primeiros socorros - alessandro leal

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PRIMEIROS SOCORROS Esta matéria é de grande importância e se tornou obrigatória no curso teórico - técnico de formação de condutores de veículo. Primeiros socorros é o tratamento imediato e provisório ministrado a uma vítima de trauma ou doença, fora do ambiente hospitalar, com o objetivo de prioritariamente evitar a morte ou o agravamento das lesões e estende-se até que a vítima esteja sob cuidados médicos. OBS : Deixar de prestar socorro a vítima de acidente de trânsito podendo fazê-lo constitui crime de omissão de socorro, mesmo não tendo envolvimento. 1/16

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PRIMEIROS SOCORROS

Esta matéria é de grande importância e se tornou

obrigatória no curso teórico - técnico de formação de

condutores de veículo.

Primeiros socorros é o tratamento imediato e provisório

ministrado a uma vítima de trauma ou doença, fora do

ambiente hospitalar, com o objetivo de prioritariamente

evitar a morte ou o agravamento das lesões e estende-se

até que a vítima esteja sob cuidados médicos.

OBS : Deixar de prestar socorro a vítima de acidente de

trânsito podendo fazê-lo constitui crime de omissão de

socorro, mesmo não tendo envolvimento.1/16

QUEM DEVE PRESTAR SOCORRO AS VÍTIMAS

O conselho Federal de Medicina recomenda que o socorro seja

prestado pela pessoa mais capacitada no momento e mais próxima

do local do evento de emergência:

- Socorrista;

- Médico ou outro profissional de saúde presente;

- Pessoas leigas, mas que conheçam noções de primeiros socorros

ou suporte básico de vida;

- Pessoas leigas, mas que não tenham noções de Primeiros

socorros.

2/16

QUAIS SÃO AS PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS?

É comum encontrar em locais de acidentes cenas de sofrimento e

nervosismo e pânico, pessoas inconsciente e outras situações que

exijam providências imediatas.

1. Sinalizar o Local;

2. Chamar por socorro especializado.

Após sinalizar o local e proteger as vítimas acione o serviço

especializado informando :

1. Seu nome e nº de telefone;

2. Ponto de referência;

3. Números de vítimas e estado das mesmas;

4. Gravidade dos ferimentos;

5. Situação do trânsito no local e n º de veículos envolvidos.

Telefones de EMERGÊNCIA : PM 190 PRF 191 SAMU 192

BOMBEIROS 193. 3/16

ATENDENDO ÀS VÍTIMAS

Existem critérios internacionalmente aceitos no que se refere à

abordagem para prestar socorro a uma vítima. As principais etapas

são:

- AVALIAÇÃO PRIMÁRIA ou AVALIAÇÃO INICIAL DO

PACIENTE;

- MANUTENÇÃO DOS SINAIS VITAIS;

- AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA;

- PROCEDIMENTOS EMERGENCIAIS (parada cardiorrespiratória,

estado de choque, hemorragias, fraturas, etc.).

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA – é uma avaliação inicial,

obedecida uma sequência padroniza, é feito um rápido exame

na vítima, sendo corrigidos imediatamente os problemas que

forem encontrados.

Segue-se a seguinte sequência:

A - Desobstrução das vias aéreas e estabilização da coluna

cervical;

B - Respiração;

C - Circulação, hemorragia e controle de choque;

D - Nível de consciência;

E - Exposição e proteção da vítima.

1. Desobstruir as vias aéreas e controlar a coluna

cervical.

Quando se observar que a vítima está impossibilitada de

respirar, precisa-se rapidamente agir, desobstruindo suas

vias aéreas. Pois se não fizer o necessário, ela poderá

morrer ou ter danos irreversíveis no cérebro.

Devemos posicionar a cabeça da vítima da melhor maneira

possível, levantando assim o queixo dela levemente, para

que lhe facilite a respiração.

Deve-se então abrir a boca da vítima, e com os dedos

remover (pontes, dentaduras, balas, líquidos, sangue, etc,)

objetos que estiverem ali presente impedindo-a de respirar

perfeitamente.

É preciso tomar muito cuidado com a coluna cervical

(pescoço quebrado), evitando qualquer tipo de movimento

com a cabeça e pescoço, pois podem causar lesões sérias

Desobstruir as vias aéreas e controlar a colunacervical.

2. Verificar a respiração.

Ver, Ouvir e Sentir são atos importantes para se poder

comprovar se a vítima está respirando. Deve-se aproximar

dela para escutar a boca e o nariz, observando também se há

movimentos do tórax e abdômen.

