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CIDADES 3 O DIÁRIO MOGI DAS CRUZES, SÁBADO, 28 DE NOVEMBRO DE 2015 PREOCUPAÇÃO Na Região do Alto Tietê, das 5 mil chamadas diárias recebidas pelo Copom, 650 correspondem a falsas comunicações Trotes prejudicam trabalho da PM ARQUIVO Cadeiraço começa às 9 horas DEFICIENTES A Coordenadoria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (Copede) da Prefei- tura de Mogi realiza hoje o 5º Cadeiraço do Dia “D”, em co- memoração ao Dia Internacio- nal da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro. A concentração será às 9 horas, na Praça Coronel Almeida, no Centro. De lá, o grupo seguirá pelas ruas Dr. Paulo Frontin, Dr. Deodato Wertheimer, Professor Flaviano de Melo e Presidente Rodrigues Alves, chegando à Praça Monsenhor Roque Pinto de Barros, em frente ao Centro Cultural. CICLISTAS Pedala Mogi terá novidades amanhã Acontece amanhã mais uma edição do projeto Pedala Mogi. Das 8 às 13 horas, a ciclofaixa de lazer que passa por diversas ruas da região central da Cidade estará à disposição da população para passear de bicicleta, praticar ati- vidades físicas e conhecer de per- to locais de destaque do Centro. Para este final de semana, os par- ticipantes terão uma novidade. O Centro Cultural de Mogi das Cru- zes, que fica na Praça Monsenhor Roque Pinto de Barros, passará a ter horário estendido em todos os domingos. O espaço ficará aberto à visitação das 9 às 14 horas. O ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), esteve ontem na Univer- sidade Braz Cubas (UBC) para o encerrar o evento “Os Grandes Mestres”, organizado para co- memorar os 50 anos do curso de Direito da instituição de ensino. De setembro até agora, profis- sionais renomados da área ju- rídica estiveram no Município para compartilhar experiências e debater assuntos atuais com estudantes e profissionais da Re- gião. Também compareceram ao Campus os ministros Luis Felipe Salomão, do STJ, que falou sobre o tema “Meios extrajudiciais de solução de controvérsias: Me- diação e Arbitragem”, Antonio José de Barros Levenhagen, pre- sidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que debateu so- bre a “Relevância Institucional do Tribunal Superior do Traba- lho”, e o ministro Paulo Moura Ribeiro, também do STJ, que abordou “As influências do novo CPC no Código Civil de 2002”. Campbell abriu o debate para falar sobre o Direito Público na Jurisprudência do STJ, assun- Ministro explica nulidades de processos EVENTO Mauro Campbell, do STJ, encerra evento ‘Grandes Mestres’ na Braz Cubas BOMBEIROS De cada 100 solicitações de atendimento, 35 não são verdadeiras, segundo o 17º Grupamento MARA FLÔRES As estatísticas do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) revelam que o tro- te continua a ser uma prática bastante comum no Alto Tietê, apesar de todo o trabalho de conscientização e até das pu- nições previstas em lei, que in- cluem multa e prisão. O índice na Região, só na corporação, chega a 13% do total de ligações recebidas pelo telefone 190. Isso significa que da média de cinco mil chamadas diárias, 650 são falsas. No Corpo de Bombeiros, a proporção é ainda maior. De cada 100 solicitações de atendi- mento, 35 não são verdadeiras, segundo números informados pelo 17º Grupamento. O dado que mais chama a atenção entre as informações transmitidas pelo Comando de Policiamento de Área Metro- politano (CPAM-12), é o de que mais da metade dos trotes são praticados por adultos, de quem se espera o mínimo de responsa- bilidade. As crianças aparecem logo depois, com predominân- cia de ligações justamente nos horários de saída das escolas, 13 e 17 horas. “Em algumas ocasiões, po- rém mais raras, a criança tem acesso ao telefone residencial e liga para a Polícia Militar para brincar ou conversar”, infor- ma o comando do CPAM ao es- clarecer que, nestes casos, os responsáveis são chamados e orientados a aumentar a super- visão sobre as crianças. Nas chamadas feitas para o 190 da PM, os relatos mais co- muns nos trotes são roubos fic- tícios, furtos e acidentes, com destaque também para os falsos pedidos de socorro e até mesmo xingamentos. O comando do CPAM-12 diz que, na maior parte dos casos, os trotes são identificados atra- vés do cruzamento de informa- ções, como o número do telefo- ne que está ligando e o endereço to que, segundo ele, é importan- te discutir entre os acadêmicos porque a Justiça brasileira tem evoluído, mas ainda há uma di- ficuldade dos profissionais em entenderem as nulidades de um processo. O ministro já garantiu presença em um próximo even- to, sem data agendada, para explicar como funciona o STJ e mostrar uma sessão virtual. “Sempre que sou convidado para participar de eventos, prin- cipalmente acadêmicos, e fico muito grato porque é uma oportu- nidade que temos de explicar, por exemplo, como funciona o Supe- rior Tribunal de Justiça. É uma maneira que tenho de incentivar os profissionais de Direito a acre- ditarem no sistema, porque eu acredito”, avalia o ministro. 