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1 AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR UM BOM MESTRE DE OBRA PRECISA SABER POR ONDE, COMO E QUANDO COMEÇAR UMA OBRA. PARA INICIAR UMA OBRA, ESTAS INFORMAÇÕES SÃO FUNDAMENTAIS: 1º-POR ONDE COMEÇAR? 1º-COMO COMEÇAR? 2º-QUANDO COMEÇAR? Pergunta-se: O que um bom mestre de obras precisa saber mais? Resposta: O bom mestre de obra já mais começaria uma obra sem antes fazer o indispensável Planejamento da Obra. Não se começa fazer nada sem primeiro FAZER o Planejamento da Obra, pois somente com o Planejamento se consegue melhores resultados em um trabalho. (Este quesito esta diretamente relacionada ao planejamento, cronograma e custos). O planejamento facilita aproveitamento do tempo, dos materiais, do equipamento e do pessoal. Ele garante um trabalho no tempo previsto, Sem planejamento, perde-se tempo, se gasta energia, e o serviço sai mal feito. (isso tudo significa também, perda de dinheiro). Pelo planejamento sabemos o que fazer primeiro e a seqüência das tarefas. O trabalho deve ser planejado, (passa a passo), até nos levar ao objetivo final. O que é mesmo planejar? – Planejar e estabelecer com antecedência as atividades, tendo em vista: a) objetivos, tarefas, materiais, equipamentos, local, prazo, pessoal (Mao de obra) e métodos. O Mestre de obra deve fazer o planejamento o mais completo possível para melhor informar como serão os procedimentos das execuções dos trabalhos planejados e como conseguir realizá-los (ou) seja: a) O que se pretende e pode se fizer inicialmente; b) O que ou quais são as tarefas que deverão ser executadas; c) Quais os equipamentos a serem utilizados e os mesmos se encontram na obra; d) Quais são os materiais a serem empregados e se já se encontram na obra; e) Quase são as ferramentas a ser utilizadas a curto prazo;

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

UM BOM MESTRE DE OBRA PRECISA SABER POR ONDE, COMO E QUANDO

COMEÇAR UMA OBRA.

PARA INICIAR UMA OBRA, ESTAS INFORMAÇÕES SÃO FUNDAMENTAIS:

1º-POR ONDE COMEÇAR?1º-COMO COMEÇAR?2º-QUANDO COMEÇAR?

Pergunta-se: O que um bom mestre de obras precisa saber mais?

Resposta: O bom mestre de obra já mais começaria uma obra sem antes fazer o indispensável Planejamento da Obra.

Não se começa fazer nada sem primeiro FAZER o Planejamento da Obra, pois somente com o Planejamento se consegue melhores resultados em um trabalho. (Este quesito esta diretamente relacionada ao planejamento, cronograma e custos).

O planejamento facilita aproveitamento do tempo, dos materiais, do equipamento e do pessoal. Ele garante um trabalho no tempo previsto,

Sem planejamento, perde-se tempo, se gasta energia, e o serviço sai mal feito. (isso tudo

significa também, perda de dinheiro).

Pelo planejamento sabemos o que fazer primeiro e a seqüência das tarefas. O trabalho

deve ser planejado, (passa a passo), até nos levar ao objetivo final.

O que é mesmo planejar? – Planejar e estabelecer com antecedência as atividades,

tendo em vista: a)

objetivos, tarefas, materiais, equipamentos, local, prazo, pessoal (Mao de obra) e

métodos.

O Mestre de obra deve fazer o planejamento o mais completo possível para melhor informar como serão os procedimentos das execuções dos trabalhos planejados e como conseguir realizá-los (ou) seja:a) O que se pretende e pode se fizer inicialmente;b) O que ou quais são as tarefas que deverão ser executadas;c) Quais os equipamentos a serem utilizados e os mesmos se encontram na obra; d) Quais são os materiais a serem empregados e se já se encontram na obra; e) Quase são as ferramentas a ser utilizadas a curto prazo; f) Onde serão executadas as tarefas: g) Quais são os profissionais indicados para essas tarefas; h) Como (métodos) serão feitas as tarefas que abriram frentes para outras tarefas.

O Mestre de obra tem por obrigação, saber que a Empresa para quem ele trabalha, produzir algo para ser COMERCIALIZADO aquilo que produz.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

Ele sabe também que Produzir e comercializar envolve dinheiro, daí, porque a Empresa deve preocupar-se com os custos dessas atividades. Desta forma:a) Aparece assim, a área Financeira b) ou (seja), aparece ai o terceiro Pilar da Organização. Portanto, a administração dos custos da produção e uma das muitas outras Responsabilidades do Mestre de Obra não pode ser entendida como uma atividade independente (ou) isolada, ele (digo) Mestre de Obra está integrado nesse Sistema Maior que é a própria Empresa. (Cuidado com os custos).

O planejamento e o controle da produçãoO planejamento e o controle da produção pode ser definido com um conjunto de processo ou dispositivo pelos quais se determinam os planos e programas de produção. Daí, o Mestre de obra e quem preparam as informações necessárias a sua execução e, comunica-se com o Engenheiro operacional que, (nesse caso especifico) registram e interpretam os elementos para controle da execução dos serviços planejados.

Existem vários tipos de sistemas de produção:1° Sistema

Do início ao final da obra, qual é o papel do Mestre de Obra?O Contratante entendo que o principal papel do seu Mestre de Obra, é garantir que a construção seja realizada dentro do prazo, dentro dos custos previstos na viabilidade econômico-financeira do empreendimento ou do contrato e atendendo aos padrões de qualidade e desempenho desejados pelo cliente. Prazo, custo e qualidade são, portanto, as principais variáveis a serem controladas pelo Mestre de obra. E cada uma delas tem enorme influência sobre as demais, (ou seja), são interdependentes. Por exemplo: O eventual atraso em uma das etapas da obra exigirá a recuperação do prazo nas etapas seguintes, o que poderá comprometer os custos e reduzir a qualidade final dos serviços.

Qual é a pessoa mais indicada para se responsabilizar pela obra?A responsabilidade do Mestre da obra não se restringe somente às questões técnicas. Em um empreendimento imobiliário, dependendo de seu padrão, os custos de construção variam entre 30% e 60% do valor geral de vendas. Este percentual é maior nos empreendimentos destinados ao segmento econômico, como os que se enquadram no programa Minha Casa, Minha Vida. Apesar da maior parcela dos custos incorrerem na construção, as definições de produto e projeto que influenciam estes custos não estão nas mãos do Mestre de Obra. Este profissional deve ter não apenas conhecimentos técnicos, mas também um amplo conhecimento de Logística, Orçamentos e Planejamentos como um todo. Precisa dominar custos, contratos, prazos e ser um bom gestor de equipes.

Quais são as recomendações de postura para esse Mestre de Obras?Que seja um LIDER NATO de preferência, um planejador, com criatividade. O Planejamento e a criatividade são fundamentais.com isto, antecipar-se aos problemas e evita que eles apareçam, ajuda a eliminar futuras dificuldades com prazo e custo – por conseqüência, também com qualidade.

Estamos passando por um momento muito positivo para o setor de construção, que está bastante aquecido, e uma das maiores preocupações hoje dos gestores de obras é com relação à disponibilidade de recursos. Felizmente hoje a questão não é mais a falta de recursos financeiros, mas sim a escassez de mão de obra, materiais e equipamentos.  Usei a palavra “felizmente” pois, por cerca de duas décadas, o setor permaneceu

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

estagnado, sem capacidade para atrair investidores, mas isso não significa que podemos relaxar e comemorar o bom momento.  O desafio é muito grande, os gargalos a serem superados (mão de obra, material, equipamentos) exigirão do gestor muito planejamento e também criatividade.  Planejamento para evitar sustos e criatividade para buscar formas diferentes de fazer, de contratar, de comprar, de realizar a construção.

Quais são os problemas mais comuns em gestão de obras que podem ser evitados?Um dos principais problemas diz respeito à administração de equipes, sejam elas equipes próprias ou de terceiros.  A construção envolve um grande número de atividades, com muitas interfaces entre elas.  Planejar adequadamente as atividades ajuda não apenas a eliminar os gargalos, garantindo a realização dos serviços dentro do prazo, mas também contribui para a redução do desperdício de tempo e de material.  Outro problema diz respeito à contratação de serviços e aquisição de materiais.  Um Cronograma de Suprimentos bem elaborado é uma importante ferramenta de gestão, pois permite antever dificuldades e indicar a adoção de medidas que, mesmo que não garantam a eliminação dos problemas, possibilitem reduzi-los a ponto de não comprometer os prazos e custos assumidos.Uma obra mal gerida sofre quais dificuldades?Uma obra sem um gestor competente é uma fábrica de problemas, que tendem a crescer cada vez mais, como uma bola de neve.  Sem um gestor que indique a direção a ser seguida, cada equipe passa a atuar buscando resolver o seu próprio problema, mesmo que isso represente uma dificuldade para as demais equipes.  Outro exemplo de dificuldade é o provocado pela falta de planejamento na aquisição de materiais, que pode gerar atrasos e desperdícios irrecuperáveis.  Há materiais que precisam ser comprados com meses de antecedência, sob pena de não tê-los disponíveis, ou de ter que se pagar um preço bem acima do previsto no orçamento . Como o gestor deve comandar a obra?O bom gestor de obra procura antecipar-se aos problemas, evitando que (não) aconteçam. O bom Gestor nunca perde a visão do todo, mesmo quando está envolvido na solução de um ou (mais) pequeno problema. Ter a visão do todo os problemas, significa ter completo domínio dos custos e prazos, conhecer muito bem o orçamento e o planejamento da obra. É fundamental também, dimensionar adequadamente as equipes, capacitando seus integrantes e mantendo todos comprometidos com suas metas de qualidade e produtividade.Que conhecimentos o responsável pela obra precisa ter?- O conhecimento técnico é essencial, mas não é suficiente para qualificar um profissional para se tornar um bom gestor de obras, PRECISAMOS QUE ELE TENHA:- Habilidades gerenciais, Capacidade de planejamento, Organização, Liderança, Noções de custos e:Ser um bom negociador, entre outros conhecimentos, é também muito importante.

