preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · a revisão bibliográfica...

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Ano letivo 2017/2018 Licenciatura em Ciências da Comunicação Unidade Curricular de Seminário Preferências de comunicação por consumidores de diferentes gerações. Contributos para o estudo do CRM das empresas de telecomunicações móveis. Relatório de investigação Francisco Banha e Silva | Orientando: nº. 219769 | [email protected] Orientadora: Professora Doutora Raquel Barbosa Ribeiro 22 de junho de 2018

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Page 1: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

Ano letivo 2017/2018

Licenciatura em Ciências da Comunicação

Unidade Curricular de Seminário

Preferências de comunicação por consumidores de diferentes

gerações. Contributos para o estudo do CRM das empresas de

telecomunicações móveis.

Relatório de investigação

Francisco Banha e Silva | Orientando: nº. 219769 | [email protected]

Orientadora: Professora Doutora Raquel Barbosa Ribeiro

22 de junho de 2018

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IMAGEM DA CAPA: Imagem retirada do banco de imagens online Pexels

(https://pexels.com) consultado a 18/11/2017.

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Índice

Introdução ......................................................................................................................... 6

1. A comunicação de marketing relacional das empresas de telecomunicações móveis .. 8

1.1. O marketing relacional, o marketing geracional e a Teoria da Persuasão .............. 8

1.1.1 A comunicação de marketing relacional ............................................................ 9

1.1.2. A Geração X e a Geração Z ............................................................................. 9

1.2. Enquadramento temático ......................................................................................11

1.2.1. A nível nacional...............................................................................................11

1.2.2 A nível internacional .........................................................................................12

1.2.3. O mercado das telecomunicações móveis em Portugal ..................................13

2. Opções metodológicas ................................................................................................15

3. Análise dos resultados .................................................................................................17

3.1. A comunicação de marketing relacional desenvolvida pelas empresas de

telecomunicações móveis ............................................................................................17

3.2. As necessidades de expetativas das gerações X e Z portuguesas relativamente à

comunicação de marketing relacional ..........................................................................23

4. Discussão dos resultados ............................................................................................29

5. Considerações finais ....................................................................................................32

Bibliografia .......................................................................................................................33

Apêndices ........................................................................................................................37

Apêndice 1 – Tabela 1: Análise de conteúdo a mensagens de texto ............................37

Apêndice 2 – Inquérito por questionário – “Comparar as necessidades e expectativas

das gerações portuguesas relativamente à comunicação das empresas de

telecomunicações móveis” ...........................................................................................37

Índice de gráficos

Gráfico 1: Mensagens de texto recebidas pelos utilizadores ………………………………18

Gráfico 2: Número de palavras contidas, em média, por mensagem ……………………. 19

Gráfico 3: Período do dia (receção da mensagem) ………………………………………… 20

Gráfico 4: Período do dia (receção da mensagem) por grupos …………………………... 20

Gráfico 5: Utilização de emojis/smiles ………………………………………………………. 21

Gráfico 6: Tipo de linguagem utilizada ………………………………………………………. 22

Gráfico 7: Presença de anexos e/ou hiperligações ………………………………………… 22

Gráfico 8: Geração dos inquiridos ……………………………………………………………. 23

Gráfico 9: Comunicação mais apelativa ……………………………………………………... 24

Gráfico 10: Meio de contato mais frequente ………………………………………………… 24

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Gráfico 11: Via de contato preferencial ……………………………………………………… 25

Gráfico 12: “Considero que a minha operadora de rede móvel comunica de forma

personalizada para mim” ……………………………………………………………………… 27

Gráfico 13: “Sou contatado/a em datas comemorativas, como no meu aniversário, por

parte da minha operadora de rede móvel” ………………………………………………..… 27

Gráfico 14: Utilização do nome próprio ou da segunda pessoa do singular (tu) ……….. 28

Gráfico 15: Relação estabelecida entre o consumidor e a sua operadora de rede móvel

……………………………………………………………………………………………………. 29

Índice de figuras

Figura 1: Características das mensagens de texto ………………………………...………. 26

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Preferências de comunicação por consumidores de diferentes gerações.

Contributos para o estudo do CRM das empresas de telecomunicações móveis.

Resumo: O presente relatório de investigação explora a comunicação de marketing

relacional, uma prática cuja presença, impacto ou forma de como é difundida já foi

estudada por alguns autores. Contudo o estudo desta temática incorporada com outros

conceitos da área da comunicação de marketing é muito limitado. O principal objetivo

desta investigação é compreender as semelhanças e diferenças das Gerações X e Z

portuguesas na adesão à comunicação de marketing relacional das empresas de

telecomunicações, relacionando os conceitos de comunicação de marketing relacional e

de marketing geracional. Para o efeito, utilizou-se a pesquisa de dados secundários

(estudos, relatórios e estatísticas), a análise a materiais de comunicação difundidos por

empresas de telecomunicações móveis e a realização de um inquérito aplicado a cada

uma das gerações e posterior análise de resultados.

Palavras-chave: Marketing Relacional; Comunicação de Marketing; Marketing

Geracional; Geração X; Geração Z; Telecomunicações Móveis.

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Introdução

A criação de marcas multigeração, seguidas e advogadas com igual intensidade

por indivíduos de diferentes idades, é apontada como uma das dez principais tendências

de marketing para os próximos 25 anos (Wellner, 2003, pp. 26-29). Apesar disso, e até

agora, os marketeers têm valorizado as diferenças geracionais dos seus consumidores e

clientes na sua comunicação de marketing (Walker, 2003, pp. 24,27; Williams & Page,

2011). Esta técnica de “adequação de uma estratégia de marketing a uma determinada

geração” (Amaral, 2015, p. 2) é designada por marketing geracional. Neste sentido, cada

organização utiliza o perfil de cada geração para a sua segmentação de produtos,

serviços e comunicação (Williams & Page, 2011, p.2). A comunicação geracional é

aquela que é dirigida a uma geração específica, dado que ser sensível às diferentes

gerações ajudará os marketeers a tornarem-se mais conscientes na resposta às

necessidades e comportamentos do consumidor (Williams & Page, 2011, p. 12).

A constatação de que duas marcas distintas, que julgava que comunicavam da

mesma forma para todas as faixas etárias, comunicavam de forma personalizada para

cada uma delas, motivou o autor para a realização deste estudo. Ademais, embora exista

investigação sobre a comunicação de marketing para diferentes gerações (Eastman, Liu,

2012; Braun, Batt, Bruhn & Hadwich, 2016; Hwang & Griffiths, 2017), a investigação

comparativa sobre a comunicação de marketing de um mesmo produto ou serviço para

diferentes gerações não é vasta, dificultando por conseguinte a validação da alegada

tendência de “marcas multigeração”. O presente relatório de investigação pretende

explorar as preferências de comunicação de marketing por consumidores de diferentes

gerações e perceber a relevância que estes atribuem à noção de marcas multigeração.

Este estudo aborda a comunicação de marketing relacional, uma prática que

estimula a existência de uma relação mútua entre um consumidor e uma empresa,

tornando-se essencial ter em conta a intenção dos consumidores em manterem um

relacionamento de longo prazo com a empresa (Silva, 2009, p. 8). A escolha da

comunicação de marketing relacional fez-se por esta oferecer um foco mais amplo que a

comunicação de marketing tradicional (Antunes & Rita, 2008, p. 43) e por ainda existir

uma grande lacuna de investigação sobre esta temática. Alguns autores (Costa, 2013;

Lopes, 2014; Arnold, Gabler, Gillison, Jones, Landers & Reynolds, 2015; Cardoso, 2016)

já estudaram a presença, o impacto ou a forma de como a comunicação de marketing

relacional é difundida, contudo o estudo desta temática incorporado com outros conceitos

da área da comunicação de marketing é muito limitado.

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A presente investigação procura estudar a aplicação da comunicação de

marketing relacional à comunicação de marketing geracional das empresas de

telecomunicações móveis, agregando dois conceitos da área em estudo. Amaral (2015),

por exemplo, procurou explorar a forma de como as marcas de telecomunicações móveis

estão a utilizar o marketing geracional para difundir as suas mensagens. No entanto, e

para além de não ter distinguido a comunicação de marketing relacional, restringiu o seu

estudo grupo etário dos 15-24 anos, deixando de fora uma análise comparativa das

mensagens difundidas a diferentes gerações, que a presente investigação pretende

explorar. A presença do autor desta investigação em dois keynotes, um inserido nas

“Marketing Journeys 2016 – ISCTE” e outro nas “Marketing Journeys 2017 – ISCTE”,

onde a temática do presente estudo foi explorada, constituiu outro fator que despertou a

curiosidade deste pela temática da comunicação geracional.

