preparar a luta para conquistar um feliz 2009 · 12 a 30/03/2009 -assembléias regionais. 07/04/09...

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Informativo do Sindicato dos Professores no Distrito Federal - Ano XIX - Nº 157 - Janeiro/2009 WWW.SINPRODF.ORG.BR WWW.SINPRODF.ORG.BR C omo bem disse Carlos Drummond de An- drade, se quisermos um ano novo diferente, temos que fazê-lo diferente. Acreditamos que o ano de 2009 será o de concretização das conquistas do nosso Plano de Carreira. Mas co- mo nada nos cai do céu, como só na luta con- seguimos vencer a enrolação e o desrespeito, estamos, neste mês de férias, preparando a mo- bilização para garantir o cumprimento da lei do nosso Plano de Carreira. Quando retornarmos às salas de aulas tere- mos como tarefa conversar com os pais, com os nossos alunos e explicar os motivos de nossa luta. Explicar que lutamos apenas para que o GDF cumpra a lei, e reajuste nossa tabela de vencimentos no mesmo percentual do Fundo Constitucional, ou seja, em 19,98%. Esse é mais um passo rumo à isonomia salarial da categoria com outras carreiras de nível superior, uma luta histórica dos professores. Vamos convidar a comunidade para um gran- de ato no dia 11 de março, às 9h30, em frente ao Buritinga, em defesa de uma escola pública de qualidade, que passa, obrigatoriamente, pela va- lorização do nosso trabalho, com o pagamento de salários dignos. NO DIA 7 DE ABRIL, ÀS 9h30, REALIZAREMOS ASSEMBLÉIA GERAL, COM INDICATIVO DE GREVE. ESSA SERÁ A DATA-LIMITE PARA QUE O GDF CUMPRA A LEI. Não podemos aceitar que apostem em nossa divisão. Responderemos à altura a todas as ten- tativas de intimidação e desrespeito ao nosso direito legítimo de lutar por aquilo que conquis- tamos. Em 2009 continuamos juntos. Só assim teremos a alvorada que almejamos. D eve ocorrer em fevereiro a primeira sessão de julgamento dos quatro acusados de matar o professor Carlos Mota (foto). O jul- gamento será por júri popular na região de Sobradinho, lugar onde ocorreu o assassinato. A mulher de Mota, Rita de Cássia, esteve no Sinpro e fez um apelo para que a ca- tegoria se mobilize e compareça em peso ao julgamento. “Temos que cobrar a condenação dos assassinos, pois um ato bárbaro como esse não pode ficar impune”, afirma ela. O Sindicato, que contratou um advogado para acompanhar o caso, se engajará nessa mobilização. Assim que for confirmada a data iremos informar a categoria e organizar a mobilização para acompanhar o jul- gamento. Fiquem atentos e par- ticipem! A morte do companheiro Carlos Mota significou não apenas um simples assassinato, mas a tentati- va de matar um sonho, o de construir uma escola pública de qualidade. Não podemos nos omitir! Leia sobre a campanha desen- cadeada sobre o Sinpro contra a vio- lência nas escolas na página 7. Caso Carlos Mota: julgamento será em fevereiro ATÉ 30/03/2009 - Mutirão de visitas às esco- las, que serão agendadas previamente, para que sejam realizadas no horário de coorde- nação, a fim de debater com a categoria nossa mobilização. 11/03/2009 - Ato Público às 9h30, com a par- ticipação da comunidade escolar, com parali- sação, em frente ao Buritinga. 12 a 30/03/2009 - Assembléias Regionais. 07/04/09 - Assembléia Geral com paralisação e indicativo de greve às 9h30, no Buritinga. CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO PREPARAR A LUTA PARA CONQUISTAR UM FELIZ 2009 PREPARAR A LUTA PARA CONQUISTAR UM FELIZ 2009

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Informativo do Sindicato dos Professores no Distrito Federal - Ano XIX - Nº 157 - Janeiro/2009 WWW.SINPRODF.ORG.BRWWW.SINPRODF.ORG.BR

Como bem disse Carlos Drummond de An-drade, se quisermos um ano novo diferente,temos que fazê-lo diferente. Acreditamos

que o ano de 2009 será o de concretização dasconquistas do nosso Plano de Carreira. Mas co-mo nada nos cai do céu, como só na luta con-seguimos vencer a enrolação e o desrespeito,estamos, neste mês de férias, preparando a mo-bilização para garantir o cumprimento da lei donosso Plano de Carreira.

Quando retornarmos às salas de aulas tere-mos como tarefa conversar com os pais, com osnossos alunos e explicar os motivos de nossaluta. Explicar que lutamos apenas para que oGDF cumpra a lei, e reajuste nossa tabela devencimentos no mesmo percentual do FundoConstitucional, ou seja, em 19,98%. Esse é maisum passo rumo à isonomia salarial da categoria

com outras carreiras de nível superior, uma lutahistórica dos professores.

Vamos convidar a comunidade para um gran-de ato no dia 11 de março, às 9h30, em frente aoBuritinga, em defesa de uma escola pública dequalidade, que passa, obrigatoriamente, pela va-lorização do nosso trabalho, com o pagamentode salários dignos. NO DIA 7 DE ABRIL, ÀS9h30, REALIZAREMOS ASSEMBLÉIAGERAL, COM INDICATIVO DE GREVE.ESSA SERÁ A DATA-LIMITE PARA QUEO GDF CUMPRA A LEI.

