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1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE AUDITORIA ANUAL DE CONTAS TIPO DE AUDITORIA : AUDITORIA DE GESTÃO EXERCÍCIO : 2009 PROCESSO Nº : 00218.000219/2010-43 UNIDADE AUDITADA : FURNAS CÓDIGO UG : 910811 CIDADE : RIO DE JANEIRO RELATÓRIO Nº : 244090 UCI EXECUTORA : 170130 Chefe da CGU-Regional/RJ, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.° 244090, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.° 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre o processo anual de contas apresentado pela FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. - ELETROBRAS FURNAS. I - INTRODUÇÃO 2. Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 07/06/2010 a 24/06/2010, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela Unidade Auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Publico Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. II - RESULTADO DOS TRABALHOS 3. Verificamos no Processo de Contas da Unidade a existência das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN-TCU-57/2008 e pelas DN-TCU- 100/2009 e DN-TCU-102/2009, alterada pela DN-TCU-103/2009. 4. Em acordo com o que estabelece o Anexo IV da DN-TCU-102/2009, e em face dos exames realizados, efetuamos as seguintes análises:

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

RELATÓRIO DE AUDITORIA ANUAL DE CONTAS TIPO DE AUDITORIA : AUDITORIA DE GESTÃO EXERCÍCIO : 2009 PROCESSO Nº : 00218.000219/2010-43 UNIDADE AUDITADA : FURNAS CÓDIGO UG : 910811 CIDADE : RIO DE JANEIRO RELATÓRIO Nº : 244090 UCI EXECUTORA : 170130 Chefe da CGU-Regional/RJ, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.° 244090, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.° 01, de 06/04/200 1, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre o proc esso anual de contas apresentado pela FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. - ELETROBRAS FURNAS. I - INTRODUÇÃO 2. Os trabalhos de campo conclusivos foram realiza dos no período de 07/06/2010 a 24/06/2010 , por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela Unidade Auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Publico Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realizaçã o dos exames. II - RESULTADO DOS TRABALHOS 3. Verificamos no Processo de Contas da Unidade a existência das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN-TCU-57/ 2008 e pelas DN-TCU- 100/2009 e DN-TCU-102/2009, alterada pela DN-TCU-1 03/2009. 4. Em acordo com o que estabelece o Anexo IV da D N-TCU-102/2009, e em face dos exames realizados, efetuamos as seguintes análises:

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4.1 ITEM 01 - AVAL RESULTADOS QUANTI/QUALI GESTÃO Furnas Centrais Elétricas S.A - ELETROBRAS FUR NAS está inserida em três programas dentro do PPA 2009-2012, responsá vel pela execução de 22 ações de governo, conforme quadro abaixo.

Quadro 01 – Programas/Ações executadas pela ELETROB RAS FURNAS

Programa Ação 6508 - Estudos de Viabilidade para Ampliação da Geração d e Energia Elétrica 0276 - Gestão da Política de

Energia 6510 - Estudos de Viabilidade para Ampliação da Transmiss ão de Energia Elétrica 3414 - Ampliação da Usina Termelétrica Santa Cruz - Fase 1 - com acréscimo de 350 MW (RJ), através de Ciclo Comb inado 1A01 - Implantação da Linha de Transmissão Macaé (R J) - Campos (RJ) e Subestações Associadas, 3° Circuito (345 kV - 92 km) 1G97 - Implantação da Linha de Transmissão Tijuco P reto - Itapeti - Nordeste, em 345 kV, com 50 km e de Subestações Associadas (SP) 1G96 - Implantação da Usina Hidrelétrica Batalha, com 52, 5 MW e de Sistema de Transmissão Associado, em 138 kV, c om 75 km de extensão - (MG/GO) 1G98 - Implantação da Usina Hidrelétrica Simplício, com 3 05,7 MW, da PCH Anta, com 28 MW e de Sistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 120 km de extensão (MG/RJ ) 121X - Implantação de Sistema de Transmissão Bom De spacho 3 - Ouro Preto 2 (500kV - 180 km) - (MG) 4469 - Manutenção do Sistema de Geração de Energia Elétri ca nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste 4478 - Manutenção do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste 3292 - Modernização da Usina Hidrelétrica Furnas com 1.21 6 MW (MG) 7066 - Modernização da Usina Hidrelétrica Luiz Carlos Bar reto de Carvalho, com 1.050 MW (MG) 3302 - Modernização da Usina Hidrelétrica Mascarenhas de Moraes com 476 MW (MG) 1D35 - Modernização da Usina Hidrelétrica Mascarenhas de Moraes, com 476 MW - Fase 2 (MG) 8549 - Preservação e Conservação Ambiental em Empre endimentos de Geração e Transmissão de Energia Elétrica 2200 - Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão na Área dos Estados de Goiás, Mato Grosso e do Distrito Fed eral 2194 - Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão na Área dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais 2192 - Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão na Área dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo 3360 - Reforços nas Torres de Linhas do Sistema de Transm issão de Itaipu, em 750 kV, nos trechos: Foz do Iguaçu - Ivaiporã; Ivaiporã - Itaberá I e II; e Itaberá - Tijuco Preto I e II 2194 - Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão na Área dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais 2192 - Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão na Área dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo

0296 - Energia nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste

3360 - Reforços nas Torres de Linhas do Sistema de Transm issão de Itaipu, em 750 kV, nos trechos: Foz do Iguaçu - Ivaiporã; Ivaiporã - Itaberá I e II; e Itaberá - Tijuco Preto I e II 4103- Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informação e Teleprocessamento 4101 - Manutenção e Adequação de Bens Imóveis

0807 - Investimento das Empresas Estatais em Infra-Estrutura de Apoio 4102 - Manutenção e Adequação de Bens Móveis, Veículos,

Máquinas e Equipamentos Fonte: Sigplan e Relatório de Gestão 2009

A tabela abaixo demonstra o montante de rec ursos executados, no

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exercício de 2009, nas 22 ações relacionadas acima .

Tabela 01 – Despesas executadas em 2009 por Program a/Ação

Programa 0276 Ação

Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas

do Programa 6508 R$ 354.660,00 0,75%6510 R$ 83.363,00 0,18%

Programa 0296 Ação

Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas

do Programa 3414 R$ 2.368,00 0,0001%1A01 R$ 35.929.560,00 1, 31%1G97 R$ 15.146.550,00 0,55%1G96 R$ 213.000.053,00 7,79%1G98 R$ 609.638.791,00 22,30%121X R$ 10.372.933,00 0,38%4469 R$ 9.413.147,00 0,34%4478 R$ 86.578.579,00 3,17%3292 R$ 39.765.051,00 1,45%7066 R$ 101.932.061,00 3,73%3302 R$ 787.240,00 0,03%1D35 R$ 0,00 0%8549 R$ 16.576.596,00 0,61%2200 R$ 37.572.990,00 1,37%2194 R$ 95.138.795,00 3,48%2192 R$ 81.794.290,00 2,99%3360 R$ 0,00 0%

Programa 0296 Ação

Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas

do Programa 4103 R$ 53.224.596,00 1,84%4101 R$ 7.831.089,00 0,26%4102 R$ 18.564.925,00 0,64%Fonte: Sigplan e Relatório de Gestão 2009

Identificamos que a ação 1G98 apresentou a maior execução financeira dos recursos. Ademais, constatamos que, para est a ação, em 2009, foi orçado o expressivo valor de R$ 660.325.481,00 (seiscentos milhões, trezentos e vinte e cinco mil e quatrocentos e oi tenta e um reais), o maior volume de recursos previstos dentre as 22 a ções executadas pela ELETROBRAS FURNAS, tendo sido executado 92,32 % do orçado para o exercício. Apenas dez ações, todas vinculadas ao Program a 0296, das 22 ações executadas pela ELETROBRAS FURNAS, possuem indica dores de meta física previstos no PPA. Considerando que a ação 1G98 é a quela que apresentou a maior materialidade dos recursos envolvidos, a presentamos a seguir quadro demonstrativo das metas físicas e financeir as da referida ação:

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Quadro 02 - Execução Física e Financeira das Ações de maior materialidade

910811 – FURNAS 0296 – Energias nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste

1G98 Implantação da Usina Hidrelétrica Simplício, c om 305,7 MW, da PCH Anta, com 28 MW e de Sistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 12 0 km de extensão (MG/RJ)

Meta Previsão Execução * Execução/ Previsão %

Atos e Fatos que prejudicaram o desempenho

Providências Adotadas

Física 39% 20,63% 52,90

Financeira R$ 660.326 Mil R$ 609.639 Mil 92,32 Não informado. Não se Aplica

Fonte: Sigplan e Relatório de Gestão 2009

A ELETROBRAS FURNAS informou as despesas relacio nadas com a execução da ação 1G98, sendo disponibilizada uma rela ção das contratações vinculadas a esta ação. Verificamos que some nte os Contratos n.º 16.856 e 16.938, no exercício de 2009, fora m responsáveis pela execução do montante de R$ 396.341.314,05 (trezen tos e noventa e seis milhões, trezentos e quarenta e um mil e trezento s e quatorze reais e cinco centavos), correspondendo a 65,01% do valo r total realizado na ação em questão. O Contrato n.º 16.856 tem como objeto contratual a execução de obras civis para implantação do Aproveitamento Hidrelét rico Simplício - AHE Simplício - Queda Única. Enquanto o Contrato n.º 16.938 diz respeito ao fornecimento e montagem dos equipamentos eletro mecânicos para o AHE Simplício - Queda Única". Consideramos, com base n os objetos descritos nos termos, que as despesas vinculadas a esses c ontratos se coadunam com a finalidade da ação 1G98. Por fim, entendemos que a execução da referida a ção apresentada pela ELETROBRAS FURNAS referente ao exercício de 2 009, considerando as informações prestadas e os objetos dos contratos de maior materialidade, foi adequada. 4.2 ITEM 02 - AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE GESTÃO A ELETROBRAS FURNAS utiliza indicadores de res ultados e econômico- financeiros para avaliação do seu desempenho . Não constam, no Relatório de Gestão, entretanto, indicador es de desempenho operacional, que possibilitem a avaliação da ge stão da Empresa, bem como a qualidade de seus serviços. O quadro a seguir demonstra os indicadores de res ultados e econômico- financeiros constantes no Relatório de Gestão 2009 :

Quadro 03 - Análise dos Indicadores Apresentados pe la ELETROBRAS FURNAS

Nome do Indicador

Descrição do Indicador

Fórmula de Cálculo É útil ao gestor? É mensurável?

Resultado do Exercício

Demonstra o resultado econômico, qual seja este lucro ou prejuízo- ou ainda uma situação nula.

Resultado do Exercício extraído do Balanço.

Sim Sim

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Nome do Indicador

Descrição do Indicador

Fórmula de Cálculo É útil ao gestor? É mensurável?

Receita Operacional Líquida

Demonstra o r esultado obtido, após deduzir- se da Receita Operacional Bruta os impostos incidentes sobre vendas, devoluções e os abatimentos concedidos.

Receita Operacional Líquida extraída do Balanço.

Sim Sim

Custos e Despesas Operacionais

Somatório de todas os custos e despesas incorridos pela Empresa no curso de suas atividades.

Custos Operacionais extraído do Balanço + Despesas Operacionais extraído do Balanço.

Sim Sim

EBITDA Demonstra o lucro apurado, gerado pelo s ativos operacionais - Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização

Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização extraído do Balanço.

Sim Sim

Inadimplência sobre Receita Bruta (1)

Demonstra o percentual da inadimplência sobre a Receita Bruta de ELETROBRAS FURNAS

-

Sim Sim

Endividamento de Curto Prazo

Demonstra a relação da dívida de curto prazo e o ativo

Passivo circulante/ ativo total Sim Sim

Endividamento Total

Demonstra a relação da dívida total e o ativo

Passivo circulante e não circulante /ativo total

Sim Sim

(1) Fórmula de cálculo não informada no Relatório d e Gestão. Fonte: Relatório de Gestão 2009 e análises realizad as.

A fonte dos dados primários utilizados para o cál culo dos indicadores relacionados acima são as Demonstrações Con tábeis da Empresa, auditadas por empresa de auditoria independen te e aprovadas pelo Conselho de Administração da ELETROBRAS FURNAS. Dessa forma, consideramos que os dados utiliza dos para cálculo dos indicadores são confiáveis, válidos, simples, mens uráveis e úteis, mas somente é suficiente para a tomada de decisões g erenciais quanto aos aspectos econômico-financeiros. Por fim, importante destacar que, em virtude do Pl ano de Transformação do Sistema ELETROBRAS, cujo objetivo é consoli dar uma estrutura de gestão corporativa integrada e transparente, foi assinado, em 30/12/2009, entre a ELETROBRAS FURNAS e a ELET ROBRAS o Contrato de Metas de Desempenho Empresarial (CMDE), ciclo 20 10 a 2014, no qual a Empresa se compromete, perante a Holding, a cumprir, anualmente, orientações estratégicas definidas para o exercíci o social seguinte, o que dará origem à criação e utilização de novos i ndicadores de gestão para o exercício de 2010. 4.3 ITEM 03 - AVAL. FUNCIONAMENTO SIST. CI DA UJ Os aspectos inerentes ao ambiente de controle, à avaliação de risco, aos procedimentos de controle, à informação e comunicação e ao monitoramento foram objeto da avaliação sobre o funcionamento do sistema de controle interno da ELETROBRAS FU RNAS. Destacamos, a

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seguir, cada um dos aspectos abordados: a) Ambiente de Controle: No que se refere aos valores éticos institucionais, identificamos a existência de Cód igo de Ética, o qual vigora desde 12/07/2005. Além disso, encontra-se em fase de revisão e elaboração do Código de Ética único para o Sistema ELETROBRAS, visando atender ao Decreto n.º 6.029/2007 e à Resolução n .º 10 da Comissão de Ética Pública, de 29/09/2008, bem como o alinhamen to com os princípios e indicadores da Sustentabilidade Empresarial. Constatamos a existência de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), o que permite a ascensão funcional de seus empregados. Cabe salientar, ainda, conforme consig nado no Relatório de Gestão, que o desempenho funcional é medido em dua s dimensões: agregação de valor e conjunto de capacidades, p or meio de processos anuais de avaliação de desempenho. No que se refere ao desenvolvimento de seu pess oal, Furnas informou que, em 2009, a Área de Gestão de Pessoas, com base em modernos conceitos de administração de recursos human os, reestruturou a composição de suas atividades, com base em processos, para possibilitar atuação adequada às tendências de me rcado e, a partir de então, foram promovidas diversas ações para apr imorar a capacitação dos seus empregados. b) Avaliação de Risco: No que diz respeito aos controles de riscos, o Relatório de Gestão informa que a empresa adota as seguintes práticas: - risco de crédito: controle, mantido pela Diret oria Financeira, que acompanha a avaliação da Empresa pelas agência s classificadoras de risco; - risco de mercado: controle, mantido pela Dire toria de Operação do Sistema e Comercialização de Energia, por meio do Comitê de Comercialização de Energia; - risco operacional: controle de riscos relev antes, mitigados por meio de contratação de seguros, ou por auto-seguro , conforme critérios definidos pelo Comitê de Seguros, baseados n a probabilidade de ocorrência de perdas, determinada com bas e no histórico de contingências de FURNAS, e na viabilidade ec onômica e de mercado destas duas modalidades alternativas de proteção d os seus ativos. Não obstante, observa-se, ainda, que, em decorrênc ia da implantação do Plano de Transformação do Sistema ELETROBRAS, foram identificados objetivos de grande relevância, entre os qua is, destacamos o que segue: "alinhar e otimizar processos que permitam atuaçã o integrada e ganhos de competitividade (Gestão Integrada de Ri scos; Logística de Suprimentos; Sistema Integrado de Ouvidoria; Certificação SOX; e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação)." Nesse sentido, em 15/12/2009, por meio da R D n.º 022/2524, foi aprovada a criação do Comitê de Gestão de Risco s, com o objetivo de apoiar a Diretoria Executiva nas deliberações r elativas à gestão de riscos corporativos.

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Houve, ainda em 2009, a continuidade de três p rojetos fundamentais para o aprimoramento da empresa: Planejamento Est ratégico Corporativo de Furnas (em processo de implantação, desen volvido junto com a ELETROBRAS); ERP - Projeto Sintonia (Ferramenta SAP 6.0); e Projeto SOX. Por fim, considerando as modificações em cur so, com vistas ao aprimoramento de todo o Sistema ELETROBRAS, a ce lebração do Contrato de Metas de Desempenho Empresarial (CMDE) com a H olding ELETROBRAS, a continuidade de desenvolvimento de projetos f undamentais para a empresa, a recente criação do Comitê de Ges tão de Riscos, etc., verifica-se que FURNAS encontra-se em um momento de grande aprimoramento institucional, destacando-se o desen volvimento da Gestão de Riscos Corporativos. c) Informação e Comunicação: Segundo consta do Re latório de Gestão, a Divulgação de Informações Corporativas ocorreu por meio de mídias digitais, mídia impressa, publicidade institucion al e legal e por via de vídeos corporativos. Em referência à divulgação de informações ac erca de mudança na Legislação e sobre normativos internos releva ntes, em consulta à intranet da entidade, identificamos um link de nominado "Documentos Organizacionais", o qual contêm três pastas, quais sejam: Avisos Gerais e Circulares; Manuais ELETROBRAS Furna s; e Resoluções de Diretoria (acesso restrito). Além dos manuais e respectivas normas internas, v erificam-se, também, as seguintes estruturas de apoio ao pro cesso deliberativo, comunicadas, segundo o Relatório de Gestão, p or Circular Geral, e disponíveis na intranet: - grupos de trabalho transitórios, criados por decisão da Diretoria Executiva, para analisar e definir ações em relaçã o às matérias em que haja conflitos de interesses; - políticas corporativas de gestão utilizadas como instrumentos balizadores dos atos deliberativos da Diretoria Ex ecutiva; - colegiados permanentes compostos por repr esentantes de cada Diretoria, para apoiar a Diretoria Executiva no su porte ao cumprimento das políticas corporativas de gestão. No que diz respeito a canais de comunicação ab ertos, destacam-se o "fale conosco", a Ouvidoria e o "Canal Denúncia". d) Monitoramento: O monitoramento dos controles implementados fica a cargo da unidade de Auditoria Interna de FURNAS. Segundo informado no Relatório Anual de Atividades de Auditoria In terna - RAINT 2009, foram emitidos 96 relatórios da auditoria inte rna, até dezembro de 2009. Evidenciamos que a Auditoria Interna, por meio d e planilhas - Anexos referentes ao acompanhamento das pendências de auditoria, realiza o monitoramento de todas as pendências por Diretor ia, contemplando não somente aquelas referentes ao exercício de 2009 , como também outras atinentes a relatórios elaborados em exercícios an teriores.

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Por último, relevante destacar, ainda, segundo o R AINT, que FURNAS, na qualidade de subsidiária da ELETROBRAS, atende os requisitos da SOX na Bolsa de Nova York, e desta forma, foi efetuad o o levantamento dos controles internos de relatórios financeiros ali nhados as diretrizes da Lei Sarbanes Oxley - SOX, para a primeira cer tificação do Sistema ELETROBRAS referente a 2009 e renovada a cada a no. Neste sentido, a auditoria coordenou, em conjunto com a área de Tecnologia da Informação - TI, desde o início do projeto, o mapeamento de 27 processos de Negócios e três de TI referentes ao s controles internos no nível de processos, além dos controles i nternos no nível da entidade (entity level), emitindo, para todos os p rocessos, relatórios de auditoria aos respectivos gestores. Face ao exposto, bem como em função das análises efetivadas nas áreas de gestão da ELETROBRAS FURNAS, conforme regis trado ao longo deste relatório, concluímos que os controles implementa dos, contribuem para mitigar os riscos corporativos. 4.4 ITEM 04 - AVAL. SITUAÇÃO TRANSF. CONC./RECEB. Em 2009, havia, na ELETROBRAS FURNAS, 41 co nvênios vigentes, no montante de R$ 27.777.014,19 (vinte e sete m ilhões, setecentos e setenta e sete mil e quatorze reais e dezenove cen tavos), dos quais 29 foram pactuados pela Coordenação de Responsabilida de Social - CS.P, no valor total de R$ 22.203.502,83 (vinte e dois milh ões, duzentos e três mil e quinhentos e dois reais e oitenta e três centavos), e 12 pela Superintendência de Gestão Ambiental - GA.E, pelo total de R$ 13.336.831,37 (treze milhões, trezentos e tri nta e seis mil e oitocentos e trinta e um reais e trinta e sete cen tavos). O escopo dos exames realizados estão discriminados na tabela abaixo.

Tabela 02 – TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS (CONVÊNIOS VIG ENTES EM 2009)

Quantidade de Transferência

Montante % Qtde Auditada % Valor Auditado

41 27.777.014,19 9,76% 28,55% Fonte: Informações fornecidas pela CS.P e GA.E e an álises realizadas

Analisamos, por amostragem não probabilística por julgamento, os Convênios n.º 16.505 e n.º 18.122 com valor t otal celebrado de R$ 766.180,00 (setecentos e sessenta mil cento e oitenta reais), representando 8,64% do valor total pactuado pela CS.P no vigente período sob exame e os Convênios n.º 15.370 e n.º 15.371 com valor total celebrado de R$ 5.573.511,36 (cinco milhões quinhentos e setenta e três mil quinhentos e onze reais e trint a e seis centavos), representando 41,79% do valor total pactuado pela GA.E vigente no período sob exame. Da análise procedida, constatamos, nos convên ios 15.370, 15.371, 16.505 e 18.122, a ausência de designação f ormal de empregados responsáveis pelo acompanhamento dos referidos co nvênios e a ausência de cláusula determinando o uso obrigatório do preg ão, preferencialmente na forma eletrônica, na con tratação de bens e serviços comuns, conforme o disposto na Porta ria Interministerial MPOG/MF n.º 217, de 31/06/2006, assuntos estes tr atados mediante nota

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de auditoria, bem como a ausência de devolução do saldo financeiro remanescente de convênio expirado n.º 15.370 , no valor de R$ 286.241,92 (duzentos e oitenta e seis mil, duze ntos e quarenta e um reais e noventa e dois centavos). No entanto, e stá sendo avaliada a celebração de um novo convênio, utilizando os recursos do convênio expirado. 4.5 ITEM 05 - AVAL. REGULAR. PROC. LICITAT. DA UJ No exercício de 2009, as aquisições de bens e as contratações de serviços de FURNAS realizadas na Sede da Empresa o correram da seguinte forma:

Tabela 03 – Contratações referentes ao exercício de 2009

Modalidade Total (R$) % valor sobre o total

Montante auditado

% recursos auditados

Convite 56.417,45 0,01 - - Concorrência 160.033.065,59 21,62 - - Tomada de Preços 12.955.284,52 1,75 - - Pregão 481.701.748,29 65,06 50.203.579,34 10,42 Dispensa 72.187.790,19 9,75 5.628.412,78 7,80 Inexigibilidade 13.426.339,73 1,81 2.784.109,37 20,74 TOTAL 740.360.645,77 100,00 58.616.101,49 7,92 Fonte: Departamentos da ELETROBRAS FURNAS: DAQ.G, D SG.G, DUC.G, DPF.F e CJ.P.

Considerando o porte da empresa, sua estrutura de partamentalizada e a falta de um sistema de gestão integrado, a análise das contratações da Entidade, por modalidade de licitação, foi r ealizada com base na listagem de licitações repassada considerando apenas o total de licitações, dispensas e inexigibilidades realizad as pelo Departamento de Aquisição - DAQ.G, Departamento de Serviç os Gerais - DSG.G, Departamento de Educação Corporativa - DUC. G, Departamento de Planejamento Financeiro - DPF.F e pela Consultoria Jurídica - CJ.P. A seguir, apresentamos os resultados das análise s efetuadas sobre os processos de aquisições:

Quadro 04 - Aquisições analisadas

Número da Licitação Contratada

CNPJ

Valor da Licitação

(R$)

Oportunidade e Conveniência

Modalidade Fund. Dispensa/

inex.

Pregão Presencial PR.DAQ.G.0004.2009

CAMARGO CORREA CIMENTO S.A.

62258884/0001-36 7.704.000,00 Adequada Adequada Não se Aplica

Pregão Eletrônico PE.DAQ.G.0439.2008

VOETUR TURISMO E REPRESENTAÇÕES LTDA.

01.017.250/0001-05 21.100.000,00 Adequada Adequada Não se Aplica

Pregão Eletrônico PE.DAQ.G.0110.2009

ANGELS SERV TECNICOS LTDA.

68.565.530/0001-10 9.958.829,34 Adequada Adequada Não se Aplica

Pregão Eletrônico PE.DAQ.G.0246.2009

BRITACAL IND. E COM. DE BRITA E CALCÁRIO

BRASÍLIA 26.970.103/0001-78

11.440.750,00 Adequada Adequada Não se Aplica

Dispensa DL.DSG.G.0004.2009

BAURUENSE TECNOLOGIA E SERVICOS LTDA.

45.022.415/0001-02 1.182.390,38 Adequada Não se Aplica Adequada

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Número da Licitação Contratada

CNPJ

Valor da Licitação

(R$)

Oportunidade e Conveniência

Modalidade Fund. Dispensa/

inex.

Dispensa DL.DSG.G.0005.2009

ANGELS SERVICOS TECNICOS LTDA.

68.565.530/0001-10 1.177.656,32 Adequada Não se Aplica Adequada

Dispensa DL.DAQ.G.0017.2009

UNIRIO MANUTENÇÃO E SERVIÇOS LTDA.

03.652.999/0001-63 601.245,86 Adequada Não se Aplica Adequada

Dispensa DL.DAQ.G.0002.2009

MAX SEGURANÇA MÁXIMA LTDA.

