preocupaÇÃo faf suspende alagoano ......É claro que, diante dos números postos e do que vem...
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R$ 1,00 www.jornaldasalagoas.com.brAlagoas, 17 de março | Ano 1 | Nº 233 | 2020
Arcebispo pede para evitar aglomerações
O arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz, se posicionou quanto ao momento vivido no Brasil e no mundo por conta do coronavírus. Ele pede para que se evite aglomerações nas igrejas e que a comunhão seja entregue na mão do fiel para que se evite contato com a saliva. Página 4
FAF SUSPENDE ALAGOANO; GOVERNO CANCELA EVENTOS E AL REGISTRA 16 CASOS SUSPEITOS DE CORONAVÍRUS
Rodrigo Maia diz que vai acelerar votações no Congresso que tiverem relação com pandemia
PREOCUPAÇÃO
Diante da transmissão sustentada do coronavírus no país, estados estão tomando diversas medidas. No dia de ontem, o go-vernador Renan Filho (MDB) falou com a im-prensa e disse que foram proibidas viagens de membros do Executivo ao estrangeiro,
além de cancelar eventos com mais de 500 pessoas. O número de casos suspeitos che-gou a 16. No Esporte, a Federação Alagoana de Futebol suspendeu o campeonato por 15 dias. O prazo pode ser prorrogado a depen-der de futura avaliação. Páginas 5 e 9
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Democratas), disse - no dia de ontem - que vai articular com os deputados
para dar prioridade a matérias que tiverem como foco as medidas a serem adotadas pelo país para lidar com a pandemia do
coronavírus. Hoje, o Congresso voltará a analisar os vetos presidenciais e projetos do Orçamento Impositivo. Página 12
Renan Filho anunciou novas medidas ontem, inclusive decreto para desonerar álcool em gel e máscaras cirúrgicas
Reprodução
Presidente rebate os críticos: “Não posso viver de psicose”
Peça teatral Negreiros abre projeto Pauta Aberta em Maceió
Página 6 Página 7 Página 10
Ato pró-Bolsonaro reúne multidão pelo país, inclusive, Alagoas
As manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro - ocorridas no domingo passado - refletiram no cenário político. De um lado, o chefe do Executivo mostrou musculatura política. Do outro, houve críticas. Maia e Alcolumbre se sentiram incomo-dados com a pressão para agilizar ações no Congresso Nacional. Página 12
MANIFESTAÇÃO
V I S I T E N O S S O S I T E : W W W . J O R N A L D A S A LA G O A S . C O M . B R
Crise: mercado volta a reduzir expectativa de crescimento
OPINIÃO
CENA URBANA
202017 de março2
O lixo está tomando conta da pista na Avenida Gene-ral Alcir Werner, no Trapi-che da Barra. De um lado moradores que descartam os rejeitos fora dos contêi-neres e do outro a ineficá-cia do poder público no que tange à limpeza urbana.
Jorge Luiz Borges TinocoDiretor-Executivo
Luis VilarEditor-Geral
Benedito LimaDiagramação
Para anunciar(82) 3028.2050
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Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
EXPEDIENTE
É claro que, diante dos números postos e do
que vem ocorrendo no mundo, é necessário
ter precauções em relação ao coronavírus. Não
basta apenas os cuidados pessoais adotados
por cada um, o que é de extrema importância,
evidentemente. Os governos federal, esta-
dual e municipal precisam adotar medidas,
sobretudo no que diz respeito ao que envolve
aglomeração de pessoas, já que foi registrada a
transmissão sustentada no país.
Porém, uma coisa são as medidas que vão sen-
do tomadas conforme a realidade se impõe e
a outra é cair em uma histeria que só leve mais
pânico ainda à população. É preciso trabalhar
com os dados que a realidade oferece. Nesse
sentido, o Brasil não vivencia a situação da Itália,
por exemplo. Por aqui, o número de casos ain-
da é controlado e em um nível bem diferente
de outros países quando se coloca a quantidade
de habitantes da nação.
Então, é preciso ir agindo no passo a passo, com
protocolos a serem seguidos e com transpa-
rência por parte dos órgãos oficiais, como até
aqui tem sido tanto em relação ao Ministério
da Saúde, como – no âmbito local – na pasta
da Secretaria de Saúde. Aliás, nesse sentido, o
governador Renan Filho (MDB) e o secretário
E D I T O R I A L
Evitar a histeria é importante! Alexandre Ayres estão sendo sóbrios nas falas,
sem alarde, mas com a seriedade que o tema
merece.
Essa preocupação fez o governo agir em relação aos cruzeiros que chegaram em Maceió e – agora – de forma mais recente, evitar viagens oficiais ao estrangeiro ou outras localidades, pelo menos nesse momento, bem como evitar eventos com mais de 500 pessoas. Acerta e dá o exemplo. Mas, lembremos: trata-se de uma precaução para que não se aumente o nível de contágio e que esse possa ser controlado, sobretudo pensando na estrutura da saúde pública.
Nesse sentido, façamos também a nossa parte. Sem pânico ou histeria, nos conscientizemos da higienização com mais cuidado, do zelo para conosco e com o próximo, mas não paralisemos a vida diante do medo, estocando comida como se estivéssemos diante de um apocalipse. O de-sespero e a histeria podem contribuir para piorar a situação tanto em relação ao que diz respeito à saúde pública como a economia, reduzindo a pro-dutividade. O bom senso não pode ser mandado para o espaço.
Tenhamos calma, chequemos as informações que nos chegam, como já refletido aqui nesse espaço, para que não sejamos tomados pela irrealidade.
EM ALTAO trabalho que o mi-nistro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, faz, diante da crise, merece sim elogios. O ministro tem sido cal-mo, transparente e se baseado em dados técnicos. O lado bom de ter um ministério com visão técnica.
As manifestações do dia 15 são legítimas e não podemos cair na
histeria e no pânico por conta do corona-vírus. Agora, errou o
presidente Jair Bol-sonaro ao ir abraçar
manifestantes, so-bretudo depois de ter feito exames e ainda
ter que passar por outros. O presidente
deu um mal exemplo.
