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PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICIPIO DE RIO BRANCO – RBPREV

Missão: Assegurar os direitos previdenciários aos servidores efetivos e seus dependentes mediante gestão participativa com ética, profissionalismo e responsabilidade social.

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS 2017

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO – RBPREV

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BRANCO

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICIPIO DE RIO BRANCO – RBPREV

Missão: Assegurar os direitos previdenciários aos servidores efetivos e seus dependentes mediante gestão participativa com ética, profissionalismo e responsabilidade social.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................4

2. OBJETIVO..................................................................................4

3. CENÁRIO ECONÔMICO PARA O EXERCÍCIO DE 2017...............5

3.1 INTERNACIONAL – PERSPECTIVAS............................................5

3.2 NACIONAL – PERSPECTIVAS......................................................7

3.3 EXPECTATIVAS DE MERCADO.................................................11

4. ALOCAÇÃO ESTRATÉGICA DOS RECURSOS............................11

4.1 SEGMENTO DE RENDA FIXA...................................................13

4.2 SEGMENTO DE RENDA VARIÁVEL..........................................14

4.3 SEGMENTO DE IMÓVEIS.........................................................14

4.4 ENQUADRAMENTO..................................................................14

4.5 VEDAÇÕES..............................................................................15

5. META ATUARIAL......................................................................15

6. ESTRUTURA DE GESTÃO DOS ATIVOS....................................16

6.1 GESTÃO PRÓPRIA....................................................................16

6.2 ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO.........................................................17

7. CONTROLE DE RISCO.............................................................17

7.1 CONTROLE DO RISCO DE MERCADO.....................................18

7.2 CONTROLE DO RISCO DE CRÉDITO.......................................18

7.3 CONTROLE DO RISCO DE LIQUIDEZ......................................19

8. POLÍTICA DE TRANSPARÊNCIA...............................................19

9. CRITÉRIOS PARA CREDENCIAMENTO....................................19

9.1 PROCESSO DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DE GESTORES/ADMINISTRADORES............................................20

10. CONTROLES INTERNOS..........................................................21

11. VIGÊNCIA................................................................................24

12. DISPOSIÇÕES GERAIS............................................................24

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1. INTRODUÇÃO

Atendendo à Resolução do Conselho Monetário Nacional - CMN nº 3.922, de 25 de novembro de 2010, alterada pela Resolução CMN n° 4.392, de 19 de

dezembro de 2014, doravante denominada simplesmente “Resolução CMN nº 3.922/2010”, o INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE RIO

BRANCO, por meio de sua Diretoria Executiva, apresenta sua Política de Investimentos para o exercício de 2017, elaborada com o auxílio da Consultoria em Investimentos da Empresa Crédito & Mercado e do comitê de

investimentos, aprovada pelo Conselho de Administração de Previdência Social - CAPS.

A elaboração da Política de Investimentos representa uma formalidade legal que fundamenta e norteia todos os processos de tomada de decisões relativo

aos investimentos dos Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS’s, empregada como instrumento necessário para garantir a consistência da gestão dos recursos em busca do equilíbrio econômico-financeiro.

Os fundamentos para a elaboração da presente Política de Investimentos estão centrados em critérios técnicos de grande relevância. Ressalta-se que o

principal a ser observado, para que se trabalhe com parâmetros sólidos, é aquele referente à análise do fluxo de caixa atuarial da entidade, ou seja, o

equilíbrio entre ativo e passivo, levando-se em consideração as reservas técnicas atuariais (ativos) e as reservas matemáticas (passivo) projetadas pelo cálculo atuarial.

2. OBJETIVO

A Política de Investimentos do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO

DE RIO BRANCO tem como objetivo estabelecer as diretrizes das aplicações dos recursos garantidores dos pagamentos dos segurados e beneficiários do

regime, visando atingir a meta atuarial definida para garantir a manutenção do seu equilíbrio econômico-financeiro e atuarial, tendo sempre presentes os princípios da boa governança, da segurança, rentabilidade, solvência, liquidez

e transparência.

A Política de Investimentos tem ainda, como objetivo específico, zelar pela

eficiência na condução das operações relativas às aplicações dos recursos, buscando alocar os investimentos em instituições que possuam as seguintes

características: solidez patrimonial, experiência positiva no exercício da atividade de administração e gestão de grandes volumes de recursos e em ativos com adequada relação risco X retorno.

Para cumprimento do objetivo específico e considerando as perspectivas do cenário econômico, a política estabelecerá a modalidade e os limites legais e

operacionais, buscando a mais adequada alocação dos ativos, à vista do perfil

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do passivo no curto, médio e longo prazo, atendendo aos requisitos da

Resolução CMN nº 3.922/2010.

3. CENÁRIO ECONÔMICO PARA O EXERCÍCIO DE 2017

3.1 INTERNACIONAL - PERSPECTIVAS

Para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE,

os bancos centrais mundiais estão perto de suas capacidades para estimular o crescimento econômico global. Para o Banco de Compensações Internacionais – BIS, os bancos centrais deveriam aprender a viver com taxas

de inflação abaixo de suas metas, em vez de alimentarem o crescimento da dívida com políticas de estímulos cada vez mais agressivas.

Em seu relatório denominado Perspectiva Econômica Mundial, divulgado já no mês de outubro, o FMI estimou que o crescimento global em 2016 será de

3,1% e não mais 3,4%, conforme a estimativa anterior. Para 2017, também reduziu a expectativa para um crescimento de 3,4% e não mais 3,5%.