03.007.660/0001-92 468.661,86 Adequada Não se Aplica Adequada

Dispensa DL.DAQ.G.0021.2009

CAPUANO FRETAMENTO E TURISMO LTDA.

02.973.929/0001-22 245.458,36 Adequada Não se Aplica Adequada

Dispensa DL.DPF.F.0001.2009

BES INVESTIMENTO DO BRASIL S/A

34.111.187/0001-12 1.323.000,00 Adequada Não se Aplica Adequada

Dispensa DL.DPF.F.0002.2009

ROLIM, GODOI, VIOTTI & LEITE CAMPOS

ADVOGADOS 71.258.032/0001-30

630.000,00 Adequada Não se Aplica Adequada

Inexigibilidade IL.DAQ.G.0005.2009

W3 INDUSTRIA METALURGICA LTDA.

81.114.803/0001-79 105.069,85 Inadequada Não se Aplica Adequada

Inexigibilidade IL.DAQ.G.0015.2009

CAMARGO CORRÊA CIMENTOS S/A

62.258.884/0001-36 1.276.000,00 Adequada Não se Aplica Adequada

Inexigibilidade IL.RE.DDP.G.01.2008

DTCOM-DIRECT TO COMPANY S/A

03.303.999/0001-36 862.248,00 Adequada Não se Aplica Adequada

Inexigibilidade RE.CJ.P.0014.2009

DORADO ADVOCACIA ASSOCIADA

05.440.381/0001-43 185.939,52 Adequada Não se Aplica Inadequada

Inexigibilidade RE.CJ.P.0016.2009

LOPES & BRONHOLO ADVOGADOS ASSOCIADOS

02.680.000/0001-05 159.852,00 Adequada Não se Aplica Inadequada

Inexigibilidade RE.CJ.P.0009.2009

JACOBY FERNANDES ADVOGADOS & ASSOCIADOS

10.627.605/0001-60

195.000,00 Adequada Não se Aplica Adequada

Fonte: Análises realizadas nos correspondentes proc essos.

Com base na análise dos suprareferidos processos d e aquisição/contratação, constatamos, entre outros, o que segue: a) Exigências em Edital de Licitação que ext rapolaram os limites fixados no artigo 30 da Lei n.º 8.666/1993; b) Contratação de mobiliário por inexigibili dade de licitação, embasada no artigo 25, inciso I, da Lei de Licit ações, decorrente de falta de planejamento e desídia administrativa; c) Falhas na formalização de dois processos licit atórios, no montante total de R$ 19.144.750,00, no que diz respeito a juntada nos autos da fonte de referência utilizada para evidenciar a adequação aos preços de mercado; d) Contratação de serviços de assessoria jurí dica, no valor de R$ 345.791,52 (trezentos e quarenta e cinco mil setec entos e noventa e um reais e cinquenta e dois centavos) para o aco mpanhamento de ações judiciais, sem a realização do devido proced imento licitatório;e

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e) Contratação de serviços de assessoria jurí dica, no valor de R$ 195.000,00 (cento e noventa e cinco mil reais) po r inexigibilidade de licitação, sem a realização da justificativa de pr eços adequada. 4.6 ITEM 06 - AVAL. DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS O quadro a seguir ilustra a força de trabalho disp onível na empresa ao longo do triênio 2007-2009.

Quadro 05 - Quantitativo de Pessoal do Quadro Própr io- posição em 31/12

QUADRO PRÓPRIO Tipologia Qtd.

Celetistas(inclusive os cedidos, com ônus) 2007 4534 2008 4724 2009 4758 Requisitados com ônus para a UJ 2007 (1) 2008 (1) 2009 (1) 8 Requisitados sem ônus para a UJ 2007 (1) 2008 (1) 2009 (1) (1) Não informado no Relatório de Gestão Fonte: Relatório de Gestão 2009

Em relação aos dados apresentados, merecem ser des tacadas as seguintes informações: - O quantitativo de pessoal próprio, no final d o exercício de 2009, foi superior em 0,72% ao existente em 2008, enco ntrando-se abaixo do limite estabelecido na Portaria DEST n.º 05/2006. - A variação do quantitativo de pessoal do quadro próprio da ELETROBRAS FURNAS, no exercício de 2009, tomando c omo base o exercício anterior, decorreu de 65 admissões por concu rso público/decisão judicial e 31 demissões. O quadro abaixo mostra a força de trabalho tercei rizada na empresa ao longo do triênio 2007-2009.

Quadro 06 - Quantitativo de Pessoal Terceirizado - posição em 31/12

QUADRO TERCEIRIZADO ANO QUANTIDADE

Conservação e Vigilância

Apoio Administrativo

Atividades da Área-fim

Estagiário

2007 - 869 988 6942008 - 788 935 6322009 - 748 928 598(*) Informação não disponibilizada Fonte: Relatório de Gestão 2009

Constatamos que a ELETROBRAS FURNAS vem util izando mão de obra indireta na execução de atividades inerentes às c ategorias funcionais do plano de cargos e salários. Trata-se, neste ca so, de terceirização ilícita, ou seja, contratação de pessoal sem prévia aprovação em concurso público. Em 31/12/2009, a quantidade de contratados na Empresa era de 1676 (somatório do quantitativo de pessoal de Apoio

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Administrativo e de Atividades da Área-fim ), significando um decréscimo de aproximadamente 10% em relação ao an o de 2007. De modo a cessar tal prática, em 28/07/2008, a E LETROBRAS FURNAS e o Ministério Público do Trabalho - MPT protocolizar am um instrumento de acordo para a substituição de terceirizados por a provados em concurso público. A programação acordada definiu substi tuições até o ano de 2013, definindo percentuais ao longo desse período . Em 14/12/2009, FURNAS recebeu notificação judic ial dando ciência da decisão liminar proferida nos autos da A ção Rescisória n.º 00541.2009.000.10.00-0 em face de FURNAS e do M inistério Público do Trabalho, objetivando a nulidade do Processo n.º 00264.2005.008.010.00-2, o qual originou o acor do firmado com o MPT para a substituição paulatina dos contratados . Nesta decisão foi deferida a liminar para determinar a suspensão dos efeitos, perante terceiros, do acordo firmado, razão pela qual a E LETROBRAS FURNAS não deu prosseguimento à substituição dos contratados. De acordo com o Relatório de Gestão 2009, a Empresa e o MPT apresentaram recurso a esta decisão os quais, ai nda, estão pendentes de julgamento. A partir da análise do cadastro, feito no sistem a SISAC, por meio de consulta ao Sistema SISACNET do Tribunal de Co ntas da União - TCU, observamos:

Quadro 07 - Quantitativo de Atos Cadastrados no SIS AC

Qtd de Atos de Pessoal (Admissão, Aposentadoria,

Pensão) Registrados no SISAC no exercício de 2009 (A)

Qtd de Atos de Pessoal (Admissão, Aposentadoria, Pensão) Passíveis

de Registro no SISAC no exercício de 2009 (B)

Percentual de Atos Registrados

no SISAC (A)/(B)%

65 65 100,0 Fonte: SISAC

Quanto à regularidade dos processos de cessão e requisição efetuados pela ELETROBRAS FURNAS, verificamos dois proc essos de cessão de funcionários: um cedido à Fundação Real Grandeza e outro à Defensoria Pública-Geral da União, ocorridos em 16/11/ 2009 e 01/12/2009, respectivamente, representativos de 5,1% das c essões existentes, e outros dois processos referentes à requisição de empregados para a Eletronorte e para a Eletronuclear, efetuado s em 01/11/2009 e 01/10/2009, respectivamente, correspondentes a 25% das requisições existentes. Consideramos adequados os procedi mentos adotadas pela empresa quanto à cessão e requisição de func ionários, estando em conformidade com o Manual de Pessoal, módul o 4.17 (Cessão de Empregados), exceto quanto ao item 3.4 do refer ido Manual que prevê que o empregado manifeste sua concordância para e fetivação da cessão, situação esta tratada mediante nota de auditoria. Em relação ao ressarcimento do ônus da remu neração das cessões, verificamos que, em 24/03/2009, o valor da ina dimplência era de R$ 363.203,93 (trezentos e sessenta e três mil, duz entos e três reais e noventa e três centavos). Embora, em 31/12/2009 , não tenha havido a

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regularização do ressarcimento dos débitos dos órg ãos cessionários, no montante de R$ 203.329,31 (duzentos e três mil, trezentos e vinte e nove reais e trinta e um centavos), verificamos um decréscimo de 44% no valor dos débitos. Constatamos, ainda, que a Empresa vem adotando medidas com vistas à regularização do ressarcim ento dos débitos dos órgãos cessionários. Em relação ao quesito de remuneração, verificam os o quantitativo de horas-extras mensais, e constatamos que, no exerc ício de 2009, em 929 ocasiões funcionários da companhia realizaram um quantitativo mensal de horas extras superior a quarenta horas, supera ndo o limite de duas horas diárias. Uma redução de aproximadamente 75%, se comparado ao ano de 2008, no qual foram identificados 3.675 ocasiõ es, motivo pelo qual consideramos que a Empresa atendeu às recomendaçõe s constantes do item 2.1.1.3 do Relatório de Auditoria n.º 224591 , o qual apontava impropriedades relacionadas à realização de horas- extras. Assim, a partir dos exames realizados, consi deramos adequados os controles internos no que se refere a gestão de re cursos humanos. 4.7 ITEM 07 - AVAL. CUMPR. PELA UJ RECOM. TCU/CI No exercício de 2009, a ELETROBRAS FURNAS infor mou o encaminhamento dos Acórdãos TCU 81/2009 - Plenário, 237/2009 - P lenário, 1208/2009 - 2ª Câmara, 595/2009 - Plenário, 2391/2009 - 1ª Câmara, 1441/2009 - Plenário, 1933/2009 - Plenário e 2884/2009 - Plená rio. Foram testadas as determinações do TCU expedidas ao longo de 2009 nos Acórdãos TCU 81/2009 - Plenário, 237/2009 - Plená rio e 1208/2009 - 2ª Câmara. Em seu Relatório de Gestão 2009, a Un idade informou que a Auditoria Interna atuou como facilitadora na real ização dos trabalhos do TCU, intermediando as suas solicitações junto às áreas de FURNAS, bem como prestando esclarecimentos. Acompanho u o andamento dos processos auditados pelo TCU e a implementaç ão, pelos órgãos da Empresa, das recomendações daquele tribunal, consi derando as situações apontados nos referidos acórdãos regularizadas, ve jamos: Quanto às Providências Adotadas: "Observado o conteúdo da determinação do referido acórdão." Quanto aos Resultados Obtidos: "Observado o conteúdo da determinação do referido acórdão." No entanto, consideramos que houve, no exercício de 2009, descumprimento do item 1.5.1.4 do Acórdão TCU 120 8/2009 - 2.ª Câmara, que determinou à ELETROBRAS FURNAS o seguinte: "1.5.1.4 se abstenha de contratar serviços advocatícios, por inexigibilidade de licitação, quando não restar e fetiva e formalmente comprovada a inviabilidade de competição a que se refere o artigo 25, caput, da Lei n. 8.666/1993." Quanto ao item 1.5.3 do Acórdão TCU 81/2009 - Pl enário, consideramos impossível avaliar sua implementação em 200 9, uma vez que a Concorrência CO.DAQ.G.0011.2008,, citada no re ferido acórdão, foi revogada e substituída pelo pregão eletrônico nº PE.DAQ.G.0414.2008 e que a realização deste pregão foi anterior à pu blicação do referido

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Acórdão no Diário Oficial da União. O Quadro a seguir mostra, por Acórdão, o quantitativo de determinações/ recomendações pendentes ou imple mentadas ao longo do exercício de 2009:

QUADRO 08 – Situação das determinações do TCU

Verificação das determinações no exercício de 2009

Acórdão Pendentes Implementadas

Totalmente Qtde % Qtde %

81/2009 – Plenário 1 25 2 75 237/2009 – Plenário - - 3 100

1208/2009 - Plenário 1 25 2 75 Fonte: Análises realizadas Quanto às recomendações efetuadas pela CGU, a ELETROBRAS FURNAS implementou todas as recomendações exaradas no exercício sob exame, exceto quanto ao item 3.2.1.2 do Relatório de A uditoria n.º 224591, que tratava da contratação de serviços advoc atícios sem notória especialização por inexigibilidade de licitação. 4.8 ITEM 08 - AVAL EXEC PROJ/PROG FINANC REC EXT A ELETROBRAS FURNAS, no exercício de 2009, não rea lizou programas, nem projetos financiados com recursos externos e/ou organismos internacionais. 4.9 ITEM 09 - AVAL GESTÃO PASSIVOS S/ PREV ORÇAM As informações requeridas pela DN TCU n.º 1 00 e 102/2009 sobre reconhecimento de passivos por insuficiência de créditos ou recursos não se aplicam à ELETROBRAS FURNAS, uma vez que a Unidade não está no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI, Conta Contábil 2.1.2.1.11.00. 4.10 ITEM 15 - AVAL. CRITÉRIOS CHAMAMENTO PÚBLICO O Decreto n.º 6.170/2007 regulamenta os conv ênios, contratos de repasse e termos de cooperação celebrados pelos ó rgãos e entidades da administração pública federal com órgãos ou e ntidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de p rogramas, projetos e atividades de interesse recíproco que envolva m a transferência de recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Segurid ade Social da União. Portanto, a referida norma não se aplica à ELETROB RAS FURNAS. 4.11 ITEM 16 - AVAL IRREG NÃO EXPURGO CPMF CONTRAT Em atendimento à determinação contida no item 1.5. 3 do Acórdão TCU n.º 2.862/2009 - Plenário, foram analisados três cont ratos (Contratos n.º 16.856, n.º 14.892 e n.º 15.742) no valor total de R$ 1.444.680.687,92 (um bilhão, quatrocentos e quarenta e quatro m ilhões, seiscentos e oitenta mil e seiscentos e oitenta e sete re ais e noventa e dois centavos), considerando o levantamento efetuado pela Empresa, acerca

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dos valores cobrados e pagos indevidamente às emp resas contratadas, a título de Contribuição Provisória sobre movimen tações financeiras - CPMF, a partir de janeiro de 2008, sendo que, nos Contratos n.º 14.892 e n.º 15.742, verificou-se a não extinção da cobr ança da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de V alores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira - CPMF a partir de 01/01/2008, data a partir da qual é indevida a cobrança de CPMF nos contratos administrativos do Governo Federal. Cons tatamos, portanto, continuidade do pagamento da CPMF, bem como morosi dade na condução das tratativas adotadas pela ELETROBRAS FURNAS, com vi stas à regularização definitiva da situação acerca do expurgo da CPMF e glosa dos valores pagos indevidamente, a título de CPMF, no âmbi to dos Contratos n.º 14.892 e n.º 15.742, no montante de R$ 1.036,7 mil . 4.12 CONTEÚDO ESPECÍFICO A ELETROBRAS FURNAS, como subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRAS, é parte integ rante do Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal - SICOM, nos termos do Decreto n.º 6.555, de 08/09/2008. Procedemos, então, à verificação das ações exe cutadas pela Empresa acerca da gestão de sua política de comunicação social, no exercício de 2009. Com relação à política de comunicação social , bem como quanto à existência de mecanismos de mensuração do ating imento dos objetivos relacionados a sua política de comunicação, em atendimento à Solicitação de Auditoria n.º 228439/002 a empre sa informou o que se segue: "Em agosto de 2009 foi aprovada a Política de Co municação do Sistema ELETROBRAS, para todas as empresas integrantes d o Sistema. No âmbito interno, o indicador utilizado é o Índice d a Pesquisa de Clima Organizacional, disponível na FurnasNet, na q ual os aspectos de comunicação são determinantes para o resultado. N o âmbito externo, em 2009 foi iniciado processo licitatório (em andamen to) para contratação de assessoria de comunicação, que prevê a reali zação de Pesquisa de Imagem e Reputação, Monitoramento de Imagem e A uditoria de Imagem." Cabe destacar que a Política de Comunicação Integrada do Sistema ELETROBRAS é um documento sintético que orienta, de forma integrada, todas as ações de comunicação das empresas que o compõem. O objetivo da política é promover a comunicação integrada entre as empresas do Sistema e destas com seus públicos de relac ionamento, de forma alinhada, coordenada e sinérgica, visando ampliar a percepção da marca do Sistema ELETROBRAS e a sua reputação corp orativa. O documento indica os processos para o fluxo de trabalho da co municação: Gestão da Comunicação, Gestão de Conteúdo, Comunicação In terna, Relação com a Imprensa, Comunicação Institucional e Comunicação com a Comunidade. As ações de publicidade efetivadas pela ELE TROBRAS FURNAS, no exercício sob exame, foram norteadas pelo seu Plano de Comunicação 2009 - PAC, onde constam os objetivos e o público alvo a serem atingidos.

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Ao analisarmos o PAC, verificamos que, das nove a ções de publicidades previstas, uma é de utilidade pública e as o ito restantes são de divulgação institucional. A operacionalização de t ais ações envolveu o volume de recursos de R$ 13.295.450,00 (treze milhões, duzentos e noventa e cinco mil e quatrocentos e cinqüenta rea is), no exercício de 2009. Para a prestação dos serviços de publicidade, a ELETROBRAS FURNAS contratou, em 28/01/2006, duas agências de propa ganda (Contratos n.º 16.236 e 16.237), por meio da Concorrência CO.DA Q.G.0017.2005. Ambos os contratos vêm sendo prorrogados anualmente por um período de 12 meses, sendo que, em 28/01/2009, foi formalizada a última prorrogação contratual por um período de 12 meses. Tais p rorrogações estão em conformidade com a Instrução Normativa SECOM n.º 1 6, de 13/07/1999 e a Lei n.º 8.666/93, exceto quanto à publicação do e xtrato do aditamento do Contrato n.º 16.236 na imprensa oficial. A p ublicação ocorreu em 04/03/2009, fora do prazo previsto no parágrafo ú nico do artigo 61 da Lei de Licitações, situação esta tratada por nota de auditoria. Conforme informação da Coordenação de Comunicaçã o Social, o Contrato n.º 16.237 foi rescindindo em 07/07/2009 por inadi mplência contratual, devido, principalmente, à falta de apresentação dos comprovantes de quitação de veiculações publicitárias. Atualmente, os serviços de publicidade são exec utados por uma única agência, vencedora da Concorrência CO.DAQ.G.0010.2 009. A agência de publicidade, de modo a operaci onalizar as ações de publicidade, cria Planos de Mídia para as campanha s previstas no Plano de Comunicação, onde são estabelecidos os ob jetivos do plano, o público-alvo, a cobertura geográfica, os meios a serem utilizados e o período; e são nominadas as mídias a serem utili zadas, com orçamento detalhado, cronograma de execução e especificação dos anúncios. Para verificarmos a compatibilidade entre o s erviço executado e o serviço previamente aprovado pela ELETROBRAS F URNAS, analisamos as notas fiscais dos meses de junho, julho e novembr o e os documentos de respaldo a esses pagamentos, que representaram 1 0,05% do valor total realizado de R$ 13.295.450,00 (treze milhões, duzentos e noventa e cinco mil e quatrocentos e cinqüenta reais), no ex ercício sob exame. Com base nos dados apresentados e nas a nálises efetivadas, consideramos adequado o Plano de Comunicação de 2009, bem como os instrumentos utilizados para avaliar a sua efetivi dade. 5. Entre as constatações identificadas pela equipe , não foi possível efetuar estimativa de ocorrência de dano ao erário . III - CONCLUSÃO Eventuais questões pontuais ou formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foram d evidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretiv as a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plan o de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pel o Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela l egislação aplicável,

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submetemos o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado d e Auditoria. Rio de Janeiro, 30 de Julho de 2 010. NOME CARGO ASSIN ATURA ROSEANE COSTA DE SOUSA AFC _____ ___________________ RAMON CATRAN JUNIOR AFC _____ ___________________

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RELATÓRIO DE AUDITORIA ANUAL DE CONTAS

Nº 244090 - 2ª PARTE

1 ENERGIA NAS REGIÕES SUDESTE E CENTRO-OESTE 1.1 IMPL USIN HIDR SIMPLÍC, PCH ANTA E SIST TRANS 1.1.1 ASSUNTO - PROGRAMAÇÃO DOS OBJETIVOS E METAS 1.1.1.1 INFORMAÇÃO: (013) Furnas Centrais Elétricas S.A - ELETROBRAS FUR NAS está inserida em três programas dentro do PPA 2009-2012. O quadro abaixo contém todas as 22 ações de governo vinculadas a esses tr ês programas, com as respectivas informações básicas, conforme cada strado no Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento do Plano Plurianual - SIGPLAN.

Quadro 01 – Informações básicas dos programas/ações

Programa Objetivo 0276 Gestão da

Política de Energia

Coordenar o planejamento e a formulação de políticas setoriais e a avaliação e controle dos programas na área de energ ia.

Ação Finalidade Descrição 6508 Estudos de

Viabilidade para Ampliação da Geração de Energia Elétrica

Realizar estudos de inventário e desenvolver projetos de viabilidade de empreendimentos novos e realizar estudos de viabilidade técnica e econômica de empreendimentos concessionados, visando a ampliação da capacidade de geração de energia elétrica.

Estudos e projetos para viabilizar a ampliação da geração de energia elétrica.

6510 Estudos de Viabilidade para Ampliação da Transmissão de Energia Elétrica

Realizar estudos e desenvolver projetos de viabilidade de novos empreendimentos de transmissão, visando a ampliação da capacidade de transmissão de energia elétrica.

Estudos e p rojetos para viabilizar a ampliação da capacidade de transmissão de energia elétrica.

Programa Objetivo 0296 Energia nas

Regiões Sudeste e Centro-Oeste

Ampliar a capacidade de oferta de geração e transmi ssão de energia elétrica das Regiões Sudeste e Centro-Oeste

Ação Finalidade Descrição 3414 Ampliação da

Usina Termelétrica Santa Cruz - Fase 1 - com acréscimo de 350 MW (RJ), através de Ciclo Combinado

Ampliar a capacidade da UTE Sta Cruz (RJ), de propriedade de FURNAS Centrais Elétricas S.A., através da implantação de ciclo combinado, Fase I com acréscimo de 350 MW.

Ampliação da UTE Sta Cruz, consistindo no aumento da capacidade das unidades 1 e 2, através da implantação de ciclo combinado a gás natural, disponbilizando 350 MW novos.

Ação Finalidade Descrição

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1A01 Implantação da Linha de Transmissão Macaé (RJ) - Campos (RJ) e Subestações Associadas, 3° Circuito (345 kV - 92 km)

Implantar Linha de Transmissão Macaé (RJ) - Campos (RJ), 3° Circuito, com 92 km de Extensão, Circuito Simples, em 345 kV, e Subestações Associadas

Esta LT é necessária para garantir o escoamento da potência proveniente da ampliação da usina termelétrica Macaé- Merchant e da implantação da usina termelétrica Norte Fluminense.

1G97 Implantação da Linha de Transmissão Tijuco Preto - Itapeti - Nordeste, em 345 kV, com 50 km e de Subestações Associadas (SP)

Implantar as Linhas de Transmissão 345 kV Tijuco Preto - Itapeti (Circuitos 3 e 4) e Itapeti - Nordeste (circuito duplo, com a construção inicial apenas do primeiro circuito) e instalações vinculadas, integrantes do Sistema de Transmissão da região sudeste, que interligará a Subestação Tijuco Preto, de propriedade da ELETROBRAS FURNAS, situada no Estado de São Paulo, e as Subestações Itapeti e Nordeste, de propriedade da CTEEP, visando reforçar o atendimento à Região da grande São Paulo, dando- lhe maior confiabilidade.

O empreendimento consiste basicamente na construção das instalações dos circuitos em 345 kV Tijuco Preto -Itapeti (Circuitos 3 e 4) e Itapeti -Nordeste (circuito duplo, com a construção inicial apenas de um circuito) e os respectivos equipamentos terminais de manobra, proteção, supervisão e controle, telecomunicações e todos os demais equipamentos, serviços e facilidades necessários à prestação do serviço público de transmissão.

1G96 Implantação da Usina Hidrelétrica Batalha, com 52,5 MW e de Sistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 75 km de extensão - (MG/GO)

Construir a usina hidrelétrica a fim de atender as necessidades do mercado de energia elétrica.

Construção da Usina Hidrelétrica de Batalha, localizada no rio São Marcos, entre os municípios de Cristalina (GO) e Paracatu (MG), com área inundada de 138,13 km2.

1G98 Implantação da Usina Hidrelétrica Simplício, com 305,7 MW, da PCH Anta, com 28 MW e deSistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 120 km de extensão (MG/RJ)

Construir a usina hidrelétrica a fim de atender às necessidades do mercado de energia elétrica.

Construção da Usina Hidrelétrica de Simplício e da Pequena Central Hidrelétrica A nta, localizadas no rio Paraíba do Sul, entre os municípios de Três Rios (RJ), Sapucaia (RJ), Além Paraíba (MG) e Chiador (MG), com área inundada de 13,56 km2.

121X Implantação de Sistema de Transmissão Bom Despacho 3 - Ouro Preto 2 (500kV - 180 km) - (MG)

Implantação do Sistema de Transmissão Bom Despacho 3 – Ouro Preto 2 composto pela LT 500 kV, circuito simples, com extensão aproximada de 180 km, com origem na SE Bom Despacho 3 e término na SE Ouro Preto 2, ambas localizadas no Estado de Minas Gerais. (1)

O empreendimento proporcionará nova rota de injeção de energia para a Região Mantiqueira do Estado de Minas Gerais, de forma a garantir níveis adequados de atendimento, levando em conta o crescimento de carga previsto para os consumidores industriais , além de reforçar o sistema de transmissão de Minas Gerais após a entrada da Interligação Norte – Sul III, reduzindo a necessidade de geração térmica. Obra incluída no PAC. (1)

Ação Finalidade Descrição 4469 Manutenção do Manter o Sistema de Geração de Implantação de ações ne cessárias à

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Sistema de Geração de Energia Elétrica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste

Energia Elétrica da Empresa com nível de disponibilidade satisfatório ao atendimento à demanda, de modo a cumprir os contratos de venda de energia firmados.

