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PrensaInformativo da Delegacia de Foz do Iguau e Regio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paran
ano 3 - nmero 14Junho de 2003
Distribuio gratuita
Arquivos da ditadura
Arquivos da Polcia Federal abertos recentemente pelo governo federal revelam
captulo obscuro da histria de Foz do Iguau e regio, com constante
perseguio a imprensa e jornalistas. So fatos polticos e sociais ocorridos
durante a ditadura militar registrados em informes, radiogramas, dossis,
relatrios e outros documentos produzidos por agentes federais. Pginas 6 e 7
Sindicato temnova diretoria
Pgina 4
Jornalitas ocupampraa em Foz
Pgina 3
A poesiaambulante de Luz
Pgina 11
Imagem Green Street Photos
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PrensaJornal da Delegacia de Foz do Iguau e Regio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paran.
Redao, edio e diagramao : Alexandre Palmar (Jornalista responsvel MTB 3717) e Reviso: Douglas FuriattiImpresso: Igrafoz - 1.500 exemplares - Textos assinados no refletem necessariamente a opinio do veculo.
Telefone: 9967-5060 - Av. Paran, 1610 Bloco 6 Ap. 801 85863-720 Foz do Iguau - PR
E S P A O A B E R T OE S P A O A B E R T OE S P A O A B E R T OE S P A O A B E R T OE S P A O A B E R T OColaboraes enviar para [email protected]
O Prensa se reserva o direito deselecionar cartas e publicar trechos.
CARTA
opinioPrensa2
Os trabalhadores brasileiros es-
to repletos de desafios. Os maio-res vem de Braslia, seja na polmi-ca reformulao das leis trabalhis-tas, na negociao da Alca, na re-forma da previdncia, tributria ouna utpica humanizao do capita-lismo. Prejudicado pela herana deFHC, o presidente Luiz Incio Lulada Silva lanou o debate ao mesmotempo que engessou o governo aoampliar o leque de alianas para sus-tentar a propalada
governabilidade. Ainda dentro do Poder Pbli-
co temos as administraes esta-dual e municipal. A primeira estcercada de medidas de impacto emseus cinco meses de mandato, pr-prias do estilo do governadorRoberto Requio (PMDB), que,por enquanto, continua na jura de
vencer a batalha contra os pedgi-os (principal promessa de campa-nha).
Em Foz do Iguau, a prefeituraanuncia constantemente medidas eobras na mdia, no entanto, estats-ticas demonstram que dois anseiosda comunidade devem continuar afigurar na agenda do prefeito Smisda Silva (PMDB) nos seus ltimos17 meses de gesto: atos contra acriminalidade e a retomada do mo-
vimento de turistas, com sua con-seqente gerao de empregos.
O resultados desses e outras
OPERRIOS DE POPERRIOS DE POPERRIOS DE POPERRIOS DE POPERRIOS DE PALALALALALAAAAAVRAVRAVRAVRAVRApontos dos governos ditaro as re-
gras para problemas dos produto-res, dos consumidores e donos damdia, para o mercado publicitrio,para a formao superior em jor-nalismo. Todos temas j abordadosanteriormente neste jornal e queaguardam uma soluo ou ao me-nos uma estabilizao de suas ma-zelas.
Enquanto o pas gira, os profis-sionais de comunicao precisammanter seu ritmo frentico. O dife-
rencial, pelo menos em Foz, quesobe de trs para oito jornalistas sin-dicalistas para observar a tudo e,ao mesmo tempo, mobilizar a cate-goria na cidade e regio, embora ne-nhum deles seja liberado para a fun-o sindical.
Outras aes tomadas no per-odo de transio engrossam essaafirmativa . O Prensa uma delas.Depois de iniciar sua reformulaona edio passada, o jornal passade oito para 12 pginas, de 1 milpara 1,5 exemplares e amplia sualinha editorial.
Nele, voc identifica aescomo o manifesto noticiado na p-gina ao lado. So iniciativas execu-tadas com objetivo garantir direi-tos da classe, o aperfeioamentoprofissional, a credibilidade da im-prensa e respeito sociedade. Com-promissos estes que no temos o
porqu para adiar.
Aps ler o Prensa, n 13,quero congratular o jorna-
lista Aluzio Palmar por togrande leitura que fez do
momento em que vivemos.
pena que muitas pessoasno tiveram acesso a esteinstrumento para deleitar-
se de to brilhante matriaexposta, no que se refere
aos poderes Legislativo,Executivo e acima de tudo,
os interesses que nemsempre o cidado
comum no imagina quepossa ter ou concorrer no
meio poltico.
Mas uma questo deixou-me perplexo pela falta depostura digna de quem
governa o Municpio e oEstado, quando descartamotivao poltica para o
atentado sofrido peloPresidente da Cmara.
Por que falo isto?Primeiro, o prefeito no
poderia entrar no mrito,pois, se a motivao for de
ordem poltica. Ele no
seria um possvel suspeito?Estaria ele defendendo-se?
Segundo, quem diz o queno , ser que no sabe o
que ?, se isto for verda-deiro, no seria justo de
que, a autoridade o chamepara prestar depoimento
para ajudar a elucidar torepudioso crime
instituio legislativa?Mas isto tudo so
conjecturas. O que ficoupattico foi na verdade oposiciona-mento tanto de
um como do outro, pois aspossibilidades da motiva-o para o atentado so
inmeras e nenhuma deveser descartada, at que sechegue h uma concluso,
e, tomara esta que nodemore. Valeu Aluzio!Do seu amigo Z Ruy(Jos Ruy Alexandre).
Esses nmeros
representam quantos
por cento da
populao da
cidade?,palestrante
Salette Lemos, sobre os
1,2 mil empregos gerados
na rede hoteleira e 8 mil
no turismo anunciados
pelo secretrio municipal
Carlos Tavares, A Gazeta
do Iguau, 12 de maio.