Portanto, o crescimento mundial será um pouco maior por conta de melhoras

nas economias emergentes e em desenvolvimento, com alguma recuperação das commodities e pela retomada da economia americana, por conta de

maiores investimentos. Para as economias desenvolvidas, exceto os EUA e principalmente as europeias, as perspectivas não se alterem muito em relação

ao momento atual. Os juros e a inflação continuarão muito baixos. O crescimento das economias desenvolvidas como um todo terá leve aceleração e irá de 1,6% em 2016 para 1,8% em 2017.

Em relação à zona do euro, o FMI aumentou a expectativa de crescimento do PIB de 1,6% para 1,7% em 2016 e de 1,4% para 1,5% em 2017. Para a

economia alemã, a maior do bloco, estimou também 1,7% em 2016 e 1,4% em 2017. Para a economia francesa estimou um crescimento de 1,3%, este ano e

de 1,3% no próximo. Para a italiana, 0,8% e 0,9% e para a espanhola 3,1% e 2,2%, respectivamente.

Para o Reino Unido, membro da União Europeia, o FMI aumentou a sua

estimativa para a evolução do PIB, em 2016, de 1,7% para 1,8% e por conta do Brexit diminuiu a de 2017 de 1,3% para 1,1%. Já para a Rússia, país

emergente do continente europeu, o FMI projetou a queda da atividade de 0,8% para este ano e uma alta de 1,1% para o próximo.

A principal preocupação para 2017 repousa na evolução da política monetária, já que o programa de compra de ativos do BCE deverá terminar em março. Ainda faz parte do temor dos economistas a deflação e as perdas que as

instituições financeiras estão tendo com os juros negativos.

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O FMI acredita que a economia americana crescerá 1,6% em 2016 e 2,2% em

2017.

Nos EUA, após a eleição de Donald Trump, o mercado financeiro reagiu

negativamente com preocupações entorno das promessas feitas durante a campanha presidencial, com um viés fortemente protecionista no que diz

respeito às relações externas e intervencionistas nas questões internas. Entretanto, as preocupações logo foram dissipadas, após Donald Trump adotar um discurso mais moderado do que na campanha, e sinalizar que

pretende implantar uma política fiscal expansionista, pautada no investimento em infraestrutura e na redução de tributos. Enquanto o mercado

especula quais serão as políticas adotadas pelo novo Governo, a próxima movimentação em direção à taxa de juros é aguardada ansiosamente.

É possível deduzir, de comunicados do FED, que a elevação da taxa básica deverá se dar até o final deste ano e que em 2017 os aumentos se darão de forma bem gradual, tendo sido sugeridas duas elevações de taxa durante o

ano. Dessa forma, o impacto nos mercados emergentes poderá não ser significativo, em termos de precificação e volatilidade.

O mercado de trabalho deverá permanecer robusto e é esperado um aumento dos salários com a sua consolidação. A dúvida, ainda, repousa no

comportamento da inflação, que parece aumentar.

Para a China, o FMI projeta uma evolução do PIB de 6,6% em 2016 e de 6,2% em 2017. Já para o governo, o país precisará de esforços intensos para atingir

as metas econômicas anuais, na medida em que a economia continua sob pressão. Permanecem grandes dificuldades para atingir particularmente as

metas de investimento e de expansão do comércio interno e internacional, principalmente. A mudança do modelo exportador voltado para o consumo

interno continuará em progressão, exigindo tempo para a sua consolidação.

Em relação ao Japão, o FMI estimou um crescimento de 0,5% em 2016 e de 0,6% em 2017.

A dúvida ainda repousa no sucesso do programa de estímulos monetários e na eficácia dos juros negativos. Para a Índia o FMI estimou um crescimento

de 7,6% em 2016 e 2017.

RENDA FIXA

Para a agência Bloomberg, os juros baixos impulsionam artificialmente os preços dos ativos financeiros e distorcem padrões normais de tomada de riscos nos mercados financeiros. Para a OCDE, as distorções geradas no sistema

financeiro pelo prolongamento de um nível excepcionalmente baixo das taxas de juros podem acarretar riscos de bolhas especulativas, que não estariam

sendo aproveitadas o suficiente para reaquecer a economia mundial. Por outro

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lado, com as baixas taxas, a evolução dos preços das ações de bancos, por

exemplo, está sendo muito pior do que a de outros setores e a deterioração da rentabilidade dos fundos de previdência é visível.

Com a perspectiva que as baixas taxas de juros prevaleçam no mercado internacional, em 2017, o Banco Morgan Stanley acredita ser esse um bom

momento para a compra de títulos da dívida de países emergentes como Brasil, China e Índia, que têm taxas de juros significativas.

Os títulos corporativos americanos continuarão a atrair os investidores, bem

como os títulos emitidos pelo governo dos EUA, por serem emitidos em dólar, que deverá se valorizar com o aumento dos juros e por serem o maior porto

seguro dos investidores.

RENDA VARIÁVEL

Para o mercado acionário americano, os economistas estão divididos em relação ao futuro. Alguns acreditam que o índice S&P 500, que anda ao redor de 2.100 pontos pode alcançar 2.300 pontos. As ações estariam com preço

atraente em relação aos títulos de renda fixa, a preocupação com liquidez é cada vez maior e a expectativa é de que os lucros das empresas subam. Outros

acreditam que o mercado já atingiu seu ápice e novas máximas dependerão da política monetária americana e da atividade econômica global.

Para as bolsas europeias o cenário pode ser adverso, com o fim dos estímulos mensais do BCE e para as bolsas emergentes favorável com alguma recuperação dos preços das commodities e com a maior participação do

investidor internacional, em busca de maiores retornos.

