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PRINCIPIO VITAL

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Page 1: Primeiro Módulo - Aula 5 - Principio vital

PRINCIPIO VITAL

Page 2: Primeiro Módulo - Aula 5 - Principio vital

Seres Orgânicos e Inorgânicos - Princípio Vital

Todos os corpos, minerais, vegetais, animados ou inanimados, sólidos, líquidos ou gasosos, por

mais infinita que seja a sua variedade, podem ser classificados em dois grandes grupos: seres

inorgânicos e seres orgânicos.

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Seres Inorgânicos

• Seres inorgânicos são todos aqueles que não possuem vitalidade, nem movimentos próprios, sendo formados apenas pela agregação da matéria: os minerais, a água, o ar, etc... (LE - 1º. Cap. IV - ítem - intr.).

• A partir das transformações do Fluido Universal surgem os elementos materiais que, sob determinadas condições e circunstâncias, vão propiciar a formação dos corpos no mundo material. Eles compõem os elementos encontrados na Natureza e classificados pela Química na Tabela Periódica dos Elementos.

• Os corpos inorgânicos são compostos por uma força de atração, subordinada qualitativa e quantitativamente a leis estabelecidas pela Química e pela Física, as quais governam a estabilidade da agregação de seus elementos.

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Seres Orgânicos• Os seres orgânicos são os que trazem em si mesmos uma fonte de

atividade íntima que lhes dá a vida: nascem, crescem, reproduzem-se e morrem.

• São providos de órgãos especiais para a realização dos diferentes atos da vida e apropriados às necessidades da própria conservação. Compreendem os homens, os animais e as plantas. (LE - Livro 1º. - Cap. IV - ítem i - Intr.), cuja escala ascendente inicia-se nos microorganismos, virus, bactérias e gérmens.

• Na sua formação não entra nenhum corpo ou elemento especial que não seja encontrado nos seres inorgânicos, e isto porque há uma cadeia evolutiva envolvendo a criação divina. Todos os elos dessa cadeia têm um ponto em comum com o elo precedente.

• A diferença primordial e essencial entre os seres inorgânicos e os orgânicos, é que nos seres orgânicos constata-se a presença do princípio vital que se une à matéria inorgânica, animalizando-a.

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Princípio Vital• O princípio vital é a força motriz dos corpos orgânicos (LE,

perg. 67a). É um dos elementos necessários à constituição do universo, mas tem a sua fonte nas modificações da matéria universal (LE, perg.64).

• Tomando como exemplo a fórmula: CARBONO + HIDROGÊNIO + NITROGÊNIO, tem-se como resultado uma substância inorgânica qualquer. Mas se essa fórmula tiver condições adequadas para assimilar o princípio vital, haverá uma modificação na sua estrutura molecular resultando, ao invés de uma molécula mineral, o surgimento de uma célula orgânica.

• O Princípio Vital é o mesmo para todos os seres orgânicos, porém, sensivelmente modificado segundo as espécies (LE, perg. 66).

• São sutis ajustes da mesma natureza dos que ocorrem no Fluido Universal, que se estendem também ao princípio vital, de modo a tipificar cada elemento ou cada célula dos seres orgânicos.

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• Para se ter uma idéia de como o Fluido Universal pode apresentar formas diferenciadas, basta compará-lo aos sons emitidos por um piano.

• Ao se dedilhar as teclas, todos os sons da escala não passam de vibrações emitidas pelas cordas. Contudo, eles se diferenciam sensivelmente uns dos outros, sem se confundirem.

• E mais: esses mesmos sons, emitidos por outro instrumento, podem até serem uníssonos, apresentando as mesmas frequências. Novamente, porém, mantém-se uma sutil assintonia, um timbre que permite identificar uma e outra fonte emissora. E ainda aqui, tais sons não se confundem continuam diferenciados.

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A Vida e a MorteA Vida:

• Qual a causa da animalização da matéria? –

Sua união com o Princípio Vital (LE, perg. 62).

• Ao mesmo tempo que o princípio vital atua sobre a matéria e por ela se deixa viabilizar, a matéria, por sua vez, também assimila e reage sobre este; ambos repercutem magneticamente um sobre o outro, em igualdade de sintonia e intensidade.

• Vale dizer que, se de um lado ele impulsiona os órgãos deste corpo, ao mesmo tempo se desenvolve por força dessa ação.

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A Morte:

• A causa da morte nos seres orgânicos é a exaustão dos órgãos (LE, perg. 68).

• Isto ocorre quando a relação biunívoca entre o princípio vital e a matéria se quebra, cessando a harmonia.

• A Química consegue fazer a análise (decomposição) e a síntese (recomposição) da grande maioria dos corpos inorgânicos e orgânicos. Contudo, ela jamais conseguiu nem conseguirá reconstruir um ser vivente, porque o princípio vital se esvai do ser orgânico fenecido.