O principal objetivo é compreender as semelhanças e diferenças das Gerações X

e Z portuguesas na adesão à comunicação de marketing relacional das empresas de

telecomunicações, partindo da pergunta: que desafios são colocados à comunicação de

marketing relacional pela Geração Z, comparativamente com a Geração X? Foram ainda

definidos dois objetivos específicos, que procuraram apurar que estratégias de marketing

relacional têm vindo a ser desenvolvidas pelas empresas de telecomunicações móveis

em Portugal e comparar as necessidades e expectativas das gerações X e Z portuguesas

relativamente à comunicação de marketing relacional das empresas de telecomunicações

móveis.

A escolha do autor pela área de negócios das empresas de telecomunicações

deve-se ao facto de Portugal se apresentar como um dos países do espaço europeu com

maior taxa de penetração do serviço telefónico móvel (STM). Segundo dados divulgados

pela ANACOM, em Junho de 2016, Portugal era o 4º país da União Europeia com maior

taxa de penetração dos serviços STM. Para além disso, a área representa um dos mais

importantes motores económicos à escala global (Fonseca, 2013). Recorreu-se a

pesquisa de dados secundários, a revisão bibliográfica, a análise de materiais de

comunicação, nomeadamente mensagens de texto difundidas pela MEO, Moche, NOS,

WTF, Vodafone Portugal e Yorn e a realização de um inquérito aplicado a consumidores

de cada uma das gerações. Esta proposta inscreve-se no projeto formalizado no CAPP

com a designação “Tendências de marketing e comunicação nas organizações”,

integrado na linha de investigação “A Comunicação Estratégica a nível meso (grupo e

organizações)”.

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Este trabalho organiza-se em quatro pontos. No primeiro ponto é feito um

enquadramento teórico que aborda as diferentes necessidades e expectativas das

Gerações X e Z em relação à comunicação de uma empresa, caracterizando-as;

seguidamente são explicadas as opções metodológicas selecionadas para este estudo,

que permitiram a concretização dos objetivos previamente definidos; posteriormente, e no

terceiro ponto, são apresentados e analisados os resultados recolhidos; por fim,

apresentam-se as principais conclusões deste estudo, decorrentes dos resultados

obtidos.

1. A comunicação de marketing relacional das empresas de telecomunicações

móveis

A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado

da pesquisa desenvolvida e do rumo que esta tomará (Bryman, 2008, p. 98). Tiveram-se

em conta livros, teses de doutoramento, dissertações de mestrado e artigos científicos

que se relacionem com a temática desta investigação, para posterior reunião e análise. A

pesquisa destes documentos foi feita através das plataformas de pesquisa online Google

Académico, B-On e EBSCO com as palavras-chave “Marketing Relacional”,

“Comunicação de Marketing”, “Marketing Geracional”, “Geração X”, “Geração Z” e

“Telecomunicações Móveis”. Para além disso também foi utilizado o repositório científico

de acesso aberto de Portugal (RCAAP) para a pesquisa de teses e dissertações,

utilizando as mesmas palavras-chave.

1.1. O marketing relacional, o marketing geracional e a Teoria da Persuasão

O presente trabalho estabelece uma relação entre a comunicação de marketing

relacional que é realizada por uma empresa e as gerações a que ela se dirige. Nesse

sentido, é importante operacionalizar alguns conceitos.

Wolf e Figueiredo (1987) no seu estudo da abordagem empírico-experimental ou

«da persuasão» pertencente às Teorias da Comunicação, referem que, aquando do envio

de uma mensagem, a persuasão dos destinatários é um objetivo possível desde que a

forma e a organização da mensagem difundida sejam adequadas aos fatores pessoais

que o destinatário ativa quando interpreta a própria mensagem (p. 33). Esta teoria, e ao

contrário da Teoria Hipodérmica, assume que os fatores pessoais do recetor de uma

mensagem são relevantes e que a adequação da mensagem ao público-alvo é essencial,

de forma a garantir o efeito esperado (Wolf & Figueiredo, 1987, p. 28). O interesse em

obter informação, a exposição seletiva, a perceção seletiva e a memorização seletiva são

alguns conceitos inerentes a esta teoria, no que concerne ao público (Wolf & Figueiredo,

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1987, p. 34). A presente investigação explora a geração a que pertence um indivíduo

como um fator pessoal que influencia o desempenho destes termos e,

consequentemente, o comportamento de consumo deste.

1.1.1 A comunicação de marketing relacional

A comunicação de marketing traduz-se na forma de como as empresas procuram

informar, persuadir e lembrar aos consumidores, de forma direta ou indireta, acerca dos

produtos e marcas que comercializam (Kotler & Keller, 2013, p. 476). Através desta forma

de comunicação, uma empresa pode iniciar um diálogo e estabelecer relações com os

seus consumidores, permitindo que esta conecte as suas marcas a outras pessoas,

sítios, eventos, marcas, experiências, sentimentos e coisas (Kotler & Keller, 2013, p.476).

A comunicação de marketing pode fazer parte da estratégia de CRM de uma

organização. O Customer Relationship Management (CRM) é, na sua forma mais

simplificada, o reconhecimento, por parte de uma organização, de que cada consumidor

é um indivíduo por si só que faz as suas próprias escolhas (Phelps, 2003, p. 2). O mesmo

autor assenta o CRM em três principais elementos, sendo eles a retenção do cliente; o

desenvolvimento do consumidor potencial e a seleção dos consumidores (pp. 2-3).

A retenção do consumidor é também um aspeto característico da comunicação de

marketing relacional, já definida anteriormente, sendo que esta tem como principal

objetivo construir relações de longo termo com elementos chave para a empresa, que

podem ser consumidores, empregados, fornecedores, distribuidores, retalhistas e outros.

O desenvolvimento de relações fortes e duradouras requer que as organizações

percebam as capacidades, recursos, necessidades, objetivos e desejos desses

elementos chave (Kotler & Keller, 2013, p. 20). As mesmas organizações estão a moldar

as suas ofertas, serviços e mensagens de forma personalizada a cada consumidor,

baseando-se em informações acerca compras anteriores, aspetos demográficos,

psicografia e preferências de media e distribuição (Kotler & Keller, 2013, p. 20). Uma das

informações em que as empresas se podem basear para essa personalização é a

geração a que pertence o seu consumidor.

1.1.2. A Geração X e a Geração Z

Uma geração ou coorte geracional pode ser definida como um conjunto de

pessoas que vive e experiencia eventos similares no mesmo período temporal, ou seja,

que partilha o mesmo ambiente social, político, histórico e económico (Williams & Page,

2011, p.2). Esta definição não é, contudo, aceite por todos no meio académico. Existem

autores que distinguem geração de coorte geracional, afirmado que a primeira é apenas

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caracterizada pelo ano de nascimento e a segunda definida pelas semelhantes

experiências partilhadas e as características únicas que daí advêm (Beldona, Nusair &

Demicco, 2009, p. 407). Schewe, Meredith e Noble (2000) afirmam que uma geração

dura, habitualmente, entre 20 a 25 anos, enquanto uma coorte geracional não tem um

tempo definido de duração, sendo que está dependente do evento externo que a define.

Os mesmos autores exemplificam esta distinção com a Segunda Guerra Mundial, visto

que a coorte definida por este acontecimento tem apenas seis anos (p. 1).

À Geração X pertencem os indivíduos nascidos entre 1965 e 1977, ou seja, que

em 2018, tinham idades compreendidas entre os 41 e os 53 anos de idade (Williams &

Page, 2011, p. 6). Os mesmos autores realçam que esta geração tem uma reputação de

ser incrivelmente desleal para com as marcas e empresas, apesar de representarem uma

força no sector dos automóveis, eletrodomésticos e produtos para criança, sendo a

informação e a tecnologia aspetos importantes quando falamos em produtos e serviços.

Os indivíduos X querem saber acerca das características dos produtos, assim como a

explicação dessas características, se necessário. Prestam atenção aos serviços e à sua

experiência de compra, estando conscientes acerca do preço que pagam, sendo que

gostam de preços baixos. Procuram produtos e mensagens práticas, que vão ao encontro

do seu estilo de vida, preferindo um estilo de comunicação informal. Os consumidores

pertencentes à Geração X valorizam o passa a palavra e as recomendações feitas por

amigos e conhecidos, pensando e tomando decisões em conjunto (pp. 6-7). Estima-se

que existam cerca de dois mil milhões de pessoas pertencentes à Geração X em todo o

mundo, segundo o estudo “Gen X Today”, realizado pela Viacom em 2016.