A mo de Deus pesada,
se os criminosos ou
mandantes do crime no
forem punidos pela justia
da terra, dos homens, vo
ser pela justia divina, ajustia de Deus, Jane
Rabelo, sobre atentando
a Adilson Rabelo, Jornal
do Iguau, 17 de maio.
Foz ser a cidade maissegura do Brasil,
governador Roberto
Requio (PMDB), A
Gazeta do Iguau,
19 de maio.
No adianta colocarmos
bravatas no documento,Isa Ferreira, do Programa
de Preveno e
Eliminao da Explorao
Sexual Comercial de
Crianas e Adolescentes
na Trplice Fronteira,
rebate comentrio de
Requio dizendo
documento lanado em
Foz gua com acar,
vazio, no leva a lugar
algum, Folha de
Londrina, 19 de maio.
Eu no acredito nesse
favorecimento a
apadrinhados polticos ou
que quer que seja,
vereador Vilmar
Andreola, sobre boatos
de irregularidade na
concurso da Guarda
Municipal, A Gazeta do
Iguau, 6 de maio.
frases
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ao sindical Prensa
Jornalistas ocupam praa em Foz
manifesto do 7 de abril marcouum importante passo do jorna-
ra alternativa e crtica, j est emcurso. A iniciativa tem como preo-cupao promover o intercmbio deidias a partir de leitura comparati-
va de veculos de comunicao demassa e da imprensa nanica.
O movimento colheu mais de1,2 mil adeses no abaixo-assinadoque reivindica a formao superiorem jornalismo como condio m-nima para o bom jornalismo. A Jus-
tia Federal de So Paulo suspen-deu a obrigatoriedade do diplomaem todo Brasil neste ano. Os sindi-catos entraram com recurso.
Para os organizadores, o resul-tado positivo porque a delegaciatem participado de bandeiras da so-ciedade, mas no tem a prtica desair s ruas para levantar uma causaao lado do povo. E o melhor, foibem recebida pela comunidade.
O ato pblico contou com asexposies A lngua do fotgrafoe olhar do poeta (setefotojornalistas retratam o cotidianode Foz), Retratos da fronteira (Fa-brcio Azambuja), ndio (ureaCunha), Passagem para a frica(Dalmont Benites) e fotos e traba-lhos produzidos por estudantes dejornalismo. Tambm reuniu o his-
trico da regulamentao, painelcontra o ataque dos EUA ao Iraque,mostra de poesias de Carlos Luz,banca de livros da Editora Casa
Amarela e Travessa dos Editores.
Olismo em Foz do Iguau. Profissio-nais e estudantes aproveitaram a datapara ocupar a Praa das Naes epercorrercolgios. O objetivo foi le-
vantar uma bandeira que nasce na ca-tegoria, mas atinge todos: a quali-dade de informao, respeito soci-edade, pluralidade e tica.
Eles realizaramdebates e distri-
buram seis mil panfletos.Secundaristas e populao foramprovocados a no aceitarem o pen-samento nico, a sempre buscarmais de uma fonte de informaoe, principalmente, a diferenciar jor-nalistas de supostos jornalistas e aseparar jornalistas de donos de ve-culo de comunicao.
O segundo momento desse tra-balho a criao de clubes de leitu-
Categoria levanta bandeira por qualidade deinformao, respeito sociedade, pluralidade e tica
Durante a concentrao, a cau-sa foi apresentada ao pblico comdiscurso dos jornalistas AlexandrePalmar e Simone Giacometti. Oencerramento ficou por parte deduas apresentaes teatrais, uma daCia de Teatro Foz e outra do Gru-po Amadeus, alm de perna-pau.
O ato foi organizado pela Dele-gacia de Foz do Iguau e Regio
do Sindicato dos Jornalistas Profis-sionais do Paran, em parceria comum grupo de jornalistas voluntri-os e do Centro Acadmico de Jor-nalismo da UDC.
Exposies e teatroExposies e teatroExposies e teatroExposies e teatroExposies e teatro
Jornalistas foram Praa das Naes para levantar uma ...
...bandeira que interessa toda sociedade
Faixas e cartazes deram o tom do movimento ao lado de...
... exposies de fotojornaistas e acadmicos
Apresentaes teatro e debates sobre a formao superior marcaram o manifesto do Dia do Jornalista Movimento colheu 1,2 mil assinaturas
Rogerilson Meireles
Rogerilson Meireles
Christian Rizzi
Christian Rizzi
Fabrcio Azambuja
Fabrcio Azambuja
urea Cunha
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nova diretoria
DesafiosOs desafios para a delegacia so
grandes, mas experincias de trabalhocomprovam que aes pensadas e exe- cutadas juntamente com a categoriaobtm resultados positivos. Foz tem op-tado por esse caminho. Mesmo sem dis-por de diretores liberados exclusiva-mente para o sindicato, a subseo temobtido avanos e vitrias.
Quadro adversoO cenrio desfavorvel precisa ser
encarado como o gancho para mobili-zar a base, que tem pela frente o legadoneoliberal de FHC, a ameaa de altera- es da CLT e o arrocho empresarial(com o desrespeito cnico de patres aosdireitos trabalhistas e at a dignidade defuncionrios). O golpe mais recente adesregulamentao da profisso.
Cursos de jornalismoA exploso dos cursos superiores em
jornalismo no Paran carece de um am-
plo debate. Em 1998, cinco universi-dades de Curitiba, Londrina e PontaGrossa ofereciam 310 vagas; hoje asmais de 16 escolas espalhadas pelo Es-tado abrem cerca de 1,3 mil vagas. O sindicato deve preparar-se para rece-ber os graduados, que comearam a en-grossar o mercado no ano passado.