Se a vítima não estiver respirando, é preciso entrar

imediatamente com os procedimentos de uma Parada

cardiorrespiratória. Para isso será necessário aplicar as

técnicas de respiração artificial.

Para determinar a respiração, o socorrista deve gastar de 3

a 5 segundos na avaliação.

3. Verificar a circulação.

Pela pulsação podemos ter informações importantes sobre

o estado da vítima. Por exemplo: Se a vítima estiver com o

pulso fraco, pálida ou lábios arroxeados, isso é sinal de um

estado de choque. Se não houver pulsação, provavelmente

a vítima está com uma Parada Cardiorrespiratória.

Podemos verificar a pulsação de uma vítima por dois

modos:

* Colocando dois dedos na Artéria Radial que fica localizada

bem na base do polegar.

* Ou colocando dois dedos na Artéria Carótida, que fica

localizada no pescoço, entre o músculo e a traquéia. A

pulsação fica mais fácil de ser identificada.

3. Verificar a circulação.

4. Verificar o estado de consciência.

Para se identificar o nível de consciência da vítima, temos de

nos certificar de que a mesma se comunica perguntando se

ela nos ouve, qual o nome dela, ou como se sente.

* Se ela estiver consciente, devemos conversar com ela

procurando sempre a acalmá-la. Pergunte se sente dores no

pescoço, se sente as pernas e os braços (para ver se há

fraturas na coluna).

* Se não houver comunicação, vamos ver se ela reage a

estímulos verbais: Peça que faça algum movimento (olhos,

mãos, pés).

* Se mesmo assim ainda não houver resposta, vamos ver se

ela reage ao toque o qual será feito dor através de um

aperto, beliscão em alguma parte de seu corpo.

* Sempre que a vítima estiver inconsciente, podemos

desconfiar de fratura na coluna ou parada

cardiorrespiratória. Sendo assim, procure não movimentar

muito a vítima.

* Se ela não estiver respirando, então devemos aplicar

imediatamente a respiração artificial.

Movimentar a vítima somente se o socorro estiver

demorando pra chegar e o quadro clínico for se alterando.

ATENÇÃO: não se deve dar líquidos para beber.

5. Proteção da vítima.

Vamos procurar se há outros ferimentos na vítima, mas

sempre evitando os movimentos. Devemos aquecê-la

com cobertor e roupa, pois rapidamente perde o calor

vital.

Os cinco passos vistos até agora são também

chamados de sinais vitais. Devemos mantê-los durante

todo o atendimento, e, conforme for se alterando algum

destes, devemos iniciar os procedimentos

emergenciais.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

O principal propósito da análise secundária é descobrir

lesões ou problemas diversos que possam ameaçar a

sobrevivência da vítima, se não forem tratados

convenientemente. É um processo sistemático de obter

informações e ajudar a tranquilizar a vítima, seus familiares e

testemunhas que tenham interesse pelo seu estado, e

esclarecer que providências estão sendo tomadas.

Os elementos que constituem a análise secundária são:

Entrevista objetiva ( conseguir informações);

Exame da cabeça aos pés (avaliação pormenorizada);

Sintomas (tontura, náuseas);

Sinais vitais (pulso e respiração);

Outros sinais (cor da pele e temperatura, diâmetro da

pupila).

PARADA RESPIRATÓRIA

Qualquer perturbação, acidente ou patologia que

comprometa o sistema respiratório pode ocasionar

uma parada respiratória.

SINTOMAS:

-AGITAÇÃO E ANSIEDADE;

-DIFICULDADES DE RESPIRAR E FALAR;

-TOSSE;

-CIANOSE;

-INCONSCIÊNCIA.

Respirar é essencial. Se esse processo básico

cessar todas as outras funções vitais também

serão paralisadas.

PARADA RESPIRATÓRIA

Com a parada respiratória, o coração em pouco tempo

também vai deixar de bater. Quando isso

ocorre, lesões irreversíveis nas células do sistema

nervoso central começam acontecer, após um período

de aproximadamente seis minutos.

VIAS AÉREAS - Dentro da análise primária, o

socorrista deve promover a abertura das vias

aéreas e assegurar, desta forma, a respiração

adequada.

Respiração artificial - É o processo mecânico

empregado para restabelecer a respiração que deve ser

ministrado imediatamente, em todos os casos de asfixia,

mesmo quando houver parada cardíaca.

