direitos e garantias
fundamentais da sociedade. Apenas na ceara das relações de trabalho, como: "programa de
combate ao trabalho escravo, programa de erradicação do trabalho infantil - PETI, e as
próprias instâncias do Ministério do Trabalho nos municípios e da Justiça do Trabalho"
Os poucos exemplos citados acima, já são responsáveis por uma boa parte de gasto
pelo Estado, para coibir situações que são geradas por nós, pois o trabalho escravo, o trabalho
infantil e as violações dos direitos trabalhistas, atentam contra a dignidade da pessoa humana,
onde o responsável, não enxerga a outra pessoa, como um ser humano detentor de direitos, lhe
enxergando apenas como mais uma ferramenta do trabalho, o animal laborans na definição de
(ARENT, p. 168).
E por conta dessas atitudes o Estado tem que incluir no orçamento despesas com
políticas públicas a fim de coibir essas situações, fazendo fiscalizações, políticas educativas,
entre outras atividades que lhe oneram, gasto esse que poderia ser aplicado em outra política
pública, como de saúde, educação ou assistência social.
Ocorre que se apenas o Estado continuar custeando políticas públicas a fim de coibir a
violação de direitos humanos e amparar aqueles que tiveram os seus direitos violados,
continuará a ter um déficit em suas contas públicas, e até mesmo ser necessário a implantação
de novos impostos a fim de custear esses gastos.
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Considera-se assim que o Princípio da Fraternidade trás para a sociedade, que a
mesma é uma das responsáveis pelo desenvolvimento do seu país, mas que este
desenvolvimento deve ser fraterno, respeitando os direitos e garantias fundamentais de toda a
população. Mas segundo Sen (2000, p. 109), esse desenvolvimento deve ser social e não
apenas econômico, resguardando o direitos de toda a sociedade, para que esses tenham uma
participação efetiva na redistribuição da renda, pois “uma renda inadequada é, com efeito,
uma forte condição predisponente de uma vida pobre”.
Assim, a efetivação do Princípio da Fraternidade ganha uma grande importância, pois
se boa parte da população em atenção deste princípio não violar os direitos humanos e coibir
essa violação, fará com que o Estado tenha uma grande economia, fazendo com que possa
direcionar parte desse recurso para outra política pública, ou até mesmo futuramente, uma
desoneração tributária.
Desta forma, é um ponto muito importante a inclusão do Princípio da Fraternidade na
Constituição Federal para fomentar de forma mais ampla a responsabilidade da sociedade à
coibir a violação dos direitos humanos, para que assim haja uma maior economia do Estado
na implantação e implementação das políticas públicas voltadas para esse fim.
5. Referências
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