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Última missão: atrair investidores Dia D potenciais interessados nos projetos e dispostos a abrir os cordões à bolsa. Quinta-feira sobe o pano para as 15 equipas finalistas. É agora Será o primeiro dia do res- to da vida dos projetos fi- nalistas do Energia de Portugal. As 15 equipas com melhor classifica- ção apresentam as suas ideias de negócio na quinta-feira, 28 de ju- nho, na Reitoria da Uni- versidade Nova de Lisboa, perante uma plateia de 400 pessoas, constituída maio- ritariamente por business angels e repre- sentantes de sociedades de capital de ris- co. Desde que, no quarto bootcamp, Mar- tim Avillez ¥'vgae\reâo,publisher do gru- po Impresa, surpreendeu ao anunciar que reuniu um grupo de potenciais in- vestidores dispostos a abrir mão de 50 milhões de euros, que os 200 participan- tes anseiam por este dia. Não é o dia do juízo final, mas poderá mudar a vida dos membros das 15 equipas finalistas. Além dos convidados da Associação Portuguesa de Business Angels (APBA), liderada por João Trigo da Roza, e da Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA), presidida por Francisco Banha "parceiros vi- tais" da iniciativa, como disse em tem- pos Martim Avillez Figueiredo , esta- rão também investidores particulares. Um dos que marcarão presença será Hugo Gonçalves Pereira, administrador de três sociedades, cujos investimentos estão segmentados por valor e por fase de maturidade das empresas. Professor de Private Equity na Universidade Cató- lica e membro da direção da APBA, "es- taria disponível para investir num dos projetos" como business angel, através Textos MARIA MARTINS e CARLOS AFONSO MONTEIRO Fotos LUÍS FAUSTINO

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Última missão:atrair investidores

Dia D Há potenciais interessados nos projetos e dispostos a abrir os cordõesà bolsa. Quinta-feira sobe o pano para as 15 equipas finalistas. É agora

Será

o primeiro dia do res-to da vida dos projetos fi-nalistas do Energia de

Portugal. As 15 equipascom melhor classifica-

ção apresentam as suasideias de negócio naquinta-feira, 28 de ju-nho, na Reitoria da Uni-

versidade Nova de Lisboa, perante umaplateia de 400 pessoas, constituída maio-ritariamente por business angels e repre-sentantes de sociedades de capital de ris-

co. Desde que, no quarto bootcamp, Mar-tim Avillez ¥'vgae\reâo,publisher do gru-po Impresa, surpreendeu ao anunciar

que reuniu um grupo de potenciais in-vestidores dispostos a abrir mão de 50milhões de euros, que os 200 participan-tes anseiam por este dia. Não é o dia do

juízo final, mas poderá mudar a vida dosmembros das 15 equipas finalistas.

Além dos convidados da AssociaçãoPortuguesa de Business Angels (APBA),liderada por João Trigo da Roza, e da

Federação Nacional de Associações deBusiness Angels (FNABA), presididapor Francisco Banha — "parceiros vi-tais" da iniciativa, como disse em tem-pos Martim Avillez Figueiredo —

, esta-rão também investidores particulares.

Um dos que marcarão presença será

Hugo Gonçalves Pereira, administradorde três sociedades, cujos investimentosestão segmentados por valor e por fasede maturidade das empresas. Professorde Private Equity na Universidade Cató-lica e membro da direção da APBA, "es-taria disponível para investir num dos

projetos" como business angel, através

Textos MARIA MARTINSe CARLOS AFONSO MONTEIRO

Fotos LUÍS FAUSTINO

da sociedade Shilling Capital Partners,caso encontre "um produto inovadorcom potencial de crescimento global euma equipa com grande paixão e ambi-ção". Poderá investir "entre €50 mil e€150 mil por projeto".

Santiago Salazar, acionista e adminis-trador da Busy Angels SGPS, explica por-que é que os investidores se ficam poraqueles valores: "Em projetos que estãoa nascer, a exposição tem de ser baixapelo altíssimo risco das operações. En-tre um mínimo de €20 mil e um máxi-mo de €100 mil é o recomendável. Acon-tece às vezes a oportunidade de coinves-timento de várias entidades".

O coinvestimento é uma forte possibili-dade em tempos de crise, "uma modali-dade que pode fazer algum sentido do

ponto de vista do investidor", diz Alber-to Jorge Teixeira. O administrador da

Fundição do Alto da Lixa admite, toda-via, que se não houver qualidade nos

projetos, nada feito. Assim, vê o Energiade Portugal como uma pedrada no char-co: "Por duas grandes razões: a primeiraprende-se com a qualidade da metodolo-

gia seguida no desenvolvimento dos pla-nos de negócio e com a credibilidadedos parceiros do programa. Segunda ra-zão: esta iniciativa é das mais relevantesno sentido de apoiar o empreendedoris-mo em Portugal". Santiago Salazar tam-bém fala em qualidade: "A hipótese deinvestir está sempre no nosso ânimo. Adecisão depende, no limite, da qualida-de da ideia e das soluções na propostade valor. E das capacidades e paixão de-monstradas pelos promotores".