EM BAIXA
Erik
a M
essi
as
17 de março 32020
COLUNA DA REDAÇÃO
O surto de coronavírus (Covid-19) traz imensas preocupações quanto à saúde da humanidade como um todo. Isso afeta gravemente a mobilidade humana, com países inteiros com restri-ções pesadas sobre a locomoção, medi-das estas que podem ser implementadas em outros países. Da perspectiva jurídica, há diversos temas que ganham relevância nesse momento - qual o limite para o con-trole estatal da circulação de pessoas, questões migratórias, quarentenas, entre outros. Em função dessas restrições, milhares de pessoas estão alterando seus
planos de viagem ou simplesmente os cancelando. São consumidores que adquiriram passagens ou pacotes de viagens para destinos que, agora, se revelam bem menos atraentes ou até mesmo de alto risco, a considerar a idade dos viajantes, já que o coronavírus é particularmente grave em idosos. O que fazer, então, na perspectiva do consumidor que deseja modificar ou cancelar a viagem? É importante verificar que as diferentes empresas de turismo e companhias aéreas possuem regramentos diferentes, por isso é muito relevante verificar o
contrato e condições quando efetuada a compra. A Anac informa que pode haver desistência sem custos em até 24 horas do recebimento do comprovante da passagem, desde que a data da aqui-sição ocorra em até sete dias ou mais de antecedência à viagem. Fora dessa hipótese, que contempla por-ção pequena de casos, o ideal é negociar diretamente com a empresa, que deverá levar em conta a total imprevisão da situação que está ocorrendo e adotar a postura mais benéfica aos consumido-res. Multas e taxas devem ser mitigadas ou afastadas por simples questão de
boa-fé contratual neste momento tão próximo ao caos. Situação diversa diz respeito às empre-sas que unilateralmente estão alterando ou cancelando pacotes e voos. Essa alteração precisa observar os direitos do consumidor, realocando esses passagei-ros em outros voos ou pacotes turísticos sem custos adicionais. A situação é evidentemente extrema, mas a parte vulnerável da relação de consumo não pode ficar desprotegida nesses contra-tos, que sempre poderão ser submetidos ao Poder Judiciário para revisão e averi-guação de possíveis abusividades.
O coronavírus e o consumidor ARTIGO | João Paulo K. Forster*
* É advogado e professor universitário
PSD abrigará DiasO empresário Leonardo Dias – pré-candidato a cadeira de vereador por Maceió – não mais será candidato à Prefeitura Municipal. Não há legenda disponível para formar um bloco de direita que abrigue tam-bém os bolsonaristas. Diante disso, Dias fechou acordo com o PSD do deputado federal Marx Beltrão e disputará uma das vagas da Câmara Municipal de Maceió. Basicamente duas condições foram impostas e Beltrão aceitou: Leonardo Dias quer independência para apoiar quem ele quiser na majoritária, independente da decisão tomada pelo PSD em relação à coligação; e a independência de pautas, pois é um fer-renho crítico ao MDB e ao senador Renan Calheiros (MDB), de quem Marx Beltrão é próximo. Pelas contas do deputado federal, o PSD pode eleger dois ou três vereadores. Mas essa história quem contará são as urnas depois que forem abertas...
ArapiracaEm Arapiraca, as movimentações na disputa pela Prefeitura Municipal opõe dois emedebistas: de um lado o vice-governador Luciano Barbo-sa e, do outro, o deputado estadual Ricardo Nezinho (MDB). Nezinho nega que haja desentendimento, mas os dois querem ser o candidato emedebista na disputa pelo Executivo e isso tem rachado o partido local. Além disso, o senador Rodrigo Cunha (PSDB) estuda a possi-bilidade de não apoiar o atual prefeito, Rogério Teófilo (PSDB), em seu projeto de reeleição. A avaliação é de que os péssimos índices de aprovação de Teófilo o tornam um candidato difícil de ser trabalhado no pleito e o senador tucano não quer perder espaços políticos, pois se projeta para 2022.
Em recente entrevista à imprensa, o deputado fede-ral João Henrique Caldas, o JHC (PSB), fez duras críticas ao ex-chefe do MPE, Alfredo Gaspar de Mendonça, ainda que sem citar nomes. JHC destacou que estão despre-zando a população diante dos acordos políticos fechados, como se ampla aliança de partidos – incluindo o MDB do governador Renan Filho – fosse o suficiente para eleger Gaspar de Mendonça. JHC tem certa razão, mas ele só esquece de dizer que esse é um
movimento natural da polí-tica, pois – lá atrás – ao buscar o apoio do PSDB, JHC gostaria de ter o leque de alianças que orbitava em torno do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (sem partido), caso esse não tivesse deixando o “ninho tucano”. Se buscar um leque de alian-ças amplos para a sustentação de uma candidatura, eis um caso onde temos o sujo falado do mal lavado. Afinal, qual pré-candidato desprezaria apoio de legendas que agrega-riam em tempo de televisão e maior capilaridade elei-
toral. É claro que não é isso que ganha uma eleição, mas ajuda. Tanto ajuda que todos buscam a formação de bloco. JHC busca formar o bloco dele, o que é legítimo. Assim como o deputado estadual Davi Davino (PP) também busca formar e ampliar o seu. Claro que, depois de tentar as alianças e firmá-la com poucos partidos, se torna fácil fazer do outro alvo. Mas, é pura retórica vazia. Qualquer candidato gostaria de enfren-tar uma eleição com ampla base, ora bolas.
A fala de JHCAlfinetadas eleitorais
FRASE DO DIA | presidente da República, Jair Bolsonaro
“Eu estou sozinho em um canto e apanhando de todo mundo”, ao avaliar sua posição diante da disputa entre o
Executivo e o Legislativo federal, logo após as manifestações de rua ocorridas no dia 15 de março, durante uma entrevista à Rádio Bandeirantes
“ “
Os moradores alegam que alguns pontos do acordo não atendem às
necessidades das pessoas que foram atingidas e tiveram que deixar suas casas e suas empre-sas.
Moradores do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto alegam que saíram dos imóveis sem saber, sequer, o valor e até o momento não sabem quanto nem quando serão ressarcidas.
Já outros moradores ques-tionam que, o valor do aluguel social deve ser “compatível” com o nível de imóvel que
foram obrigados a abandonar. Segundo uma moradora que preferiu não se identificar, ela teve que se desfazer de muitos objetos pois não cabiam na nova moradia.
“Eu vivia em uma casa com quatro quartos, duas salas, tinha uma área verde grande e agora, com o aluguel social tive que me apertar num apartamento minúsculo e muitos móveis foram deixados na casa porque sequer cabem”, disse ele.
Lamentando a situação a moradora ainda comentou que, “não é só o valor material, mas muitos objetos tinham e tem
valor sentimental, no entanto tive que escolher entre viver com o mínimo de conforto ou deixar para trás parte de minhas memórias e isso nenhum dinheiro vai recuperar”, lamen-tou ela.
Amanhã, equipes do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Ministério de Minas e Energia estarão de volta a Maceió para tratar das rachaduras que atingiram os bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto e na pauta há a possibilidade de apresenta-rem um novo mapa de risco da região.
