primeiro curso superior do ifpe comemora aniversário · por onde anda o designer: veja algumas...

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Julho 2010 » Ano 1 » Edição Especial » www.graphits.com.br Por onde anda o designer: veja algumas áreas de atuação do designer gráfico Design de Supercie: conheça um pouco mais dessa área do Design que, aos poucos, vem se expandindo. Sustentabilidade: a importância do Design Consciente Primeiro curso superior do IFPE comemora aniversário Revista

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Julho 2010 » Ano 1 » Edição Especial » www.graphits.com.br

Por onde anda o designer: veja algumas áreas de atuação do designer gráfico Design de Superfície: conheça um pouco mais dessa área do Design que, aos poucos, vem se expandindo.Sustentabilidade: a importância do Design Consciente

Primeiro curso superior do IFPE comemora aniversário

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4 » Graphit’s

editorial SumárioVelinhas de criatividade e muita paixão.

O Curso de Design Gráfico, do qual sou fã número um, tem grande importância por ter sido o primei-ro, em nível superior tecnológico. Além disso, é ex-tremamente importante para nós porque ele veio trazer uma característica diferente para dentro da nossa instituição: a criatividade.

Vejo o corpo docente e os alunos como diferencial em comparação às outras instituições de ensino.Os alunos são excelentes e o corpo docente é extremamente empenhado. Eles construíram esse curso desde o início, então, vivem isso; têm uma paixão por isso. E tudo que se faz com paixão é diferenciado.

Isso acaba influenciando diretamente na atividade prática de como conduzir o curso. Eu acho que esse é também um diferencial. As pessoas procu-ram sempre nosso Instituto para terem justamen-te isso que, muitas vezes, as universidades não conseguem fazer.

Como sabemos, nenhum curso é ideal ou perfeito porque sempre temos que procurar algo melhor. Todo curso precisa melhorar porque sempre falta alguma coisa, seja em relação à infraestrutura e/ou a equipamentos. Vejo que ainda tem muita coisa para ser feita, mas, para isso, precisamos do apoio de todos os envolvidos.

Assim, você, enquanto aluno, não pode ser um profissional razoável; você precisa ser bom porque lá fora terão outros que vão concorrer com você. Por isso, é preciso ter um diferencial, e esse dife-rencial tem que ser atribuição das duas partes: da Instituição e do aluno.

Parabéns ao curso que marcou a história da nossa Instituição como primeiro

curso superior da nossa casa.

Sérgio Gaudêncio Portela de MeloReitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia de Pernambuco

Fala Designer!

Por onde anda o Designer Gráfico

Design de Superfície: uma área em expansão

10 anos Design Gráfico10

Nossos orientadores12

Sustentabilidade: o caminhar consciente14

Designer X Artista

Além da sala de aula

O Designer Gráfico usa

expediente

05

06

08

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18

17

Textos e Fotos: Daniele Pereira, Danielle Vilela e Rosângela MirandaProjeto Gráfico: Daniele Pereira, Danielle Vilela e Rosângela MirandaDiagramação: Daniele Pereira, Danielle Vilela e Rosângela MirandaReprodução: Copiadora CopyMais | Tiragem: 200 exemplares.Endereço: Av. Prof Luiz Freire, 500 Cidade Universitária - Recife/PE - CEP: 50740-540 - CEP.: 51 020-070 | Telefone: (81) 2125-1600 [email protected] | www.revigraphits.com.br

Edição Especial « 5 Edição Especial « 5

Fala Designer! por Danielle Vilela

Você já parou pra pensar quantos alunos, durante esses 10 anos, já devem ter passado pelas salas de aula

do curso de Design Gráfico do Instituto?

Pois é! Vários estudantes de design já estiveram aqui e muitos deles se tornaram profissionais bastante

competentes, tanto os que estão atuando nos principais campos do mercado de trabalho quanto os que escolheram

seguir a carreira acadêmica. Assim, a Graphit’s entrevis-tou um desses designers, ex-aluna do IFPE, na qual ela

fala um pouco sobre sua carreira e sobre a importância do curso em sua trajetória profissional.

Graphit’s - O que te marcou quanto estudante de Design?Zilda - Desde o primeiro período que comecei o curso fiz estágio. E estagiar é muito bom para entender melhor e escolher em que área do design pretende seguir. Os professores além de atenciosos são ótimos profissionais e as aulas no ateliê eram uma diversão adoro trabalhar com tintas, texturas e colagem.