3.2 NACIONAL – PERSPECTIVAS

Para o FMI, o PIB do Brasil irá cair 3,3% em 2016 e terá uma melhora em 2017, quando está prevista uma alta de 0,5%. Para o Banco Central, conforme

o Relatório de Inflação, publicado em setembro, a queda do PIB este ano será de 3,3% e a alta no próximo ano será de 1,3%. Para os economistas que militam no mercado financeiro, conforme revela o último Relatório Focus do

Banco Central, de 07 de outubro último, a atividade econômica no país terá uma retração de 3,15% em 2016 e um crescimento de 1,30% em 2017. Já o

Ministério da Fazenda, estimou um crescimento de 1,6% no ano que vem, conforme a proposta do orçamento federal para 2017.

Embora os especialistas no mercado de trabalho estimem que a taxa de desemprego só comece a recuar a partir do segundo semestre do próximo ano e volte ao nível anterior à crise somente após 2018, há otimismo em relação à

retomada do crescimento econômico. Com a recuperação da confiança empresarial local e dos investidores externos, os investimentos poderão ser os

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protagonistas da evolução do PIB, já que o consumo das famílias deverá ter

uma recuperação mais lenta.

Instituições financeiras internacionais de renome acreditam que com a

superação da crise política, com o ajuste fiscal e com a queda da inflação e dos juros, o Brasil poderá entrar em novo ciclo virtuoso.

Para o FMI, com o crescimento previsto para 2017 e com a freada da alta do dólar, o Brasil poderá voltar a ser a oitava maior economia do mundo já no próximo ano.

Segundo o ministro Henrique Meirelles, com os sinais de reação já esboçados pela economia, com a melhora dos índices de confiança e com o avanço do

ajuste fiscal, a retomada de um bom ritmo de crescimento pode ser mais rápida, mesmo com a possibilidade do aumento dos juros nos EUA. Há

também que se levar em consideração, o fato de que a queda acumulada do PIB nos últimos anos foi tão intensa que a base baixa para a recuperação do crescimento econômico é um fator favorável adicional.

Analistas de mercado especializados em contas públicas estimam que o déficit público primário em 2016 será da ordem de R$ 159 bilhões, portanto, abaixo

da meta de R$ 170,5 bilhões aprovada pelo Congresso Nacional. Já para 2017, a expectativa é de um déficit de R$ 145,3 bilhões, desse modo, acima da meta

de R$ 139 bilhões, fixada pelo governo. Já a dívida bruta deverá equivaler a 78,2% do PIB, sendo que hoje é cerca de 70%.

Em recente visita à agência Bloomberg, em Nova Iorque, o presidente Temer

declarou que o déficit fiscal demorará ainda mais dois ou três anos para ser eliminado, mesmo com a aprovação do teto para os gastos públicos, durante

os próximos 20 anos. O texto da emenda foi aprovado em segundo turno pelo senado federal em 13 de dezembro e promulgada em sessão solene no

Congresso Nacional em 15 de dezembro de 2016.

Segundo Mansueto de Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, a PEC 241 na Câmara, posteriormente PEC 55, no

senado, estabelece que o teto é a melhor forma de ajuste fiscal porque é gradual. Não leva a grandes cortes de despesas necessárias e nem ao corte de

aposentadorias, como foi feito em vários países da Europa.

Em relação ao crescente déficit da Previdência Social, as reformas propostas

pelo governo só serão encaminhadas ao Legislativo em 2017. A princípio, uma das ideias é unificar a Previdência pública e privada.

Dentro das possibilidades de aumento de arrecadação ventiladas pelo governo,

está um programa de privatizações, que tem a vantagem de não passar pelo Congresso e nem pelo sistema político e que não precisa de aprovação popular.

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O governo tem autonomia para efetivá-lo. Também as concessões de serviços

públicos integram o rol de possibilidades.

O fato é que, como está esgotada a capacidade de endividamento do Tesouro

Nacional, o chamado ajuste fiscal é indispensável para que o país retome o ciclo virtuoso que propicia o crescimento econômico, com uma política de

juros baixos e inflação controlada.

Conforme o último Relatório Focus, o mercado financeiro estima que a inflação de 2016, medida através do IPCA, será de 7,04% e cairá para 5,06% em 2017.

Para o Banco Central, através do último Relatório Trimestral de Inflação, ela será de 4,4% em 2017, portanto, abaixo do centro da meta de 4,5% e caíra

para 3,8% em 2018.

Embora a indexação de preços ainda esteja viva na economia brasileira e

possa tornar a queda da inflação mais lenta, uma série de reajustes salariais foram feitos sem a plena reposição da inflação passada e os preços administrados, por seu turno, devem exercer pressões bem menores sobre os

demais preços da economia.

Depois do IPCA de setembro ter registrado uma alta de apenas 0,08%, o

presidente do BC, Ilan Goldfajn alertou que é preciso serenidade, na medida em que a desinflação não pode se restringir a apenas um mês, mas tem que

se firmar ao longo do tempo.

Embora as pressões dos preços dos alimentos possam prosseguir, até por conta de uma menor safra de grãos neste ano, com a confiança em alta é

benigno o cenário para a inflação.

Para o mercado financeiro, este ano irá terminar com a taxa Selic em 13,75%

a.a. e cairá para 11% a.a. no final de 2017. Sob a chefia de Ilan Goldfajn, o Banco Central vem conduzindo a política monetária com extrema prudência.

Em sua avaliação a queda dos juros depende basicamente do ajuste fiscal e da inflação dos alimentos. Mas o seu objetivo é de que a inflação atinja o centro da meta, o que permitiria, com a disciplina fiscal, uma queda duradoura das

taxas de juros, que propicie a redução dos custos financeiros para as famílias e empresas, além da valorização dos ativos em geral.