À Geração Z pertencem os indivíduos nascidos entre 1994 e 2009, ou seja, que

em 2018, tinham idades compreendidas entre os 9 e os 24 anos de idade (Williams &

Page, 2011, p. 6). Apesar de parte dos membros desta geração não possuírem poder de

compra, por serem menores de idade e estarem dependentes das famílias, estes revelam

ter um papel importante no processo de decisão de compra de muitos produtos e

serviços, já que exercem um grande poder de influência sobre os pais (Puiu, 2016, p. 76).

O mesmo autor realça a preferência dos consumidores Z por campanhas que contenham

elementos gráficos e onde o humor esteja presente, sendo as plataformas de redes

sociais online o meio predileto destes (p. 76). Um estudo realizado em 2017 pela

ATREVIA, em parceria com a Deusto Business School, procurou perceber as motivações

e preocupações desta geração em Portugal. Estima-se que existam cerca 2,57 milhões

de jovens portugueses pertencentes à Geração Z, sendo caracterizados de brand lovers,

informados, empreendedores, comprometidos e digitais. Os consumidores Z são fiéis às

marcas sendo que as suas escolhas dependem do tipo de produto e das marcas que lhes

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transmitem mais confiança. Esta geração prioriza o preço acessível, a resposta rápida às

suas necessidades e as marcas de qualidade, com responsabilidade social e linguagem

própria. A internet é a principal fonte de informação dos indivíduos pertencentes à

Geração Z.

1.2. Enquadramento temático

A comunicação de marketing relacional, a comunicação de marketing geracional

ou o Customer Relationship Management (CRM) são temáticas que previamente já foram

abordadas no meio académico nacional e internacional. No entanto, não existe um

estudo que estabeleça uma ligação entre estes conceitos e as empresas de

telecomunicações móveis presentes em Portugal, que se debruce sobre as Gerações X e

Z portuguesas.

1.2.1. A nível nacional

Demonstrar a importância que a comunicação de marketing relacional

desempenha como estratégia de negócio para a empresa Millennium bcp foi o que Lopes

(2014) procurou explorar. A autora concluiu, através da sua experiência de estágio e

revisão da literatura, que a comunicação de marketing relacional é “um instrumento

implícito e imprescindível no setor bancário” (Lopes, 2014, p. 65).

Cardoso (2016) procurou estudar o impacto do marketing relacional no brand

equity da empresa ZONAVERDE, uma organização pertencente à indústria de serviços.

Foi analisada a consciencialização da marca, a lealdade à marca, a qualidade percebida

e as associações da marca junto de clientes e ex clientes da marca através de dois

inquéritos, um enviado antes da introdução de práticas de marketing relacional e outro

após a aplicação dessas práticas na empresa. A autora da investigação verificou, numa

análise comparativa, uma ligeira melhoria das respostas dadas após a aplicação das

práticas de marketing relacional, mas encontrou respostas iguais ou até negativas em

ambos os inquéritos.

A aplicação do marketing relacional em pequenas empresas de serviços

profissionais especializados em arquitetura no mercado português foi explorada por

Costa (2013). Através de grupos de discussão, onde participaram oito profissionais do

setor, e após a análise dos dados recolhidos, o investigador concluiu que as pequenas

empresas estudadas praticam o conceito de marketing relacional no seu quotidiano, mas

de forma adaptada aos diferentes contextos em que se inserem, nem sempre indo ao

encontro das estratégias e práticas genéricas revistas na literatura.

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1.2.2 A nível internacional

No seu artigo, Arnold e outros (2015) exploraram o comportamento dos

consumidores em relação ao marketing relacional. Através de dois inquéritos, um com

uma amostra de 245 consumidores dos EUA e outro com 417 consumidores localizados

na região sul do mesmo país, os autores concluíram que aproximadamente 70% dos

consumidores inquiridos possui uma ideia positiva em relação ao marketing relacional.

Por outro lado, cerca de 30% tem uma ideia neutra ou negativa em relação à temática.

Os investigadores concluíram ainda que os consumidores que possuem uma atitude

positiva em relação a esta técnica de marketing são também os que apresentam maior

probabilidade de responder de forma positiva a técnicas específicas de marketing

relacional.

Eastman e Liu (2012) procuraram comparar a influência que a coorte geracional

de um indivíduo tem no seu papel enquanto consumidor, explorando três diferentes

gerações, sendo elas os Baby Boomers, a Geração X e a Geração Y (Millennials).

Através de uma amostra de 220 emails, direcionados a consumidores adultos a viver no

sudeste dos EUA, os investigadores incidiram a sua análise no nível de consumo, coorte

geracional e aspetos demográficos dos inquiridos. Os autores deste artigo encontraram

diferenças significativas no nível de consumo por coorte geracional, sendo que estes

níveis de consumo são apenas influenciados pela geração do consumidor e não por

outras variáveis demográficas.

A diferença de idades entre a Geração Y e os Baby Boomers na perceção do

serviço móvel foi estudada numa análise comparativa realizada por Kumar & Lim (2008).

Neste artigo, os autores procuraram estudar os efeitos que a idade de um indivíduo tem

na perceção da qualidade de um serviço móvel, assim como o impacto do valor,

satisfação e lealdade percebido por dois tipos de utilizadores de serviços móveis

diferentes. A medição da qualidade do serviço foi uma limitação encontrada pelos

investigadores no decorrer deste trabalho.

Strutton, Taylor e Thompson (2015) exploram as diferenças existentes entre a

Geração X e a Geração Y relativamente ao passa-a-palavra eletrónico. No seu artigo, e

através de um focus group, que continha membros das duas gerações estudadas, os

autores concluíram que, apesar de existirem pequenas diferenças estruturais, as

motivações e comportamentos de ambas as gerações relativamente ao passa-a-palavra

eletrónico são muito similares.

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1.2.3. O mercado das telecomunicações móveis em Portugal

Conforme dados da ANACOM (2016) e Vodafone (2017), em Portugal, as redes

móveis surgiram em 1989, com o aparecimento da primeira oferta de serviços de voz

com base em tecnologia analógica (serviços de 1ª Geração). Dois anos depois, em

Outubro de 1991, surgiu a Telecel, atualmente designada de Vodafone Portugal, que

introduziu os serviços de 2ª geração móvel. Nesse mesmo ano, a TMN tornou-se a

segunda empresa a prestar o Serviço Telefónico Móvel (STM). Em 1997 surgiu o terceiro

operador de rede móvel nacional, Optimus. Estes três operadores mantiveram-se únicos

no mercado das telecomunicações móveis até 2007, ano em que surgiu o primeiro

operador móvel virtual, a cargo dos CTT. Um ano depois a ZON inicia a sua atividade

neste sector.

Atualmente, e segundo a ANACOM - Autoridade Nacional de Comunicações, no

final de 2016, existem oito entidades que prestavam serviços móveis em Portugal. Para

além da MEO, Vodafone e NOS, que constituem os três operadores de rede,

encontravam-se em atividade cinco operadores móveis virtuais (MVNO). O principal

prestador de serviços móveis é a MEO, com 43,9% das estações móveis ativas com

utilização efetiva, seguindo-se da Vodafone com 30,5% e a NOS, que conta com uma

cota atual de 23,6%. No segundo trimestre de 2017, e de acordo com dados do

Barómetro de Telecomunicações da Marktest, 95,1% dos residentes em Portugal eram

clientes do Serviço Telefónico Móvel (STM). A quantidade de números móveis cresceu

3,7% face ao trimestre anterior, sendo portados cerca de 134 mil números. Quando

comparado ao ano anterior, e durante o mesmo período, ocorreu um aumento de 19,7%.

A ANACOM, na publicação “O Sector das Comunicações 2016”, disponibilizada

em 2016, caracteriza os clientes STM portugueses. A organização concluiu que o nível

de escolaridade, o escalão etário e a condição perante o trabalho são as variáveis que

apresentam um maior grau de associação com a utilização dos serviços de

telecomunicações móveis. Os indivíduos com maior propensão para dispor do STM são

aqueles com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos de idade (indivíduos jovens

e em idade ativa); com níveis de escolaridade médios e superiores (terceiro ciclo do

ensino básico, ensinos secundário e superior) e que pertencem a famílias numerosas e

de classe social média a alta. O fator geográfico também é caracterizador destes

utilizadores, sendo que os indivíduos residentes no Interior Norte e na Região Autónoma

dos Açores são aqueles que apresentam uma menor probabilidade de utilizarem este

serviço.