50 anos O curso de Direito da UBC comemora, em 2015, cinco dé- cadas de existência. O curso foi autorizado em 1965 e reconhe- cido por Decreto Presidencial, em 1969. “No início das ativida- des, em 1965, figuravam entre os professores notáveis juristas que dedicaram o ensino da ciência jurídica aos alunos que passa- ram pelos bancos escolares de um dos cursos de Direito mais tradicionais de todo o Estado de São Paulo”, destacou a coorde- nadora, Silmara Faro. DANILO SANS Sentindo fortes dores abdo- minais, a pequena Maria Edu- arda Moraes Silva, de 6 anos, foi levada às pressas ao Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, onde rapidamente passou por ci- rurgia para retirada do apêndice. Durante o pós-operatório, no en- tanto, a utilização de um material pouco usual chamou atenção dos pais: uma luva cirúrgica estava presa ao corpo dela para a coleta de material proveniente do corte. O hospital reconhece que houve erro na condução do caso, mas nega que haja falta de materiais no centro cirúrgico. Para o pai, José Carlos Silva dos Santos, de 47 anos, o “impro- viso” – segundo ele mesmo clas- sifica – é inaceitável. “Quando fui ver minha filha, percebi que no lugar de um coletor estava uma luva cirúrgica de plástico. Um absurdo isso”, conta. Na hora, ele pegou o celular, fez um vídeo da situação e publicou nas redes sociais. Até ontem, quase 50 mil internautas já tinham assistido à gravação. “Foi o segundo susto da sema- na”, diz. Conforme ele conta, a filha foi levada ao Luzia de Pinho Luzia usa luva cirúrgica como dreno FALHA Material foi preso ao corpo de criança após cirurgia para retirada do apêndice Melo na terça-feira. “Eu estava trabalhando e a mãe dela me ligou desesperada. Ela precisou pedir ajuda de uma viatura da Polícia Militar para chegar ao hospital”, pontua. O diagnóstico foi rápido, assim como a cirurgia. Ainda de acordo com José Car- los, o atendimento prestado foi excepcional. “O pessoal lá é muito atencioso, tratou muito bem da minha filha”, conta. O problema, prossegue, “é a falta de material adequado para trabalhar”. Até a tarde de ontem, Maria Eduarda continuava internada, se recuperando da operação, mas já estava bem melhor. No dia seguinte à publicação do vídeo, a luva cirúrgica foi substituída por uma bolsa plástica. “Acho que só fizeram isso por causa da reper- cussão”, pondera o pai. Em nota, o Hospital Luzia de Pinho Melo afirma que “é inverídica” a firmação sobre falta de equipamento médico na unidade. “O hospital possui estoque de bolsas coletoras, porém, houve erro de conduta por parte da responsável pela farmácia do centro cirúrgico, que não fez contato com a far- mácia ambulatorial para provi- denciar o material necessário”. Por conta disso, prossegue, a profissional passará por pro- cedimento disciplinar e poderá até ser demitida. PRESENÇA Mauro Campbell, do STJ, ao lado de José Maria da Silva Junior, da UBC, comandou palestra CRÍTICA José Carlos dos Santos, pai de paciente, avalia que ‘improviso’ é inaceitável no hospital ODONT0LOGIA Projeto do Crosp ganha destaque em premiação da área da Saúde O Projeto Vigifluor, estudo de flu- oretação da água de consumo no Estado de São Paulo, realizado pelo Conselho Regional de Odontologia (Crosp) em conjunto com a Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal - Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) foi destaque no Prêmio Saúde, da Editora Abril, na última quarta-feira. A iniciativa ficou entre os três finalistas do concurso e recebeu o prêmio especial Colgate, da diretora de marketing, Patrícia Bella Costa. “Esta pesquisa significa prevenção em saúde bucal já que a fluoretação é meio mais econô- mico e eficiente para o combate à cárie. Quem ganha, efetivamente, é a população”, disse o presidente do Crosp, Claudio Miyake. MARCHA DO CLIMA Ato coleta adesões ao Livro Verde Mogi das Cruzes sedia hoje, das 10 às 13 horas, um ato de apoio à Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que terá início na próxi- ma segunda-feira, em Paris, ca- pital da França. A edição mogia- na da Marcha Mundial do Clima contará com coleta de assinatu- ras para o Livro Verde - que será remetido ao evento francês -, na Praça Monsenhor Roque Pinto de Barros, em frente ao Centro Cultural, no Centro da Cidade. No local, haverá ainda a distri- buição de mudas de árvores da Mata Atlântica. DIVULGAÇÃO EISNER SOARES EISNER SOARES a que se destina a chamadas, pelos pms que atuam no Co- pom, para onde são designados profissionais experientes e que já exerceram a atividade opera- cional nas ruas. Mas há casos em que o trote é tão bem feito que não é detectado nas ligações. O resultado são via- turas e profissionais sendo despa- chados para ocorrências fictícias, enquanto casos reais muitas vezes têm o atendimento adiado. “Toda vez que uma viatura sai da base para atender um trote há uma série de complica- dores. Essa viatura vai transitar fora da velocidade e pode se en- volver num acidente. Ao mesmo tempo que se desloca para um trote, uma ocorrência real pode estar deixando de ser atendida. Há uma exposição da integrida- de física dos bombeiros e das pessoas”, ressalta o tenente-co- ronel Jean Carlos de Araújo Lei- te, comandante do 17º Grupa- mento do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, a maior parte dos trotes são identificados pela equipe de triagem do serviço 193, mas um ou outro caso es- capa e demanda uma mobiliza- ção desnecessária do Corpo de Bombeiros. “Pessoas inteligen- tes não passam trote”, resume o comandante. O trote é crime previsto no Código Penal, passível de prisão de uma a seis meses. Além disso, uma lei estadual de 2012 estabe- lece, no caso de identificação do autor, aplicação de multa de R$ 1.239,35.