Não podemos aceitar que apostem em nossadivisão. Responderemos à altura a todas as ten-tativas de intimidação e desrespeito ao nossodireito legítimo de lutar por aquilo que conquis-tamos. Em 2009 continuamos juntos. Só assimteremos a alvorada que almejamos.

Deve ocorrer em fevereiro aprimeira sessão de julgamentodos quatro acusados de matar o

professor Carlos Mota (foto). O jul-gamento será por júri popular naregião de Sobradinho, lugar ondeocorreu o assassinato. A mulher deMota, Rita de Cássia, esteve noSinpro e fez um apelo para que a ca-tegoria se mobilize e compareça em

peso ao julgamento. “Temos quecobrar a condenação dos assassinos,pois um ato bárbaro como esse nãopode ficar impune”, afirma ela.

O Sindicato, que contratou umadvogado para acompanhar o caso, seengajará nessa mobilização. Assimque for confirmada a data iremosinformar a categoria e organizar amobilização para acompanhar o jul-

gamento. Fiquem atentos e par-ticipem! A morte do companheiroCarlos Mota significou não apenasum simples assassinato, mas a tentati-va de matar um sonho, o de construiruma escola pública de qualidade. Nãopodemos nos omitir!

Leia sobre a campanha desen-cadeada sobre o Sinpro contra a vio-lência nas escolas na página 7.

Caso Carlos Mota: julgamento será em fevereiro

ATÉ 30/03/2009 - Mutirão de visitas às esco-

las, que serão agendadas previamente, para

que sejam realizadas no horário de coorde-

nação, a fim de debater com a categoria nossa

mobilização.

11/03/2009 - Ato Público às 9h30, com a par-

ticipação da comunidade escolar, com parali-

sação, em frente ao Buritinga.

12 a 30/03/2009 - Assembléias Regionais.

07/04/09 - Assembléia Geral com paralisação

e indicativo de greve às 9h30, no Buritinga.

CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO

PREPARAR A LUTA PARA CONQUISTAR UM FELIZ 2009

PREPARAR A LUTA PARA CONQUISTAR UM FELIZ 2009

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2 - Janeiro/2009

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Andréia Cristina SouzaAntonio Ahmad Yusuf DamesAntonio de Lisboa Amâncio ValeBerenice Darc JacintoCarlos GaribelCarlos Cirane NascimentoCássio de Oliveira CamposCláudia BullosCláudio Antunes CorreiaCleber Ribeiro SoaresDenílson Bento da CostaDimas da Rocha SantosEliceuda Silva FrançaFernando Ferreira dos ReisFrancisco Raimundo AlvesFrederico Antonio Q. de OliveiraGilza Lucia Camilo RicardoIlson Veloso BernardoIracema Bandeira da SilvaIsabel Portuguêz de S. Felipe

Jalma Fernandes de Queiroz

José Antonio Gomes Coelho

José Luiz do Nascimento Sóter

Lânia Maria Alves Pinheiro

Marco Aurélio Gomes Rodrigues

Maria Augusta Ribeiro

Maria Bernardete Diniz da Silva

Maria José Correia Barreto

Misael dos Santos Barreto

Olavo Junior Costa Medeiros

Rejane Guimarães Pitanga

Rosemeire do Carmo Rodrigues

Rosilene Corrêa Lima

Sebastião Honório dos Reis

Thaís Romanelli Leite

Valdeci Silvério Marques

Valesca Rodrigues Leão

Washington Luis Dourado Gomes

Wiviane V. de Aquino Farkas

OpiniãoOpinião

Omês de janeiro é o mês das férias coletivas dos professores doDF. É o momento em que descansamos e nos preparamos paraum novo ano letivo, apesar do desrespeito do GDF, que mais

uma vez atrasou o depósito do pagamento de férias da categoria.Mesmo durante o nosso período de descanso estamos conscientes deque a luta em 2009 será árdua: precisamos voltar com pique redo-brado para a luta pelo cumprimento do nosso plano de carreira. Emseu artigo 32 o texto da lei é claro: o reajuste em nossas tabelas deremuneração deve ser, no mínimo, no mesmo percentual de aumen-to do Fundo Constitucional do DF, ou seja, 19,98% em 2009.

Todos os sinais emitidos pelo GDF nos levam a suspeitar de umapossível tentativa de “calote” e descumprimento da lei do nossoplano de carreira. Declarações da área econômica do governo apon-tam para uma interpretação capciosa do texto da nossa lei e se anun-ciou um tal bônus de produtividade, ou chamado 14º salário, queninguém sabe como será definido e concedido, mas que soa comoum “canto de sereia” que busca dividir a categoria.

Ciente desses riscos, na assembléia do dia 23 de outubro a cate-goria aprovou um grande ato público para o dia 11 de março, às9h30, em frente ao Buritinga, para alertar o governo e mostrar àsociedade que buscamos apenas o cumprimento da lei.

Também foi aprovado indicativo de greve para o dia 7 de abril.Essa é a data-limite para o pagamento dos salários de março, já rea-justados. Se isso não ocorrer, os professores poderão entrar em grevepor tempo indeterminado. Para evitar uma paralisação dos edu-cadores é simples: basta que o GDF cumpra a lei. Nem mais, nemmenos.