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A MEO, marca integrante da Portugal Telecom (PT), surgiu em 2007 com o

lançamento do serviço triple play da Portugal Telecom. Desde então outros serviços

foram criados a partir da marca, como o MEO Music ou o MEO Go. A MEO começou por

ser comunicada com base na expressão tipicamente portuguesa “o comando é meu”,

tendo sido adaptada para “o comando é meo”. Esta campanha era protagonizado pelo

grupo humorístico Gato Fedorento. Em 2015, surge uma nova companha de

comunicação “O mundo é MEO”, onde a personalidade portuguesa Cristiano Ronaldo

passa a dar a cara pela marca. Em 2017, foi anunciado que a MEO vai desaparecer até

ao final do segundo semestre de 2018, para dar lugar à marca Altice. A Moche é uma

marca intrínseca à MEO, que surgiu em 2011 com o propósito de responder às

necessidades de um segmento jovem do mercado, constituído por indivíduos até aos 25

anos de idade.

A marca Vodafone Portugal surgiu em Outubro de 2001, resultante de um

processo de migração de marca da Telecel, que serviu para refletir a ligação da empresa

ao grupo de telecomunicações móveis com maior presença a nível mundial, beneficiando

assim da imagem de uma das mais poderosas marcas globais (Vodafone). A

comunicação da marca iniciou-se no mês de lançamento (Outubro de 2001) com a

campanha “How Are You?”, que apelava à partilha de emoções e proximidade entre

todos, privilegiando as relações afetivas e a forma inovadora de servir cada cliente.

Quatro anos depois, em Outubro de 2005, a Vodafone substitui a pergunta “How Are

You?” pela expressão “Viva o Momento”. Este convite feito ao cliente pretendia que este

aproveitasse da melhor forma possível o seu tempo, com o apoio da marca, que lhe

proporciona comunicação, informação e entretenimento. Atualmente, o registo de

comunicação da marca passa pela expressão “power to you”, que realça o poder e as

oportunidades que os clientes Vodafone têm nas suas mãos, e a ajuda da marca com

que sempre podem contar. A Yorn é uma marca integrante da Vodafone Portugal, que foi

lançada em Novembro de 2000, com o propósito de se tornar “a primeira solução de

comunicações a pensar na geração multimédia”.

A marca NOS surgiu em 2014, resultante da fusão entre a marca ZON com a

marca Optimus. Assume-se como uma marca inovadora, à frente do seu tempo e focada

nos clientes. O campanha de comunicação “Há mais em NOS” é utilizada desde o

lançamento da marca, sendo adaptada quando necessário “Há mais televisão em NOS”,

“Há mais internet em NOS”, por exemplo. Aumentar a quota de mercado em todos os

segmentos, consolidar a posição de melhor grupo de comunicações e entretenimento do

país e crescer lá fora e acrescentar valor em qualquer parte do mundo são os três eixos

estratégicos que a marca partilha no seu website, e que pretende realizar até 2018. A

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WTF, uma marca do grupo NOS, apresentou-se em setembro de 2013 com o objetivo de

revolucionar as comunicações no segmento jovem, disponibilizando três diferentes

tarifários destinados a jovens até aos 25 anos de idade.

2. Opções metodológicas

De forma a responder aos objetivos “apurar que estratégias de marketing

relacional têm vindo a ser desenvolvidas pelas empresas de telecomunicações móveis

portuguesas” e “comparar as necessidades e expectativas das gerações X e Z

portuguesas relativamente à comunicação de marketing relacional das empresas de

telecomunicações móveis” recorreu-se ao método misto, que integra ambos os métodos

quantitativos e qualitativos num único projeto (Bryman, 2015, p. 628). Este método foi

selecionado pela completude que o caracteriza, sendo que as falhas deixadas por um

método (o quantitativo, por exemplo) podem vir a ser preenchidas por outro método (o

qualitativo, por exemplo) (Bryman, 2015, p. 637). Utilizou-se a pesquisa de dados

secundários (estudos, relatórios e estatísticas), a realização de um inquérito por

questionário aplicado a cada uma das gerações em estudo e posterior análise de

resultados e a análise a materiais de comunicação difundidos pelas empresas de

telecomunicação móveis para o efeito.

Recorreu-se à pesquisa de dados secundários, como estudos, relatórios e

estatísticas, que se realizou através das plataformas de pesquisa online Google

Académico, B-On e EBSCO e através do repositório científico de acesso aberto de

Portugal (RCAAP) com as palavras-chave “Marketing Relacional”, “Comunicação de

Marketing”, “Marketing Geracional”, “Geração X”, “Geração Z” e “Telecomunicações

Móveis”.

Outra opção metodológica consistiu na realização de um inquérito por

questionário online aplicado a indivíduos pertencentes a cada uma das gerações (X e Z)

e posterior análise de resultados. O inquérito por questionário é uma técnica que

possibilita a descrição quantitativa ou numérica de tendências, comportamentos ou

opiniões de uma população, através do estudo de uma amostra dessa população

(Creswell, 2003, p. 153). A partir dos resultados dessa amostra, o investigador generaliza

ou faz afirmações sobre essa população (Creswell, 2003, p. 153). A amostra do inquérito

caracteriza-se por indivíduos residentes em Portugal, do sexo feminino ou masculino,

com idades compreendias entre os 9 e os 24 anos de idade e entre os 41 e os 53 anos

de idade. O intervalo de idades definido justifica-se pelas duas gerações que esta

investigação pretende estudar, sendo que à Geração Z pertencem os indivíduos com

Page 16: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

16

idades compreendias entre os 9 e os 24 anos de idade e à Geração X pertencem os

indivíduos com idades compreendidas entre os 41 e os 53 anos da idade, como já

referido anteriormente. Os processos de amostragem podem dividir-se em dois grupos,

dependendo da abordagem adotada em relação à probabilidade de que uma qualquer

unidade seja incluída na amostra (Fonseca, 2010, p. 24). Neste caso concreto optou-se

por um processo de amostragem não aleatória, pelo que se esperava obter uma amostra

composta por 200 indivíduos, 100 pertencentes à Geração Z e 100 pertencentes à

Geração X. No entanto, não foi possível atingir este número de inquiridos, sendo a

amostra composta por 83 respostas. O inquérito por questionário foi executado através

da plataforma “Formulários” do Google e divulgado na plataforma de rede social

Facebook do autor e em grupos de utilizadores da rede social, com solicitação de

divulgação a terceiros. O inquérito incide em questões relativas ao contacto dos

inquiridos com empresas de telecomunicações móveis em Portugal, à sua exposição

diária aos diferentes media outlets e ao reconhecimento de campanhas de comunicação

de marketing relacional realizadas por empresas de telecomunicações móveis no nosso

país.

Realizou-se uma análise de conteúdo aos materiais de comunicação difundidos

pelas empresas MEO, Moche, NOS, WTF, Vodafone Portugal e Yorn, nomeadamente às

mensagens de texto (SMS) divulgadas por estas e recebidas por consumidores de

diferentes gerações, de forma a apurar que estratégias de marketing relacional têm vindo

a ser desenvolvidas pelas empresas de telecomunicações móveis em Portugal. A análise

de conteúdo é uma abordagem à análise de documentos e textos que procura quantificar

o conteúdo analisado em categorias predeterminadas e de forma sistemática e replicável

(Bryman, 2015, p. 289). A escolha desta técnica incidiu na sua facilidade de aplicação em

diferentes tipos de media, assim como pela flexibilidade e transparência que o

caracterizam (Bryman, 2015, p. 304).

Page 17: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

17

3. Análise dos resultados

Neste ponto, é feita uma descrição e análise dos resultados obtidos através dos

procedimentos referidos anteriormente. Assim, esta exposição está organizada em dois

pontos. No primeiro ponto “A comunicação de marketing relacional desenvolvida pelas

empresas de telecomunicações móveis” apresentam-se os dados que permitem

responder ao primeiro objetivo delineado: apurar que estratégias de marketing relacional

têm vindo a ser desenvolvidas pelas empresas de telecomunicações móveis em Portugal

nos últimos dois anos. No segundo ponto “As necessidades de expetativas das gerações

X e Z portuguesas relativamente à comunicação de marketing relacional” analisam-se os

dados que visam responder ao segundo objetivo traçado: comparar as necessidades e

expectativas das gerações X e Z portuguesas relativamente à comunicação de marketing

relacional das empresas de telecomunicações móveis.