Para o mercado financeiro, está próximo o momento do início da queda da taxa Selic.

O último Relatório Focus revelou que o mercado financeiro espera que o dólar esteja cotado a R$ 3,25 no final de 2016 e a R$ 3,40 no final de 2017. Neste ano, o real foi uma das moedas que mais se valorizou no mundo. Se por um

lado o dólar mais desvalorizado colabora com a inflação, ao baratear os

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produtos importados, por outro pode também representar uma ameaça para

as contas externas, foco das poucas boas notícias econômicas, neste ano.

Com a economia brasileira voltando a andar nos trilhos, é grande a

possibilidade de fortes ingressos de capital estrangeiro no próximo ano, já que diversos analistas internacionais expressaram otimismo com o país. Esses

ingressos podem ainda ser intensificados, com a melhoria dos ratings do país, a partir do ajuste fiscal.

Para conter a excessiva queda do dólar e evitar os erros cometidos no passado

recente, que tanto prejudicaram nossas exportações e o setor industrial, o Banco Central conta com ferramentas como o corte dos juros, a compra de

dólares no mercado à vista e novos leilões de swap reverso.

Para a Balança Comercial, o Relatório Focus estima um superávit de US$ 49,1

bilhões em 2016 e de US$ 45 bilhões para 2017. Para o déficit em transações correntes, o mercado o estima em US$ 17,1 bilhões em 2016 e US$ 25 bilhões em 2017. E finalmente para o Investimento Estrangeiro Direto – IED, a

estimativa é de um ingresso de US$ 65 bilhões em 2016 e 2017.

Para a maior gestora de recursos do mundo, a BalckRock, os juros pagos pelos

papéis brasileiros, emitidos aqui e no exterior estão entre os mais atraentes do mundo. De fato, a diferença entre as taxas de juros praticadas no Brasil e

a média praticada nos países desenvolvidos é a maior em dez anos. Esse é um dos fatores que estimulam a atração de capital internacional no curto prazo.

Como dissemos anteriormente, com a aprovação do ajuste fiscal, com a queda

da inflação e com a retomada da arrecadação do setor público a partir de um maior crescimento econômico, podemos estar diante de uma queda

continuada da taxa Selic e dos juros de mercado, que possibilitarão altos rendimentos nas aplicações pré-fixadas, inclusive naquelas em que os IMA’s

servem de referência. Também os títulos privados devem aumentar o seu espaço no mercado em 2017.

Assim, a alocação sugerida para as aplicações financeiras dos RPPS, se

encontram-se na tabela de alocação estratégica para 2017, doravante discriminados.

A análise feita para a renda fixa também procede para a renda variável. Cabe acrescentar que o fluxo de recursos de investidores estrangeiros, que hoje

representa quase a metade do volume transacionado na Bovespa pode se intensificar ainda mais com o novo quadro político e econômico.

Depois de dois anos o Índice Bovespa voltou a superar o patamar de 60 mil

pontos e também com a perspectiva de alta para as commodities no próximo

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ano, pode evoluir ainda mais, não só por conta do ingresso de recursos, mas

principalmente pelo crescimento do lucro das empresas.

3.3 EXPECTATIVAS DE MERCADO

Indicador 2016 2017

Crescimento Real do PIB (% aa.) -3,15 1,30

Produção Industrial (%) -5,96 1,11

IPCA (IBGE) - % aa. 7,04 5,06

IGP-M (FGV) - % aa. 7,91 5,50

Taxa Selic Meta – Fim do Ano (% aa.) 13,75 11,00

Câmbio - Fim do Ano (R$/US$) 3,25 3,40

Balança Comercial – Saldo (em US$ Bilhões) 49,18 45,00

Investimento Estrangeiro Direto – IED (em US$

Bilhões) 65,00 65,00

Fonte: BACEN - Sistema de Expectativas de Mercado

4. ALOCAÇÃO ESTRATÉGICA DOS RECURSOS

Na aplicação dos recursos, os responsáveis pela gestão do RPPS devem observar os limites estabelecidos por esta Política de Investimentos e pela

Resolução CMN nº 3.922/2010. Limites estabelecidos mediante estudo do cenário macroeconômico atual e de perspectivas futuras, com as hipóteses

razoáveis de realização no curto e médio prazo, conforme descrito abaixo:

Alocação Estratégica para o exercício de 2017

Limites estabelecidos pela Política de Investimentos

Estratégia de Alocação -

Política de Investimento de 2017

Segmento

Tipo de Ativo

Limite da

Resolução

CMN %

Posição

Atual da

Carteira

(%) - Set/16

Limite

Inferior

(%)

Estraté

gia Alvo

(%)

Limite

Superio

r (%)

Renda

Fixa

Títulos Tesouro Nacional

– SELIC - Art. 7º, I, “a”. 100,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

FI 100% títulos TN - Art.

7º, I, "b" 100,00% 76,53% 40,00% 55,00%

100,00

%

Operações

Compromissadas - Art.

7º, II

15,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

FI Renda Fixa/Referenciados RF -

Art. 7º, III, Alínea “a”

80,00% 0,00% 0,00% 7,00% 15,00%

FI de Índices Renda Fixa

- Art. 7º, III, Alínea “b” 80,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

FI de Renda Fixa - Art.

7º, IV, Alínea “a” 30,00% 18,50% 10,00% 18,00% 30,00%

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FI de Índices Renda Fixa

- Art. 7º, IV, Alínea “b” 30,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Poupança - Art. 7º, V, Alínea “a”

20,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Letras Imobiliárias Garantidas- Art. 7º, V,

Alínea “b”

20,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

FI em Direitos Creditórios

- aberto - sênior Art. 7º,

VI.