VAMOS GARANTIR NA LUTA

A CONQUISTA DA CATEGORIA:

19,98% É O MÍNIMO, ESTÁ NA LEI!

Negociações paradas ounão efetivas, enrolaçãopara implantar pontos

importantes do plano de car-reira. Essa era nossa situaçãono ano passado, até o momen-to em que os professores re-solveram dizer um basta e pa-raram por 48 horas em 30 desetembro e Primeiro de outu-bro. A massiva participaçãoda categoria levou o GDF arapidamente apresentar umcronograma para a progressão

e a resolver uma série dependências nas negociações.

Também não foi por outromotivo que o GDF resolveuendurecer e se recusou anegociar os dias parados.Setores do governo avaliaramque isso amedrontaria eintimidaria a categoria eimpediria que lutássemos em2009 pelos direitos garantidosno plano de carreira. Mas essacategoria tem história e não sedeixará intimidar.

Professor, nos primeiros dias do ano letivo você receberá um Sinpro Cidadão que explicará à comunidade os motivos de nosso movimento e porque os professores reivindicam

o pagamento de reajustes que permitam que a gente caminhe rumo à isonomia salarial com outras categorias de nível superior. Discuta com seus alunos e com os pais de alunos

e explique que cabe ao GDF cumprir a lei do nosso plano de carreira se quiser impedir prejuízos aos estudantes por conta de uma possível greve da categoria.

GREVE DE 48 HORASDEU A MEDIDA DE

NOSSA UNIÃO

No 1º dia de greve (30/09), professores construíram umamandala durante aula pública no SCS

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Janeiro/2009 - 3

Em várias escolas do DF osalunos que “optaram” peloprograma de intervenção me-

todológica para correção do fluxoidade/série terminaram o ano leti-vo sem completar os módulos deaprendizagem de História e Geo-grafia. “Todos os dias falávamospara os nossos alunos: os módu-los estão chegando, mas eles nun-ca chegavam. Durante todo o anofoi assim. Os alunos receberam oconteúdo de forma atropelada,resumida, sem o número de aulasrecomendadas, enfim, o que de-via ajudar causou ainda mais pre-juízos”, afirma a professora doCEF 16 da Ceilândia, MárciaOsório de Oliveira.

Assim como ela, professoresde várias regionais não sabiamcomo lançar as notas nos diários,já que o conteúdo não foi con-cluído.

Não foi por falta de aviso.Desde o início o Sinpro, os alu-nos e professores protestaram pe-la forma açodada como foi im-

plantado o referido projeto, de-pois que o ano letivo tinha come-çado. O chamado projeto de ace-leração agravou a situação dosalunos com defasagem ou quecursavam o supletivo regular eoptaram pela aceleração. Muitos

abandonaram a escola. Traba-lham o dia inteiro e com muitadificuldade chegam a escola paraserem enrolados. “Confesso queestou envergonhada. Tenho penados meus alunos e eles têm penade mim, mas não podemos fazer

nada”, afirma Márcia.Houve protestos em Brazlân-

dia, Guará, Ceilândia e Plano Pi-loto, entre outras. Em nota, aindaem fevereiro, o Sinpro reconheceque a defasagem na relação ida-de-série é um problema antigo noDistrito Federal e no Brasil. Masalerta que qualquer iniciativa sé-ria neste sentido deve ser pauta-da, antes de tudo, pela garantia deoferta de educação de qualidadeao aluno.

Substituir professores por tele-aulas, fazer com que o educadorformado em História dê aulas deMatemática, atrasar sistematica-mente o conteúdo: não é dessaforma que a defasagem idade-sé-rie será verdadeiramente resolvi-da. Tal problema só será resolvidoa partir do debate democráticoentre todos os entes envolvidos noprocesso educacional e não pelaimposição de uma proposta ques-tionável do ponto de vista pedagó-gico e absolutamente duvidosaquanto aos seus resultados.

CONCURSO DE REMANEJAMENTO EXTERNO

Segunda etapa está confirmada

PROJETO DE ACELERAÇÃO

ALUNOS TERMINAM O ANO, MAS NÃO O CONTEÚDO

Comunidade questionou proposta de aceleração

ASecretaria de Educação con-firmou para a primeira sema-na de fevereiro de 2009 a

realização da segunda etapa doremanejamento externo. Podemparticipar desta fase professoresque já estão inscritos no processo eque na primeira etapa, ocorrida emdezembro, não tenham bloqueadonenhuma carência. Ressaltamosque os professores que partici-param da fase interna podem par-ticipar da externa.

Para este último momento deremanejamento, serão apresenta-

das carências que sobraram daprimeira fase, carências que seoriginaram da mudança de exercí-cio - no remanejamento externo -,e carências originadas de aposen-tadorias e/ou outros motivos quegerem a situação de “carênciadefinitiva” até o início da segundaquinzena de janeiro de 2009.

As carências e o novo crono-grama serão divulgados até o fi-nal da última semana de janeiro,e o concurso, desta vez, deveocorrer em apenas três dias daprimeira semana de fevereiro.