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CIDADES 3

O DIÁRIOMogi das Cruzes, sábado, 28 de noveMbro de 2015

PREOCUPAÇÃO Na Região do Alto Tietê, das 5 mil chamadas diárias recebidas pelo Copom, 650 correspondem a falsas comunicações

Trotes prejudicam trabalho da PMARquivo

Cadeiraço começa às 9 horasDEFICIENTES

A Coordenadoria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (Copede) da Prefei-tura de Mogi realiza hoje o 5º Cadeiraço do Dia “D”, em co-memoração ao Dia Internacio-nal da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro. A concentração será às 9 horas,

na Praça Coronel Almeida, no Centro. De lá, o grupo seguirá pelas ruas Dr. Paulo Frontin, Dr. Deodato Wertheimer, Professor Flaviano de Melo e Presidente Rodrigues Alves, chegando à Praça Monsenhor Roque Pinto de Barros, em frente ao Centro Cultural.

CICLISTAS

Pedala Mogi terá novidades amanhã

Acontece amanhã mais uma edição do projeto Pedala Mogi. Das 8 às 13 horas, a ciclofaixa de lazer que passa por diversas ruas da região central da Cidade estará à disposição da população para passear de bicicleta, praticar ati-vidades físicas e conhecer de per-to locais de destaque do Centro. Para este final de semana, os par-ticipantes terão uma novidade. O Centro Cultural de Mogi das Cru-zes, que fica na Praça Monsenhor Roque Pinto de Barros, passará a ter horário estendido em todos os domingos. O espaço ficará aberto à visitação das 9 às 14 horas.

O ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), esteve ontem na Univer-sidade Braz Cubas (UBC) para o encerrar o evento “Os Grandes Mestres”, organizado para co-memorar os 50 anos do curso de Direito da instituição de ensino. De setembro até agora, profis-sionais renomados da área ju-rídica estiveram no Município para compartilhar experiências e debater assuntos atuais com estudantes e profissionais da Re-gião.

Também compareceram ao Campus os ministros Luis Felipe Salomão, do STJ, que falou sobre o tema “Meios extrajudiciais de solução de controvérsias: Me-diação e Arbitragem”, Antonio José de Barros Levenhagen, pre-sidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que debateu so-bre a “Relevância Institucional do Tribunal Superior do Traba-lho”, e o ministro Paulo Moura Ribeiro, também do STJ, que abordou “As influências do novo CPC no Código Civil de 2002”.