Graphit’s - Quais pontos positivos que você se lembra do curso?Zilda - Muitas aulas e o conteúdo teórico eram sempre associados a alguma atividade prática e muitos trabalhos em grupo, que são ótimos para aprender a dividir tarefas e ter idéias. Professores sempre dispostos a esclarecer meus questionamentos e exigir que os trabalhos fossem cada vez melhores.

Graphit’s - Quais dificuldades você teve após conclu-são do curso para engajar-se no mercado de trabalho?Zilda - No começo não foi fácil, pois não conseguia emprego com carteira assinada, mas estou trabalhando a quase dois anos numa agência de publicidade um pouco diferente que trabalha com projetos culturais e também é editora.

Zilda Figueirêdo BorgesIngressou no curso em 2004 e concluiu em 2006. Hoje trabalha na agência de publicidade Publikimagem Comunicação e Marketing.Fo

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Graphit’s - Qual sua trajetória profissional após con-clusão do curso?Zilda - Logo que conclui a faculdade consegui alguns trabalhos temporários, que aprendi um pouco. Depois consegui esse emprego fixo na agência que me leva a fazer várias coisas interessantes como: identidades visuais, projetos comercias, livro tive o prazer e honra de fazer o Livro de Tereza Costa Rêgo.

Graphit’s - Como você se vê hoje: profissional realizado, que gosta do que faz, ou ainda tem algo em busca, e o que falta para isso acontecer.Zilda - Sou realizada sim. Gosto muito do que faço fiquei apaixo-

nada por design editorial, é uma área que me interessa bastante. Pretendo fazer mais trabalhos nessa área e quero me especializar, fazer mais cursos e uma pós no próximo ano. Estou fazendo curso de fotografia que é outra paixão.

Graphit’s - Que recado/mensagem você poderia deixar para os estudantes que estão ingressando no mercado?Zilda - Aproveitem ao máximo todas as aulas, perguntem bastante aos professores e estagiem o quanto antes, pois isso vai fazer a diferença.

Sou realizada sim. Gosto muito do que faço...“

6 » Graphit’s

Por

Ond

e

Anda ODesignerGráfico

O designer gráfico cria projetos gráficos para publicações, anúncios e internet. Desenvolve o visual de jornais, revistas, livros, panfletos, anún-cios e outdoors. adequando-o à necessidade do cliente. Suas áreas de atuação s]as mais diversas e eficientes possíveis!

Um diagramador é essencialmente um designer tipográfico. Ele estará preocupado em destacar a hierarquia tipográfica e a legibilidade. Atualmente, um diagramador também tem sido considerado, no Brasil e no exterior, um designer gráfico. Mesmo assim a diagramação não é uma atividade limitada a uma profissão específica.

Placas de trânsito, endereços das ruas e placas indicativas são indispensáveis a manutenção do cotidiano. O designer é quem tem a

competência para criar com adequação o sistema de

sinalização correto para diversos ambientes.Um fator que funciona despertando a criatividade é a sinalização de banheiros, que podem ser caracterizados de acordo com o ambiente. Num

restaurante de comida regional nordestina, a sinalização pode ser a personagem Maria Bonita para o banheiro feminino e Lampião para o masculino.

Dia

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Sinalização

Designer de Embalagem

O Design de Embalagem é a aplicação dos princípios básicos do design no projeto de uma embalagem ou de um sistema de em-balagens. Os objetivos básicos das embala-gens são identificar a marca, transmitir infor-mações descritivas e persuasivas, facilitar o transporte e a proteção do produto, auxiliar na armazenagem doméstica e, claro, auxiliar no consumo do produto.

Qualquer empresa que possua produtos no mercado precisa dos serviços de um Desig-ner Gráfico, para criação de embalagens que possuam diferenciação para melhor aceita-ção do produto entre o público consumidor.O designer de embalagem não explora ape-nas os conhecimentos do design gráfico mas também de psicologia, técnicas industriais, design tridimensional e marketing.