• No organismo morto, seja vegetal, seja animal, está extinto o principio vital; a centelha divina criadora da vida, nele não mais existe.

• É por isso que a Química não consegue reconstituir os elementos formativos dos corpos orgânicos porque, não existindo a causa, não lhe é possível reproduzir o efeito. Sobrevém então a morte e a matéria inerte se decompõe, retornando à suas origens, no aguardo de uma nova oportunidade para formar outros organismos.

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INSTINTO E INTELIGÊNCIA

• Ao classificar os seres, segundo o grau de evolução, podemos fazer a seguinte distinção:

1 - os seres inanimados, formados somente de matéria, sem vitalidade nem inteligência: são os corpos brutos;

2 - os seres animados não-pensantes, formados de matéria e dotados de vitalidade, mas desprovidos de inteligência;

3 - os seres animados pensantes, formados de matéria, dotados de vitalidade, e tendo ainda um princípio inteligente que os leva a pensar (LE, perg. 71)

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INSTINTO• No primeiro caso, os corpos brutos não possuem

nenhuma manifestação de vitalidade ou de inteligência. Caracterizam-se pela inércia.

• No segundo, os seres vivos, embora não considerados seres inteligentes, já manifestaram um início de inteligência ainda rudimentar, que seria o instinto.

• Pode-se afirmar, com efeito, que o instinto é uma inteligência não racional; é por ele que todos os seres provêm às sua necessidades (LE, perg. 73).

• É difícil assinalar onde acaba um e começa o outro, porque eles frequentemente se confundem; mas podemos muito bem distinguir os atos que pertencem ao instinto dos que pertencem à inteligência (LE, perg. 74)

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• O instinto compreende um conjunto de atos involuntários e inconscientes.

• Todo ato maquinal é instintivo, enquanto inteligência revela-se por atos voluntários, refletidos e premeditados, segundo as circunstâncias. Já os atos intintivos não são refletidos nem premeditados.

• Quando o homem anda, o faz instintivamente sem refletir nos seus próprios passos, mas desvia ao precisar transpor um obstáculo quando precisa diminuir ou acelerar seu passo, etc...

• O impulso involuntário do movimento é o ato instintivo, enquanto que a direção calculada do movimento vem a ser o ato inteligente.

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• O instinto predomina no ser humano com exclusividade no início de sua vida; é a própria expressão infantil que faz dar os primeiros passos em direção à sua maturidade.

• A tendência é as manifestações instintivas enfraquecerem-se pela predominância da inteligência, mas ele estará sempre presente.

• O instinto varia em suas manifestações segundo as espécies e suas necessidades.

• Nos seres dotados de consciência e de percepção das coisas exteriores, ele se alia à inteligência, o que quer dizer, à vontade e à liberdade (LE, perg. 75a).

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INTELIGÊNCIA• Não se pode tomar a inteligência como sendo um

atributo do princípio vital, pois as plantas vivem e não pensam, não tendo mais do que vida orgânica (LE, perg. 71).

• É assim que existem seres animados não pensantes, e seres animados pensantes, sendo que esses últimos possuem de forma manifesta o princípio inteligente que lhes dá a faculdade de pensar.

• A inteligência é uma faculdade especial, própria de certas classes de seres orgânicos, aos quais dá, com o pensamento, a vontade de agir, a consciência de sua existência e de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer relações com o mundo exterior e de prover suas necessidades (LE, perg. 71).

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• Efetivamente, somente os Espíritos enquanto individualizações podem ser considerados seres inteligentes na criação, pois podem conhecer e refletir sobre o mundo exterior em que vivem, e possuem, sobretudo, consciência de si mesmos, de sua existência e de sua individualidade.

• É assim que a Biologia denomina o homem como "sapiens sapiens", ou seja, o ser que sabe que sabe, que reflexiona a inteligência sobre si mesma.

• Com efeito, a consciência lhe confere o atributo da vontade e da liberdade, o que o difere especificamente dos outros seres naturais do mesmo gênero.

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CONDIÇÕES E EFICÁCIA DA PRECE

"O que quer que seja que pedirdes na prece, crede que obtereis, e vos será concedido“

(Marcos, cap. XI, v. 24)”

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• A prece é uma invocação; é o mais elevado veículo de ligação através do qual o homem coloca-se em relação mental com a espiritualidade.

• É uma projeção do pensamento, a partir do qual irá se estabelecer uma corrente fluídica cuja intensidade dependerá do teor vibratório de quem ora, e nisto reside o seu poder e o seu alcance, pois nesta relação fluídica o homem atrai para si ajuda dos Espíritos Superiores a lhe inspirar bons pensamentos.

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CONDIÇÕES DA PRECE

• Jesus Cristo fez entender claramente que, quando alguém ora, não é preciso colocar-se em evidência.