Campbell abriu o debate para falar sobre o Direito Público na Jurisprudência do STJ, assun-

Ministro explica nulidades de processosEvENTO Mauro Campbell, do STJ, encerra evento ‘Grandes Mestres’ na Braz Cubas

bOmbEIROS De cada 100 solicitações de atendimento, 35 não são verdadeiras, segundo o 17º Grupamento

mARA FLÔRES

As estatísticas do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) revelam que o tro-te continua a ser uma prática bastante comum no Alto Tietê, apesar de todo o trabalho de conscientização e até das pu-nições previstas em lei, que in-cluem multa e prisão. O índice na Região, só na corporação, chega a 13% do total de ligações recebidas pelo telefone 190. Isso significa que da média de cinco mil chamadas diárias, 650 são falsas. No Corpo de Bombeiros, a proporção é ainda maior. De cada 100 solicitações de atendi-mento, 35 não são verdadeiras, segundo números informados pelo 17º Grupamento.

O dado que mais chama a atenção entre as informações transmitidas pelo Comando de Policiamento de Área Metro-politano (CPAM-12), é o de que mais da metade dos trotes são praticados por adultos, de quem

se espera o mínimo de responsa-bilidade. As crianças aparecem logo depois, com predominân-cia de ligações justamente nos horários de saída das escolas, 13 e 17 horas.

“Em algumas ocasiões, po-rém mais raras, a criança tem acesso ao telefone residencial e liga para a Polícia Militar para brincar ou conversar”, infor-ma o comando do CPAM ao es-clarecer que, nestes casos, os responsáveis são chamados e orientados a aumentar a super-visão sobre as crianças.

Nas chamadas feitas para o 190 da PM, os relatos mais co-muns nos trotes são roubos fic-tícios, furtos e acidentes, com destaque também para os falsos pedidos de socorro e até mesmo xingamentos.

O comando do CPAM-12 diz que, na maior parte dos casos, os trotes são identificados atra-vés do cruzamento de informa-ções, como o número do telefo-ne que está ligando e o endereço

to que, segundo ele, é importan-te discutir entre os acadêmicos porque a Justiça brasileira tem evoluído, mas ainda há uma di-ficuldade dos profissionais em entenderem as nulidades de um processo. O ministro já garantiu presença em um próximo even-to, sem data agendada, para explicar como funciona o STJ e mostrar uma sessão virtual.

“Sempre que sou convidado para participar de eventos, prin-

cipalmente acadêmicos, e fico muito grato porque é uma oportu-nidade que temos de explicar, por exemplo, como funciona o Supe-rior Tribunal de Justiça. É uma maneira que tenho de incentivar os profissionais de Direito a acre-ditarem no sistema, porque eu acredito”, avalia o ministro.

50 anosO curso de Direito da UBC

comemora, em 2015, cinco dé-

cadas de existência. O curso foi autorizado em 1965 e reconhe-cido por Decreto Presidencial, em 1969. “No início das ativida-des, em 1965, figuravam entre os professores notáveis juristas que dedicaram o ensino da ciência jurídica aos alunos que passa-ram pelos bancos escolares de um dos cursos de Direito mais tradicionais de todo o Estado de São Paulo”, destacou a coorde-nadora, Silmara Faro.

DANILO SANS

Sentindo fortes dores abdo-minais, a pequena Maria Edu-arda Moraes Silva, de 6 anos, foi levada às pressas ao Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, onde rapidamente passou por ci-rurgia para retirada do apêndice. Durante o pós-operatório, no en-tanto, a utilização de um material pouco usual chamou atenção dos pais: uma luva cirúrgica estava presa ao corpo dela para a coleta de material proveniente do corte. O hospital reconhece que houve erro na condução do caso, mas nega que haja falta de materiais no centro cirúrgico.

Para o pai, José Carlos Silva dos Santos, de 47 anos, o “impro-viso” – segundo ele mesmo clas-sifica – é inaceitável. “Quando fui ver minha filha, percebi que no lugar de um coletor estava uma luva cirúrgica de plástico. Um absurdo isso”, conta. Na hora, ele pegou o celular, fez um vídeo da situação e publicou nas redes sociais. Até ontem, quase 50 mil internautas já tinham assistido à gravação.

“Foi o segundo susto da sema-na”, diz. Conforme ele conta, a filha foi levada ao Luzia de Pinho

Luzia usa luva cirúrgica como drenoFALHA Material foi preso ao corpo de criança após cirurgia para retirada do apêndice

Melo na terça-feira. “Eu estava trabalhando e a mãe dela me ligou desesperada. Ela precisou pedir ajuda de uma viatura da Polícia Militar para chegar ao hospital”, pontua. O diagnóstico foi rápido, assim como a cirurgia.