Alertamos: é necessário que oprofessor acompanhe esta divul-gação e compareça no dia, horá-rio e local determinado, sob penade perder o remanejamento, con-forme prevê o edital.

O remanejamento é uma con-quista da categoria, que após 29anos de luta, conseguiu garanti-loem forma de lei nesta última re-formulação do plano de carreira(lei 4.075/2007, artigo 5º §3º).Desta forma, temos anualmente aoportunidade de mudar de localde exercício.

Com a regulamentação do plano decarreira (lei 4.075/07) através daportaria de nº 255, republicada

no DODF no dia 26 de dezembro/08,todos os professores e orientadoresque não estão em estágio probatóriopoderão a partir de janeiro de 2009apresentar certificações para avançarem um padrão na Carreira MagistérioPúblico do DF.

Com o novo conceito, no ano

de 2009, todos os professores quenão estão em estágio probatóriopoderão entregar os certificadosno mês do seu aniversário de con-tratação. Mesmo aqueles que te-nham recentemente entregue cer-tificações. Cursos que já tenhamcontemplado o servidor em outrosmomentos não poderão ser reapre-sentados.

A carga horária total deverá ser

de 180 horas. Sendo que serãoaceitos certificados de menor cargahorária, desde que pelo menos umcurso tenha a carga horária mínimade 60 horas e os demais tenhamuma carga horária mínima de 30horas. Serão aceitos certificaçõesque atendam ao item 31 da portarianº 255.

A portaria, já republicada, estádisponível em nosso site.

PROGRESSÃO NA CARREIRA POR MERECIMENTO

Entrega de certificados a partir de janeiro

Foi prorrogado para o dia 5 defevereiro o prazo para as inscri-ções do curso semi-presencial de

pós-graduação (em nível de especiali-zação) que o Sinpro está oferecendoaos professores em parceria com aUniversidade Federal de Tocantins(Unitins). Serão cem vagas destinadasaos professores sindicalizados, gratui-tamente.

Até o dia 3 de fevereiro divulgare-mos as datas em que serão conhecidosos resultados provisórios da seleção,bem como o período para a apresen-tação de recurso, divulgação do resul-tado final e matriculas.

Para participar do processo se-letivo, entre outros requisitos, o pro-fessor deverá ser sindicalizado, teracesso à internet, elaborar uma cartade intenção, de três a cinco páginas,explicando os motivos pelo qual pre-tende fazer o curso, qual a área de for-mação e trajetória universitária, quala importância desse curso na vidadocente e pessoal, qual a importânciadesse curso para a sua experiênciaprofissional/sindical, em que áreasacredita que esse curso lhe permitiráatuar e de que forma pretende con-tribuir com o sindicato/categoria apartir desse curso. Mais informaçõesem nosso site e na sede e subsedes doSinpro.

Prorrogadas inscriçõespara pós-graduação

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CONGRESSPARA ONDE CAM

4 - Janeiro/2009

Cerca de 850 delegados participaram do 8º Congresso de Trabalhadoresem Educação, realizado em novembro do ano passado pelo Sinpro epelo SAE. O tema “Para onde Caminha o Brasil?” foi debatido pela

ótica dos trabalhadores e os participantes da mesa de abertura alertarampara os efeitos da crise do capitalismo e as lições que podemos tirar dela.

Para o diretor de Política Educacional do Sinpro, Antônio Lisboa, otema, definido antes da crise mundial, se revestiu ainda de maior importân-cia após a maior crise do capitalismo de todos os tempos.

O presidente da CUT, Artur Henrique, lembrou que os sindicalistas jáforam chamados de dinossauros porque questionavam a regra vigente nadécada de 90, de diminuir o Estado e deixar que o mercado se auto-regu-lasse. “Agora vemos o berço do neoliberalismo, a Inglaterra, estatizandobancos. Se antes eles privatizaram os lucros, agora vão socializar os pre-juízos e isso não vamos aceitar”, afirmou.

O presidente da Central também afirmou que a crise financeira mundialé uma crise do modelo e que por isso é preciso aprofundar o debate sobresuas causas. O diretor de Estudos Sociais do Ipea (Instituto de PesquisaEconômica Aplicada), Jorge Abraão Costa, afirmou que para minimizar adesigualdade social no Brasil é necessário investir pesado no processo edu-cacional. “A luta começa essencialmente na educação. Nós precisamos deuma overdose educacional”, afirmou.

O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e o Plano Nacional deEducação (PNE) foram também debatidos, bem como a gestão, financia-mento, avaliação e concepção de educação.

A mídia na berlinda

Para onde caminha o Brasil? Para os jornalistas Bernardo Kucinsky eAltamiro Borges, a resposta para essa pergunta passa necessariamente poruma discussão sobre o papel dos meios de comunicação no país. Kucinskye Borges foram os palestrantes da mesa “Democratização da mídia”, em-bora o assunto mais discutido tenha sido exatamente a falta de democracia.

Kucinsky, que também é professor da USP e colaborador das revistasCarta Capital e Revista do Brasil, apontou a unidade ideológica entre asgrandes empresas de comunicação, e a falta de atuação do governo no sen-tido de moralizar e fiscalizar, evitando monopólios. Altamiro Borges, edi-tor da revista Debate Sindical, destacou as dificuldades da comunicaçãosindical e os desafios que é preciso superar. Ambos os palestrantes des-tacaram o papel extraordinário que a Internet pode exercer nesse processo,ao reduzir custos de distribuição de conteúdo e possibilitar um contatomais direto com o público, mas ressaltaram que ainda não se sabe exata-mente o que se pode fazer com ela.

