preparoamostras_microdureza
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
LABORATÓRIO DE PESQUISA
PREPARO DE AMOSTRAS PARA A REALIZAÇÃO DO TESTE DE
MICRODUREZA
Meire Coelho Ferreira Especialista e Mestre em Odontopediatria
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAM TOLOGIA
PREPARO DE AMOSTRAS PARA A REALIZAÇÃO
Meire Coelho Ferreira
Florianópolis
2004
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA A DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODON
LABORATÓRIO DE PESQUISA
DO TESTE DE MICRODUREZA
3
Catalogação na fonte por: Onélia Silva Guimarães CRB-14/071
Preparo de amostras para a realização do teste de microdureza / – F : [s.n.], 2004.
esquisa do ento de Estomato gia da UFSC.
. Microdurômetro.
F383p Ferreira, Meire Coelho Meire Coelho Ferreira. 32 p.
lorianópolis
Apostila utilizada pelos alunos do Laboratório de P Departam lo Inclui bibliografia. 1. Amostras – preparo. 2. Microdureza. 3
I. Título.
CDU: 616.314
4
RESUMO
Esta apostila tem como obj r o aluno principiante no preparo
e amostras para o ensaio de microdureza, além de auxiliar na manipulação do
eza
neces
amostras; preparo; microdureza; microdurômetro.
etivo auxilia
d
microdurômetro através de um microcomputador com programa específico.
A preparação da amostra é de fundamental importância, visto que a
visualização da estrutura na qual será realizado o ensaio de microdur
sita estar claramente visível, de forma que se possa realizar o teste com
fidedignidade.
Palavras-chave:
5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................... 6 2. PREPARAÇÃO DA AMOSTRA ............................................. 6 2.1 Obtenção da Amostra....................................................................... 6
.
.
WIN 30
G E
..................
2.2 Embutimento da Amostra................................................................. 8 2.2.1 Embutimento a Frio......................................................................... 10
2.2.2 Embutimento a Quente sob Pressão............................................ 122.3 Lixamento........................................................................................... 15
2.3.1 Lixamento mecânico rotativo........................................................... 20 2.3.2 Lixamento rotativo automático........................................................ 21 2.4 Polimento........................................................................................... 22 2.4.1 Polimento mecânico rotativo........................................................... 243 ENSAIO DE MICRODUREZA................................................................... 25 3.1 Microdureza Vickers – HVN.............................................................. 25 3.2 Microdureza Knoop – HKN............................................................... 26 3.3 Operando o Microdurômetro............................................................ 27 3.3.1 Abertura de um arquivo e estabelecimento dos parâmetros
desejados.................................................................................................. 28
3.3.2 Executando o procedimento de indentação.................................... 28 3.3.3 Ícones presentes na janela principal do Programa CAMSTM –
3.3.3.1 Update………………………………………………………………… 30
3.3.3.2 Full…………………………………………………………………….. 30 3.3.3.3 Reports………………………………………………………………… 30 3.3.3.4 Clear Last……………………………………………………………… 30A RADECIMENTOS...................................................................................... 31R FERÊNCIAS……………………………………………………………………. 32
6 1. INTRODUÇÃO
Esta apostila trata do preparo de amostras para o ensaio de microdureza
e da operacionalidade básica do microdurômetro através de um
microcomputador com programa específico.
A preparação da amostra, embora seja um trabalho exaustivo, é de
fundamental importância, visto que a visualização da estrutura na qual será
realizado o ensaio de microdureza necessita estar claramente visível, de forma
que o teste possa ser realizado com fidedignidade.
Com o intuito de impedir a ocorrência de erros durante o ensaio de
microdureza, a amostra preparada deve ser plana, deve evidenciar a estrutura
a pesquisar, e não deve apresentar riscos.
O procedimento de preparação de uma amostra envolve os seguintes
passos:
- Obtenção da amostra (seccionamento);
- Embutimento (optativo);
- Lixamento;
- Polimento;
- Exame ao microscópio (durante o lixamento e polimento).
Até o momento da realização do teste de microdureza, a amostra
preparada deve ser mantida em recipiente fechado e recoberta com lenço de
papel embebido em água destilada (ou deionizada ou soro fisiológico), a fim de
evitar sua desidratação.
2. PREPARAÇÃO DA AMOSTRA
2.1 Obtenção da Amostra
A obtenção da amostra deve ser realizada com o maior cuidado, a fim de
que não seja danificada. O corte não deve modificar significativamente o
volume da estrutura. Para que isto seja possível, é necessário utilizar um disco
7 de corte com espessura compatível com o tamanho do dente/cerâmica/metal a
ser cortado e com o tamanho da amostra que se necessita obter.
O corte por abrasão é o método utilizado no corte de estruturas
mineralizadas, cerâmicas e, também, de metais. Ele constitui-se no corte por
meio de pó abrasivo, impregnado sob a forma de disco (Fig. 1a e 1b). Este
disco é adaptado a uma cortadeira elétrica de precisão (Fig. 1c), a qual é a
mais adequada no corte de dentes, compósitos e metais de tamanho reduzido.
a b c
Fig. 1 – a, b) Disco de cobre impregnado de diamante (Buehler, Lake Bluff, IL, EUA);
c) Isomet 1000 (Buehler).