3.1. A comunicação de marketing relacional desenvolvida pelas empresas de

telecomunicações móveis

De forma a apurar que estratégias de marketing relacional têm vindo a ser

desenvolvidas pelas empresas de telecomunicações móveis portuguesas, foram

analisadas 83 mensagens de texto (SMS) recebidas por diferentes utilizadores das

operadoras MEO, Moche, NOS, WTF, Vodafone Portugal e Yorn, durante o período de 1

de Março de 2018 a 1 de Junho do mesmo ano. Com esta recolha e respetiva análise dos

dados, pretendeu-se refletir acerca da utilização de estratégias de marketing relacional

por parte das operadoras de redes móveis em análise, aquando da comunicação que

desenvolvem para e com os seus públicos. O público a que se dirigem foi um aspeto

priorizado nesta análise, sendo que intentou-se perceber se as empresas de

telecomunicações móveis que comunicam para um público jovem (neste caso a Moche, a

WTF e a Yorn) dirigem-se aos consumidores de forma diferente, quando em comparação

com as operadoras que se dirigem a um público mais genérico ou sénior (neste caso a

MEO, NOS e Vodafone Portugal). Para uma análise e leitura mais acessível, dividiram-se

as operadoras de telecomunicações móveis em dois diferentes grupos. Do primeiro grupo

fazem parte a Moche, a WTF e a Yorn, ou seja, as empresas de telecomunicações

móveis que se posicionam e comunicam para um público jovem (Geração Z). O segundo

grupo é constituído pela MEO, pela NOS e pela Vodafone Portugal, as operadoras de

telecomunicações móveis que se dirigem a um público mais genérico ou sénior (Geração

X).

Desenvolveu-se uma tabela de análise de conteúdo (apêndice 1) constituída pelas

seguintes variáveis: a) Operadora; b) Período do dia (receção da mensagem); c) Número

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18

de palavras; d) Utilização de emojis/smiles; e) Tipo de linguagem utilizado e f) Anexos

e/ou hiperligações. Com base nesta tabela, foi criada uma base de dados no software

IBM SPSS Statistics 25, que suportou a análise de dados que se prossegue.

Relativamente ao número de mensagens de texto recebidas (gráfico 1), e durante

o período de análise, da totalidade das 83 SMS enviadas pelas seis empresas de

telecomunicações móveis em estudo, 55 (aproximadamente 66%) foram enviadas pelas

operadoras Moche, WTF e Yorn e 28 (aproximadamente 34%) pelas operadoras MEO,

NOS e Vodafone Portugal.

Base: 83 SMS | Fonte: Elaboração própria.

55; 66%

28; 34%

GRÁFICO 1 - MENSAGENS DE TEXTO RECEBIDS PELOS UTILIZADORES

Moche, WTF e Yorn MEO, NOS e Vodafone Portugal

Page 19: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

19

No gráfico 2 é analisada a extensão das mensagens de texto enviadas pelas

operadoras, onde se verificou que, em média, estas continham 21 palavras por SMS. As

operadoras pertencentes ao primeiro grupo comunicaram, em média, com recurso a 18

palavras por mensagem de texto. Já as pertencentes ao segundo grupo, ou seja, as

operadoras que se dirigem a um público mais genérico ou sénior, utilizaram, em média,

26 palavras por mensagem de texto enviada.

Base: 83 SMS | Fonte: Elaboração própria.

Intentou-se perceber em que período do dia as empresas de telecomunicações

móveis comunicam de forma mais frequente (gráfico 3), e se essa preferência varia

consoante o público a que se dirigem (gráfico 4). Como é possível observar no primeiro

gráfico, 54% das mensagens de texto foram recebidas pelos consumidores durante o

período da tarde, tornando-se o período mais popular. De seguida o período da noite

tornou-se o preferencial, representando 29% da totalidade das SMS recebidas, seguindo-

se o período da manhã, que se demonstrou como sendo o menos preferido, cobrindo

17% da totalidade das mensagens recebidas.

Tendo em conta a distinção entre grupos de operadoras, explorada no gráfico 4, o

período da tarde é, em ambos os grupos, a altura do dia preferencial para as empresas

de telecomunicações móveis difundirem os seus materiais de comunicação, como já

verificado acima. Nesta análise, os dois grupos de operadoras distinguem-se por o

primeiro, ou seja, a Moche, a WTF e a Yorn possuir uma diferença significativa na

comunicação que realizou durante o período da manhã (9 mensagens de texto) e o

período da noite (20 mensagens de texto). Já a MEO, a NOS e a Vodafone Portugal

(grupo 2), apresentam uma diferença irrisória neste apeto, diferindo em apenas uma SMS

18

26

21

0

5

10

15

20

25

30

Moche, WTF e Yorn MEO, NOS e VodafonePortugal

Totalidade

GRÁFICO 2 - NÚMERO DE PALAVRAS CONTIDAS, EM MÉDIA, POR MENSAGEM

Número de palavras (em média)

Page 20: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

20

recebida entre o período da manhã (5 mensagens de texto) e o período da noite (4

mensagens de texto).

Base: 83 SMS | Fonte: Elaboração própria.

Base: 83 SMS | Fonte: Elaboração própria.

14; 17%

45; 54%

24; 29%

GRÁFICO 3 - PERÍODO DO DIA (RECEÇÃO DA MENSAGEM)

Manhã Tarde Noite

9

5

26

1920

4

0

5

10

15

20

25

30

Moche, WTF e Yorn MEO, NOS e Vodafone Portugal

GRÁFICO 4 - PERÍODO DO DIA (RECEÇÃO DA MENSAGEM) POR GRUPOS

Manhã Tarde Noite

Page 21: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

21

Em relação à utilização de emojis/smiles nas mensagens de texto difundidas

(gráfico 5), verificou-se que em apenas três SMS (3,6% da totalidade) esta nova forma de

comunicação foi utilizada, tendo estas sido difundidas pelas operadoras pertencentes ao

primeiro grupo.

Base: 83 SMS | Fonte: Elaboração própria.

No que toca ao tipo de linguagem utilizada (gráfico 6), e do ponto de vista

genérico, predomina a utilização da 2ª pessoa do singular, representando

aproximadamente 68% da totalidade de mensagens recebidas, ou seja, 57 SMS. Por

outro lado, a utilização da 3ª pessoa do singular foi apenas utilizada em 26 mensagens

de texto, representando assim cerca de 31% da totalidade de comunicações realizadas.

Os dois grupos em estudo apresentam diferenças significativas no que concerne a

este aspeto. O 1º grupo, aquele que se dirige a uma geração mais jovem, contata com os

seus consumidores utilizando a 2ª pessoa do singular, em 98% dos casos. Neste grupo,

a utilização da 3ª pessoa do singular foi apenas utilizada em 2% da totalidade das

mensagens de texto difundidas, representado apenas um caso. Relativamente à MEO, à

NOS e à Vodafone Portugal, nota-se a preferência pela utilização da 3ª pessoa do

singular, que cobre aproximadamente 89% das mensagens analisadas. Já a 2ª pessoa

do singular é pouco significativa neste grupo, representando aproximadamente 11% da

totalidade de mensagens difundidas por este grupo.

3

00

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

Moche, WTF e Yorn MEO, NOS e Vodafone Portugal

GRÁFICO 5 - UTILIZAÇÃO DE EMOJIS/SMILES

Utilização de emojis/smiles

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22

Base: 83 SMS | Fonte: Elaboração própria.

No que concerne à existência de anexos e/ou hiperligações nas mensagens

difundidas (gráfico 7), constata-se que esta presença é verificada em 34 mensagens da

totalidade de 83 difundidas, representando assim cerca de 41%. Por outro lado, 59% (49

mensagens) das SMS enviadas pelas empresas de telecomunicações móveis em

análise, não continham qualquer tipo de anexo e/ou hiperligação.

No primeiro grupo, que se posiciona e se dirige a um grupo mais jovem, a

diferença encontrada entre as mensagens de texto que continham ou não anexos e/ou

hiperligações não é significativa, sendo que varia por apenas três unidades. Já as

operadoras pertencentes ao segundo grupo, que se dirigem a um público mais genérico

ou sénior, pouco utilizam esta opção de divulgação quando do envio das suas

mensagens de texto aos utilizadores, visto que esta presença apenas se verifica em

aproximadamente 29% da totalidade de mensagens enviadas por estas empresas.

Base: 83 SMS | Fonte: Elaboração própria.

52

3

57

1

25 26

0

10

20

30

40

50

60

Moche, WTF e Yorn MEO, NOS e VodafonePortugal

Totalidade

GRÁFICO 6 - TIPO DE LINGUAGEM UTILIZADA

2ª Pessoa do singular 3ª Pessoa do singular

26

8

3429

20

49

0

10

20

30

40

50

60

Moche, WTF e Yorn MEO, NOS e VodafonePortugal

Totalidade

GRÁFICO 7 - PRESENÇA DE ANEXOS E/OU HIPERLIGAÇÕES

Sim Não

Page 23: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

23

3.2. As necessidades de expetativas das gerações X e Z portuguesas

relativamente à comunicação de marketing relacional

Para comparar as necessidades e expectativas das gerações X e Z portuguesas

relativamente à comunicação de marketing relacional das empresas de telecomunicações

móveis foi desenvolvido um inquérito por questionário direcionado a indivíduos

pertencentes a cada uma das gerações (apêndice 2). Este esteve disponível de 25 de

abril de 2018 a 31 de maio do mesmo ano, sendo este o período de recolha de respostas.