MACEIÓ
Moradores dos bairros atingidos pelas rachaduras questionam Termo de Acordo
A Igreja Batista, localizada no bairro
do Pinheiro, será o ponto de encontro
dos moradores e movimentos populares dos
bairros atingidos pelas fissuras. Hoje à
noite os moradores e empresários
debaterão sobre ajustes no Termo
de Acordo firmado entre a Braskem e
o Ministério Público Federal e Estadual.
202017 de março4
CASO PINHEIRO | Eles dizem ter saído de imóveis sem sequer saber que valor que irão receber da Braskem
Gabriela FloresRepórter
Após a confirmação pelo Ministério de Saúde de 14 casos suspeitos
de coronavírus em Alagoas e seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde quanto às medidas de segurança para evitar o contá-gio, o arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernan-des, orientou os fiéis para que reforcem os cuidados contra o covid-19.
O metropolita lembra que desde 2009 quando ocorreu o surto de H1N1, anualmente
pede que as pessoas tomem os devidos cuidados pessoais para prevenir doenças e que os idosos estejam em dia com sua vacinação, com a chegada do Inverno, destacou a assessoria de Comunicação.
“Neste momento em que uma nova doença surge, peço aos fiéis e especialmente aos mais velhos, que tenham cuidado, evitem aglomerações, lavem as mãos sempre, usem o álcool em gel quando necessá-rio, e reforcem a alimentação com alimentos que contenham vitamina C para quem está com a imunidade em dia”, relem-brou os cuidados pedidos pelo
Ministério da Saúde.
SEM AGLOMERAÇÕESSobre os cuidados nas
missas, o arcebispo já pediu aos padres que no momento da Comunhão, a Eucaristia fosse entregue na mão para evitar contato com a saliva do fiel e evitar o abraço da paz, “peço também que as pessoas se dividam em grupos para irem às celebrações, evitando aglo-merações nas igrejas. Existem diversos horários de missas, em que os fies podem se dividir”.
O metropolita salientou que todos devem seguir as orienta-ções médicas-sanitárias, emiti-
das pelo Ministério da Saúde, e orientações da CNBB, em Nota emitida no dia 14.de março; em especial nas igrejas, encontros e reuniões. Informou ainda que não há cancelamento de celebrações ou eventos no território Arquidiocesano até a presente data e que a Igreja segue acompanhando os avan-ços, com prudência e sem alarde, do coranavírus.
“Conclamo os fiéis a conti-nuarem em oração pelos irmãos e irmãs atingidos pelo vírus em todo o mundo e nos mantenhamos em estado de atenção total”, finalizou o Arce-bispo.
Arcebispo pede que fiéis evitem ‘aglomerações nas igrejas’
Governo mantém expediente nos órgãos estaduais
São falsas as informações sobre decretos suspen-dendo o expediente de
órgãos públicos estaduais, assim como das redes pública e particular de ensino e do comércio para evitar a propa-gação do novo coronavírus.
“Fake news” como essas têm circulado e gerado dúvi-das e preocupação. O Governo do Estado ressalta que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas para preser-var a saúde dos alagoanos e que o Gabinete de Crise da Situação de Emergência (GCSE) para o combate ao co-ronavírus (Covid-19) se reúne diariamente para avaliar a si-tuação e determinar a adoção de medidas necessárias.
A Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) orienta que a busca por informações sobre a situação do novo coronavírus em Alagoas deve ser feita por meio dos canais oficiais: Agência Alagoas e site da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Igreja Batista do Pinheiro se-
diará reunião moradores e em-
presários das áreas atingidas
Sefaz é um dos órgãos pú-
blicos em funcionamento
Redação
Assessoria
O c o m u n i c a d o f o i feito em entrevista à imprensa concedida
na solenidade de entrega do título de Cidadão Honorário de Alagoas ao secretário de estado da Fazenda, George Santoro, na Assembleia Legis-lativa.
Renan Filho disse que as decisões foram tomadas numa reunião do Grupo de Gerenciamento da Crise do Coronavírus e coletivamente definiram que “os servidores com mais de 60 anos deverão executar suas atividades em home office, implementando o teletrabalho”.
“Estamos tomando uma série de medidas no que concerne a prevenção do Covid-19. Vamos proibir todas as viagens de servido-res públicos alagoanos para o exterior e também para o território nacional. Quem for viajar vai precisar de uma autorização expressa do Gabinete Civil, pois será uma viagem checada com o
nível de prioridade máximo”, explicou o governador.
DECRETOOutro decreto que será
publicado “vai desonerar de impostos álcool em gel e máscaras cirúrgicas para que os cidadãos possam adqui-rir com preços menores e o Procon vai acompanhar a execução desses preços”, comentou o governador.
Outra medida também determina que os eventos
com mais de 500 pessoas também ficam cancelados sejam eles do governo, reli-giosos ou do setor produtivo. “Isso se faz essencial para que a gente preserve a dissi-pação de eventuais pessoas contaminadas com corona-vírus, assim como restringir o público nos jogos de fute-bol e a possível suspensão do campeonato alagoano”.
Após o cancelamento dos passeios para os turistas de um transatlântico na última sexta-
-feira, dia 13, o chefe do execu-tivo estadual informou que restringiu todos os cruzeiros e vai “determinar quarentena para todos os servidores públi-cos que estiveram no exterior recentemente e recomendar para que a iniciativa privada faça o mesmo”.
O governador ressaltou que a suspensão de aulas na rede estadual e rede privada estão sendo avaliadas pela comissão de gerenciamento para tratar sobre o Covid-19.
17 de março 52020
ALAGOAS
Governo cancela eventos com mais de 500 pessoas e proíbe viagens de servidores
CORONAVÍRUS | Decreto vai ainda desonerar impostos sobre o álcool em gel e máscaras cirúrgicas
O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), declarou, no
dia de ontem, que as viagens de servidores
públicos para o exterior e dentro do
território nacional serão proibidas e só
serão permitidas com expressa autorização
do Gabinete Civil.
Gabriela FloresRepórter
Subiu para 16 o número de casos suspei tos de coronavírus em
Alagoas. Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde no domingo informam que até o momento 21 casos foram descartados e um confir-mado.
No país, até a noite de ontem, havia 200 casos de covid-19. De acordo com levantamento do (MS) 1.917 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal são monito-radas por suspeitas de esta-rem infectadas. Nenhuma
morte foi registrada no Brasil desde o início da transmissão da doença.
No No rde s te fo r a m confirmados sete casos da doença sendo dois em Pernambuco e dois na Bahia. Um caso em Alagoas, um em Sergipe e um no Rio Grande do Norte. Já nos estados de Ceará, Piauí e Maranhão, não há registros confirmados da doença.