Manutenção e Benfeitorias em Usinas em Operação de forma a garantir as condições operacionais adequadas ao atendimento à demanda com confiabilidade e segurança.

4478 Manutenção do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste

Maximizar a disponibilidade das instalações do sistema de transmissão, garantindo o atendimento adequado aos serviços de transmissão de energia elétrica.

Promoção de ações voltadas à operação e manutenção dos equipamentos e instalações do sistema de transmissão, buscando garantir as condições operacionais adequadas e evitar ou minimizar a indisponibilidade dos mesmos.

3292 Modernização da Usina Hidrelétrica Furnas com 1.216 MW (MG)

Modernizar a UHE Furnas, com 1216 MW de capacidade insta lada, aprimorando e otimizando as condições de funcionamento e preservando o desempenho adequado e a maior eficiência da usina.

Promoção das ações relacionadas à modernização da UHE Furnas, a qual consiste na atualização tecnológica das oito Unidades Gerad oras e na implantação de novos sistemas de controle, comando, supervisão, monitoramento e proteção da usina. Contempla, também, a digitalização da usina, através da adequação das suas unidades geradoras, permitindo a operação remota da usina e aumentando a segurança operacional e a confiabilidade dos equipamentos e sistemas eletromecânicos, prolongando a vida útil da usina.

7066 Modernização da Usina Hidrelétrica Luiz Carlos Barreto de Carvalho, com 1.050 MW (MG)

Modernizar a UHE Luis Carlos Barreto, que possui seis unidades geradoras sendo que a primeira entrou em operação em março de 1969, estando em atividade a mais de 30 anos. Devido ao estado dos equipamentos / sistemas encontram-se dificuldades na execução das manutenções, tanto devido à falta de pe ças de reposição como devido ao estado físico dos componentes dos equipamentos.

O projeto em questão visa principalmente à recuperação da confiabilidade operacional das unidades geradoras, bem como evitar indisponibilidades forçadas intempestivas destas un idades, sem prazo pré determinado, envolvendo custos adicionais significativos em relação às modificações planejadas, além de perdas maiores de geração. Consiste na atualização tecnológica das Unidades Geradoras e na implantação de novos sistemas de contr ole, comando, supervisão, monitoramento e proteção da usina. Contempla, também, a digitalização da usina, através da adequação das suas unidades geradoras, permitindo a operação remota da usina e aumentando a segurança operacional e a confiabilidade dos eq uipamentos e sistemas eletromecânicos, prolongando a vida útil da usina. O planejamento da modernização da citada usina prevê um prazo de aproximadamente 50 meses para a implantação do referido projeto.

Ação Finalidade Descrição 3302 Modernização da

Usina Modernizar a UHE Mascarenhas de Moraes, com 476 MW de capacidade

Modernização da UHE Mascarenhas de Moraes, que consiste na atualização

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Hidrelétrica Mascarenhas de Moraes com 476 MW (MG)

instalada, aprimorando e otimizando as condições de funcionamento e preservando o desempenho adequado e a maior eficiência da usina.

tecnológica total das Unidades Geradoras 5 a 8 e parcial das demais unidades, além da implantação de novos sistemas de controle, comando, supervisão, monitoramento e proteção. A dig italização da usina, através da adequação das suas unidades geradoras, permitirá a sua operação remota a partir da UHE Luiz Carlos Barreto de Carvalho, além de permitir o aumento da segurança operacional e aumentar substancialmente a confiabilidade dos equ ipamentos e sistemas eletromecânicos, prologando a vida útil da usina.

1D35 Modernização da Usina Hidrelétrica Mascarenhas de Moraes, com 476 MW - Fase 2 (MG)

Modernizar a UHE Mascarenhas de Moraes, objetivando, principalmente, recuperar a confiabilida de operacional das unidades geradoras 1 a 4 e 9 e 10, em função da atual situação dos equipamentos em geral e, especificamente, do isolamento das barras do enrolamento estatórico dos geradores dessas unidades, bem como a eliminação da crescente dificuldade de obtenção de sobressalentes devido à idade tecnológica dos componentes. Esta ação visa a dar continuidade à modernização das unidades 5 a 8 desta UHE. O processo de modernização/recuperação visa, ainda, a evitar indisponibilidades forçadas intempestivas das unidades geradoras, envolvendo custos adicionais significativos em relação às modificações planejadas, além de perdas maiores de geração. O presente processo de modernização contempla também a atualização tecnológica dos sistemas e equipamentos da Usi na/Subestação, com a adoção da digitalização, possibilitando a operação remota, com economia nos custos de operação e manutenção.

As principais etapas e serviços da obra, compreendem: o desenvolvimento do projeto executivo, o fornecimentodos componentes/equipamentos e sistemas envolvidos, bem como, a desmontagem, montagem e comissionamento das unidades a serem modernizadas. Nessa Fase 2, serão modernizadas as unidades geradoras 1 a 4 e 9 e 10.

Ação Finalidade Descrição 8549 Preservação e

Conservação Ambiental em

Promover as ações de preservação e conservação do meio ambiente relacionadas aos projetos em

Considera a implementação de ações de preservação e conservação e sócio -ambientais inerentes aos

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Empreendimentos de Geração e Transmissão de Energia Elétrica

operação, incluindo a obtenção de licenças ambientais de operação, além d as relativas às questões sócio- ambientais decorrentes da implantação dos empreendimentos de geração e de transmissão.

empreendimentos em operação, tais como: a) Ações ambientais necessárias para atender às condicionantes dos órgãos de controle ambiental, inclusive aquelas relacionadas à obtenção das Licenças de Operação dos empreendimentos, conforme determinação da ANEEL; b) Ações voltadas ao programa de recuper ação de áreas degradadas, tanto relativo aos empreendimentos de geração quanto ao sistema de transmissão, de acordo com exigências dos órgãos de controle ambiental; c) Ações de natureza social e ambiental (por exemplo, Programa de Remanejamento da Populaçã o Atingida) decorrentes dos reassentamentos implementados em função dos empreendimentos em operação.

2200 Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão na Área dos Estados de Goiás, Mato Grosso e do Distrito Federal

Promover a implantação de reforços e melhorias, conforme definido na Resolução Normativa n.º 158 da ANEEL, em subestações e linhas de transmissão voltados à adequação do suprimento de energia elétrica na região do Estado de Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal com qualidade e confiabilidade.

Investimentos relacionados às obras de melhorias e reforços em subestações – SE’s e linhas de transmissão – LT’s voltados à adequação do suprimento de energia elétrica em função do aumento da demanda na região visando melhorar o atendimento na área de Go iás, Mato Grosso e Distrito Federal, em concordância com o Programa de Expansão da Transmissão (PET), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e as indicações do PAR (Plano de Ampliação e Reforços) do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, que indica m a instalação e/ou substituição de equipamentos em LT´s e SE´s da ELETROBRAS FURNAS, de extrema relevância para o desempenho e segurança do sistema elétrico brasileiro.

2194 Reforços e Melhorias no Sistema de Transmissão na Área dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais

Promover a implantação de reforços e melhorias, conforme definidos na Resolução Normativa n.º 158 da ANEEL, em subestações e linhas de transmissão voltados à adequação do suprimento de energia elétrica na região dos estados de São Paulo e Minas Gerais com qualidade e confiabilidade.

Investimentos relacionados às obras de melhorias e reforços em subestações e linhas de transmissão voltados à adequação do suprimento de energia elétrica em função do aumento da demanda na região visando adequ ar o sistema elétrico da região à ampliação do intercâmbio sul / sudeste, em concordância com o Programa de Expansão da Transmissão (PET), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e as indicações do PAR (Plano de Ampliação e Reforços) do ONS, que indicam a instalação e/ou substituição de equipamentos em LT´s e SE´s da ELETROBRAS FURNAS, de extrema relevância para o desempenho e segurança do sistema elétrico brasileiro.

Ação Finalidade Descrição 2192 Reforços e

Melhorias no Sistema de Transmissão na

Promover a implantação de reforços e melhorias, conforme definidos na Resolução Normativa n.º 158 da ANEEL, em subestações e linhas de

Investimentos relacionados às obras de melhorias e reforços em subestações e linhas de transmissão voltados à adequação do suprimento de

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Área dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo

transmissão voltados à adequação do suprimento de energia elétrica na região dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo com qualidade e confiabilidade.

energia elétrica em função do aumento da demanda na região visando adequar o sistema elétrico da região, em concordância com o Programa de Expansão da Transmissão (PET), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e as indicações do PAR (Plano de Ampliação e Reforços) do ONS, que indicam a instalação e/ou substituição de equipamentos em LT´s e SE´s da ELETROBRAS FURNAS, de extrema relevância para o desempenho e segurança do sistema elétrico brasileiro.

3360 Reforços nas Torres de Linhas do Sistema de Transmissão de Itaipu, em 750 kV, nos trechos: Foz do Iguaçu -Ivaiporã; Ivaiporã -Itaberá I e II; e Itaberá -Tijuco Preto I e II

Realizar os trabalhos de reforços nas estruturas das torres do sistema de transmissão dos circuitos de Itaipu.

Os investimentos previstos estão relacionados aos reforços das estruturas nas torres das LT´s 750 kV Foz / Ivaiporã, LT Ivaiporã / Itaberá I e II e na LT Itaberá / Tijuco Preto I e II.

Programa Objetivo 0807 Investimento

das Empresas Estatais em Infra- Estrutura de Apoio

Dotar a área administrativa de condições necessárias para prestar adequado suporte à área operacional

Ação Finalidade Descrição 4103 Manutenção e

Adequação de Ativos de Informática, Informação e Teleprocessamento

Realizar despesas com manutenção e adequação e aquisição de bens nas áreas de informática, informação e teleprocessamento que prolonguem a vida útil dos ativos das respectivas áreas e proporcionem melhor qualidade dos serviços prestados aos usuários.

Aquisição de bens e serviços de manutenção e adequação de equipamentos das áreas de informática, informação e teleprocessamento de propriedade das empresas estatais que sejam contabilizados no imobilizado.

4101 Manutenção e Adequação de Bens Imóveis

Realizar despesas com manutenção e obras de adequação que prolonguem a vida út il dos bens imóveis e melhorem a qualidade dos serviços prestados aos usuários.

Realização de obras de alvenaria, de estruturas e instalações; obras de manutenção nas tubulações de água, esgoto, telefone e energia elétrica etc., em edificações que sejam contabilizadas no imobilizado.

4102 Manutenção e Adequação de Bens Móveis, Veículos, Máquinas e Equipamentos

Realizar despesas com manutenção e obras de adequação que prolonguem a vida útil dos bens móveis, veículos, máquinas e equipamentos proporcionando melhor qualidade dos serviços prestados aos usuários.

Realização de serviços de manutenção e adequação nos bens móveis, veículos, máquinas e equipamentos de propriedade das empresas estatais que sejam contabilizados no imobilizado.

(1) Sem informação no SIGPLAN, somente no Relatório de Gestão 2009 Fonte: Relatório de Gestão 2009 e SIGPLAN

O montante de recursos executados nas 22 ações, n o exercício de 2009, está discriminado na tabela abaixo:

Tabela 01 – Despesas executadas em 2009

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Programa 0276 Ação

Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas

do Programa 6508 R$ 354.660,00 0,75%6510 R$ 83.363,00 0,18%

Programa 0296 Ação

Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas

do Programa 3414 R$ 2.368,00 0,0001%

Programa 0296 Ação

Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas

do Programa 1A01 R$ 35.929.560,00 1,31%1G97 R$ 15.146.550,00 0,55%1G96 R$ 213.000.053,00 7,79%1G98 R$ 609.638.791,00 22,30%121X R$ 10.372.933,00 0,38%4469 R$ 9.413.147,00 0,34%4478 R$ 86.578.579,00 3,17%3292 R$ 39.765.051,00 1,45%7066 R$ 101.932.061,00 3,73%3302 R$ 787.240,00 0,03%1D35 R$ 0,00 0%8549 R$ 16.576.596,00 0,61%2200 R$ 37.572.990,00 1,37%2194 R$ 95.138.795,00 3,48%2192 R$ 81.794.290,00 2,99%3360 R$ 0,00 0%

Programa 0807 Ação

Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas

do Programa 4103 R$ 53.224.596,00 1,84%4101 R$ 7.831.089,00 0,26%4102 R$ 18.564.925,00 0,64%Fonte: Sigplan e Relatório de Gestão 2009

Analisando a tabela acima, identificamos que a aç ão 1G98 "Implantação da Usina Hidrelétrica Simplício, com 305,7 MW, da PCH Anta, com 28 MW e de Sistema de Transmissão Associado, em 1 38 kV, com 120 km de extensão (MG/RJ)" apresentou a maior execução fina nceira dos recursos. Ademais, constatamos que para esta ação, em 2009, foi orçado o expressivo valor de R$ 660.325.481,00 (seiscentos milhões, trezentos e vinte e cinco mil e quatrocentos e oitenta e um re ais), o maior volume de recursos previstos dentre as 22 ações execut adas pela ELETROBRAS FURNAS, tendo sido executado 92,32% do orçado para o exercício. Por último, de acordo com o SIGPLAN, as informaçõ es referentes à ação 1G98 foram atualizadas até o dia 15/02/2010, de a cordo com o disposto no parágrafo primeiro, do artigo 18, da Lei n.º 11 .653, de 07/04/2008. 1.1.2 ASSUNTO - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 1.1.2.1 INFORMAÇÃO: (014) Apenas dez ações, todas vinculadas ao Program a 0296, das 22 ações executadas pela ELETROBRAS FURNAS, possuem indica dores de meta física previstos no PPA. Considerando que a ação 1G98 é a quela que apresentou

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a maior materialidade dos recursos envolvidos, a presentamos a seguir quadro demonstrativo das metas físicas e financeir as da referida ação:

Quadro 02 – Metas Físicas e Financeiras

Ação 1G98 - Implantação de Complexo de Geração e Transmissão d e Energia Elétrica – UHE Simplício com 305,7 MW, PCH Anta com 28 MW e Sistema de Transmissão Associado em 138 kV, com 120 km de exte nsão (MG/RJ)

Meta

Previsão

Execução

Execução/

Previsão (%) Física 39,00% 20,63% 52,90Financeira R$ 660.326 Mil R$ 609.639 Mil 92,32Tipo de Ação: Projeto Produto: Usina Implantada Unidade de Medida: % de execução física Fonte : Sigplan e Relatório de Gestão 2009

Esta ação iniciou-se em janeiro de 2006, tendo como data de término dezembro de 2011. Conforme o Relatório de Situaç ão Atual extraído do SIGPLAN, o andamento e o cronograma são considerad os normais, já tendo sido executados 67% do empreendimento. Este empreendimento foi adjudicado à ELETROBRAS FURNAS através do Leilã o ANEEL 002/2005, de 16/12/2005 cujo Contrato de Concessão n.º 003/2006 - MME fora assinado em 15/08/2006, com previsão de entrada em op eração da 1ª unidade geradora (da UHE Simplício) em 31/12/2010. Destaca mos, ainda, que este empreendimento faz parte do Programa de Acelera ção do Crescimento - PAC. No Relatório de Gestão 2009, a ELETROBRAS FURNAS destacou as principais realizações desta ação no exercício sob exame: "- Obras de interligação: continuidade das ativi dades de implantação dos canais e túneis, do canal de desvio; do diqu e Antonina; do dique Sul; do dique Estaca 2; do canal de desvio do córr ego Estaca; do dique Tocaia e do dique Louriçal 2; da tomada d'água e d o canal de adução. Foi concluído o dique Louriçal 1. Foi iniciada a e scavação subterrânea nos túneis dos canais 5 e 8. - UHE Simplício: continuidade no andamento das atividades de implantação das tomadas d'Água dos vãos 1, 2 e 3; da casa de força; do canal de fuga; do canal de adução; do verte douro e dos condutos forçados 1, 2 e 3. Em andamento as obras para a i mplantação do desvio do ribeirão Peixe e as pesquisas no sítio arque ológico na região do canal de fuga de Simplício. Foi realizada a descida do pré- distribuidor das unidades 1 e 2 e concluída a soldagem da caixa espiral da unidade 1. - PCH Anta: Prosseguimento dos serviços de topogr afia, identificação, cadastramento e avaliação das propriedades, s endo que já foram adquiridas algumas áreas. Encontram-se em andame nto as atividades de implantação dos vertedouros 1 e 2; da tomada d'água, das casas de força 1 e 2 e da barragem de gravidade. Foi c oncluída a escavação comum para implantação das estruturas principais na margem direita do rio Paraíba do Sul. Em 05.08.2009 foi reali zado o desvio do rio Paraíba do Sul e iniciada a construção da barragem de concreto compactado com rolo (CCR)." Em resposta à Solicitação de Auditoria n.º 2 44090/02, ELETROBRAS

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FURNAS informou as despesas relacionadas com a ex ecução da ação 1G98, sendo disponibilizada uma relação das contrataçõ es vinculadas a esta ação. Verificamos que somente os Contratos n.º 16.856 e 16.938, no exercício de 2009, foram responsáveis pela execuç ão do montante de R$ 396.341.314,05 (trezentos e noventa e seis m ilhões, trezentos e quarenta e um mil e trezentos e quatorze reai s e cinco centavos), correspondendo a 65,01% do valor total realizado n a ação em questão. O Contrato n.º 16.856 tem como objeto contratual a execução de obras civis para implantação do Aproveitamento Hidrelét rico Simplício - AHE Simplício - Queda Única. Enquanto o Contrato n.º 16.938 diz respeito ao fornecimento e montagem dos equipamentos eletro mecânicos para o AHE Simplício - Queda Única". Consideramos, com base n os objetos descritos nos termos, que as despesas vinculadas a esses c ontratos se coadunam com a finalidade da ação 1G98. Por fim, entendemos que a execução da referida ação apresentada por ELETROBRAS FURNAS referente ao exercício de 2 009, considerando as informações prestadas e os objetos dos contratos de maior materialidade, foi adequada. 1.1.2.2 INFORMAÇÃO: (015) A ELETROBRAS FURNAS utiliza indicadores de res ultados e econômico- financeiros para avaliação do seu desempenho, cuj a evolução nos cinco últimos exercícios encontra-se detalhada no item 2 .4.5 do Relatório de Gestão referente ao exercício de 2008. Não con stam no Relatório de Gestão, entretanto, indicadores de desempenh o operacional, que possibilitem a avaliação da gestão da Empresa, bem como a qualidade de seus serviços. O quadro a seguir demonstra os indicadores de res ultados e econômico- financeiros constantes no Relatório de Gestão 2009 :

Quadro 03 – Indicadores Utilizados

Nome do Indicador

Descrição do indicador Fórmula de cálculo

Resultado do Exercício

Demonstra o resultado econô mico, qual seja este lucro ou prejuízo- ou ainda uma situação nula.

Resultado do Exercício extraído do Balanço.

Receita Operacional Líquida

Demonstra o resultado obtido, após deduzir- se da Receita Operacional Bruta os impostos incidentes sobre vendas, devoluções e os abatimentos concedidos.

Receita Operacional Líquida extraída do Balanço.

Custos e Despesas Operacionais

Somatório de todas os custos e despesas incorridos pela Empresa no curso de suas atividades.

Custos Operacionais extraído do Balanço + Despesas Operacionais extraído do Balanço.

EBITDA Demonstra o lucro apurado, gerado pelos ativos operacionais - Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização

Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização extraído do Balanço.

Inadimplência sobre Receita Bruta (1)

Demonstra o percentual da inadimplência sobre a Receita Bruta de ELETROBRAS FURNAS

-

Endividamento de Curto Prazo

Demonstra a relação da dívida de curto prazo e o ativo

Passivo circulante/ ativo total

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Nome do Indicador

Descrição do indicador Fórmula de cálculo

Endividamento Total

Demonstra a relação da dívida total e o ativo

Passivo circulante e não circulante /ativo total

(1) Fórmula de cálculo não informada no Relatório d e Gestão. Fonte: Relatório de Gestão 2009 .

A fonte dos dados primários utilizados para o cál culo dos indicadores relacionados acima são as Demonstrações Contábeis da Empresa, auditado por empresa de auditoria independente e aprov ado pelo Conselho de Administração da ELETROBRAS FURNAS. Dessa forma, consideramos que os dados utiliza dos para cálculo dos indicadores são confiáveis, válidos, simples, mens uráveis e úteis. Ressalta-se que, em virtude do Plano de Tran sformação do Sistema ELETROBRAS, cujo objetivo é consolidar uma e strutura de gestão corporativa integrada e transparente, foi assinado em 30/12/2009 entre a ELETROBRAS FURNAS e a ELETROBRAS o Contrato de Metas de Desempenho Empresarial (CMDE), ciclo 2010 a 2014, no qual a Empresa se compromete, perante a Holding, a cumprir, anu almente, orientações estratégicas definidas para o exercício social seguinte, o que dará origem à criação e utilização de novos indicado res de gestão para o exercício de 2010. 2 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 2.1 MOVIMENTAÇÃO 2.1.1 ASSUNTO - QUANTITATIVO DE PESSOAL 2.1.1.1 INFORMAÇÃO: (016) O limite máximo para o quadro de pessoal pr óprio, aprovado pelo Departamento de Coordenação e Controle das Empr esas Estatais - DEST para a ELETROBRAS FURNAS é de 5.135 empregados, c onforme Portaria n.º 05, de 05/05/2006. O quadro a seguir ilustra a força de trabalho disp onível na empresa ao longo do triênio 2007-2009.

Quadro 04 - Quantitativo de Pessoal do Quadro Própr io- posição em 31/12

QUADRO PRÓPRIO Tipologia Qtd.

Celetistas(inclusive os cedidos, com ônus) 2007 4534 2008 4724 2009 4758 Requisitados com ônus para a UJ 2007 (1) 2008 (1) 2009 (1) 8 Requisitados sem ônus para a UJ 2007 (1) 2008 (1) 2009 (1) (1) Não informado no Relatório de Gestão Fonte: Relatório de Gestão 2009

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Em relação aos dados apresentados, merecem ser des tacadas as seguintes informações: - O quantitativo de pessoal próprio, no final d o exercício de 2009, foi superior em 0,72% ao existente em 2008, enco ntrando-se abaixo do limite estabelecido na Portaria DEST n.º 05/2006. - A variação do quantitativo de pessoal do quadro próprio da ELETROBRAS FURNAS, no exercício de 2009, tomando c omo base o exercício anterior, decorreu de 65 admissões por concu rso público/decisão judicial e 31 demissões, conforme informa ções constantes da Correspondência Interna DAP.G.I.177.2010, de 05/04 /2010. O quadro abaixo mostra a força de trabalho tercei rizada na empresa ao longo do triênio 2007-2009.

Quadro 05 - Quantitativo de Pessoal Terceirizado - posição em 31/12

QUADRO TERCEIRIZADO ANO QUANTIDADE

Conservação e Vigilância

Apoio Administrativo

Atividades da Área-fim

Estagiário

2007 - 869 988 6942008 - 788 935 6322009 - 748 928 598(*) Informação não disponibilizada Fonte: Relatório de Gestão 2009

Constatamos que a ELETROBRAS FURNAS vem util izando mão de obra indireta na execução de atividades inerentes às c ategorias funcionais do plano de cargos e salários. Trata-se, neste ca so, de terceirização ilícita, ou seja, contratação de pessoal sem prévia aprovação em concurso público. Em 31/12/2009, a quantidade de contratados na Empresa era de 1676 (somatório do quantitativo de pessoal de Apoio Administrativo e de Atividades da Área-fim ), significando um decréscimo de aproximadamente 10% em relação ao an o de 2007. De modo a cessar tal prática, em 28/07/2008, a E LETROBRAS FURNAS e o Ministério Público do Trabalho protocolizaram um i nstrumento de acordo para a substituição de terceirizados por apr ovados em concurso público. A programação acordada definiu substi tuições até o ano de 2013, definindo percentuais ao longo desse período . Desta forma, solicitamos, por meio da Solicita ção de Auditoria n.º 242063/06, que a ELETROBRAS FURNAS informasse o andamento destas substituições, uma vez que havia previsão de sub stituição de 20% dos terceirizados, com contratação de 30% dos ap rovados em concurso público até dezembro de 2009. Em resposta, a Empresa informou o seguinte: "1. Em atendimento ao disposto na Solicitação de Auditoria, número 242063/006, de 26/02/2010, descrevemos abaixo as ações implementadas por FURNAS para atendimento ao acordado com o M inistério Público do

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Trabalho para substituição dos terceirizados: -> Realizado em 2009, Concurso Público para divers os cargos e estados. Sua homologação está prevista para início de 2010. -> Programa de Requalificação Profissional que foi desenvolvido em parceria com o SENAI, em cumprimento ao Termo de Conciliação Judicial firmado entre FURNAS e o Ministério Público. Seu principal objetivo é preparar os contratados para sua inserção no me rcado de trabalho. O Programa teve início em 26/10/2009 e foi estrutura do em dois módulos: Módulo Básico obrigatório de 40h sobre o tema "Desenvolvendo Competências de Empregabilidade" e Módulo Específ ico de livre escolha pelo contratado dentro de uma grade oferecida pelo SENAI. O Programa foi amplamente divulgado na Empresa, de forma individualizada, envolvendo também as respecti vas gerências. 255 contratados fizeram sua matrícula no Programa . Desse total, 84 já cursaram o Módulo Básico, em três turmas, sendo duas presenciais no Escritório Central, e uma à distância, para atendimento às Áreas Regionais. Estaremos abrindo novamente as inscrições para nov as adesões no mês de abril de 2010. -> Quadro com a posição dos contratados em dezembr o de 2009. Informamos, ainda, que não estão computados os desligamentos de janeiro e fevereiro de 2010.

