presidente trf da 1ª região é processado por danos morais e caso vai parar no conselho nacional...

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1. n' x 3, Conselho Nacional de Justia. I - ~ * PJe - Processo Judicial EletrnicoConsulta Processual no 1 5/06/201 5 Processo no autuado Classe:RECLAMAO DISCIPLINAR Valor da causa:R$ 47280.0 Assuntos:Apurao de Infrao Disciplinar Segredo de justia?NO Justia gratuita?SIM Pedido de liminar ou antecipao de tutela?NO Partes Tipo Nome RECLAMANTE LEANDRO SANTOS DA SILVA RECLAMADO CNDIDO RIBEIRO Documentos Id.Data da Documento Tipo Assinatura17239 1723987 Presidente do TRF da 1a Regio pego no bafmetro Documento de Compwvao 8717239 1723986 Escndalo Presidente do TRF da 1a Regio Pego na Documento de Comprovao 35 Blitz Embnagado Vira Caso de Policia17239 1723985 Informaes Informaes 85 T17239 1723982 doc - 08 - anexo - documentos pessoais Documento de comprovao 8217239 1723981 doc - 07 - anexo Documento de comprovao 81 m17239 1723980 doc - 06 - anexo Documento de comprovao 80 _m_17239 1723979 doc - 05 - anexo Documento de comprovao 79 m17239 1723978 doc - 04 - anexo Documento de comprovao 78 T17239 1723977 doc - 03_5 Documento de comprovao 77 17239 1723976 doc - 03.4 Documento de comprovao 76 17239 1723975 doc - 03.3 Documento de comprovao 75 m17239 1723974 doc - 03_2 Documento de comprovao 74 *17239 1723973 doc - 03,1 Documento de comprovao 73 m17239 1723972 doc - 03 - anexo Documento de comprovao 72 T17239 1723971 doc - 02 anexo Documento de comprovao 71 T17239 1723970 doc - 01 _1 - anexo Documento de comprovao 70 T17239 1723969 doc - 01 - anexo Documento de comprovao 69 m17239 1723968 Ao por danos Morais Contra o Presidente do TRF Cpia de procedimento de outro rgo 5317239 1723967 RECLAMAO DISCIPLINAR Documento de comprovao 6717239 1723966 Petio inicial Petio inicial 66 m 2. 1506/2015 Corsan-o Naclmal ueJuslla- Protocolo do ProcessoDetalhes do Processo Jurisdio rgo Julgador rgo Julgador cologiado Classe Jud Valor da Causa (RS) CNJ Corregedorla Plenrln RECLAMAO DISCIPLINAR (um) 47.250,00Nmero Processo Relator0002731-7120152 00.0000 FATIMA NANCY ANDRIGHIProtocolo do Processo Processo distribudo com o nmero 0902731-71.29151303000 par-a o rgo Corregedor-a. Fecharmms llwwwon lus. hr! plecnlProcesso/ CansLi@Processo/ DalaihwresdtaduProloculazanDlslrlmlcaoseemca= m34&add30b| %925e7I44c2c236G6e79Bca4iS5d3aa3Ih743M46cB8%lE234d2159136666970?| l7la38l167hI3F673lmc23B8247M3a39de88D| |0b()llc40477B46deB3e9Qhbea7bc5edl43U2WlbMI751HEQWBGWEDDQZMMB ll1 3. 'susana rrimm ngm Parem ela 1' Re nnTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIO 'I'^11^tUIJ/ .|, I5II!1v 'i PQIHNCIIN'e- Proc Recebimento da petio. err-o Usuo LEANDRO SANTOS DA SID/ Ar _R Jorgo sebdonado suoseoa Judiciria da llrieus EL'mapas do pechnamenm ma Informar Dados Iniciais > Incluir partes Anaxarai-qiiivos pauaoiiar0 Sistema de Transmisso Eletrnica de Atos Processuais da Justia Federal da 1a Regio informa que sua petio foi recebida com xito na Subseo Judiciria de Ilhus (BA),s 19h50 de 15/06/2015, e recebeu o nmero provisrio 14468671.Sua petio sera' analisada.Consu te periodicamente sua petio atravs do sistema usando o nmero provisrio que lhe foi conferido. Lista de Arquivos EnviadosNome do Arquivo Tipo do Arquivo Descrio do Arquivo Hash do Arquivo 33010014468671201506151.PDF PETIO ACAO POR DANOS 1aaf92cd629f08c5f1692ce472f335b8873d503: INICIAL MORAIS CONTRA O PRESIDENTE DO TRF DA 1 REGIAO PETICAO INICIAL 33010014468671201506153.PDF DOCUMENTOS PRESIDENTE DO 142493cf2bf30eee687fc82adb911150842febe0TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1 REGIAO CONFESSA QUE INGERE BEBIDA ALCOOLICA COMPROMFENDODECISOES DENTRO DO TRIBU NAL OUTROS DOCUMENTOS33010014468671201506155.PDF