Os pulmões precisam receber oxigênio, caso contrário

ocorrerão sérios danos ao organismo no aspecto circulatório,

com grandes implicações para o cérebro.

A respiração artificial pode ser feita de cinco modos:

a) boca a boca;

b) boca-nariz;

c) boca-nariz-boca;

d) boca-máscara;e) por aparelhos (entubação).

Lesões na boca ou na mandíbula podem inviabilizar a

respiração artificial pelo método boca-boca. Neste caso,

o socorrista deve optar pela manobra conhecida como

boca-nariz, que consiste em:

•Manter as vias aéreas abertas;

•Cobrir com a boca o nariz da vítima;

•Ventilar durante um a um segundo e meio;

•Abrir a boca da vítima para auxiliar na exalação.

VERIFICAR OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA

VERIFICAR OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA

CAUSAS:

Causada pela língua;

Causada por corpos estranhos.

SINAIS DE OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA PARCIAL:

Respiração dificultosa, cianose (principalmente lábio),

está tossindo. (forçar a tossir)

OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA COMPLETA: Vítima

inconsciente , cabeça flexionada para frente ou com

objeto (travesseiro), retirada do objeto e abertura das

vias.

VERIFICAR OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA

OBSTRUÇÃO CAUSADA POR CORPO ESTRANHO –

VÍTIMA INCONSCIENTE.

-RESISTÊNCIA A LIVRE CIRCULAÇÃO DO AR;

- ABRIR VIAS AÉREAS;

-NÃO SUCESSO, DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS

AÉREAS RESTABELECENDO A RESPIRAÇÃO

(MANOBRA DE HEIMLICH).

MANOBRA DE HEIMLICH

Segure seu punho com a outra mão e dê quatro

apertões rápidos e vigorosos (para dentro e para cima).

VERIFICAR OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA

OBSTRUÇÃO CAUSADA POR CORPO ESTRANHO –

VÍTIMA CONSCIENTE.

- PARA CONSTATAR ESSA OBSTRUÇÃO O

SOCORRISTA DEVE QUESTIONAR A VÍTIMA: “VOCÊ

PODE RESPIRAR?”; “VOCÊ PODE FALAR?”; “VOCÊ

ESTÁ ENGASGADO?”.

-REALIZAR TAMBÉM MANOBRA DE HEIMLICH.

MANOBRA DE HEIMLICH EM BEBÊS

-BEBÊ NOS BRAÇOS COSTAS PARA CIMA;

-CINCO PANCADAS PALMA DA MÃO ENTRE AS

ESCÁPULAS;

-GIRAR O BEBÊ, AINDA COM CABEÇA MAIS BAIXA, CINCO

COMPRESSÕES TORÁCICAS ATRAVÉS DA PRESSÃO DOS

DEDOS INDICADOR E MÉDIO SOBRE O OSSO EXTERNO.

-COLOCAR BEBÊ EM SUPERFÍCIE PLANA E TENTAR

RETIRAR OBJETO, UTIIZANDO O DEDO MÍNIMO;

-PROCEDER DUAS VENTILAÇÕES, CASO DE INSUCESO

REPETIR TODA SEQUENCIA

MANOBRA DE HEIMLICH EM BEBÊS

PARADA CARDÍACA

Quando o coração deixa de bombear sangue para o

organismo, as células deixam de receber oxigênio.

Existem órgão que resistem vivos até algumas

horas, mas os neurônios do SNC, não resistem

mais que seis minutos sem serem oxigenados e

entram em processo de necrose.

IDENTIFICAÇÃO: Inconsciência, Palidez excessiva,

Ausência de pulsação e batimentos cardíacos;

Pupilas dilatadas; Pele e lábios roxos.

PARADA CARDÍACA

TRATAMENTO: O socorrista deve iniciar a

massagem cardíaca externa o mais cedo possível.

-Em adultos utilização das duas mãos;

-Crianças entre 1 e 8 anos, a pressão deve ser

exercida com apenas uma mão;

-Bebês de 0 a 1 ano, com dois dedos.

NO CASO DE PARADA RESPIRATÓRIA E CARDÍACA

SIMULTÂNEAS, DEVE-SE INTERCALAR A RESPIRAÇÃO

ARTIFICIAL COM A MASSAGEM CARDÍACA, MÉTODO

CONHECIDO COMO RCP.

REANIMAÇÃO CARDIO-PULMONAR

As diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam uma

alteração na sequência de procedimentos se SBV de A-B-C (via

aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B

(compressões torácicas, via aérea, respiração) em adultos,

crianças e bebês.