Diretoria Dez/2007 Dez/2009 Saídas em 2009 DP 130 134 5DE 264 226 6DO 570 509 12DF 47 44 0DG 558 498 18DC 288 265 6TOTAL 1857 1676 47DP- Presidência DE – Diretoria de Engenharia DO – Diretoria de Operação do Sistema e Comercializ ação de Energia DF – Diretoria Financeira DG – Diretoria de Gestão Corporativa DC – Diretoria de Construção

2. Em que pese todos os esforços acima, em 14/12/ 2009, FURNAS recebeu notificação judicial dando ciência da decisão li minar proferida pelo Desembargador Braz Henriques de Oliveira, nos auto s da Ação Rescisória nº 00541.2009.000.10.00-0, ajuizada por ABEL DE JE SUS FORMOSO E OUTROS em face de FURNAS e do Ministério Público do Tra balho, objetivando a nulidade do Processo nº 00264.2005.008.010.00- 2, o qual originou o acordo firmado com o MPT para a substitu ição paulatina dos contratados. 3. Na decisão informada acima, foi deferida a lim inar para determinar a suspensão dos efeitos, perante terceiros, do a cordo firmado, razão pela qual não foi dado prosseguimento à substituiç ão dos contratados. 4. Deve ser ressaltado que tanto FURNAS qua nto o próprio MPT apresentaram recurso a esta decisão, estando os mesmos pendentes de julgamento." De acordo com o Relatório de Gestão 2009, o proces so ainda encontra-se pendente de julgamento dos recursos impetrados pe la ELETROBRAS FURNAS e pelo MPT.

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Diante dos fatos, constatamos o descumprimento do acordo protocolizado entre ELETROBRAS FURNAS e o MPT para a substitui ção de terceirizados por aprovados em concurso público. No entanto, a Empresa encontra-se amparada judicialmente, uma vez que há limi nar determinando a suspensão dos efeitos do acordo firmando com o MPT . 2.2 REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS 2.2.1 ASSUNTO - CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS 2.2.1.1 INFORMAÇÃO: (017) Por meio de consulta ao Sistema SISACNET do T ribunal de Contas da União - TCU, confirmamos a existência de ca dastro de 65 atos de admissão de empregados no exercício de 2009, dos quais 60 foram encaminhados para parecer do Controle Interno. 2.2.1.2 INFORMAÇÃO: (018) Em 31/12/2009, havia na Companhia um total de 39 empregados cedidos, sem ônus para o cedente (ELETROBRAS FURNAS) e oito empregados requisitados, com ônus para o cessionário (EL ETROBRAS FURNAS). Os quadros a seguir resumem as cessões e requisições efetivadas, bem como os órgãos/entidades envolvidos.

Quadro 06 – Cessão de Pessoal – Cedente ELETROBRAS FURNAS

Cessionário Quantitativo CHESF 01 DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DA UNIÃO

01

ELETROBRAS 25 ELETRONORTE 02 ELETROSUL 01 EPE 03 FUNDAÇÃO REAL GRANDEZA 02 MME 01 TEM 01 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

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Total Cedidos 39 Fonte: Assessoria de Planejamento e Coordenação - APC.G.

Quadro 07 – Requisição de Pessoal – Cessionário FUR NAS

Cedente Quantitativo CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF 01 CEPEL 01 CHESF 01 ELETRONORTE 03 ELETRONUCLEAR 01 ITAIPU 01 Total Requisitados 08 Fonte: Assessoria de Planejamento e Coordenação - A PC.G.

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Analisamos dois processos de cessão de funci onários: um cedido à Fundação Real Grandeza e outro à Defensoria Púb lica-Geral da União, ocorridos em 16/11/2009 e 01/12/2009, respectivame nte, representativos de 5,1% das cessões existentes, e outros dois pr ocessos referentes à requisição de empregados para a Eletronorte e p ara a Eletronuclear, efetuados em 01/11/2009 e 01/10/2009, respectivame nte, correspondentes a 25% das requisições existentes. Em relaç ão à documentação, identificamos nos processos: a) Pareceres da RH.G (Superintendência de Ges tão de Pessoas) e da Consultoria Jurídica da ELETROBRAS FURNAS. b) Resolução de Diretoria aprovando a ce ssão/requisição dos funcionários. Consideramos adequados os procedimentos adotadas p ela empresa quanto à cessão e requisição de funcionários, estando e m conformidade com o Manual de Pessoal, módulo 4.17 (Cessão de Empreg ados), exceto quanto ao item 3.4 do referido Manual, que dispõe: "3.4. O empregado deverá manifestar sua concordâ ncia para efetivação da cessão, devendo cumprir o regime de tra balho e as normas disciplinares da cessionária." Não identificamos nos processos analisados a concordância da cessão/requisição dos empregados envolvidos, então , foi emitida a Nota de Auditoria n.º 244090/01 recomendando que a Empresa observasse o disposto no item 3.4 do seu Manual de Pessoal, mó dulo 4.17 (Cessão de Empregados). Ademais, convém destacar que, em 11/12/2009, foi emitido o Relatório de Auditoria Interna n.º 087.2009, elaborado pela Auditoria Interna da Empresa, referente à Função Pessoal (Módulo: Empregados Cedidos) associada à Assessoria de Planejamento e Coo rdenação - APC.G. Os trabalhos de auditoria realizados focaram na a dequação dos atos de cessão de empregados às exigências previstas nos n ormativos internos e legislação própria. O resultado dos trabalhos apontou as seguintes não -conformidades: - Inexistência de instrumento contratual firm ado entre as partes envolvidas no processo de cessão. - Inexistência de uma correspondência do órgã o cessionário para o órgão cedente requerendo ou solicitando a pror rogação da cessão do funcionário. - Falta de evidência do conhecimento e anuê ncia da cessão pelo empregado, parte legítima do processo de cessão. - Ausência de dispositivo formal onde fique a cordado que o cedido realize apenas tarefas compatíveis com as do contr ato de trabalho. Foi, então, recomendado à Assessoria de Planejam ento e Coordenação - APC.G que "antes da adoção das recomendações contidas na Ata de

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Reunião, submetê-las à apreciação da Consultoria Jurídica - CJ.P para obtenção de parecer que oriente o assunto em toda a sua extensão". Posteriormente, foi solicitada, por intermédio da Correspondência Interna APC.G.I.043.2010, de 02/03/2010, à Con sultoria Jurídica da Empresa que emitisse parecer sobre as não-conformi dades apontadas pela Auditoria Interna. 2.2.1.3 INFORMAÇÃO: (019) A equipe constatou ausência de ressarcimento do ôn us da remuneração de cessões vigentes e, adicionalmente, órgãos cession ários com cessões já encerradas, que permanecem inadimplentes no toc ante ao reembolso do ônus da remuneração dos empregados cedidos pela E LETROBRAS FURNAS. Os débitos em questão são referentes às despesas co m salários, encargos sociais, férias, 13º salário e P.L.R (Partic ipações nos Lucros e Resultados) de funcionários cedidos por ELETROBRAS FURNAS, no montante de R$ 203,3 mil. O quadro demonstrativo abaixo elenca as empre sas devedoras e seus respectivos débitos, com posição em 31/12/2009:

Quadro 08 – Cessionários Inadimplentes

Cessionário Valor R$ Câmara Legislativa do Distrito Federal 12.275,47 Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A 15.460,35 Ministério do Trabalho 58.833,52 Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes(8) 48 .724,72 Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil – RJ (*)

7.281,12

Tribunal Reg. do Trabalho da 1ª Região 60.754,13 Total Inadimplência 203.329,31 Fonte: Departamento de Recursos Financeiros – DRF.F – Posição em 31/12/2009

A empresa informou, em 15/01/2010, por intermédio de email enviado do Departamento de Recursos Financeiros - DRF.F, as p rovidências adotadas em relação aos cessionários inadimplentes, vejamos : "a) Câmara Legislativa do Distrito Federal FURNAS emitiu cartas de cobrança à citada Câm ara, mas, no entanto permanecem divergências relativas ao pagamento de 13º salário sobre remuneração e gratificação de férias. Tal órgã o de Serviço Público atualmente se encontra no Cadastro Informativ o de Créditos não quitados no Setor Público Federal - CADIN; b)Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A - Eletronorte Valor referente à glosa aplicada pela cessionária relativa a PLR paga por FURNAS ao empregado [....]. Em resposta à no ssa correspondência, questionando a referida glosa, a Eletronorte alegou que tal valor também foi pago ao empregado, e que caso o valor fosse reembolsado, a Eletronorte estaria efetuando pagamento em duplici dade. O assunto está sendo tratado no âmbito da Assessoria de Planejam ento e Coordenação - APC.G. c) Ministério do Trabalho Dívida composta das rubricas de PLR relativas à cessão de 02(dois) funcionários, bem como de custos+encargos sociais e reembolso médico-

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hospitalar de um dos funcionários cedidos, q ue foi exonerado em maio/2008. Com relação à PLR, encaminhamos a o Ministério, a NOTA CONJUR/MME Nº 094/2009, de 03/07/2009 e também o P ARECER CONJUR/MME Nº 541/2006, de 14/12/2006, este último, encaminha do em setembro/2009, solicitando o reembolso da referida rubrica. Foi encaminhado e-mail em novembro/2009, solicita ndo o equacionamento da dívida, porém, ainda não obtivemos respost a. A matéria está em análise junto ao jurídico do Ministério. d) Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes Cobranças vencidas em outubro, novembro e de zembro de 2009. A Prefeitura informou que o pagamento já foi empenh ado para quitação em janeiro/2010. O ingresso do valor acima está sendo acompanhado junto à Tesouraria de FURNAS. e)Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil - R J O valor está sendo discutido entre FURNAS e a Secretaria, tendo em vista que a cobrança foi emitida após o encerr amento do período de cessão do empregado e havia o desconhecimento da pendência por parte da Secretaria. Segundo informado o valor já foi em penhado pelo órgão. f) Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região A pendência refere-se aos valores glosados pelo Tr ibunal, referente às rubricas Tíquete Refeição, Reembolso Médic o-Hospitalar e PLR (Participação nos Lucros e Resultados).O reembol so de tais rubricas, segundo o TRT-1ªRegião, contraria o disposto em na legislação que norteia a matéria. Tendo em vista a emissão de carta de cobrança , em 20/10/2009, com prazo de inclusão no CADIN em 03/01/10, estamos aguardando o retorno urgente do TRT, segundo solicitação e provi dências do próprio funcionário cedido." Destacamos que, em 24/03/2009, o valor da ina dimplência era de R$ 363.203,93 (trezentos e sessenta e três mil, duz entos e três reais e noventa e três centavos). Embora, em 31/12/2009 , não tenha havido a regularização do ressarcimento dos débitos dos órg ãos cessionários, no montante de R$ 203.329,31 (duzentos e três mil, trezentos e vinte e nove reais e trinta e um centavos), verificamos um decréscimo de 44% no valor dos débitos. Constatamos, ainda, que a Empresa vem adotando medidas com vistas à regularização do ressarcim ento dos débitos dos órgãos cessionários. 2.2.1.4 INFORMAÇÃO: (020) Ao analisarmos o quadro demonstrativo contendo a relação de horas- extras mensais realizadas por funcionários da com panhia, no exercício de 2009, verificamos que apenas dois funcionários chegaram a realizar mais que 200 horas extras mensais, conforme quadro a seguir.

Quadro 09 – Horas-extras mensais superiores a 200 h oras

MATRÍCULA CARGO DO EMPREGADO MÊS/ANO

HORAS

021404-3 ESP EM MAN ELETROM mai/09 246:05:00 021022-0 ESP EM MAN ELETROM mai/09 248:12:00

Fonte: Departamento de Suporte à Gestão de Pessoas – DAP.G De acordo com o Relatório de Auditoria n.º 224591 , em 2008 tiveram 46 ocasiões em que funcionários da ELETROBRAS F URNAS realizaram um

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quantitativo de horas-extras mensais que superaram 200 horas. Conforme podemos observar, no ano de 2009, tiveram apenas duas ocorrências de realização de horas-extras em patamar superior a 2 00 horas em um mesmo mês. Ambas as ocorrências se deram no mês de maio de 2009. Observamos, por fim, que, no exercício de 2 009, em 929 ocasiões funcionários da companhia realizaram um quantita tivo mensal de horas extras superior a quarenta horas, superando o limite de duas horas diárias. Uma redução de aproximadamente 75% se comparado ao ano de 2008, no qual foram identificados 3.675 ocasiõ es, motivo pelo qual consideramos que a Empresa atendeu às recomendaçõe s constantes do item 2.1.1.3 do Relatório de Auditoria n.º 224591 , o qual apontava impropriedades relacionadas à realização de horas- extras. 3 GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS 3.1 PROCESSOS LICITATÓRIOS 3.1.1 ASSUNTO - FORMALIZAÇÃO LEGAL 3.1.1.1 INFORMAÇÃO: (021) Identificamos as seguintes impropriedades, nos pr ocessos referentes a Pregões Eletrônicos conduzidos pelo Departamento d e Aquisição - DAQ: a) Ausência de numeração de documentos que compõem o processo licitatório PE.DAQ.G.0110.2009, em desacordo com o caput do artigo 38 da Lei n.º 8.666/1993. Inclusive, no exercício de 2009, tal impropried ade já fora apontada nos Relatórios n.º 42, 43 ,47 e 48 da Auditor ia Interna em outros processos realizados por FURNAS. b) Designação do pregoeiro e da equipe de apoio, dos processos PE.DAQ.G.008.2009, PE.DAQ.G.0110.2009 e PE.DAQ.G .0439.2008, recaíram sobre funcionários não-efetivos de FURNAS (ma trículas n.º 058141, 056421 e 076143), contrariando o artigo 10 do Dec reto n.º 5.450/2005, conforme constatamos nas Correspondências Internas n.º DCCP.G.I.033.2009, de 14/01/2009, DCCP.G.I.715.2 009, de 28/05/2009 e DCCP.G.I.2221.2008, 27/11/2008. Destacamos, mais uma vez, que o fato supra citado também fora identificado no Relatório da Auditoria Intern a n.º 42 em outros processos examinados pela área. Por fim, por se tratar de um erro formal e falh as já apontadas pela Auditoria Interna, elaboramos a Nota de Audi toria n.º 228440/02 recomendando a FURNAS que numere todos os docum entos que integram o processo licitatório sob sua responsabilidade, con forme dispõe o caput do artigo 38 da Lei n.º 8.666/1993 e que se abstenha de designar funcionários contratados, não integrantes d o quadro funcional permanente de FURNAS, para pregoeiro e eq uipe de apoio, em desconformidade ao artigo 10 do Decreto n.º 5.450/ 2005. 3.1.1.2 CONSTATAÇÃO: (022) Exigências, no Edital de Licitação, referente ao Pregão Eletrônico PE.DAQ.G.110.2009, que extrapolaram os limites fix ados no artigo 30 da

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Lei n.º 8.666/1993. Examinamos o Edital da Licitação PE.DAQ.G.110.2 009 e identificamos, para efeito de habilitação dos interessados, exig ências que excederam os limites fixados no artigo 27, inciso IV, da Lei n.º 8.666/1993, bem como frustaram o caráter universal que deve reger a licitação pública, configurado no artigo 37, inciso XXI, da Constitu ição Federal, quando se exigiu que as licitantes apresentassem do cumentação, para a qualificação técnica, não prevista no artigo 30 da Lei n.º 8.666/1993. Transcrevemos, a seguir, as exigências editalícia s, item 3.3 da Seção II - Disposições Gerais, que extrapolaram as dis posições contidas no artigo 30 da Lei de Licitações, implicando em restrição ao caráter competitivo do certame. "3.3 Documentação relativa à Qualificação Técnica [....] e) Atestado de Vistoria de todos os locais onde serão executados os serviços, a ser fornecido pelo representante do Departamento de Serviços Gerais, de que a licitante tomou conh ecimento de todas as informações técnicas e condições de execução do ob jeto da licitação. As visitas deverão ser realizadas pelos resp onsáveis técnicos do LICITANTE e deverão ser agendas através do telefon e 21-25282079. f) Registro dos serviços especializados de engen haria de segurança e medicina do trabalho - SESMT, no órgão do Mini stério do Trabalho e Emprego, de acordo com o disposto no subite m 4.17, da NR-04, de Segurança e Medicina do Trabalho; g) Declaração de Registro na Delegacia do Mini stério do Trabalho e Emprego no Estado do Rio de Janeiro (Comissão Int erna de Prevenção de Acidentes - CIPA); h) Inscrição ou Registro no Programa de Alim entação do Trabalhos (PAT), instituído pela Lei 6.321/76, regulament ada pelo Decreto n.º 5/91 e Portaria n.º 5452/43; i) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupa cional - PCMSO NR 7, conforme Portaria n.º 8/96 (Lei nº 6.514/77)." CAUSA: Entendimento equivocado de que as cláusulas edit alícias relativas ao quesito qualificação técnica encontravam a mparo legal e não caracterizariam restrição ao caráter competitivo d o certame. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Por intermédio do email, datado de 08/12/20 09, em resposta à Solicitação de Auditoria n.º 228440/13, de 27/11/ 2009, reiterada pela Solicitação de Auditoria n.º 228440/14, de 03/12/2009, foram apresentadas as seguintes justificativas: "1. As exigências "f" a "i", visam atender às Nor mas Regulamentadoras NR4, NR5 e NR7 do Ministério do Trabalho, conforme cópias abaixo. 2. A exigência "e" trata de garantia para evita r futuros pleitos de reajustes sob a alegação de algum desconhecimento sobre os serviços a serem prestados. 3. Considerando que 16 (dezesseis) empresas pa rticiparam do Pregão Eletrônico, entende-se, salvo melhor juízo, q ue não implicaram em restrição ao caráter competitivo do certame."

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ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Diante do fato observado e das justifica tivas apresentadas, constatamos que as exigências contidas nas alíne as "e" a "i" do item 3.3 da Seção II - Disposições Gerais do Edi tal de Licitação n.º PE.DAQ.G.0110.2009 não têm amparo legal, tendo e m vista que o artigo 30 da Lei de Licitações estabelece, taxativa mente, as formas de aferição da qualificação técnica das licitantes, c onforme se verifica: "Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a: I - registro ou inscrição na entidade profissional competente; II - comprovação de aptidão para desempenho de at ividade pertinente e compatível em características, quantidades e pr azos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparel hamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a reali zação do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um d os membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; III - comprovação, fornecida pelo órgão licitant e, de que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que tomou conh ecimento de todas as informações e das condições locais para o cumpri mento das obrigações objeto da licitação; IV - prova de atendimento de requisitos previs tos em lei especial, quando for o caso." Subtende-se, assim, que o vocábulo "limitar-se-á " deve ser entendido de forma restritiva, ou seja, que a documentação constante no rol do artigo 30 da Lei n.º 8.666/1993 é a documentação m áxima a ser exigida. Para destacar, seguem Acórdãos provenientes do TCU acerca do tema: ACÓRDÃO Nº 2899/2008 - TCU - 2ª Câmara "1.4.1. determinar ao Hospital Universitário Gaf frée e Guinle - HUGG que em seus procedimentos licitatórios abstenha -se de exigir para a habilitação de licitantes, por ausência de amparo legal: 1.4.1.1. certidão negativa de multas e débitos salariais, expedida pela Seção de Fiscalização da Delegacia Regional d o Trabalho; 1.4.1.2. declaração expedida pelo sindicato labor al representativo da classe preponderante, que comprove estar a licitan te, matriz e filiais se houver, regular, na data da abertura do Preg ão, quanto à entrega das guias de INSS; 1.4.1.3. certidão negativa de regularidade com as obrigações sindicais, expedida pelo sindicato dos trabalhador es da categoria; 1.4.1.4. certificado de registro de higienização - CRH e certificado de registro de vetores - CRV, expedidos pela FEEMA ; 1.4.1.5. declaração de registro de comissão int erna de prevenção de acidentes - CIPA, na Delegacia Regional do Trabalh o; 1.4.1.6. prova de inscrição ou registro no Progra ma de Alimentação do Trabalhador -PAT; 1.41.7. apresentação de Programa de Control e Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO; 1.4.1.8. apresentação de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; 1.4.1.9. índices de liquidez geral (LG), sol vência geral (SG) e liquidez corrente (LC) maiores que o mínimo estatu ído pelo subitem 7.2 da IN MARE-GM n.º 05/95, alterada pela IN MARE n.º 01/2001."

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ACÓRDÃO Nº 1892/2008 - TCU - 2ª CÂMARA "7.1. ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito F ederal - TRE/DF que: 7.1.1. abstenha-se de inserir nos editais das lic itações que promover as exigências abaixo, por afrontarem os arts . 27 a 32 da Lei n.º 8.666/1993: 7.1.1.1. declaração das empresas interessadas, comprovando que a licitante encontra-se com a sua Comissão Int erna de Prevenção de Acidentes - CIPA devidamente registrada, no cas o de possuir mais de 100 (cem) empregados lotados no mesmo local, ou no caso daquelas dispensadas da CIPA, declaração de que possue m número inferior ao exigido pela legislação;[....]" ACÓRDÃO 597/2007 - PLENÁRIO "9.3. determinar à Fundação Biblioteca Nacion al que, nas próximas licitações: [....] 9.3.3. limite-se, nos requisitos de habilita ção, às exigências estabelecidas nos arts. 27 a 31 da Lei n. 8.666/ 1993, abstendo-se de requerer, para tanto, documentos como Cadastr o de Empregados e Desempregados, implantação do Programa de Con trole Médico e Saúde Ocupacional - PCMSO, Registro no Serviço Especial izado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e Convenção Coletiva de Trabalho;[....]" Acórdão 2477/2009 - Plenário "Voto do Ministro Relator [....] 3. Conforme bem apontou a Unidade Técnica, a exi gência de realização de visitas técnicas (ou vistoria, nos termos empre gados no edital) aos locais de execução dos serviços como critéri o de habilitação de licitantes já foi considerada abusiva pelo T ribunal em algumas ocasiões, por ausência de previsão legal. Se gundo essa linha de entendimento, a declaração do licitante de que te m pleno conhecimento das condições de prestação dos serviços basta à Administração como prevenção contra possíveis alegações de impossibil idade de execução do contrato ou demandas por revisão contratual em raz ão de circunstâncias passíveis de serem avaliadas nessas visitas (Acór dão nº 409/2006-TCU- Plenário). [....] 9.2. determinar à Gerência do INSS em Montes Claro s/MG que: [....] 9.2.2. evite, em próximas licitações, a inclusão de itens como o 2.2, letra "c", do Edital nº 001/2008, que restringem injustificadamente o caráter competitivo do certame e contrariam, dessa forma, o art. 3º, § 1º, inciso I, da Lei nº 8.666/1993;" No entanto, não podemos afirmar que houve r estrição ao caráter competitivo do certame, uma vez que dezesseis empr esas participaram do pregão eletrônico. RECOMENDAÇÃO: 001 Abster-se de incluir, nos instrumentos con vocatórios de suas licitações, requisitos de qualificação técnica que restrinjam a competitividade, a exemplo dos itens constan tes do Edital n.º PE.DAQ.G.0110.2009, por falta de amparo legal. 3.1.1.3 INFORMAÇÃO: (024) O processo PE.DAQ.G.0439.2008 trata da cont ratação de empresa

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especializada para prestação de serviços de assessoramento, programação, reservas e vendas de passagens aéreas nacionais e internacionais e retirada de P.T.A. (Prepaid Ticket Advice), de atendimento especializado em aeroportos nacionais e internacionais, e de reserva de hotéis e aquisição de passag ens ferroviárias e rodoviárias, pelo prazo de 24 meses, através da modalidade de pagamento de Taxa por Transação Efetuada. O processo foi iniciado com a Requisição de Serviç os RE.DSG.G.00049.2008, de 26/08/2008, proveniente do Departamento de Serviços Gerais - DSG. Esta requisição trazia esti mativa de preço de R $ 21.100.000,00 (vinte e um milhões e cem mil reais), tendo a conclusão do processo ocorrido no início do exercí cio de 2009. Segundo o documento, a contratação se fazia necessár ia pela expiração do contrato anterior, n.º 16.707. Em 12/02/2009, foi assinado o Contrato n.º 18.613 , com validade de 24 meses. Os exames realizados evidenciaram a regularidade do pregão eletrônico sob análise. O processo está de acordo com a legislação vigente, Decreto n.º 5.504/05 e Lei n.º 10.520/02. 3.1.1.4 CONSTATAÇÃO: (027) Falhas na formalização de dois processos licitató rios, no montante total de R$ 19.144.750,00, no que diz respeito a juntada nos autos da fonte de referência utilizada para evidenciar a adequação aos preços de mercado. Analisamos, quanto aos aspectos da formaliz ação, os processos licitatórios PR.DAQ.004.2009 e PE.DAQ.G.0246.20 09 e constatamos a ausência nos autos dos processos da fonte de refe rência utilizada, de forma a evidenciar a adequação aos preços de merc ado, para elaboração do orçamento estimativo constantes na Requisiçã o de Compra n.º 399- 00794 e 296-03974, respectivamente. CAUSA: A situação em questão decorre de falhas nos cont roles relacionados à instrução processual da Divisão de Compras - DC OP.G, subordinada ao Departamento de Aquisição - DAQ.G, em especial q uanto à ausência nos autos da fonte de referência utilizada, de forma a evidenciar a adequação aos preços de mercado. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: O Chefe da Divisão de Compras - DCOP.G, em 23 /02/2010, repassou o email, de 10/02/2009, da Chefe da Divisão de Cont role e Administração - DADC.C do Departamento de Apoio e Controle Té cnico - DCT.C, órgão responsável pela Requisição n.º 296-03974, com as seguintes informações: "PE.DAQ. 0246.2009 Valor orçado . Lote 01 Areia 45000t 62,00 R$/t . Lote 02 BRITA - concreto 69550t 75,00 R$/t . Lote 03 BRITA - transição 23350t 65,00 R$/t . Lote 04 BRITA - transição 49900t 65,00 R$/t . Lote 05 BRITA - transição 1800t 65,00 R$/t .