15,00% 0,00% 0,00% 3,00% 5,00%

FI em Direitos Creditórios - aberto - subordinada

Art. 7º, VI.

0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

FI em Direitos Creditórios

- fechado - sênior Art. 7º,

VII, "a"

5,00% 0,00% 0,00% 2,50% 5,00%

FI em Direitos Creditórios

- fechado - subordinada Art. 7º, VII, "a"

0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

FI Renda Fixa "Crédito Privado"- Art. 7º, VII, "b"

5,00% 2,75% 0,00% 2,50% 5,00%

Subtotal 500,00% 97,78% 50,00% 88,00% 160,00

%

Renda

Variável

FI Ações Referenciados

(em índice) - Art. 8º, I 30,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

FI de Índices

Referenciados em Ações -

Art. 8º, II

20,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

FI em Ações - Art. 8º, III 15,00% 1,03% 0,00% 3,00% 5,00%

FI Multimercado - aberto

- Art. 8º, IV 5,00% 0,00% 0,00% 3,00% 5,00%

FI em Participações -

fechado - Art. 8º, V 5,00% 0,00% 0,00% 3,00% 5,00%

FI Imobiliário - cotas

negociadas em bolsa - Art. 8º, VI

5,00% 1,19% 0,00% 3,00% 5,00%

Subtotal 80,00% 2,22% 0,00% 12,00% 20,00%

Total Geral 580,00% 100,00% 50,00% 100,00

%

180,00

%

A estratégia de alocação para os próximos cinco anos, leva em consideração não somente o cenário macroeconômico como também as especificidades da

estratégia definida pelo resultado da análise do fluxo de caixa atuarial e as projeções futuras de déficit e/ou superávit.

Alocação Estratégica para os próximos cinco anos

Limites estabelecidos pela Política de Investimentos Estratégia de Alocação

- para os próximos

cinco exercícios

Segmento Tipo de Ativo

Limite

Inferior

(%)

Limite

Superior

(%)

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Renda Fixa

Títulos Tesouro Nacional – SELIC - Art. 7º, I,

“a”. 0,00% 0,00%

FI 100% títulos TN - Art. 7º, I, "b" 40,00% 100,00%

Operações Compromissadas - Art. 7º, II 0,00% 0,00%

FI Renda Fixa/Referenciados RF - Art. 7º, III,

Alínea “a” 0,00% 15,00%

FI de Índices Renda Fixa - Art. 7º, III, Alínea

“b” 0,00% 0,00%

FI de Renda Fixa - Art. 7º, IV, Alínea “a” 10,00% 30,00%

FI de Índices Renda Fixa - Art. 7º, IV, Alínea

“b” 0,00% 0,00%

Poupança - Art. 7º, V, Alínea “a” 0,00% 0,00%

Letras Imobiliárias Garantidas- Art. 7º, V,

Alínea “b” 0,00% 0,00%

FI em Direitos Creditórios - aberto - sênior Art.

7º, VI. 0,00% 5,00%

FI em Direitos Creditórios - aberto -

subordinada Art. 7º, VI. 0,00% 0,00%

FI em Direitos Creditórios - fechado - sênior

Art. 7º, VII, "a" 0,00% 5,00%

FI em Direitos Creditórios - fechado -

subordinada Art. 7º, VII, "a" 0,00% 0,00%

FI Renda Fixa "Crédito Privado"- Art. 7º, VII,

"b" 0,00% 5,00%

Subtotal 50,00% 160,00%

Renda Variável

FI Ações Referenciados (em índice) - Art. 8º, I 0,00% 0,00%

FI de Índices Referenciados em Ações - Art. 8º,

II 0,00% 0,00%

FI em Ações - Art. 8º, III 0,00% 5,00%

FI Multimercado - aberto - Art. 8º, IV 0,00% 5,00%

FI em Participações - fechado - Art. 8º, V 0,00% 5,00%

FI Imobiliário - cotas negociadas em bolsa -

Art. 8º, VI 0,00% 5,00%

Subtotal 0,00% 20,00%

Total Geral 50,00% 180,00%

O INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO – RBPREV,

considera que os limites apresentados no resultado da análise feita são os mais condizentes com as reservas técnicas atuariais (ativos) e as reservas matemáticas (passivo) projetadas pelos cálculos atuariais do RBPREV o que

pode exigir maior flexibilidade nos níveis de liquidez da carteira.

4.1 SEGMENTO DE RENDA FIXA

Obedecendo-se os limites permitidos pela Resolução CMN n° 3922/2010, propõe-se adotar o limite de no máximo 100% (cem por cento) dos

investimentos financeiros do RPPS, no segmento de renda fixa.

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14

A negociação de títulos e valores mobiliários no mercado secundário

(compra/venda de títulos públicos) obedecerá ao disposto no Art. 7º, inciso “a”, da Resolução CMN n° 3.922/2010, e deverão ser comercializados através

de plataforma eletrônica e registrados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), não sendo permitidas compras de títulos com pagamento

de Cupom com taxa inferior à Meta Atuarial.

4.2 SEGMENTO DE RENDA VARIÁVEL

Em relação ao segmento de renda variável, cuja limitação legal estabelece que

os recursos alocados nos investimentos, cumulativamente, não deverão exceder a 30% (trinta por cento) da totalidade dos recursos em moeda corrente

do RPPS, limitar-se-ão a 20% (vinte por cento) da totalidade dos investimentos financeiros do RPPS.

4.3 SEGMENTO DE IMÓVEIS

Conforme o artigo 9º, da Resolução CMN nº 3.922/2010, as alocações no segmento de imóveis serão efetuadas, exclusivamente, com os terrenos ou

outros imóveis vinculados por lei ao RPPS.