UM SOCORRISTA:

- ADULTO – 2 ventilações por 30 compressões, de

80 a 100 vezes por minuto;

- CRIANÇA – 2 ventilação por 30 compressões, 100

vezes por minuto;

- BEBÊ – 1 ventilação por 5 massagens, 100 a 120

vezes por minuto.

REANIMAÇÃO CARDIO-PULMONAR

HEMORRAGIA - é quando ocorre uma ruptura dos vasos

(artéria, veias ou capilares) ocasionando a saída de sangue.

Evite qualquer contato com sangue ou secreções das vítimas

nos acidentes.

HEMORRAGIAS INTERNA – São difíceis de serem

reconhecidas porque o sangue se acumula nas cavidades do

corpo, tais como: estômago pulmões, bexiga, cavidade craniana,

etc.

SINTOMAS: Fraqueza, sede, frio, ansiedade ou indiferença.

SINAIS : Alteração do nível de consciência ou inconsciência,

agressividade ou passividade, tremores e arrepio do corpo,

pulso rápido e fraco, respiração rápida e artificial; pele pálida, fria

e úmida; sudorese; e pupilas dilatadas.

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IDENTIFICAÇÃO

Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que

haja hemorragia interna quando houver:

acidente por desaceleração (acidente automobilístico);

ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou

estilete, principalmente no tórax ou abdome;

e acidente em que o corpo suportou grande pressão

(soterramento, queda).

Se houver perda de sangue pela boca, nariz e

ouvido, existe suspeita de uma hemorragia no cérebro.

Se a vítima apresentar escarros

sanguinolentos, provavelmente a hemorragia será no

pulmão;30/16

IDENTIFICAÇÃO

se vomitar sangue será no estômago; se evacuar

sangue, será nos intestinos (úlceras profundas);

e se houver perda de sangue pela vagina, poderá

estar ocorrendo um processo abortivo.

Normalmente, estas hemorragias se dão (se não

forem por doenças especiais) logo após acidentes

violentos, nos quais o corpo suporta pressões muito

fortes (colisões, soterramentos, etc.).

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Hemorragia ExternaAs hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e

capilar.

Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo, rico em

oxigênio, e a perda é pulsátil, obedecendo às contrações

sistólicas do coração. Esse tipo de hemorragia é particularmente

grave pela rapidez com que a perda de sangue se processa.

As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue

vermelho escuro, pobre em oxigênio, e a perda é de forma

contínua e com pouca pressão. São menos graves que as

hemorragias arteriais, porém, a demora no tratamento pode

ocasionar sérias complicações.

As hemorragias capilares são pequenas perdas de sangue, em

vasos de pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo.

O torniquete não deve ser utilizado para estancar

hemorragia externa.32/16

Métodos para Detenção de Hemorragias

Elevação da região acidentada: pequenas hemorragias

nos membros e outras partes do corpo podem ser

diminuídas, ou mesmo estancadas, elevando-se a parte

atingida e, consequentemente, dificultando a chegada do

fluxo sanguíneo.

Não elevar o segmento ferido se isto produzir dor ou se

houver suspeita de lesões internas.

Métodos para Detenção de Hemorragias

Tamponamento: pequenas, médias e grandes

hemorragias podem ser detidas pela obstrução do fluxo

sanguíneo, com as mãos ou, preferencialmente, com um

pano limpo ou gaze esterilizada, fazendo um curativo

compressivo. É o melhor método de estancar uma

hemorragia.

Compressão arterial: se os métodos

anteriores não forem suficientes para

estancar a hemorragia, ou se não

for possível comprimir diretamente

o ferimento, deve-se comprimir as

grandes artérias para diminuir o fluxo

sanguíneo.

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Hemorragia nasal - causada por um choque da

cabeça do condutor ou passageiro contra as partes

internas do veículo.

PROCEDIMENTO: Sentar a vítima, respirar pela

boca, não assoar o nariz, pressionar o nariz e levantar

a cabeça, se inconsciente fazer rolamento 90º.

Tratamento da Hemorragia Interna

Deitar o acidentado e elevar os membros inferiores.

Prevenir o estado de choque.

Providenciar transporte urgente, pois só em hospital se

pode estancar a hemorragia interna.

Tratamento da Hemorragia Externa

Deitar a vítima; o repouso da parte ferida ajuda a

formação de um coágulo.

Se o ferimento estiver coberto pela roupa, descobri-lo

(evitar, porém, o resfriamento do acidentado).