A amostra recolhida é constituída por 27 indivíduos (33%) pertencentes à

Geração X e 56 indivíduos (67%) pertencentes à Geração Z.

Base: 83 inquiridos | Fonte: Elaboração própria.

No que diz respeito à operadora de telecomunicações com a comunicação mais

apelativa (gráfico 9), mais de metade (59%) dos inquiridos pertencentes à Geração X

selecionaram a comunicação da MEO como a mais apelativa. Nesta geração, as

operadoras de telecomunicações móveis Moche, WTF e Yorn não reuniram a preferência

de qualquer inquirido. Os indivíduos Z responderam de forma mais diversa, estando

todas as operadoras em análise representadas. A marca MEO é também aquela com

maior percentagem de escolha (29%), mas não de forma absoluta, visto que a

comunicação das operadoras Vodafone Portugal e WTF reúne a preferência de 25% dos

inquiridos, respetivamente. A NOS e a Vodafone Portugal revelam-se como as

operadoras cuja comunicação gera menos interesse no seio da Geração Z, tendo sido

selecionadas por apenas 4% e 7% dos inquiridos, respetivamente.

27; 33%

56; 67%

GRÁFICO 8 - GERAÇÃO DOS INQUIRIDOS

Geração X Geração Z

Page 24: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

24

Base: 83 inquiridos | Fonte: Elaboração própria.

Intentou-se perceber através de que meio os indivíduos são mais frequentemente

contatados consoante a sua pertença a determinada geração (gráfico 10) e se esse meio

se revela o seu preferencial (gráfico 11). É possível observar que a mensagem de texto é

o meio através do qual os indivíduos são mais frequentemente contatados, em qualquer

uma das duas gerações em análise, sendo que esta via de comunicação representa 68%

dos contatos na Geração Z e 63% dos contatos na Geração X. O correio eletrónico

afigura-se como o menos presente, representando apenas 7% das formas de contato em

ambas as gerações. A chamada telefónica possui um papel de destaque perante os

indivíduos da Geração X, sendo que 59% destes dizem ser contados através deste meio.

Já os inquiridos Z dizem que são contatados através deste meio apenas 25% das vezes.

Base: 83 inquiridos | Fonte: Elaboração própria.

39%

59%

29%

7%

11%

7%

15%

4%

17%

25%

25%

26%

25%

5%

7%

Total

Geração X

Geração Z

GRÁFICO 9 - COMUNICAÇÃO MAIS APELATIVA

Yorn Vodafone Portugal WTF NOS Moche MEO

27%

59%

25%

66%

63%

68%

7%

7%

7%

Total

Geração X

Geração Z

GRÁFICO 10 - MEIO DE CONTATO MAIS FREQUENTE

Correio eletrónico SMS Chamada telefónica

Page 25: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

25

Relativamente à via de contato preferencial (gráfico 11), a mensagem de texto

reúne a preferência maioritária da Geração Z e da Geração X, em 50% e 59%

respetivamente. Os indivíduos Z procuram ser contatados através do correio eletrónico

(21%) e por chamada telefónica (18%), sendo a aplicação móvel da operadora a via de

contato preferencial para 11% dos inquiridos pertencentes a esta geração. Na geração X

este último meio de contato não tem expressão, sendo que a mensagem de texto e a

chamada telefónica partilham a preferência de 59% dos indivíduos, em cada um dos

meios. Para os inquiridos X o correio eletrónico revela-se a via de contato menos

preferida, representando 22% da preferência desta geração.

Base: 83 inquiridos | Fonte: Elaboração própria.

Nesta análise, é possível observar que a mensagem de texto é o meio através do

qual os indivíduos pertencentes a ambas as gerações Z e X são mais frequentemente

contatados, sendo este também o seu meio de preferência. A chamada telefónica revela-

se o segundo meio preferencial da geração X, sendo estes também frequentemente

contatados através deste. Já os indivíduos Z, apesar de também contatados

telefonicamente, diversificam a sua preferência de contato em diferentes meios, sendo os

únicos a eleger a aplicação móvel da sua operadora como uma via preferencial.

Dado o seu destaque como meio de comunicação entre as empresas de

telecomunicações móveis e os seus consumidores, pretendeu-se perceber de que forma

os inquiridos caracterizariam os SMS recebidos (figura 1). Como é possível verificar, os

indivíduos das duas gerações caracterizam as mensagens de texto recebidas de forma

muito similar, apelindando-as de “desinteressantes” e “repetitivas” mas, ao mesmo

18%

59%

18%

53%

59%

50%

22%

22%

21%

7%

11%

Total

Geração X

Geração Z

GRÁFICO 11 - VIA DE CONTATO PREFERENCIAL

Aplicação móvel da operadora Correio eletrónico SMS Chamada telefónica

Page 26: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

26

tempo, reconhecendo a utilidade destas. A Geração Z considera as SMS que recebe

divertidas, enquanto os indivíduos X valorizam a simpatia que estas transmitem.

Base: 83 inquiridos | Fonte: Elaboração própria.

No gráfico 12 pretendeu-se aferir de que forma os conteúdos enviados pelas

operadoras de redes móveis são personalizados aos indivíduos que os recebem. Para

isso recorreu-se à escala de Likert e conclui-se que 37% dos indivíduos Z não

consideram que os conteúdos que recebem são personalizados a si, sendo que apenas

18% concordam com esta afirmação. Já os inquiridos pertencentes à Geração X têm uma

opinião mais diversa, sendo que 37% destes considera que os conteúdos que recebe são

adequados a si e 30% discorda da afirmação. Nenhuma das gerações considera que os

conteúdos difundidos pelas empresas de telecomunicações móveis são totalmente

personalizados para os indivíduos que os recebem.

Geração Z

FIGURA 1 – CARACTERÍSTICAS DAS MENSAGENS DE TEXTO

Geração X

Desinteressantes

Úteis

Repetitivas

Divertidas

Desinteressantes

Repetitivas

Úteis

Simpáticas

Page 27: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

27

Base: 83 inquiridos | Fonte: Elaboração própria.

Em relação ao contato realizado pelas operadoras de telecomunicações móveis

em datas comemorativas (gráfico 13), a tendência é diversificada em ambas as gerações.

Apesar de na Geração Z existirem indivíduos que concordam totalmente com esta

afirmação (4%) ou que são indiferentes a esta (7%), a tendência verificada em ambas as

gerações em análise é a de discordar, de forma total ou não, do enunciado. 71% dos

indivíduos Z afirmam não ser contatados em datas comemorativas por parte das suas

operadoras de rede móvel e 67% da Geração X responde da mesma forma.

Base: 83 inquiridos | Fonte: Elaboração própria.

24%

22%

25%

34%

30%

36%

18%

11%

21%

24%

37%

18%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Total

Geração X

Geração Z

Gráfico 12 - “CONSIDERO QUE A MINHA OPERADORA DE REDE MÓVEL COMUNICA DE FORMA PERSONALIZADA PARA MIM"

Discordo totalmente Discordo

Nem concordo nem discordo Concordo

Concordo totalmente

36%

30%

39%

34%

37%

32%

5%

7%

23%

33%

18%

2%

4%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Total

Geração X

Geração Z

Gráfico 13 - “SOU CONTATADO/A EM DATAS COMEMORATIVAS, COMO NO MEU ANIVERSÁRIO, POR PARTE DA MINHA OPERADORA DE REDE MÓVEL"

Discordo totalmente Discordo

Nem concordo nem discordo Concordo

Concordo totalmente

Page 28: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

28

O tipo de linguagem utilizada nos materiais de comunicação difundidos é uma das

variáveis que, como já verificado anteriormente, apresenta resultados mais díspares entre

as gerações em análise. Quando questionados acerca da utilização do seu nome próprio

ou da segunda pessoa do singular (tu) (gráfico 14), 39% dos indivíduos Z dizem que o

tipo de linguagem por que são abordados é-lhes indiferente. 21% destes inquiridos

afirmam gostar deste tipo de tratamento e 7% tem a opinião contrária. Preferencial ou

não, 32% da Geração Z afirma que a sua operadora não utiliza este tipo de tratamento

para consigo. Relativamente aos indivíduos X, mais de metade destes (59%) afirma que

não é tratado pelo nome próprio ou pela segunda pessoa do singular, sendo que 33%

não gosta deste tipo de tratamento, considerando-o demasiado pessoal. Contudo, 15%

dos inquiridos pertencentes à Geração X afirmam gostar deste tipo de trato e 15%

consideram-se indiferentes ao mesmo.