Qual é o passo a passo para gerir uma obra?Entendo que para se capacitar para assumir a gestão de uma obra, antes de tudo, o profissional precisa ter conhecimento total do projeto. É como um executivo que assume a direção de uma empresa e que precisa ter domínio completo sobre a atividade desta empresa. Somente após ter completo conhecimento sobre o que vai gerenciar é que o

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

gestor tem condições de iniciar o planejamento da obra. Como elemento fundamental para a boa gestão de uma obra, em ordem cronológica, acha importante citar:- Planejamento Físico-Financeiro Detalhado da obra (com base no orçamento e compromissos de prazo assumidos)- Programação de Aquisição de Materiais e Serviços- Planejamento Operacional e Logístico da obra (incluindo o planejamento do canteiro, dimensionamento das instalações provisórias, fluxo de tráfego de pessoas e materiais, escolha e dimensionamento de equipamentos de transporte etc)- Controle e Acompanhamento das Atividades (com medições de indicadores de produtividade, verificação da qualidade dos serviços, eliminação de desperdícios de tempo e materiais)- Retroalimentação do Planejamento Físico-Financeiro (com a adoção de medidas corretivas visando o cumprimento das premissas de custo e prazo)Planejamento e controle são muito importantes, mas o controle praticamente não tem valor sem um planejamento adequado.  O conselho que dou ao gestor de obras é que, se por acaso estiver em dúvida sobre o quanto investir em planejamento e controle, não hesite em destinar a maior parte de seus recursos (de tempo e material) ao planejamento. Controlar algo que foi mal planejado é como se limitar contabilizar os problemas, sem se permitir resolvê-los ou, o que seria melhor, evitá-los.

Experiência e fundamental;

Ele deve conhecer bem a empresa para que trabalhe as etapas da construção, os

materiais utilizados e as funções de cada trabalhador. Ele precisa saber negociar muito

bem e estar sempre aberto para conversas. Também é importante que ele saiba quando

delegar tarefas e como motivar seus funcionários diretos. Conhecer os projetos e os

prazos, por exemplo, é fundamental, pois ele é o elo entre os engenheiros e a obra. Além

disso, o mestre de obras deve sempre fazer cursos complementares, como interpretação

de desenhos e plantas.

Como cobrar maior produtividade dos trabalhadores? Dar broncas é uma boa solução?

A bronca não é o melhor meio para cobrar maior produtividade. Procure mostrar e

orientar a pessoa a fazer da forma correta. Coloque em prática certas técnicas que

podem ajudar a manter a produtividade dentro do canteiro, como incentivar os

trabalhadores a priorizar a tarefa mais importante do dia. O ideal é que os funcionários

mantenham uma lista de tarefas diárias e realize uma por vez.

Uma das capacidades mais valorizadas dentro das empresas é a boa comunicação. Como

desenvolver e aprimorar essa característica?

Uma boa dica é perceber o que o outro está tentando expressar pela observação de

gestos, olhares, movimentos e palavras. Ouça atentamente e sem interrupções, e na hora

de falar, seja objetivo e claro. Confirme sempre se a sua mensagem ou comando foi

entendido.

Como fazer no dia a dia para manter a motivação nas equipes em alta?

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

O primeiro passo é conhecer o que gera satisfação no trabalho da equipe. Em seguida, a

recomendação é analisar, todos os dias, o desempenho e o comportamento dos

funcionários. O mestre de obra também pode ajudá-los a perceber novas oportunidades

dentro da empresa.

Como agir quando o problema pessoal de um funcionário interfere em seu desempenho

no trabalho?

O ser humano não tem um manual de instruções. Cada indivíduo tem seus sonhos,

necessidades, vivências, medos e, claro, problemas pessoais. A primeira coisa a fazer em

caso de conflitos particulares é conversar com esse funcionário reservadamente, procurar

saber o que se passa e apoiá-lo nessa situação. Mostre que está pronto para ajudá-lo,

sendo claro, direto, objetivo e breve. Mostre como seu comportamento está afetando o

seu trabalho e o dos outros colegas, faça um plano de ação de melhorias com metas e

pontos a serem trabalhados.

Quando o funcionário passa por um momento pessoal difícil, que afeta sua concentração, é melhor tirá-lo de atividades que ofereçam maior risco à sua segurança, como o trabalho em andaimes e com instalações elétricas.

ue fazer, por exemplo, quando o funcionário brigou com a esposa? E quando um familiar

morreu?

Nos dois casos, o importante é ter uma conversa honesta. Se for a briga com a esposa, dê

a ele um tempo para acalmar-se para que seu comportamento não interfira em seu

desempenho. No caso de morte de um familiar, tire-o temporariamente das tarefas mais

complexas ou que envolvam um risco maior à sua segurança (subir em andaimes, mexer

com fiação elétrica, etc.), pois sua concentração estará mais baixa, podendo ocasionar

acidentes.

Às vezes esses problemas terminam em alcoolismo. O que fazer quando isso acontece?

O melhor remédio é prevenir, orientar. Mas se o problema já estiver instalado, será

necessário contar com a ajuda de um médico para que ele possa acompanhar e monitorar

o grau de alcoolismo e tomar as medidas cabíveis.

Quais os motivos mais comuns de conflitos nos canteiros de obras?

Estresse, disputa de egos, desentendimentos, fofocas, ruídos na comunicação e falta de

motivação.

O que fazer quando as brigas envolvem violência física?

Em primeiro lugar, tentar separá-los e, em seguida, dar uma advertência por escrito. Se

as brigas persistirem, demiti-los.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

Além desses casos, quando e como se pode saber que é hora de dispensar um

funcionário?

Se o funcionário recebe constantemente retorno de seu fraco desempenho e não faz nada

para melhorá-lo, quando o número de faltas ultrapassa o permitido, quando ele faz corpo

mole no trabalho, quando não mostra nenhum interesse ou preocupação em aprender,

quando reclama de tudo e fica falando mal da empresa.

Dá para descontrair e descansar durante o horário de trabalho?

Claro que sim. Inclusive, uma empresa saudável é aquela que oferece condições para

isso. Trabalhadores desmotivados, que não acreditam no trabalho que fazem, estressados

e isolados não são produtivos. Descontrair nos momentos certos reduz o índice de faltas,

a alta rotatividade dos funcionários, acidentes de trabalho e ainda melhora a qualidade

dos serviços.

E como identificar o momento de voltar o foco ao trabalho?

Dedicar uma hora por dia para descontrair e descansar é o suficiente para dar mais gás

no trabalho. Essas paradas podem motivar e elevar a produtividade das equipes.

OBS:

1 - Evite começar a obra antes de ter os três quesitos básicos em mãos;

2 - São eles que vão garantir que sua obra seja bem gerenciada;

3 - O cronograma é uma deles. Ferramenta indispensável, e ele que vai direcioná-los

rumo azimute verdadeiro;

4 - Sem esta ferramenta, (cronograma) e impossível nos balizarmos ou ordenarmos cada

serviço na ora certo;

5 – O cronograma é a ferramenta que disposição tudo que precisar para execução da

obra, de forma a atender as necessidades de cada tarefa, no seu devido tempo, e pelo

valor que foi previsto na Planilha orçamentária;

6 - É indispensável programar as entregas de material evitando excesso de produtos no

canteiro da obra (ou seja), para não ficar lotada de coisas que só serão usadas mais para

frente. E também para que no dia que a instalação se iniciar, ninguém fique parado por

falta do material.

7 - Uma construção sempre começa pelas fundações porem antes, procedemos as

construções provisórias e montagens do Canteiro.

8 - Depois disso, quando o Canteiro de Obra ficar pronto, começa-se as fundações e

posterior, estruturas alvenarias, a elétrica e a hidráulica, e as demais conforme

seqüenciadas no Cronograma de andamento.