EM TEMPO: BREVEMENTE O SINPRO PUBLICARÁ A SIS-TEMATIZAÇÃO DO CONGRESSO, PARA QUE OS PROFES-SORES POSSAM CONHECER TODAS AS DELIBERAÇÕES.

Areforma do Estatuto doSinpro foi uma dasprincipais deliberações

dos professores no 8º Con-gresso de Trabalhadores emEducação. Manteve-se a es-trutura de direção colegiada,mas as mudanças aprovadas,acreditamos, darão mais agi-lidade à gestão do Sinpro.

Novo estatuto dá mais

agilidade ao SINPRO

Mesa de abertura do 8º Congresso

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SO DEBATE MINHA O BRASIL

Janeiro/2009 - 5

Racismo, saúde, gênero, violência contra a mulher: temas mobilizaram os professores

Piso Salarial: em 2009 a luta

continua

Apartir de 1º de janeiro de2009, todos os professoresda educação básica pública

passaram a receber um piso deR$ 950, reajustado conforme oartigo 5º da lei. Lamentavelmen-te, o Supremo Tribunal Federaljulgou parcialmente procedente opedido de cautelar à ADI (AçãoDireta de Inconstitucionalidade)movida pelos governadores doRio Grande do Sul, Santa Cata-rina, Paraná, Mato Grosso do Sule Ceará, contra a Lei do piso.

Para a CNTE, a decisão con-servadora do STF segue na con-tramão das aspirações sociais,uma vez que contraria a unanimi-dade do Congresso Nacional e opovo brasileiro. O Supremo sus-pendeu uma série de ganhos im-portantes, como a questão da ho-ra-atividade, período em que oeducador teria mais tempo parase atualizar. No caso de Brasília,que já recebe valor maior que opiso, um tempo maior de coorde-nação seria a nossa principal con-quista. Infelizmente, quem perdecom a decisão é a escola públicabrasileira.

Os trabalhadores em educaçãonão vão desistir diante da decisãodo Supremo. Mais uma vez aCNTE convoca a categoria amanter a luta pela implementaçãode todos os dispositivos da Lei dopiso salarial em âmbito de cadaestado, município e do DistritoFederal.Os grupos de trabalho ficaram

lotados no 8º Congresso, comprofessores e auxiliares discu-

tindo com especialistas e pesquisa-dores assuntos prementes como a

violência contra a mulher, a saúdedo educador (pesquisa constatou osproblemas de saúde dos profes-sores), e o papel do professor nocombate ao racismo.

A questão de gênero, PDE/PNE,...

o papel da escola no combate ao racismo,...

e saúde do educador foram temas de debates.

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No ano de 2008 a Secretaria deEducação elegeu os profes-sores doentes como alvo para

uma série de ataques. Primeiro, ogoverno exigiu que todos os atesta-dos fossem submetidos à perícia mé-dica. Depois, foi aos meios de co-municação alegar que os professorestiravam muitos atestados por pregui-ça de trabalhar. O atendimento daPerícia Médica, que já era péssimo,piorou ainda mais.

Para desmentir a campanha de de-sinformação do governo e descobrir asreais causas das doenças dos profes-sores, o Sindicato encomendou umapesquisa sobre o assunto, feita peloGrupo de Estudos e Pesquisas emSaúde e Trabalho, sob a coordenaçãoda doutora Ana Magnólia Bezerra, doLaboratório de Psicologia e Clínica doTrabalho da Universidade de Brasília.Neste início de ano a pesquisa seráentregue às autoridades, parlamentarese entidades da sociedade civil acom-panhada de recomendações acerca danecessidade de uma política de pre-venção das doenças ocupacionais.

As conclusões do estudo sãoalarmantes. Um em cada três profes-sores que participaram da pesquisaafirmou ter alguma doença ocupa-cional, e mais da metade dos profes-

sores havia tirado um atestado nosúltimos seis meses. Pior, a avaliaçãodas condições atuais de trabalho de-monstra que essas tendências só de-vem se agravar, disse Magnólia. “Senão forem tomadas providências acurto e médio prazo, teremos um ní-vel ainda mais alto de doenças”, avi-sou a pesquisadora.

REFLEXO DO DESCASOA pesquisa tinha como método

avaliar a organização, as condições eas relações de trabalho. A primeiradiz respeito à estrutura do ensino ecomo são divididos o planejamentoe a execução das tarefas. As con-dições de trabalho se referem àscondições materiais, as ferramentasdisponíveis e o ambiente de traba-lho. Por fim, as relações de trabalhosão as relações entre chefia e subor-dinados, bem como relações entre ospróprios professores. Todos os itenstiveram índices desastrosos na pes-quisa: 98% dos professores conside-raram a organização de trabalho pre-cária ou crítica. Sobre condições detrabalho, 96% pensaram o mesmo, e95% criticaram as atuais relações detrabalho.Os professores se revoltamcom as salas superlotadas, o baru-lho, a competitividade, a constante

cobrança por resultados. Essas condições inadequadas se

refletem negativamente na saúde dacategoria: 33% apresentam doençasfísicas relacionadas ao trabalho, e26% demonstram depressão. Apenas6% dos professores não reportaramnenhum tipo de distúrbio físico oca-sionado pelo trabalho. Os mais co-muns são varizes, tendinite, depressãoe uma série de doenças relacionadasao sistema motor, especialmente dacintura para cima. Além disso, os pro-fessores relataram danos sociais,como vontade de ficar sozinhos ouproblemas em relações familiares.