Deter a hemorragia.

Evitar o estado de choque.36/16

Estado de choque – É a falência do sistema circulatório,

provocando a interrupção ou alteração no abastecimento de

sangue ao cérebro com acentuada depressão das funções do

organismo.

A causa mais comum do estado de choque é a perda de

sangue.

Sintomas : pele fria e úmida, suor na testa e nas mãos, face

pálida, náuseas, vômitos, respiração irregular, pulso fraco ou

rápido, lábios e extremidades arroxeados, sensação de frio,

fraqueza e inconsciência.

Desmaio - a perda súbita dos sentidos, normalmente

momentânea, com interrupção das atividades normais do cérebro.

Sintomas : inconsciência, suor abundante, pulso e respiração

fracos, palidez, vista embaralhada ou nublada.

Se a situação prolongar-se por mais de 2 minutos

agasalhe a vítima e procure atendimento médico.

Convulsões - contratura involuntária e descontrolada

da musculatura, com movimentos desordenados e

perda de consciência, causada por alterações de

funções do cérebro, que costuma durar alguns minutos.

PROCEDIMENTOS: Afastar objetos próximos, não

tentar impedir os movimentos convulsivos, colocar a

vítima deitada de costas e com a cabeça de lado para

não se afogar com a saliva.

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FRATURAS

Fraturas – Quebra ou ruptura de qualquer osso do

corpo humano, necessitando de imobilização.

Os dois tipos de fraturas que existem são :

FECHADA ou COBERTA– o osso quebrado não

aparece na superfície e a pele não é perfurada.

ABERTA ou EXPOSTA – o osso ao quebrar rompe a

pele e se exterioriza.

FRATURAS

FRATURAS FECHADAS

Aqui o primeiro passo consiste em impedir o

deslocamento das partes quebradas evitando maiores

danos.

Proceder imobilização:

Movimentar a vítima o mínimo possível;

Colocar talas para sustentar o membro;

As talas deverão ultrapassa a articulação;

Envolver as talas em panos;

O braço com suspeita de fratura deverá ser

imobilizado junto ao peito.

FRATURAS ABERTAS (EXPOSTAS)

Aqui, além da fratura propriamente dita, deve-se cuidar

do ferimento da pele, evitando contaminações,

infecções e hemorragias:

• Fazer um curativo protetor sobre o ferimento, com

gaze ou pano limpo.

• Se houver hemorragia abundante (sinal indicativo de

ruptura de vasos) aplicar os procedimentos já vistos.

• Imobilizar o membro fraturado, da mesma forma que

uma fratura fechada.

• Providenciar socorro especializado para o acidentado.

FRATURAS ABERTAS (EXPOSTAS)

ATENÇÃO: em alguns casos, a vítima pode

apresentar também entorses e luxações nas

articulações.

Entorse e luxação

Entorse - É uma lesão que ocorre quando se ultrapassa o

limite normal de movimento de uma articulação. Normalmente,

ocasiona distensão dos ligamentos e da cápsula articular e,

consequentemente, dor intensa ao redor da articulação, dificuldade

de movimentação em graus variáveis e, às vezes, sangramentos

internos.

Luxação – Luxação é o deslocamento de um osso da

articulação, geralmente acompanhado de uma grave lesão de

ligamentos articulares. Isso resulta no posicionamento anormal dos

dois ossos da articulação. A luxação pode ser total ou parcial – os

dois ossos da articulação ainda permanecem em contato.

Sintomas: Dificuldades e dores nos movimentos, inchaço, etc.

Procedimentos: Imobilize a região atingida e encaminhe a

vítima a um hospital.

Entorse e luxação

ENTORSE

LUXAÇÃO

Fratura da coluna vertebral

Constitui uma das emergências mais delicadas e, se a

vítima for mal atendida pode ter sequelas permanentes e

graves.

Sintomas : Dor muito intensa, perda dos movimentos,

perda da sensibilidade ou formigamento nos membros.

Evite movimentar ou mexer nas vítimas com

suspeita de fratura de coluna, devendo esperar

sempre que possível o socorro especializado.

Fratura de crânio : As fraturas de crânio são sempre graves,

tendo em vista a possibilidade das lesões atingirem o

cérebro, e estas nem sempre são visíveis.

Sintomas : Dor de cabeça, perda de sangue pelo nariz

ouvidos ou boca, tontura seguida de desmaios e com

possibilidade de perda de consciência, enjôo e vômitos,

podendo ainda ocorrer alteração no tamanho das pupilas.