PerspectivasFoz tem , hoje com 90 jornalis-
tas regulamentados (incluindo todas asespecialidades), receber em mdia 40
novos jornalistas por semestre, a partirde dezembro de 2003. Ou seja, em ape-nas um ano, no fim de 2004, a mo-de-obra qualificada quase ser o do-bro da atual. Isso sem contar os jorna-listas de outras instituies do interiore de Curitiba.
CompromissoA chapa iguauense torna pblico
o compromisso de enfrentar esses de- safios, de aproximar a entidade dos
seus associados, de defender os direi-tos dos sindicalizados, de sempre in- centivar o bom jornalismo, de defen-der uma imprensa tica e sempre en-dossar as lutas populares por uma so-ciedade mais justa e igualitria.
carta
Douglas Furiatti
A diretoria regional da subseo de Foz doIguau do Sindicato dos JornalistasProfissionais do Paran foi legitimada com 38
votos nas eleies realizadas nos dias 29 e 30de abril. Apenas um eleitor optou pelo votobranco e dez outros aptos para votar deixaram
de exercer esse direito.Com 97% da aprovao dos votantes, o
qurum local foi 56% maior do que em PontaGrossa, onde 25 jornalistas votaram. Emrelao a Cascavel a diferena foi superior a100%, pois l 19 colegas exerceram o direitodo voto. Em Francisco Beltro houve dez
votos para aquela regional, em Pato Branconove e em Guarapuava apenas quatro.
Alm da ratificao dos oito membros daregional Foz que vo representar a categoria
nos prximos trs anos, foram computados17 votos para a Chapa Profisso: Jornalistaque disputou o controle estadual dosindicato. Para o Conselho Fiscal os nomesmais votados na cidade foram ClarissaKowaleski, com 13 votos; Daniele Neves,com 12; e Renata Sguissardi ficou empatadacom Ana Lcia Veloso, com dez.
Em relao a diretoria estadual, votaram
em todo o Paran 392 pessoas. A chapa,nica, Profisso Jornalista obteve 324 votos
vlidos, 56 brancos e 12 nulos. O quorumde metade mais um do total desindicalizados aptos ao voto foi obtido narisca, com apenas trs sufrgios a mais.
Antes da reforma do estatuto, o nmerode minimo de votantes era de 2/3 dossindicalizados aptos ao voto. Vale lembrarque as diretorias estadual e regional soindependentes.
Eleio tem participaomassiva de jornalistas
Nmero de votantes superou em 56%a segunda regional mais votada
Vice-presidente: Alexandre Palmar;Diretor de Defesa Corporativa: Douglas Furiatti;Diretora de Ao para a Cidadania:urea Cunha;Diretora de Sade e Previdncia: Elisngela Carneiro;Diretor de Imagem: Fabrcio Azambuja;Diretora de Cultura: Simone Giacometti;Diretor de Fiscalizao e Exerccio Profissional: Joo Carlos del Rios;Diretora de Formao: Patrcia Iunovich.
Confira abaixConfira abaixConfira abaixConfira abaixConfira abaix o fragmentos da o fragmentos da o fragmentos da o fragmentos da o fragmentos da
carta de campanha dos chapa carta de campanha dos chapa carta de campanha dos chapa carta de campanha dos chapa carta de campanha dos chapa
Diretoria de Foz do Iguau e RegioDiretoria de Foz do Iguau e RegioDiretoria de Foz do Iguau e RegioDiretoria de Foz do Iguau e RegioDiretoria de Foz do Iguau e Regio
Prensa4
Em relao ao pleito de 2000, o nme-ro de votantes em Foz aumentou 30%. Napoca 30 jornalistas votaram, sendo 29
votos vlidos e um nulo.Apesar do saldo positivo, dez colegas
deixaram de votar. Desses, duas viajavamem frias, uma est em licena-maternida-de e os outros sete preferiram no ratificaros nomes dos membros da regional.
Os dois dias de eleio tambm foramuma oportunidade para o recebimento desugestes, elogios e crticas. Isso ser ali-ado aos compromissos assumidos publi-
camente pelos novos diretores, cuja pos-se foi no dia 29 de maio.
Na opinio do vice-presidente da regi-onal Foz, Alexandre Palmar, o resultadodemonstra aprovao ao trabalho realiza-do nos ltimos meses, democratizao deespao dentro da chapa regional e ao perfildos oito componentes dessa diretoria.
Alm de permante tarefa de defender
a categoria, que comea a crescer na cida-de, os desafios da nova gesto so inme-ros, como debater a reforma trabalhista eaproximar-se do povo.
ParParParParParticipaoticipaoticipaoticipaoticipao
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ceaec
Denise Paro
H quem diga que os jornais soum documento para a posteridade.Nas pginas impressas graas tecnologia criada por Gutenberg nosculo XV e aprimoradas ao longodos anos, regimes ditatoriais,tragdias da natureza, guerras,
A imprensa a servio da evoluoCOSMOGRAMA
O CEAEC e o Holociclo esto abertos a visitao pblica. O telefone de contato
(45) 525-2652 ou no endereo eletrnico www.ceaec.orgSobre Cosmograma: Quem quiser acessar detalhes da tcnica do Cosmograma,pode consultar: 1) Boletins de Conscienciologia. Vol. II Jan/Dez de 2000. Textos:Tcnica do Cosmograma; Equvocos/Cosmo-Anlise e Unidade do Conhecimento.CEAEC Editora. 2) Revista Conscientia. Vol 2. No. 4 Texto: Fatustica dosNeologismos. CEAEC Editora.
descobertas cientficas e eventos esportivoscompem um mosaico da histria dahumanidade. Notcias com tom carregado denegativismo refletem a imaturidadeconsciencial do homem e os rastros deixadospor ele no planeta.
A abrangncia de informaes dos jornaisaliada ao carter de atualidade est sendo cada
vez mais valorizada e til como fonte pesquisa.
