preÂmbulo - garruchos · 2019-08-05 · da organizaÇÃo dos poderes capÍtulo i do poder...

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LEI ORGÂNICA DO MUNICIPIO DE GARRUCHOS-RS 2009. PREÂMBULO A Câmara Municipal De Vereadores Do Município De Garruchos - RS, no uso das suas atribuições e prerrogativas que lhes são conferidas pela Constituição Federal E Constituição Do Estado Do Rio Grande Do Sul, afirmando a autonomia Municipal, como parte integrante da Federação Brasileira, promulga a seguinte Lei Orgânica.

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LEI ORGÂNICA DO MUNICIPIO DE GARRUCHOS-RS 2009.

PREÂMBULO

A Câmara Municipal De Vereadores Do Município

De Garruchos - RS, no uso das suas atribuições e

prerrogativas que lhes são conferidas pela

Constituição Federal E Constituição Do Estado Do

Rio Grande Do Sul, afirmando a autonomia

Municipal, como parte integrante da Federação

Brasileira, promulga a seguinte Lei Orgânica.

SUMÁRIO

TITULO I

DOS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICIPIO E A SUA

COMPETÊNCIA

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I

DO PODER LEGISTATIVO

DA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE

CAPÍTULO II

DO PODER EXECUTIVO

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

DAS RESPONSABILIDADES E INFRAÇÕES

POLITICO-ADMINISTRATIVAS

DO PREFEITO E VICE-REFEITO

DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS

DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

DOS BENS MUNICIPAIS

DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICO MUNICIPAIS

DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

DA SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL

DA EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTOS

ETURISMO

DA ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE

DAS DIPOSIÇÕES GERAIS

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

LEI ORGÂNICA MUNCIPAL

TÍTULO I

DOS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º - O município de Garruchos integra a união indissolúvel da Republica

Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande Do Sul. Regendo-se por lei

orgânica própria e demais lei que adotar. Organizando-se de forma autônoma

no que respeita a seu peculiar interesse, respeitando os princípios

estabelecidos na Carta Magna, e na constituição do Estado Do Rio Grande Do

Sul.

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO E SUA COMPETÊNCIA

Art. 2º - A cidade de Garruchos é sede do Município, cujos limites territoriais,

estabelecidos nos termos da legislação própria, só poderão ser alterados na

forma que a lei especificar.

Art 3º - São poderes do município, o Executivo e o Legislativo, cuja a atuação

de dará de forma independente e harmônica, vedando-se a delegação de

poderes, salvo exceções previstas nesta lei orgânica.

Art. 4º - São símbolos do município de Garruchos, a bandeira Municipal, o

Brasão e o Hino do Município.

§1º - até um ano da data da promulgação da presente Lei Orgânica, p poder

Público Municipal instituirá e regulamentará, mediante aprovação do

legislativo, concurso no âmbito estadual para criação de símbolos de que trata

o presente artigo.

§2º - fica instituído o dia 20 de março como data Magna do Município de

Garruchos.

Art. 5º - A autonomia do município é assegurada:

I – pela eleição direta de seus vereadores;

II – ela eleição direta do Prefeito E Vice –Prefeito;

III – pelo plebiscito;

IV - pela administração própria naquilo que respeita a seu peculiar interesse.

Art. 6º - Ao Município compete:

I – legislar sobre assuntos de interesse local;

II – suplementar a a legislação federal e estadual no que couber;

III – instituir e arrecadar tributos de sua competência, bem aplicar suas rendas,

sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos

prazos fixados em lei;

IV – criar, organizar e suprimir distritos, observadas a legislação estadual;

V – Organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concessão ou

permissão, os serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte

coletivo, que tem caráter essencial;

VI – manter, com cooperação técnica e financeira da União e do Estado,

programas de educação pré escolar e de ensino fundamental;

VII – prestar, com cooperação técnica e financeira da União e do Estado,

serviços de atendimento a saúde da população;

VIII – promover, no que couber adequado ordenamento territorial, mediante

planejamento, e controle de uso, do parcelamento e da ocupação do solo

urbano;

IX – promover a proteção do patrimônio histórico cultural local, observada a

legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

TÍTULO III

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVO

Art. 7º - O poder legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal,

componde-se de vereadores eleitos na forma da legislação em vigor, os quais

prestarão compromisso público e apresentarão declaração individual de bens,

em reunião da câmara Municipal no inicio de cada legislatura dia 1º de janeiro.

Parágrafo Único – vereador suplente prestará o compromisso, apresentando

sua declaração de bens, quando, na ausência do titular, for pela primeira vez

convocado a assumir o mandato.

Art. 8º - A Câmara Municipal de vereadores reunir-se-á anualmente, em sua

sede no período de 15 de janeiro a 15 de dezembro.

Parágrafo Único – no primeiro ano de cada legislatura os Vereadores reunir-se-

ão desde 1º de janeiro.

Art. 9º - A Câmara Municipal de vereadores poderá ser convocada

extraordinariamente pelo prefeito municipal, pelo presidente do legislativo, ou

por (1/3) dos vereadores. Sempre que haja matéria de interesse público para

ser apreciada.

Art. 10º - O juramento a ser preferido no compromisso de posse pelos

vereadores constará os seguintes termos: ”PROMETO DESEMPRENHAR O

MANDATO POPULAR QUE ME FOI CONFERIDO PELO POVO DESTE

MUNICÍPIO, NA DEFESA DA LEI, D AORDEM E DO PROGRESSO SOCIAL,

EM OBEDICÊNCIA AOS PRECEITOS DA ÉTICA E DA MORALIDADE”.

Art.11º - A par desta lei orgânica e demais leis em vigor, a Câmara de

Vereadores reger-se-á por seu regulamento interno.