O caso confirmado em Alagoas foi contatado no último dia 8, pela Fundação Oswaldo Cruz, laborató-
rio de referência nacional, que encaminhou resultado laboratorial detectável para Covid-19 em Alagoas.
O caso confirmado é de um homem, de 42 anos que esteve em viagem à Itália, e está em isolamento domi-ciliar, com quadro de saúde estável.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na quarta-feira da semana passada, pandemia de coro-navírus. O termo é usado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma
região – se espalha por dife-rentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
COLÉGIO PARTICULARConsiderando o aumento
do número de casos suspeitos de coronavírus em Alagoas e as confirmações em todo o país, o diretor geral da escola SEB Maceió cancelou as aulas.
Segundo nota enviada à imprensa, o diretor geral Fernando Leão, defende que a interrupção das atividades atende à “recomendação feita
pela Governo Federal para que instituições, empresas e entidades dos mais variados ramos da sociedade parali-sem as atividades que deman-dem presença de pessoas em locais de aglomeração, espe-cialmente escolas”.
A recomendação que começou nesta segunda-feira, dia 16, segue até o próximo sábado, dia 21.
A escola destacou que “a coordenação pedagógica especificará maiores detalhes sobre a compensação pedagó-gica”. G. F.
Cresce o número de casos suspeitos de coronavírus em Alagoas
Renan Filho informou que vai
determinar quarentena à todos
os servidores que estiveram no
exterior recentemente
Bolsonaro voltou a dizer que não convocou as manifestações reali-
zadas no domingo passado em diversas cidades do Brasil. Ele também falou que cumprimentou populares que participavam dos atos “para demonstrar que está com o povo”.
“Querer colocar a culpa de uma possível expansão do vírus na minha pessoa porque eu vim saudar alguns na frente aqui da presidência da Repú-blica num movimento que não convoquei é querer se ver livre da responsabilidade que é de todos nós”, disse.
O presidente ainda mencio-nou a participação de algumas autoridades num evento em São Paulo em 9 de março para 1,3 mil pessoas. Bolsonaro citou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como um dos participantes do evento e cobrou do entrevista-dor Datena que também ques-tionasse Maia sobre o assunto.
Como o entrevistado seguinte foi Maia, Datena
de fato o questionou sobre a presença no evento em São Paulo. O deputado respon-deu que, naquele momento, a disseminação do coronaví-rus no Brasil não estava tão acentuada. Mencionou que o próprio vice-presidente Hamilton Mourão compare-ceu.
O presidente da Câmara acrescentou que o pedido para que manifestantes repen-sassem sua participação nos atos –feito pelo próprio Bolso-naro– foi feito só em momento posterior ao evento de São Paulo. E, até então, a postura do Ministério da Saúde era
outra.Maia também disse que,
mesmo se fosse o caso, não seria adequado justificar eventuais erros de “hoje” por erros de “ontem”. Ele defen-deu que as autoridades olhem para frente para buscar agen-das que ajudem o país a supe-rar a crise desencadeada pelo avanço do novo coronavírus.
ATRITOA troca de farpas entre o
Executivo e o Legislativo já dura semanas. Além da disputa pelo Orçamento impositivo, há o apoio do governo aos atos que foram realizados neste
domingo. Primeiro, o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) afir-mou que o Congresso “chan-tageava” o Palácio do Planalto.
Depois, Bolsonaro enviou um vídeo que convocava a população para as ruas a partir de sua conta pessoal do What-sApp. Inicialmente, ele negou que tinha feito o disparo pelo aplicativo de mensagens. Em seguida, admitiu ter feito o envio.
Por ocasião da viagem aos Estados Unidos, realizada entre os dias 7 e 10 deste mês, Bolsonaro sugeriu que a popu-lação deveria, sim, ir às ruas. Disse que o protesto era legí-timo.
Os atos tinham pautas c o m o f e c h a m e n t o d o Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal).
O presidente recuou na última quinta-feira feira. Durante transmissão ao vivo pelas redes sociais e por pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, voltou a dizer que as manifestações eram legítimas, mas deviam ser “repensadas” por causa da emergência em saúde pública.
BRASIL/MUNDO
202017 de março6
“Não posso viver de psicose”, afirma Jair Bolsonaro sobre o coronavírus
POLÍTICA | A troca de farpas entre o Executivo e o Legislativo já dura semanas
O presidente Jair Bolsonaro afirmou
ontem, em entrevista à Rádio Bandeirantes,
que “não pode viver em psicose” por
causa do avanço do novo coronavírus
(covid-19) no Brasil e no mundo. De acordo
com ele, a doença é preocupante, mas
está “havendo uma histeria”.
Medidas de emergência não devem suprimir direitos humanos, diz ONU
Um grupo de 18 relato-res e especialistas em direitos humanos da
Organização das Nações Unidas (ONU) pediu aos Estados--Membros que evitem o excesso de medidas de segurança na resposta ao novo coronavírus, o Covid-19.
Em nota publicada ontem, os especialistas afirmam que os poderes de emergência não devem ser usados para reprimir a dissidência.
CRISEO grupo reconhece “a gravi-
dade da atual crise de saúde” e lembra que “o uso de poderes de emergência é permitido pelo direito internacional em resposta a ameaças significati-vas.” Apesar disso, “qualquer resposta de emergência deve ser proporcional, necessária e não-discriminatória.”
O apelo endossa a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que pediu recentemente para se colocar os direitos humanos no centro da
resposta ao coronavírus.
DIREITO INTERNACIONALO direito internacional tem
orientações claras sobre decla-rações de estados de emer-gência, por razões de saúde ou segurança.
O uso destes poderes deve ser declarado, publicamente, e notificado aos órgãos relevantes sempre que os direitos funda-mentais, como movimento e associação, forem limitados de forma significativa.
Os especialistas dizem que
a situação “não deve ser usada para atingir grupos, minorias ou indivíduos.” Também não deve servir de cobertura para ações repressivas nem para silenciar o trabalho dos defensores dos direitos humanos.
RISCOO grupo afirma que existe o
risco de Estados e instituições de segurança usarem estes poderes como um atalho, criando liga-ções com os sistemas legais e políticos.
Para evitar essa situação, “as restrições devem ser implemen-
tadas de forma única e devem ser o meio menos invasivo de se proteger a saúde pública.”
Nos países onde o surto já está diminuindo, as autorida-des devem tentar voltar à vida normal e evitar o uso destes poderes para controlar, indefini-damente, a vida das populações.
Por fim, os especialistas encorajam “os Estados a perma-necerem firmes na manutenção de uma abordagem com base nos direitos humanos para faci-litar o surgimento de sociedades saudáveis com Estado de Direito e direitos humanos protegidos.”