Por levar a srio o trabalho comos jornais, Vieira criou um mtodoespecfico para pesquisar peridicos,chamado Cosmograma. A tcnica doCosmograma usada para a produoda Enciclopdia e outras pesquisas doCEAEC. Para aplic-la, o interessadotem que dispor de um tema e ou sub-temas de estudos.
Depois de listar os assuntos, elerecorta notcias de interesse e as
classifica, o que resulta na formaode um banco de dados atual deinformao que servir como uma dasfontes para elaborao de um texto,livro ou um curso. Segundo oprofessor Waldo, a tcnica doCosmograma otimiza a associao deidias e proporciona uma viso mais
CosmogramaCosmogramaCosmogramaCosmogramaCosmogramaO CEAEC dispe de um laboratrio
para quem quiser otimizar o estudo ea aplicao da tcnica do
Cosmograma. O Laboratrio doCosmograma uma espcie de sala deestudos com jornais para consultas euma listagem de temas de pesquisa.
No local, o pesquisador ainda encontraluvas prprias para manusear osjornais e rgua adequada para
recortar as pginas. Ao passar do
tempo, a prtica do Cosmogramapode ajudar a pessoa a ter uma
conhecimento mais amplo sobre elamesma. Isso ocorre a partir do
momento em que o pesquisadorcomea analisar mais detalhadamentefatos que acontecem em seu cotidiano.
LaboratrioLaboratrioLaboratrioLaboratrioLaboratrio
No Centro de Altos Estudos da Conscien-ciologia (CEAEC), situado em Foz doIguau, os pesquisadores j descobriramisso. No ao acaso que a instituio exibehoje uma das maiores hemerotecas doBrasil, colocando Foz do Iguau no rol doscentros de informao. So nada menosque 81.239 recortes de peridicos, a maioriajornais. As notcias, dos mais variados tipos,esto sendo usadas para a elaborao deuma enciclopdia voltada ao estudo daevoluo humana, a Enciclopdia da
Conscienciologia. Assduo leitor desde a infncia, opesquisador e mdico Waldo Vieira, autorda obra, consulta hoje 244 jornais de 13pases e 34 cidades, das quais, 19 sobrasileiras. No Holociclo, centro desistematizao de pesquisas do CEAEC, eleseleciona notcias de jornais do mundointeiro como do New York Times, LeMonde e tambm da Gazeta do Iguau.
abrangente a respeito do que se est estudando.Alguns temas de pesquisa esto implcitos,
ou seja, no aparecem nos ttulos, mas nasentrelinhas das matrias, o que requerperspiccia e ateno no momento da leiturapara a posterior classificao
No CEAEC, o pesquisador independenteWaldo Vieira trabalha hoje com 5.235 temasde pesquisa. Alguns deles como o Belicismo(letra B) e Conscincia Reurbanizada - Consru(letra C) so verbetes da Enciclopdia que se
tornaram temas de livros. Um deles, Consru,tem previso de lanamento para este ano sobo ttulo de Homo reurbanisatus. Nasreferncias do livro h centenas de citaes dematrias com nomes dos mais variados jornais,os respectivos autores das matrias, nmeroda edio, data, editoria, alm de outrasinformaes.
Mais informaes:Mais informaes:Mais informaes:Mais informaes:Mais informaes:
Centro tem 81,2 mil recortes de peridicos, a maioria jornais
Denise Paro jornalista
Vista area do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia, em Foz
Prensa 5
Divulgao
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E MEMRIA IGUAUENSEE MEMRIA IGUAUENSEE MEMRIA IGUAUENSEE MEMRIA IGUAUENSEE MEMRIA IGUAUENSE
ARQUIVARQUIVARQUIVARQUIVARQUIVOSOSOSOSOS
do Iguau e regio. Essa pesquisa s foipossvel porque eu fui credenciado pelaSecretaria Nacional de Direitos Huma-nos para investigar o paradeiro dos desa-parecidos polticos e as circunstncias de
suas mortes. Infelizmente, os arquivos daPolcia Federal e das Foras Armadas ain-da no foram plenamente abertos para acidadania. Eles continuam sujeitos a res-tries estabelecidas por leis anacrni-cas e autoritrias.
A redemocratizao brasileira, aforade ter permitido a devoluo dos direi-tos civis e polticos a todos os brasilei-ros, serviu tambm ao propsito do es-quecimento do passado. Esta dubiedade
reside no fato de que enquanto a cidada-nia precisa remexer nos arquivos para quehistrias sejam reconstrudas, os algozesdo perodo ditatorial e seus cmplicesfazem de tudo para que o passado per-manea intacto e possam, assim, termi-nar em paz os seus dias.
DDDDDO Estado Policial chegou ao seu mais
alto grau de terror na dcada de 70, quan-do todo o Pas foi entregue sanha dosagentes secretos e dos delatores. Eracomum haver agentes policiais infiltrados
nas escolas, nos ambientes de trabalho e,sobretudo, nos rgos de comunicao.No faltaram tambm, como instrumen-tos de incentivo delao, os IPMs (In-quritos Policiais-Militares) e as CGIs(Comisses Gerais de Inqurito). Estasforam instaladas em todos os rgos degoverno, inquirindo um a um os servi-dores e forando-os a comprometer osdemais.
Este perodo de nossa histria est
registrado nos quase vinte mil documen-tos que fazem parte do acervo do arqui-vo da Delegacia da Polcia Federal de Fozdo Iguau.
Recentemente eu tive acesso a essearquivo e nele encontrei um importanteconjunto de registros histricos de Foz
urante 21 anos, o regime militar implantado no Brasil em 1964,
prendeu, torturou, exilou e assassinou quem ousou opor-se ditadura.