Modifica a redação do inciso III do artigo 12 da Lei Orgânica Municipal.

Art. 12º - Competem privativamente a Câmara de Vereadores as seguintes

atribuições:

I – receber o compromisso dos vereadores, Prefeito e Vice- Prefeito, dando-

lhes a posse e recebendo-lhes a declaração de bens;

II – votar e reformar esta lei Orgânica e o Regimento interno, na forma

estatuída em lei;

III – Os subsídios do prefeito, vice-prefeito, presidente da Câmara Municipal,

vereadores e secretário municipais, serão fixados através de Lei de iniciativa

do Poder legislativo de uma legislatura para a legislatura subsequente no

mínimo 30 (trinta) dias antes das eleições municipais.

IV – conceder licença para afastamento do cargo ao prefeito, vice-prefeito e

vereadores;

V – criar comissão parlamentar de inquérito mediante aprovação de um terço

de seus membros;

VI – deliberar sobre vetos por maioria absoluta;

VII – fiscalizar as contas e atos do executivo, na forma da lei;

VIII – convocar o prefeito, vice-prefeito e secretários d município, em

requerimento aprovado por maioria simples, para prestarem esclarecimentos

sobre assuntos de suas competências;

IX – julgar o prefeito, vice-prefeito e vereadores na forma da legislação em

vigor;

X – autorizar o prefeito a contrair empréstimos, por maioria absoluta de seus

membros;

XI – conceder títulos e honrarias;

XII – autorizar por maioria absoluta, a alienação gratuita ou onerosa de bens

móveis de propriedade do município.

Art.13º - Compete a Câmara Municipal por iniciativa do prefeito:

I – dispor sobre matéria orçamentária, plano plurianual, diretrizes orçamentária,

orçamento anual, operações de crédito e dívida pública.

II – dispor sobre planejamento urbano, parcelamento e uso de solo urbano e

plano diretor;

III – legislar sobre assuntos de interesse local;

IV – dispor sobre criação, extinção ou transformação de cargos e funções

públicas, e respectivos vencimentos e remunerações.

Art. 14º Os vereadores são invioláveis por suas opiniões , palavras e votos, no

exercício do mandato, qualidade em que terão livre acesso a órgãos e

informações da administração do município.

Art. 15º - É vedado ao vereador:

a) Desde a expedição do diploma:

I – firmar ou manter contrato com o município, empresas concessionárias do

serviço público , autarquias e fundações, na forma da lei;

II – aceitar cargo, função ou emprego remunerado no âmbito da Administração

Publica, observado o dispositivo em lei.

b) Desde a posse:

I – patrocinar causa junto ao município e que sejam interessadas entidades de

Direito Público Municipal;

II – ser proprietário, diretor o controlador de empresa que goze de beneficio

contratuais junto ao município.

Art. 16º Perderá o mandato o Vereador que:

I – Infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II – revogado;

III – revogado;

IV – revogado;

Parágrafo Único – O procedimento para os casos previstos neste artigo será

estabelecido no regimento interno da casa.

Art. 17º - A Câmara concederá licença ao vereador:

I – quando for investido em cargo exoneráveis “ADNATUM” na administração

publica;

II – O vereador poderá licenciar-se para tratar de interesse particular sem

direito de remuneração pelo prazo não superior a 60(sessenta) dias, só

podendo ser renovado uma única vez na mesma sessão legislativa;

III – para tratamento de saúde, sem prejuízo de remuneração

Art.18º - no caso de licença, ou perda do mandato, convoca-se- á o suplente

vereador titular, o qual salvo motivo justo, deverá tomar posse no prazo de 03

dias de sua convocação.

DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 19º - O processo legislativo compreende a elaboração de:

I – Emenda a lei orgânica municipal;

II – leis complementares;

III – Leis Ordinárias;

IV – Decretos Legislativos;

V – Resoluções.

§ 1º - A lei orgânica poderá ser emendada e modificada por aprovação de

2/3(dois terços) do membros da Câmara, por proposta apresentada por

vereador ou pelo prefeito.

§2º - A lei orgânica não poderá ser emendada n vigência do Estado de sítio ou

intervenção no município.

§3º - Sempre que o prefeito manifestar propósito de expor assuntos de

interesse público a Câmara o receberá em sessão previamente designada.

Art. 20º - Esta lei orgânica, bem como as suas emendas serão discutidas e

votadas em 02(dois) turnos, com intervalo mínimo de 10(dez) dias, devendo ser

promulgada pela mesa da Câmara Municipal.

Art. 21º - Serão objetos de leis complementares(alterado pela emenda

001/2005 de iniciativa do prefeito municipal).

I – Código de obras;

II – Código de posturas;

III – Código tributário;

IV – Plano Diretor;

V – Regime Jurídico;

VI – Revogado.

Art.22º - São de competência exclusiva do prefeito, leis que disponham sobre:

I – criação, transformação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos

na administração direta e autárquica e fixação de remuneração;

II – servidores públicos;

III – criação, estruturação e atribuições das secretarias e departamentos ou

órgãos da administração pública;

IV – matéria orçamentária e tributária;

V – elaborar relatório de execução orçamentária;

VI – elaborar relatório de gestão fiscal.

Art. 23º - É da competência exclusiva da Mesa da Câmara, as leis que

disponham sobre:

I – abertura de créditos suplementares ou especiais referentes à sua dotação

orçamentária;

II – serviços administrativos da Câmara e criação, extinção ou transformação

de seus cargos, empregos ou funções e fixação das respectivas remunerações.

Art. 24º - Nos projetos de iniciativa e competência exclusiva do prefeito, não

serão admitidas emendas que aumentem despesas.