FICHA DOC 02 ANEXO cfa33c10a8119b4a90dd40d98ff87e2d213a9df6 FINANCEIRA DOCUMENTOS33010014468671201506154.PDF DOCUMENTOS DOC 01 ANEXO 79D3C7d282de0ea677b1460242f68d0cdeCd93be DA INICIAL DOCUMENTOS DA INICIAL33010014463671201506155.PDF DOCUMENTOS DOC 01 1 ANEXO bc76C91:40e585398702e0cb5f4967eB24574e593 DA INICIAL DOCUMENTOS DAINICIAL 33010014468671201506157.PDF DOCUMENTOS DOC 03 ANEXO C74303a5720d97975da35a1f69734e981905675d DA INICIAL DOCUMENTOS DA INICIAL33010014468671201506159.PDF DOCUMENTOS DOC 03 2 ANEXO B9ef0ad16d9c12291C6C5053109b7ce5ec6D6f5C DA INICIAL DOCUMENTOS DA INICIAL330100144686712015061511.PDF DOCUMENTOS DOC 03 4 ANEXO 79b4d2fbc355cbOe2a4e967a3cfedbc30d3d84cS DA INICIAL DOCUMENTOS DAi-naazaw Vi iorsumruamu-aum' 4. 15Ii2015 . : Tribunal Regiane' Fedaal da 1' Regio;1 cadastro ? Acessar r i v'TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA RI. Lau Peticionamento Eletrnico Sair P ina do TRF e-Proc=Cadastro de Partes = usuo:LEANDRO SANTOS DA SILVA (CPF:irgo sdedonado Subseo Judiciria de IlhusEtapas do pedonamento Inca Informar Dados Iniciais > Incluir partes > AneNome:CPF/ CGC:Informe o CPF para facilitar futuras consultas petioCPF/ CGC:I= == Tipo da Parte = == VSalvar Parte I Tipo NomeAut LEANDRO SANTOS DA SILVA ; |Ru A ~ a2 CANDIDO RIBEIRO PRESIDENTE Do TRF DA 1a REGIAO , Anexar Arquivo I Cancelar Iil IEmitido pelo site www. trf1.jus. br em 15/06/2015 s 18: 15:22Htn: lhvww. Ii-f1.jus. brIProoe$os/ ePeticaol1/2 5. 15/06/2015http: //www. trf1 . j us.br/ Processos/ ePeti cao/ . : Tribunal Regional Federal da 1 Regio : .2/2 6. EXCELENTSSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA CIDADE DE ILHUS- BA.( CP,art.927 "clc" 953 do Cdigo Civel)AUTOR:LEANDRO SANTOS M SILVA,brasileiro,solteiro, maior,eetudrtze universitrio,, V inscrito nc CPFWF) sob o n.00 ,pceeuidcl' de RG n.000000xxxxxxxxxxx- SSP/ BA. , vern,ne guelidede d_e autor,corri c devido respeito e loseeExcelencie,nc preeerte propsito interpcridc ec enr cause prpria que eo tinl eeeine, ctelter,dentre do preze decedenciel ACAO POR DANOS li/ IORA S corn fulcro nc erticcD _ LLLLJ_927 "c/ c e ltidc 953 do C/ C e inciso X E : rttidcie Ccnettittuicc Federal ccntr: LDLLLL_ _L Lu_ _LTLRU:Desembargador Federal CNDIDO RIBEIRO,presidente do TRF da 1a Regio,localizado no Edificio Sede l:SAU/ SUL Quadra 2, Bloco A,Praa dos Tribunais Superiores.CEP:70070-900. Brasilia/ DF - Telefone:(61) 3314-5225. CNPJ:03.658.507/0001-25 nas razes de fato e de direito a seguir explanadas: 7. Pgina 2 de 311 'r"' ^1.l 111%; tJl1l. l:1:1_T"*'i "ijl III UIAMS a n FAMHL I f an); V (#111701 O. II ,-/ ' tv CbLILrJTLIQl/ L rs/ -f/ 'IWIWM' Nil/ Lg# CML/ IL 'lie , /oIIs4cII4L-WI'I 'e 691455("O - / u na FLCBV A144 JJ 2* .a _TILIIDJb/ kLI: 50. Organizacin de los f* . _ Coqwdn Estados Americanos l IIICILIIDIITQIIQIIQ v. J Derechos Humanos_ _ Lnrikbln; ,um ii . uni lDE _iLsizcf DECLARACIN DE INTENCIONESCOLABORACIN ENTRE EL CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA Y LA COMISIN INTERAMERICANA DE DERECHOS HUMANOSCONSIDERANDO: Que uno de los propsitos esenciales de Ia Organizacin de los Estados Americanos ("0EA") es promover el desarrollo integral de sus Estados miembros,por medio de lacooperacin interamericana en los campos econmico,social,educativo,cultural,cientfico y tecnolgico; Que Ia Comisin Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) es un rgano principal deIa OEA,cuyo mandato es la promocin de la observancia y Ia defensa de los derechos humanos en Ia regin; Que es inters de Ia CIDH difundir el resultado de las experiencias y Ia jurisprudencia de derechos humanos,y establecer relaciones ms estrechas con los diversos rganos judiciales de los Estados miembros de la OEA; Que Ia Corte Suprema de Ia Repblica