9 - Na seqüência, vêm os revestimentos de parede, forros e molduras de gesso, o piso, os

tampos e bancadas de banheiros e cozinha.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

10 – Posterior a isso, entram o maceramento e a pintura, os acabamento de piso e

paredes, a instalação das luminárias e acabamentos elétricos (interruptores, tomadas,

espelhos) e, em seguida, vem os trabalhos de marcenaria.

11) E por último, a instalação das peças hidráulicas (louças e metais) e os retoques de

pintura.

1. CONSTRUÇÃO CIVIL

1-Um projeto (como já foi mencionado, (no mínimo) um Projeto Básico para indicar o

azimute a ser rumado;

2-Um Orçamento acompanhado de cronograma especificamente para infra-estruturado

do canteiro;

3-Um cronograma o mais próximo possível do valor verdadeiro do empreendimento;

4-O Engenheiro deve ir no endereço da Obra junto com o Mestre para reconhecimento do

terreno e definir todos quesitos que julgarem necessário, tais como acerto de superfície

da área do canteiro de obra e tantos outros;

5 O engenheiro e o mestre de obra junto com um TOPOGRAFO e seus auxiliares

procederão à locação da obra, conforme determinado no Projeto Básico;

6-Posterior a ação de (5), o Mestre procederá os trabalhos de fechamento da área do

terreno por meios de (tapume de maderite ou similar);

7-O Engenheiro e o Mestre de obra reúniar-se-āo com o Gerente do Projeto para definir a

quantidade do contingente a ser inicialmente contratados;

8-Posterior as decisões postadas em (7), o Mestre de obra já poderá solicitar ao Setor de

compras, os materiais a ser empregados na construção do Canteiro de obra.

9-Paralelo a construção do canteiro, o Mestre procedera às locações das estacas, e viga

baldrames;

10-Após a locação de estacas e vigas, e implantá-los sendo estas metálicas, (ao contrario)

se forem de concreto, providenciar ferragens e concreta para construção das mesmas..

11-Paralelamente com o item (10) ferragem e formas de maderite já poderão ser

construídas;

2 - CUIDADOS ESPECIAIS NUNCA E DEMAIS

1-Deverão ser tomados cuidados referentes falhas comuns na Construção Civil.2-Segue uma relação de falhas identificadas na construção civil que poderiam ser, evitadas. 3-Assim fica em evidência a falta de domínio e controle do projeto dentro das áreas de:a) planejamentos;b) RH,c) Suprimentos:d) Engenharia, dentre outros, (veja como segue):

FALHA HUMANA

1)-Falta de previsão de mão-de-obra própria e contratada em tempo certo (Dep. Pessoal);

2)-Falta de previsão de material (falha do engenheiro ou de compras);

3)-Serviços redimensionados (falha do projeto);

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

4)-Mão-de-obra superestimada (Gerencia);

5)-Erros de planejamento das atividades (Mestre de obra);

6)-Falta de Equipamentos alocados ou proprio; (comprador);

7)-Falta de definição no planejamento (engenheiro de campo);

FALHA DE PROJETO

1)-Falta de projeto executivo na obra; (Gerente do projeto);

2)-Falta de detalhamento e definição do projeto (projetistas);

3)-Alteração de projeto não informada; (Gerente do projeto);

4)-Instalações inacessíveis; ( mestre de obra e engenheiro) etc.;

5)-Complexidade do projeto dificultando o entendimento; ( projetistas);

6)-Incompatibilidade de projetos (excesso de interfaces); (engenharia de projetos);

MÃO-DE-OBRA

1)-Falta de mão-de-obra própria e contratada; (mestre de obra);

2)-Baixa produção; (mestre de obra);

3)-Absentismo elevado; (mestre de obra);

4)-Falta de experiência / treinamento; (mestre de obra);

MATERIAL

1)-Falta de material; (comprador);

2)-Material entregue com atraso; (comprador);

3)-Atraso com retenção de material importado na alfândega; (comprador);

4)-Má qualidade do material; (comprador);

5)-Material não informado no projeto; (projetista);

GERAL

1)-Condições adversas do tempo; (Engenharia);

2)-Alteração da programação sem aviso prévio; (gerencia);

3)-Atraso da tarefa (mestre de obra);

4)-Problemas durante a execução do serviço; (mestre de obra);

5)-Retrabalho. (mestre de obra);

NOTA IMPORTANTE

Identificar estas e outras causas antecipadamente minimiza os impactos com relação ao

custo, prazo e qualidade dos serviços. No entanto, quando estes eventos não podem ser

percebidos e ocorrem de maneira inesperada, a adoção de ações corretivas pontuais nas

causas raízes destes problemas reduz a variabilidade em torno do planejamento do

projeto.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

FIM

AULA Nº-2 - PLANEJAMENTO

Por onde começar

O projeto é um sistema complexo e composto de atividades, que se inter-relacionam, se

interagem e são interdependentes. As atividades que compõe um projeto são compostas

e executadas por recursos de:

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

Mão-de-obra; Materiais; Equipamentos.

Esses recursos são aplicados diretamente as atividades, agregando valor ao produto final.

O planejamento desses recursos que são aplicados diretamente ao projeto e devem ser

previamente definido dentro de um plano de condições de:

Prazo; Custo; qualidade; risco.

O gerenciamento de um projeto em toda a sua plenitude garante ao longo do tempo de

concepção, planejamento, execução e finalização a garantia que todas as atividades que

compõe o projeto, estejam sendo executadas dentro das diretrizes e metas já

estabelecidas em um cronograma físico e financeiro onde consta as datas de inicio e

termino de cada frente de serviço.

A mão-de-obra, os materiais e equipamentos aplicados diretamente ao projeto, são

recursos importantes e seu gerenciamento ao longo do tempo de execução, garante um

produto final que se enquadra dentro do plano de condições de planejamento.

O projeto para atingir todos os seus objetivos, deve ser planejado e gerenciado, durante

todo o tempo de execução até a sua conclusão, portanto o planejamento e o

gerenciamento são as principais ferramentas de sucesso de projeto.

Planejar o futuro e gerenciar o presente em função de um planejamento passado e

complexo existem várias variáveis que interferem positivamente ou negativamente no

decorrer do tempo de execução do projeto.

Para se alcançar os objetivos pretendidos é preciso desenvolver mecanismos no sentido

de:

Treinar uma equipe para gerenciar as atividades; Delegar responsabilidades; Estabelecer um canal aberto de informações; Criar um plano de implementação do projeto; Controla e avaliar o andamento do projeto; Criar frentes para as tomadas de decisões; Criar banco de dados de tudo que foi executado, conseqüentemente do que falta

executor; Garantir a manutenção de equipes motivadoras e focadas com os objetivos do

projeto.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

O gerenciamento é um processo contínuo e dinâmico ao longo de todo o tempo de

execução e se desenvolve e se organiza de acordo, com um trabalho em equipe, onde o

fator humano e técnico é fundamental, e o foco será sempre o objetivo planejado.

A equipe de gerenciamento é o fator principal para que se tenha um bom

desenvolvimento e controle da produtividade da mão-de-obra, da qualidade final dos

serviços e na criação de indicadores e índices de composição, criando assim um banco de

dados para a empresa, essa equipe também tem um papel importante nas tomadas de

decisões e na implementação do projeto.

O gerenciamento de um projeto ocorre dentro e fora dele, a empresa gerenciadora do

empreendimento, internamente se compõe de um setor administrativo, financeiro,

comercial e de produção. O sistema da empresa e constituído de:

Ambiente geral, composto por fatores sociais, políticos e tecnológicos; Ambiente operacional, que fica em função do mercado, da concorrência, de

financiamentos e fornecedores; Ambiente interno, onde o produto final e produzido e contabilizado e

comercializado.

Planejar é traçar objetivos e metas, visando o sucesso do projeto, ou seja, é o futuro

planejado. Gerenciar é realizar os objetivos e as metas, alcançando o sucesso planejado,

ou seja, é o presente gerenciado a cada dia.

A Viabilidade da Mecanização na Construção Civil

Cada serviço possui um custo de: mão-de-obra, material e equipamento, tudo isso deve

ser agregado ao preço final do produto, o levantamento desses custos deve ser o ponto

mais difícil no planejamento de um projeto, por que trabalhamos diretamente com

variáveis de custos e principalmente o fator humano que por natureza é bastante

complexo, tudo isso dentro de um sistema previamente elaborado para um determinado

projeto que deve atingir todos os seus objetivos.

Para a execução de um projeto, são necessários recursos financeiros, recursos humanos,

onde deve ser criado um plano de planejamento e gerenciamento da mão-de-obra e

recursos de maquinários e equipamentos, onde também deve ser criado um plano de

planejamento e gerenciamento.

Muitas obras não possuem esse plano de planejamento e gerenciamento de maquinários

e equipamentos, ou seja, não possuem um cronograma de equipamentos incorporado ao

projeto e que esteja atualizado constantemente com o cronograma físico da obra, isso

porque o processo de execução dos serviços é dinâmico, inter-relacionado, interagente e

interdependente.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

Para a criação do cronograma de equipamentos, o cronograma físico da obra deve está

definido, assim como o método e o processo de execução e o pessoal de operação. São

levantadas todas as atividades que irão mobilizar equipamentos e o tempo em que cada

tipo de equipamento será utilizado, tudo em função do cronograma físico da obra.