1.Proibio de notcias sobre vazamento
do oleoduto de Cubato (1972)
2.Proibio de notcias sobre surto de me-ningite (1973)3.Entrega de argentinos e paraguaios re-
presso de seus pases (1972/1973)
4.Relao de militantes de esquerda procu-rados pela represso (1972/1973)5.Relao de brasileiros asilados no Chi-
le (1972/1973)
6.Relao de brasileiros asilados na Argenti-na (1972/1973)7.Informes sobre as atividades de asilados
e banidos no exterior (1972/1973/1974)8.Pedido de investigao feito pelo Minist-rio da Guerra sobre incidentes ocorridos naEscola Estadual Monsenhor Guilherme duran-te apurao de votos de eleio da associa-o municipal de estudantes (1973)
Relao resumida9. Relatrio sobre os acontecimentos na Es-
cola Monsenhor Guilherme (1973)
10.Visita de Ernesto Geisel Foz (1976)11. Pedidos de dados sobre antecedentes
poltico-ideolgicos de candidatos a empre-
go na construo de Itaipu (1973/1985)
12. Lista de militantes de esquerda argentinosprocurados no Brasil (1978)13. Degravaes de pronunciamentos feitos
por polticos oposicionistas (1978 a 1985)
14. Relatrios sobre atividades de asiladosparaguaios em Foz do Iguau (1977)15. Relatrio de investigao feito pelo ser-
vio secreto de Itaipu sobre o proco cat-lico e pastor luterano de Santa Helena (1978)
16.A subverso na Igreja do Paran , docu-mento produzido pelo CIE17. Relatrio sobre investigao a vereado-
res de Foz do Iguau (1978)
18. Investigao do Instituto de Estudos Polti-cos e Sociais de Foz do Iguau (1977)19. Relatrio sobre advogado Antonio
Vanderli Moreira devido artigos publicados
na revista Painel (1976)
20. Pedidos de antecedentes poltico-ideol-gicos de candidatos a emprego no INPS(1977)21. Trocas de informaes entre os servi-
os secretos do Brasil, Paraguai, Uruguai e
Argentina (1977)
22. Relatrio de investigao sobre polticosde Medianeira e outros municpios das regies
Oeste e Sudoeste (1977)23. Relatrio sobre conflitos de terra na re-
gio de Espigo do Norte (Feijo Verde), mu-
nicpio de Matelndia (1971)
24. Relao de vtimas do golpe da ordem decomendador (1976)
Prensa6
Aluzio Palmar
Montagem feita com imagens da Caros Amigos,Revista Imprensa e Green Street Photos
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A DITA DITA DITA DITA DITADURADURADURADURADURAAAAA
os registros25. Relatrio de Luiz Bonato (ex-prefeito de
Medianeira) acusando professores do mu-
nicpio de subversivos (1976)
26. Despejo de colonos do entorno do ParqueNacional e remoo dos mesmos para projetode colonizao no Oco (1976)27. Investigao sobre especulao de imo-
bilirias na regio do Lago de Itaipu (1976)
28. Investigao das atividades do PadreZezinho na regio (1976)29. Dossi sobre seqestro de Cezar Cabral,
Anbal Abatte, Alejandro Stumpfs e Rodolfo
Monjelos (1974)
30. Relatrios sobre conflitos na Fazenda Pa-droeira Matelndia (1976)31. Dossi sobre comunidade indgena Av-
Gurarani (1974)
32. Inqurito sobre fraude eleitoral em Corblia(1982)
33. Dossi sobre o jornal
semanrio Nosso Tempo
(1980 a 1985)
34. Conflitos entre brasilei-ros e argentinos na frontei-ra (regio de Barraco e Santo Antonio) (1978)35. Investigao de pessoa suspeita de ser
Joseph Mengele (1968)
36. Investigao sobre irregularidades na pre-feitura de Foz do Iguau (1968)37. Investigao sobre atividades da Comis-
so Justia e Paz (1982)
38. Investigao sobre jornal Hoje Foz (1978/
1979/1980)39. Dossi sobre o Movimento Justia e Paz,
dos colonos desapropriados pela Itaipu
Binacional.(1981)
40- Relatrio sobre escravido branca na Fa-zenda Rami, em Matelndia (1974) .
Algumas revelaesNo arquivo da Delega-
cia da Polcia Federal deFoz do Iguau estoregistrados conflitos no
campo, movimento estudantil, repressos organizaes de esquerda, controle dosparaguaios asilados, dos rabes, clero,imprensa, MDB e Arena. H ainda im-portantes relatrios sobre a comunidade
Av-Guarani, rolo de terra, falsos agen-tes do SNI, desapropriados pela Itaipu,rolos na prefeitura, Movimento dos Agri-cultores Sem Terra do Oeste (Mastro),greve dos professores em 1982 e confli-tos fronteirios.
Enfim, quase todos os fatos polticose sociais ocorridos em Foz e regio noperodo ditatorial esto registrados nosinformes, radiogramas, ofcios recebidose expedidos, dossis, relatrios e outros
tipos de documentos produzidos pela bu-rocracia policial. Tem at uma portariaemitida pelo prefeito de Santa Helena em1975, Antnio Muniz, nomeando umfuncionrio para exercer a funo deagente de espionagem no municpio.
Tambm vale a pena registrar a greve
de fome ocorrida no canteiro de obrasde Itaipu em outubro de 1975 e a apre-enso em 1974 da primeira e nica edi-o do Jornal Binacional. O motivo daapreenso foi uma matria sobre a trans-ferncia de um grupo de colonos das pro-ximidades do Parque Nacional do Iguaupara o Projeto Integrado de Colonizao,Pic-Ocoi, em So Miguel do Iguau.
As seis pginas contendo depoimen-tos dos desapropriados no agradaram osmilitares e o diretor do jornal, Waldomirode Deus Pereira, foi conduzido ao Bata-lho, duramente interrogado e expulso dacidade.