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Valores orçados: Lote 01: média de preços do 2o. e 3o. colocados do PE.DAQ.0057.2009, uma vez que o primeiro colocado, para o qua l o fornecimento foi adjudicado encontrou extrema dificuldade no cump rimento do contrato, segundo ele, em função do valor contratado. Lote 02: média de preços dos 3 primeiros colocados do PE.DAQ.0057.2009, ligeiramente superior ao valor efetivamente contratado, de forma a garantir o êxito do pregão caso o 1o. colocado, por algum motivo não participasse do pregão PE.DAQ .0246.2009. Lotes 03, 04 e 05: como não havia restrição q uanto à litologia do material, utilizou-se o valor médio obtido dos três menores preços, excluindo-se o mais discrepante, orçados d urante visitas aos potenciais fornecedores por ocasião do PE.DAQ.0057 .2009. Segue um resumo do PE.DAQ.0057.2009 PREGÃO PE.DAQ.0057.2009 Valor orçado Valor contratado Lote 01 AREIA 9700t 49,00 R$/t 51,44 R$/t Lote 02 BRITA 4500t 80,00 R$/t 72,00 R$/t Valores orçados a partir das visitas feitas a pot enciais fornecedores localizados no raio de 300km da obra, posterio rmente validados por meio de propostas piloto após conhecimento do loca l da obra. Resumo Lote 01: 07 (sete) fornecedores participaram da etapa de la nces Lances finais dos 03 (três) primeiros colocados: 51,44 R$/t lance vencedor - adjudicado 55,70 R$/t 2o. colocado 67,41 R$/t 3o. colocado Resumo Lote 02: 08 (oito) fornecedores participaram da etapa de la nces Lances finais dos 03 (três) primeiros colocados: 72,00 R$/t lance vencedor - adjudicado 72,56 R$/t 2o. colocado 82,00 R$/t 3o. colocado" O Chefe da Divisão de Compras - DCOP.G, em 26 /02/2010, repassou o email, datado do mesmo dia, do órgão responsável pela Requisição n.º 399-00794, com as seguintes informações: "No mês 08/2008 solicitamos orçamento [....], que propôs o valor de R $ 286,64/ton. Em dezembro/2008, corrigimos o valor com percentu al de 2,5%, variação entre os períodos informados através da tab ela PINI (Guia da Construção/Variação de Preços - Cimento Portla nd), que resultou no valor de R$ 293,80/ton. A diferença para o valor orçado na Req. 3 99.00794, valor R$ 300,00/ton, considera-se arredondamento, mais a possibilidade de diferença de impostos (ICMS e IPI), considerando a inda, que na obra de Simplício o transporte poderia sofrer alterações em função da péssima qualidade das vias de acesso, acarretando em despe sas adicionais com o transporte em carretas especiais." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: A ELETROBRAS FURNAS apenas informou como fora m orçados os valores constantes nas requisições n.º 399-00794 e 296-03 974. No entanto, não foi justificada a ausência nos autos dos pr ocessos da fonte de referência informada, peça importante do procedime nto de licitação.

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Observe-se, ainda, o elevado grau de subje tividade quando da elaboração do orçamento da requisição n.º 296-039 74. O orçamento deve ser pesquisado com base em especificação idêntica a que será licitada, não cabendo considerações subjetivas sobre o s valores a serem levantados. Destacamos que é imprescindível que todos os documentos formais gerados durante o procedimento de licitação ou em função dele sejam juntados ao respectivo processo. Neste sentido, transcrevemos determinação contida em acórdãos do TCU: -> Acórdão 2479/2009 - Plenário "9.3. determinar ao IME que: [....] 9.3.2. realize ampla pesquisa de preços no mercado , a fim de estimar o custo do objeto a ser adquirido, anexando-a respectivo processo licitatório, de acordo com os arts. 7º, § 2º, II, e 43, IV, da Lei n.º 8.666/1993;" -> Acórdão 3667/2009 - Segunda Câmara, em au ditoria realizada no Departamento Logístico do Comando do Exército: "9.2. determinar ao Departamento Logístico do Exér cito Brasileiro, com amparo no art. 250, inciso II, do Regimento Intern o do TCU, que: [...] 9.2.3. quando da realização dos procedimentos l icitatórios, realize prévia e detalhada pesquisa de preços considerand o todas as variáveis correlacionadas, tais como as quantidades pretend idas, prazos e forma de entrega, nos termos do disposto no art. 3o, i nciso III, da Lei n° 10.520, de 17 de julho de 2002, e art. 8°, inc iso III, Anexo I, do Decreto n° 3.555, de 2000, anexando-a ao processo; " Diante da impropriedade apontada e das infor mações apresentadas, entendemos tratar-se de falha formal que não preju dicou a essência dos atos praticados. RECOMENDAÇÃO: 001 Nas próximas licitações, faça constar do processo licitatório todas as fontes e critérios que forem utilizados na defini ção da estimativa de preços. RECOMENDAÇÃO: 002 Aprimorar os controles relacionados à instrução processual, a fim de evitar insuficiências e falhas documentais, tais c omo falta de juntada aos processos administrativos de peças importantes . 3.1.2 ASSUNTO - OPORTUNIDADE DA LICITAÇÃO 3.1.2.1 INFORMAÇÃO: (023) Analisamos os processos realizados com o objetivo de contratar empresa para prestação de serviços de suporte, apoio e atendimento nas dependências do Escritório Central da ELETROBRAS FURNAS, no exercício de 2009, são eles os Pregões Eletrônicos PE.DAQ.G.008.2009 e PE.DAQ.G.0110.2009 e as Dispensas de Licitação DL.DSG.G.0004.2009 e

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DL.DSG.G.0005.2009, quanto aos critérios d e conveniência e oportunidade. Identificamos que foi iniciado o Pregão Eletrônic o PE.DAQ.G.008.2009, uma vez que o Contrato anterior, n.º 15.357, para o objeto em questão, se encerraria em 01/03/2009. Cabe destacar que o referido contrato estava vigente desde 01/11/2004, podendo ter sido prorrogado pela Administração por mais 8 meses, período no qual c ompletaria 60 meses, prazo máximo previsto no art. 57, II da Lei n.º 8 .666/93. No entanto, a Empresa optou em fazer um novo processo l icitatório, o Pregão Eletrônico PE.DAQ.G.008.2009, cuja sessão públi ca fora realizada em 28/01/2009. Em 12/03/2009, foi publicada no Diário Oficial da União - DOU, seção 3 n.º 48, a revogação do Pregão Eletrônico PE.D AQ.G.008.2009. Neste mesmo dia, foi iniciado um novo processo com a Re quisição de Serviços n.º RE.DSG.G.0013.2009 para abertura de uma nova licitação, o PE.DAQ.G.0110.2009. A revogação daquela lic itação decorreu da necessidade de introduzir alterações substanciais no escopo do edital, o que de fato foi constatado por esta equipe, para melhor adequação do instrumento convocatório. Então, a ELETROBRAS FUR NAS se viu forçada a tomar medidas para evitar a descontinuidade do s serviços prestados pelo Contrato n.º 15.357. Foram, então, verificados os custos da prorrog ação do Contrato n.º 15.357, bem como os custos de uma nova con tratação em caráter emergencial com três empresas. De acordo com a Cor respondência Interna n.º DSG.G.I.134.2009, o valor estimado a contratar emergencialmente (R $ 1.186.992,95 - um milhão, cento e oitenta e sei s mil e novecentos e noventa e dois reais e noventa e cinco centavos), conforme pesquisa de preços realizada com essas três empresas, fo i inferior ao custo estimado da prorrogação do Contrato n.º 15.357 ( R$ 1.182.390,38 - um milhão, cento e oitenta e dois mil e trezent os e noventa reais e trinta e oito centavos), mostrando a nova c ontratação ser mais vantajosa para a Administração, atendendo, desta forma, ao princípio da economicidade. Então, foi realizada contratação direta por meio da Dispensa de Licitação DL.DSG.G.0004.2009, com base no incis o IV do artigo 24 da Lei n.º 8.666/1993, de modo a evitar a descontinui dade dos serviços. A realização da dispensa de licitação em carát er emergencial foi devidamente justificada pela proximidade do venci mento do contrato em vigor, pela iminente revogação da licitação PE.DAQ .G.008.2009 e por se tratar de contratação de serviços de recepçã o e expediente, de natureza continuada e essenciais para o funcioname nto da Empresa. Ao invés de efetuar esta nova contratação p elo período máximo permitido de 180 dias, a ELETROBRAS FURNAS optou por celebrar o Contrato n.º 18.664 com a empresa prestadora dos serviços, com vigência de três meses, de 02/03/2009 a 01/06/ 2009, prazo em que a Empresa considerava adequado para terminar o nov o Pregão Eletrônico, contemplando as alterações no edital, bem co mo a assinatura do instrumento contratual. Entretanto, em 25/05/2 009, de acordo com a Correspondência Interna n.º DSG.G.I.300.2009, foi solicitada uma nova contratação por meio da Dispensa de Licitação DL.DSG.G.0005.2009 - Contrato n.º 18.787, com fundamento novamente no inciso IV do artigo

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24 da Lei n.º 8.666/1993, de nova empresa para pre stação dos referidos serviços pelo período de 90 dias a contar de 02/06/2009, no valor total estimado de R$ 1.177.656,32 (um milhão, ce nto e setenta e sete mil e seiscentos e cinquenta e seis reais e trin ta e dois centavos), tempo necessário para finalizar a realização do processo licitatório PE.DAQ.G.0110.2009. Destacamos que o custo desta nova contratação foi inferior à do Contrato n.º 18.664. Considerando o porte da empresa e todo o trâ mite envolvido em um procedimento licitatório, inclusive aprovação da contratação pela Diretoria Executiva da Empresa, consideramos adequ adas as contratações realizadas por Dispensa de Licitação, com fu lcro no inciso IV do artigo 24 da Lei de Licitações. No dia 15/06/2009, foi realizada a sessão pública do Pregão Eletrônico n.º PE.DAQ.G.0110.2009 para a contratação em tela . Em 31/08/2009, foi assinado o Contrato n.º 18.931, com valor t otal estimado de R$ 9.958.829,34 (nove milhões, novecentos e cinq uenta e oito mil e oitocentos e vinte e nove reais e trinta e qu atro centavos), pelo prazo de 24 meses, contados a partir da assinatura do contrato. Destacamos que tanto na Dispensa DL.DSG.G.0 004.2009 quanto na DL.DSG.G.0005.2009 foram anexadas aos autos pesqui sas de preços, com 3 propostas válidas. Foram observados os critérios de oportunidade e conveniência para as contratações em tela, com as devidas justificat ivas para escolha da modalidade de licitação, nos limites da Lei de Lic itação. 3.2 CONTRATOS DE OBRAS, COMPRAS E SERVIÇOS 3.2.1 ASSUNTO - CONTRATOS SEM LICITAÇÃO 3.2.1.1 INFORMAÇÃO: (025) Analisamos os processos de Dispensa de Licitação DL.DAQ.G.0017.2009, DL.DSG.G.0004.2009 e DL.DSG.G.0005.2009 e identi ficamos as seguintes falhas formais: a) Quanto ao processo DL.DAQ.G.0017.2009: - A publicação do extrato da Dispensa de Lici tação ocorreu no dia 26/06/2009 e a data da assinatura do instrumento contratual se deu em 10/06/2009, em desacordo com o artigo 26, caput da Lei n.º 8.666/1993. Em resposta à Solicitação de Auditoria n.º 2 28440/07, o Chefe da Divisão de Compras (do Departamento de Aquisição) esclareceu que: "Tendo em vista o grande volume de processo s licitatórios sob responsabilidade deste Departamento, bem como face a carência de disponibilidade de pessoal efetivo, considerando ainda, que o trâmite dos processos licitatórios são excessivamen te minuciosos, foi procedido desta forma um erro formal."

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- As consultas para verificação de regularidad e junto ao INSS e ao FGTS foram realizadas no dia 24/06/2009, 14 dias após a assinatura do contrato. Em resposta à Solicitação de Auditoria n.º 2 28440/07, o Chefe da Divisão de Compras (do Departamento de Aquisição) informou que: "Não obstante a data da assinatura do refer ido contrato estar devidamente válida com os documentos de regulari dade junto ao INSS e ao FGTS, após visualizados nos respectivos sist emas, a ausência dos referidos documentos junto aos autos dos processo s, só foi constatada em data posterior." b) Quanto ao processo DL.DSG.G.0004.2009: - Ausência de publicação da Dispensa de Licitaçã o, conforme dispõe o artigo 26, caput da Lei n.º 8.666/1993. Em resposta à Solicitação de Auditoria n.º 2 28440/08, o Chefe da Divisão de Administração e Expediente (do Depa rtamento de Serviços Gerais) informou que "Quanto à publicação da di spensa de licitação, informamos que já está sendo providenciada a devida publicação no Diário Oficial da União.". - No que diz respeito à cronologia dos fat os, identificamos as seguintes inconsistências: a) A justificativa para a contratação d a empresa Baruense (Correspondência Interna n.º DSG.G.I.134.2009), d atada de 04/03/2009, foi posterior à assinatura do contrato. b) O parecer acerca da dispensa da licitação e d a minuta do contrato (Correspondência Interna n.º ACT.P. I.498.2009 ) foi elaborado em 10/03/2009, oito dias após a assinatura do contra to. Desta forma, não foi possível efetivar as alterações sugeridas na m inuta do instrumento contratual. Destacamos que o parágrafo único do artigo 38 estabelece que "as minutas de editais de licitação, bem co mo as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser prev iamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração ". c) Consultas para verificação da regularidade dos débitos relativos a tributos administrados pela Secretaria da Recei ta Federal do Brasil (RFB) e dos débitos inscritos em Dívida Ativa da União no sistema da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional realizada s no dia 11/03/2009, posterior à assinatura do contrato, a qual ocorreu em 02/03/2009. Em resposta à Solicitação de Auditoria n.º 2 28440/08, o Chefe da Divisão de Administração e Expediente (do Depa rtamento de Serviços Gerais) esclareceu que: "Por se tratar de uma contratação em caráter eme rgencial de serviços essenciais para FURNAS, já havíamos iniciado um processo licitatório para a contratação de uma nova empresa, no enta nto como o mesmo não estaria concluído ao término do contrato vigent e, fomos obrigados a realizar esta contratação por dispensa de licitaçã o, por orientação da Diretoria de FURNAS. A consulta para verificação da regularidade dos débitos foi realizada posteriormente por desc onhecimento de sua necessidade.".

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c) Quanto ao processo DL.DSG.G.0005.2009 - Examinando os autos do processo, constatamos a a usência de documento comprobatório de exame prévio e aprovação da min uta do contrato pela área jurídica da ELETROBRAS FURNAS, conforme disp õe o parágrafo único do artigo 38 da Lei n.º 8.666/1993. Em resposta a Solicitação de Auditoria n.º 2 28440/08, o Chefe da Divisão de Administração e Expediente (do Depa rtamento de Serviços Gerais) explicou que: "Tendo em vista que no contrato anterior (CT 18.664) já havíamos submetido a consulta da minuta do edital à área jurídica, entendemos que poderíamos acatar as sugestões de altera ções para este novo contrato (CT 18.787), por se tratar de objetos idênticos." Diante das falhas apontadas e os esclarecime ntos prestados pela ELETROBRAS FURNAS, entendemos tratar-se de fa lhas formais que não prejudicaram a essência dos atos praticados. No entanto, emitimos a Nota de Auditoria n.º 244090/01 recomendando que a Empresa nas futuras contratações observe os prazos estipulados na L ei n.º 8.666/93, bem como submeta a consulta das minutas de editais de licitações a sua área jurídica. Além disso, constatamos, nos processos refere ntes às Dispensas de Licitação n.º DL.DPF.001.2009, DL.DPF.002.2009, DL.DSG.G.004.2009 e DL.DSG.G.005.2009 e à Inexigibilidade n.º IL. RE.DDP.G.001.2008, a ausência de numeração da documentação que co mpõe os respectivos processos, em desacordo com o caput do art igo 38 da Lei n.º 8.666/1993. Inclusive, no exercício de 2009, tal i mpropriedade já fora apontada nos Relatórios n.º 42, 43 ,47 e 48 da Auditoria Interna em outros processos licitatórios examinados pela área . Foi, então, elaborada a Nota de Auditoria n.º 2284 40/01 recomendando à ELETROBRAS FURNAS que numere todos os docume ntos que integram os processos de Dispensa e Inexigibilidade de Licita ção, conforme dispõe o caput do artigo 38 da Lei n.º 8.666/1993. 3.2.1.2 CONSTATAÇÃO: (026) Contratação de mobiliário por inexigibilidade de li citação, embasada no artigo 25, inciso I, da Lei de Licitações, de corrente de falta de planejamento Em 23/09/2008, foi realizado o Pregão Eletrônic o PE.DAQ.G.0298.2009 para fornecimento de mobiliários para diverso s órgãos da Empresa, sendo assinado, em 30/10/2008, o Contrato-Encomen da n.º 70-000724, no valor total de R$ 454.909,31 (quatrocentos e cin quenta e quatro mil, novecentos e nove reais e trinta e um centa vos), com a seguinte distribuição por órgãos.

Quadro 10 - Descrição dos bens contratados pelo PE. DAQ.G.0298.2009 DESCRIÇÃO DOS BENS ORGÃO QTDE

GPP 8CJP 8DECE 8

Armário baixo, cor argila em aço, com 02 portas e 01 prateleira – 80(L)x50(L)x75(H) cm.

DELE 43

28

DLANE 3APDE 3CQG 2

Subtotal 75GPP 8CJP 2COP 39DECE 96DELE 55DLANE 9APDE 12

Armário médio, cor argila em aço, com 02 portas e 03 prateleiras – 80(L)x50(L)x140(H) cm.

DQEO 15Subtotal 236

DECE 49DELE 29DLANE 6

Armário alto, cor argila em aço, com 02 portas e 04 prateleiras - 80(L)x50(P)x210(H) cm.

DQEO 1Subtotal 85

APDE 1DECE 13

Armário alto, cor argila em aço, com 04 prateleiras com porta com 02 folhas - 120(L)x50(P) OU 46(P)x198(H) cm. DQEO 18Subtotal 32

GPP 2CJP 1COP 22DECE 38DELE 13

Arquivo médio, cor argila em aço, com 04 gavetões ofício para pastas suspensas - 80(L)x50(P)x140(H) cm.

APDE 1Subtotal 77TOTAL 505Fonte: Contrato-Encomenda n.º 70-000724 DEC.E – Departamento de Engenharia Civil DEL.E – Departamento de Engenharia Elétrica CO.P – Coordenação de Comunicação Social DLAN.E – Divisão de Liberação de Áreas Norte CJ.P – Consultoria Jurídica APD.E – Assessoria de Suporte à Pesquisa e Desenvol vimento CQG – Coordenação de Qualidade Total GPP – Gabinete da Presidência DQE.O – Departamento de Equipamentos Eletroeletrôni cos

Ocorre que, em 29/12/2008, quase três meses após à realização do Pregão, o Departamento de Engenharia Civil - DEC E solicita, por meio da Requisição para Compra n.º 210-02361, co mpra de mobiliário adicional para atender às necessidades de seu de partamento, conforme quadro abaixo.

Quadro 11 - Descrição dos bens da Requisição n.º 21 0-02361

DESCRIÇÃO DOS BENS QTDE Armário baixo em aço com 02 portas e 01 prateleira – 80 (L)x50(L)x75(H) cm. Na cor argila.

5

Armário médio em aço com 02 portas e 03 prateleiras – 80(L)x50(L)x140(H) cm. Na cor argila.

36

29

DESCRIÇÃO DOS BENS QTDE Armário alto em aço com 02 portas inteiriças e 04 prateleiras - 80(L)x50(L)x210(H) cm. Na cor argila.

27

Armário com 04 gavetões ofício para pastas suspensas - 74(L)x50(L)x140(H) cm. Na cor argila.

25

TOTAL 93 Fonte: Requisição para Compra n.º 210-02361

Foi, então, celebrado o Contrato-Encomenda n.º 70-000850, em 04/05/2009, no valor total de R$ 105.069,85 (cento e cinco mil, sessenta e nove reais e oitenta e cinco centavos), com a mesma empresa vencedora do Pregão Eletrônico PE.DAQ.G.0298. 2008, por meio da Inexigibilidade de Licitação IL.DAQ.G.005.2009, co m fundamento no art. 25, inciso I da Lei n.º 8.666/93, a fim de mante r a padronização com os móveis adquiridos anteriormente, conforme preconiza o art. 15, inciso I da Lei de Licitações. Constatamos que houve um acréscimo de apro ximadamente 46% da quantidade de mobibiliário adquirido pelo DECE. Ad emais, a falta de um adequado planejamento por parte do referido depar tamento, previamente ao Pregão Eletrônico, ocasionou, nesta contratação direta, a majoração de valores pagos pela ELETROBRAS FURNAS em R$ 1 3.322,39 (treze mil, trezentos e vinte e dois reais e trinta e nove cen tavos), vejamos:

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Quadro 12 - Descrição dos bens contratados pela IL .DAQ.G.005.2009

DESCRIÇÃO DOS BENS VALOR UNITÁRIO

CT n.º 70-000724 (A)

VALOR UNITÁRIO CT nº 70-000850

(B)

QTDE (C)

[(B)-(A)]*(C)

Armário baixo em aço com 02 portas e 01 prateleira – 80(L)x50(L)x75(H) cm. Na cor argila.

502,40 575,27 5 364,35

Armário médio em aço com 02 portas e 03 prateleiras – 80(L)x50(L)x140(H) cm. Na cor argila.

780,38 892,47 36 4.035,24

Armário alto em aço com 02 portas e 04 prateleiras - 80(L)x50(L)x210(H) cm. Na cor argila.

1.012,39 1.161,29 (1) 27 4.020,30

Arquivo médio com 04 gavetões ofício para pastas suspensas - 80(L)x50(L)x140(H) cm. Na cor argila.

1.352,29 1.548,39 25 4.902,50

TOTAL 13.322,39 Fonte: Contrato-Encomenda n.º 70-000724 e Contrato- Encomenda nº 70-000850 (1) DESCRIÇÃO EXATA: Armário alto em aço com 02 por tas e 03 prateleiras - 80(L)x50(L)x210(H) cm. Na cor argila.

CAUSA: Falta de planejamento da aquisição. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Em resposta ao fato apontado, o Chefe do Depart amento de Engenharia Civil - DEC.E, departamento responsável pela requi sição n.º 210-02361, por intermédio de email datado de 24/02/2010, apr esentou as seguintes justificativas: "[...]1. A emissão das requisições de compra nã o foram vinculadas à data da realização do leilão (sic); 2. O Planejamento para renovação do mobiliári o foi feito de forma integral, porém a sua requisição foi feita em dua s etapas atendendo à disponibilidade de verba no orçamento de investime nto; 3. Sendo assim, a primeira requisição (210-02 320), no valor de R$ 150.970,00, foi emitida em 06/11/2007, vinculad a à verba disponível para 2008, que foi totalmente utilizada. A segu nda requisição (210- 2361), no valor de 109.000,00, foi emitida no ano seguinte, em 29/12/2008, vinculada à verba disponível para 200 9, complementando as necessidades levantadas desde o início do proc esso de renovação de mobiliário. [...]" ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: O Chefe do DEC.E informa que foi realizado p lanejamento de forma integral para renovação do mobiliário, no en tanto, não apresenta documentação comprobatória. Ademais, com base no p lanejamento, que ele afirma ter elaborado, poderia ter pleiteado, à épo ca, aumento na verba do orçamento de 2008, de forma a realizar uma ú nica contratação. Ao separar a aquisição de mobiliário em duas etapas, a ELETROBRAS FURNAS arcou com uma despesa adicional de R$ 13.322,39 ( treze mil, trezentos

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e vinte e dois reais e trinta e nove centavos). Além disso, constatamos que, em 10/11/2008, o Co ntrato-Encomenda n.º 70-000724 foi aditivado nos seguintes itens:

Quadro 13 - Itens aditivados ao Contrato-Encomenda n.º 70-000724

DESCRIÇÃO DOS BENS QTDE Aditivado Armário baixo, cor argila em aço, com 02 portas e 01 prateleira – 80(L)x50(L)x75(H) cm.

13 17,3%

Armário médio, cor argila em aço, com 02 portas e 03 prateleiras – 80(L)x50(L)x140(H) cm.

22 9,3%

Armário alto, cor argila em aço, com 02 portas inteiriças e 04 prateleiras - 80(L)x50(L)x210(H) cm. Na cor argila.

0 0%

Armário alto, cor argila em aço, com 04 prateleiras com porta com 02 folhas - 120(L)x50(P) OU 46(P)x198(H) cm.

7 21,9%

Arquivo médio, cor argila em aço, com 04 gavetões ofício para pastas suspensas - 80(L)x50(L)x140(H) cm. Na cor argila.

4 5,2%

TOTAL 46 Fonte: Análise das informações constantes no Aditiv o 01 do Contrato-Encomenda n.º 70-000724.

Destacamos que o contrato em tela possui vigên cia até 02/02/2013 e poderia, ainda, ter sido aditivado. Caso esta solução tivesse sido realizada, apenas os itens a seguir não poderiam s er contemplados: Quadro 14 - Itens que não comportariam aditivação ao Contrato-Encomenda n.º

70-000724

DESCRIÇÃO DOS BENS QTDE Armário alto em aço com 02 portas inteiriças e 04 prateleiras - 80(L)x50(L)x210(H) cm. Na cor argila.