A mecanização tem grande importância financeira na obra por conta da redução da mão-

de-obra, do desperdício de materiais e de prazo. As vantagens dessa mecanização

aumentam se o investimento e a viabilidade dos equipamentos forem previamente

planejados, facilitando a organização dos processos produtivos e o aumento

da qualidade dos serviços. Essa mecanização do canteiro reduz custos indiretamente,

mas o custo direto dessa mecanização deve ser calculada de forma que se enquadre

dentro da margem de custo do serviço e dentro do valor global da obra. É preciso saber

quais equipamentos e onde devem ser empregados, para que se tenha uma economia de

recursos.

A mecanização não é um processo generalizado, ela depende do tipo de obra, da mão-de-

obra empregada e da tecnologia aplicada, quando se tem curtos prazos e um grande

volume de serviço, a mecanização é fundamental, em obras pesadas com estradas,

pontes, barragens e hidrelétricas é inviável trabalhar com muita mão-de-obra

operacional.

Em qualquer tipo de obra é preciso fazer a relação entre a mão-de-obra e o tipo de

mecanização mais adequada.

Em obras de grande porte a mecanização têm um peso maior, mas em obras de

edificações com cronogramas apertados e com transporte vertical, a mecanização pode

ser usada em paralelo com uma demanda maior de mão-de-obra operacional. Nesse tipo

de obra é preciso ter um planejamento logístico do canteiro.

Prever a capacidade técnica do operador e o espaço disponível para a locação ou

locomoção de grandes equipamentos, como por exemplo, Gruas.

Outra relação que deve ser verificada é relação custo-benefício principalmente para

maquinas de transporte, onde seu custo é alto e fixo, independentemente se a obra é de

longo ou curto prazo. Quanto maior o porte da obra a possibilidade de uso intenso do

equipamento aumenta, além disso, é preciso que se elabore um cronograma de

atividades para esse equipamento de transporte, evitando que ele se torne ocioso e

improdutivo.

Fatores que determinam o uso de um equipamento de transporte:

Viabilidade técnica e econômica; Treinamento operacional; O tipo e o espaço físico da obra; O cronograma; O processo executivo;

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

a segurança; capacidade e o espaço para locomoção;

Esses fatores determinam também o conjunto de sistema de transportes a ser implantado

e os critérios de custo, segurança e qualidade.

Definido o tipo de sistema de transportes para obras de edificação, onde o principal

transporte é o vertical, o seu investimento é diluído de acordo com o volume de obras

que a empresa tenha no momento, amortizando o os gastos iniciais.

A Realidade da Engenharia de Custos no Brasil

Por João Bosco Vieira da Silva | Deixe um comentário | Compartilhe: 

  Infelizmente hoje no Brasil não temos o uso perfeito da engenharia de custos dentro

das obraspúblicas, ciência de fundamental importância para o desenvolvimento social e

econômico do país.

A engenharia de custos garante de forma técnica e estimada os custos diretos e indiretos

de uma obra seja pública ou particular, dessa forma os órgãos públicos podem fazer uma

estimativa de custos com um grau de risco menor e assim fazer um bom uso do dinheiro

público.

Antigamente os órgãos públicos não sabiam os custos de suas obras e o preço final era

definido pelas empresas com uma margem de lucro enorme e com isso o dinheiro público

era mal distribuído, aumentando a desigualdade social e a conta bancária da empresa.

Hoje a situação é outra os órgãos públicos já possuem tabelas de preço unitário,

composições, apropriações e fontes de pesquisa para fixar um preço de referência para

as empresas que participam de licitações, mas o que acontece é que esse preço muitas

vezes está fora da realidade de mercado e por motivos "desconhecidos" a empresa para

ganhar a licitação baixa de forma desordenada o preço de sua proposta.

Portanto é impossível uma obra já mal orçada pelo órgão público e reduzida pela a

empresa ganhadora em até 50%, poder ser concluída dentro desse custo, o que acontece

é que a empresa entra com o aditivo de até 25% e ainda corre o risco de não entregar a

obra por falta de planejamento operacional e financeiro.

Um aditivo de mais de 15% é a prova real do mal elaboramento do orçamento, muitas

vezes os quantitativos são levantados por pessoas não qualificadas e/ou em cima de

projetos básicos de máqualidade técnica sem especificações e dados regionais, um bom

projeto básico deve ter no mínimo dependendo do tipo de obra:

Projeto de topografia;

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

Ensaios;

Projetos executivos com um bom grau de detalhamento;

Compatibilização dos projetos;

Especificação técnica de serviços e materiais;

Fatores regionais e climáticos;

Logística local de materiais e equipamentos;

Estimativa no dimensionamento da mão-de-obra.

A empresa dá um tiro no escuro, mas sempre acerta a sociedade brasileira e o resultado

são obras inacabadas, corrupção e esquemas licitatórios. A LDO e a lei de licitação no

Brasil precisam ser atualizadas dentro de técnicas da engenharia de custos, o engenheiro

de custos deve assumir um posto importante dentro desse processo licitatório e acima de

tudo possuir autonomia na definição do preço de referência e composição do BDI (Lucro +

Despesas indiretas), em alguns estados brasileiros é exigido a ART desse profissional, isso

garante mais segurança para a sociedade e os órgãos fiscalizadores terão mais

informações e parâmetros sobre os custos estimados para obra.

O – Projeto Básico

Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar o Gerenciamento, a Obra ou Serviço, ou complexo de Obras ou Serviços, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a Viabilidade Técnica e o adequado tratamento do impacto Ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do Custo da obra e a definição dos Métodos e do Prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:

a) Desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos construtivos com clareza;

b) Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;

c) Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a execução;

d) Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

e) Subsídios para a montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;

f) O orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;

B – Projeto Executivo

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

O conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

NOTAS:

1 - Apesar da lei se referir à possibilidade de se elaborar o edital apenas com o projeto básico, é imperioso para a boa performance das empresas prestadoras de serviços que seja apresentado o projeto executivo (vide seqüência desejada na própria lei).

2 - Ao se analisar estas definições pode-se assegurar que a Lei nº 8.666 falha ao definir de forma aparentemente clara o que é Projeto Básico , enquanto a definição de Projeto Executivo é insuficiente, inclusive cita normas a serem pesquisadas na ABNT. Entretanto, este órgão não tem qualquer norma sobre o tema.

3 - Tem-se conhecimento de manuais elaborados pela Administração Pública Federal que não são utilizados e tampouco citados nas licitações governamentais, nos três níveis do poder (federal, estadual e municipal). Entretanto, deveriam fazer parte integrante dos editais, uma vez que definem, da melhor maneira oficial existente, as especificações de projeto e de construção, são eles:

. 4 - Manual de Obras Públicas – Edificações; Práticas da SEAP – Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio – Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, inclusive com aspecto bem assemelhado com o antigo Decreto 92100, também de âmbito federal.

. Manual de Projeto;

. Manual de Manutenção e

. manual de Construção.

Estes manuais apresentam como principal defeito não formular exigências tais como: tolerância de erro topográfico, ou de acabamento de alvenaria ou de revestimento etc.

C) AS FORMAS DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

As formas de contratação de acordo com o art. 10 da Lei 8.666/93 das licitações são as seguintes:

a) Empreitada por preço global;b) Empreitada por preço unitário;c) Tarefa;d) Empreitada integral.

Conforme previsto na SEÇÃO II - DAS DEFINIÇÕES da Lei 8.666/93, tem-se para as formas mais comuns de contratação, o seguinte:

- Empreitada por preço global – quando se contrata a execução da obra ou serviço por preço certo ou total;

- Empreitada por preço unitário – quando se contrata a execução da obra ou serviço por preço certo de unidades determinadas.

A interpretação de cada uma destas modalidades de contratação de serviços deve seguir o seguinte:

- PREÇO GLOBAL – o escopo dos serviços e os produtos a serem desenvolvidos deverão estar adequadamente definidos, devendo existir projeto executivo de nível técnico compatível.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

- PREÇO UNITÁRIO - quando o escopo dos serviços não está adequadamente definido ou não existe projeto executivo.

É inadequado, quando não exista projeto executivo, adotar a modalidade de contratação do tipo preço global. Assim, por exemplo, em serviços de reformas ou recuperação estrutural, tem-se o caso típico de contratação por preço unitário. Pode-se, quando necessário adotar o sistema misto (preço global e unitário) em um mesmo contrato, isto é, no caso uma fundação em estaca pode ser medido em metros e o restante da construção, havendo projeto adequado, pode ser por preço global.

Sabe-se que a grande maioria dos Tribunais de Contas Estaduais e o próprio TCU (Tribunal de Contas da União), sempre que existe alteração no escopo do projeto entende que o orçamento da construção deve ser revisado, obrigando a existência de medição dos serviços executados, assim sendo invalida a distinção entre contratação por preço unitário e global, em obras públicas.Conclui-se que a forma única de contratação deveria ser por Preço Unitário, pois, faz justiça a ambos os envolvidos com a efetivação de medições físicas dos serviços e depende menos da qualidade das informações existentes sobre o empreendimento no Edital e é aceito pelos órgãos auditores.

D - FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA, SEGUNDO GOLDMAN(1999)

De acordo com o exposto anteriormente, pode-se discutir a formação do preço dos serviços de engenharia, sob a ótica da qualidade das informações da construção.

Em análise realizada à dissertação apresentada por Goldman, na página 10, tem-se:a) Projetos e Especificações para o Planejamento: Para a perfeita execução do planejamento de custos de empreendimento é necessário que se conheça o projeto em seus mínimos detalhes e que se tenha acesso aos materiais necessários a este planejamento, entre outros , citou:Projetos:b) - Projeto de ArquiteturaO projeto arquitetônico completo para o planejamento de custos é aquele que não permite dúvidas com relação à execução seja do ponto de vista das elevações seja dos acabamentos de cada compartimento.É material básico para o adequado planejamento de custos o fornecimento do projeto arquitetônico legal (para aprovação deste na Prefeitura) e o projeto executivo com todos os detalhes necessários à boa execução.c) Projeto DefinitivoÉ formado pelos seguintes elementos:Plantas, cortes e elevações:Plantas, cortes e elevações esclarecendo todos os pormenores de que se constituirá a obra a ser executada. Determinação, com a assistência dos autores dos projetos da estrutura e das instalações, da distribuição dos elementos do sistema estrutural e dos pontos de distribuição de redes hidráulica, sanitária, elétrica, telefônica, de ar condicionado, elevadores, etc.d) Detalhes:Desenhos de todos os pormenores necessários à execução da obra, em escala adequada à sua interpretação exata: esquadrias, portas e armários (com as respectivas quantidades), elementos de composição e proteção da fachada, soleiras, peitoris, elementos divisórios especiais, elementos vazados, pisos especiais, revestimentos especiais, cobertura (telhados, terraços, tipo de impermeabilização, etc), forros, elementos decorativos, etc. No tocante à garagem deve haver indicação do número de vagas e situação dos carros ou barcos.Elementos Urbanísticos (inclusive paisagismo)No caso em que a solução de problemas urbanísticos não demandar a elaboração de projeto de urbanismo, as indicações dos elementos urbanísticos relacionados com a construção de edificação devem fazer parte integrante do projeto definitivo.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

Os elementos relativos ao paisagismo devem constar de perfis transversais das vias e praças, locação e detalhamento do arruamento e indicação da arborização. Compreendem plantas, cortes, elevação, com indicação de lagos, bancos, muretas, balaustradas, fontes, degraus, etc., assim como uma lista de todas as espécies de vegetais e o local onde podem ser encontradas.Plantas para Execução:Conjunto de plantas resultante da coordenação do projeto definitivo de arquitetura e dos projetos geotécnicos, de estrutura e instalações, inclusive especiais, com indicação de especificações necessárias para execução. Estas plantas devem conter sempre as áreas e perímetros dos diferentes compartimentos.Além do projeto arquitetônico, é usual que o arquiteto elabore o caderno de especificações de acabamentos e equipamentos do empreendimento.Na sua forma mais completa, deve ser apresentada como um caderno de encargos, onde além da identificação das especificações de acabamentos dos ambientes, fica caracterizada a metodologia e os processos de como serão preparados e aplicados na obra (Guedes, 1982). e) PROJETO GEOTÉCNICOSegundo a NBR – 12.722/1992, consiste na orientação (análise, cálculo e indicação de métodos de execução) dos seguintes serviços:Mecânica dos solos e obras de terra – desmonte e escavação; rebaixamento do lençol d’ água subterrâneo; aterros; reaterros; estabilidade de taludes naturais e artificiais; escoramento, arrimo e ancoragens (do próprio terreno e/ou de terreno vizinho ou logradouro); drenagem superficial e profunda e injeções no terreno. Fundações: escolha do tipo, cota de assentamento (caso de fundação rasa ou especial); comprimento dos elementos (caso de fundação profunda ou especial); taxas e cargas admissíveis pelo terreno para fundação.O projeto geotécnico consta de:Plantas de localização das obras de terra, sistemas de rebaixamento de lençol, drenagem superficial e profunda, arrimos e fundações e injeções;Cortes e seções do terreno, mostrando as camadas do solo interessadas por aquelas obras;Detalhes de projeto das diversas obras de terra, sistemas de rebaixamento de lençol, drenagem superficial e profunda, arrimos, fundações e injeções;Esquemas de orientação da execução do projeto;Memória justificativa eMemória de cálculo (no caso de problemas excepcionalmente complexos ou a pedido dos interessados).

f) PROJETO DE CÁLCULO ESTRUTURALÉ um projeto extremamente importante ao planejamento de custos uma vez que será responsável pela obtenção dos custos de infra-estrutura e supra-estrutura da obra. Segundo a NBR- 12.722/1992, no caso de se tratar de concreto armado, o projeto estrutural deve compreender: Locação e carga nos pilares da fundação;Características dos materiais empregados;Plantas de formas de todo o projeto estrutural nas quais devem constar as seguintes indicações: Qualidade do concreto, e a qualidade dos aços empregados; tipos de acabamentos especiais constantes do projeto arquitetônico (concreto aparente, liso ou aplicado, etc); contra flecha e sobrecargas especiais; qualquer outra indicação que torne mais claro o projeto estrutural e as limitações de uso.Desenhos de armação de todos os elementos do projeto estrutural;Detalhes em escalas adequadas, para a correta interpretação do projeto estrutural, de acordo com a NBR-7191.

g) PROJETO DE INSTALAÇÕES, COMPLEMENTARES E ESPECIAIS

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

Seguem o mesmo critério de qualidade e rigor técnico dos demais projetos que não queremos nos alongar em maiores comentários sobre o tema. Não adianta tecer comentários sobre outros projetos, até porque nossa visão do orçamento vai além da dissertação em tela, que aborda apenas o sub setor de edificações.

O importante é afirmar que a qualidade e dos orçamentos dependem fundamentalmente dos projetos existentes.

h) ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E DE ACABAMENTO DA OBRA

As especificações técnicas e de acabamento são fatores importantes para o planejamento e a execução do empreendimento.

Elas incidem diretamente em:- Custos de construção (orçamento detalhado da obra);- Métodos construtivos para execução dos serviços;- Prazo técnico da obra e- Padrão de acabamento do empreendimento.

As especificações técnicas devem ser definidas ainda na fase de planejamento.

São aquelas que explicitam métodos e técnicas para a execução dos serviços de construção, descritos ou não nos projetos.

Estas informações são primordiais para a elaboração do orçamento da obra e para o acompanhamento físico-financeiro. “A falta destas informações leva o ornamentista a fazer considerações a respeito das características técnicas que, muitas vezes, fogem bastante da realidade construtiva.”

i) MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

De acordo com o Trajano, 1985, “os orçamentos na construção civis têm se mantido à distância dos métodos da Engenharia de Produção desenvolvida pela Engenharia Fabril, tenha mais uma vez, desenvolvido métodos próprios de apropriação e análise de custos, bem como de ornamentação; métodos esses muito ligados ao processo de execução da obra, ao tipo de obra e ao estágio de detalhamento do projeto, constituindo-se, por vezes, em métodos orçamentários totalmente autônomos, isto é, absolutamente independentes mesmo quando referentes a etapas diferentes da mesma obra”.

Trajano, ainda cita, na página 4 da referida publicação, “a indústria da construção civil se diferencia da indústria fabril, basicamente pela não repetitividade de seus produtos.

Enquanto na indústria fabril os produtos são em grande quantidade, relativamente de pequeno valor, de pequenas dimensões e estocáveis, na construção civil eles são únicos (estrada, barragem, conjunto habitacional), de grande valor relativo, de grandes dimensões e não estocáveis (a não ser, por extensão de conceito, as habitações não vendidas).

Disso decorre que a empresa fabril tem uma fábrica imóvel onde os materiais e a mão de obra entram sempre pelo mesmo lugar e percorrem sempre os mesmos caminhos, e os produtos saem pelo mesmo lugar o que não ocorre com a empresa de construção.”Ainda, segundo Trajano, “empresa de construção monta uma “fábrica” transitória (o canteiro de serviço) no local de cada produto (a obra), “fábrica” essa que é basicamente uma montadora, recebendo uma enorme diversidade de materiais e componentes que percorrem caminhos variados no espaço e no tempo.

Essa “fábrica”, inicialmente periférica ao produto, desloca-se progressivamente para dentro deste à medida que é construído, fluindo através da parte já executada do produto

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

(obra), os materiais, a mão de obra, e os equipamentos necessários à execução da parte restante.

Este fato ocasiona um “layout” de execução excessivamente mutável, exigindo uma atividade de planejamento e controle da produção muito atenta e atuante a fim de: obter boa produtividade da mão de obra e evitar todo tipo de perda quer de materiais por aquisição em excesso ou manuseio inadequado, quer de mão de obra por paralisações de serviço, ineficiência etc.