Os imóveis repassados pelo Município deverão estar devidamente registrados

em Cartório de Registro de Imóveis, livres de quaisquer ônus ou gravame e possuir as certidões negativas de tributos, em especial o Imposto Predial e

Territorial Urbano – IPTU ou o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR.

Os imóveis poderão ser utilizados para a aquisição e/ou integralização de

Cotas de Fundos de Investimento Imobiliário, cujas cotas sejam negociadas em ambiente de bolsa de valores, com exceção dos mercados de balcão

organizados e não organizados. Deverá ser observado também critérios de Rentabilidade, Liquidez e Segurança.

Seguindo as especificações contidas no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, no item 7, 7.1, há necessidade das reavaliações devido a fatores que podem fazer com que o valor contábil do ativo não corresponda ao seu

valor justo. A frequência com que as reavaliações são realizadas depende das mudanças dos valores justos dos itens do ativo que serão reavaliados.

4.4 ENQUADRAMENTO

O INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO - RBPREV

considera os limites estipulados de enquadramento na Resolução CMN n° 3.922/2010, e como entendimento complementar ao Artigo 22, destacamos:

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15

Serão entendidos como desenquadramento passivo, os limites excedidos

decorrentes de valorização e desvalorização dos ativos ou qualquer tipo de desenquadramento que não tenha sido resultado de ação direta do RPPS.

4.5 VEDAÇÕES

O Comitê de Investimento do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO

DE RIO BRANCO deverá seguir as vedações estabelecidas pela Resolução CMN n° 3.922/2010, ficando adicionalmente vedada a aquisição de:

1. Operações compromissadas;

2. Aquisição de qualquer ativo final, emitido por Instituições Financeiras com alto risco de crédito;

3. Cotas de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios, constituídos sob forma de condomínio aberto ou fechado que não possuam segregação de

funções na prestação de serviços, sendo ao menos, obrigatoriamente, duas pessoas jurídicas diferentes, de suas controladoras, de entidades por elas direta ou indiretamente controladas ou quais outras sociedades sob controle

comum; 4. Cotas de Fundos Multimercados cujos regulamentos não determinem

que os ativos de créditos que compõem suas carteiras sejam considerados como de baixo risco de crédito por, no mínimo, uma das agências

classificadoras de risco citadas no item 7.2 - Controle do Risco de Crédito da presente Política de Investimentos; 5. Cotas de Fundos Multimercados, cuja denominação contenha a

expressão “crédito privado”; 6. Cotas de Fundos em Participações (FIP) que não prevejam em seu

regulamento a constituição de um Comitê de Acompanhamento que se reúna, no mínimo, trimestralmente e que faça a lavratura de atas, com vistas a

monitorar o desempenho dos gestores e das empresas investidas; 7. Cotas de Fundos de Investimentos Imobiliários (FII) que não prevejam em seu regulamento a constituição de um Comitê de Acompanhamento que

se reúna, no mínimo, trimestralmente, e que faça a lavratura de atas, com vistas a monitorar o desempenho dos gestores e das empresas investidas.

8. A classificação e enquadramento das cotas de fundos de investimento não podem ser descaracterizados pelos ativos finais investidos, devendo haver

correspondência com a política de investimentos do fundo.

5. META ATUARIAL

A Portaria MPS nº 87, de 02 de fevereiro de 2005, publicada no DOU de

03/02/2005, que estabelece as Normas Gerais de Atuária dos Regimes Próprios de Previdência Social, determina que a taxa real de juros a ser

utilizada nas Avaliações Atuariais será de, no máximo, 6,00% (seis por cento) ao ano.

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Também chamada de meta atuarial, é a taxa de desconto utilizada no cálculo

atuarial para trazer a valor presente, todos os compromissos do plano de benefícios para com seus beneficiários na linha do tempo, determinando,

assim, o quanto de patrimônio o Regime Próprio de Previdência Social deverá possuir hoje para manter o equilíbrio atuarial.

Obviamente, esse equilíbrio somente será possível de se obter caso os investimentos sejam remunerados, no mínimo, por essa mesma taxa. Do contrário, ou seja, se a taxa que remunera os investimentos passe a ser

inferior a taxa utilizada no cálculo atuarial, o plano de benefícios se tornará insolvente, comprometendo o pagamento das aposentadorias e pensões em

algum momento no futuro.

Considerando a distribuição dos recursos conforme a estratégia alvo utilizada

nesta Política de Investimentos, as projeções indicam que a rentabilidade real estimada para o conjunto dos investimentos ao final do ano de 2017 será de 6,00% (seis por cento), somado a inflação de IPCA – Índice Nacional de

Preço ao Consumidor Amplo.

Ainda assim, o INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE RIO

BRANCO avaliará a execução de estudos que evidenciem, no longo prazo, qual a real situação financeiro-atuarial do plano de benefícios previdenciários.

6. ESTRUTURA DE GESTÃO DOS ATIVOS

De acordo com as hipóteses previstas na Resolução CMN nº 3.922/2010, a aplicação dos ativos será realizada por gestão própria, terceirizada ou mista.

Para a vigência desta Política de Investimentos, a gestão das aplicações dos recursos do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO

será própria.

6.1 GESTÃO PRÓPRIA

A adoção deste modelo de gestão significa que o total dos recursos ficará sob a responsabilidade do RPPS, com profissionais qualificados e certificados por entidade de certificação reconhecida pelo Ministério da Previdência Social,

conforme exigência da Portaria MPS nº 519, de 24 de agosto de 2011, e contará com Comitê de Investimentos como órgão participativo do processo decisório,

com o objetivo de gerenciar a aplicação de recursos, escolhendo os ativos, delimitando os níveis de riscos, estabelecendo os prazos para as aplicações,

sendo obrigatório o Credenciamento de administradores e gestores de fundos de investimentos junto ao RPPS.