6

Armário com 04 gavetões ofício para pastas suspensas - 74(L)x50(L)x140(H) cm. Na cor argila.

6

TOTAL 12 Fonte: Análise das informações constantes do Contra to-Encomenda n.º 70-000724 (e aditivo 01) e da Requisição n.º 21 0-02361

Observa-se, então, que pelo menos 87% dos itens adicionais poderiam ter sido adquiridos a preços mais baixos do que os efetivamente contratados. Portanto, entendemos que houve contratação de mobiliário, por inexigibilidade de licitação, embasada no artigo 25, inciso I, da Lei de Licitações, que resultou em gastos evitáv eis no valor de R$ 13.322,39 (treze mil, trezentos e vinte e dois r eais e trinta e nove centavos).

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RECOMENDAÇÃO: 001 Não utilizar a modalidade inexigibilidade de lic itação, fundamentada no artigo 25, inciso I combinada com o art. 15, inciso I da Lei n.º 8.666/93, para solução de problemas oriundos da fa lta de planejamento. RECOMENDAÇÃO: 002 Efetuar o planejamento das aquisições, consid erando inclusive o orçamento a ser requisitado, de modo a evitar g astos decorrentes da perda de economia de escala em função de aquisiçõe s parceladas. 3.2.1.3 CONSTATAÇÃO: (028) Contratação de serviços de assessoria jurídica , no valor de R$ 345.791,52 (trezentos e quarenta e cinco mil setec entos e noventa e um reais e cinquenta e dois centavos) para o aco mpanhamento de ações judiciais, sem a realização do devido procedi mento licitatório. Examinamos os processos de inexigibilidade de lici tação RE.CJ.P.00014.2009 e RE.CJ.P.00016.2009, realizado s para a contratação de empresas para prestação de serviços advocatícios, tendo identificado que: - No processo RE.CJ.P.00014.2009, a requisição d e serviços apresenta como justificativa para a contratação: "O grande número de demandas trabalhistas e cívei s no Estado de Minas Gerais e ainda a necessidade de profissionai s capacitados para o acompanhamento dessas ações, com o fim de obter r esultados favoráveis e que atendam ao princípio da eficiência da Adm inistração Pública." O processo resultou na celebração do Contrato CT 1 9.360, que define da seguinte forma seu objeto: "CLÁUSULA 1ª - OBJETO Constitui objeto do presente contrato a pre stação de serviços profissionais especializados de advocacia, relati vos ao patrocínio de causas judiciais na(s) Comarcas de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Betim e Barbacena, conforme descrito na cláusula 4ª deste instrumento." CLÁUSULA 4ª - CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS Os serviços profissionais a serem prestados pelo contratado se constituirão em: I - serviços advocatícios de interesse de FURNAS, defesa e acompanhamento de causas judiciais, decorrente de ações já aforadas ou que vierem a sê-lo, de qualquer natureza, sej a FURNAS autora, ré, interveniente, etc. em trâmite nas Varas de Trabal ho, Varas Federais e Estaduais nas comarcas de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Barbacena, Betim e perante Instâncias Superiores no Est ado de Minas Gerais, inclusive Turmas Recursais; II - acompanhamento em ações de desapropria ção de domínio ou constituição de servidão, cabendo ao contratado re presentar FURNAS em todas as instâncias, bem como nos acordos porve ntura realizados nos acertos dos processos, quer seja o mesmo efetivad o nos autos da ação, quer seja através de instrumento público tendo, ne sta última hipótese, a minuta do acordo, oferecida por FURNAS, c omo orientadora da

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negociação, acompanhada de procuração e do cheque nominativo relativo ao pagamento a ser efetuado." - No processo RE.CJ.P.00016.2009, a requisição de serviços apresenta a seguinte justificativa para a contratação: "O grande número de demandas trabalhistas e cíveis no Estado do Paraná e ainda a necessidade de profissionais capacitados para o acompanhamento dessas ações, com o fim de obter r esultados favoráveis e que atendam ao princípio da eficiência da Admin istração Pública." O processo resultou na celebração do Contrato CT 1 9.360, que define da seguinte forma seu objeto: "CLÁUSULA 1ª - OBJETO Constitui objeto do presente contrato a pre stação de serviços profissionais especializados de advocacia, relati vos ao patrocínio de causas judiciais na(s) Comarcas de Arapoti, Assis Chateaubriand, Cafelândia, Campo Mourão, Campina da Lagoa, Cândido de Abreu, Cascavel, Céu Azul, Corbélia, Curitiba, Curi úva, Foz do Iguaçu, Grandes Rios, Ibaiti, Ivaiporã, Jardim Alegre, Ma mborê, Manoel Ribas, Medianeira, Nova Aurora, Nova Cantu, Nova Tebas, O rtigueira, Pinhalão, Pitanga, Reserva, Roncador, Senges, São João do A vaí, São João de Boa Vista, São Miguel do Iguaçu, Toledo, Tomazin a, Venceslau Braz, Araucária e Paranaguá, conforme descrito na cláusula 4ª deste instrumento." CLÁUSULA 4ª - CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS Os serviços profissionais a serem prestados pelo contratado se constituirão em: I - serviços advocatícios de interesse de FURNAS, defesa e acompanhamento de causas judiciais, decorrente de ações já aforadas ou que vierem a sê-lo, de qualquer natureza, sej a FURNAS autora, ré, interveniente, etc. em trâmite nas Varas de Trabal ho, Varas Federais e Estaduais nas comarcas de Arapoti, Assis Chatea ubriand, Cafelândia, Campo Mourão, Campina da Lagoa, Cândido de Abreu, Cascavel, Céu Azul, Corbélia, Curitiba, Curiúva, Foz do Iguaçu, G randes Rios, Ibaiti, Ivaiporã, Jardim Alegre, mamborê, Manoel Riba s, Medianeira, Nova Aurora, Nova Cantu, Nova Tebas, Ortigueira, Pinhalão, Pitanga, Reserva, Roncador, Senges, São João do Avaí, Sã o João de Boa Vista, São Miguel do Iguaçu, Toledo, Tomazina, Vencesl au Braz, Araucária e Paranaguá e perante Instâncias Superiores no Est ado de Minas Gerais, inclusive Turmas Recursais; II - acompanhamento em ações de desapropria ção de domínio ou constituição de servidão, cabendo ao contratado r epresentar FURNAS em todas as instâncias, bem como nos acordos porve ntura realizados nos acertos dos processos, quer seja o mesmo efetivad o nos autos da ação, quer seja através de instrumento público tendo, ne sta última hipótese, a minuta do acordo, oferecida por FURNAS, c omo orientadora da negociação, acompanhada de procuração e do cheque nominativo relativo ao pagamento a ser efetuado." CAUSA: Entendimento equivocado acerca da aplicabilidade d a inexigibilidade de licitação para contratação de escritório de advoca cia. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Em resposta ao fato apontado, a Consultoria Jurídica - CJ.P, por intermédio da Correspondência Interna CJ.P.I.106 .2010, manifestou-se

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da seguinte forma: "[...]conforme posicionamentos anteriores desta C onsultoria Jurídica, entendemos tratarem os objetos questionados, qua l seja, prestação de serviços de assessoria jurídica, de contratação d ireta. Assim, apesar de ser claro que a utilização de contratação diret a por inexigibilidade de licitação configura-se e xceção à regra da licitação, em casos especiais pode ser utilizad a pela Administração para atendimento de suas finalidades, como é o ca so da contratação de especialistas da área jurídica. Com o intuito de atender as recomendações dos órgã os fiscalizadores e, em especial, para aperfeiçoarmos nossas co ntratações, estamos procedendo uma pesquisa de mercado, encaminh ando uma consulta de preços para, no mínimo três escritórios com notór ia especialização na área a ser contratada, estabelecendo, entre outros, a forma de pagamento, a quantidade de processos e a abrangê ncia da prestação de serviços. Por fim, contratamos aquele que ofe rtar o menor preço." Posteriormente, a Consultoria Jurídica - CJ. P, por intermédio da Correspondência Interna CJ.P.I.131.2010, manif estou-se da seguinte forma: "[...]ratificamos nosso posicionamento no sent ido de que, com o intuito de atender as recomendações dos órgãos fiscalizadores e, em especial, para aperfeiçoarmos nossas con tratações, estamos procedendo uma pesquisa de mercado, encaminh ando uma consulta de preços para, no mínimo, três escritórios com no tória especialização na área a ser contratada, estabelecendo, entr e outros, a forma de pagamento, a quantidade de processos e a abrangên cia da prestação dos serviços. Por fim, contratamos aquele que ofertar o menor preço. Entendemos que as duas pastas referentes aos proce ssos RE.CJ.P.014.2009 e RE.CJ.P.016.2009, se pre stam às evidências documentais solicitadas." O tema foi, ainda, abordado pela Consultoria Jurídica - CJ.P, na Correspondência Interna CJ.P.I.170.2010: "1. Em complementação à nossa correspondência CJ.P .I.131.2010, temos a informar o que se segue. 2. Tendo em vista os questionamentos dos Audito res da Controladoria Geral da União, que tiveram como base o Acórdão nº 1208/2009 - TCU- 2ª Câmara, fizemos contato com o referido Egrégio Tri bunal, com o intuito de atender às recomendações dos órgãos fiscalizad ores e, em especial, para aperfeiçoar as contratações realizadas no âmb ito desta CJ.P. 3. Após as considerações feitas pelos represen tantes do Tribunal e desta Consultoria, chegou-se à conclusão que não s ão todos os serviços de assistência jurídica que devem ser licitado s, sendo certo que a contratação da prestação de serviços de acom panhamento de ações judiciais que não requeiram uma contratação de um renomado escritório de advocacia deve ser feita através de um processo licitatório. 4. Cabe ressaltar que as contratações de serviços de acompanhamento de ações judiciais vinham sendo feitas por inexigibi lidade de licitação, por entendermos estar plenamente amparada pelo a rt. 25, inciso II da Lei nº 8.666/93, reproduzido abaixo: "Art. 25 - É inexigível a licitação quando hou ver inviabilidade de competição, em especial:

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I -[...] II - para a contratação de serviços técnicos e numerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissi onais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilida de para serviços de publicidade e divulgação;" 5. Dentre os serviços técnicos elencados no artigo 13 da Lei de Licitações, encontra-se, no inciso V, "patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas." 6. O mesmo diploma legal que rege os processos lic itatórios promovidos pela Administração Pública define notória especial ização, que é um dos requisitos a contratação dos serviços técnicos enumerados no artigo 13. 7. Em seu art. 25, §1º, a Lei 8.666/93 consid era como de "notória especialização o profissional ou empresa cujo conc eito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhame nto, equipe técnica, ou outros requisitos relacionados com suas ativida des, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmen te o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato". 8. Assim, a notória especialização diz respeito às qualidades técnicas que o profissional ou a empresa gozam na sociedade , fruto do acumulado conhecimento sobre a matéria, bem como do seu desempenho em contratações anteriores. Seu trabalho e nível de c onhecimento permitem à Administração considerar, de início, que est es poderão, de forma adequada, satisfazer plenamente aos objetivos do c ontrato. 9. O segundo requisito exigido no inciso II do art igo 25 anteriormente citado é a singularidade dos serviços. A na tureza singular não significa a existência de um único notório especializado, mas pressupõe uma qualificação incomum, algum trabal ho que, se realizado por outro, produzirá um resultado substancialmente diferente. 10. A singularidade refere-se ao objeto a ser con tratado. O objeto do contrato deve requerer conhecimento ou t écnica especiais e individualizadoras para que se possa contratar dir etamente. 11. O Sr. Conselheiro Eduardo Bittencourt Carv alho, do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, no processo TC-14.2 85/026/96, discorre, com perfeição, a respeito da singularidade: "A propósito, reafirmo ser um "erro pensar que a existência de vários profissionais, igualmente especializados, descaracteriza a singularidade do objeto". A singularidade - volto a afirmar - há que ser a preciada em si só, e não em face da existência ou não de muitos profiss ionais aptos". 12. Acolhe tal raciocínio a professora Vera Lúcia Machado D'Avila - in Temas Polêmicos sobre Licitações e Contratos, organizado por Maria Sylvia Zanella di Pietro, ao afirmar: "...a existência de uma pluralidade de presta dores potenciais não restringe a aplicação deste dispositivo legal, já que ao poder público é concedida a livre escolha dentre aqueles que são notoriamente especializados para a realização do serviço singul ar." 13. O ilustre jurista Celso Antonio Bandeira de Me llo, assim esclarece a questão, em resposta à consulta formulada pela empresa Logos Engenharia S.A.: "De modo geral, são singulares todas as pro duções intelectuais realizadas isoladas ou conjuntamente, sempre que o trabalho a ser produzido se defina pela marca pessoal (ou col etiva) expressada em características técnicas ou artísticas. Neste quadro cabem os mais variados serviços: uma monografia escrita por um j urista, (...) etc.

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Todos estes serviços se singularizam por estilo o u por uma orientação pessoal. Note-se que a singularidade menciona da não significa que outros não possam realizar o mesmo serviço. Por certo uma monografia sobre um tema jurídico poderia ser escrita por outro jurista. É um trabalho singular, mas não único." (Boletim de Li citações e Contratos - Abril de 1998 - pág. 183) (grifos nossos) 14. Não se pode esquecer que o trabalho de advogado requer a existência do elemento confiança. Por isso mesmo a contratação de um escritório de advocacia leva em conta sua comp rovada experiência e qualificação técnica em questões relativas às áreas jurídicas envolvidas. 15. A questão da contratação direta de escritóri o de advocacia, pela Administração Pública, já foi objeto de decisão do Supremo Tribunal Federal. Ao relatar o RHC nº 72.830-8-RO, o emin ente Ministro Carlos Velloso, em seu ilustrado voto, acolhido por unanimidade, negando existência de crime na contratação de advoga do para a defesa de interesses do Estado junto aos Tribunais Superi ores, fez a seguinte notável ponderação: "Acrescente-se que a cont ratação de advogado dispensa licitação, dado que a matéria exige, inclusive, especialização, certo que se trata de trabalho int electual, impossível de ser aferido em termos de preço mais baixo. Nes ta linha, o trabalho de um médico operador. Imagine-se a abertura de licitação para a contratação de um médico cirurgião para realizar d elicada cirurgia num servidor. Esse absurdo somente seria admissível nu ma sociedade que não sabe conceituar valores. O mesmo pode ser dito em relação ao advogado que tem por missão defender interesses do Estado, que tem por missão a defesa da res publica".(grifos nossos) 16. Nestes termos, é preciso consignar a impossibi lidade da realização de qualquer modalidade licitatória na qual o menor preço seja ou possa ser o fator de julgamento, considerando o gra u de especialidade e confiança necessários para condução do litígio. As sim, só vislumbrados uma contratação através de licitação do tipo técni ca e preço. 17. Desta forma, estamos tomando todas as medi das necessárias para implantarmos essa nova sistemática de contratação. Porém, sabemos que, inevitavelmente, passaremos por algumas dificuld ades, seja por falta de pessoal habilitado, por dificuldade com o próp rio mercado, uma vez que não é comum a contratação de escritórios a través de licitação, como também pelo fato de termos encontrado rar íssimos editais para servir de modelo, que, ainda assim, terão que sofrer inúmeras adaptações para atender uma empresa do porte de FU RNAS, visando manter a qualidade dos serviços hoje prestados por escr itórios de renome e, principalmente, estar assegurada a confiabilid ade na representação desta Concessionária pelos novos patronos. 18. Vale destacar que a coleta de preços que tem os feito desde o ano passado, o que já foi uma grande evolução para o mercado sobre o qual versa a nossa questão, se prestou à fase de t ransição para a nova realidade que já está sendo solidificada po r esta Consultoria Jurídica, mesmo com todas as dificuldade s citadas acima." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Nas contratações de serviços de assessoria jurídica, para o acompanhamento de ações judiciais, não há inviabil idade de competição, devendo estas, portanto, serem licitadas. Ambas as contratações se referem a objetos em r elação aos quais não

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está caracterizada a inviabilidade de competição. O assunto já foi abordado no Relatório de Audit oria CGU n.º 224591, onde foi recomendado contratar serviços de assesso ria jurídica através do competente processo licitatório, salvo se plen amente justificada a inexigibilidade. O tema também foi objeto de determinação presente no Acórdão 1208/2009 TCU 2.ª Câmara: "1.5.1.4 se abstenha de contratar serviços advocatícios, por inexigibilidade de licitação, quando não restar e fetiva e formalmente comprovada a inviabilidade de competição a que se refere o artigo 25, caput, da Lei n. 8.666/1993." RECOMENDAÇÃO: 001 Instaurar os devidos processos licitatórios quan do da contratação de serviços de assessoria jurídica, para o acom panhamento de ações judiciais que não requeiram notória espec ialização, conforme compromisso assumido na manifestação. RECOMENDAÇÃO: 002 Instaurar controles internos de verificação d as justificativas de inexigibilidade que impeçam a contratação de s erviços advocatícios licitáveis por intermédio de inexigibilidade de li citação. 3.2.1.4 CONSTATAÇÃO: (029) Contratação de serviços de assessoria jurídica , no valor de R$ 195.000,00 (cento e noventa e cinco mil reais) po r inexigibilidade de licitação, sem a realização da justificativa d e preços adequada. Examinamos o processo de inexigibilidade de licita ção RE.CJ.P.00009.2009, realizado para a contratação, no valor total de R $ 195.000,00 (cento e noventa e cinco mil reais), de empresa advocatícia para a prestação de serviços de ass istência jurídica de dirigentes e ex-dirigentes de FURNAS Centrais Elétricas S/A que, porventura, respondam a processos administrativ os instaurados pelas Centrais Elétricas do Brasil S/A - ELETROBRAS , em decorrência das fiscalizações efetivadas pela Controladoria-Geral da União. Identificamos estarem presentes na contratação os requisitos da notória especialização da contratada e da singular idade do objeto. Entretanto, não identificamos no processo a devi da justificativa dos preços contratados. O parecer da Assessoria de C oordenação e Análise Financeira - ACA.F, presente na CI ACA.F.I.0997. 2009, restringe-se a citar o parecer da Consultoria Jurídica, afirmando "Essa CJ.P, através da CI.CJ.P.I.290.2009, assinada por 3 (três) técnicos, anexa ao processo, atesta que o preço proposto está disponí vel com o mercado". Já no parecer da Consultoria Jurídica, na citada CI.CJ.P.I.290.2009, afirma-se que "[...]os honorários propostos estã o dentro do valor de mercado, tendo em vista a renomada reputação do es critório contratado, a complexidade da demanda, bem como o vulto dos prejuízos que FURNAS ainda poderá sofrer." O assunto já foi abordado no Relatório de Audit oria CGU n.º 224591,

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onde foi recomendado "nos processos de inexig ibilidade porventura instaurados, realizar a competente justificat iva de preços". A Consultoria Jurídica - CJ.P. se posicionou, por meio do Plano de Providências, da seguinte forma: "Para cada contrato a ser encerrado, faremos uma pesquisa de mercado, encaminhando uma consulta de preços para, no mín imo três escritórios com notória especialização na área a ser contra tada, estabelecendo, entre outros, a forma de pagamento (sempre qu e possível por preço unitário), a quantidade de processos e a abrangên cia da prestação dos serviços. Será dado um prazo para que os escritó rios apresentem suas propostas, sendo vencedor aquele que ofertar o menor preço. Desta forma estaremos atendendo as recomendações de sta Controladoria." CAUSA: Entendimento equivocado de que bastaria fundamenta r a justificativa de preços em parecer técnico da Consultoria Jurídica - CJ.P. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Em resposta ao fato apontado, a Consultoria Jurídica - CJ.P, por intermédio da Correspondência Interna CJ.P.I.106 .2010, manifestou-se da seguinte forma: "[...]temos a esclarecer que a contratação m encionada ocorreu em junho de 2009. Logo, antes do posicionamento de sta CJ.P citado, que fora em novembro de 2009. Naquela época não estávamos, ainda, praticando o processo simplificado de contratação. " ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Não é apresentada justificativa de preço objetiva no processo, uma vez que não basta ao gestor afirmar que o preço encon tra-se adequado, mas sim comprovar. Efetivamente, o posicionamento da Consultoria Jur ídica - CJ.P, se deu após os fatos apontados. Persiste, entretanto, o desacordo entre a contratação descrita e o disposto no artigo 26 da Lei n.º 8.666/93: "Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situaçõe s de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente j ustificadas, [...] Parágrafo único. O processo de dispensa, de i nexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instr uído, no que couber, com os seguintes elementos: [] III - justificativa do preço." A implementação do compromisso firmado junto à CGU só poderá ser verificado em futuras contratações diretas. RECOMENDAÇÃO: 001 No caso de contratações de serviços de assesso ria jurídica, em que efetivamente fique caracterizada a inviabilidad e de competição, por estarem presentes os requisitos da notória especialização da contratada e da singularidade do objeto, re alizar a competente justificativa de preços. 3.2.2 ASSUNTO - ALTERAÇÕES CONTRATUAIS

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3.2.2.1 CONSTATAÇÃO: (030) Continuidade no pagamento da CPMF, bem como moros idade na condução das tratativas adotadas por ELETROBRAS FUR NAS, com vistas à regularização definitiva da situação acerca do exp urgo da CPMF e glosa dos valores pagos indevidamente, a esse títu lo, no âmbito dos Contratos n.º 14.892 e n.º 15.742, no montante de R$ 1.036,7 mil. Em 23/07/2009, a Controladoria-Geral da Un ião/RJ solicitou à ELETROBRAS FURNAS que fosse efetuado um leva ntamento de todos os contratos celebrados, nos quais havia a previsão da cobrança da CPMF, expirada desde 31/12/2007, e, a partir disto, que fossem informadas as medidas adotadas ou que ainda seriam adota das, com vistas a regularizar os contratos vigentes, expurgando a p revisão de pagamento do referido tributo, assim como, procedendo eventuais glosas nas faturas ainda a vencer, referentes aos valores p agos indevidamente a título da aludida contribuição, desde de janeiro d e 2008. Em 14/08/2009, a Assessoria de Coordenação e A nálise Financeira da ELETROBRAS FURNAS, encaminhou a Correspondênc ia Interna ACA.F.I 1589/2009 a diversas Superintendências/Departam ento da ELETROBRAS FURNAS, incluído o DGB.C - Departamento de C onstrução de Geração Corumbá, informando, entre outros, que por soli citação da Diretoria Financeira e orientação às demais Diretorias d a ELETROBRAS FURNAS, deveriam ser realizadas verificações em todos o s contratos firmados pela ELETROBRAS FURNAS, qualquer que fosse a cate goria de instrumento contratual, a modalidade de contratação e o regime de execução contratual. Além disso, foi encaminhada, anexa ao referido documento, fórmula de cálculo dos novos preços decorrentes da extinção do CPMF, e mencionado que, junto aos respectivos cálc ulos, deveriam ser encaminhados para àquela Assessoria minutas dos a ditamentos de preços e/ou valor dos contratos ainda em vigor. Para os c ontratos encerrados, consta informado que os valores apurados seriam ob jeto de cobrança por ELETROBRAS FURNAS. Em 01/10/2009, por meio da Correspondência Inter na DGB.C.I.551.2009, endereçada à Assessoria de Coordenação e Aná lise Financeira da ELETROBRAS FURNAS - ACA.F, o Departamento de C onstrução de Geração Corumbá, em referência à Correspondência Intern a ACA.F.I 1589/2009, procedeu à elaboração dos cálculos dos valor es que poderiam ser expurgados de um rol de contratos, em função da extinção da CPMF, entre os quais, os Contratos n.º 14.892 e n.º 15.7 42, parte integrante da amostra em análise por esta auditoria. Em 30/12/2009, ou seja, três meses após, a ACA.F.I, por meio da Correspondência Interna ACA.F.I 2632/2009, em resposta à Correspondência Interna DGB.C.I.551.2009, de 01 /10/2009, apresentou tabela com os valores atualizados até novemb ro de 2009, a serem ressarcidos à ELETROBRAS FURNAS, relativos à CPMF, extinta em 31/12/2007, sendo o total, no âmbito do Contrato n .º 14.892 (Consórcio CEMF), de R$ 342.178,88 (trezentos e quarent a e dois mil cento e setenta e oito reais e oitenta e oito cent avos) e no âmbito do Contrato n.º 15.742 (Consórcio CFLCB), o monta nte de R$ 694.549,43 (seiscentos e noventa e quatro mil quinhentos e q uarenta e nove reais e quarenta e três centavos). Consta, ainda, no re ferido documento que as cobranças dos valores em questão deveriam ser gerenciadas pelo