Para Magnólia, a ligação entreessas doenças e o trabalho é clara. “aprecarização das condições de tra-balho está diretamente ligada aoesgotamento. E o esgotamento pro-voca danos físicos e psíquicos, en-quanto a falta de reconhecimentocausa os danos sociais”. As soluções?Magnólia recomenda o fortalecimen-to político da categoria, para que pos-sam exigir condições melhores dogoverno, a discussão direta com agestão no local de trabalho, paragarantir a liberdade de expressão e oslaços de solidariedade, uma políticade prevenção e um bom plano desaúde.

6 - Janeiro/2009

PESQUISA CONSTATA: PROFESSORES ESTÃO DOENTES

FALTA DE POLÍTICA DE PREVENÇÃO AGRAVA QUADRO ATUAL

Plano de saúde: exigimos pressa na implantação Mais um ano se passou e os

professores continuam semplano de saúde. No final do

ano passado o GDF apresentou aossindicatos de servidores as linhas

gerais da proposta que pretendeimplantar. Os sindicatos, coorde-nados pela CUT-DF, elaboraramuma contraproposta, entregaram aSecretaria de Planejamento e Ges-tão e estão aguardando retorno dogoverno.

De acordo com a presidente daCUT, Rejane Pitanga, a idéia égarantir situação igualitária nacontribuição de ativos e aposenta-dos, além da transparência e fis-calização da gestão do plano, coma criação de um conselho par-

itário. “Queremos pressa, pois osservidores estão cansados deesperar. É preciso votar a propos-ta na Câmara o quanto antes, paraque o plano de saúde seja implan-tado o mais rápido possível”, afir-mou.

A coordenadora da Secretaria de Saúde, Maria José Barreto, e a pesquisadora Ana Magnólia,durante divulgação da pesquisa no 8º CTE

Às vésperas de comemorar oDia do Professor, no dia 10de outubro do ano passado,

os educadores do DF foram"presenteados" com uma entre-vista do secretário de Educação,em que ele propõe o afastamen-to de professores que necessi-tam se afastar para tratamentomédico. Nesta matéria ele fezdeclarações agressivas sobre osprofessores, dando a entenderque eles abusam na apresen-tação de atestados e até queapresentam atestados falsos.

Diante do fato, o Sinproingressou com pedido de expli-cação criminal no Tribunal deJustiça do DF solicitando que osecretário diga se confirma suasdeclarações. Além disso, solici-tamos à Justiça que pergunte aosecretário quais os elementosque baseiam a afirmação delede que há fraude nos atestados ese a Secretaria pode apontar ospossíveis fraudadores. Entreoutras perguntas, questionamosainda se existe um sistema deprevenção à saúde dos edu-cadores e se há relação entre oalto volume de atestados e ainexistência do referido siste-ma, que é determinado pelaconvenção 155 da OIT.

A partir da resposta do secre-tário será possível definir qual otipo de ação judicial será impe-trada para a reparação dosdanos à reputação dos profes-sores, que foram difamados demaneira geral.

SINPRO PEDE EXPLICAÇÃO FORMAL

DE SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO

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Sociedade e parlamentares apoiaram campanha

No Projeto Superação, alunos mostram seu talento

OSinpro criou um serviço de tele-denúncia como parte da campa-nha. Para denúncias, dúvidas e

sugestões as pessoas podem ligar parao 0800 6060 505.

A intenção é envolver toda a so-ciedade no debate, pois as causas daviolência transcendem os muros dasescolas e demandam esforço de todospara serem superadas. Se é verdadeque precisamos de mais policiamentopara garantir segurança imediata dacomunidade escolar, também é ver-dade que a violência está também nasescolas sem a mínima estrutura, sem

material didático atraente, em que oaluno não tem a menor motivaçãopara freqüentar.

Essa não é uma campanha 'fecha-da', ela está aberta a sugestões deações e estratégias para incentivar odebate dentro e fora das escolas. Porisso, professor, se você tem algumaidéia ou sugestão, algum projetopedagógico que aborde essa com-plexa situação de violência nas esco-las, entre em contato com o Sinpro!Quem sabe sua idéia não poderáfazer parte das ações da campanhaem 2009?

Janeiro/2009 - 7

"Quem bate na escola, maltratamuita gente". Com esse lemao Sinpro desencadeou em

agosto uma campanha contra a vio-lência nas escolas, buscando envol-ver a comunidade no debate sobre otema. A campanha foi desenvolvidapara ter caráter permanente. Em2009 pretendemos desenvolver ou-tras ações para desenvolver a culturada paz no ambiente escolar.