Outro caso envolvendo a imprensa, eque ilustra muito bem o esprito reinantena poca, foi o rebulio causado por umareportagem do jornal Rondon Hoje so-bre as condies de vida das mulheres
que viviam na Zona de Baixo Meretrcio.Apesar da matria registrar um proble-ma social, real e contemporneo, os mili-tares consideraram que o jornal estava aservio do esquema subversivo elabo-rado e preconizado pelo Movimento Co-munista Internacional.
Enquanto a Constituio assegura a todosos brasileiros o direito a informao, as
Foras Armadas e a Polcia Federalcontinuam sonegando informaes
arquivisticas sobre o perodo da ditaduramilitar. No caso do arquivo da Polcia
Federal o Ministrio da Justia liberou em2002 o seu acesso apenas para a Comisso
dos Mortos e Desaparecidos Polticos.Para continuar ocultando os documentos
sobre o perodo ditatorial estas instituiesse apegam a uma legislao anacrnica do
regime militar que estabelece prazos para oacesso a documentos pblicos.
Um caso ilustrativo dos prejuzos que estarestrio est causando ao resgate histricoaconteceu com o cineasta Ronaldo Duque,
que foi proibido de consultar os arquivosdo Exrcito sobre a Guerrilha do Araguaia
para a produo do filme intitulado AConspirao do Silncio.
O dispositivo legal a que se apegou o chefedo Centro de Comunicao Social do
Exrcito para justificar a no divulgaodos documentos a Lei 8.159, de 8 de
janeiro de 1991, assinada pelo ex- presidente Fernando Collor.
A lei, que dispe sobre a poltica dearquivos pblicos e privados, diz, no
pargrafo 2 do seu artigo 23, que oacesso aos documentos sigilosos referentes
segurana da sociedade e do Estado serrestrito por um prazo mximo de 30 anos,
a contar da data de sua produo,podendo esse prazo ser prorrogado, por
uma nica vez, por igual perodo. Em 1997, o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso editou o Decreto 2.134,regulamentando o artigo 23 da lei sobre adivulgao de documentos oficiais. O
artigo 15 classifica os documentos pblicossigilosos em ultra-secretos, secretos,
confidenciais e reservados, estabelecendoprazos distintos para a sua divulgao, de
acordo com essas categorias.Segundo o decreto, os prazos de
classificao dos documentos sigilosos sode 30 anos para os ultra-secretos, 20 anos
para os secretos, 10 anos para os
confidenciais e cinco anos para osreservados. Esses prazos so diferentes dos
30 anos estabelecidos pela lei original.
A histria
escondida
nos pores
7Prensa
Aluizio Palmar jornalista efoi exilado poltico durante a ditadura
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debatePrensa88888
O fotojorn
uando se trata de informao tex-tual, a opinio unnime: o jor-nalista deve pautar-se pela verda-
qualidade d
Qde na tentativa de produzir uma notcia im-parcial e fiel ao fato. Para que no pairemdvidas, ainda: o que aconteceria se umjornalista inventasse uma informao nasua matria? Tal atitude seria repudiada pe-los rgos de defesa da qualidade de in-formao jornalstica? Em outras palavras, aceitvel um jornalista enganar seu leitorcom uma informao inverdica? A respos-ta, bvia, no.
O problema da qualidade da informa-o no exclusivo de texto. H muito tem-
po os profissionais da imagem, particular-mente os fotojornalistas, convivem com ofantasma da manipulao. Desde osprimrdios da atividade, por volta de 1842
(ano de uma das primeiras fotos de acon-tecimentos, uma imagem das conse-quncias de um incndio ocorrido em
Hamburgo, publicada na The IllustratedLondon News), existem relatos de foto-grafias forjadas ou no ato fotogrfico oumanipuladas em laboratrio.
A questo polmica e, embora mui-tos da rea discriminem este tipo de con-duta, casos de manipulao nofotojornalismo so comuns. Recentemen-te, o fotgrafo Brian Walski, do Los
Angeles Times, que cobria a invasoanglo-americana ao Iraque, foi demitidoaps editores constatarem que ele alte-
rou uma imagem no computador. BrianWalski ganhou as pginas de todo o mun-do, pela bela imagem que construiu e porsua conduta anti-tica.
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da Fenaj, desde que ela no esteja vencida ea mensalidade do associado esteja em dia.
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necessrio um nmero mnimo de interessados.
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(Extrado do portal da Fenaj
www.fenaj.org.br)
PRMIOS
Na 2 Guerra Mundial, o autor desta foto, Joe Rosenthal, chegouatrasado no momento que fuzilileiros fincaram bandeira dos EUA
e pediu para eles erguerem o mastro pela segunda vez
Fabrcio Azambuja
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lismo e aformao
Fabrcio Azambuja jornalista profissional formado pela Universidade Estadual de Londrina eatua no fotojornalismo h 4 anos. Atualmente, d aulas para alunos do curso de jornalismo da UDC.
Diretor de Imagem da Delegacia de Foz e Regio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais doParan. Home-Page: www.retratosdafronteira.com - E-mail: [email protected]
Pode-se dizer que o problema da cons-truo imagtica no fotojornalismo ganhoudestaque na mdia devido ao crescente usode tecnologias digitais, cujos recursos e fa-cilidades de manipulao seduzem os re-prteres-fotogrficos em busca de prest-gio e sucesso. Todavia, a prtica no umproblema que nasceu com a fotografia di-gital e sua manifestao na imprensa se ddesde sculos anteriores.
Em 1863, o fotgrafo AlexanderGardner protagonizou um dosprimeiros casos de encenao nofotojornalismo, durante a cober-tura da Guerra Civil Americana,o primeiro evento a ser cobertoa exausto pelos fotojornalistas.Na famosa fotografia A Casa deum Atirador Rebelde, Gardnerteria utilizado o corpo de solda-do sulista para conseguir umadas imagens mais marcantes do conflito.