Art.25º - s projetos de iniciativa do prefeito, quando julgados urgentes pelo

autor, serão apreciados dentro de 30(trinta) dias, contando-se esse prazo a

partir do requerimento de urgência, sendo que, nesse prazo deverão ser

discutidos e votados.

Art. 26º - Os demais projetos deverão ser apreciados em 60 dias, salvo motivos

justificados pela mesa da Câmara.

Art.27º - os projetos rejeitados só poderão ser alvos de nova apreciação na

mesma sessão legislativa mediante proposta da maioria absoluta de seus

membros.

Art. 28º - aprovado o projeto de lei, este será enviado ao prefeito, que

aquiescendo o sancionara.

§1º - se o prefeito, considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional

ou contratio ao interesse público, vetá-lo –á, total ou parcialmente no prazo de

quinze dias úteis , contados da data do recebimento, e comunicará dentro de

quarenta e oito horas ao presidente da câmara os motivos do veto.

§2º - decorrido o prazo de sanção ou veto, o silêncio do prefeito importará na

sanção do projeto.

§3º - vetado e devolvido a Câmara Municipal, o veto ao projeto será discutido e

votado em votação única, e secreta no prazo de 30 (trinta) dias. Em caso de

rejeição do veto por maioria absoluta será o projeto remetido ao Prefeito para

promulgação em 48(quarenta e oito ) horas.

§ 4º - Derrubado o veto e não sendo o projeto promulgado pelo prefeito no

prazo estabelecido no parágrafo anterior, o presidente da Câmara o fará.

§ 5º - A autoridade que negar promulgação a oferecerá seus motivos e

fundamento da negativa por escrito, devendo a Câmara apreciar a justificativa

tudo sob pena de responsabilidade.

Art. 29º - Os atos administrativos de competência do Prefeito Municipal

deverão ser expedidos com observância dos princípios do Direito

Administrativo e da mais ampla publicidade.

DA FISCALIZAÇÃO E DO CONTROLE

Art. 30º - A fiscalização contábil, financeira e orçamentária do Município, será

exercida pela câmara de vereadores, com auxílio do Tribunal de Contas do

Estado, e compreenderá entre outro quesitos, a apreciação das contas do

prefeito, o acompanhamentos das atividades financeiras e orçamentárias do

Município, o desempenho da arrecadação e das despesas públicas, devendo

fornecer trimestralmente balancete de receita e despesas.

Parágrafo Único – o parecer do Tribunal De Contas Do Estado sobre as contas

dos poderes do Município somente deixarão de prevalecer por voto de 2/3 dos

membros da Câmara Municipal.

Art. 31º - As contas do município ficarão durante 60 dias, anualmente, à

disposição de qualquer contribuinte para exame.

§1º - a prestação de contas do Município referente à gestão financeira de cada

exercício será encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado, até o dia 31 de

março do ano seguinte.

§2º - Todo cidadão brasileiro, partido político, associação juridicamente

constituída, funcionários públicos ou sindicatos poderão denunciar perante o

tribunal de Contas do Estado, ou Câmara Municipal de Vereadores quaisquer

irregularidades de que tenham conhecimento.

CAPÍTULO II

DO PODER EXECUTIVO

Art. 32º - O Poder Executivo É Exercido Pelo Prefeito Municipal.

Art. 33° - O prefeito, e junto com ele o Vice- Prefeito tomarão posse no 1º dia

de janeiro do ano subseqüente ao ano da eleição, na Câmara de vereadores,

em sessão solene, prestando o seguinte compromisso: “PROMETO MANTER

E DEFENDER A LEI ORGÂNICA, OBSERVAR E RESPEITAR AS LEIS EM

VIGOR E EXERCER O MANDATO QUE FOI CONFERIDO PELO POVO DO

MUNICÍPIO DE GARRUCHOS NA DEFESA DE SEUS INTERESSES, DO

PROGRESSO E DO BEM ESTAR SOCIAL”.

§1º - O prefeito e juntamente com ele, o Vice- prefeito, no ato da posse,

apresentarão à Câmara suas declarações de bens.

§2° - Salvo motivo justificado, deverá o Prefeito e o Vice- prefeito tomar posse

até 10 dias da data estabelecida neste artigo, sob pena de serem os cargos

declarados vagos pela Câmara de Vereadores.

Art. 34º - No caso de impedimento, afastamento ou licença do Prefeito, suas

funções serão exercidas pelo Vice- prefeito e, na ausência deste por qualquer

motivo, o presidente da Câmara de Vereadores.

§1º - No caso de vacância do cargo, assim declarado na forma legal, assumirá

a chefia do executivo o Presidente da Câmara.

§2º - Quando o prefeito de afastar do Município por mais de 15(quinze) dias,

assumirá o cargo o Vice- prefeito, com todos os direitos relativos à função na

ausência deste por qualquer motivo o presidente da Câmara assumirá.

a)a transmissão do cargo será feita não gabinete do prefeito, mediante registro

obrigatório em ata.

Art. 35º - As impossibilidades e impedimentos que alcançam os Vereadores se

estendem ao Prefeito e Vice- prefeito naquilo que for aplicável.

Art. 36º - Será declarado vago pela câmara municipal o cargo de Prefeito e

Vice- prefeito, quando:

I – Ocorrer o falecimento, renúncia ou perda do cargo;

II – deixarem de tomar posse nos termos do Art. 33, §2º, desta Lei Orgânica;

III – infringir as normas do artigo anterior;

IV – perder ou tiver suspensos os direitos políticos.

DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 37º - Compete privativamente ao Prefeito Municipal:

I – representar o município, em juízo ou fora dele, ativa e passivamente;

II – indicar, empossar e exonerar seus auxiliares demissíveis “AD NUTUM”;

III – iniciar o processo legislativo nos casos previstos;

IV – sancionar, promulgar e dar publicidade às leis, bem como expandir

decretos e regulamentos para sua fiel execução;

V – vetar, total ou parcialmente, projetos de lei;

VI – dispor sobre a organização e funcionamento da Administração Municipal;

VII – efetuar desapropriações por necessidades ou utilidade pública ou

interesse social, na forma da lei e mediante prévia aprovação legislativa;

VIII – contratar a prestação de serviços e obras mediante processo licitatório

nos casos em que seja exigível;

IX – planejar e executar os serviços públicos municipais;

X – promover os cargos públicos na forma da lei;

XI – oficializar vias e logradouros públicos mediante prévia aprovação

legislativa;

XII – propor ao poder legislativo o arrendamento, aforamento ou alienação de

bens municipais, bem como aquisição de outros, mediante prévia avaliação e

licença;

XIII- propor a divisão administrativa do município, mediante prévia autorização

legislativa;

XIX – apresentará à Câmara Municipal de Vereadores, relatórios de todas as

diárias percebidas em atividades desenvolvidas fora do município, devendo

constar à data de viagem, data de retorno e descrição das atividades

desenvolvidas pelos agentes políticos e demais servidores, descritos no artigo

47º inciso I, da Lei Orgânica Municipal;

XX – o Prefeito Municipal, ao final do mandato, deverá entregar ao seu

sucessor, relatório em separado, secretaria por secretaria, com assinatura do

responsável, onde deverá constar:

a)número e nome dos funcionários lotados, função e salário;

b) material tombado e onde se encontra;

c) número de obras ou serviços prestados, discriminados, com data e

favorecimento;

d) destinação especificada e discriminada, inclusive com data de todas as

operações realizadas pelo executivo, que importem em despesas, com nome

do beneficiário.

DAS RESPONSABILIDADES E INFRAÇÕES POLÍTICO ADMINISTRATIVAS

DO PREFEITO E VICE- PREFEITO

Art. 38º - Importam em crime de responsabilidade ou infração político-

administrativa os atos do Prefeito ou Vice- prefeito que atendem contra leis e

especialmente:

I – o livre exercício dos poderes constituídos;

II – o exercício dos direitos individuais, políticos e sociais;

III – a probidade administrativa;

IV – a ética, a moral, os bons costumes e o decoro;

V – deixar de atender no prazo de 30 dias os pedidos de informação da

Câmara Municipal.

§1º - A Câmara Municipal tomando conhecimento de qualquer ato do prefeito

que possa configurar infração comum ou crime de responsabilidade nomeará

comissão especial para apurar os fatos, estabelece o prazo que deverão ser

apreciados em plenário.

§2º - Em ano eleitoral é vedado ao prefeito, no período de 90 dias antes da

eleição até a data da posse do eleito, tomar a iniciativa de leis que disponham

sobre as seguintes matérias:

I – planos e quadro de carreira de funcionários municipais;

II – isenções e anistias fiscais;

III – vantagens pecuniárias, adicionais e gratificações aos servidores

municipais.

Art. 39º - A cassação ou extinção do mandato do prefeito e Vice- prefeito

obedecerá ao disposto na legislação em vigor:

Art. 40 O Prefeito Municipal será julgado, nos crimes comuns, perante o

Tribunal de Justiça, e nos crimes de responsabilidade, perante a Câmara de

Vereadores, mediante voto de 2/3 de seus membros.

§1º - O Prefeito Municipal ficará suspenso de suas funções.

I – nos ilícitos comuns, a partir do recebimento da denúncia ou queixa pelo

Tribunal de Justiça;

II – nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela

Câmara Municipal de Vereadores;

III – Se dentro de 180 dias o julgamento não estiver concluído, cessará o

afastamento, sem prejuízo do prosseguimento do processo.

DO AFASTAMENTO E DAS LICENÇAS

Art.41º - O prefeito não poderá se ausentar do Município por mais de 15

(quinze) dias sem prévia licença da Câmara Municipal.

Art. 42º - O Prefeito Deverá solicitar licença para afastar-se do Município nos

casos de:

I – tratamento de saúde cuja necessidade será comprovada mediante

apresentação de laudo médico;

II – tratamento de assuntos de interesses da Administração Pública Municipal

por mais de 05 dias.

Parágrafo Único – Em ambos os casos, farão jus à percepção de sua

remuneração, na forma da lei.

Art.43º - O Prefeito poderá licenciar-se por prazo não superior a 120 dias, sem

remuneração, para tratamento de assuntos particulares.

Art.44º Em caso de afastamento para tratar de assuntos de interesse da

administração, o Prefeito fará jus à percepção de diárias, na forma estabelecida

na lei.

Art.45º - O Prefeito receberá subsídio fixado pela Câmara Municipal de na

legislatura anterior, para vigorar durante a legislatura que vier assumir de

acordo com do disposto no Artigo 12 inciso III desta lei.

Art.46º - Revogado.

§1º - Revogado.

§2º - Revogado.

Art. 46 – O Vice- prefeito, somente fará jus à percepção de subsídio de

Prefeito, quando no exercício do cargo.

DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO

Art. 47º - São auxiliares diretos do Prefeito, de sua livre escolha e nomeação,

demissíveis “AD NUTUM”:

I – Os secretários Municipais, Chefe De Gabinete, Consultor Jurídico E

Diretores, ao assumirem seus cargos darão declarações de bens e serão

renovadas anualmente e ficarão arquivadas na Secretaria Municipal da

Administração, das quais serão remetidas cópias ao Poder Legislativo.

DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS

Art. 48º - São servidores do Município os que ocupam cargos, funções ou

empregos na administração direta, nas autarquias e fundações, bem como os

admitidos temporariamente na forma da lei.

Parágrafo Único – Os direito e deveres dos servidores, públicos, serão

disciplinados na Lei pertinente que instituis o Regime Jurídico e o Plano de

Carreira.

Art.49º - É vedado ao poder Público Municipal ceder funcionários sem prévia

autorização do Poder Legislativo.

Art. 50º - A investidura nos cargos de serviço público se dará por concurso,

ressalvadas as nomeações para cargo de confiança, de livre nomeação e

exoneração, e as contratações por tempo determinado para atender

necessidade temporária previstas na Constituição Federal.

Art. 50 A – Aos servidores Municipais titulares de cargos efetivos, incluindo

suas autarquias ou fundações, é assegurado o regime de previdência de

caráter contributivo observado critérios que preservam o equilíbrio financeiro e

atualizados por legislação própria.

Art.51º - O pagamento da remuneração mensal dos servidores públicos será

efetivamente até o quinto dia útil do mês seguinte.

DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 52º - Das Leis, decretos e demais atos municipais, far-se-á sua publicação,

quando a lei não estabelecer ao contrário, na sede do respectivo poder, em

local visível e de acesso ao público.

Art. 53º - Os atos praticados pela Administração Pública Municipal obedecerão

as normas estabelecidas na Constituição Federal, Constituição Estadual, Lei

Orgânica e demais legislações correlatas.

DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 54º - Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a

competência da Câmara de Vereadores e sua autonomia na que tange com

aqueles utilizados em seus serviços.

Art. 55º A alienação de bens municipais ou aquisição de outros, sob forma,

gratuita ou onerosa, dependerá de prévia avaliação e aprovação de 2/3 dos

membros da Câmara de Vereadores.

Parágrafo Único – O Prefeito, mediante prévia autorização de 2/3 dos membros

da Câmara de Vereadores, poderá outorgar concessão de direito real do uso

sobre bens imóveis, ou permissão de uso utensílio precário e por prazo

determinado.

Art. 56º - constituem bens municipais todas as coisas móveis, imóveis, direitos

e ações que, a qualquer título, pertençam ao Município.

§1º - é vedada a doação ou venda de qualquer fração dos parques, praças,

jardins e dos lagos públicos.

§2º - Os bens municipais deverão ser cadastrados devendo ser conferidos e

inventariados a cada exercício, prestando-se contas à Câmara de Vereadores

anualmente até 31 de março do ano subseqüente ao da competência.

DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS

Art.57º - Nenhum empreendimento, obra ou serviço público poderá ter início se

prévia elaboração do plano anual respectivo contendo discriminação

pormenorizada do investimento, recursos para atendimento da respectiva

despesa, orçamento e prazo de início e conclusão.

Parágrafo Único – A concessão ou permissão para exploração de serviços

públicos, a título precário, poderá ser outorgada mediante concorrência pública

na forma da lei e após prévia autorização legislativa por maioria absoluta.

DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

Art.58º - O sistema tributário do Município é regulado pelas Constituições da

União e do estado, pelo Código Tributário Municipal e demais legislações.

Parágrafo Único – O sistema tributário compreende a criação e cobrança de

impostos, taxas e contribuições estabelecidas na forma da lei.

Art. 59º - A instituição e cobrança de tributos atenderão a capacidade

contributivo- financeira do contribuinte municipal.

Parágrafo Único – A concessão de isenções, anistias, remissão, benefícios e

incentivos fiscais dependerão de prévia autorização legislativa sendo sempre

no prazo determinado.

Art.60º - São tributos da competência municipal:

I – Imposto sobre:

a) Propriedade predial e territorial urbana;

b) transmissão “inter-vivos” a qualquer título;

c) Revogada.

d) serviços de qualquer natureza excetos de competência estadual, definidos

em Lei Complementar Federal.

II – taxas;

III – contribuições de melhoria.

Art. 61º - O sistema Orçamentário municipal deverá obedecer no que couber,

ao disposto nas Constituições Federal e Estadual, bem como a legislação

ordinária em que vier a ser constituída.

DA SAÚDE E AÇÃO SOCIAL

Art. 62º - É de responsabilidade da Secretária de Saúde e Ação Social do

Município, a fiscalização e inspeção de alimentos, compreendido o controle de

seu teor nutricional, bem como bebidas de águas para consumo humano.

Art. 63º - A secretaria de Saúde e Ação Social do Município deverá participar

do controle de fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de

substâncias e produtos psicoativos tóxicos e radiativos.

Art. 64º - O Município prestará assistência social a quem dele necessitar

visando, em outros, os seguintes objetivos:

I – proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e a velhice;

II – amparo aos carentes desassistidos;

III – promoção da integração e reabilitação ao mercado de trabalho;

Art. 65º - É vedado aos serviços públicos de saúde cobrar pela assistência ao

usuário.

Art.66º - A inspeção média nos estabelecimentos de ensino municipal terá

caráter obrigatório antes de cada ano letivo.

Art. 67º - Os recursos repassados pelo Estado e pela União “a Saúde do

Município” não poderão ser utilizados em outras áreas.

Art. 67 A – Os recursos públicos aplicados a saúde não poderão ser inferiores

ao percentual previsto na Constituição Federal pela Emenda Constitucional 29.

Art. 68º - O Município dará assistência dentária preventiva e curativa a todas as

pessoas comprovadamente carentes.

Art. 69º - É obrigação da Secretária de Saúde, manter todas as escolas

municipais com medicamentos de primeiros socorros.

Art. 70 – O Município deve dinamizar o rendimento nos posto de saúde já

existentes de forma permanente e racional.