ONU News
Maurício FerroPoder 360
Bolsonaro chegou a dizer que as manifestações deveriam ser repensadas
O governo federal vai propor três mudanças no empréstimo consig-
nado de aposentados e pensio-nistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como medida de enfrentamento dos efeitos econômicos da epidemia de coronavírus no país. A infor-mação é do secretário Especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco.
De acordo com o secretário, o Conselho Nacional de Previ-dência fez uma reunião para discutir a redução do teto dos juros e a ampliação do prazo dos empréstimos consigna-dos. “Estamos fechando qual
seria o patamar do juro e do prazo”, disse Bianco, ao chegar ao Ministério da Economia, em Brasília.
Atualmente, a taxa de juros não pode ser superior a 2,08% ao mês e deve expressar o custo efetivo do empréstimo. Cada beneficiário pode ter, no máximo, nove contratos ativos, e o número de prestações deve ser de até 72 parcelas mensais e sucessivas.
CORONAVÍRUSOutra medida para comba-
ter os efeitos econômicos da Covid-19, que deve vir por meio de projeto de lei, é a ampliação da margem consignável, ou seja,
da fatia do salário que pode ser comprometida com o emprés-timo. Hoje a margem é de 30%. “Essa medida vai permitir que [o aposentado ou pensionista] não se endivide com outros [empréstimos] com juros maiores, e faz com que ele possa tomar empréstimos com juros mais baixos”, explicou Bianco.
Segundo o secretário, o projeto deve ser enviado entre hoje ao Congresso Nacional.
Os idosos e pacientes de doenças crônicas que fazem parte do grupo que mais causa preocupação com a pandemia da Covid-19. A baixa imuni-dade os deixa mais vulnerá-veis à ação do coronavírus e a
complicações decorrentes dele, como síndromes respiratórias agudas graves.
De acordo com o último
boletim do Ministério da Saúde, o Brasil tem 200 casos confir-mados da doença e 1.913 em investigação. A. V.
O boletim semanal do BC traz as projeções de instituições financeiras
para os principais indicadores econômicos nos próximos anos. As previsões do mercado para o PIB de 2021, 2022 e 2023 continuam em 2,50%.
Já a cotação do dólar deve fechar o ano em R$ 4,35. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana continue no patamar alto e encerre o ano em R$ 4,20.
INFLAÇÃOAs instituições financeiras
consultadas pelo BC também reduziram a previsão para a inflação de 2020. A proje-ção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – caiu de 3,20% para 3,10%.
Para 2021, a estimativa de inflação também foi reduzida, de 3,75% para 3,65%. A previ-são para os anos seguintes, 2022 e 2023, não teve altera-ções e permanece em 3,50%.
A projeção para 2020 está
abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perse-guida pelo BC. A meta, defi-nida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%.
SELICPara alcançar a meta de
inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic,
estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic seja reduzida para 3,75% ao ano até o fim de 2020.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimu-lando a atividade econômica.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo
é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimu-lam a poupança. A manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações ante-riores suficientes para atingir a meta de inflação.
Para 2021, a expectativa é que a taxa básica suba para 5,25% ao ano. Para 2022 e 2023, as instituições estimam que a Selic termine os períodos em 6% ao ano e 6,25 ao ano, respectivamente.
17 de março 72020
ECONOMIA
Mercado financeiro reduz estimativa de crescimento da economia em 2020
CRISE | Expansão do Produto Interno Bruto caiu de 1,99% para 1,68%; cotação do dólar é prevista em R$ 4,35
Pela quinta semana seguida, instituições
financeiras consultadas pelo
Banco central (BC) reduziram a estimativa de crescimento da
economia este ano. De acordo com o boletim Focus, a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB)
– a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país – caiu de 1,99% para
1,68% em 2020.
Andreia VerdélioAgência Brasil
Bianco diz que medida vai permitir que aposentados não se endividem
Governo estuda redução dos juros e aumento do prazo do consignado
Previsão do PIB no Brasil cai
pela quinta vez consecutiva,
de acordo com o Boleitm
Focus de ontem
A editora Record relançou – em volume único – o livro Memórias do Cárcere do escritor alagoano Graci-liano Ramos. Em que pese minhas concepções políticas serem o oposto das de Graciliano Ramos, sou um admirador profundo de sua obra.
Primeiro: a clareza do estilo. Ramos segue o que ele mesmo pregava: palavra foi feita para dizer e não para enfeitar. Ele coloca abaixo os intelectualismos e floreios desne-cessários, tornando-se cirúrgico na narrativa e na busca por expressar a realidade por meio de perso-nagens tão complexos quanto críveis, como é o caso de Vidas Secas e Angústia (esse último com muitos traços biográficos devido a função que ocupava no governo de Osman Loureiro em Alagoas).
Em minha humilde opinião, conhecer a obra de Graciliano Ramos é fundamental. Trata--se de um escritor que, mesmo diante de suas convicções anticapitalistas e ateias, o que o fez flertar com o comunismo e com ideias de esquerda, nunca foi um homem de tribalismos e nunca submeteu a sua pena ao que não fossem as suas próprias visões, razão pela qual era sincero. Essa sinceridade dolo-rosa aflora em Memórias do Cárcere, sobretudo quando afirma ao leitor que se deixa guiar pelas memórias poste-riores na exposição dos tipos ali presentes.
A obra de Ramos não deixa de soar datada, mas também não deixa de ter seus aspectos atemporais em reflexões que servem a qualquer um ao olhar para um estamento estatal e seus amplos poderes. Não por acaso, em Memórias do Cárcere diz Graciliano Ramos que se forem buscar em seus pensamentos e ideias algo que possa ser uma obra, muito provavelmente encontrarão motivos para condená-lo, denunciando assim o perigo de um Estado – seja ele qual for – começar a adotar o discurso de criminalizar ideias ou, em nome de um suposto bem, começar a fazer a censura prévia.
Estranha-me – evidentemente – Ramos não perce-ber isso nas ideologias com as quais, de uma forma ou de outra, acabou flertando.
Porém, isso não tira a verdade do dito: o perigo de um grupo se achar o dono do bom-senso e de determinar, por meio de um conjunto de leis, o que pode ou não ser defendido. Estaremos a um passo da “crimidéia” descrita
por George Orwell em seu maravilhoso 1984.
É evidente que ideias possuem conse-quências, mas nem isso é motivo para a censura prévia em qualquer debate. Democracia se faz de lados e não de lado. É a existência do contraditório, do conflito no campo das ideias, do debate público, que torna pulsante uma democracia. No dia em que não houver esse conflito, é porque a democracia foi embora.