Ele trabalha com uma extensão do Design, projetando websites e documentos dis-poníveis na web. Para o desenvolvimento de websites esse profissional deve ter a compreensão da aplicação em mídia eletrô-nica de disciplinas, como: Teoria das cores, Tipografia, Arquitetura de Informação, Semiótica, Usabilidade e Conhecimento de Linguagens de Estruturação e Formatação de Documentos hipertextuais, como XHTML. A sua principal preocupação consiste em unir a facilidade do usuário com o planejamento da interface, garantindo um resultado satisfatório naquela página da web. O mercado de trabalho do web designer é um dos mais aquecidos na área de Design, principalmen-te diante de tanta tecnologia.

Web

Des

igne

r

Por Rosângela Miranda Por Rosângela Miranda

Edição Especial « 7

Designer de Livros

Um designer de livros faz o projeto gráfico; isto é, projeta e determina todos os elementos que compõem o objeto livro:

1- O formato do livro, tipo e espessura do papel e tipografia.2- A largura e a altura que o texto vai ocupar na página, margens e etc, de acordo com os câno-nes técnicos e estéticos que regem o fazer gráfi-co, levando em conta a legibilidade e a clareza.3- Projeta e cria a capa, seja ela apenas gráfica ou com uma ilustração própria ou criada por outro artista plástico contemporâneo ou utilizando uma obra de arte. A atuação desse profissional pode ser exercida em escritórios de Programação Visual, agências de publicidade, oficinas gráficas de qualidade, empresas de revistas, jornais e televisão, repar-tições e empresas públicas ou como profissional liberal autônomo e ainda como empresário pres-tador de serviços gráficos. Sendo imprescindível o domínio da computação.

Tipógrafo é aquele que trabalha em qualquer das especialidades em que se divide a tipografia.

A tipografia compreende o desenho e a produção de letras bem como sua adequada distribuição e espacejamento sobre uma superfície (papel, monitor ou tela) para transmitir informação e facilitar a compreensão. O profissional desta área trata da criação de fontes ou famílias tipográficas.

Tipógrafo

IlustradorO ilustrador é aquele que cria ilustrações para livros e revistas, estampas para camisetas e até personagens para marca. Também atua em capas, matérias, ilustrações para livros didáticos, livros infanto-juvenis e jornais (na sua maioria, charges e caricaturas). Os quadrinhos é uma área que vem emergindo muito no mercado. Na maioria das vezes, profissionais de HQ atuam como ilustradores outros atuam apenas com isso, através de revistas em quadrinhos, muitas vezes, para o mercado externo.Um ponto importante, a saber, sobre o ilustrador é que ele não está isento dos conhecimentos daquilo que está desenhando. Por exemplo, um ilustrador de anatomia humana precisa saber detalhadamente as características de músculos, órgãos e ossos para representar, com exatidão, já que tais figuras servirão para estudos. Existem alguns tipos de estilos de ilustração e todos são considerados adequados, dependendo sempre da paridade: desejo do cliente + necessi-dade do público-alvo.

Estilos• Realismo e hiperrealismo – É a representação mais realista possível do objeto. • Realismo fantástico – Representa objetos abstratos. Temas como super-heróis são bem comuns. • Infantil ou estilo cartoon – são desenhos feitos com traços mais simples, porém de grande ex-pressividade, caracterizados pela representação infantilizada.• Caricatura – O desenho de uma pessoa real, geralmente, de forma realista, mas com uma dis-torção cômica, de modo a ressaltar determinado aspecto desta pessoa.

8 » Graphit’s

uma área em expansão

Design de Superfíciepor Danielle Vilela

A necessidade do homem de se expressar simbolicamente remonta de um passado distante, em que existem registros de desenhos feitos em cavernas pertencentes à Pré-história. Já nas civilizações antigas, surge o gosto pela decoração, na qual a tecelagem e a cerâmica, posteriormente, a estamparia e a azulejaria, “carregam o embrião do que hoje chamamos de Design de Superfície”, segundo Evelise Rüths-chilling (2008), coordenadora do Núcleo de Design de Superfície da UFRGS.

Esse termo surgiu da denominação utilizada nos Estados Unidos, Surface Design, e foi introduzido no Brasil, na década de 80, pela designer Renata Rubim, que estudou durante dois anos na Rhode Island School of Design - USA. Esta área do Design é considerada um complemento do Design Gráfico, na qual se assemelham a partir do momento em que ambos podem trabalhar com dimensões bidimensionais.