DA EDUCAÇÃO, DESPORTOS E TURISMO

Art. 71º - É dever do Município em colaboração do Estado:

I – garantir o ensino fundamental público, obrigatório e gratuito, inclusive para

os que não tiverem acesso na idade própria;

II – Revogado.

III – proporcionar atendimento educacional aos portadores de deficiência aos

superdotados.

Art. 72º - O Município organizará seu sistema de ensino atuando

prioritariamente na educação pré- escolar e no ensino de 1º grau, respeitando

as Diretrizes e as bases fixadas pelas legislações Estadual, Federal e

municipal.

Art. 73º - Os recursos públicos destinados à educação nunca inferiores a 25%

do orçamento, conforme artigo 22 da Constituição Federal será aplicado no

ensino público, podendo também ser dirigidos às escolas comunitárias, às

creches e a educação pré- escolar.

Art. 74º - O Município complementará os recursos repassados pela União e

Estados para execução dos programas permanentes e gratuitos de material

didático, transporte, alimentação, assistência à saúde e de atividades culturais

e esportivas.

Art. 75º - Semestralmente o Governo Municipal, publicará relatório de execução

financeira de despesa em educação, por fonte de recursos, discriminado os

gastos mensais enviando cópias ao poder legislativo.

Parágrafo Único – A autoridade competente será responsabilizada pelo não

cumprimento do disposto neste artigo.

Art. 76 º - Os Diretores das Escolas Públicas Municipais serão designados e

nomeados através de portaria pelo Poder Executivo Municipal.

Art. 77º - O Município, em colaboração com o Estado promoverá:

I – política de formação de profissional nas áreas em que houver carência de

professores para atendimento de sua clientela;

II – curso de atualização e aperfeiçoamento, aos seus professores e

especialistas, nas áreas em que estes atuarem e houver necessidade;

III – política especial para formação, a nível médio, de professores para séries

iniciais de ensino fundamental.

Art.78º - É dever de o Município fomentar o desporto, lazer e recreação, como

direito de todos, observado:

I – a promoção prioritária do desporto educacional em termos de recursos

humanos e materiais em suas atividades, meio e fim;

II – a dotação de instalações esportivas e recreativas para as instituições

escolares públicas;

III – a garantia de condições para a prática de educação física, do lazer e do

esporte ao deficiente físico, sensorial e mental;

IV – o tratamento diferenciado para o desporto profissional;

V – organização de campeonatos municipais e jogos interescolares em todas

as modalidades.

Art. 79 – O poder Público Municipal determinará, pelo menos, um por cento do

seu orçamento anual para ser aplicado na área esportiva.

DA ECOLOGIA E DO MEIO AMBIENTE

Art. 80º - Todos têm o direito ao meio ambiente equilibrado, impondo-se ao

Poder Público e a coletividade, o dever de defendê-lo, preservá-lo, e restaurá-

lo para os presentes e futuras gerações;

a) Fica proibido o Município de Garruchos:

I – o corte injustificado de árvores na zona urbana;

II – o depósito de substâncias radioativas tóxicas;

III – o armazenamento de produtos agrotóxicos, sem conhecimento do órgão

competente do Município;

IV – a instalação de usinas nucleares;

V – a fabricação, comercialização e uso de produtos químicos, e biológicos.

Inclusive agrotóxicos, cujo uso tenha sido, considerado nocivo por organização

de saúde;

VI – a utilização de metais pesados em qualquer processo de extração,

produção e beneficiamento, que possam resultar na contaminação do meio

ambiente natural;

VII – a pesca predatória, e extração artesanal e de subsistência;

VIII – a caça de aves e animais;

IX – a instalação e funcionamento de fábricas e indústrias no perímetro urbano,

que causem qualquer tipo de poluição prejudicial à saúde humana e ao meio

ambiente.

Art. 81º - Para auxiliar a Administração Municipal, o poder Executivo poderá

instituir:

I – Código de uso do solo agrícola;

II – fundo de indenização do meio ambiente;

III – serviço municipal de controle de caça e pesca;

IV – serviço de guarda, vigilância, depósito e fiscalização de resíduos tóxicos,

defensivos e inseticidas e de transporte de substâncias radioativas e

inflamáveis;

V – conselho de desenvolvimento da zona rural, com finalidade de estabelecer

a política agrícola, a partir de planos plurianuais de desenvolvimento;

VI – serviço de cadastramento de trabalhadores rurais sem terra no Município.

Parágrafo Único – Os planos de desenvolvimento da zona rural serão

aprovados pela Câmara Municipal de Vereadores.

Art. 82º - O Município criará por Lei Ordinária áreas de proteção ambiental,

objetivando preservar regiões que tenham riquezas naturais cuja devastação

possa gerar desequilíbrio ecológico.

I – a Secretária Municipal da Agricultura coordenará e desenvolverá estudos

para a produção de mudas nativas, silvestres, ornamentais, frutíferas e de

jardinagem;

II – fica a secretária de Agricultura obrigada a apresentar no prazo de um ano

da promulgação desta lei orgânica, estudos práticos para o fomento da

piscicultura;

Art. 83º - I Município criará normas de incentivo para o reflorestamento nas

zonas rural e urbanas.

Art. 84º - será criado no prazo de dois anos a contar da publicação desta lei, o

plano de arborização rural e urbana do município.

Art. 85º - O Poder Público Municipal é co-responsável pela fiscalização e

cumprimento da legislação Federal e Estadual que vise à proteção do meio

ambiente.

Art.86º - a Lei disporá sobre o controle e fiscalização do processamento e

destinação do lixo doméstico, de industrias, de hospitais, de laboratórios de

pesquisas e de análises clínicas e assemelhadas.