Os discos de corte são constituídos de partículas abrasivas impregnadas
com aglutinantes misturados à resina de borracha. O disco constituído por
partículas de diamante é o ideal para o corte abrasivo, devido à sua dureza
extraordinária. Em função de seu elevado preço, o diamante é usado em discos
não consumíveis, ou seja, que não são consumidos durante o corte. O disco de
diamante requer baixa velocidade de rotação.
Para a realização do corte com precisão, ou seja, isento de fraturas
indesejáveis, deve-se usar uma baixa rotação e o peso não deve ser
excessivo. Estas condições devem ser seguidas, principalmente, durante o
corte de materiais frágeis. A amostra obtida com o disco de diamante
apresenta um bom acabamento, visto que permite a realização de um corte
plano e, na maioria das vezes, sem a presença de rebarbas.
Para o corte de estruturas mineralizadas e cerâmicas é utilizado água
como líquido refrigerante. Para o corte de metais deve-se utilizar álcool com o
intuito de evitar oxidação. A refrigeração tem a finalidade de prover a
hidratação da peça; diminuir o atrito entre a peça e o disco; remover o material
residual proveniente do corte e manter a peça em temperatura adequada, a fim
8 de impedir transformações estruturais (metais). O líquido refrigerador deve
estar em contato com o disco e com a estrutura a ser cortada.
Algumas situações indesejáveis podem levar à quebra do disco, as quais
são citadas a seguir:
- Peça (dente/cerâmica/metal) mal apertada no suporte da cortadeira
ou mal fixada em sua própria base;
- Refrigeração intermitente;
- Pressão excessiva no início ou durante o corte.
Situações que podem levar à quebra de amostras ou corte não correto:
- Amostra mal fixada;
- Pressão excessiva.
2.2 Embutimento da Amostra
Previamente ao procedimento de embutimento, a amostra obtida deve
ser limpa. A limpeza física destina-se à remoção de sujeiras sólidas, graxas,
oleosidade contida nas amostras etc. A limpeza química (detergente) tem o
objetivo de eliminar qualquer contaminante existente.
A limpeza física é muito importante para:
- Amostras que serão submetidas à análise química (micro-análise),
visto que mesmo a oleosidade proveniente dos dedos pode alterar a
análise química;
- Amostras que serão utilizadas no ensaio de microdureza;
- Amostras porosas que foram cortadas com líquido refrigerante (água
ou óleo).
A limpeza física é realizada em ultrassom, com detergente (limpeza
química) apropriado dissolvido em água. Para as amostras metálicas se utiliza,
primeiramente, solução de água e sabão, seguida de álcool e acetona, em
ultrassom. Amostras muito pequenas podem ser colocadas em frascos e
submersas no líquido contido na câmara de ultrassom (Fig. 2).
9
Fig. 2 – Amostras em ultrassom.
O embutimento está indicado para amostras de dimensões pequenas.
Exceção é feita às amostras pequenas, que serão submetidas ao ensaio de
microdureza e, a seguir, serão fixadas em aparelhos removíveis (estudos in
situ).
O embutimento torna os passos seguintes (lixamento e polimento) mais
fáceis.
O segundo objetivo do embutimento é proteger as bordas (retenção das
bordas ou dos cantos de amostras dentais, metálicas e cerâmicas), impedindo
seu arredondamento*; e proteger a superfície da amostra durante a
preparação. A curvatura das bordas prejudica a focalização nas proximidades
da periferia da amostra, impedindo sua observação ao microscópio (Fig. 3).
esmalte
resina
resina
esmalte
Fig. 3 – Ausência de foco.
* O arredondamento das bordas de uma amostra metálica é provocado
pelo desgaste da resina de embutimento em contato com o abrasivo e agente
polidor, nas regiões de interface com o metal. Sendo as resinas consumidas
mais rapidamente que a amostra metálica, surge uma descontinuidade
10 superficial que expõe as bordas da amostra à ação do abrasivo e,
conseqüentemente, seu arredondamento. Sempre que quiser analisar borda de
uma amostra metálica, deve-se utilizar resina de alta dureza (p. ex. resina
epóxi) pois, assim, a resina será consumida menos rapidamente.
Amostras dentais também podem ter arredondamento das bordas,
entretanto, não sendo conseqüência do consumo mais rápido da resina, visto
que a dureza da resina de embutimento é maior do que a da estrutura dental.
Desta forma, o processo de arredondamento de borda da estrutura dental se
dá após o embutimento de uma amostra que não esteja totalmente plana,
levando à presença de resina em menor quantidade de um lado da amostra.
Assim, durante a realização do acabamento e polimento, ocorrerá o surgimento
mais rápido do local da amostra que está coberto por fina camada de resina e,
conseqüentemente, haverá um maior desgaste da estrutura dental dessa
região que, por sua vez, levará ao arredondamento de sua borda.
2.2.1 Embutimento a Frio
É uma técnica utilizada para a montagem de corpos de prova frágeis, de
pequenas dimensões e que não resistiriam às pressões necessárias no
embutimento sob pressão, a exemplo das cerâmicas. O material de
embutimento mais utilizado é a resina acrílica. A resina de poliestireno (ou
poliestirênica) e epóxi figuram em 2ª posição.