O Design de Superfície está vivendo um momento de expansão, consolidando-se como um campo de conhecimento e de atuação profissional. Assim, o perfil de um designer de superfície é manter sempre uma ligação constante com pesquisas que ajudem na adequação da realidade aos meios produtivos e de mercado consumidor.

A prática da pesquisa criativa e artística (incluindo, nesse contexto, a integração entre o artesanal e o digital), também ajuda a desenvolver o potencial máximo do profissional e contribui para a construção de conhecimento em uma área bastante carente de bibliografia específica.

No Brasil, o Design de Superfície é adotado para indicar projetos de design para superfície, de uma forma mais ampla. Logo, são várias as áreas nas quais pode atuar: papelaria (estampas para papéis de embrulho, embala-gens, guardanapos etc.); têxtil (estamparia em tecido, tecelagem, tapeçaria etc.); cerâmica (louças, azulejos, lajotas etc.); materiais sintéticos; vidro, entre outros.

Área de atuação

Textura gerada a partir de carimbo talhado do vegetal chuchu.

Edição Especial « 9

EOs princípios básicos clássicos, vindos do Design Têxtil e Cerâmico, são as noções de módulo (unidade de padronagem) e as noções de repetição, a partir de um sistema combinatório. Por tanto, para se construir uma estampa é necessário que haja a repetição do módulo criado, nos dois sentidos (comprimento e largura), de modo contínuo para, dessa forma, gerar o padrão da estamparia.

Há uma variedade de possibilidades de combinações modulares, no entanto, existem dois sistemas básicos, em que o módulo pode ser repetido dentro do sistema industrial: o sistema alinhado (mantém o alinhamento dos módulos) e não-alinhado (possibilidade de desloca-mento dos módulos).

Princípios básicos

Sites Relacionados

http://www.renatarubim.com.br/ Site da designer que trouxe a expressão Design de Superfície para o Brasil. Nele, além de conhecer alguns trabalhos da Renata Rubim, você encontra um pouco sobre o conceito, os antecedentes históricos e as apli-cações do Design de Superfície.

http://www.nds.ufrgs.br/novo/index.html Site do Núcleo de Design de Superfície (NDS) da Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul. Nele você pode conhecer um pouco sobre os trabalhos realizados pelo NDS e sobre os conceitos, princípios, antecedentes históricos e área de atuação do Design de Superfície.

Exemplo de um sistema alinhado retirado do livro Design de Superfície, Editora UFRJ.

Aplicação de estampa em sandáliaFonte: estudiocollore.blogspot.com

10 » Graphit’s

E assim foi o começo.. .

Em 1996/1997 a Escola Técnica Federal de Pernambuco (ETFPE) estava em processo para se tornar em Centro Federal de Tecnologia, e que para isso precisava de um curso superior. Nessa mesma época, o professor Francisco Weydson Gusmão Ferraz conversava muito com o diretor sobre a possibilidade de se criar o curso de design.

A ideia inicial foi lançada por ele em 1998/1999, no qual a professora Elizete Coelho já fazia parte da coor-denação de desenho do CEFET. Primeiramente o curso seria de desenhismo e iria partir basicamente do que é o curso de Design Gráfico atualmente. O professor Weydson teve o apoio do professor Eduardo Araújo, que naquela época ainda era aluno da Instituição. O curso é de tecnólogo e por isso teria que ter uma visão

mais curta de um bacharelado, além de ter o diferen-cial de focar em determinados pontos escolhidos

pelos professores.

O foco foi realmente a parte do Design Gráfico e de Hipermídia, tanto é que

logo no início o curso se chamava

Design Hipermídia. Porém, foi visto que o nome ‘’hiper-mídia’’ era muito abrangente, incluindo até a questão de conhecer a programação a fundo; e essa não era a linguagem que o curso queria passar pois sua proposta era a comunicação visual. Logo foi retirado o nome ‘hi-permídia’ - esta participando do ultimo módulo como disciplina - e passando a ser apenas Design Gráfico.

Diante da ideia do curso e de suas características foram feitos alguns questionamentos com relação ao merca-do de trabalho do Designer Gráfico. A partir disso os próprios professores, por iniciativa própria, buscaram dados sobre essa demanda. Naquela época, aqueles que já compunham o grupo de professores eram Weydson, Ana Maria Costa, Eduardo Araújo, Elizete Coelho, Silvio Pena, Rúbia (pedagoga), Tânia (servidora administrativa) que dava apoio a toda produção do curso.