de Brasil tiene inters en promover y difundir ampliamente el trabajo del Poder Judicial brasileo,y en fortalecer sus relaciones con organismos pblicos nacionales e internacionales,con el objeto de intercambiar conocimientos, recursos materiales y experiencias para fortalecer la imparticin de justicia y el respeto de los derechos humanos; Que el Conselho Nacional de Justia es un organismo que busca perfeccionar Ia administracin de Ia justicia en el Poder Judicial brasileo,primando la transparencia y el control administrativo y procesal; EL CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA Y LA COMISIN INTERAMERICANA DE DERECHOS HUMANOSDeciden suscribir esta declaracin de intenciones con el fin de celebrar,entre si,tan pronto como concluya Ia negociacin entre las partes,un acuerdo de cooperacin con los objetivos antes descritos,y con el propsito especial de: - Promover Ia realizacin de cursos de formacin y capacitacin de jueces y funcionarios de las cortes judiciales regionales en el mbito de las Escuelas de Magistratura del Estado brasileo,por medio de congresos,seminarios,coloquios,simposios,Conferencias,foros bilaterales o multilaterales o cualquier otra actividad juridica y de difusin vinculadas a los derechos humanos; 51. V V ' Organizacin de los ,, . , _E Cmmsln_ guru-Jin( . _, ~ _ .u 4rm. , 'Pin/ It -x- - Estados Americanos l a Interamericana de 'Tr """ D' " ' - ' x.l E Derechos Humanos Preparar una bibliografia electrnica en el sitio del Conselho Nacional de Justia (www. cnj. jus. br),con el fin de lograr una mejor consolidacin de textos convencionales traducidos al portugus,publicaciones o cualquier material juridico de inters,adems de la jurisprudencia de la Corte Interamericana de Derechos Humanos y cualquier otrotipo de informacin que pueda resultar beneficiosa para las partes,para Ia expansin y mejora de los acervos bibliogrficas ya existentes; Editar un libro con los textos de los tratados internacionales que componen el sistema universal y regional de proteccin de derechos humanos; Esta carta de intenciones permite Ia ampliacin de su objeto,siempre que se mantenga el propsito de difusin de los derechos humanos. Por eI CONSELHO N CIONAL DE JUSTIA Ministro E que Ricar o Lewandowski PresidentePor Ia COMISIN INTERA RICA DE ERECHOS HUMANOS:Jos de us Orozco Henrique: ComisionadoPor Ia SECRETARIA GENERAL DE LA ANIZACIN DE LOS ESTADOS AMERICANOS:/ ,Emilio lvarez Icaza L.Secretario Ejecutivo de Ia CIDH 52. 1de2httpszllbr-mg5.mail. yahoocom/ neo/ launch? .rand= tiuarcmlj5int#2605768961Assunto:P-1860-13De:Lopez,Clara Cecilia (CCLopez@oas. org)Para:IeandrosantosdasiIva@ymaiI. com; Data:Sexta-feira,26 de Setembro de 2014 17:30Prezado Senhor: Tenho a satisfao de dirigir-me a Vossa Senhoria em nome da Comisso Interamericana de Direitos Humanos a fim de comunicar o recebimento de sua carta recebida nesta Secretaria Executiva em ,em 15 de Novembro de 2013 relao denncia contra o Estado brasileiro,que foi registrada sob o nmero citado na referncia. Cabe informar-lhe que a reclamao apresentada vem sendo examinada de acordo com as normas regulamentares vigentes e que a Secretaria Executiva da Comisso entrar oportunamente em contato com Vossa Senhoria a fim de comunicar-Ihe o resultado do exame. Atenciosamente, Comisin Interamericana de Derechos Humanos Organizacin de los Estados Americanos1889 F.Street,N. W. Washington DC 20006cclopez@oas. orgwwwoas.Ofgg communications for the Inter-American Commission on Human Rights should be addressed to:Emilio lvarez Icaza L. Executive SecretaryIt is recommended that all communications be sent electronically to:cidhdenuncias@oas. org If you wish to also send your communications by mail or fax they can be sent to: Inter-American