O lado da amostra a ser submetido ao teste deve ser colocado voltado
para a superfície de apoio. É utilizado um tubo plástico, com diâmetro
compatível com o tamanho da amostra, o qual é apoiado em uma superfície
plana, lisa e limpa (Fig. 4a). Vaselina deve ser aplicada na parede interna do
tubo plástico, como forma de facilitar a remoção do corpo de prova após
polimerização da resina (a remoção do corpo de prova do tubo plástico é
opcional). A amostra deve ser colocada em posição eqüidistante da parede
interna do tubo plástico (Fig. 4b). É importante manter a amostra em posição, o
que pode ser conseguido mediante fixação em uma superfície auto-adesiva
(Fig. 4a). Esta superfície auto-adesiva também impede que a resina recubra a
face da amostra voltada para a base, minimizando, assim, as etapas de
11 lixamento e polimento, além de impedir o extravasamento da resina para fora
da área do tubo plástico.
A seguir, a resina preparada (proporções indicadas pelo fabricante) deve
ser vertida, devagar, sobre a amostra (Fig. 4c e 4d). O tempo de cura da resina
acrílica para embutimento a frio ocorre, geralmente, entre 2 e 4 horas, e
quando utilizada para embutimento a quente, varia de 5 a 15 minutos. O tempo
de cura da resina poliestirênica e epóxi é, geralmente, de 24h.
a b c d
Fig. 4 – a) Fita dupla face 5369 (3M do Brasil Ltda), previamente à remoção da fita
que protege a parte aderente; b) Amostra dental em posição eqüidistante das paredes internas do recipiente; c) Colocação da resina (corante preto foi misturado à resina) no conduto do recipiente; d) Conduto preenchido.
Alguns defeitos podem ocorrer após a polimerização da resina. Estes
defeitos são provenientes do não seguimento das normas de manipulação das
resinas de embutimento. As principais causas e suas soluções estão
relacionadas na Tabela 1.
Tabela 1 – Tipos de defeitos que podem ocorrer no embutimento a frio.
TIPO DE DEFEITO CAUSA RECOMENDAÇÕES
Agitação muito rápida durante a mistura da resina com o catalisador.
Misturar a resina e o catalisador lentamente.
Bolhas
Temperatura muito elevada durante o período de cura.
A temperatura máxima permitida não deverá exceder 80°C.
Falta de fusão Quantidade insuficiente de catalisador.
Corrigir a proporção dos constituintes da mistura.
Fonte: Borges (2002).
12 2.2.2 Embutimento a Quente sob Pressão
Esta técnica é realizada em uma prensa metalográfica (embutidora) (Fig.
5a). Antes do procedimento três fatores devem ser levados em consideração:
pressão utilizada, temperatura e tempo de polimerização da resina. A pressão
e a temperatura devem ser mantidas constantes.
Para estruturas mineralizadas recomenda-se que a pressão fique em
150 kgf/cm2; o tempo de aquecimento não ultrapasse 7 minutos; e que o tempo
de resfriamento seja de 10 minutos, período necessário para que a resina
acrílica atinja a solidificação total. Para metais, o tempo de aquecimento deve
ser de 15 minutos.
Passos para o embutimento a quente:
1º - Colocar a amostra com a face em que será realizado o ensaio de
microdureza voltada para baixo, no centro do êmbolo. Alguns preconizam sua
fixação com Super Bonder® (menor quantidade possível; embalagem cinza)
(Fig. 5b);
2º - Abrir a válvula situada na base da embutidora (parte frontal), a fim
de que o êmbolo desça (Fig. 5c);
3º - Preencher o compartimento com resina acrílica (para amostra
dental ou de compósito) (Fig. 5d, 5e, 5f e 5g);
Obs.: A quantidade de pó deve ser suficiente para cobrir a amostra e
apresentar uma altura adequada para servir de apoio durante o lixamento e
polimento; o preenchimento do compartimento deve ser feito, de preferência,
com o auxílio de um funil.
4º - Tampar o compartimento com o pino (Fig. 5h), empurrá-lo para
baixo (Fig. 5i) e a seguir, colocar a trava (Fig. 5j);
5º - Ligar a embutidora, fechar a válvula (base da embutidora) (Fig. 5k),
regular o tempo em 7 minutos e acionar a alavanca até que a pressão
estabilize em 150 kgf/cm2 (Fig. 5l);
Obs.: A pressão deve ser monitorada, principalmente, no início do
processo, pois tende a cair. O monitoramento é traduzido em pressionar a
alavanca para manter a pressão estipulada pelo fabricante do equipamento;
13 6º - Após 7 minutos, o cooler será acionado (Fig. 5m). Marcar o tempo
de 10 minutos para o resfriamento da amostra;
7º - Após o período de resfriamento, desligar a embutidora, abrir a
válvula anterior (base da embutidora) (5n) para que a pressão vá a zero,
destravar a embutidora (5o), fechar a válvula anterior, acionar a alavanca para
que a amostra embutida (corpo de prova) surja na superfície (5p), remover pino
e corpo de prova (5q e 5r).
a b c
Fig. 5 – a) Embutidora; b) Amostra dental no centro do êmbolo; c) Abertura da válvula.
d e f
Fig. 5 – d) Acrílico autopolimerizável; e, f) Acrílico sendo despejado na cavidade do êmbolo.