A palavra “custo” é o termo genérico utilizado para referir-se a qualquer gasto, seja ou não monetário, aplicado na produção de um bem ou serviço. Pode-se definir também custo como sendo um esforço econômico despendido na consecução de um produto.

Como produção de qualquer bem ou serviço se faz através da utilização de diversos insumos – usualmente categorizados em matérias primas, mão de obra direta e atividades indiretas – o custo deste bem ou serviço será um somatório dos custos de todos os insumos congregados em sua produção.”

Trajano na página 7, considera ainda, “como características dos custos industriais, de um modo geral as empresas de construção civil funcionam através de dois grandes sistemas administrativos:

- O da Administração Central que concentra toda a infra-estrutura necessária ao funcionamento da empresa, e.

- O da produção que atinge a todos os produtos (sejam eles projetos ou construções).Assim, o custo industrial pode ser dividido também nesses dois tipos de custos:

- Custos Empresariais – que são os formados nas atividades relativas à administração central da empresa, de modo geral independente do volume de produção.

- Custos de Produção – que são formados no desenvolvimento das atividades de produção dos produtos, envolvendo todos os materiais necessários à execução dos produtos e todas as atividades necessárias ao processamento dos mesmos.

Nesse sentido, apresenta-se abaixo um Quadro sintético com um esquema geral de classificação de custos o qual analisa-se a seguir: FIM.

Cronograma físico-financeiro

Planilha mostra evolução da obra e o quanto será gasto ao longo do tempo

1 - Quando se inicia uma obra, o ideal é saber exatamente quanto tempo os trabalhos vão

durar e, conseqüentemente, quando vão acabar. Por isso, antes de colocar a mão na

massa, é importante planejar com detalhes os serviços que serão executados em todas

as fases de execução do projeto.

2 - O resultado desse planejamento é o cronograma da obra. Esse registro expressa

visualmente a programação das atividades que serão realizadas durante a construção.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

Ele pode ser mais ou menos detalhado, contemplando a duração de serviços específicos

(por exemplo, a instalação das esquadrias de um edifício) ou apenas as fases mais gerais

da obra (fundações, estrutura, alvenaria, etc.). Quando ele mostra, também, os valores

que serão gastos, ao longo do tempo e em cada uma dessas atividades, ele recebe o

nome de cronograma físico-financeiro.

3 - Essa programação organizada permite que o construtor compre ou contrate materiais,

mão de obra e equipamentos na hora certa. Se ele fizer isso depois do momento ideal, a

obra atrasa. Se fizer antes do tempo, pode perder materiais no estoque ou pagar mão de

obra e equipamentos que acabam ficando parados, sem trabalho.

4 - Portanto, a elaboração de um cronograma físico-financeiro realista exige a

participação de várias pessoas diretamente envolvidas com a obra - proprietário ou

incorporador, engenheiro, mestre de obras, ornamentistas e compradores, entre outros

gestores. Uma vez que o cronograma está pronto, as possibilidades de alterações são

mínimas.

CRONOGRAMA Para que serve o cronograma (para) Organizar o caixa

1 - No cronograma físico-financeiro, as despesas com a execução dos serviços são

detalhadas semanal ou mensalmente, dependendo do tipo de construção. Isso permite

que os administradores do caixa da obra saibam exatamente quanto vão gastar e quando

isso vai acontecer, evitando despesas e empréstimos imprevistos. Da mesma forma, eles

podem planejar o investimento do dinheiro que ainda não foi gasto, que rende juros e

reduz as despesas do construtor.

Organizar o tempo

2 - O cronograma mostra, em uma linha do tempo, o começo e o fim de cada uma das

fases ou atividades da obra. A qualquer momento, portanto, é possível verificar com

rapidez o andamento das diversas frentes de serviço. Assim é possível definir prioridades

e concentrar o foco nas equipes que eventualmente estejam mais atrasadas em relação

às demais. O cronograma também ajuda a planejar as compras de produtos e materiais

de construção, reduzindo estoques desnecessários no canteiro.

Obter financiamento

Bancos não gostam de perder dinheiro. Por isso, quando fazem empréstimos para obras,

exigem que o construtor apresente o cronograma físico-financeiro junto com os projetos,

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

a planilha orçamentária e o memorial descritivo da obra. Juntos, esses documentos

servem como garantia de que o dinheiro emprestado será efetivamente usado na

construção ou reforma de um imóvel.

A – Projeto Básico

Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar o Gerenciamento, a Obra ou Serviço, ou complexo de Obras ou Serviços, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a Viabilidade Técnica e o adequado tratamento do impacto Ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do Custo da obra e a definição dos Métodos e do Prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:

g) Desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos construtivos com clareza;

h) Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;

i) Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a execução;

j) Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

k) Subsídios para a montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;

l) O orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;

B – Projeto Executivo

O conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

NOTAS:

1 - Apesar da lei se referir à possibilidade de se elaborar o edital apenas com o projeto básico, é imperioso para a boa performance das empresas prestadoras de serviços que seja apresentado o projeto executivo (vide seqüência desejada na própria lei).

2 - Ao se analisar estas definições pode-se assegurar que a Lei nº 8.666 falha ao definir de forma aparentemente clara o que é Projeto Básico , enquanto a definição de Projeto Executivo é insuficiente, inclusive cita normas a serem pesquisadas na ABNT. Entretanto, este órgão não tem qualquer norma sobre o tema.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

3 - Tem-se conhecimento de manuais elaborados pela Administração Pública Federal que não são utilizados e tampouco citados nas licitações governamentais, nos três níveis do poder (federal, estadual e municipal). Entretanto, deveriam fazer parte integrante dos editais, uma vez que definem, da melhor maneira oficial existente, as especificações de projeto e de construção, são eles:

. 4 - Manual de Obras Públicas – Edificações; Práticas da SEAP – Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio – Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, inclusive com aspecto bem assemelhado com o antigo Decreto 92100, também de âmbito federal.

. Manual de Projeto;

. Manual de Manutenção e

. manual de Construção.

Estes manuais apresentam como principal defeito não formular exigências tais como: tolerância de erro topográfico, ou de acabamento de alvenaria ou de revestimento etc.

C) AS FORMAS DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

As formas de contratação de acordo com o art. 10 da Lei 8.666/93 das licitações são as seguintes:

e) Empreitada por preço global;f) Empreitada por preço unitário;g) Tarefa;h) Empreitada integral.

Conforme previsto na SEÇÃO II - DAS DEFINIÇÕES da Lei 8.666/93, tem-se para as formas mais comuns de contratação, o seguinte:

- Empreitada por preço global – quando se contrata a execução da obra ou serviço por preço certo ou total;

- Empreitada por preço unitário – quando se contrata a execução da obra ou serviço por preço certo de unidades determinadas.

A interpretação de cada uma destas modalidades de contratação de serviços deve seguir o seguinte:

- PREÇO GLOBAL – o escopo dos serviços e os produtos a serem desenvolvidos deverão estar adequadamente definidos, devendo existir projeto executivo de nível técnico compatível.

- PREÇO UNITÁRIO - quando o escopo dos serviços não está adequadamente definido ou não existe projeto executivo.

É inadequado, quando não exista projeto executivo, adotar a modalidade de contratação do tipo preço global. Assim, por exemplo, em serviços de reformas ou recuperação estrutural, tem-se o caso típico de contratação por preço unitário. Pode-se, quando necessário adotar o sistema misto (preço global e unitário) em um mesmo contrato, isto é, no caso uma fundação em estaca pode ser medido em metros e o restante da construção, havendo projeto adequado, pode ser por preço global.

Sabe-se que a grande maioria dos Tribunais de Contas Estaduais e o próprio TCU (Tribunal de Contas da União), sempre que existe alteração no escopo do projeto entende que o orçamento da construção deve ser revisado, obrigando a existência de medição dos serviços executados, assim sendo invalida a distinção entre contratação por preço unitário e global, em obras públicas.

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

Conclui-se que a forma única de contratação deveria ser por Preço Unitário, pois, faz justiça a ambos os envolvidos com a efetivação de medições físicas dos serviços e depende menos da qualidade das informações existentes sobre o empreendimento no Edital e é aceito pelos órgãos auditores.

D - FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA, SEGUNDO GOLDMAN(1999)

De acordo com o exposto anteriormente, pode-se discutir a formação do preço dos serviços de engenharia, sob a ótica da qualidade das informações da construção.