Commission on Human Rights1889 F Street N. W.19/10/201419241 53. Imprimir httpszllbr-mg5.mai1.yahoo. corn/ neo/ launch? .rand= tiuarcmlj 5int#2605768961Washington,D. C. 20006Fax:(202) 453-39922de2 19/10/201419241 54. PODER JUDICIARIO _ l JUSTIA FEDERAL _ SEAO JUDICIARIA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO suL - QUINTA suBsEAo5a SUBSEO JUDICIRIA D0 ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL 1 Vara Federal de Ponta PorAo PenalProcesso n0000951-45.2013.403.6005Autora:Justia PblicaR:Sandra Pistorio LimaSentena Tipo DREGISTROLivro n. /2014 Vistos etc.Registro n. _ _l2014O MPF oferece denncia contra Sandra Pistorio Lima,imputando a ela o cometimento da conduta descrita no artigo 331 do CP,porque,no dia 7.10.2012, data de eleio,por volta das 10h,teria desacatado a Juiza Eleitoral Liliana de Oliveira Monteiro,no exercicio de sua funo. Segundo a exordial,na data dos fatos,equipe composta pela juza eleitoral e duas auxiliares teria abordado Sandra e outras duas pessoas,uma destas identificada como fiscal de partido politico,as quais estavam sentadas no interior do Colgio Municipal Marcondes,neste municipio,local de votao,e informado a denunciada da impossibilidade de sua permanncia no local. Diante disso,Sandra teria reagido rudemente e se dirigido at o local onde se encontrava a juza eleitoral e iniciado com esta uma discusso verbal.Foi novamente solicitado a Sandra que se retirasse do local de votao.No obstante,ela teria permanecido ainda por um curto periodo de tempo no interior do Colgio e teria afirmado no estar nem ai",para o fato de Liliana serjuiza. E,embora tenha se retirado do interior do Colgio,Sandra teria permanecido em suas imediaes.Uma hora aps ter sido abordada 55. PODER JUDICIARIO _ l JUSTIA FEDERAL _ SEAO JUDICIARIA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO suL - QUINTA suBsEAopela equipe,ela teria sido novamente vista,momento em que teria adentrado em seu veiculo.Tal circunstncia resultou em que fosse abordada por policiais federais,os quais localizaram,no interior do carro,vrios "santinhos" do candidato Eustquio da Silva Lopes (marido de Sandra).E,ao ser conduzida para a Delegacia de Policia Federal,Sandra teria desacatado a juza eleitoral ". ..ao dar- lhe a mo para supostamente cumprimentar-lhe,dizendo,em tom jocoso e rispido,diante de todos os presentes:"Parabns,Juiza. ..A Sra.fez o seu trabalhei" (fl.77). Termo circunstanciado de ocorrncia s fls.07/22. Auto de Apresentao e apreenso fl.23.Autos inicialmente distribuidos Justia Eleitoral com designao de audincia preliminar (fls.26/27 e 39). Manifestao do Parquet estadual,s fls.58/59, pugnando pelo declnio de competncia Justia Federal,visto que a conduta tipica descrita nos autos teria sido praticada contra magistrada estadual investida de jurisdio federal. Deciso s fls.60/61 que acolheu a manifestao do Ministerio Pblico e determinou a remessa dos autos a este Juizo. o relatrio.Fundamento e decido. O crime de desacato,descrito no artigo 331 do Cdigo Penal,prev sano para quem desacata funcionrio pblico no exercicio da funo ou em razo dela. Ocorre que se tem entendido na Amrica Latina,que a incriminao do desacato afronta o art.13 da Conveno Americana dos Direitos Humanos (1969) (Pacto San Jose da Costa Rica),ao estabelecer relao vertical entre o individuo e o Estado. De acordo com o Relatrio Anual da Comisso Interamericana de Direitos Humanos - CIDH,de 2000, a CIDH efetuou uma 56. PODER JDICIRIO _ _ JUSTIA FEDERAL _ sEAo JUDICIARIA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO suL - QUINTA SUBSEAOanlise da compatibilidade das leis de desacato com a Conveno Americana sobre Direitos Humanos em um relatrio realizado em 1995".1Naquela oportunidade,a CIDH concluiu que "tais leis no so compativeis com a Conveno porque se prestavam ao abuso como um meio para silenciar idias e opinies impopulares,reprimindo,desse modo,o debate que critico para o efetivo funcionamento das instituies democrticas". Assunte-se para o que diz importante trecho do relatrio: A CIDH declarou,igualmente,que as leis de desacato proporcionam um maior nivel de proteo aos funcionrios pblicos do que aos cidados privados,em direta contraveno com o principio fundamental de um sistema democrtico,que sujeita o govemo a controle popular para impedir e controlar o abuso de seus poderes coercilivos.Em conseqncia,os cidados tm o direito de criticar e examinar as aes e atitudes dos funcionrios pblicos no que se refere funo pblica. Ademais,as leis de desacato dissuadem as criticas,pelo temor das pessoas s aes judiciais ou sanes tiducirias. Inclusive aquelas leis que contemplam o direito de provar a veracidade das declaraes efetuadas,restringem indevidamente a livre expresso porque no contemplam o fato de que muitas criticas se baseiam em opinies,e,portanto,no podem ser provadas.As leis sobre desacato no podem ser justificadas dizendo que seu propsito defender a ordem pblica" (um propsito permissivel para a regulamentao da expresso em virtude do artigo 13),j que isso contraria o principio de que uma democracia,que funciona adequadamente,constitui a maior garantia da ordem pblica.Existem outros meios menos restritivos,alm das leis de desacato,mediante os quais o governo pode defender sua reputao frente a ataques infundados,como a rplica atravs dos meios de comunicao ou impetrando aes cveis por difamao ou injria. 1 Relatrio Anual da CIDH,2000",Volume III,Relatrio da Relatoria para a Liberdade deExpresso,Capitulo II (OEA/ Ser. LN/ I|.111 Doc.20 rev.16 abril 2001). 57. PODER JDICIRIO _ _ JUSTIA FEDERAL _ sEAo JUDICIARIA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO suL - QUINTA SUBSEAOPor todas essas razes,a CIDH concluiu que as leis de desacato so incompatveis com a Conveno,e instou os Estados que as derrogassem. Alguns paises da Amrica Latina aboliram dos seus ordenamentos jurdicos o crime de desacato,como a Argentina,por exemplo,em decorrncia do caso "Verbitsky v.Argentina" (Caso 11.012, Informe No.22/94, Inter-Am.C. H.R. , OEA/ Ser. LNIII.88 rev.1 Doc.9 at 40 (1995)). O Brasil,todavia,ainda no atendeu CIDH. Conquanto seja assim,a respeito do status juridico dos tratados internacionais,deve-se reparar no pronunciamento do STF,no julgamento do RE 466343, nos seguintes termos: EMENTA:PRISO CIVIL.Depsito.Depositrio inel.Alienao duciria.Decretao da medida coercitiva.lnadmissibilidade absoluta.Insubsistncia da previso constitucional e das nomias subaltemas.Interpretao do art.5,inc.LXVII e 1,2 e 3,da CF, luz do art.7, 7, da Conveno Americana de Direitos Humanos (Pacto de San Jos da Costa Rica).Recurso improvido.Julgamento conjunto do RE n 349.703 e dos HCs n 87.585 e n 92.566. ilcita a priso civil de depositrio infiel,qualquer que seja a modalidade do depsito.(RE 466343, Relator(a):Min.CEZAR PELUSO,Tribunal Pleno,julgado em 03/12/2008, DJe-104 DIVULG 04- 06-2009 PUBLIC 05-06-2009 EMENT VOL-02363-06 PP-01106 RTJ VOL-00210-02 PP-00745 RDECTRAB v.17, n.186, 2010, p.29-165)Segundo entendimento externado no voto proferido pelo Ministro Gilmar Mendes no julgamento acima referido,reiterando aquele manifestado no HC 90.172-SP,(2a Turma,votao unnime,j.05 de junho de 2007),os tratados vigentes no Brasil,firmados antes da entrada em vigor da EC n 45, que incluiu o 3 no artigo 5 da Constituio da Repblica,possuem valor supralegal,isto ,esto abaixo da Constituio,mas acima das Leis. Nesse contexto,porque o art.331 do CP conflita com o art.13 do Pacto San Jose da Costa Rica,tendo statusjuridico inferior a ele,h de prevalecer o tratado,rejeitando-se,por conseguinte,a denncia. 