14
g h i
Fig. 5 – g) Compartimento preenchido com acrílico auto-polimerizável; h) Pino para tampar o compartimento; i) Pino sendo inserido na abertura do compartimento.
j k l
Fig. 5 – j) Trava sendo colocada sobre o compartimento vedado com o pino;
k) Fechamento da válvula; l) Controle da pressão.
m n o
Fig. 5 – m) Cooler acionado; n) Abertura da válvula; o) Remoção da trava.
15
p q r
Fig. 5 – p) Corpo de prova; q) Remoção do corpo de prova da base do êmbolo; r) Corpo de prova.
Tabela 2 – Tipos de defeitos que podem ocorrer no embutimento a quente.
TIPO DE DEFEITO CAUSA RECOMENDAÇÕES
Pressão insuficiente durante a prensagem.
Usar pressão adequada.
Período insuficiente de cura. Aumentar o período de cura.
Falta de fusão
Uso inadequado da resina em pó.
Fechar o recipiente rapidamente e aplicar pressão.
Período insuficiente de cura. Aumentar o período de cura.
Ruptura Pressão insuficiente. Aumentar a pressão.
Amostra muito grande. Diminuir as dimensões da amostra.
Trincas circunferências
Amostra com cantos vivos.
Diminuir as dimensões da amostra.
1 – Quantidade insuficiente de material de embutimento. Pode estar associado à pressão ou ao tempo de aquecimento excessivo. 2 – Quantidade exagerada de material. Pode estar associado à pressão ou ao tempo de aquecimento insuficiente.
1 - Aumentar a quantidade de material. 2 - Diminuir a quantidade de material.
Fonte: Borges modificado (2002).
2.3 Lixamento
O lixamento tem a finalidade de remover qualquer desnivelamento da
superfície da amostra, tornando-a plana e isenta de incrustações (partículas
que ficam retidas em amostras porosas, principalmente). Estas incrustações
16 são provenientes do disco de corte ou, então, da lixa. O lixamento deve ser
realizado em lixadeiras elétricas rotativas (politrizes).
A refrigeração durante o lixamento tem o objetivo de:
- Minimizar o empastamento, fazendo com que o abrasivo da lixa seja
distribuído mais uniformemente quando em contato com a amostra;
- Remover partículas do abrasivo, da resina de embutimento e da
própria amostra que se aderem à superfície da amostra;
- Minimizar o aquecimento (amostras metálicas), que é conseqüência
do atrito entre a lixa e a amostra.
Geralmente a refrigeração é realizada com água. O fluxo de água deve
ser o suficiente pra manter a renovação constante da película líquida sobre a
lixa e, assim, remover as partículas soltas da superfície da lixa. O excesso de
água diminui a eficiência da lixa e provoca ondulações do papel, que leva ao
aparecimento de outros planos. No caso de amostras que reagem com a água,
deve-se utilizar outro líquido refrigerante (álcool, acetona ou outro líquido
adequado).
As lixas cobertas com carbeto de silício (SiC) são as mais usadas em
função de sua elevada dureza, resistência à água, excelente corte e baixo
custo.
Normalmente, quando do embutimento a quente, uma película fina de
resina encontra-se sobre a amostra. Neste caso e, especificamente, para
amostras mineralizadas (p. ex. esmalte dental), lixas 600 e 1200 mesh são
necessárias para o lixamento da amostra. Entretanto, quando se observa uma
película de resina mais espessa, a utilização de lixa 400 mesh faz-se
obrigatória, a fim de agilizar a remoção dessa película.
Para amostras de esmalte dental permanente, embutidas a frio, que não
apresentam película de resina sobre a superfície, lixas 600 e 1200 mesh são
utilizadas. O tempo de lixamento com cada uma das lixas gira em torno de 10 a
30 segundos. No entanto, para o esmalte dental decíduo a lixa 1200 mesh
pode ser suficiente, embora exija um tempo de lixamento maior. Em função da
menor espessura do esmalte de dente decíduo, todo cuidado deve ser tomado
a fim de evitar exposição dentinária.
17
Para amostras de esmalte dental permanente e decíduo, embutidas a
frio, em que uma película de resina está presente sobre a superfície da
amostra, a utilização de lixas 400, 600 e 1200 mesh é necessária. Neste caso,
para o esmalte dental decíduo que a princípio seria necessário somente a lixa
1200, terá que ser utilizado entre a lixa 400 e 1200 a de 600 mesh, uma vez
que a seqüência de lixas é obrigatória a fim de promover a remoção por
completo dos riscos da lixa anterior.
Para amostras de resina composta, embutidas a frio, a utilização de lixas
600 e 1200 mesh é suficiente.
O tempo de lixamento para a remoção da película de resina estará na
dependência de sua espessura. Neste caso, é importante que decorridos 30
segundos, seja feita uma inspeção visual e ao microscópio óptico (M.O) (Fig.