Art. 87º - a comercialização de produtos agrotóxicos, assim definidos em Lei

Federal, somente será feita por empresa devidamente cadastrada no órgão

competente do Poder Executivo Municipal.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 88º - A Prefeitura e a Câmara Municipal serão obrigadas a oferecer à

qualquer interessado, no prazo mínimo de 30(trinta) dias, as informações

solicitadas atinentes aos atos administrativos.

Art. 89º - Até 02 anos da promulgação desta Lei Orgânica, o Poder Público

Municipal é obrigado a organizar o cadastramento individualizado de seus

imóveis, regularizando a situação dos que estiverem ocupados, na forma da lei.

Art. 90º - Até 90 dias após a promulgação da Lei Orgânica a Câmara de

Vereadores aprovará seu regimento interno.

Art. 91º - A Câmara de Vereadores poderá conceder anualmente, por voto de

2/3 de seus membros, a comenda JOSÉ FABRÍCIO DA SILVA PRIMO para

pessoa que haja prestado relevantes serviços ao Município.

Art. 92º - Até um ano da promulgação desta Lei Orgânica o Executivo

encaminhará à Câmara e esta votará o Código de Posturas, Código Tributário

do Município, Código de Obras, Plano Diretor e o Regime Jurídico dos

Servidores Municipais.

Art. 93º - Será de 04 anos a duração do mandato do Prefeito, Vice- prefeito e

Vereadores, eleitos em pleito diretos e simultaneamente em todo país, até 90

dias antes do término dos que devam ser sucedidos.

Art. 94º - É assegurada a participação das associações representativas da

comunidade, sob forma de cooperação, no planejamento municipal na forma a

ser regulada por lei ordinária.

Art. 95º - É assegurada a iniciativa popular de projeto de lei de interesse

específico do Município, da cidade ou de bairros, desde que, conte com

assinatura de, no mínimo, 5% do eleitorado.

Art. 96º - O Prefeito perderá o mandato, além dos casos previstos nesta Lei

Orgânica, quando infringir o disposto no art.28, parágrafo único, da

Constituição Federal, com a ressalva ali contida.

Art. 97º - As contas dos Poderes Executivo e Legislativo, prestadas

anualmente, serão julgadas pela Câmara 60 dias após o recebimento do

parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado, o qual deixará de prevalecer

por voto de, no mínimo 2/3 dos membros da Câmara de Vereadores.

Art. 98º - O Prefeito, sob pena de responsabilidade enviará à Câmara de

Vereadores, nas datas e prazos previstos nesta Lei Orgânica, o Plano

Plurianual de Investimentos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento

anual.

Art.99 º - O Prefeito Municipal, sob pena de responsabilidade, deverá colocar à

disposição da Câmara de Vereadores, até o dia 20 do mês em curso, a parcela

correspondente ao duodécimo de sua dotação orçamentária.

Art. 100º - Na aquisição de bens e contratação de serviços, o Poder Público

dará preferência, em igualdade de condição, a empresas com sede no

Município.

Parágrafo Único – Será sempre observado o principio da concorrência pública

preliminar, tendente a apurar a melhor ofertar, preço, condição e qualidade do

bom preço ou serviço.

Art. 101º - É assegurada à Câmara de Vereadores, a prestação das

informações que solicitarem aos Órgãos Estaduais da Administração direta e

indireta sediados no Município, no prazo de 10 dias a contar da solicitação.

Art. 102º - É competência do Município de Garruchos, além do previsto na

Constituição Federal e Estadual:

I – exercer o Poder de Política Administrativa nas matérias de interesse local,

tais como proteção à saúde, vigilância e fiscalização sanitária, proteção ao

meio ambiente, ao sossego público, à higiene, podendo dispor sobre seus

regulamentos e penalidades.

II – dispor sobre horário de funcionamento do comércio local;

III – regular o tráfego e o trânsito nas vias públicas municipais;

IV – dispor sobre autorização, permissão e concessão de uso de bens públicos

municipais, não forma da lei;

V – promover a proteção ao ambiente natural, flora e fauna do Município;

VI – disciplinar a coleta, transporte, destinação e tratamento do lixo urbano;

VII – disciplinar o transporte, depósito, armazenagem e comercialização de

substâncias tóxicas, explosivas ou de qualquer forma, mesmo que

potencialmente, nocivas ou perigosas à saúde e a segurança da população;

VIII – promover e fomentar a prática poliesportiva amadorística.

Parágrafo Único – A competência no presente artigo, quando não

expressamente definida em Lei Orgânica, será exercida por iniciativa do

Executivo ou Legislativo, mediante aprovação da maioria absoluta dos

membros da Câmara de Vereadores.

Art. 103º - até 90 dias do promulgação da presente Lei Orgânica, deverá o

Executivo encaminhar à Câmara de Vereadores, projeto de lei criando o

Conselho Municipal de Desporto.

Art. 104º - É dever do Poder Público a elaboração do Planejamento Municipal,

atendendo as disposições legais em vigor e basicamente a elaboração de:

I – Plano diretor;

II – Plano Plurianual de Investimento;

III – Lei de Diretrizes Orçamentárias;

IV – Orçamento anual.

§1º - O Plano Diretor será encaminhado à Câmara obrigatoriamente, até o final

do 2º ano da atual legislatura;

§ 2º - O Plano Plurianual de Investimento, contendo o programa a ser

desenvolvido durante os 04 ano de mandato, devendo vigir até o 1º ano de

mandato seguinte, deverá ser encaminhado à deliberação da Câmara de

Vereadores até o final do 8º mês da legislatura em curso, ou seja, até o final de

agosto do primeiro ano de cada legislatura;

§3º - A Lei de Diretrizes Orçamentárias de vigência anual e contendo as metas

e prioridades da administração pública para o exercício seguinte, deverá ser

enviada a Câmara de vereadores até o final de setembro do anterior ao de sua

aplicação;

§4º - O Orçamento Anual, compatível com Lei de Diretrizes Orçamentárias e

qualificador dos recursos necessários para a execução de suas metas e

prioridades, deverá ser encaminhados à Câmara de Vereadores até 31 de

outubro do ano anterior ao de sua aplicação.