A suspeita caiu sobre Gardner porque eleteria utilizado o mesmo corpo na foto Altima Casa de um Atirador Especial.
Outro episdio clssico. Durante a IIGuerra Mundial, o fotgrafo Joe Rosenthalimortalizou fuzileiros navais erguendo abandeira dos EUA aps a batalha contra oexrcito japons na ilha de Iwo Jima. Aimagem deu a Rosenthal a o prmioPulitzer de Fotografia, em 1945, a maior
premiao do jornalismo norte-americano.Anos depois, fotgrafos que tambm re-gistraram a cena denunciaram que o cole-
ga no estava no local no momento emque a bandeira foi fincada. A verdade veio tona: Rosenthal chegou atrasado ao lo-cal e pediu para os fuzileiros repetirem acena para que ele a fotografasse.
Diante de casos de manipulao, cabe apergunta: at que ponto aceitvel alterar ocontedo de uma foto, seja atravs de edi-o digital ou de construes da realidade?
Alterar o teor de uma foto de imprensa inaceitvel, em qualquer situao. tica apalavra que deve prevalecer no dicionrio
daqueles que trabalham com fotojornalis-mo, pois so poucos os recursospara coibir tal prtica. Se o pro-fissional tiver a inteno de ma-nipular, ele o far.
A profisso nasceu para vero mundo como ele , para le-
var a lugares distantes povos eculturas exticas, para denun-ciar, para servir como um re-gistro histrico, por mais banal
que seja esse registro. Nas palavras de
Henry Luce, fundador da Revista Life (re-ferncia no fotojornalismo) em 1936:...para ver a vida; para ver o mundo, sertestemunha dos grandes acontecimentos,observar os rostos dos mais pobres e osgestos dos orgulhosos; ver estranhas coi-sas mquinas, exrcitos, multides, som-bras na selva e na lua..., ...para ver e terprazer em ver; para ver e espantar-se; para
ver e ser instrudo.
Denuncie o descumprimento daConveno Coletiva de Trabalho, que
entre seus 51 artigos determina piso salarialde R$ 1.299,23, horas extras remuneradas
com 100% de acrscimo, banco de horassomente com aval do sindicato, anunio de
1% e cursos de formao.Cpias da CCT podem ser retiradas na
delegacia ou no stio www.sindijorpr.org.br
EXIJA SEUS DIREITOS!
diplomaTRF permite que
DRT exija diploma Em mais uma deciso favorvel
categoria, o Tribunal Regional Federal(TRF) da 4 Regio decidiu, em 14 demaio, por unanimidade, que a DRT deSanta Catarina pode exigir o diplomade curso superior em jornalismo de Clio Klein, redator do Dirio Catarinense,jornal do grupo RBS. A medida suspen-de os efeitos da sentena proferida pelaJustia Federal de Florianpolis em marode 2002. Klein ingressou com um man-dado de segurana na 2 Vara Federal dacapital catarinense para garantir o direi-
to de exercer livremente a profisso dejornalista, sem que o jornal fosse multa-do pela DRT, em diligncias solicitadaspelo Sindicato dos Jornalistas de SC.
Foz na mdiaO manifesto do Dia do Jornalista em
Foz do Iguau foi destaque na edionmero 11 do Boletim Eletrnico emDefesa da Profisso, editado pela Fenaje distribudo para jornalistas de todo oBrasil.
Defesa da Profisso Sindicatos se mobliziaram
novamente pela formao superior emjornalismo. Desta vez a data escolhidafoi o 1 de junho, Dia da Imprensa. Osatos engrossaram a bandeira levantada no 7 de Abril. Um novo manifesto da Federao Nacional dos Jornalistas(Fenaj) foi distribudo sociedadedurante os eventos.
Livro da campanha J est disponvel no site da Fenaj
(www.fenaj.org.br), em formato PDF, olivro Formao Superior em Jornalismo:Uma exigncia que Interessa Sociedade. Organizado pelo jornalistaFrancisco Karam, editado com o apoio da Universidade Federal de SantaCatarina, o livro traz a deciso da juzaCarla Rister e diversos argumentos deinstituies, jornalistas, professores eespecialistas sobre a polmica em torno do diploma e da formao.Contribuies para o novo livro devem ser encaminhadas para o [email protected].
(Notas extradas do boletim da Fenaj)
Problemada manipulao
ganhoudestaque namdia com ocrescente uso de tecnologias
digitais
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Palavras aPalavras aPalavras aPalavras aPalavras a
um colegaum colegaum colegaum colegaum colega
Simone Giacometti
Parecia um dia qualquer... no fosse a notciatriste da morte de um amigo. Dia 24 de maro, no
hospital Santa Casa em Foz do Iguau, FernandoCmara morreu vtima de um derrame, aos 38 anos.
Um jornalista que merece mais do que nuncanossa homenagem e admirao. Formado pela
Universidade do Vale dos Sinos, em So Leopoldono Rio Grande do Sul na dcada de 80, comeou a
carreira na cidade de Medianeira, no Jornal OMensageiro. O esprito inquieto, sempre em buscada informao, fez com que se mudasse para Fozdo Iguau. Na fronteira, arranjou emprego na TV
Cataratas, onde ficou durante 11 anos.Definido pelos colegas como um cara ranzinza eat mal humorado, Fernando no se contentava
com o jornalismo medocre, embora as vezes fossevencido pela rotina. Na realidade, era dono de um
humor refinado, um bom gosto apurado para
msica clssica e uma sensibilidade que o fazia vero mundo de um jeito nico.Os cabelos ruivos, a barba que nunca tirava, apaixo pelas orqudeas, a tara pelo cigarro e a
fascinao por uma boa conversa regada a cervejaou usque, eram marcas registradas. Ainda tinha
mais: adorava bicicletas e motos. E no dispensavaas piadas...ria da morte, do medo, do preconceito.Amante dos livros, encontrou na mulher, Geni, a
companheira ideal. Mas, nem mesmo ela foi capazde decifrar todos os mistrios da genialidade de
Fernando. ntegro, culto, capaz. Jornalista em tempo
integral. Poeta nos momentos de inspirao...