Em 2000 o curso começa. O CEFET tinha autonomia para a autorização de inicializar o curso. Quando a segunda turma já estava se formando, houve o reco-nhecimento do curso pelo MEC.

10 anos

DesignGráfico

Edição Especial « 11

Dificuldades

A partir daí existiram dificuldades como a luta pelo espaço físico e o funcionamento do curso. No começo não havia quadros, eram pregados papeis na parede, todos os professore limparam, organizaram e trouxeram computadores. Além disso, não havia energia elétrica, por isso o curso era pela manhã, para poder aproveitar a luz do dia.

Outro fato era a tentativa de conciliar todos os profes-sores em todas as aulas. Eram cerca de 7 professores dentro de sala de aula em todas as aulas – com duração de 30horas/semanais - durante os 2 primeiros anos da turma piloto, com o objetivo de entrelaçar todas as disciplinas para que não houvesse informações em duplicidade do conteúdo. Logo, era para as disciplinas se complementarem e que o conhecimento fosse passada de uma para outra.

Ingresso no curso

A forma de entrar no curso de Design Gráfico sempre foi o vestibular, porém a turma de 2009.2 teve a oportu-nidade do ingresso de portadores de diplomas, através de uma seleção extra-vestibular. Os primeiros inscritos entraram em disputa de apenas 25 vagas, esse número pequeno foi uma estratégia para saber como iria ser o andamento do curso, como as expectativas foram superadas, havendo concorrência de até 23 alunos/vagas, aumentou-se a quantidade de oferta, totalizando hoje 40, sendo 20 para alunos de colégio público e 20 para colégio particular.

Mudanças

Quando a segunda turma ingres-sou houve algumas mudanças, como por exemplo, em relação às disciplinas de inglês e português instrumental que saíram da carga horária. E assim algumas disciplinas foram mantidas e outras modificadas. É o caso da disciplina de Elementos Compositivos do Design (ECD), que na verdade é a união de duas outras cadeiras – desenho de observação e composição – na qual alguns trabalhos dentro dela também mudaram.

Em 2003, a segunda turma iniciou com uma mudança na grade curricular, usando a metodologia da interdis-ciplinaridade. Em 2004/2005, com o pedido do MEC, a grade foi modificada novamente e neste mesmo ano houve a entrada da primeira turma da noite do curso. Neste ano, a partir de avaliações, foi verificado que os alunos da noite tinham um prejuízo pedagógico muito grande, em função do tempo mais curto dela se comparado com a turma da manhã. Assim, ficou definido que quando a última turma da noite concluir não haverá mais turmas nesse horário. Logo, a partir do segundo semestre de 2010, teremos duas turmas pela manhã (2º e 3º módulos) e uma à tarde (1º módulo).

Por fim, na primeira década do curso de Design Gráfico ocorreram superações, evoluções e principalmente vontade de que tudo percorresse da melhor maneira possível. Essas são características essenciais para a formação de profissionais que além de gostar do que fazem, levarão o nome de quem sempre lhe ajudou.

Há 10 anos passamos pela mesma porta e fizemos o mesmo caminho em busca de novas conquistas.

12 » Graphit’s

10anos

Nos

sos

orientadores

O esforço dos participantes do curso ao longo dos últimos anos representa com méritos o resultado excelente que apresenta de refletido em sua concorrência de entrada e qualidade na da graduação de seus alunos.

Cláudio Santos de Almeida

O design é um agente cultural muito mais voltado a resul-tados projetuais eficientes; e sendo a cultura o saber dis-cernir as atitudes, individuais como coletivas mais bem sucedidas para a promoção e manutenção do bem-estar da convivência, é objetivo do Curso de Design Gráfico do IFPE propiciar a formação de cidadão e profissionais com a autoconfiança necessária ao bom desempenho de sua função social.

Eduardo Araújo Fernandes

10 anos de curso é um ponto que você tem que parar; olhar para trás e ver o que foi isso tudo. Sempre eu acho que existe uma igualdade na diferença; a igualdade é que ele seja igualmente bom e a diferença é que ele procure sempre ser diferente; procure sempre evolução. A pior coisa do mundo é você ficar estagnado.