No lançamento da campanha, nodia 14 de agosto, cerca de 400 pes-soas, entre estudantes, professores,representantes de entidades da so-ciedade civil e autoridades lotaram oauditório do Ministério Público doDistrito Federal. Marcaram presençadezenas de alunos do antigo Centrode Ensino Fundamental (CEF) LagoOeste, rebatizado como CEF Pro-

fessor Carlos Mota, uma homena-gem póstuma ao professor que foiassassinado em junho porque com-batia o tráfico nos arredores do esta-belecimento de ensino e que sonha-va em transformar aquela escola namelhor do Brasil.

Ao falar em nome do Sinpro Ro-silene Correa, diretora de imprensa,lembrou que uma escola violenta éreflexo de uma sociedade violenta:“A escola não é uma ilha. Mesmotendo consciência de que o Estado éque tem o poder maior de ação, to-dos temos que assumir nossa res-ponsabilidade”. Ela salientou que oprofessor tem um papel especial noprocesso de educação para a paz eque é preciso que o Estado dê con-dições para a administração dos con-flitos que surgem.

0800 À DISPOSIÇÃO PARADENÚNCIAS E SUGESTÕES

As cidades de Ceilândia eSanta Maria foram as pri-meiras a receberem um dos

projetos da Campanha. No total,sete escolas participaram de umMomento Cultural denominadoSuperação. Em parceria com umarádio da cidade o Sinpro promo-veu um intervalo especial, em

que os alunos puderam mostrarseus talentos musicais e artísti-cos.

Foram momentos de descon-tração, mas com o objetivo dechamar a atenção para a necessi-dade de construir a paz no ambi-ente escolar. Em 2009 outrasescolas serão contempladas.

Cidades recebem Momento Cultural

Professores podem propor ações e projetos

Nas escolas o tema foi discutido e tra-balhado por muitos professores. Foi oque fez o professor de Artes do CEF

619 de Samambaia, Gilson Cezar Pereira,com as suas turmas de EJA (Educação deJovens e Adultos). Publicamos abaixo ocordel elaborado por suas alunas a partirdo debate em sala de aula.

Quem bate na escola, maltrata muita gente!

Cordel de origem brasileira

Quem bate na escolaMaltrata muita gentePrejudica os alunos eAlegra os delinqüentes

Sobre a violência na escolaPrestem muita atenção,Se isso continuarComo fica a nova geração?

Quem quebra a escolaNão tem educaçãoVamos cuidar para que issoNão afete a naçãoOs mal educados xingam Professores e até a direção

Se achando os professoresFormando confusão

Quando vejo a violênciaMe parte o coraçãoSe maltratam a escolaMorro de decepção

Na dor desse tormentoVejo muita pichaçãoNo olhar dessas criançasTem muita preocupação

Entra política e sai políticaE só fica corrupçãoA violência é a mesmaSó quem perde é a nação

Para combater a violência na escolaPrecisamos da populaçãoPara defender a nossa escolaE também o direito do cidadão.

Autoras: alunas Fabiana, Kátia, Ivana,Maria Rosilene, Maria da Conceição eRute de Sá, do 2º segmento de EJA do CEF619 de Samambaia.

CORDEL CRITICA VIOLÊNCIA

Violência nas escolasViolência nas escolas

CAMPANHA CONTRA VIOLÊNCIACONTINUARÁ EM 2009

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8 - Janeiro/2009

Os orientadores educacionais co-memoraram seu dia na data de4 de dezembro. No dia 5 de de-

zembro, em evento organizado peloSinpro, os orientadores responderama um questionário com propostas detemas a serem debatidos em um se-minário, que será realizado peloSindicato no mês de março de 2009.

Esse questionário está sendo ta-bulado e assim que esse trabalhofor concluído divulgaremos para acategoria.

O evento organizado pelo Sinproreuniu mais de 200 orientadores noauditório do Museu da ImprensaNacional. Além de participarem deum café da manhã, eles participa-ram de debate sobre as políticas dosorganismos internacionais para aeducação.

O orientador educacional age co-mo a primeira linha de defesa da es-cola. Seu trabalho é identificar, pre-venir e solucionar conflitos antesque eles possam se agravar, agindocomo um facilitador do processoeducacional e o elo que integra a co-munidade escolar. Por isso o Sinpro

vem lutando para ampliar a presençadesse profissional nas escolas. Aconquista mais recente foi a nomea-ção de 248 novos orientadores nomês de dezembro. Somados aos 469que já estavam ativos, em 2009 oDF poderá ter um orientador em ca-da escola da rede pública, um im-portante passo para a melhoria daqualidade de educação no DF. Aindanão é o suficiente - ter apenas umorientador em escolas com mais demil alunos não é a situação ideal -mas é uma conquista fundamental.

Em 2007, em reunião com osecretário de Educação, o Sinpro exi-giu a contratação dos orientadoresque haviam sido aprovados em con-curso. Naquele ano o Sinpro garantiuno Plano de Carreira que a Secretariateria em seus quadros 1200 orienta-dores educacionais. Em 2008, con-quistamos um grande número de no-vas contratações. E em 2009, atin-giremos a marca histórica de umorientador para cada escola, conti-nuando a luta para atingir o númeroestipulado no Plano de Carreira, deum orientador para cada 300 alunos.