Ricardo Luz, fundador e presidente daInvicta Angels — Associação de Busi-

ness Angels do Porto, é da mesma opi-nião: "A Invicta Angels investe em proje-tos que cumpram o seu perfil de investi-

mento, após análise por parte dos busi-ness angels seus associados, segundo me-todologias próprias de avaliação e deci-são". O investimento da Invicta Angelsencontra-se entre os €50 mil e os €300mil. Pode, contudo, ser superior se o pro-jeto o justificar. É o que as 15 equipasesperam: que os seus negócios justifi-quem bons financiamentos.

jornalista.energia.portugal @ expresso.impresa.pt

Como vai ser o encontrocom os potenciaisfinanciadores

O guião que as equipasfinalistas vão seguirno investment pitchpara captar o interessedo leque de investidores

"A fórmula é simples:10/10/30", diz António Lucenade Faria, CEO da Fábrica de

Startups, responsável pela or-ganização dos bootcamps do

Energia de Portugal. Nós tra-duzimos: 10 minutos para apre-sentar a ideia e responder a

perguntas + 10 slides (no máxi-mo 15) para transmitir toda a

mensagem + fonte 30 nos tex-tos dos slides. Parece básico,mas a maioria dos empreende-dores desconhece esta fórmulae acaba por comprometer o

pitch e o futuro do projeto.Apresentações longas, slides

atrás de slides num corpo deletra que praticamente não se

lê, afastam os investidores. Eé exatamente o contrário o

que procuram estas 15 equi-pas, que querem despertar o

interesse da audiência de for-ma a serem convidadas parauma sessão de Deal Room nosdias seguintes. António Luce-na de Faria foi claro no últimobootcamp: "Os 10 minutos quecada equipa tem para contac-tar com os investidores devemser repartidos em 7+3, ou se-

ja, 7 minutos para explicar o

projeto e 3 minutos para res-ponder às perguntas". E paraprovar que não é impossível, o

CEO da Fábrica de Startupsgarantiu que já fez um pitchde 6 minutos.

Ambicioso, mas exequível

Mas o desafio é ambicioso paraas equipas finalistas do Ener-gia de Portugal. Este é o tempoque terão para expor o proble-

ma que identificaram, explicarclaramente a proposta de valor(solução), descrever a tecnolo-gia utilizada, convencer a au-diência que já têm uma estraté-gia eficaz para ir para o merca-do, provarem porque é que a

empresa é melhor que a concor-rência, apresentar um modelode negócio completo e um pla-no financeiro com estimativaspara os próximos 3 anos, deta-lhar a tração do negócio e a ca-

lendarização dos principaismarcos no futuro imediato.

Boas equipas valem mais

E, se tudo isto é importantepara captar o interesse de

quem procura bons projetospara investir, falta ainda o

ponto fundamental: a equipa.A maioria dos investidoresnão hesita em admitir que émais aliciante investir numaboa equipa do que numa boaideia. Todos procuram ideiasdisruptivas, com potencial decrescimento e, atualmente, é

praticamente obrigatório queestejam pensadas à escala glo-bal. Mas esta fórmula só é real-mente atrativa se estiver su-portada numa boa equipa. Porisso, há que reservar o temponecessário para explicarquem são os seus membros"em poucas palavras, mas rele-vantes", aconselha AntónioLucena de Faria.

Se as 15 equipas finalistas do

Energia de Portugal — organi-zado pelo Expresso, em parce-ria com a CGD, EDP, SAGE eFábrica de Startups —

, conse-guirem provar aos investido-res que têm um bom projeto euma melhor equipa, não lhesfaltará capital para dar o pon-tapé de saída em start-ups queainda darão muito que falar.

PROGRAMA DOINVESTMENT PITCH

¦ 28 de junho — quinta-feirarealiza-se o investment pitchdas 10 equipas vencedoras e das5 menções honrosas do Energiade Portugal

¦ 14h30 — Receção dos

participantes no Auditório daReitoria da Universidade Novade Lisboa

¦ 15h — Abertura da sessão

com uma breve retrospetiva, emvídeo, do que foram os 8

bootcamps e de como se

chegou aos projetosselecionados

¦ 15h15 — Início da

apresentação dos pitches. Cada

equipa terá de cumprir um

contrarrelógio dividido em duas

etapas: 7 minutos para explicaro projeto e 3 minutos pararesponder às perguntas dos

investidores

¦ 18h — Francisco PintoBalsemão, presidente da

Impresa, e Álvaro Santos

Pereira, ministro da Economia e

do Emprego, fazem cair o panosobre o Energia de Portugal

O QUE OS INVESTIDORES DIZEM

"Invisto ourepresentocapitais derisco. Os meusinvestimentosestãosegmentadospor valore por fasedematuridade"Hugo Gonçalves PereiraAdministrador ShillingCapital Partners

"A exposiçãonos projetosque estão anascer temde ser baixapelo altíssimorisco. É

recomendável

que seja entre€20 mile €100 mil"Santiago SalazarAdministrador da Busy

Angels SGPS

"Investidorescom apetitepor este tipode projetoconsideramverbas quepodem irdos €50 milatéaos €150 mil"Alberto Jorge TeixeiraAdministrador Fundiçãodo Alto da Lixa

"O nossoinvestimento,normalmente,encontra-seentreos 50 mile os 300 mileuros"Ricardo LuzFundador e presidentedo Invicta Angels —

Associaçãode Business Angels do Porto