• A prece deve ser feita em segredo, no recôndito da consciência e em profunda meditação.

• Não é necessário que ela seja proferida repetidamente.

• Preces prolongadas ou repetidas e mesmo proferidas em idioma estranho, tornam-se fastidiosas e, muitas vezes, delas não participam o pensamento e o coração.

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• Assim, a condição da prece está no pensamento reto, podendo-se orar em qualquer lugar, a qualquer hora, a sós ou em conjunto, desde que haja o recolhimento íntimo necessário para se estabelecer a sintonia harmoniosa no ato sublime de louvar, agradecer e rogar a Deus o auxílio necessário.

• Por isto a importância do sentimento amoroso, humilde, piedoso, livre de qualquer ressentimento ou mágoa, pois só assim o homem irá absorver a força moral necessária para vencer as dificuldades com seus próprios méritos.

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EFICÁCIA DA PRECE• Existem aqueles que contestam a eficácia da prece,

alegando que pelo fato de Deus conhecer as necessidades humanas, torna-se dispensável o ato de orar, pois sendo o Universo regido por leis sábias e eternas, as súplicas jamais poderão alterar os desígnios do Criador.

• No entanto, o ensinamento de Jesus vem esclarecer que a justiça divina não é inflexível ao ponto de não atender os que lhe fazem súplicas.

• Ocorre que existem determinadas leis naturais e imutáveis que não se alteram segundo os caprichos de cada um. Porém, isso não deve levar à crença de que tudo esteja submetido à fatalidade.

• O homem desfruta do livre-arbítrio para compor a trajetória de sua encarnação, pois Deus não lhe concedeu a inteligência e o entendimento para que não os utilizasse.

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• Existem acontecimentos na vida atual aos quais o homem não pode furtar-se; são consequências de falhas e deslizes cometidos em vidas passadas que necessitam de reajustes; é a aplicação da Lei de Causa e Efeito e isto explica porque alguns alegam que pedem benefícios a Deus, mas que nunca são concedidos, o que parece, a princípio, contrariar o ensinamento de Jesus:

"Aquilo que pedirdes pela prece vos será dado" (Marcos, cap. XI, v. 24).

• Muitas coisas que na vida presente parecem úteis e essenciais para a felicidade do homem, poderão ser-lhe prejudiciais e esta é a razão por que elas não lhe são concedidas. Contudo, o egoísmo e o imediatismo não permitem que ele perceba com exatidão a eficácia da prece.

• Porém, seus efeitos ocorrem segundo os desígnios divinos, a curto prazo na medida em que consola, alivia os sofrimentos, reanima e encoraja; a médio e longo prazo porque pelo pensamento edificante dá-se a aproximação das forças do bem a restaurar as energias de quem ora.

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• Àquele que pede, Deus está sempre pronto a conceder-lhe a coragem, a paciência, a resignação para enfrentar as dificuldades e os dissabores inerentes à natureza humana, com idéias que lhes são sugeridas pelos Espíritos benfeitores, deixando-lhe contudo o mérito da ação, e isto porque não se deve ficar ocioso à espera de um milagre, pois a Providência Divina sempre ampara os que se ajudam a si mesmos:

"Ajuda-te e o céu te ajudará" (ESE, cap. XXVII, ítem 7).

• Jesus ensinou que um fariseu e um publicano foram ao templo para orar.

• O primeiro era tido como um homem virtuoso, respeitável sob todos os aspectos, embora ocultasse costumes dissolutos.

• O segundo era considerado homem corrupto e eivado de maus pendores.

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• O fariseu, tomado de orgulho e olhando para o Alto, orava:

"Ó Deus, graças te dou, porque não sou igual aos demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou o

dizimo de tudo o que possuo" (Lucas, cap. XVIII, v. 9 a 14).

• O publicano por sua vez, sem ousar levantar os olhos, assim orava:

"Ó Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador!" Afirmou então o Mestre que este último saiu do Templo justificado, porque Deus ouviu a sua prece, ao contrário do fariseu, pois "quem se humilha será exaltado e quem se exalta será humilhado“ (Lucas, cap. XVIII, v. 9 a 14).

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• Assim, deve-se notar o fato de o publicano ter pronunciado reduzido número de palavras e, no entanto, sua prece foi acolhida, porque nela havia humildade e devotamento, ao contrário do fariseu, cujo coração estava repleto de maldade, de egoísmo e de orgulho.

• Portanto, a eficácia da prece está na dependência da renovação íntima do homem, em que deve prevalecer a linguagem do amor, do perdão e da humildade para que ele possa assim, de coração liberto de sentimentos negativos, agradecer a Deus a dádiva da vida.

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BIBLIOGRAFIA

• Livro dos Espíritos

• Evangelho Segundo o Espiritismo