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órgão gestor de cada contrato e efetuadas através da emissão de SEC-D (Aviso de Débito-CTR 124) do Sistema de Contas a Receber, e que os mesmos deveriam ser atualizados até a data do efet ivo ressarcimento. Por fim, é citado ainda, na Correspondência Intern a ACA.F.I 2632/2009, que, em face da defasagem dos valores usados para elaboração das minutas de aditamento aos contratos em tel a, anexas à carta DGB.C.I.551.2009, que fossem enviadas novas m inutas para análise daquela Assessoria. Em 26/02/2010, a ACA.F.I, por meio da Correspondê ncia Interna ACA.F.I 0271/2010, em referência ao Fax DGB.C.001.2010 - C PMF nos Contratos de Bens e Serviços, em complementação à corr espondência ACA.F.I 2632/2009, apresentou os novos valores atuali zados até janeiro de 2010, a serem ressarcidos à ELETROBRAS FURNAS rela tivos à CPMF. No que se refere ao contrato 14892 (Consórcio CEMF), os novos valores já importavam em R$ 376.144,03 (trezentos e setent a e seis mil cento e quarenta e quatro reais e três centavos), e em rel ação ao Contrato n.º 15.742 (Consórcio CFLCB), no montante de R$ 785. 805,00 (setecentos e oitenta e cinco mil oitocentos e cinco reais). Ca be salientar que não consta do referido documento qualquer menção ac erca de nova análise das minutas de aditamento aos Contratos n.º 14.892 e n.º 15.742. Em 26/05/2010, por meio da Solicitação de Audit oria n.º 244090/001, requisitamos que fossem apresentados os adita mentos efetuados aos contratos n.º 14.892 e n.º 15.742, com vistas ao expurgo da CPMF, bem como disponibilizada a documentação comprob atória dos valores ressarcidos aos cofres da ELETROBRAS FURNAS. Por meio da resposta apresentada, constatamos que , desde o comunicado expedido pela CGU/RJ, já se passaram quase 11 mese s, e, até o momento, o fato em questão carece de resolução definitiva. CAUSA: Os itens 4.1 e 4.2 do Regimento Interno da Companh ia definem, entre as atribuições gerais dos membros da Diretoria Ex ecutiva: a Direção e supervisão dos serviços da Companhia, em conformi dade com o Estatuto, com as atribuições definidas no Regimento Interno e com as deliberações do Conselho de Administração e da Dir etoria; e, de acordo com o item 4.2, a Administração dos bens patrim oniais imóveis e dos contratos relativos à área de suas atribuições esp ecíficas. Portanto, em face da extinção da CPMF em 31/12/20 07, entendemos que o Diretor de Construção e o Diretor Financeiro não adotaram medidas eficazes, no âmbito de suas competências, pa ra a regularização definitiva, acerca da questão da CPMF, nos contrat os ora em exame. A omissão em questão refere-se à atividade de nat ureza gerencial, não cabendo, portanto, a existência de amparo jurídico . Diante das circunstâncias apresentadas, a alter nativa mais adequada seria a adoção de medidas tempestivas para o ress arcimento aos cofres públicos dos valores pagos indevidamente. Não há evidências de que a omissão visou a atender interesses próprios ou de terceiros, em que pese as empresas contra tadas terem recebido indevidamente valores que deveriam ter sido opor tunamente expurgados

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de seus respectivos contratos, sem que ainda te nham sido instadas a restituí-los. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Em resposta à Solicitação de Auditoria n.º 244090 /001, o Departamento de Construção de Geração Corumbá, apresentou cópia das correspondências DGB.C.I.551.2009, de 01/10/2009, e ACA.F.I.2632.2009, de 30/12/2009, supracitadas no fato relatado, in formando ainda o que segue: "Para conclusão do processo, estão sendo elaborad as as PRD's e após a aprovação das mesmas serão emitidas os aditamen tos que contemplem o expurgo dos valores em função da extinção da CPMF. " (*) PRD's - Proposta de Resolução de Diretoria Posteriormente, em resposta à Solicitação de Audit oria n.º 244090/004, o Assistente da Diretoria de Construção da ELETROB RAS FURNAS, por meio da Correspondência Interna DC.I.039.2010, de 18/0 6/2010, justificou o que segue: "[....] 2.1. As modernizações das UHE Furnas(CT 1489 2) e UHE Luiz Carlos Barreto de Carvalho (CT 15742) foram licit adas na modalidade concorrência, por preço global, tendo seus contrat os assinados em 2003 e 2005, respectivamente. 2.2. O CT 15742 tem um saldo atualizado atual de R $ 89 mi a ser medido mais uma garantia de R$ 22 mi e R$ 0,8 mi a ser gl osado de CPMF (3 das 6 unidades por concluir). 2.3. O CT 14892 tem um saldo atualizado atual de R $ 85 mi a ser medido mais uma garantia de R$ 17 mi e R$ 0,4 mi a ser gl osado de CPMF (5 das 8 unidades por concluir). 2.3.1. Os dados acima são importantes para se de monstrar o lastro de garantia quanto ao recebimento dos valores recebid os relativos à CPMF. 2.4. Os contratos 15742 e 14892 são geridos pelo Departamento de Construção de Geração Corumbá (DGB.C) e envolvem s erviços, necessários em usinas do parque de geração de Furnas, para operação remota das unidades, atualização tecnológica de equipamen tos, implantação de novos sistemas de controle, comando, supervis ão, monitoramento e proteção, com o objetivo de obter maior confiabili dade e incremento da vida útil das usinas. 3. No cumprimento de suas atribuições, à CGU, de ofício comunicou, à FURNAS, em 23/07/2009 que fosse efetuado leva ntamento de todos os contratos celebrados, nos quais havia a previsão, expressa na planilha de custos, da cobrança do CPMF, expirada desde 31/ 12/2007. 3.1. Dado este momento inicial FURNAS oriento u seus departamentos gestores dos contratos para atendimento à instr ução, sendo que cada qual tomou as providências cabíveis às suas peculi aridades. 4. Como é impossível, pela complexidade do obje to, antever tudo que possa estar oculto nas partes montadas, ao se des montar as unidades e prosperar a inspeção das partes, não é raro dep arar-se com defeitos imprevisíveis e supervenientes, alheios à von tade das partes, com conseqüentes reflexos no planejamento e nos serviços a serem executados. 5. Assim, durante a desmontagem das unidades ger adoras, entre tantas atividades previstas, não é incomum a dete cção de avarias e anormalidades em componentes, cuja intervenção é necessária para

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continuidade e conclusão dos serviços com a segura nça e confiabilidade pretendidas, muito embora tais serviços não estejam previstos no escopo e preço global do contrato. Estas interven ções requerem prazos adicionais para definição e implementação das ações corretivas, exigindo o consenso entre as equipes de FURNAS e do Consórcio. Esses serviços alteram o escopo contratual e s ão de interesse e responsabilidade de FURNAS. 6. No caso das modernizações podemos citar a detecção de serviços imprevisíveis à época da elaboração do escopo e qu e são essências para manutenção da confiabilidade e operacionalidad e das unidades, tais como: o recondicionamento do Distribuidor e Pré-Distribuidor, Servomotores e Palhetas Diretrizes, que necessitar am de reparos e que, portanto devem ser incluídos na planilha de p reço após análise da viabilidade das propostas técnicas e comerciais que foram repassadas para área técnica visando a verificação de seus va lores e a comparação com o mercado. 7. Somando-se esses serviços adicionais, FURN AS têm atualmente um valor aproximado de R$ 3,8 mi a ser pago ao CEM F (CT 14892) e de R$ 4,2 mi a ser pago ao CFLCB (CT 15742), ag uardando a conclusão dos relatórios técnico-comerciais. 8. Buscando regularizar os contratos de form a ampla e não apenas quanto à CPMF o órgão gestor do contrato optou po r concluir a análise dos serviços citados de modo a se realizar um adi tamento único, o que se previa acontecer ainda no ano passado. 9. De fato isto estava planejado para ocorrer em 2009, entretanto, face às necessárias discussões técnicas e a difíci l aquisição de dados de custos de mercado quanto aos serviços ad icionais (devido à especificidade dos mesmos e aos poucos fabricante s que geralmente não se dispõe a fornecer orçamentos), o prazo inici almente previsto não foi alcançado. 10. Por ultimo informamos que mesmo em face de os valores devidos por FURNAS serem bem superiores aos valores da CPMF, o órgão gestor processará glosa nas faturas da medição de mês d e junho/2010, para o passivo recalculado pela área financeira (bol eto anexo), e assim sucessivamente, até a breve regularização dos inst rumentos contratuais por meio de aditamento aos contratos. " Ainda, em resposta à Solicitação de Auditori a n.º 244090/004, o Assistente da Diretoria Financeira da ELETROBRAS FURNAS, por meio da Correspondência Interna DF.I.066.2010, de 01/0 7/2010, apresentou a seguinte justificativa: "[....] 1.1 FURNAS, por intermédio da Di retoria Financeira, desenvolveu todos os procedimentos, incluindo lev antamento de dados e cálculos, para a definição dos valores contratuai s a serem expurgados dos contratos, em função da extinção da C PMF em 31/12/2007, encaminhando-as para os respectivos gestores. 1.2 Entendemos que o processo de recuperação de créditos, envolve acordo entre as partes de cada contrato, requer endo algum tempo por parte dos gestores para sua efetivação. 1.3. Esta Diretoria vem acompanhando o desenvolvi mento desse processo até o efetivo cumprimento do resgate de valores. 1.4 No que se refere aos contratos 14.892 e 15. 742, a área gestora, por meio da carta DC.I.039.2010, de 18.06.20 10, prestou todos os esclarecimentos sobre a demora na referida cobrança. [....]" ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO:

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A justificativa apresentada pela Diretoria de Construção relata ocorrências, no âmbito dos contratos, que alteram o escopo contratual, encontrando-se no aguardo da conclusão dos relatórios técnico- comerciais. Diante disto, segundo o contido no it em 8, o órgão gestor do contrato, com vistas a regularizar os contra tos de forma ampla e não apenas quanto à CPMF, optou por concluir a aná lise dos serviços de modo a se realizar um aditamento único. Em que pese a manifestação apresentada, o fato em análise consiste na continuidade da cobrança indevida da CPMF no s contratos 14.892 e 15.742 a partir de janeiro de 2008, em face do té rmino da vigência do referido tributo em 31/12/2007. Deste feito, independentemente da materialidade acerca dos saldos atualizados ain da a serem medidos e das respectivas garantias, em contrapartida aos valores pagos indevidamente a título de CPMF, a serem ressarcid os/glosados em favor da ELETROBRAS FURNAS, entendemos, por forç a do princípio da legalidade, expresso no caput do artigo 37 da Cons tituição Federal, de observância obrigatória por toda administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e, do disposto no parágr afo quinto do artigo 65 da Lei n.º 8.666/93, que a administração não de tém discricionariedade para deliberar sobre a oportun idade e conveniência em se postergar o aditamento do contrato e adoção das medidas cabíveis para o devido expurgo/ressarcimento da CPMF. Não é cabível, portanto, como justificativa para esta omissão, o aguardo da resolução de outras pendências acerca de determinadas situações/read equações pertinentes aos contratos para se elaborar um aditamento único, devendo tais questões, mesmo acarretando alteração dos v alores contratuais, receberem um tratamento em separado. Portanto, so mos de opinião que a partir do momento em que a Entidade possui p lena ciência que vem efetuando os pagamentos dos serviços contrat ados, a partir da competência de janeiro de 2008, com a incidênc ia do CPMF, não mais devido desde 31/12/2007, e, que não adota imed iatamente as medidas para regularizar a questão, termina por admi tir e possibilitar a percepção indevida destes valores em favor das con tratadas. RECOMENDAÇÃO: 001 Proceder, com a maior brevidade possível, o adit amento aos contratos 14.892 e 15.742, contemplando o devido expurgo dos valores previstos a título de pagamento de CPMF, assim como, a supress ão dos valores pagos indevidamente, desde a competência referente a janeiro de 2008, a título do referido tributo. RECOMENDAÇÃO: 002 Efetuar a recuperação dos valores pagos inde vidamente, desde a competência referente a janeiro de 2008, a título de CPMF. 3.2.2.2 INFORMAÇÃO: (031) No que se refere ao contrato n.º 16.856, referente à execução de obras civis para implantação do AHE Simplício - Queda Única, a ELETROBRAS FURNAS apresentou o aditamento n.º 03 ao co ntrato, assinado em 30/12/2009, o qual dispôs acerca da in clusão de serviços complementares, na ordem de R$ 50.718.183,73 (cinqüenta milhões setecentos e dezoito mil cento e oitenta e três re ais e setenta e três centavos); acréscimo do quantitativo de servi ços da Planilha de Quantidades e Preços Unitários do Contrato , no valor de R$

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77.445.877,87 (setenta e sete milhões quatrocento s e quarenta e cinco mil, oitocentos e setenta e sete reais e oitenta e sete centavos); e, no item 1.1.3, exclusão da incidência da CPMF, a p artir de 01/01/2008, dos preços do contrato em referência, com res pectivo reembolso do valor pago à contratada para a contratante. Em decorrência, o item 1.1.4 estabeleceu a conseqüente redução de R $ 2.635.681,33 (dois milhões, seiscentos e trinta e cinco mil, seisc entos e oitenta e um reais e trinta e três centavos) no valor total do contrato, na base Novembro de 2005. O novo valor final do contrato passou a ser de R$ 770.568.276,63 (setecentos e setenta milhões, quinhentos e sessenta e oito mil, duzentos e setenta e seis reais e sessenta e três centavos). Por meio da correspondência Interna DGE.C.E.032. 2010, de 15/01/2010, referente ao Contrato n.º 16856 - AHE - 36ª M edição - Dezembro de 2009, endereçada ao Consórcio Construtor Simplí cio, verificamos que ELETROBRAS FURNAS autorizou a emissão do fatura mento no valor de R$ 11.856.388,02 (onze milhões, oitocentos e cin qüenta e seis mil, trezentos e oitenta e oito reais e dois cent avos), relativos aos serviços realizados no mês de dezembro de 2 009, acrescidos do respectivo reajuste, no montante de R$ 2.664.1 30,39 (dois milhões, seiscentos e sessenta e quatro mil cento e tri nta reais e trinta e nove centavos), assim como, do reajuste de novemb ro de 2009, no valor de R$ 489.238,67 (quatrocentos e oitenta e nove mi l, duzentos e trinta e oito reais e sessenta e sete centavos), e a glosa pertinente à exclusão da CPMF no escopo do contrato, no valo r de R$ 2.670.609,07 (dois milhões seiscentos e setenta mil, seiscentos e nove reais e sete centavos), perfazendo, dessa forma, após os resp ectivos acréscimos e supressões, o faturamento final de R$ 12.339. 148,00 (doze milhões trezentos e trinta e nove mil e cento e quarenta e oito reais). Verificamos, que as Notas fiscais referentes ao fa turamento autorizado foram emitidas, em 15/01/2010, pelas empresas do Consórcio Construtor Simplício, e os pagamentos compensados em fevereir o de 2010. Portanto, com base nos levantamentos efetuados p ela própria Entidade e na documentação apresentada, consideramos que a Entidade adotou as providências para regularização dos valores pa gos indevidamente, a título de CPMF, no âmbito do contrato n.º 16.856. 3.3 CONVÊNIOS DE OBRAS, SERVIÇOS E DE SUPRIMENTO 3.3.1 ASSUNTO - AVALIAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONCE DIDAS 3.3.1.1 CONSTATAÇÃO: (032) Ausência de devolução do saldo financeiro remanes cente de convênio expirado, no valor de R$ 286.241,92 (duzentos e oitenta e seis mil, duzentos e quarenta e um reais e noventa e dois centavos). Examinamos o Convênio n.º 15.370, celebrado em 27/06/2005 com a Agência Goiana do Meio Ambiente - AGMA, substituíd a após extinção pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás - SEMARH, conforme Termo Aditivo n.º 03, de 27/ 10/2008. O objeto do referido convênio foi a complementação das a ções referentes ao

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cumprimento da Resolução CONAMA n.º 002/96, como medida compensatória à implantação da Usina de Corumbá, estabelec idas inicialmente no Convênio n.º 10.326, Termo Aditivo n.º 06, tendo e m vista que o último expirou em 29/06/2002. O total de recursos previstos de serem repassados por ELETROBRAS FURNAS Centrais Elétr icas S.A., foi de R$ 1.036.038,23 (um milhão, trinta e seis mil, t rinta e oito reais e vinte e três centavos). O Convênio n.º 15.370, cuja vigência inicial exp irava em 26/10/2006, foi prorrogado pelos Termos Aditivos n.ºs 02 e 03, de 29/05/2008 e 27/10/2008, respectivamente, até 27/10/2009. Não localizamos no processo novas prorrogações após esta data. Consta tamos, portanto, que o convênio expirou sem a efetiva realização de seu objeto, apesar de a ELETROBRAS FURNAS ter encaminhado diversas correspondências à convenente com o intuito de cobrar o cumpri mento do instrumento pactuado. De acordo com a última prestação de contas, de 12 /12/2006, o total de recursos transferidos foi de R$ 414.415,29 (qu atrocentos e catorze mil, quatrocentos e quinze reais e vinte e n ove centavos). Desse montante, foram aplicados R$ 151.000,00 (cento e cinqüenta e um mil reais), restando saldo de R$ 286.241,92 (duzen tos e oitenta e seis mil, duzentos e quarenta e um reais e noven ta e dois centavos), referente aos recursos transferidos não-utiliz ados acrescidos de rendimentos da aplicação financeira dos recurs os do convênio. Este saldo não foi restituído à ELETROBRAS FURNAS, ape sar de a Empresa ter efetuado a cobrança. CAUSA: Tentativa de reaproveitar o recurso já repassado e não aplicado pelo convenente em um novo instrumento. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Em resposta ao fato apontado, a Assessoria de Suporte à Gestão Ambiental - ASA.E, por intermédio da Corr espondência Interna ASA.E.I.155.2010, manifestou-se da seguinte forma: "1.Em atendimento à solicitação deste Departa mento, expressa na correspondência DPA.I.014.2010, de 12/03/2010, quanto ao envio de justificativas para os questionamentos da equipe de auditores da CGU, conforme solicitação de auditoria n.° 242063/011, temos a informar: 1.1.Em atendimento ao §6º, artigo 116, da Lei 8.666/93, que estabelece, quando da conclusão do convênio, o s saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão d evolvidos ao órgão repassador dos recursos, foi solicitado à SEMARH , em 13/01/2010, por meio da correspondência ALA.E.E.011.2010, a nexa, o envio dos comprovantes de utilização dos valores repassado s, ou à devolução do saldo correspondente acrescidos (sic) da aplica ção financeira, para que pudéssemos emitir o respectivo termo de encerr amento. 1.2.Tendo em vista que àquela Secretaria se ma nifestou contrária à devolução do saldo remanescente, alegando que por se tratar de uma obrigação de FURNAS, inexiste um prazo para exe cução da compensação ambiental, consultamos a assessoria jurídica des te Empresa, por meio da correspondência ASA.E.I.130.2010, anexa, quant o à possibilidade em celebrar outro instrumento contratual, com men ção de que este novo instrumento seria continuidade do convênio n.º 15.370, o que

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dispensaria a devolução, por parte da SEMARH , dos valores não utilizados, mas que o saldo remanescente na co nta corrente daquele convênio seria vinculada ao novo instrumento contr atual. 1.3.Neste sentido, informamos que, tão logo re cebamos a orientação requerida à ACT.P, entraremos em contato com a SEMARH, para que possamos dar continuidade ao cumprimento da comp ensação ambiental em tela, com a assinatura do novo instrumento contrat ual." ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Embora, por força da Resolução CONAMA n.º 002/96, a ELETROBRAS FURNAS esteja obrigada a adotar medidas compensatória à implantação da Usina de Corumbá, os recursos envolvidos pertencem à ELETROBRAS FURNAS e, posto que o prazo de vigência do Convênio n.º 15. 370 expirou, o saldo financeiro remanescente deveria ter sido restituíd o. A previsão de um novo convênio, entretanto, pod e ser a solução para que a obrigação de Furnas seja cumprida, haja vis ta que, embora tenha sido firmado convênio para a compensação ambien tal, a mesma não foi efetivada, permanecendo o débito ambiental. Quanto à execução do objeto do convênio, enten demos que as medidas adotadas pela ELETROBRAS FURNAS não foram suficie ntes para a garantia de que a execução ocorresse a contento. Acerca do saldo financeiro, a ELETROBRAS FURNAS não instaurou Tomada de Contas Especial para reaver os recursos em função de ter a obrigatoriedade de cumprimento da compensação ambiental mediante instrumento a ser celebrado junto à própria conven ente. RECOMENDAÇÃO: 001 Celebrar novo instrumento, tendo por objeto o cumprimento das obrigações de ELETROBRAS FURNAS de acordo com o di sposto na legislação ambiental, utilizando os recursos do convênio expi rado. RECOMENDAÇÃO: 002 Caso não seja possível dispensar a devolução dos recursos não utilizados pela celebração de novo instrumento, reiterar o pedido de devolução, instaurando a devida tomada de co ntas especial se o convenente permanecer se negando a restituir o recurso a ELETROBRAS FURNAS. RECOMENDAÇÃO: 003 Firmado o novo convênio, implementar fiscali zação rigorosa que assegure o cumprimento do objeto, de modo que a ob rigação ambiental da empresa seja quitada e os recursos bem aplicados. 3.3.1.2 INFORMAÇÃO: (033) Constatamos a ausência de designação formal de emp regados responsáveis pelo acompanhamento dos convênios n.º 15.370, 15.3 71, 16.505 e 18.122, tendo sido o assunto objeto da Nota de Audito ria n.º 242063/02 e, também, a ausência de cláusula determinando o uso obrigatório do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, na contratação de bens e serviços comuns, conforme o disposto na Porta ria Interministerial MPOG/MF n.º 217, de 31/06/2006. O assunto f oi objeto da Nota de Auditoria n.º 242063/02.

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4 CONTROLES DA GESTÃO 4.1 CONTROLES EXTERNOS 4.1.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DO TCU/SECEX NO EXERCÍCIO 4.1.1.1 INFORMAÇÃO: (036) O item 1.5.3 do Acórdão TCU 81/2009 - Plenário de termina à ELETROBRAS FURNAS, que "defina, no termo de referência ou no projeto básico para a contratação que vier a substituir a pretendida c om a Concorrência nº CO.DAQ.G.0011.2008, se o acesso nativo é requisito técnico obrigatório e imprescindível às necessidades da empresa, à luz do art. 3º, § 1º da Lei n.º 8.666/1993 e do art. 8º, inciso I, do Decr eto 3.555/00". Segundo informação do Chefe da Divisão de C ompras - DCCP.G, por intermédio de e-mail datado de 23/11/200 9, a Concorrência CO.DAQ.G.0011.2008 foi revogada e substituída pe lo pregão eletrônico nº PE.DAQ.G.0414.2008. Constatamos que a re alização do Pregão Eletrônico foi anterior à publicação do referi do Acórdão no Diário Oficial da União. Portanto, consideramos im possível avaliar a implementação do item 1.5.3 do referido acórdão. 4.2 CONTROLES INTERNOS 4.2.1 ASSUNTO - AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS 4.2.1.1 INFORMAÇÃO: (034) Trata-se da avaliação sobre o funcionamento do sistema de controle interno de Furnas Centrais Elétricas S.A. - F URNAS, nos termos da Decisão Normativa TCU n.º 102/2009. Constituíram-se objeto desta avaliação os asp ectos inerentes ao ambiente de controle, à avaliação de risco, aos procedimentos de controle, à informação e comunicação e ao monitora mento. Norteamo-nos pelas orientações constantes da obra Sumário Executivo e Estrutura e Gerenciamento de Riscos na Empresa - E strutura Integrada: Técnicas de Aplicação(2007)- elaborado pelo Com mittee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission(COSO) , pelos princípios trazidos pelo Código das Melhores Práticas de Go vernança Corporativa (2004), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Go vernança Corporativa e pela Lei estadunidense Sarbanes-Oxley - SOX(2002 ). a) Ambiente de Controle. Segundo o relatório do COSO, o ambiente de control e "abrange a cultura de uma organização, a influência sobre a consciê ncia de risco de seu pessoal, sendo a base para todos os out ros componentes do gerenciamento de riscos corporativos, possibil ita disciplina e a estrutura. Os fatores do ambiente interno com preendem a filosofia administrativa de uma organização no que diz re speito aos riscos; o seu apetite a risco; a supervisão do conselho de administração; a integridade, os valores éticos e a competên cia do pessoal da organização; e a forma pela qual a administraç ão atribui alçadas e responsabilidades, bem como organiza e desenv olve o seu pessoal."

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No que se refere aos valores éticos institucio nais, identificamos, conforme consta do Relatório de Gestão de Furnas, bem como nas páginas da intranet e internet da entidade, o Código de Ética, o qual vigora desde 12/07/2005. Além disso, segundo o contido n o aludido relatório, encontra-se em fase de revisão e elaboração do C ódigo de Ética único para o Sistema ELETROBRAS, visando atender ao Decr eto n.º 6.029/2007 e à Resolução n.º 10 da Comissão de Ética Pública , de 29/09/2008, bem como o alinhamento com os princípios e indicadores da Sustentabilidade Empresarial. No que diz respeito ao cumprimento do Código, Fur nas informou, no seu Relatório de Gestão, que a Comissão Permanente de Ética recebe e apura denúncias relativas a possíveis desvios éticos e se responsabiliza pela atualização do documento, bem como pela gestão da ética na Empresa. Além disso, a Comissão integra o Sistem a de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, estabelecendo um elo entre FURNAS e a Comissão de Ética Pública. Em 2009, foi criada a Secretaria-Executiva da Comissão de Ética, para cumprir o plano de trabalho por ela aprovado e prover apoio técnico e material neces sário ao cumprimento das suas atribuições. Constatamos a existência de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), o que permite a ascensão funcional de seus empregados. Cabe salientar, ainda, conforme consig nado no Relatório de Gestão, que o desempenho funcional é medido em dua s dimensões: agregação de valor e conjunto de capacidades, p or meio de processos anuais de avaliação de desempenho. No que se refere ao desenvolvimento de seu pess oal, Furnas informou que, em 2009, a Área de Gestão de Pessoas, com base em modernos conceitos de administração de recursos human os, reestruturou a composição de suas atividades, com base em processos, para possibilitar atuação adequada às tendências de me rcado e, a partir de então, foram promovidas diversas ações para apr imorar a capacitação dos seus empregados. b) Avaliação de Risco O Decreto n.º 41.066, de 28/02/1957, autorizou FUR NAS a funcionar como empresa de energia elétrica. Conforme deliberação da Assembléia Geral Extraor dinária realizada em 16/02/1971, com vigência a partir de 01/06/1971, a sede da Sociedade foi transferida para o Rio de Janeiro, e a r azão social (Central Elétrica de Furnas S.A.) alterada para FURNAS Cent rais Elétricas S.A. Conforme disposto no Relatório de Gestão da Enti dade, a Empresa atua há mais de 50 anos nas áreas de geração, transmiss ão e comercialização de energia elétrica, serviço público prestado sob regime de concessão, atendendo, prioritariamente, ao interesse público. Portanto, o objeto institucional de FURNAS c onsiste em atuar com excelência empresarial e responsabilidade sócio-a mbiental no setor de energia elétrica, contribuindo para o desenvolvime nto da sociedade.