Em análise realizada à dissertação apresentada por Goldman, na página 10, tem-se:a) Projetos e Especificações para o Planejamento: Para a perfeita execução do planejamento de custos de empreendimento é necessário que se conheça o projeto em seus mínimos detalhes e que se tenha acesso aos materiais necessários a este planejamento, entre outros , citou:Projetos:b) - Projeto de ArquiteturaO projeto arquitetônico completo para o planejamento de custos é aquele que não permite dúvidas com relação à execução seja do ponto de vista das elevações seja dos acabamentos de cada compartimento.É material básico para o adequado planejamento de custos o fornecimento do projeto arquitetônico legal (para aprovação deste na Prefeitura) e o projeto executivo com todos os detalhes necessários à boa execução.c) Projeto DefinitivoÉ formado pelos seguintes elementos:Plantas, cortes e elevações:Plantas, cortes e elevações esclarecendo todos os pormenores de que se constituirá a obra a ser executada. Determinação, com a assistência dos autores dos projetos da estrutura e das instalações, da distribuição dos elementos do sistema estrutural e dos pontos de distribuição de redes hidráulica, sanitária, elétrica, telefônica, de ar condicionado, elevadores, etc.d) Detalhes:Desenhos de todos os pormenores necessários à execução da obra, em escala adequada à sua interpretação exata: esquadrias, portas e armários (com as respectivas quantidades), elementos de composição e proteção da fachada, soleiras, peitoris, elementos divisórios especiais, elementos vazados, pisos especiais, revestimentos especiais, cobertura (telhados, terraços, tipo de impermeabilização, etc), forros, elementos decorativos, etc. No tocante à garagem deve haver indicação do número de vagas e situação dos carros ou barcos.Elementos Urbanísticos (inclusive paisagismo)No caso em que a solução de problemas urbanísticos não demandar a elaboração de projeto de urbanismo, as indicações dos elementos urbanísticos relacionados com a construção de edificação devem fazer parte integrante do projeto definitivo.Os elementos relativos ao paisagismo devem constar de perfis transversais das vias e praças, locação e detalhamento do arruamento e indicação da arborização. Compreendem plantas, cortes, elevação, com indicação de lagos, bancos, muretas, balaustradas, fontes, degraus, etc., assim como uma lista de todas as espécies de vegetais e o local onde podem ser encontradas.Plantas para Execução:Conjunto de plantas resultante da coordenação do projeto definitivo de arquitetura e dos projetos geotécnicos, de estrutura e instalações, inclusive especiais, com indicação de especificações necessárias para execução. Estas plantas devem conter sempre as áreas e perímetros dos diferentes compartimentos.Além do projeto arquitetônico, é usual que o arquiteto elabore o caderno de especificações de acabamentos e equipamentos do empreendimento.Na sua forma mais completa, deve ser apresentada como um caderno de encargos, onde além da identificação das especificações de acabamentos dos ambientes, fica

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AULA Nº-1 – PLANEJAMENTO - POR ONDE COMEÇAR

caracterizada a metodologia e os processos de como serão preparados e aplicados na obra (Guedes, 1982). e) PROJETO GEOTÉCNICOSegundo a NBR – 12.722/1992, consiste na orientação (análise, cálculo e indicação de métodos de execução) dos seguintes serviços:Mecânica dos solos e obras de terra – desmonte e escavação; rebaixamento do lençol d’ água subterrâneo; aterros; reaterros; estabilidade de taludes naturais e artificiais; escoramento, arrimo e ancoragens (do próprio terreno e/ou de terreno vizinho ou logradouro); drenagem superficial e profunda e injeções no terreno. Fundações: escolha do tipo, cota de assentamento (caso de fundação rasa ou especial); comprimento dos elementos (caso de fundação profunda ou especial); taxas e cargas admissíveis pelo terreno para fundação.O projeto geotécnico consta de:Plantas de localização das obras de terra, sistemas de rebaixamento de lençol, drenagem superficial e profunda, arrimos e fundações e injeções;Cortes e seções do terreno, mostrando as camadas do solo interessadas por aquelas obras;Detalhes de projeto das diversas obras de terra, sistemas de rebaixamento de lençol, drenagem superficial e profunda, arrimos, fundações e injeções;Esquemas de orientação da execução do projeto;Memória justificativa eMemória de cálculo (no caso de problemas excepcionalmente complexos ou a pedido dos interessados). f) PROJETO DE CÁLCULO ESTRUTURALÉ um projeto extremamente importante ao planejamento de custos uma vez que será responsável pela obtenção dos custos de infra-estrutura e supra-estrutura da obra. Segundo a NBR- 12.722/1992, no caso de se tratar de concreto armado, o projeto estrutural deve compreender: Locação e carga nos pilares da fundação;Características dos materiais empregados;Plantas de formas de todo o projeto estrutural nas quais devem constar as seguintes indicações: Qualidade do concreto, e a qualidade dos aços empregados; tipos de acabamentos especiais constantes do projeto arquitetônico (concreto aparente, liso ou aplicado, etc); contra flecha e sobrecargas especiais; qualquer outra indicação que torne mais claro o projeto estrutural e as limitações de uso.Desenhos de armação de todos os elementos do projeto estrutural;Detalhes em escalas adequadas, para a correta interpretação do projeto estrutural, de acordo com a NBR-7191.

g) PROJETO DE INSTALAÇÕES, COMPLEMENTARES E ESPECIAIS

Seguem o mesmo critério de qualidade e rigor técnico dos demais projetos que não queremos nos alongar em maiores comentários sobre o tema. Não adianta tecer comentários sobre outros projetos, até porque nossa visão do orçamento vai além da dissertação em tela, que aborda apenas o sub setor de edificações.

O importante é afirmar que a qualidade e dos orçamentos dependem fundamentalmente dos projetos existentes.

h) ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E DE ACABAMENTO DA OBRA

As especificações técnicas e de acabamento são fatores importantes para o planejamento e a execução do empreendimento.

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Elas incidem diretamente em:- Custos de construção (orçamento detalhado da obra);- Métodos construtivos para execução dos serviços;- Prazo técnico da obra e- Padrão de acabamento do empreendimento.

As especificações técnicas devem ser definidas ainda na fase de planejamento.

São aquelas que explicitam métodos e técnicas para a execução dos serviços de construção, descritos ou não nos projetos.

Estas informações são primordiais para a elaboração do orçamento da obra e para o acompanhamento físico-financeiro. “A falta destas informações leva o ornamentista a fazer considerações a respeito das características técnicas que, muitas vezes, fogem bastante da realidade construtiva.”

i) MÉTODOS DE ORÇAMENTAÇÃO

De acordo com o Trajano, 1985, “os orçamentos na construção civis têm se mantido à distância dos métodos da Engenharia de Produção desenvolvida pela Engenharia Fabril, tenha mais uma vez, desenvolvido métodos próprios de apropriação e análise de custos, bem como de ornamentação; métodos esses muito ligados ao processo de execução da obra, ao tipo de obra e ao estágio de detalhamento do projeto, constituindo-se, por vezes, em métodos orçamentários totalmente autônomos, isto é, absolutamente independentes mesmo quando referentes a etapas diferentes da mesma obra”.

Trajano, ainda cita, na página 4 da referida publicação, “a indústria da construção civil se diferencia da indústria fabril, basicamente pela não repetitividade de seus produtos.

Enquanto na indústria fabril os produtos são em grande quantidade, relativamente de pequeno valor, de pequenas dimensões e estocáveis, na construção civil eles são únicos (estrada, barragem, conjunto habitacional), de grande valor relativo, de grandes dimensões e não estocáveis (a não ser, por extensão de conceito, as habitações não vendidas).

Disso decorre que a empresa fabril tem uma fábrica imóvel onde os materiais e a mão de obra entram sempre pelo mesmo lugar e percorrem sempre os mesmos caminhos, e os produtos saem pelo mesmo lugar o que não ocorre com a empresa de construção.”Ainda, segundo Trajano, “empresa de construção monta uma “fábrica” transitória (o canteiro de serviço) no local de cada produto (a obra), “fábrica” essa que é basicamente uma montadora, recebendo uma enorme diversidade de materiais e componentes que percorrem caminhos variados no espaço e no tempo.

Essa “fábrica”, inicialmente periférica ao produto, desloca-se progressivamente para dentro deste à medida que é construído, fluindo através da parte já executada do produto (obra), os materiais, a mão de obra, e os equipamentos necessários à execução da parte restante.

Este fato ocasiona um “layout” de execução excessivamente mutável, exigindo uma atividade de planejamento e controle da produção muito atenta e atuante a fim de: obter boa produtividade da mão de obra e evitar todo tipo de perda quer de materiais por aquisição em excesso ou manuseio inadequado, quer de mão de obra por paralisações de serviço, ineficiência etc.

A palavra “custo” é o termo genérico utilizado para referir-se a qualquer gasto, seja ou não monetário, aplicado na produção de um bem ou serviço. Pode-se definir também custo como sendo um esforço econômico despendido na consecução de um produto.

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Como produção de qualquer bem ou serviço se faz através da utilização de diversos insumos – usualmente categorizados em matérias primas, mão de obra direta e atividades indiretas – o custo deste bem ou serviço será um somatório dos custos de todos os insumos congregados em sua produção.”

Trajano na página 7, considera ainda, “como características dos custos industriais, de um modo geral as empresas de construção civil funcionam através de dois grandes sistemas administrativos:

- O da Administração Central que concentra toda a infra-estrutura necessária ao funcionamento da empresa, e.

- O da produção que atinge a todos os produtos (sejam eles projetos ou construções).Assim, o custo industrial pode ser dividido também nesses dois tipos de

custos:

- Custos Empresariais – que são os formados nas atividades relativas à administração central da empresa, de modo geral independente do volume de produção.