58. PODER JDICIARIO _ l JUSTIA FEDERAL _ SEAO JUDICIARIA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO suL - QUINTA suBsEAoIsso posto,por se tratar de fato atpico,consoante fundamentao retro,rejeito a DENUNCIA,nos termos do artigo 395, II,do CPP. Com o trnsito em julgado,cancelem-se os assentos policiais e judiciais,e arquivem-se,com baixa na distribuio. Cincia ao MPF.P. R.I. C.Ponta Por/ MS,23 de junho de 2014.EDEVALDO DE MEDEIROS JUIZ FEDERAL 59. RELATORIO ANUAL DA RELATORIA PARA A LIBERDADE DEhttp: //www. cidh. oas. org/ annualrep/2002port/ vol3i. htm. .sff zComisso Interamericana de Direitos Humanos'm5,'N Organizao dos Estados Americanos english espaol franais portugus micro PuaLrcAOas auscA LIGAESCAPTULO VLEIS DE DESACATO E DIFAMAO CRIMINALA.Introduo1. Nos Relatrios da Relatoria para a Liberdade de Expresso correspondentes aos anos 1998 e 2000, foi incluido o tema relacionado com as leis de desacato vigentes nos pases dohemisfrioll] O Relator considera que importante manter o acompanhamento do avano das recomendaes efetuadas em ambos relatrios,principalmente quanto necessidade de derrogar esta normativa a efeitos de ajustar a legislao interna aos padres consagrados pelo sistema Interamericano quanto ao respeito ao exerccio da liberdade de expresso. inteno da Relatoria continuar este acompanhamento a cada dois anos,j que um tempo prudente para permitir,aos distintos Estados membros,levar adiante os processos legislativos necessrios para as derrogaes ou adaptaes legislativas recomendadas. 2. Lamentavelmente,a Relatoria considera que no houve avanos significativos desde a publicao do ltimo relatrio sobre a questo:so muito poucos os pases que derrogaram de sua legislao as leis de desacato,sem prejuzo de que existam algumas iniciativas em outros que se encontram em processo de faz-Io. 3. Preocupa tambm Relatoria que Os geralmente chamados "delitos contra a honra",entre os que se incluem as injria e as calnia,so usados com os mesmos fins que o delito de desacato.Uma regulao deficiente nesta matria,ou uma aplicao arbitrria est em desacordo com a recomendada derrogao das leis de desacato.Embora esta observao esteja contida nos relatrios da Relatoria antes citados,no foram registrados avanos sobre a questo. 4. Nesta oportunidade a Relatoria renova e atualiza os argumentos que recomendam a derrogao das leis de desacato.Em seguida,se aprofunda em algumas consideraes referentes aos delitos contra a honra,a importncia de sua reformulao legislativa,ou,ao menos,a necessidade de uma reinterpretao judicial,quanto a sua aplicao.Finalmente,se mencionam os pases que tem avanado sobre a derrogao das leis de desacato e tambm se expem outras iniciativas destinadas derrogao assim como modificao do captulo dos delitos contra a honra dos respectivos pases. B.As leis de desacato so incompatveis com o artculo 13 da Conveno5. A afirmao que intitula esta seo de longa data:tal como a Relatoria expressou em informes anteriores,a Comisso Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) efetuou uma anlise da compatibilidade das leis de desacato com a Conveno Americana sobre DireitosHumanos em um relatrio realizado em 1995121. A CIDH concluiu que tais leis no so compatveis com a Conveno porque se prestavam ao abuso como um meio para silenciar idias e opinies impopulares,reprimindo,desse modo,o debate que crtico para o efetivofuncionamento das instituies democrticas 131. A CIDH declarou,igualmente,que as leis de desacato proporcionam um maior nvel de proteo aos funcionrios pblicos do que aos cidados privados,em direta contraveno com o princpio fundamental de um sistema democrtico,quel de 8 03/12/201418242