Base: 83 inquiridos | Fonte: Elaboração própria.

A interatividade fomentada entre a operadora de rede móvel e o seu consumidor

foi outra variável estudada, tendo os inquiridos sido questionados acerca da relação

estabelecida entre si e a sua empresa de telecomunicações móveis de eleição (gráfico

15). A Geração Z caracteriza a relação com a sua operadora como um monólogo emitido

por esta em 75%, sendo que apenas 25% consideram esta ligação um diálogo entre si e

a sua operadora. Já na Geração X as opiniões dividem-se, sendo que 59% dos

indivíduos acredita que existe um diálogo entre si e a sua operadora de rede móvel e

52% entendem a relação estabelecida como um monólogo emitido pela sua empresa de

telecomunicações móveis de escolha.

34%

59%

32%

16%

33%

7%

31%

15%

39%

19%

15%

21%

Total

Geração X

Geração Z

GRÁFICO 14 - UTILIZAÇÃO DO NOME PRÓPRIO OU DA SEGUNDA PESSOA DO SINGULAR (TU)

Gosto, faz-me sentir próximo da marca

É-me indiferente

Não gosto, é um tratamento demasiado pessoal

A minha operadora não me trata por estas designações

Page 29: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

29

Base: 83 inquiridos | Fonte: Elaboração própria.

4. Discussão dos resultados

O presente relatório de investigação tinha como principal objetivo compreender as

semelhanças e diferenças das Gerações X e Z portuguesas na adesão à comunicação de

marketing relacional das empresas de telecomunicações móveis. Este é um tema

pertinente pois visa colmatar uma lacuna existente na investigação desta temática, em

particular, no estudo comparativo.

A análise de conteúdo realizada às mensagens de texto difundidas pelas

empresas de telecomunicações móveis em análise permitiu perceber as diferenças de

comunicação existentes entre estas, evidenciando assim os pressupostos do marketing

geracional, que caracteriza diferentes comportamentos de consumo com base na

geração de pertença do consumidor (Eastman & Liu, 2012, p. 99). A análise das

respostas ao inquérito realizado permitiu efetuar uma análise comparativa das

expetativas e necessidades das Gerações X e Z relativamente à comunicação de

marketing relacional das empresas de telecomunicações móveis, uma forma de

comunicação que visa estabelecer relações fortes e duradouras entre as marcas e os

consumidores, através da adequação das suas ofertas, serviços e mensagens de forma

personalizada a cada um destes (Kotler & Keller, 2013, p. 20).

O tipo de linguagem utilizada na difusão dos materiais de comunicação das

empresas de telecomunicações móveis revelou-se um dos aspetos com resultados mais

diferenciadores entre a Geração X e Geração Z. Relativamente ao comportamento das

33%

59%

25%

67%

52%

75%

Total

Geração X

Geração Z

GRÁFICO 15 - RELAÇÃO ESTABELECIDA ENTRE O CONSUMIDOR E A SUA OPERADORA DE REDE MÓVEL

Como um monólogo emitido pela minha operadora

Como um diálogo entre mim e a minha operadora

Page 30: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

30

operadoras de redes móveis analisadas, é clara a preferência de utilização da 2ª pessoa

do singular por parte das marcas que se dirigem a um público jovem e o recurso da 3ª

pessoa do singular por aquelas que se posicionam para um mercado mais genérico ou

sénior. Por sua vez, 59% dos inquiridos X comprovaram a tendência de serem tratados

pela 3ª pessoa do singular, sendo que 33% destes afirmaram não gostar de serem

tratados pela 2ª pessoa do singular. Apesar disso, Williams e Page (2011) afirmam que

os indivíduos X têm preferência por um estilo de comunicação informal (p. 6),

contrastando com essa ideia. Já a Geração Z revogou em 32% a tendência verificada

através da análise de conteúdo, apesar de 39% ter-se mostrado indiferente ao tipo de

tratamento por que são abordados. Um estudo realizado em 2017 pela ATREVIA, em

parceria com a Deusto Business School, revelou que os indivíduos Z valorizam a

linguagem própria utilizada pelas marcas na difusão dos seus conteúdos. As

discordâncias encontradas entre a análise efetuada e a bibliografia utilizada poderão ser

explicadas pelo facto da amostra recolhida no inquérito por questionário ser não

representativa.

Em relação à frequência de contato, as operadoras Moche, WTF e Yorn utilizaram

as mensagens de texto como via de comunicação de forma mais frequente do que a

MEO, a NOS e/ou a Vodafone Portugal. Apesar disso, as operadoras pertencentes a este

último grupo, quando comunicaram, fizeram-no utilizando mais palavras do que as

marcas de telecomunicações móveis direcionadas para um grupo de consumidores mais

jovens. O período da tarde revelou-se preferencial para o envio de mensagens de texto

por parte dos dois grupos em estudo, sendo que o período da noite se torna revelante

apenas para as operadoras pertencentes ao primeiro grupo. Para além de se terem

revelado o meio de contato mais frequente, também as mensagens de texto foram eleitas

pelos inquiridos como via de contato preferencial, em qualquer uma das gerações.

Williams e Page (2011) destacaram o gosto dos indivíduos X por mensagens práticas (p.

6), sendo esta uma característica das SMS, pela sua limitação de características. A

Geração Z também revela preferência pelo digital, uma tendência encontrada no estudo

realizado em 2017 pela ATREVIA, em parceria com a Deusto Business School. O uso da

aplicação móvel da operadora ser destacado como via de contato preferencial apenas

para os inquiridos pertencentes à Geração Z é outro aspeto que comprova essa

tendência. Verificou-se ainda que ambas as gerações em análise caracterizam as SMS

que recebem de forma similar, reconhecendo a sua utilidade mas, ao mesmo tempo,

destacando a sua monotonia.

Relativamente à interação entre consumidor e rede de telecomunicações móveis,

para 75% dos indivíduos Z esta é uma relação caracterizada pelo monólogo emitido pela

Page 31: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

31

sua operadora. Esta caracterização poderá traduzir-se numa falha de execução da

comunicação de marketing relacional, visto que um pressuposto desta forma de

comunicação é precisamente a fomentação de um diálogo e o estabelecimento de

relações entre uma marca os seus consumidores (Kotler & Keller, 2013, p.476). A

Geração X também reconhece este tipo de relação (em 52%), mas 59% caracteriza-a

como um diálogo entre si e a sua operadora, indo ao encontro do que os autores

referidos acima descrevem.

Verificou-se que os indivíduos Z elegem a comunicação das operadoras de redes

móveis de uma forma mais diversificada que os pertencentes à Geração X, que apenas

nomeiam a comunicação realizada pelas operadoras que comunicam para a sua geração

(MEO, NOS e Vodafone Portugal). Este último fenómeno poderá ser explicado pelo facto

de os indivíduos X priorizarem a comunicação que vai ao encontro do seu estilo de vida,

em detrimento de outras (Williams & Page, 2011, p. 6).

O contato em datas comemorativas, o recurso a emojis/smiles ou a presença de

anexos e/ou hiperligações nos materiais difundidos pelas operadoras de redes móveis

foram as variáveis com menor expressão nesta análise.

De um ponto de vista genérico, a comunicação personalizada ao consumidor, um

pressuposto de ambas as formas de comunicação de marketing estudadas (relacional e

geracional), não foi inteiramente reconhecida por nenhuma das gerações. Apesar disso,

foi possível comprovar a adequação dos materiais de comunicação difundidos pelas

empresas de telecomunicações móveis aos aspetos pessoais caracterizadores dos

públicos a que se dirigem, uma ideia defendida por Wolf e Figueiredo (1987) que afirmam

que “os fatores pessoais do recetor de uma mensagem são relevantes e que a

adequação da mensagem ao público-alvo é essencial, de forma a garantir o efeito

esperado” (p. 38). Neste caso em particular, a faixa-etária do indivíduo e a sua pertença a

determinada geração revelam-se os fatores pessoais mais relevantes nesta análise, visto

que, como observado, há uma adequação da estratégia de comunicação a uma

determinada geração (Amaral, 2015, p. 2), por parte das operadoras de

telecomunicações móveis.