Quando o sol se peAtrs de guasDoces, salgadasFrias, quentes
Transparentes, barrentasNo apenas o sol que aqueceu o corpoEnegrece a pele
Alimenta as folhas
O sol que mergulhaNo giro incessante da terra
Trespassando instantes a crnica da vidaInsistentemente reescritaDiariamente repetida, repetida noite e dia
Feito sina e contemplamosCom ingnuo encantamentoCrnica dolorida, no percebemosQue de poente em ponteNossa vida
Tambm um dia h de se por
E restar ao sol o triunfoDe poder voltar outros amanhEnquanto ns, que a sua vaidade alimentamosUma vez anoitecidosNo podemos mais amanhecer
Crnica solar
Simone Giacometti jornalista
homenagemPrensa10
Roger Meireles
Fernando Cmara
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Ela pode fazer parte do dia-a-dia daspessoas.
Por que a poesia a arte literria quemenos vende? Enquanto forma dedespertar o senso crtico, a poesia pode setransformar em um bem culturalconsumido em larga escala? A poesiapode conviver com a sociedade moderna,cada vez mais competitiva e sua industriacultural consumista? A poesia comomatria escolar, ajuda no processo de seuconsumo? Quem escreve poesia ,necessariamente, um poeta?. Com essase outras perguntas, o poeta Carlos Luztentou desvendar os mistrios queenvolvem a poesia.
Tentamos chegar s respostascoletivamente, com a participao detoda a turma, diz Luz, para incentiv-los a seguir um raciocnio lgico.
No final de cada palestra oficina, opoeta lana um desafio para osestudantes: a partir de um tema,escolhido aleatoriamente no dicionrio,escrever um poema coletivo, mostrandoque a poesia no s inspirao, mastambm muita tcnica e trabalho. Oresultado um poema batizado pelopoeta como poema parabola (vocbulolatim, que derivou o termo palavra).
!cultura PrensaA Casa do Teatro, Movimento deCultura Popular Cuca Legal, editoraTravessa dos Editores em parceria coma Fundao Cultural, Aculfi e Sindicatodos Jornalistas, concluram a segundafase do projeto Mnimas poticas.
Levando at os estudantes do ensinomdio uma mostra de poesias,camisetas, livros, e muita conversa,atravs de uma palestra-oficina dopoeta Carlos Luz, o projeto pretendeu,ao mesmo tempo, popularizar edesmitificar a poesia.
Segundo Luz, que lanourecentemente o livro Poesia Mnimaeditado pela editora curitibana Travessados Editores, ainda existe um conceito
muito forte de que a poesia uma linguagem artsticaelitista, que poucosentendem e que versaapenas sobre o lirismo. Ainteno principal doprojeto provarjustamente o contrrio.A poesia pode
adquirir vriasformas e no um bicho-de-sete-cabeas.
A poesia ambulante
O mercado editorial do Paran ganhou mais um veculo
direcionado cultura. O Colt 45 estreou em abril trazendo aocircuito poesias e contos numa revista que um formato poucousual e um designer bastante atrativo. Ela pode ser encontradaem livrarias de Foz do Iguau por apenas R$ 3,00. O retorno
vem com desfrute na leitura.Nela, o leitor encontrar trabalhos de poetas, escritores,
designer grficos, estudantes e ornalistas. O elenco de estria composto por Helena Sut, Lena Gomes, Audrey Farah, Carlos
Luz, Jeff Menzen, Walmor Marcellino, ndia Veia, Z Beto
Maciel, Vera Gomes, Chico Guil, Shadia Menzen e ChristianeDonini Meredigya.Em seu primeiro nmero, a Colt 45 apresenta sua proposta
nas palavras de Jeff Menzen, um dos idealizadores do projeto., primeiramente, levar um pouco de poesia, arte econhecimento nossa sociedade e tambm, porque no, fazercom que ela exera a funo de pensar, divagar, contestar, criticar,enfim dar o seu grito, descreve o poeta.
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Centro Educacional Carrossel
Rua Xavier da Silva, 266 - CentroFone: (45) 572-2624 - Foz do Iguau - PR
Educao infantil
e ensino fundamental
Rua Marechal Deodoro, 943 - CentroFone: (45) 523-5105 - Foz do Iguau - PR
COLT 45, arte de grosso calibre
Novos caminhos
Tirar a poesia das estantes e daslivrarias, fazendo com que o maior
nmero de pessoas tenha acesso essaarte. Para Paulo Bogler, coordenador do
Movimento de Cultura Popular CucaLegal, essa a principal tarefa do
Mnimas Poticas.O Cuca Legal, que foi um dos
promotores do projeto A Praa emMovimento, tem vrios outros projetos
ligados s escolas de ensino mdio efaculdades da cidade.
A inteno do Cuca Legal popularizar a arte e, atravs dela, fazer
com que o jovem redescubra novosvalores.
Devido ao calendrio escolar asfaculdades Uniamrica e Unioeste
devero receber o Mnimas poticasem junho, mas em outra iniciativa indita
do projeto, j esto sendo afixadoscartazes com poemas do livro Poesia
Mnima nos nibus urbanos de Foz do
Iguau, por onde circulam, todos os dias,milhares de pessoas. S existe umaforma de popularizar a arte, abrir
caminhos para que ela chegue populao, defende Bogler.
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cultura Prensa 12