O discurso hegemônico demais é, portanto, uma coisa perigosa. Em pouco tempo, surgem os que se encantam por si mesmo, pela sua própria suposta geniali-dade e pelas falsas certezas de uma ideologia que oferece uma cosmovisão que despreza a complexidade humana. Aliás,
em Conflito de Visões, o americano Thomas Sowell mostra isso muito bem.
Memórias do Cárcere é, dessa forma, um verdadeiro relato de repressão injustificada que, em alguns momen-tos, nos lembra O Processo de Franz Kafka, mesmo que sejam estilos tão diferentes. Por isso, reitero, a indicação da leitura dessa obra.
Em um ponto de seu escrito, Ramos também alerta para um fato interessante que é uma crítica ao, em tese, próprio grupo que pertence: denunciar os considera-dos inimigos com mentiras, calúnias e difamações é um descompromisso com a verdade que tem um preço: o descrédito do denunciante. Assim, quando esse precisar falar a verdade ninguém mais acreditará nele.
O recado de Ramos serve muito para que a imprensa – de forma geral, independente de posições previamente assumidas – faça uma autocrítica. Negar que a credibi-lidade da imprensa se encontra abalada é negar que há um elefante no meio da sala. Antes de qualquer reação histérica, é preciso que avaliemos os nossos próprios atos. Então, dessa forma, sabermos se as críticas e análi-ses que fazemos se dão na busca pela verdade ou presas a algum ranço ideológico que caracteriza o objeto da análise como um inimigo a ser abatido.
GERAL
202017 de março8
COLUNA DO VILAR - por Luís Vilar
Literatura
Debate públicoIsso vale para todos que se colocam no debate público e vale a todo momento. Gra-ciliano Ramos travava essa autocrítica, in-clusive, quando sob a ameaça da demissão do cargo público que ocupava em função de uma perseguição política. Assim, analisava as posições – por exemplo – do governador da época, Osman Loureiro, e dos colegas de trabalho. Dessa forma, batia no Estado burocrático. Concordar com discordar de Ramos em suas exposições é outra história. O leitor é livre para isso e tem que ser…Afinal, muitos temem a discordância com grandes medalhões. Porém, é preciso en-tender a importância do ceticismo ao longo da História. Vejamos A República de Platão. No Livro II dessa obra, Sócrates – por meio dos diálogos platônicos – ousa criticar a forma como as obras de Homero eram usadas para a construção de um imaginário de Justiça e de relação com as divindades e moralidades na educação das crianças. Naquele momento, quem era Sócrates? Ninguém. Apenas um andarilho a pensar e interrogar o que estava posto por sofistas e grandes intelectuais. Quem era Homero? O grande e consagrado poeta já com extrema influência no pensamento da época.As indagações de Sócrates – por meio de um método de investigação filosófica – as-socia a moralidade à divindade como nunca antes foi feito, sendo a base da filosofia de Platão e mais tarde de Santo Agostinho para definir o Bem vindo de Deus e colocar o Mal como a ausência de Deus, pois Sócra-tes – ao entender a divindade como uma perfeição – colocava que as reflexões a par-tir de Homero não poderiam fazer sentido, pois aos deuses não caberiam tantas mu-danças sobre seus próprios pensamentos e ações uma vez que eram o mais elevado.Percebam, caro (a) leitor (a), como a literatura nos leva por caminhos maravi-lhosos que nos permitem criar o diálogo entre obras e entre escritores que sequer se encontraram na cronologia do tempo, mas conseguem chegar a nós em uma mesma prateleira na estante de nossas casas ou das livrarias.É, a literatura nos faz mais forte.Não passem pela vida sem essas lentes lite-rárias que ampliam e muito a forma como vemos o mundo. Como nos lembra Goethe, é urgente ter paciência. Então, nada mais belo do que – em nosso ócio – cultivarmos o jardim das experiências literárias. Assim saberemos diferenciar a potência da efême-ra flor da natureza...da beleza inodora das flores de plástico que tentam imitar o que realmente é belo, mas no fim são falsas...
Memórias do Cárcere: a obra relançada que nos permite diálogos com linhas e entrelinhas
ESPORTES
17 de março 92020
Antes da decisão da FAF, técnicos de ASA,
CRB e CSA são favoráveis à paralisação
por Marcelo Alves
Portando, perante o cenário que se f o r m a v a , e
me s mo com a consulta feita à Secretaria Esta-dual de Saúde (Sesau), que contabilizava, até domingo passado, 16 casos suspeitos de coronavírus e um confirmado, a FAF resolveu mudar de decisão e cancelou os jogos por tempo indeterminado.
Para aprofundar o debate sobre coronavírus e futebol, a reportagem do Jornal das Alagoas traz, hoje, a opinião dos técnicos das três principais forças do futebol alagoano: ASA, CRB e CSA, bem como conversou com o presidente do Sindicato de Atletas Profis-sionais do Estado de Alagoas (SAPFEAL), Jorge Henrique Pereira Borçato. Houve ainda o contato com o Ministério Público Estadual, através da assessoria de comunicação do órgão, para saber a opinião da Promotoria de Justiça do Juizado do Torcedor sobre o tema, mas não foi obtido o retorno da resposta. Os conta-tos foram feitos antes da nota oficial da FAF dando conta da paralisação. A opinião dos trei-nadores foi unânime: paralisa-ção.
Para o técnico Lorival Santos, do ASA, a medida mais sensata e responsável seria a paralisação para que todos os envolvidos no futebol, inclu-sive, os jogadores estejam segu-ros para evitar a propagação do vírus. De acordo com o treina-dor Alvinegro, a realização de jogos com portões fechados ainda seria um risco para os atletas devido ao contato físico durante a partida.
Na mesma linha de raciocínio, o técnico Marcelo Cabo, do CRB, disse que a melhor tática era a da paralisação total, a nível mundial, como já adotada por algumas confederações e entidades. Para ele, há também riscos de contaminação em parti-das sem público. O treina-dor regatiano sugeriu que a suspensão é, no momento, a melhor medida para minimi-zar aglutinação de pessoas e a possível proliferação do vírus.
C o n f o r m e E d u a rd o Baptista, na coletiva de domingo passado após vitó-ria sobre o Freipaulistano, a atitude mais viável seria com o intuito de preservar a vida dos personagens envolvidos no futebol. O treinador azulino até sugeriu que as medidas deveriam ser tomadas acima de qual-quer interesse comercial.
O pre s ide nte do SAPFEAL, Jorge Borçato, disse que como represen-tante dos atletas profis-sionais apoiaria qualquer decisão da FAF, mas a sua opinião era de que paralisasse o Estadual.