Elizete da Silva Araújo

Estamos crescendo e preci-samos de um apoio maior da Instituição para um crescimento mais rápido e programado, conforme o mercado solicita. Parabéns para todos nós pela data! Josinaldo Barbosa da Silva

Para a comemoração dos 10 anos do primeiro curso superior do Instituto, os professores escreveram um pouco o que representa esses anos de lutas e conquistas. E mais, o que esperam para os demais anos.

”“

mensagem

por Daniele Silva

Edição Especial « 13

10 Nada pode ser esquecido:a história do cunho foi escrita a partir de buscas, mudanças, erros e acertos. Todos nós, professores, alunos e admi-nistrativos, temos uma impor-tante e insubstituível parceria nessa conquista.

Maria das Graças Vanderlei da Costa

Estaremos sempre em mudanças, pois com elas poderemos fazer uma educação inclusiva.

Sílvio da Silva Pena

Rejane de Moraes Rego

Espere sentado ou você cansa. Está provado: quem espera nunca alcança.(Chico Buarque)

Temos muito a mostrar; as pesquisas estão crescendo e a demanda de serviços também. Agora precisamos mostrar ao mercado que poderemos crescer ainda mais. Aluno não falta e os discentes, mestres e douto-res estão preparados para, quem sabe no futuro bem próximo, oferecer Pós-gra-duação em Design Gráfico. Tudo é possível. Basta ter quem apóie.

O designer se formata da observação e da compre-ensão, aliado á uma criati-vidade que comunica com clareza e dá sentido único ao que deseja informar.

Ana Verônica Peixoto

Só se mantém no merca-do quem é competente!

Ana Maria Costa

Não é só arte nem tam-pouco somente técnica. É tudo isso misturado a possibilidades outras. Assim, o que se faz aqui, nunca é a mesma coisa (processo) do que se fará no próximo projeto.

Eliana Viergínia Vieira de Melo

Aos que desistiram: que bom! Expuseram nossas falhas e fraquezas.Aos que insistiram: obrigado! Mostraram que pode haver mais de um caminho.Aos que resistem: acreditem sempre, no curso e, principal-mente, em vocês.E mudem, mudem sempre, afinal, só os loucos não mudam: os loucos têm idéia fixa!

Patricia Maria Travassos de Arruda Francisco Weydson Gusmão Ferraz

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14 » Graphit’s

A sustentabilidade surgiu da necessidade dos estudiosos e organizações em alertar sobre os problemas sócio-ambientais que a economia estava gerando; pelo consumo desordenado de produtos e, como conseqüência, a exploração dos recursos naturais. Assim, desenvolvimento sustentável passa a ser visto e conhecido como o modelo econômico e social, que tem a preocupação em atender às necessidades presentes sem comprometer os recursos para gerações futuras.

Sustentar é assegurar o desenvolvimento, a existência ou permanência de alguma coisa.

A consciência ambiental surge no século XX, como critério necessário para o planejamento das atividades humanas, no que diz respeito à produção de bens e serviços. É, sem dúvida, uma oportunidade de criatividade e inovação para os profissionais que estão antenados ao uso racional dos recursos.

Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.

Assim, o Design Gráfico, por ser uma atividade em constante evolução, precisa está antenado às questões que estão ligadas a seu trabalho. Ele não é a solução definitiva, mas pode e deve contribuir com esse novo cenário, com o repensar, redesenhar e reproduzir um novo olhar sobre o processo de criação de projetos gráficos.

pape

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vira

planta

O papel semente foi desenvolvido e produzido pelo Instituto Papel Solidário, trazendo uma solução para o pós-consumo e reduzindo a agressão do homem ao meio ambiente. Ao adquirir esse papel ou produtos fabricados com sua utilização, você contribui para a redução do carbono na atmosfera, participando ativamente no movimento de responsabilidade sócio-ambiental e desenvol-vimento sustentável.

papel com 60 dias de plantado.papel com 20 dias de plantado.

Junte-se a nós!

Design Sustentável é um conjunto de ferramentas, conceitos e estratégias que visam desenvolver soluções para a geração de uma sociedade voltada para a sustentabilidade.