Art.105º – O Plano Diretor de que trata o “caput” do artigo anterior, inciso I,

destinado a promover o adequado ordenamento territorial do Município em sua

parte urbana, deverá ser instrumentalizado através da seguinte legislação

básica:

I – Lei do Plano Diretor;

II – Lei do Uso, ocupação e parcelamento do solo urbano;

III – Código de obras e edificações;

Art. 106º - Pertence, ainda, ao Município a participação no produto de

arrecadação dos impostos da União e do Estado previstas nas Constituições

Federal e Estadual e outros recursos que lhe sejam conferidos.

Art.107º - Compete, ainda, ao Município, concorrentemente com a União ou o

Estado ou, supletivamente a eles:

I – abrir e conservar estradas rurais e ruas urbanas e determinar a execução de

serviços públicos;

II – promover a defesa sanitária vegetal e animal;

III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico

e cultural;

IV – fiscalizar o transporte coletivo nos limites do município;

V – fiscalizar a saída de produtos do Município;

VI – regulamentar e exercer atribuições não vedadas pelas Constituições

Federal e Estadual.

Art. 108º - Os Servidores Públicos Municipais efetivos e de Cargo em

Comissão, Função Gratificada de chefia ou Assessoramento, perceberão um

salário fixado para cada cargo ou atribuição a título de 13º salário no mês de

dezembro de cada ano.

ATO DE SISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º - O Prefeito, O Vice- Prefeito e os Vereadores prestarão compromisso

de manter, defender e cumprir a Lei Orgânica, no ato e na data de sua

promulgação.

Art.2º - Deverá o Poder Executivo Municipal, dentro de 18(cento e oitenta) dias,

após a promulgação desta Lei Orgânica, dotar o Município de fiscais de

tributação, para evitar a evasão de produtos sem nota fiscal, ou guia modelo

15.

Art. 3º - Deverá o Poder Executivo Municipal, dentro de 180(cento e oitenta)

dias, a contar da promulgação desta Lei Orgânica, criar o Código Tributário,

Código de Po0sturas, Plano Diretor, Quadro de Carreira do Magistério

Municipal e Quadro de Carreira do Funcionalismo Municipal, bem como outros

que se fizerem necessários ao Município.

Art. 4º - Deverá o Poder Executivo Municipal, dentro de um ano, a contar da

promulgação desta Lei Orgânica, viabilizar a anexação ao patrimônio do

Município de terrenos balidos e abandonados.

Art. 5º - O Município estabelecerá, em Lei, o seu zoneamento urbano, bem

como as normas para edificações e loteamento urbano ou para fins de

urbanização, atendidas as peculiaridades locais e a legislação Federal

pertinente.

DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 1º - Deverão os Poderes do Município:

I – auscultar, permanentemente a opinião pública, de modo especial através

dos conselhos comunitários e das associações de classe, para realização de

obras de vulto;

II – divulgar, com a devida antecedência, os anteprojetos de lei sobre

codificações, bem como, sempre que o interesse público o aconselhar, os

anteprojetos de outras leis, estudando as sugestões recebidas e, quando

oportuno, manifestar-se s0obre as mesmas;

III – tomar medidas para assegurar a celeridade na tramitação e solução dos

expedientes administrativos, punindo disciplinarmente, nos termos da lei, os

servidores faltosos;

IV – facilitar aos servidores municipais sua participação em cursos, seminários,

congressos e conclaves semelhantes, que lhes proporcione aperfeiçoar seu

conhecimentos quando da realização de obras públicas pelo município;

V – realizar audiências públicas com a comunidade para dar ciência do

gerenciamento e aplicação dos recursos públicos quando da realização de

obras públicas pelo município.

Art. 2º - O Município providenciará para que todos quantos exerçam cargos de

direção, ou seja, responsáveis pela guarda e manipulação de dinheiro público,

ou de bens pertencentes ao patrimônio municipal. Apresentem, ao assumirem

cargo ou função, declaração de bens e valores.

Art. 3º - É vedada qualquer atividade político-partidária, nas horas e locais de

trabalho, a quantos prestem serviços ao Município.

Art. 4º - Aos funcionários municipais é vedada qualquer participação, direta ou

indiretamente, no produto de receita do Município.

Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua promulgação.

PROMULGADA EM 22 DE AGOSTO DE 1994 PELOS SEGUINTES

VEREADORES DA GESTÃO 1993/1996.

João Silveira da Rosa, Ronald Schatz, Ivo Barbosa Ponsi, Ivo Leoveral

Santiago, Rude Antônio Lottermann, João Carneiro Sarmento, João Rogério

Feyh, José Correa Taborda e Valdomiro Fontana da Rosa.

VEREADORES DA GESTÃO

LEGISLATIVA 2009/2012.

João Silveira da Rosa, Vanderlei André Santoni, Francisco Gilmar Leal,

Aparecida Dallepiane, Marcos Fernando Schwaab, Ivo Leoveral Santiago

Alves, Jorge Adão Almeida de Morais, Maria Janice Rodrigues Maroneze e

CarlosGilberto Alves Machado.

CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DO MUNICÍPIO DE GARRUCHOS,

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AOS 03 DIAS DO MÊS DE NOVEMBRO

DE 2009.