6) para supervisionar a remoção da película de resina.
Enfim, cada caso apresenta sua particularidade, o que faz com que a
decisão por determinada (s) granulometria (s) de lixa (s) seja dependente da
superfície da amostra (coberta ou não por resina de embutimento), da
espessura do recobrimento de resina, e da espessura da amostra.
Fig. 6 – Visualização da amostra ao Microscópio Óptico.
Ao mudar de lixa (granulação), o corpo de prova deve ser girado 90º
(Fig. 7a, 7b e 7c) de forma que os riscos da(s) lixa(s) anterior(es) seja(m)
eliminado(s). Para verificar a eliminação desses riscos é necessário avaliar a
amostra, em intervalos regulares de tempo, ao M.O. (Fig. 6). Previamente à
avaliação ao M.O., deve ser realizada a lavagem do corpo de prova em água
18 corrente (ou água destilada ou água deionizada). A utilização de uma das
soluções citadas está na dependência das normas exigidas para cada
experimento em particular.
a b c
Fig. 7 – a) Posicionamento inicial da amostra; b) Início do lixamento; c) Amostra girada 90º (próxima lixa).
A cada troca de lixa também é necessário promover a lavagem do corpo
de prova em água corrente (ou água destilada ou água deionizada) e, a seguir,
limpá-lo em ultrassom (Fig. 8a e Fig. 8b). O ultrassom propicia uma limpeza
mais acurada, através de energia vibratória que provoca a cavitação no interior
do líquido com a conseqüente formação de microbolhas. Estes procedimentos
possibilitam observar o acabamento superficial antes de passar para a lixa
seguinte; evitam que grãos de uma lixa contaminem a próxima lixa; impedem
que esses grãos risquem a amostra, o que geraria uma imagem escurecida em
algum local da mesma. Esta imagem escurecida pode ser confundida com
acrílico recobrindo a amostra. O tempo de ultrassom entre as lixas deve ser de
5 minutos.
19
Fig. 8 – a) Lavagem do corpo de prova em água corrente;
a b
b) Lavagem do corpo de prova em ultrassom.
Após a lavagem e previamente à avaliação da amostra ao M.O., é
recomendado aplicar um chumaço de algodão embebido em álcool sobre a
superfície molhada da amostra, com o objetivo de acelerar a evaporação da
água. A seguir, aplicar ar quente (secador) para secar a amostra (Fig. 9a e 9b).
É importante levar em consideração se o álcool e o ar quente do secador não
terão repercussões negativas sobre a amostra a ser analisada. Caso assim o
seja, realizar a secagem somente com seringa de ar.
a b
Fig. 9 – a) Aplicação de chumaço de algodão, embebido em álcool, sobre a amostra; b) Secagem da amostra imediatamente após. Observar posicionamento do
corpo de prova (amostra posicionada paralelamente ao ar do secador).
20 2.3.1 Lixamento Mecânico Rotativo
Realizado em lixadeira elétrica circular (Fig. 10a), de unidade simples
(um prato circular) ou múltipla (dois pratos circulares) (Fig 10b). A maioria das
lixadeiras possui velocidade de 300 a 600 rpm.
a b
Fig. 10 – a) Lixadeira elétrica circular (unidade simples); b) Lixadeira elétrica circular múltipla.
O local da politriz que promove o corte mais significativo é a periferia do
prato. O local de posicionamento do corpo de prova sobre o disco de lixamento
deve ser o mesmo durante toda a etapa do processo e a pressão deve ser
moderada e firme. O uso de pressão muito excessiva poderá provocar a
aderência de partículas de SiC sobre o corpo de prova, assim como trincas na
amostra quando a mesma é muito frágil podendo, conseqüentemente,
promover o destacamento de partes da amostra. É importante não movimentar
a amostra durante o lixamento, a fim de evitar a formação de mais de um
plano.
Um recurso eficaz para o impedimento de pressão excessiva e de
movimentação do corpo de prova durante o lixamento é a utilização de um
dispositivo feito em aço, o qual prende o corpo de prova (Fig. 11a, 11b e 11c).
21
a b c
Fig. 11 – a) Amostra fixa no dispositivo de aço; b) Conjunto amostra e dispositivo de
aço; c) Conjunto amostra e dispositivo em posição para o lixamento.
2.3.2 Lixamento Automático Rotativo
No lixamento automático, o operador tem somente o trabalho de
posicionar um número de corpos-de-prova em um dispositivo contendo
cavidades. O dispositivo é preso à lixadeira através de um braço fixo à mesma
(Fig. 12a, 12b, 12c, 12d, 12e).
Este processo apresenta vantagens como: amostras mais planas, boa
reprodutibilidade, o operador não necessita ter experiência em lixar e polir,
permite reproduzir a mesma pressão para todas as amostras e retém os cantos
da amostra (metálica/cerâmica/estrutura dental).
a
b
c d
e
Fig. 12 – a) Lixadeira com dispositivo para lixamento automático de 6 amostras; b) Posicionamento do corpo de prova na cavidade do dispositivo; c) Peça de plástico posicionada sobre corpo de prova; d) Peça metálica com peso posicionada em orifício presente na peça de plástico; e) Dispositivo com as 6 cavidades preenchidas com corpos de prova, pronto para iniciar o lixamento automático.