- Custos de Produção – que são formados no desenvolvimento das atividades de produção dos produtos, envolvendo todos os materiais necessários à execução dos produtos e todas as atividades necessárias ao processamento dos mesmos.

Nesse sentido, apresenta-se abaixo um Quadro sintético com um esquema geral de classificação de custos o qual analisa-se a seguir:

FIM.

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE CONSTRUÇÃO NA CONCEPÇÃO E EXECUÇÃO DE

UMA OBRA

Muito mais do que empilhar tijolos ou montar estruturas metálicas, construir é uma missão elaborada que requer análise de cálculos, detalhamento estrutural, tomada de decisões, entre outros fatores que fazem toda a diferença no produto final da obra. Diante disso, o projeto de construção uma obra torna-se indispensável atualmente, quando custo, tempo e exploração de recursos são itens fundamentais ao construir.

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Descubra a seguir como um projeto de construção e como a gestão desse podem fazer a diferença na sua obra.

O que é e para que serve um projeto de engenharia?

O projeto é um dos elementos fundamentais do processo de produção no setor da construção. É neste momento que são feitas as escolhas que vão direcionar a obra: definições de material, construtoras, escritórios de engenharia e arquitetura, profissionais, entre outros aspectos que compõem o momento construtivo. Costumam fazer parte do projeto definições sobre:

Arquitetura; Fundações; Estruturas (concreto, metálica, alvenaria estrutural); Instalações (hidráulicas, elétricas); Ar condicionado; Automação; Segurança predial; Segurança contra incêndio; Paisagismo; Drenagem; Terraplenagem; Pavimentação; Interiores; Esquadrias e vidros; Elevadores / transporte vertical; Acústica; Iluminação; Análise térmica/ energética; Impermeabilização; Fachadas (revestimentos externos) ou fechamentos pré-fabricados; Cozinhas; Garagens; Segurança contra incêndio; Meio ambiente; Impacto de tráfego.

É no projeto de construção também que se especificam objetivos, prazos, custos, enfim, é quando se traça o planejamento da obra.

Qual a importância do projeto de engenharia?O projeto de engenharia é o guia de execução de uma obra. “É importante para que as necessidades do usuário sejam entendidas e transformadas na melhor solução arquitetônica, o que inclui não só a estética como as condições de habitação, acesso e conforto”, ressalta a arquiteta e mestre em engenharia Marcia Menezes dos Santos, diretora da Unidade de Projetos Especiais do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações).

O projeto prevê e direciona como, quando e por quem as operações serão realizadas. Com o estudo do projeto de construção da obra, as previsões são mais precisas, o processo pode ser otimizado, e o bom resultado tem maior garantia, conforme explica Santos: “na fase de projeto, ainda podem ser estudadas soluções para uma melhor eficiência das edificações, como, por exemplo, economia de energia e reuso de água, gerando uma economia no custo da operação após a entrega”.

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A partir de planejamentos, cálculos e levantamentos é possível:

Evitar surpresas durante a execução; Desenvolver diferenciais competitivos; Antecipar-se as situações desfavoráveis; Agilizar as decisões; Aumentar o controle gerencial.

Em suma, os projetos são:

Planejados, executados e controlados. Confira abaixo cada uma dessas etapas.

Planejamento

O Planejamento da obra inclui a previsão de prazo de entrega para cada uma das fases da obra, assim como seus custos.

O planejamento de obra inclui decisões a respeito dos seguintes tópicos:

Prazos; Qualidade; Segurança; Meio Ambiente.

Nesta fase de desenvolvimento do empreendimento, estão envolvidos a incorporadora - responsável pela concepção, coordenação, desempenho, especificações, levantamentos de custos do produto a ser construído (podem ser construtoras, escritórios de engenharia, etc) - o proprietário do empreendimento, a gerenciadora / gestora, seguradora e os órgãos de aprovação do projeto (prefeitura, corpo de bombeiros, meio ambiente e tráfego).

O planejamento funciona como uma forma de controle de custos, prazos e atividades da obra, mas para isso se faz necessário acompanhar com atenção as ações construtivas. “Com o planejamento é possível ter uma visão clara do caminho crítico e do fluxo de desembolso necessário para a condução”, assegura a especialista, Marcia Menezes dos Santos.

Execução

Na fase de execução da obra participam:

Empresa de engenharia e construção, responsável pela viabilização do empreendimento (técnica e de custos), coordenação do projeto, custos, planejamento das ações construtivas, logística, desempenho, gestão da qualidade, segurança, meio ambiente, compras e contratações (gestão de fornecedores), construção, vistoria e entrega, além da assistência pós-entrega. É a gestão da obra;

Fornecedores de materiais, componentes e sistemas, equipamentos. Fornecedores de serviços; Órgãos fiscalizadores – habite-se, AVCB, etc.

Operação e Manutenção

A obra não acaba quando termina: são necessárias medidas para controlar a operação e manutenção do produto final. De acordo com o Engenheiro Paulo Andrade, ao se estabelecer normas de boa conservação das construções seria possível evitar prejuízos com possíveis reparos e reformas póstumas. “Quando se estabelece um contrato para uma construção, o engenheiro ou a empresa construtora tem a obrigação por Normas e

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leis, a ter uma qualidade definida. A nosso ver, deveríamos evoluir para a criação de uma legislação que obrigasse o cliente-usuário a fazer a manutenção pelo menos por um determinado tempo, de acordo com um manual que lhe seria entregue oficialmente com o final da obra”, defende o engenheiro.

É recomendável estarem envolvidos na operação e manutenção da obra:

Administradora; Proprietário do edifício, incorporadora; Empresa de Engenharia e Construção, na função de cumprir as garantias e prestar a

assistência pós-entrega; Fornecedores de materiais, componentes e sistemas, equipamentos; Fornecedores de serviços; Seguradoras.

A degradação de uma construção é inevitável, mas é possível minimizá-la: “a deterioração é sempre o resultado de uma ação de oxigenação. E esse oxigênio é auxiliado em sua ação pela poluição atmosférica, pela umidade que não foi evitada e acelerado pela falta da manutenção”, explica Paulo Andrade. Logo, cuidados com a manutenção e operação de um edifício, por exemplo, podem retardar os efeitos da deterioração e é exatamente por isso que esses cuidados tornam-se indispensáveis. “É preciso criar uma campanha para a conscientização da necessidade de manutenção”, avalia o engenheiro.

Contratações

A contratação de empresas (construtoras, escritórios de engenharia, escritórios de arquitetura, etc) para a execução do empreendimento é uma tarefa que exige cuidado e atenção. É costume investigar a saúde financeira, o currículo e a experiência das candidatas. Também é importante verificar se a empresa respeita as boas práticas ambientais e de segurança no trabalho, a forma de contratação dos funcionários da empresa e se a candidata faz uso de tecnologia de ponta.

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Há várias formas de contratação, cada qual com uma particularidade de risco a serem assumidos, seja pelo contratante ou pela contratada. As modalidades, em geral, são divididas em três categorias. São elas:

Contratação de preço global: também chamada de contratação por preço fixo, este tipo de contrato determina um preço total invariável para um produto previamente definido. Cabe também nesta contratação praticar incentivos para que os objetivos definidos no projeto sejam alcançados e ou superados, tais como prazos; 

Contratação por custos reembolsáveis: estabelece o pagamento/reembolso para o fornecedor sobre os gastos reais desse fornecedor, acrescidos de uma taxa que representa o lucro da empresa contratada;

Contratação por tempo e material: são contratos mistos; são compostos por aspectos dos acordos de custos reembolsáveis e de preço fixo.

Preço

Segundo informações da diretora da Unidade de Projetos Especiais do CTE, Marcia Menezes dos Santos, o investimento em um projeto de construção representa 2 a 4% do valor do custo da construção, podendo ainda gerar economia posteriormente. Apesar das vantagens proporcionadas pelo projeto construtivo, o consumidor final ainda prefere dispensá-lo. “É comum utilizar os serviços dos profissionais da área de construção e contratar somente as equipes operacionais que não vão utilizar projeto ou planejamento. É o chamado ‘bom pedreiro’”. Mas a opção por não investir em estudos e planejamento tem seu preço: “pode onerar a obra ou mesmo o desempenho da edificação durante o seu uso”, alerta.

Para obter sucesso

Para garantir o bom andamento do empreendimento, além das recomendações acima sugeridas é preciso seguir algumas normas básicas, fundamentais em qualquer realização. Destacam-se:

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Bom senso: agir dentro do combinado, com discernimento do que é certo e errado, e com coerência;

Experiência: agir de forma empírica, tirar proveito daquilo que já foi vivido, do que já é conhecido;

Honestidade: agir distante de fraudes, com o compromisso de ser verdadeiro não mentindo nem escondendo problemas/obstáculos que podem surgir ao longo da execução do empreendimento;

Transparência: mostrar clareza nas atitudes e cumprir com o que foi combinado; Ética: como em toda a prática, a conduta ética é indispensável. 

Fonte:

Portal Met@licaMaterail de Apoio: NGI Consultoria

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