Page 32: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

32

5. Considerações finais

O presente trabalho de investigação procurou desenvolver um estudo

comparativo, que visou identificar os desafios que são colocados à comunicação de

marketing relacional das empresas de telecomunicações móveis pela Geração Z,

comparativamente com a Geração X. Para isso, e numa primeira fase, foi realizada uma

revisão bibliográfica, que permitiu compreender os principais conceitos adjacentes a este

trabalho. Também nesta fase, foi possível identificar uma lacuna existente nesta área de

investigação, já que não foi encontrado nenhum estudo que analisasse, de forma

comparativa, as gerações aqui exploradas. Esta dificuldade não se impôs, contudo, com

uma limitação ao desenvolvimento desta investigação. Através desta etapa, foi possível

refletir acerca da importância que a comunicação de marketing relacional desempenha no

desenvolvimento de relações fortes e duradoras entre as empresas e os consumidores.

Este é um relacionamento influenciado pelas características pessoais do indivíduo, como

a sua pertença a determinada geração.

Na parte empírica, foi desenvolvida uma análise de conteúdo a mensagens de

texto difundidas pelas várias operadoras de redes móveis em análise, que permitiu

perceber a adequação dos conteúdos difundidos por estas ao público a que se dirigem. O

tipo de linguagem utilizado revelou-se como um dos fatores mais diferenciadores da

personalização do conteúdo ao consumidor. Para além disso, foi também realizado um

inquérito por questionário, dirigido a indivíduos pertencentes à Geração X e à Geração Z,

que possibilitou uma análise comparativa acerca das necessidades e expetativas dos

inquiridos acerca da comunicação de marketing relacional das empresas de

telecomunicações móveis. Através deste, foi possível concluir que os indivíduos X

reconhecem, de forma maioritária, a existência de uma relação entre eles e a sua

operadora de rede móvel. Já a Geração Z carateriza a sua interação como monólogo

emitido pela sua operadora, revogando um dos pressupostos desta forma de

comunicação.

Para investigações futuras, considera-se que seria interessante estudar a

temática da comunicação de marketing relacional e da comunicação de marketing

geracional num estudo comparativo entre gerações diferentes das aqui exploradas. A

diversificação dos meios de comunicação analisados também poderá traduzir-se numa

mais-valia para futuros estudos. Acredita-se que a escolha pela área das

telecomunicações móveis se manterá pertinente, não só por esta se revelar um

importante motor económico, mas também por ser uma área que abrange um raio de

consumidores muito vasto, com diferentes características demográficas, sociais e

económicas.

Page 33: Preferências de comunicação por consumidores de diferentes ... · A revisão bibliográfica permitirá desenvolver um argumento acerca do significado da pesquisa desenvolvida e

33

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37

Apêndices

Apêndice 1 – Tabela 1: Análise de conteúdo a mensagens de texto

Fonte: Elaboração própria.

Apêndice 2 – Inquérito por questionário – “Comparar as necessidades e

expectativas das gerações portuguesas relativamente à comunicação das

empresas de telecomunicações móveis”

O presente inquérito está inserido numa investigação integrada na licenciatura de

Ciências da Comunicação do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da

Universidade de Lisboa (ISCSP-UL), sendo que tem como principal objetivo conhecer e

comparar as necessidades e expectativas das gerações portuguesas relativamente à

comunicação das empresas de telecomunicações móveis. O êxito desta investigação

depende da sua participação. Agradeço, assim, e desde já, a sua resposta a este

questionário. Os dados recolhidos serão utilizados para fins meramente académicos,

salvaguardando o anonimato dos participantes.

I. Perfil do consumidor

1. Qual a sua idade?

9-17 anos

18-24 anos

39-44 anos

45-53 anos

Não faço parte dos intervalos acima apresentados – termina o questionário.

Categoria Valores

a) Operadora 1. MEO

2. Moche

3. NOS

4. WTF

5. Vodafone Portugal

6. Yorn

7. Outra

b) Período do dia (receção da mensagem) 1. Manhã

2. Tarde

3. Noite

c) Número de palavras (contínua)

d) Utilização de emojis/smiles 1. Sim

2. Não

e) Tipo de linguagem utilizado

1. 2ª Pessoa do singular

2. 3ª Pessoa do singular

f) Anexos e/ou hiperligações 1. Sim

2. Não

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2. Quando lê “telecomunicações”, em que operadora primeiro pensa?

MEO

Moche

NOS

WTF

Vodafone Portugal

Yorn

Outra. Qual? _________

3. Geralmente, por parte de quem é feita a comunicação que considera mais apelativa?

MEO

Moche

NOS

WTF

Vodafone Portugal

Yorn

Outra. Qual? _________

3.1. Porquê? _________

4. Qual a sua operadora de rede móvel?

MEO

Moche

NOS

WTF

Vodafone Portugal

Yorn

Outra. Qual? _________

5. Há quanto tempo é cliente da sua operadora de rede móvel?

Menos de 6 meses

1-2 anos

3-4 anos

5 ou mais anos

6. Como caracteriza o seu grau de satisfação para com a sua operadora de rede móvel?

Insatisfeito

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Pouco satisfeito

Satisfeito

Muito Satisfeito

II. Comunicação da operadora de rede móvel

7. Através de que meio é mais frequentemente contatado/a pela sua operadora de rede

móvel?

Chamada telefónica

SMS

Correio eletrónico

Correio postal

Aplicação móvel da operadora

Outro. Qual? ________

8. Qual a sua via preferencial de contato por parte da sua operadora de rede móvel?

Chamada telefónica

SMS

Correio eletrónico

Correio postal

Aplicação móvel da operadora

Outro. Qual? ________

9. Como definiria a frequência de contato por parte da sua operadora de rede móvel?

Nada frequente

Pouco frequente

Frequente

Muito frequente

10. Que termos utilizaria para descrever as mensagens SMS que recebe por parte da sua

operadora de rede móvel?

Interessantes

Desinteressantes

Úteis

Inúteis

Inovadoras

Repetitivas

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Simpáticas

Grosseiras

Divertidas

Chatas

Emocionantes

Frios

Outros. Quais? ________

10.1. E os anúncios televisivos e/ou multiplataforma que visualiza?

Interessantes

Desinteressantes

Úteis

Inúteis

Inovadores

Repetitivos

Simpáticos

Grosseiros

Divertidos

Chatos

Emocionantes

Frios

Outros. Quais? ________

11. Assinale o seu nível de concordância com as seguintes afirmações.

11.1. “Considero que a minha operadora de rede móvel comunica de forma

personalizada para mim”

Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo totalmente

11.1.1. “Considero os conteúdos enviados pela minha operadora de rede

móvel relevantes para mim”

Discordo totalmente

Discordo

Concordo

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Concordo totalmente

11.2. “Sou contatado/a em datas comemorativas, como no meu aniversário, por

parte da minha operadora de rede móvel”

Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo totalmente

11.2.1. Como definiria a frequência com que esse contato costuma

implicar benefícios, como descontos em produtos ou serviços, por exemplo?

Nada frequente

Pouco frequente

Frequente

Muito frequente

11.3. “Sinto-me fidelizado/a, por termos não contratuais, à minha operadora de

rede móvel”

Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo totalmente

11.4. “Sinto-me valorizado/a, enquanto consumidor, pela minha operadora de rede

móvel”

Discordo totalmente

Discordo

Concordo

Concordo totalmente

12. O que pensa da sua operadora o/a tratar pelo seu nome próprio ou pela segunda

pessoa do singular (tu)?

Gosto, faz-me sentir próximo da marca

Não gosto, é um tratamento demasiado pessoal

É-me indiferente

A minha operadora não me trata por estas designações

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III. Interatividade para com a marca

13. Como definiria a frequência com que a sua operadora de rede móvel lhe disponibiliza

meios para enviar feedback acerca do serviço disponibilizado?

Nada frequente

Pouco frequente

Frequente

Muito frequente

13.1. Quando existe essa oportunidade, quão frequentemente costuma dar o seu

feedback?

Nada frequentemente

Pouco frequentemente

Frequentemente

Muito frequentemente

14. Já fez sugestões e/ou reclamações acerca do serviço prestado, à sua operadora de

rede móvel?

Sim

Não

14.1. Sente que essas sugestões e/ou reclamações foram levadas em conta?

Sim

Não

Outra. ________

15. Como caracterizaria a relação estabelecida entre si e a sua operadora de rede

móvel?

Como um monólogo emitido pela minha operadora

Como um diálogo entre mim e a minha operadora

Outra. ________

IV. Caracterização Sociodemográfica

16. Sexo

Feminino

Masculino

Prefiro não responder

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43

Outro

17. Habilitações Literárias

Ensino Primário

Ensino Básico

Ensino Secundário

Licenciatura

Mestrado

Doutoramento

Outra. Qual? _________

18. Área de residência

Alentejo

Algarve

Região Autónoma da Madeira

Região Autónoma dos Açores

Região de Lisboa

Região do Centro (Região das Beiras)

Região do Norte

Muito obrigada pela sua participação.