22 2.4 Polimento
Tem a finalidade de obter uma superfície lisa, isenta de riscos e com alta
refletividade. Não é obrigatório que a superfície esteja totalmente isenta de
riscos, entretanto, quando se deseja a obtenção de uma fotomicrografia da
amostra torna-se imprescindível a ausência total de riscos.
Previamente a esta etapa, o corpo de prova deverá ser lavado e limpo
em cuba de ultrassom, com o intuito de remover partículas do abrasivo da lixa
que ficaram retidas na superfície. Entre as etapas do polimento, o corpo-de-
prova também deverá ser lavado em água corrente (ou água destilada ou água
deionizada) e, a seguir, limpo em ultrassom. Este procedimento possibilita
remover resquícios do agente polidor que permaneceram na superfície da
amostra. O tempo de ultrassom entre as granulações do agente polidor deve
ser de 10 minutos.
O polimento pode ser dividido em duas etapas:
- Polimento grosseiro: é utilizado abrasivo na faixa de 30 a 3 µm e
pano sem pêlos ou com pêlos baixos (panos de algodão, seda e nylon);
- Polimento refinado: é utilizado abrasivo de até 1µm e pano de pêlo
médio ou alto (parecido com um tecido de veludo ou camurça).
Obs.: - Quando for avaliar borda de uma amostra é preferível utilizar um
pano de pêlo baixo, como forma de evitar o arredondamento das bordas da
amostra;
- Consultar tabela de panos para verificar o adequado para o
material a ser polido. Além disso, a escolha do pano deve ser dependente do
tipo de abrasivo da pasta (ou spray ou suspensão) que será utilizado durante o
polimento. A tabela varia de marca para marca.
O abrasivo à base de diamante é o melhor para polimento metálico e
para o polimento grosseiro, sendo caracterizado por sua dureza,
homogeneidade, elevada resistência à fragmentação e ação antioxidante. É
indispensável no polimento de materiais duros, como metais duros, carbetos e
cerâmicas. É comercializado em seringas plásticas (pasta) e recipientes para
spray e suspensão.
23 O abrasivo à base de alumina é o comumente utilizado no polimento de
amostras mineralizadas, sendo exclusivamente utilizado no estado levigado
(Fig. 13), o que leva a um melhor acabamento superficial no polimento. Embora
seja o mais utilizado para amostras mineralizadas, não impede a utilização de
abrasivos à base de diamante (Fig. 14a, 14b e 14c).
Fig. 13 – Alumina em suspensão (1, 0,3 e 0,05µm).
a b c
Fig. 14 – a) Spray de diamante; b) Pasta de diamante; c) Diamante em suspensão.
O pano de polimento deve reter o abrasivo contra a amostra. Deve ser
fixado ao prato da politriz e somente removido quando perder sua efetividade
24 (Fig. 15). Desta forma, é necessário ter outros pratos com seus respectivos
panos de polimento aderidos.
Fig. 15 – Panos de polimento.
Após a utilização do pano de polimento, seguir os seguintes passos:
1º - Ensaboá-lo com sabão neutro e lavá-lo em água corrente. Utilizar
uma bucha macia para a retirada total de partículas que ficaram aderidas
no pano;
2º - Após a lavagem, deixar o pano escorrer e, a seguir, secá-lo com
secador e guardá-lo em local isento de poeira.
Os panos de polimento devem ser restritos aos materiais indicados. É
recomendado não misturar o mesmo pano para diferentes materiais e para
diferentes granulometrias de pasta. Este procedimento faz com que não haja
contaminação da amostra que será analisada e evita a mistura de resquícios
de uma granulometria de pasta com aquela que será utilizada a seguir.
2.4.1 Polimento Mecânico Rotativo
Realizado em politriz, de unidade simples (um prato circular) ou múltipla
(dois pratos circulares), com o prato de material metálico ou plástico, e
removível.
Normalmente, para amostras minerais, o polimento é refinado. É
utilizado pano de pêlo médio ou alto. O polimento é iniciado com abrasivo de
25 alumina de 1 µm e finalizado com abrasivo de alumina de 0,3 µm. Caso for
necessário deve ser utilizado, ainda, o abrasivo de alumina de 0,05 µm.
O polimento deve ser iniciado com pressão moderada a elevada, a qual
é reduzida à medida que o polimento estiver em fase adiantada. É realizado
com o corpo de prova girando em sentido contrário à rotação da politriz ou
parado.
Inicialmente, o pano de polimento deve receber o abrasivo selecionado
(em pasta, spray ou suspensão) (Fig. 16a), a seguir deve ser lubrificado com
água ou álcool (Fig. 16b) e, então, o corpo de prova é posicionado para dar
início ao polimento (Fig. 16c). No decorrer do polimento o pano deverá ser
lubrificado com freqüência. Para o abrasivo alumina é utilizado água e para o
abrasivo de diamante, utiliza-se álcool (metais) e água (dente, cerâmica,
compósito).
a b c
Fig. 16 – a) Abrasivo em spray sendo aplicado no feltro; b) Lubrificação do
feltro com álcool; c) Início do polimento. 3. ENSAIO DE MICRODUREZA Este tópico trata do ensaio de microdureza por indentação. Há dois tipos
de microdureza, segundo o tipo de indentador (penetrador) utilizado: Vickers e
Knoop.