Ascom/FAF
Reprodução
Ascom/CRB
Ascom/CSA
Em menos de 24 horas, a Federação
Alagoana de Futebol (FAF) resolveu voltar
atrás e, ontem à tarde, decidiu
não colocar os times em campo no Campeonato
Alagoano e enfrentar a pandemia do
coronavírus nos estádios. A FAF optou
por paralisação do Estadual por 15 dias,
com possibilidade de prorrogação do prazo. A discussão
acerca da suspensão ou não por conta do
COVID-19 ganhou força após a
declaração do técnico Eduardo Baptista,
em coletiva depois da vitória do CSA sobre
o Freipaulistano (4 x 0), pela Copa
do Nordeste, no domingo passado.
Ao ser indagado pelo repórter Thiago
Omena, da rádio CBN, o treinador
azulino alertou sobre o risco da
propagação do vírus com a continuidade
dos jogos. E, na manhã de ontem, o tema ganhou força
quando o governador Renan Filho disse,
em entrevista à imprensa, que as
partidas poderiam ser suspensas,
temporariamente, ou deveriam ocorrer sem
público.
FAF | resolve seguir a mesma decisão tomada pela CBF e paralisa o Alagoano por 15 dias, com possibilidade de prorrogação do prazo
DECISÃO:Futebol x Coronavírus
CULTURA
202017 de março10
ESPETÁCULO | Cia Alagoana LaCasa leva para o palco do Arte Pajuçara os temas escravidão e abolição
SERVIÇO:
Centro Cultural Arte Pajuçara
Dia: 17 de março (hoje)Horário: 20hIngressos: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)Informações e ingressos antecipados: (82) 99930-9866
O projeto Pauta Aberta é uma realização do Centro Cultural Arte
Pajuçara e Fundação Munici-pal de Ação Cultural (FMAC).
Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Estu-dantes, professores e pessoas a partir de 60 anos pagam meia--entrada mediante comprova-ção.
O ESPETÁCULO O que aconteceu com os
libertos após 13 de maio de 1888? O que o Brasil fez com eles? Assunto ainda atual no século 21, a Companhia Artís-tica LaCasa traz em Negreiros o por que, ainda nos dias de hoje, é preciso abordar essa questão. É necessário falar sobre ser negro em um país de maioria negra, mas de mino-rias negras. A política brasi-leira do século 19, época da Lei da Abolição no país, não é tão diferente da atual.
Preconceito, persegui-ção, esquecimento. A relação opressor e oprimido é colo-cada em cena. Mágoas, lutas, superação e enfrentamento
p a r a a c o n s -t r u ç ã o de um ser h u m a n o m e l h o r , mais respei-tado e reco-nhecido.
Com Negrei-ros, a Cia alago-ana LaCasa aborda a questão da abolição em nosso país e coloca no palco o quanto ainda é difícil, na prática, as palavras CIDADÃO, RESPEITO e SER HUMANO.
O texto é do jornalista e ator Abides Oliveira, que assina a direção com Fátima Farias. A direção musical é do compositor e músico Gama Júnior, figurino e cenário da socióloga e atriz Ane Oliva, desenho de luz de Fátima Farias, figurino e orientação artística cena “Àfrica” de Nani Moreno, música e preparação maculule de Rodrigo Pedrosa, tradução e orientação yoruba de Jorge Riba, arte de Abides
O espetáculo da Cia Alagoana LaCasa,
que aborda os temas escravidão e abolição,
será apresentado hoje, às 20h, no
Centro Cultural Arte Pajuçara
A peça teatral Negreiros abre
o projeto Pauta Aberta, no teatro
do Centro Cultural Arte Pajuçara, na
Pajuçara.
Assessoria
Leitura solidária do Jornal das Alagoas
O Jornal das Alagoas, em parceria com o Maceió Shopping, está promovendo uma campanha para ajudar diversas instituições de caridade. Adquira o exemplar do nosso jornal em uma das máquinas autônomas. Toda a receita gerada por essas
máquinas será recolhida, de forma direta, pelas instituições parceiras. Participe conosco dessa leitura solidária. Duas máquinas autônomas foram instaladas nas entradas princi-pais do Maceió Shopping e atenderão as instituições Amor 21 e Deus Proverá. Uma máqui-na foi instalada no Lopana e atenderá a Casa de Ranquines. Em breve, mais três máquinas serão instaladas em parceria com a Apala, O Instituto Manda Ver e o Lar São Domingos. As instituições agradecem o seu apoio.
Peça teatral Negreiros abre o projeto Pauta Aberta
Oliveira e fotos de Bero.
O ator e músico Gi Silva forma o elenco com Abides Oliveira. A música
“Leve Brisa”, de autoria de Gi Silva, faz parte da trilha musi-cal do espetáculo.
A peça Negreiros tem apoio cultural da Clínica Bene-fisio, Namastê Produções e Instituto Eu Mundaú.
Foi assim que Mariana Rios respondeu quando foi questionada sobre a ausência de famosas em sua despedida de solteira.
A atriz reuniu amigas de infância e primas para dias de festa e cumplicidade na Casa Martha Medeiros em São Miguel dos Milagres.
Os estrelados Mamá Omena, Rodrigão Barbosa, Tatiana Palmeira, Wander-son Medeiros e Estúdio Jr Lima, fizeram parte do time que realizou todos os desejos de Mariana. Até o de virar sereia por um dia.
“Eu não quero estar ao lado de quem tem mais segui-dores no Instagram. Eu não quero ter em minha vida quem busca somente isso também. A minha única preo-cupação é ser feliz. Em poder ser “eu” sem ser julgada”. MR.
Parabéns, Mariana!
Sereiando
As amigas e empresárias, Sandy Farias e Andréa Pessôa, estão comemo-rando 4 anos da Le Brulé. A receita do sucesso tem amizade e vontade de to-car o coração das pessoas com receitas recheadas de amor.
4 anos doces
Amanda Vilela e Marcelio Malta estão comemoran-do 6 anos de casados. Inspirados no nome dado às bodas, eles seguem espalhando o perfume do amor, vivendo, apren-dendo e amadurecendo juntos.
Bodas de perfume
17 de março 112020
PRÉ-WEDDING l Faltam menos de 30 dias para o casamento oficial de Clara Teixeira e Rey Costa. O pré-we-dding foi registrado na fazenda Flor do Vale, com direito a vestido assinado pelo estilista e amigo da noiva Paulo Lemer.
DE VERDADE l Moema Ferro deu início a mais uma Se-mana Detox do Manga Verde. A nutricionista recebeu a turma e já esclareceu que o melhor jeito de cuidar da imunidade é comer ´comida de verdade`, cuidar do estresse e dormir bem.