Tudo começou com o penteado.Desde que começou a trabalhar,Nádia, professora do Centro de

Ensino Fundamental 18 de Tagua-tinga, usava parte do seu salário paraalisar os seus cabelos crespos. Em2007, ela leu um texto chamado“Alisando nossos cabelos”, e deci-diu parar de alisar o seu. Conformea química perdia o efeito, Nádiapercebeu a imensa pressão de famí-lia, amigos e colegas para que elavoltasse a alisar seu cabelo.Descobriu que, no imaginário popu-lar, o cabelo dos negros é “ruim” eprecisa ser “domado”, que aosnegros não é permitido aceitar opróprio cabelo e ser você mesmo. Ese ela sentia essa pressão, o quedizer das crianças de oito anos paraquem lecionava? Nádia decidiu ene-grecer - e ensinar aos seus alunos oque isso significa.

Com seu projeto “A África estáem nós e nós estamos na África”,Nádia Maria Rodrigues se tornou aúnica brasiliense a ser contempladana terceira edição do prêmio Pro-fessores do Brasil, realizado peloMinistério da Educação em parce-ria com a Unesco e diversas fun-dações. O objetivo da premiação épromover a interação entre profes-sores e apresentar para todo o país

projetos interessantes que traba-lhem a cidadania, o respeito à di-versidade e novas metodologias deensino. Outros projetos premiadosbuscavam reaproximar as criançasdos idosos da família, ensinar aproduzir um filme, implantar umagibiteca, combater a dengue, entreoutras idéias. Para Nádia, entretan-to, a questão era o cabelo - e a iden-tidade negra que ele representava.

Para começar o trabalho, Nádiaapresentou para seus alunos o livro“Menina Bonita do Laço de Fita”, de

Ana Maria Machado. O livro conta ahistória de uma menina negra queencanta seu vizinho coelho com abeleza de sua pele e cabelos. No fimdo livro, a menina se pergunta deonde ela veio - uma deixa que Nádiaaproveitou para mostrar às criançaso continente africano, suas carac-terísticas, e o porquê de uma peleescura ser tão importante paraagüentar o calor africano.

Ao longo do ano, muitas outrasatividades. As crianças leram “Ru-fina”, o livro de Marciano Vasques

que mostra uma intrépida fada ma-drinha com uma cor um pouco dife-rente das outras. Também leram“Ovelha Negra”, sobre as expressõespreconceituosas que usamos semperceber. Assistiram o filme “Vistaminha pele”, uma inversão de papéisem que uma garota branca lida como preconceito de uma escola commaioria negra. E conheceram heróisnegros, como Chico Rei, o escravoque conseguiu libertar centenas deseus irmãos com o ouro que escavouem Minas. E muito trabalho para aprofessora também, que teve queestudar assuntos que não conhecia,como história africana. E a cada livroque as crianças traziam, novas dúvi-das, mais assuntos que nunca haviamsido tratados em sala de aula.Nádiaconseguiu unir a exigência curricularde trabalhar a história da África comum projeto maior, transformandoaquilo que poderia ser uma tarefamecânica em uma missão pessoalpassada para os alunos com respeitoe criatividade. Todo esse trabalhogerou uma bela exposição comdesenhos de máscaras africanas, amontagem de um ABC com palavrasderivadas de línguas do continente,penteados afro. E, certamente, acerteza de que para essas criançasnão existe cabelo ruim.

PROFESSORA DE TAGUATINGA RECEBEPRÊMIO PROFESSORES DO BRASIL

Nádia, ao receber o prêmio das mãos do ministro da Educação

Meta é um orientador para 300 alunos

APOSENTADOS BUSCARÃO SEUS DIREITOS NA JUSTIÇA

Conforme já havíamos alertado, o GDFdeu um “calote” nos aposentados edeixou de fora da regulamentação do

Plano de Carreira a incorporação da GRCe da GASE para os orientadores e para osprofessores que ocuparam cargo fora dasala de aula na escola e nas regionais deensino.

O Sinpro realizará uma reunião comos aposentados no final de fevereiro com o

objetivo de discutir com o nosso departa-mento jurídico a melhor forma de buscarna Justiça esses direitos.

O professor que fizer jus às gratifi-cações deve solicitar a incorporação eguardar o documento em que a Secretariade Educação recusa o pedido, para for-mação de prova. Não aceitaremos calote!O Plano de Carreira é uma lei que deve serrespeitada.

REFORMA ORTOGRÁFICA

Como você pode ver, professor, o Sinpro não fez o jornal Quadro Negro apli-cando as novas regras de ortografia que passaram a vigorar no início do ano.Estamos estudando as novas regras e instalando corretores ortográficos emnossos computadores para que nos próximos informativos possamos usar cor-retamente a nova ortografia.

PERMUTAS ESTÃO NO SITE

Por problemas de espaço, não mais publicaremos as permutas no jornalQuadro Negro. A partir de agora as permutas serão publicadas apenas nosite. Para acessá-las, basta clicar na palavra Permuta nos Canais do Portal,à esquerda da página.

APOSENTADOS

GASE E GRC:

Curso de Informática continuará em 2009

O Sinpro continua a fazer inscriçõespara novas turmas do curso deInformática para aposentados. Éprovável que novas turmas sejam abertas em abril, o que só não ocorrerá se a mobilização de nossacampanha salarial evoluir para um movimento grevista, quando os aposentados deverão se engajar nas atividades convocadas pela categoria.

Formatura dos aposentados no curso deinformática