3.1 Microdureza Vickers - HVN
Este ensaio de dureza foi proposto em 1925 por Smith e Sandland. O
indentador (penetrador) é uma pirâmide de diamante, de base quadrada, com
um ângulo de 136º entre as faces opostas (Fig. 17a, 17b e 17c). É utilizada
26 carga menor que 1Kgf, a qual produz uma impressão microscópica em forma
de losango regular com a base quadrada.
a b c
Fig. 17 – a) Base quadrada; b) Angulação; c) Indentação Vickers. Fonte Fig. a,b – Estrela (2001).
3.2 Microdureza Knoop - HKN
Este teste foi desenvolvido pela National Bureau of Standards (NBS -
USA), em 1939. É utilizado um indentador de pirâmide alongada (Fig. 18a e
18b) que apresenta uma relação comprimento-largura-profundidade de
aproximadamente 30:4:1.
a b
Fig. 18 – a) Desenho esquemático; b) Indentação Knoop. Fonte Fig. a – Purdell-Lewis et al. (1976).
A impressão Knoop é largamente utilizada. Em função de seu formato
estreito, o indentador Knoop possibilita o trabalho em regiões finas, ao contrário
do indentador Vickers.
27 Para uma mesma carga, a profundidade da impressão Knoop é menor
do que a metade da profundidade obtida com a impressão Vickers.
O valor de dureza Knoop para esmalte varia entre 272 a 440 KHN (Craig
e Peyton, 1958) e para dentina varia entre 50 a 70 KHN (Meredith et al, 1996).
A carga utilizada está na dependência do material a ser testado. Para
superfície de esmalte dental decíduo ou permanente, a carga utilizada é de
50g. Para a dentina dental decídua ou permanente e para amostras de resina,
a carga utilizada é de 25g. Para o esmalte interno decíduo ou permanente, a
carga utilizada é de 25g. Quanto ao tempo de permanência do indentador
sobre a superfície, a literatura mostra uma faixa de variação, entre 5 e 30
segundos.
3.3 Operando o Microdurômetro
O microdurômetro HMV 2 versão 1.23 (Shimadzu, Japão), do
Laboratório de Pesquisa (Departamento de Estomatologia - Centro de Ciências
da Saúde - Universidade Federal de Santa Catarina) está acoplado a um
microcomputador (Fig. 19a e 19b). A dureza conferida pelo microdurômetro é
registrada pelo Software CAMSTM_WIN (Newage Testing Instruments, Inc.).
b a
Fig. 19 – a) Conjunto microcomputador e microdurômetro; b) Vista aproximada do microdurômetro.
3.3.1 Abertura de um arquivo e estabelecimento dos parâmetros desejados
1º passo – Ligar microcomputador e microdurômetro;
28 2º passo – Verificar qual indentador encontra-se acoplado;
3º passo – Abrir o programa CAMSTM – WIN (o programa abrirá com o
último arquivo usado);
4º passo – Clicar no Menu File \ New \ nomear o novo arquivo (no
máximo 8 caracteres) usando extensão.CSV \ Clicar em abrir;
5º passo – Abrirá a Janela Parameters options (Use current File
Parameters / Enter New Parameters). Optar por Enter New Parameters;
6º passo – Abrirá a janela Data File Part Information. Clicar em Field
Names. Aparecerá a janela Part Information Field Names. Preencher os dados
referentes à amostra. Após especificar os dados da amostra, selecionar OK.
Aparecerá novamente a janela Data File Part Information. Clicar na caixa
Prompted. A seleção desta caixa faz com que quando da geração de um
resultado fora dos padrões estipulados, o operador seja avisado para entrar
com algum comentário na janela Part Information Field Names;
7º passo – Abrirá a janela Select New Scale. Escolher a escala primária
(esquerda). Caso queira que o teste origine uma conversão para outra escala,
clicar em uma escala secundária (direita) e selecionar OK;
8º passo – Abrirá a janela Average. Clicar em Set Average Group Size, e
em Enter New Average Group Size, estabelecer o nº de indentações que serão
realizadas em cada fileira. Selecionar OK. Aparecerá a janela Average com
Select Average Option. Clicar em Keep All e selecionar OK;
9º passo – Janela Set Tolerances (Estabelecer Low Tolerance, Low
Warning, High Warning e High Tolerance). Clicar na caixa Audible Out of
Tolerance Alarme e Acknowledgement Required e selecionar OK;
10º passo - Abrirá a Janela Comment (Digitar algum comentário sobre a
estrutura em que será realizado o teste);
11º passo – Janela Select Settings. Definir os parâmetros do teste (carga,
tempo de carga. O aumento deverá ser de 40X e selecionar OK ;
12º passo – Abrirá o teste 0.