Fratura de quadril ou bacia : A vítima com suspeita de

fratura de bacia ou quadril apresenta fortes dores no local, e

restrição no movimento das pernas.

Deitar a vítima numa posição plana movimentando-a o

mínimo possível, pois qualquer movimento desnecessário

pode ocasionar perfuração dos órgãos internos.

Fratura de costela - é um traumatismo na região torácicaque pode determinar a fratura de uma ou mais costelas.

QUEIMADURAS

São lesões decorrentes do calor excessivo, do ataque de

produtos químicos , líquidos e vapores, podendo também

ocorrer pelo frio intenso e por radiação, inclusive solar e

elétrica.

Classificação das queimaduras : 1º, 2º e 3º graus.

1º GRAU – Vermelhidão e dor local, sem formação de bolhas.

2º GRAU – Vermelhidão, dor e formação de bolhas na

camada superficial, com posterior descamação.

3º GRAU – Pele destruída em todas as camadas, atingindo

músculos, nervos, outros órgão e até os ossos.

QUEIMADURAS

PROCEDIMENTO:

Afaste o elemento causador da queimadura

Quando se tratar de fogo, apague-o

Deite a vítima com a cabeça e o tórax mais alto que o

restante do corpo.

Não perfure as bolhas

Não remova a roupa, salvo de em razão de produtos

químicos;

Utilize água corrente ou compressas frias

Se a vítima estiver consciente, acalme-a e dê-lha líquidos

Encaminhe-a para atendimento médico.

As áreas do corpo mais críticas em caso de queimaduras são

as vias aéreas, as partes genitais e a face.

FERIMENTO NOS OLHOS

Qualquer tipo de ferimento nos olhos pode ser muito grave e,

por isso, a vítima deve ser levada imediatamente a um

especialista.

PROCEDIMENTOS:

Não permitir que a vítima esfregue os olhos;

Em caso de contato com produtos químicos, lavá-los com

água abundante;

Não tentar retirar cacos ou objetos cravado;

Utilizar ataduras para cobrir os dois olhos, mesmo que um

deles esteja sadio.

FERIMENTOS

Ferimentos – A ferida ocorre em consequência de

acidentes, e é caracterizada pelo rompimento da pele.

Ferimento com abdômen aberto:

Não retirar corpos estranhos dos cortes e perfurações;

Cobrir o ferimento com um compressa ou pano limpo;

No caso de órgão internos expostos, não tocar diretamente

neles, nem tentar recolocá-los. Cobrir com uma compressa

ou pano limpo, umedecido em água limpa ou soro fisiológico.

Ferimento com abdômen aberto

Tampar ferimentos externos que possa ter atingidos

pulmões;

Pressione o ferimento diretamente com uma gaze ou

pano limpo;

Prender o curativo com uma faixa ou cinto;

52/16

Os três tipos de envenenamento são :

I. Pela pele

II. Por inalação

III. Por ingestão

AIDS

O vírus da AIDS atua silenciosamente no organismo durante

muitos anos, diminuindo as defesas imunológicas.

Ao socorrer vítima de acidente, verifique se possui lesões

abertas que possam entrar em contato com o socorrista,

utilize se de luvas descartáveis e lave bem as mãos após o

socorro.

ACIDENTE DE MOTO NÃO RETIRAR IMEDIATAMENTE O

CAPACETE DA VÍTIMA.

AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS

Lesões onde ocorre a separação de um membro e/ou seu segmento. Podem

ser causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou por forças de tração.

CONDUTA:

- Abrir vias aéreas e prestar assistência ventilatória, se necessário.

- Controlar a hemorragia.

- Controlar o estado de choque, caso presente, enquanto a vítima esteja sendo

encaminhada para assistência qualificada com o segmento amputado.

Cuidados com o segmento amputado, para o reimplante:

- Lavar a parte amputada o mais rapidamente possível com sabão líquido

protegendo a face interna (cruenta) e em seguida irriga-la com soro fisiológico

em grande quantidade.

- Envolver o segmento numa compressa de gaze estéril ou tecido de algodão

bem limpo, embebido com soro fisiológico (nunca mergulhar a peça em soro

diretamente).

- Envolver o material dentro de um saco plástico duplo bem limpo e fecha-lo.

- Acondicionar o saco plástico num recipiente de isopor ou similar com gelo, de

forma que seja mantida uma temperatura interna aproximada de 4 ° C, porém

sem contato direto com o gelo.

FIM