Ainda de acordo com José Car-los, o atendimento prestado foi excepcional. “O pessoal lá é muito atencioso, tratou muito bem da minha filha”, conta. O problema, prossegue, “é a falta de material

adequado para trabalhar”.Até a tarde de ontem, Maria

Eduarda continuava internada, se recuperando da operação, mas já estava bem melhor. No dia seguinte à publicação do vídeo, a luva cirúrgica foi substituída por uma bolsa plástica. “Acho que só fizeram isso por causa da reper-cussão”, pondera o pai.

Em nota, o Hospital Luzia de Pinho Melo afirma que “é inverídica” a firmação sobre

falta de equipamento médico na unidade. “O hospital possui estoque de bolsas coletoras, porém, houve erro de conduta por parte da responsável pela farmácia do centro cirúrgico, que não fez contato com a far-mácia ambulatorial para provi-denciar o material necessário”. Por conta disso, prossegue, a profissional passará por pro-cedimento disciplinar e poderá até ser demitida.

PRESENÇA mauro Campbell, do STJ, ao lado de José maria da Silva Junior, da UbC, comandou palestra

CRÍTICA José Carlos dos Santos, pai de paciente, avalia que ‘improviso’ é inaceitável no hospital

ODONT0LOGIA

Projeto do Crosp ganha destaque em premiação da área da saúdeo Projeto vigifluor, estudo de flu-

oretação da água de consumo no

estado de são Paulo, realizado pelo

Conselho regional de odontologia

(Crosp) em conjunto com a Faculdade

de odontologia de Piracicaba da

universidade estadual de Campinas

(unicamp) e o Centro Colaborador

do Ministério da saúde em vigilância

da saúde bucal - Faculdade de

saúde Pública da universidade de

são Paulo (usP) foi destaque no

Prêmio saúde, da editora abril, na

última quarta-feira. a iniciativa ficou

entre os três finalistas do concurso e

recebeu o prêmio especial Colgate,

da diretora de marketing, Patrícia

bella Costa. “esta pesquisa significa

prevenção em saúde bucal já que

a fluoretação é meio mais econô-

mico e eficiente para o combate à

cárie. Quem ganha, efetivamente, é

a população”, disse o presidente do

Crosp, Claudio Miyake.

mARCHA DO CLImA

Ato coleta adesões ao Livro Verde

Mogi das Cruzes sedia hoje, das 10 às 13 horas, um ato de apoio à Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que terá início na próxi-ma segunda-feira, em Paris, ca-pital da França. A edição mogia-na da Marcha Mundial do Clima contará com coleta de assinatu-ras para o Livro Verde - que será remetido ao evento francês -, na Praça Monsenhor Roque Pinto de Barros, em frente ao Centro Cultural, no Centro da Cidade. No local, haverá ainda a distri-buição de mudas de árvores da Mata Atlântica.

divulGAção

eiSNeR SoAReS

eiSNeR SoAReS

a que se destina a chamadas, pelos pms que atuam no Co-pom, para onde são designados profissionais experientes e que já exerceram a atividade opera-

cional nas ruas.Mas há casos em que o trote é

tão bem feito que não é detectado nas ligações. O resultado são via-turas e profissionais sendo despa-

chados para ocorrências fictícias, enquanto casos reais muitas vezes têm o atendimento adiado.

“Toda vez que uma viatura sai da base para atender um

trote há uma série de complica-dores. Essa viatura vai transitar fora da velocidade e pode se en-volver num acidente. Ao mesmo tempo que se desloca para um trote, uma ocorrência real pode estar deixando de ser atendida. Há uma exposição da integrida-de física dos bombeiros e das pessoas”, ressalta o tenente-co-ronel Jean Carlos de Araújo Lei-te, comandante do 17º Grupa-mento do Corpo de Bombeiros.

Segundo ele, a maior parte dos trotes são identificados pela equipe de triagem do serviço 193, mas um ou outro caso es-capa e demanda uma mobiliza-ção desnecessária do Corpo de Bombeiros. “Pessoas inteligen-tes não passam trote”, resume o comandante.

O trote é crime previsto no Código Penal, passível de prisão de uma a seis meses. Além disso, uma lei estadual de 2012 estabe-lece, no caso de identificação do autor, aplicação de multa de R$ 1.239,35.