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O RBPREV tem, ainda, a prerrogativa da contratação de empresa de

consultoria, de acordo com os critérios estabelecidos na Resolução CMN nº 3.922/2010, para prestar assessoramento às aplicações de recursos.

6.2 ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO

Compete ao Comitê de Investimentos o auxílio à Diretoria do RBPREV na

elaboração da Política de Investimento, que deve submetê-la para aprovação ao Conselho Deliberativo, órgão superior competente para definições estratégicas do RPPS. Essa estrutura garante a demonstração da segregação

de funções adotadas pelos órgãos de execução, estando em linha com as práticas de mercado para uma boa governança corporativa.

Esta política de investimentos estabelece as diretrizes a serem tomadas pelo comitê de investimentos e pela Diretoria Executiva do RBPREV na gestão dos

recursos, visando atingir e obter o equilíbrio financeiro e atuarial com a solvabilidade do plano.

7. CONTROLE DE RISCO

É relevante mencionar que qualquer aplicação financeira estará sujeita à incidência de fatores de risco que podem afetar adversamente o seu retorno,

entre eles:

Risco de Mercado – é o risco inerente a todas as modalidades de aplicações financeiras disponíveis no mercado financeiro; corresponde à

incerteza em relação ao resultado de um investimento financeiro ou de uma carteira de investimento, em decorrência de mudanças futuras nas condições

de mercado. É o risco de variações, oscilações nas taxas e preços de mercado, tais como taxa de juros, preços de ações e outros índices. É ligado às oscilações do mercado financeiro.

Risco de Crédito - também conhecido como risco institucional ou de contraparte, é aquele em que há a possibilidade de o retorno de investimento

não ser honrado pela instituição que emitiu determinado título, na data e nas condições negociadas e contratadas;

Risco de Liquidez - surge da dificuldade em se conseguir encontrar compradores potenciais de um determinado ativo no momento e no preço desejado. Ocorre quando um ativo está com baixo volume de negócios e

apresenta grandes diferenças entre o preço que o comprador está disposto a pagar (oferta de compra) e aquele que o vendedor gostaria de vender (oferta de

venda). Quando é necessário vender algum ativo num mercado ilíquido, tende a ser difícil conseguir realizar a venda sem sacrificar o preço do ativo

negociado.

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7.1 CONTROLE DO RISCO DE MERCADO

O RPPS adota o VaR - Value-at-Risk para controle do risco de mercado, utilizando os seguintes parâmetros para o cálculo do mesmo:

Modelo paramétrico;

Intervalo de confiança de 95% (noventa e cinco por cento);

Horizonte temporal de 21 dias úteis.

Como parâmetro de monitoramento para controle do risco de mercado dos

ativos que compõe a carteira, os membros do Comitê de Investimentos e da Diretoria Executiva deverão observar as referências abaixo estabelecidas e realizar reavaliação destes ativos sempre que as referências pré-estabelecidas

forem ultrapassadas.

Segmento de Renda Fixa: 3,5% (três e meio por cento) do valor alocado

neste segmento.

Segmento de Renda Variável: 15% (quinze por cento) do valor alocado neste segmento.

Como instrumento adicional de controle, o RBPREV monitorará a rentabilidade do fundo em janelas temporais (mês, ano, três meses, seis meses, doze meses e vinte e quatro meses), verificando o alinhamento com o

“benchmark” estabelecido na política de investimentos do fundo. Desvios significativos deverão ser avaliados pelos membros do Comitê de

Investimentos do RPPS, que decidirá pela manutenção, ou não, do investimento.

7.2 CONTROLE DO RISCO DE CRÉDITO

A análise de risco de crédito dos recursos geridos pelo RBPREV será efetuada com base ratings (estudo de risco de inadimplência), emitidos por agência

classificadora de risco. Serão analisados os riscos das Entidades/Fundos/Títulos e sua evolução. Os títulos das instituições que

operem com títulos privados em seus fundos de investimentos devem possuir grau de investimento.

A Diretoria de Administração e Finanças do RBPREV e o Comitê de Investimentos deverão monitorar os Fundos/Ativos que tenham avaliação de rating, verificando o seu enquadramento.

Na hipótese de aplicação de recursos financeiros do RPPS, em Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) e Fundos de Investimentos em

Cotas de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FICFIDC) serão considerados como de baixo risco os que estiverem de acordo com a tabela

abaixo:

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Agência Classificadora de Risco Rating Mínimo

Standard & Poors BBB+ (perspectiva estável) Moody’s Baa1 (perspectiva estável) Fitch Rating BBB+ (perspectiva estável) Austin Rating A (perspectiva estável) SR Rating A (perspectiva estável) LF Rating A (perspectiva estável) Liberum Rating A (perspectiva estável)

As agências classificadoras de risco supracitadas estão devidamente

autorizadas a operar no Brasil e utilizam o sistema de “rating” para classificar o nível de risco de uma instituição, fundo de investimentos e dos ativos

integrantes de sua carteira.

7.3 CONTROLE DO RISCO DE LIQUIDEZ

Nas aplicações em fundos de investimentos constituídos sob a forma de condomínio fechado, e nas aplicações cuja soma do prazo de carência (se houver) acrescido ao prazo de conversão de cotas ultrapassarem em 365 dias,

a aprovação do investimento deverá ser precedida de uma análise que evidencie a capacidade do RPPS em arcar com o fluxo de despesas necessárias

ao cumprimento de suas obrigações atuariais, até a data da disponibilização dos recursos investidos.