Cabe a cada um nós, individual ou coletivamente, incentivar e nos comprometer eticamente e moralmente a promoção do bem-estar comum, através de ações cidadãs que promovam a mudança de pensamento e um caminhar mais consciente para o desenvolvimento sustentável.

por Daniele Silva

Edição Especial « 15

O designer compro-metido com o meio ambiente utiliza ações de sustentabilidade no desenvolvimento dos seus projetos, levando em consideração todas as fases que fazem parte do processo de criação e consecução: pré-produção; produção; transporte; uso de descarte; parceiros; fornecedores e clientes.

Quais estratégias devo adotar no momento de criação?

•Projete para re-utilização;•Analise o método de produção adotado;•Avalie os impactos que seu trabalho produz;•Caso seja possível, utilize provas de mate-riais em formato digital.

O que devo observar para a produção?

•Parceria com fornecedores que estejam comprometidos com o meio ambiente; •Utilize formatos de papel, sem perda; •Minimize a cobertura de tintas e verniz; •Use papel reciclado ou livre de cloro; •Use tintas baseadas em óleos vegetais.

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A Agência de Comunicação Holandesa SPRANQ desenvolveu uma fonte mais econômica e amigável para o meio ambiente. Da extensa pesquisa real-

izada, nasceu a Ecofont, que utiliza na impressão 20% menos de tinta do que as fontes con-vencionais, em razão dos pequenos círculos

vazados presentes no corpo das letras. Inspirada em uma fonte open source, a vera sans, a Ecofont pode ser baixada e usada gratuitamente por qualquer pessoa, tanto em PCs quanto em MACs. Basta acessar o site e fazer o download. Com essa iniciativa, a empresa pretende estimular a consciência ecológica de outros profissionais e a busca de inovações tecnológicas com foco na sustentabili-dade por fabricantes de softwares e impressoras.

Dowload Ecofont: www.ecofont.com/pt/produtos/verde/fonte/baixar.html

fonte ecológica

16 » Graphit’s

Cores. Desenhos. Criatividade. São pontos que estão presentes na obra do designer e do artista. Essa similaridade de ferramentas cria confusão na hora de definir o trabalho de cada um. Essa li-nha tênue separa duas profissões com intenções, funções e importâncias diferentes.O Artista procura expressar a sua arte por uma motivação interna (pessoal) de maneira que não há preocupação com aqueles que irão entrar em contato com o seu trabalho e o surgimento de emoções e opiniões é apenas consequencia. Não se pode falar em algum tipo específico de cliente para o artista, pois pode ser qualquer um ou até mesmo nenhum.

Já o Designer não cria um projeto apenas por dese-jo próprio. Ele tem um público-alvo específico para atingir. Os seus projetos devem refletir a vontade do cliente e conter a melhor solução possível para o que lhe foi pedido. ‘’ Artista é o cara que sente tesão em fazer aquilo que lhe dá tesão. Designer é o cara que sente tesão em fazer aquilo que dá tesão aos outros’’ diz Eduardo Araújo, professor do curso de Design Gráfico do IFPE.Pode-se dizer que o processo de criação de um artista começa como uma folha em branco, ou seja, com o mínimo possível de ideias. Entretanto o designer

tem o desenvolvimento de criação diferenciado porque sempre há um ponto concreto

de partida como uma mensagem ou uma imagem.Por causa disso, a reação dos seus trabalhos não são equivalentes.

O artista se mostra com uma men-te mais livre para fazer um quadro ou

uma escultura. Isso proporciona no público um leque de interpretações e opiniões. O designer,

muitas vezes também contém um repertório histórico e cultural amplo, porém ele expõe seu produto na intenção de motivar algo a alguém, ou seja, o público deve seguir aquela motivação e só. O desenho, o esboço é explorado pelo designer e pelo artista mais do que nunca, o que bifurca esse caminho – que até aqui ainda parece igual – é a sua funcionalidade e a reação que cada um precisa ou simplesmente quer passar. Fazer design é criar solu-ção gráfica para um problema usando cores, tipo-grafia, ícones e símbolos. Já o artista pode fazer uso desses fatores ou outros completamente diferentes para expressar sua obra.

Ferramentassemelhantes.

Objetivosdiferentes.