3.3.2 Executando o procedimento de indentação
1º passo – Colocar a objetiva de 10X;
29 2º passo – Posicionar o corpo de prova na base do microdurômetro;
3º passo – Deslocar a base através dos parafusos cinzas (frontal e à
direita, na base da mesa onde o corpo de prova é posicionado) para localizar a
amostra na objetiva ocular (10X). Depois de localizada, ajustar o foco
(dispositivo do lado direito, na parte inferior do microdurômetro) e mover a
haste cinza (localizada do lado esquerdo, na parte superior do microdurômetro)
para fora. A amostra aparecerá na tela do computador;
* A imagem visualizada através da objetiva ocular é invertida, no
entanto, o mesmo não ocorre com a imagem visualizada na tela do
computador.
4º passo – Localizar a borda da amostra, próxima ao local em que será
realizada a indentação. Com a objetiva 40X, reajustar o foco;
5º passo – Posicionar o cursor (cruz) na borda da amostra e girar o
parafuso cinza (frontal – movimento no sentido vertical e o da direita –
movimento no sentido horizontal), de forma a percorrer X µm, pré-
estabelecidos;
* cada intervalo na escala do parafuso cinza (frontal e à direita da base
da mesa do microdurômetro) equivale a 10 µm (0,01mm).
6º passo – Posicionar o indentador (a imagem desaparecerá da tela);
7º passo – Clicar em Run Test. Neste momento, é importante manter a
mesa onde está localizado o microdurômetro e todos os aparelhos que fazem
barulho, intactos. Qualquer barulho exagerado pode interferir no teste;
8º passo – Um sinal audível indica que a indentação foi executada. Neste
momento, mudar para a objetiva de 40X. Ajustar o foco até que a indentação
possa ser visualizada na tela do computador;
9º passo – Clicar em Measure. Aparecerão as linhas de medida.
Coloque-as no devido local (extremidades no longo eixo horizontal do losango
– indentador Knoop, e extremidades no longo eixo horizontal e vertical –
indentador Vickers). Após colocá-las, aparecerá o valor de dureza da escala
primária (que nos interessa) no canto superior esquerdo. Caso aparecer em
verde, está dentro da faixa considerada normal (estipulada pelo operador).
Caso estiver em vermelho, significa que está fora da faixa estipulada como
normal;
30 10º passo – Clicar em Accept. Aparecerá o valor de dureza da escala
secundária.
3.3.3 Ícones presentes na janela principal do Programa CAMSTM – WIN
3.3.3.1 Update
Este ícone abre uma janela com as possibilidades de carga, tempo de
carga, magnificação, eixos de medida (horizontal e vertical), cor de linha,
largura de linha, tipo de linha (standard, vee shaped, long e centerline) e cor da
câmera.
Obs.: Caso for utilizar o indentador Vickers, selecionar como eixo de
medida, os dois eixos (horizontal e vertical).
3.3.3.2 Full
Tem a função de salvar uma imagem. Para salvá-la, clicar em 1X.
Aparecerá IMAGE CAPTURING. Salvar imagem como: X e selecionar OK. As
imagens são salvas na pasta Mt92vw, presente na unidade de disco C. Para
retornar à janela principal do Programa, clicar em Done.
3.3.3.3 Reports
Apresenta o número do teste (nº das fileiras de indentação), mês, dia,
ano, hora, média de dureza, valores de dureza de cada fileira e gráficos.
3.3.3.4 Clear Last
Recurso para apagar o último teste realizado.
31
Agradecimentos
Aos doutorandos Eduardo Grigollo Patussi, Mirian de Waele
Souchois de Marsillac e Lizette Feuser, pela realização de parte das
fotografias presentes neste manual.
À técnica mecânica Misleine A. de Castro, do Laboratório de
Caracterização Microestrutural, do Departamento de Engenharia Mecânica,
da Universidade Federal de Santa Catarina, pelo auxílio na confecção desta
apostila.
Ao Prof. Fábio Luiz Andretti, pela realização da revisão final deste
manual.
32 REFERÊNCIAS Borges, J.N. Preparação de amostras para análise microestrutural. Disponível em: <http:// www.materiais.ufsc.br/lcm. > Acesso em: 30 jun. 2002.
Craig, R.G.; Peyton, F.A. The microhardness of enamel and dentin. J Dent Res., Washington, v.37, n.4, p.661-668, 1958.
Elias, C.N.; Lopes, H.P. Ensaios Mecânicos. In: Estrela, C. Metodologia Científica: ensino e pesquisa em odontologia. São Paulo: Artes Médicas, 2001. cap. 13, p.250-273. Meredith, N.; Sherriff, M.; Setchell, D.J.; Swanson, S.A.V. Measurement of the microhardness and Young's modulus of human enamel and dentine using an indentation technique. Arch. oral Biol., Oxford, v. 41, n. 6, p.539-545, 1996. Purdell-Lewis, D.J.; Groeneveld, A.; Arends, J. Hardness tests on sound enamel and artificially demineralized white spot lesions. Caries Res., Basel, v. 10, p. 201-215, 1976. Vander Voort, G.F. Metallography: principles and practice. New York: McGraw-Hill, Inc. 1984. 773p.