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No que diz respeito aos controles de riscos, o Relatório de Gestão informa que a empresa adota as seguintes práticas: - risco de crédito: controle, mantido pela Diret oria Financeira, que acompanha a avaliação da Empresa pelas agência s classificadoras de risco; - risco de mercado: controle, mantido pela Dire toria de Operação do Sistema e Comercialização de Energia, por meio do Comitê de Comercialização de Energia; - risco operacional: controle de riscos relev antes, mitigados por meio de contratação de seguros, ou por auto-seguro , conforme critérios definidos pelo Comitê de Seguros, baseados n a probabilidade de ocorrência de perdas, determinada com bas e no histórico de contingências de FURNAS, e na viabilidade ec onômica e de mercado destas duas modalidades alternativas de proteção d os seus ativos. Não obstante, observa-se, ainda, que, em decorrênc ia da implantação do Plano de Transformação do Sistema ELETROBRAS, foram identificados objetivos de grande relevância, entre os qua is, destacamos o que segue: "alinhar e otimizar processos que permitam atuaçã o integrada e ganhos de competitividade (Gestão Integrada de Ri scos; Logística de Suprimentos; Sistema Integrado de Ouvidoria; Certificação SOX; e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação)." Nesse sentido, em 15/12/2009, por meio da R D n.º 022/2524, foi aprovada a criação do Comitê de Gestão de Risco s, com o objetivo de apoiar a Diretoria Executiva nas deliberações r elativas à gestão de riscos corporativos. Em decorrência, verifica-se que, na Intranet, foi expedida, em 14/04/2010, a Circular-Geral n.º 016.10, designan do os empregados que irão compor o referido Comitê. Houve, ainda em 2009, a continuidade de três p rojetos fundamentais para o aprimoramento da empresa: Planejamento Est ratégico Corporativo de Furnas (em processo de implantação, desen volvido junto com a ELETROBRAS); ERP - Projeto Sintonia (Ferramenta SAP 6.0); e Projeto SOX. Além disso, em 30/12/2009, FURNAS e EL ETROBRAS assinaram o Contrato de Metas de Desempenho Empresarial (CMDE) , ciclo 2010 a 2014, no qual Furnas se compromete a cumprir, anu almente, orientações estratégicas definidas para o exercício social seguinte, possuindo como objetivo, entre outros, promover maiores ní veis de eficiência e eficácia, atingir metas e resultados aferid os por indicadores específicos e quantificados, conquistar a ex celência de gestão corporativa, manter resultado econômico-fina nceiro positivo e crescente, etc. Por fim, considerando as modificações em cur so, com vistas ao aprimoramento de todo o Sistema ELETROBRAS, a ce lebração do Contrato de Metas de Desempenho Empresarial (CMDE) com a H olding ELETROBRAS, a continuidade de desenvolvimento de projetos f undamentais para a empresa, a recente criação do Comitê de Ges tão de Riscos, etc., verifica-se que FURNAS encontra-se em um momento de grande aprimoramento institucional, destacando-se o desen volvimento da Gestão de Riscos Corporativos.

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c) Informação e Comunicação Segundo consta do Relatório de Gestão, a Divul gação de Informações Corporativas ocorreu por meio de mídias digit ais, mídia impressa, publicidade institucional e legal e por via de víd eos corporativos. Entre estas, destacam-se as digitais, por meio da nova mídia twitter, adotada, desde agosto, com 106 publicações. Já o site de FURNAS registrou 71.026 visitas, 300 atualizações, 215 publicações de notícias corporativas e 64.342 acessos, sendo nele disponibilizados os Relatórios Corporativos Oficiais. Segundo disponível na Intranet da Companhia, verifica-se que a divulgação de informações fica a cargo da Coorde nação de Comunicação Social - CO.P, subordinada à Presidência da Compan hia. Em referência à divulgação de informações ac erca de mudança na Legislação e sobre normativos internos releva ntes, em consulta à intranet da entidade, identificamos um link de nominado "Documentos Organizacionais", o qual contêm três pastas, quais sejam: Avisos Gerais e Circulares; Manuais ELETROBRAS Furna s; e Resoluções de Diretoria (acesso restrito). A pasta "Manuais ELETROBRAS Furnas" consiste em agrupar em um único banco de dados os atos normativos consolidad os em vários Manuais corporativos, com vistas a dar celeridade a sua di vulgação e consulta. A Assessoria de Organização e Métodos - AOM.G, sub ordinada à Diretoria de Gestão Corporativa, é a responsável pela sua at ualização, sendo que o seu conteúdo replica os textos dos atos nor mativos aprovados, e constitui-se de uma coletânea de atos normativo s diversos; diversos manuais; e a relação de órgãos e chefias. Ao detalharmos o link "Coletânea de atos no rmativos diversos", verifica-se uma série de instruções normativas re ferentes a: assuntos de comunicação externa; Cartão de visita; co legiados e grupos de trabalho; comunicação interna; contabilidade; contratação; etc. Em 2009, consta a informação de ocorrência de duas atualizações, sendo uma em março (IN.001.2009 - Desimobilização de Ati vos - Bens Móveis) e outra em junho (IN.019.85 - ANEXO I - Rev. 27.10 - Valores de Referência). Além dos manuais e respectivas normas internas, v erificam-se, também, as seguintes estruturas de apoio ao pro cesso deliberativo, comunicadas, segundo o relatório de Gestão, p or Circular Geral, e disponíveis na intranet: - grupos de trabalho transitórios, criados por decisão da Diretoria Executiva, para analisar e definir ações em relaçã o às matérias em que haja conflitos de interesses; - políticas corporativas de gestão utilizadas como instrumentos balizadores dos atos deliberativos da Diretoria Ex ecutiva; - colegiados permanentes compostos por repr esentantes de cada Diretoria, para apoiar a Diretoria Executiva no su porte ao cumprimento das políticas corporativas de gestão. Em referência à utilização de informações financeiras, FURNAS disponibilizou cópia da Ata 169ª Reunião do Conselho Fiscal, de

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07/12/2009, a qual aborda, entre outras e xposições, assuntos referentes às Demonstrações contábeis do 3º Trimes tre, acompanhadas do Parecer dos Auditores Externos, e a Projeção dos Resultados do exercício 2009, conciliada com os regist ros contábeis e a classificação de risco das contingências. Em re lação a essa última, consta registrado a presença de representante s do Departamento de Planejamento Financeiro, os quais, apresentara m aos conselheiros, cinco cenários de Lucro Líquido para 2009, elencando aspectos específicos para cada um deles. No que diz respeito a canais de comunicação ab ertos, destacam-se o "fale conosco", a Ouvidoria e o "Canal Denúncia". Segundo o Relatório de Gestão, durante o ano de 2009, o Fale Conosco recebeu 7.611 e-mails solicitando informações so bre os mais diversos assuntos, perfazendo uma média de mais de 600 cons ultas ao mês. A Ouvidoria, subordinada à Presidência, coor dena e executa as atividades relativas ao recebimento e análi se de reclamações, sugestões, elogios, solicitações ou denúnc ias decorrentes de procedimentos e ações da Empresa, com o obj etivo de encaminhar respostas ou soluções, estabelecendo, dessa f orma, um canal de comunicação para intermediar e facilitar o ate ndimento e a relação entre cidadãos, empregados e a ELETROBRAS FURN AS. Segundo dados do relatório de gestão, em 2009, a Ouvidoria rec ebeu e respondeu 514 manifestações, sendo: informações (39%); reclamaçõ es (30%); solicitações (16%); denúncias (8%); sugestões (5%) ; e elogios (2%). Através da Intranet da empresa, pode-se acessar o link da Ouvidoria, o qual é aberto diretamente no sítio da entidade. S ua criação deu-se em 17/04/2008, e conforme as orientações constantes d a página virtual: "Para denúncias e informações sobre possíveis irregularidades ou impropriedades nos registros e processos cont ábeis da Empresa o cidadão deverá utilizar o "Canal Denúncia" di sponível nas páginas eletrônicas das empresas do Grupo ELETROBRAS e cr iado para atender às normas legais. Em outras hipóteses, o manifestant e deverá dirigir-se, primeiramente, aos diversos meios de comunica ção disponíveis na Empresa, como os canais "Fale Conosco" (internos/ externo) e, caso não obtenha resposta ou solução satisfatória à sua solicitação, deverá então recorrer a Ouvidoria." Ademais, é possível ainda efetuar uma denúncia ou reclamação sem a identificação do autor (anonimato). A part ir do registro da manifestação nas páginas da Ouvidoria contida s nos sites interno (Furnasnet) e externo (www.furnas.com.br) da ELE TROBRAS Furnas, será fornecido um número de protocolo, através do qua l poderá ser feito o acompanhamento dos procedimentos adotados até a su a conclusão. Os critérios e orientações, a respeito do tratamento dado às manifestações enviadas à Ouvidoria - OV.P, encont ram-se disciplinados na IN.001.2010 - Manifestação à Ouvidoria, dispo nível na Intranet da empresa. Em entrevista realizada, em 18/06/2010, com a O uvidoria da empresa, verificamos que a área utiliza um sistema, denomin ado SOU - Sistema de Gestão da Ouvidoria, para o controle e tratamen to das manifestações

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recebidas. Por meio de relatório extraído do s istema, referente às manifestações resolvidas, é possível verificar o fluxo de dados pertinentes a cada uma delas, tais quais: n. º protocolo, data da manifestação, situação, nome atendido, assunt o, tipo (sugestão, reclamação, pedido de informação, solicitação, de núncia), a área para qual foi encaminhada, dias de prazo, etc. Segundo os dados apresentados, verifica-se que todos os tipo s de manifestações recebidas em 2009, com exceção das canceladas, for am encaminhados para um departamento/área específico(a) da empresa, encontrando-se no status de "resolvidas". d) Monitoramento O monitoramento dos controles implementados fica a cargo da unidade de Auditoria Interna de FURNAS. Segundo informado n o Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna - RAINT 200 9, foram emitidos 96 relatórios da auditoria interna, até dezembro de 2009. Quanto ao monitoramento propriamente dito, consta informado o que segue: "6.1. A Auditoria manterá um controle de recome ndações pendentes de implementação, com base nos prazos estabelecido s na Ata de Reunião, avaliando trimestralmente o status de cada uma, a partir da data de emissão do Relatório da Auditoria. 6.2.Os exames de continuação, realizados para aferir o cumprimento das recomendações propostas, são tipicamente mais curtos na sua duração do que os exames operacionais. Normalmente , envolvem consultas à Gerência da área e testes com abrangência limita da ao assunto. 6.3.Os assuntos que foram resolvidos parcialme nte ou que não foram resolvidos são informados aos Conselhos de Admin istração e Fiscal de FURNAS e ao Diretor da área envolvida, trimest ralmente, através do Relatório de Atividades de Auditoria, e, anu almente, através do Relatório Anual de Atividades de Auditoria Inte rna - RAINT, sendo o RAINT, também, enviado a Controladoria-Geral da União - CGU." Evidenciamos que a Auditoria Interna, por meio d e planilhas - Anexos referentes ao acompanhamento das pendências de auditoria, realiza o monitoramento de todas as pendências por Diretor ia, contemplando não somente aquelas referentes ao exercício de 2009, como também, outras atinentes a relatórios elaborados em exercícios an teriores. Além disso, em anexo ao RAINT, verifica-se ainda as não conformidades apontadas nos relatórios de auditoria interna elab orados no período de janeiro a dezembro de 2009, contendo a expl icação/ação da área auditada e a ação da auditoria (assunto encontr a-se regularizado ou será reavaliado futuramente), com as respec tivas recomendações expedidas. Acrescentam-se, ainda, os anexos IV e V ao RAINT , os quais denotam o monitoramento realizado pela auditoria interna, q uanto ao atendimento aos questionamentos/solicitações e às implementaçõ es das determinações e recomendações expedidas pelo TCU e pela CGU. Por último, relevante destacar, ainda, segundo o R AINT, que FURNAS, na qualidade de subsidiária da ELETROBRAS, atende os requisitos da SOX na Bolsa de Nova York, e desta forma, foi efetuad o o levantamento dos controles internos de relatórios financeiros ali nhados as diretrizes da Lei Sarbanes Oxley - SOX, para a primeira cer tificação do Sistema

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ELETROBRAS referente a 2009 e renovada a cada a no. Neste sentido, a auditoria coordenou, em conjunto com a área de Tecnologia da Informação - TI, desde o início do projeto, o mapeamento de 27 processos de Negócios e três de TI referentes ao s controles internos no nível de processos, além dos controles i nternos no nível da entidade (entity level), emitindo, para todos os p rocessos, relatórios de auditoria aos respectivos gestores. Ainda, conforme consta do RAINT, após o término dos trabalhos de certi ficação, no primeiro trimestre de 2010, os auditores externos emitirã o uma Matriz de sub- certificação que será encaminhada à ELETROBRAS vis ando à certificação, cujo prazo está vinculado ao cronograma da SEC (Securities and Exchange Commission), órgão que permite a neg ociação das ações na Bolsa de Nova York. Face ao exposto, concluímos que os controles impl ementados, embora em processo de aprimoramento/desenvolvimento, contri buem para mitigar os riscos da Entidade. Por fim, baseados exclusivamente na amostra selecionada por esta equipe de auditoria, evidenciamos que: a) os controles internos utilizados para a cons trução e alimentação dos indicadores de resultado e econômico-finan ceiros da ELETROBRAS FURNAS, permitem que esses indicadores sejam úteis e mensuráveis; b) os controles, quanto às transferências vol untárias, carecem de melhorias; c) os controles relacionados à gestão do supriment o de bens e serviços fornecem razoável grau de segurança de que as l icitações realizadas servem para atender às demandas da entidade. No en tanto, identificamos impropriedades quanto à observância de alguns dis positivos da Lei n.º 8.666/93. Importante frisar que, em 2009, as informações ac erca das licitações, dispensas e inexigibilidades de licitação efetu adas pela ELETROBRAS FURNAS não eram consolidadas em um único sistema , ou seja, ficavam a cargo de seus departamentos, uma vez que não havia na Empresa um sistema de gestão integrada. No intuito de solucionar essa dificuldade, a ELETROBRAS FURNAS implantou em janeiro de 2010 o projeto ERP - Projeto Sintonia, no âmbito da gestão empresarial, reunindo todos os processos de negócios da Empre sa em um único banco de dados, com informações em tempo real, utiliza ndo a ferramenta ERP 6.0. d) os controles utilizados para avaliação da gestão de recursos humanos se mostraram satisfatórios; e) os controles relacionados ao atendimento das determinações e recomendações do Tribunal de Contas da União e da Controladoria-Geral da União garantem razoável tempestividade ao seu atendimento, exceto quanto ao item 1.5.1.4 do Acórdão TCU 1208/200 9 - 2ª CÂMARA e item 3.2.1.2 do Anexo ao Relatório de Auditoria CGU n.º 224.591 que diz respeito a Contratação por inexigibilidade de lici tação de serviços de advocacia onde caberia a realização de processo li citatório. 4.3 PLANOS DE AUDITORIA

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4.3.1 ASSUNTO - PLANOS DE AUDITORIA 4.3.1.1 INFORMAÇÃO: (035) A ELETROBRAS FURNAS, como subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRAS, é parte integ rante do Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal - SICOM, nos termos do Decreto n.º 6.555, de 08/09/2008. Em 31/08/2004, com o objetivo de atender aos po ntos levantados pela sua Auditoria Interna, a ELETROBRAS FURNAS submete u à aprovação do seu Conselho de Administração a alteração estr utural na área de comunicação social, nos termos da RD 003/2237, p romovendo a extinção da Assessoria de Comunicação Social - ACO.P e a cr iação da Coordenação de Comunicação Social - CO.P, no nível de Supe rintendência, com as mesmas atribuições da ACOP. Desta forma, em 28/09/2004, a Diretoria da Empres a resolveu, conforme RD 002/2241 aprovar a designação, para a chefia da referida Coordenação, de profissional da Diretoria Finance ira, com experiência em gestão, processo financeiro e controle. Sob orientação da Presidência da ELETROBRAS FUR NAS e em consonância com recomendação constante não apenas dos trab alhos efetuados pela Auditoria Interna, mas, também, emanada pelo T ribunal de Contas da União - TCU, diversas ações foram implementadas n a comunicação social da Empresa, a partir do ano de 2005. As ações gerenciais desenvolvidas, dentre ela s a otimização de processos, o controle econômico-financeiro e de pessoal, importaram, entre outras medidas, na(o): - inclusão de profissional na área administrativa oriundo de órgão com perfil de controle e normatização; - desenvolvimento de planilhas para acompanha mento e controle dos processos de comunicação; - licitação para contratação de nova agência de publicidade; e - movimentação de pessoal. Atualmente, está em fase final um trabalho de an álise de processos e levantamento de atividades na Coordenação de Comunicação Social, iniciado em 2008 por solicitação de seu atual ger ente, com intuito de identificar a configuração mais adequada para a estrutura organizacional desta área, diante da permane nte necessidade de aprimoramento da gestão e dos respectivos controle s. Procedemos, então, à verificação das ações exe cutadas pela Empresa acerca da gestão de sua política de comunicação social, no exercício de 2009. Com relação à política de comunicação social , bem como quanto à existência de mecanismos de mensuração do ating imento dos objetivos relacionados a sua política de comunicação, em atendimento à Solicitação de Auditoria n.º 228439/002 a empre sa informou o que se segue: "Em agosto de 2009 foi aprovada a Política de Co municação do Sistema

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ELETROBRAS, para todas as empresas integrantes d o Sistema. No âmbito interno, o indicador utilizado é o Índice d a Pesquisa de Clima Organizacional, disponível na FurnasNet, na q ual os aspectos de comunicação são determinantes para o resultado. N o âmbito externo, em 2009 foi iniciado processo licitatório (em andamen to) para contratação de assessoria de comunicação, que prevê a reali zação de Pesquisa de Imagem e Reputação, Monitoramento de Imagem e A uditoria de Imagem." Cabe destacar que a Política de Comunicação Integrada do Sistema ELETROBRAS é um documento sintético que orienta, de forma integrada, todas as ações de comunicação das empresas que o compõem. O objetivo da política é promover a comunicação integrada entre as empresas do Sistema e destas com seus públicos de relac ionamento, de forma alinhada, coordenada e sinérgica, visando ampliar a percepção da marca do Sistema ELETROBRAS e a sua reputação corp orativa. O documento indica os processos para o fluxo de trabalho da co municação: Gestão da Comunicação, Gestão de Conteúdo, Comunicação In terna, Relação com a Imprensa, Comunicação Institucional e Comunicação com a Comunidade. As ações de publicidade efetivadas pela ELE TROBRAS FURNAS, no exercício sob exame, foram norteadas pelo seu Plano de Comunicação 2009 - PAC, onde constam os objetivos e o público alvo a serem atingidos. Ao analisarmos o PAC, verificamos que, das nove a ções de publicidades previstas, uma é de utilidade pública e as o ito restantes são de divulgação institucional. A operacionalização de t ais ações envolveu o volume de recursos de R$ 13.295.450,00 (treze milhões, duzentos e noventa e cinco mil e quatrocentos e cinqüenta rea is), no exercício de 2009. Para a prestação dos serviços de publicidade, a ELETROBRAS FURNAS contratou, em 28/01/2006, duas agências de propa ganda (Contratos n.º 16.236 e 16.237), por meio da Concorrência CO.DA Q.G.0017.2005. Ambos os contratos vêm sendo prorrogados anualmente por um período de 12 meses, sendo que, em 28/01/2009, foi formalizada a última prorrogação contratual por um período de 12 meses. Tais p rorrogações estão em conformidade com a Instrução Normativa SECOM n.º 1 6, de 13/07/1999 e a Lei n.º 8.666/93, exceto quanto à publicação do e xtrato do aditamento do Contrato n.º 16.236 na imprensa oficial. A p ublicação ocorreu em 04/03/2009, fora do prazo previsto no parágrafo ú nico do artigo 61 da Lei de Licitações. Conforme informação da Coordenação de Comunicaçã o Social, o Contrato n.º 16.237 foi rescindindo em 07/07/2009 por inadi mplência contratual, devido, principalmente, à falta de apresentação dos comprovantes de quitação de veiculações publicitárias. Atualmente, os serviços de publicidade são exec utados por uma única agência, vencedora da Concorrência CO.DAQ.G.0010.2 009. A operacionalização das atividades se inicia c om a elaboração, por parte da ELETROBRAS FURNAS, e posterior apro vação por parte da Secretaria de Comunicação Social da Presidência d a República - SECOM, do PAC da Empresa. As ações propostas para o exerc ício de 2009 previam a utilização de meios televisivos, revistas, rádio e internet.

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A agência de publicidade, de modo a operaci onalizar as ações de publicidade, cria Planos de Mídia para as campanha s previstas no Plano de Comunicação, onde são estabelecidos os ob jetivos do plano, o público-alvo, cobertura geográfica, os meios a serem utilizados e o período; e são nominadas as mídias a serem utili zadas, com orçamento detalhado, cronograma de execução e especificação dos anúncios. Destaca-se que a execução de qualquer serviço de p ublicidade só ocorre após o aval da SECOM e formalização de um document o específico chamado de Autorização de Veiculação (AV), contendo a d escrição de aspectos técnico-publicitários, valor negociado, período de veiculação e outras informações específicas, aprovando a peça pub licitária que será veiculada. Quando o serviço prestado refere-s e à elaboração de produtos é utilizado um documento chamado Aut orização de Produção (AP). Para verificarmos a compatibilidade entre o s erviço executado e o serviço previamente aprovado pela ELETROBRAS F URNAS, analisamos as notas fiscais dos meses de junho, julho e novembr o e os documentos de respaldo a esses pagamentos, que representaram 1 0,05% do valor total realizado de R$ 13.295.450,00 (treze milhões, duzentos e noventa e cinco mil e quatrocentos e cinqüenta reais), no ex ercício sob exame. Pela análise dos documentos constatamos: - houve a autorização prévia da ELETROBRAS FURN AS para a realização dos serviços, exceto no que diz respeito à N ota Fiscal n.º 01450 vinculada ao contrato 16.237. A veiculação do a núncio em jornal foi realizada em março de 2009, enquanto o Pedido de Inserção - PI foi emitido em data posterior (16/04/2009); - as descrições contidas nas notas fiscais, qu ando relacionadas à veiculação em alguma mídia específica, como revis ta, rádio, televisão ou internet, não especificavam suficientemente os serviços prestados, tendo sido necessária a consulta ao PI ou à Autor ização de Veiculação -AV que autorizava a veiculação da peça pub licitária para que pudéssemos efetuar a identificação e conferência; - as descrições contidas nas notas fiscais, q uando relacionadas a elaboração de produtos, não especificavam suficie ntemente os serviços prestados, tendo sido necessária a consulta à Aut orização de Produção - AT que especifica a prestação dos serviços para que pudéssemos efetuar a identificação e conferência; - os comprovantes da veiculação dos anúncios esta vam arquivados junto às notas fiscais; - ausência de comprovantes de quitação de veicu lações publicitárias das empresas terceirizadas anexadas às notas fi scais. Inclusive tal fato fora apontado pela Auditoria Interna no Relat ório n.º 02.2010. Então, foi elaborada a Nota de Auditoria n.º 228 .439/01 recomendando que ELETROBRAS FURNAS aditivasse o contrato atualmente vigente exigindo que a CONTRATADA, além de efetuar os pa gamentos a terceiros por serviços prestados, imediatamente após a comp ensação bancária dos pagamentos feitos pela ELETROBRAS FURNAS, envi e os comprovantes de quitação para arquivamento junto aos processos de pagamento.

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- os relatórios de veiculação em televisão e rádi o são emitidos pelos próprios meios de comunicação; - as despesas executadas eram compatíveis co m os Planos de Mídia desenvolvidos. No que tange à fiscalização da execução do con trato, consta que os serviços prestados são acompanhados pela Coorde nação de Comunicação Social da ELETROBRAS FURNAS. Verificamos, ainda, que a ELETROBRAS FURNAS encaminha à SECOM, juntamente com a proposta de ação, as informações sobre seus custos de produção, para constituir banco de dados, a ser disponibilizado como base de referência de preços, em conformidade c om o artigo 8º da IN SECOM n.º 02, de 20/02/2006. Com base nos dados apresentados e nas a nálises efetivadas, consideramos adequado o Plano de Comunicação de 2009, bem como os instrumentos utilizados para avaliar a sua efetivi dade.

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4.4 SUBÁREA - CONTROLES EXTERNOS 4.4.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DO TCU/SECEX NO EXERCÍCIO ACÓRDÃO nº 1208/2009 - 2ª CÂMARA ITEM ATENDIMENTO ITEM ANEXO I 1.5.1.1 SIM NAO SE APLICA 1.5.1.2 SIM NAO SE APLICA 1.5.1.4 NÃO 3.2.1.3 ACÓRDÃO nº 237/2009 PLENÁRIO ITEM ATENDIMENTO ITEM ANEXO I 9.2.1 SIM NAO SE APLICA 9.2.2 SIM NAO SE APLICA 9.3 SIM NAO SE APLICA ACÓRDÃO nº 81/2009 PLENÁRIO ITEM ATENDIMENTO ITEM ANEXO I 1.5.1 SIM NAO SE APLICA 1.5.2 SIM NAO SE APLICA 1.5.3 NÃO 4.1.1.1