SOCIEDADE ESPALHAÍ - por Elzlane Santos
@studioweddingbr
Em alta
ESTUDANDOAs psicólogas Janine Ferro e Ceiça Monteiro se encon-traram no último final de semana em Recife (PE), onde cumpriram o sétimo módulo da formação em Terapia do Esquema.
CACHOEIRACarlinhos Maia e Lucas Gui-marães visitaram o apresen-tador Rodrigo Faro. A foto, que parece ser numa reserva florestal, na verdade é na piscina da “humilde residência de Faro”.
ESTÁ FEITOBel Alvi e Glebe Duarte atuali-zaram as definições de empre-endedorismo, e o que era um projeto, agora já é realidade. A primeira turma de Imersão em Marketing Digital de Maceió está formada.
“Na vida, só importa o que é de verdade”
202017 de março12
MS confirma 234 casos do novo coronavírus
Os casos con-firmados do novo coronaví-
rus alcançaram 234 ontem segundo a atualização divulgada pelo Ministério da Saúde. É mais do que o dobro de três dias atrás. Na sexta-feira (13), o total passou de 100 pela primeira vez e agora já ultrapas-sa os 200. Ontem, o balanço registrou 200 pessoas infectadas.
São Paulo é res-ponsável por mais da metade dos casos (152). Em seguida vêm Rio de Janeiro (31), Distrito Federal (13), Santa Catarina e Paraná (6) e Minas Gerais (5).
Já os casos sus-peitos ultrapassaram os 2 mil, chegando a 2.064. São Paulo lide-ra com 1.177, seguido por Rio Grande do Sul (119), Santa Catarina (109), Distrito Federal (107) e Rio de Janeiro (96).
Os descartados ficaram em 1.624. Ain-da não foram notifica-das mortes em razão da doença. Já não há nenhuma unidade da federação sem casos confirmados ou sus-peitos, o que existia até semana passada (Roraima e Amapá).
Jonas ValenteAgência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse
que só vai chamar as votações em plenário das matérias que tiverem acordo para aprovação e forem relacionadas a pandemia do coronavírus. Em áudio divul-gado com grupos de deputados no Whatsapp, Maia afirmou que não vai realizar sessões "com 300 deputados" e orientou os parla-mentares a reduzir o número de assessores nos gabinetes.
“Amigos e amigas, é o seguinte: claro que a gente não vai fazer sessão com 300 deputa-dos no plenário. A gente só vai ao plenário se tiver acordo pra votar matérias relacionadas ao coro-navírus, mas acho que o parla-
mento não estar funcionando neste momento onde ele é parte da solução, acho que a sociedade vai ficar mais assustada ainda, mas claro que não é pra ficar todo mundo no plenário”, disse Maia.
Maia considera importante a presença dos parlamentares em Brasília para facilitar a construção de acordos para votar os eventu-ais projetos e que "não é pra todo mundo ficar no plenário".
"Cada um pode ficar no seu apartamento, no seu hotel, na sua casa, no seu gabinete, reduzir o número de assessores no gabi-nete, deixando no máximo um", disse. "Quem puder estar em Brasília, ajuda a gente construir projetos em relação [ao coronaví-rus], construir acordo. O governo mandou um projeto do coronaví-rus, é difícil alguem ficar contra, a gente constrói o acordo antes por
whatsapp, duas três pessoas por telefone".
Na semana passada, Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciaram uma série de medidas para restringir o número de pessoas circulando nas dependências do Congresso Nacional.
ORÇAMENTO IMPOSITIVOHoje, está prevista uma
sessão do Congresso Nacio-nal para analisar nove vetos presidenciais e três projetos de lei (PLNs) que regulamen-tam o orçamento impositivo. Os congressistas vão analisar os projetos que fazem parte do acordo em torno da execução obrigatória das emendas do rela-tor-geral do Orçamento, no valor de mais de R$ 30 bilhões.
Na sexta-feira, o governo encaminhou ao Congresso medida provisória para liberar R$ 5,099 bilhões do orçamento para ações de saúde voltadas para combater o avanço do coronaví-rus no Brasil. A expectativa é que o dinheiro sairá da fatia de R$ 19 bilhões que devem ficar com o Congresso após a aprovação dos PLNs.
Na sequência, está marcada uma sessão da Câmara para votar diferentes matérias, entre elas, medidas provisórias penden-tes de análise, como a que torna permanente o pagamento do décimo terceiro salário para os beneficiários do Bolsa Família (MP898/19). A expectativa é que também entrem na pauta projetos de lei sobre coronavírus que o governo federal deve enca-minhar.
Maia: votaremos em plenário matérias sobre o coronavírus
Diante disso, os desdo-bramentos já se deram no dia de ontem, com o
presidente do Congresso Nacio-nal, Davi Alcolumbre, e o presi-dente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia – ambos do Demo-cratas – criticando o Executivo, mas, ao mesmo tempo, falando em acelerar as agendas de vota-ção no parlamento.
Bolsonaro destacou que não viu as manifestações como uma afronta ao Congresso Nacional, mas sim a alguns políticos em específicos. O presidente propôs – já nessa semana – uma reunião com Maia e Alcolumbre para tentar alinhar as agendas e dar mais celeridade para os projetos do Executivo, como por exem-plo, as reformas que ainda serão encaminhadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
As manifestações ainda devem ecoar durante a semana.
ALAGOASNa capital alagoana, a esti-
mativa dos organizadores é que cinco mil pessoas tenham parti-cipado da manifestação, na orla marítima.
Além das roupas nas cores verde e amarelo e das bandeiras do Brasil, várias pessoas usaram também máscaras de prote-ção, algumas estilizadas com as
duas cores, e o álcool gel dividiu espaço com bonés, garrafas de água, cartazes e protetores sola-res.
Ao som principalmente do Hino Nacional, a manifesta-ção se concentrou no Corre-dor Vera Arruda, na Jatiúca, seguindo até as imediações do Alagoinhas, na Pajuçara, como já é de costume.
ÚLTIMAS
Movimento pró-Bolsonaro demonstrou a força do presidente e gerou reações
MOBILIZAÇÃO | Em Maceió, manifestantes tomaram as ruas com críticas ferrenhas ao Congresso Nacional
Apesar das recomendações
em relação às aglomerações por
conta do coronavírus, manifestantes
foram às ruas, no domingo passado,
para demonstrar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem
partido). O presidente “rompeu”, inclusive, o isolamento para falar
com as pessoas em Brasília (DF).
Agência Brasil
Da Redação(Com informações do CadaMinuto)
Cerca de 5 mil manifestantes
participaram de ato na orla de
Maceió, dizem organizadores