Por Rosângela Miranda

Edição Especial « 17 Edição Especial « 17

Cada vez mais, os alunos estão se en-volvendo em projetos e programas de pesquisa acadêmica a fim de terem uma formação científica como preparação para o ingresso da Pós-graduação, Mestrado e Doutorado. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) tem como foco estimular a promoção científica de novos talentos que estão para se formar. Os alunos do IFPE, de olho nas possibili-dades de atuação e nas oportunidades de crescimento profissional, estão aproveitando o momento de estudo, junto a professores, para desenvolverem pesquisas em diversas áreas. No momento, estamos com duas linhas de pesquisa em processo de desen-volvimento: Do artesanal ao digital, com a professora Graça Costa, como orientadora; e Visiopédia, com o professor Eduardo Fernandes.

Já o aluno João Figueira trabalha com o tema “Do artesanal ao digital: possibili-dades de textura experimentais. A pesquisa consiste no estudo de texturas experimentais obtidas pelo uso de técnicas artesanais de impressão, fotografia, manipulação e criação artesanal e das diversas possibilidades de transformação de imagens pela utilização de recursos digitais.

É uma excelente opção para quem vai seguir a carreira

acadêmica... além de oferecer mais consistência a uma profissão que

atualmente se encontra muito fo-cada na prática e mercado.

É por meio do ensino de Métodos de Pesquisa Científica que os alunos Manuela Spósito, Diego Pires e Renata Petty estão trabalhando acerca do tema “Seres imaginários” - como o homem traduz o que pensa para o visível, através de seu seu imaginário e ao longo da história.

Qualquer pessoa que parti-cipar de algum projeto só tende a

adquirir conhecimento, o que é uma das poucas coisas que adquirimos que não tem limites. Então, eu incentivo aqueles que

ainda não estão envolvidos em alguma pesquisa do PIBIC a participarem.

Vale muito a pena!

É muito importanteaumentar o conhecimento por algo

que você se interessa, principalmente quando se pretende ganhar dinheiro com

isso. O PIBIC é uma oportunidade muito boa para ter subsídios para a pesquisa

e compartilhar os resultados com a comunidade acadêmica.

João Figueira

Diego Pires

Manuela Spósito

por Daniele Silva

18 » Graphit’s

Designer

Gráfico

O

A mesa digitalizadora, ou tablete é um pe-riférico que permite escrever e desenhar

direto no computador. Mostra-se como uma ferramenta obrigatória em qualquer estúdio de ilustração, design ou animação. A área de trabalho da mesa digitalizadora

acompanha o zoom da tela do monitor, permitindo que se trabalhe em deta-lhes tão bem como em áreas amplas como um poster ou um outdoor. Tal fato ajuda ainda mais o designer gráfico que não pode perder ne-nhum ponto para que seu trabalho fique o melhor possível.

Para os trabalhos artesanais como en-cadernação e embala-gens é essencial que o designer saiba os mais variados tipos de papeis, colas branca, de sapateiro, quente e conhecer o uso de estiletes, materiais de geometria, tintas, agu-lha, tecido, dobradeira de ossos (ajuda a fazer dobra de papel) e etc. Há outros materiais importantes para a encadernação: Varia-dos perfis de plásticos em PVC, nylon, wire-o, ilhós e espirais. de

Alumínio, borracha, celulose, couro, fibra, madeira, laminado, cartão papelão plástico (polímeros), químicos, resina, tecido, tnt e até vidro podendo ser usado em trabalhos que exija um designer de superfície de vidro, por exemplo.

Mesa digitalizadora

UsaPor Rosângela Miranda

Os programas que o designer gráfico utiliza para o desenvolvimento e acabamento de seus pro-jetos para muitos pode até fazer milagres, mas eles ajudam a aperfeiçoar as ideias dos designers para que tudo saia como o planejado. A criação e a manipulação de produtos como desenhos artísticos, publicitários banners, cartazes, folders logotipos, capas de revistas e livros fica por conta do Corel Draw e do Illustrator dois dos mais conhecidos programas, que editam imagens de forma vetorial.Para a edição de imagens profissionais e co-locação de efeitos de distorção, clareamente, retratos, eliminação de detalhes indesejados se tem o Photoshop, que se bem usado pode criar transformações satisfatórias para específicos trabalhos.O 3D Max é um programa de modelagem tridimensional que permite a renderização de imagens e animações. Ele pode ser usado em produção de filmes, criação de personagens em 3D e até de mundo virtual.

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