8. POLÍTICA DE TRANSPARÊNCIA

As informações contidas na Política de Investimentos e em suas revisões deverão ser disponibilizadas aos interessados, no prazo de trinta dias,

contados de sua aprovação, observados os critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência Social. À vista da exigência contida no art. 4º,

incisos I, II, III e IV, parágrafo primeiro e segundo e ainda, art. 5º da Resolução CMN nº 3.922/2010, a Política de Investimentos deverá ser disponibilizada no

site do RPPS, Diário Oficial do Município ou em local de fácil acesso e visualização, sem prejuízo de outros canais oficiais de comunicação.

9. CRITÉRIOS PARA CREDENCIAMENTO

Seguindo a Portaria MPS nº 519, de 24 de agosto de 2011, na gestão própria, antes da realização de qualquer operação, o RPPS, na figura de seu Comitê de

Investimentos, deverá assegurar que as instituições financeiras escolhidas para receber as aplicações tenham sido objeto de prévio credenciamento.

Para tal credenciamento deverão ser observados e formalmente atestados pelo representante legal do RPPS e submetido à aprovação do Comitê de Investimentos, no mínimo, quesitos como:

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a) atos de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo

Banco Central do Brasil ou Comissão de Valores Mobiliários ou órgão competente;

b) observação de elevado padrão ético de conduta nas operações realizadas

no mercado financeiro e ausência de restrições que, a critério do Banco Central do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários ou de outros órgãos competentes desaconselhem um relacionamento seguro;

c) regularidade fiscal e previdenciária.

Quando se tratar de fundos de investimento, o credenciamento previsto recairá sobre a figura do gestor e do administrador do fundo.

9.1 PROCESSO DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DE GESTORES/ADMINISTRADORES

Nos processos de seleção dos Gestores/Administradores devem ser

considerados os aspectos qualitativos e quantitativos, tendo como parâmetro de análise no mínimo:

a) Tradição e Credibilidade da Instituição – envolvendo volume de recursos administrados e geridos no Brasil e no exterior, capacitação profissional dos

agentes envolvidos na administração e gestão de investimentos do fundo, que incluem formação acadêmica continuada, certificações, reconhecimento público etc., tempo de atuação e maturidade desses agentes na atividade,

regularidade da manutenção da equipe, com base na rotatividade dos profissionais e na tempestividade na reposição, além de outras informações

relacionadas com a administração e gestão de investimentos que permitam identificar a cultura fiduciária da instituição e seu compromisso com

princípios de responsabilidade nos investimentos e de governança; b) Gestão do Risco – envolvendo qualidade e consistência dos processos de

administração e gestão, em especial aos riscos de crédito – quando aplicável – liquidez, mercado, legal e operacional, efetividade dos controles internos,

envolvendo, ainda, o uso de ferramentas, softwares e consultorias especializadas, regularidade na prestação de informações, atuação da área de

“compliance”, capacitação profissional dos agentes envolvidos na administração e gestão de risco do fundo, que incluem formação acadêmica continuada, certificações, reconhecimento público etc., tempo de atuação e

maturidade desses agentes na atividade, regularidade da manutenção da equipe de risco, com base na rotatividade dos profissionais e na

tempestividade na reposição, além de outras informações relacionadas com a administração e gestão do risco.

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c) Avaliação de aderência dos Fundos aos indicadores de desempenho

(Benchmark) e riscos – envolvendo a correlação da rentabilidade com seus objetivos e a consistência na entrega de resultados no período mínimo de dois

anos anteriores ao credenciamento;

Entende-se que os fundos possuem uma gestão discricionária, na qual o

gestor decide pelos investimentos que vai realizar, desde que respeitando o regulamento do fundo e as normas aplicáveis aos RPPS.

O Credenciamento se dará, preferencialmente, de forma digital, inclusive na

apresentação da documentação e Certidões requisitadas, por meio do sistema eletrônico utilizado pelo RPPS conforme procedimento:

a) As Instituições Gestoras e Administradoras de Fundos de Investimentos deverão enviar um e-mail, para o endereço [email protected], solicitando

formalmente, o envio de “Login” e “Senha de Acesso” para poder efetuar o Credenciamento;

b) O “Login” e a “Senha de Acesso” será disponibilizado, também, por e-mail enviado a Instituição Interessada, em até 24 (vinte e quatro) horas úteis,

do recebimento do e-mail de requisição do item anterior;

c) De posse do “Login” e da “Senha de Acesso”, as Instituições Gestoras e Administradoras de Fundos de Investimentos deverão acessar o Portal www.siru.com.br, acessar o sistema no tópico “Acesso Restrito”, anexar a

documentação e preencher os dados dispostos neste edital e requisitados no sistema, seguindo as instruções disponibilizadas no Anexo I.

10. CONTROLES INTERNOS

Antes das aplicações, a gestão do RPPS do Município de Rio Branco deverá

verificar, no mínimo, aspectos como: enquadramento do produto quanto às exigências legais, seu histórico de rentabilidade, riscos e perspectiva de rentabilidade satisfatória no horizonte de tempo.

Todos os ativos e valores mobiliários adquiridos pelo RPPS deverão ser registrados nos Sistemas de Liquidação e Custódia: SELIC, CETIP ou Câmaras

de Compensação autorizadas pela CVM.

A gestão do RPPS sempre fará a comparação dos investimentos com a sua

meta atuarial para identificar aqueles com rentabilidade insatisfatória, ou inadequação ao cenário econômico, visando possíveis indicações de solicitação de resgate.

Com base nas determinações da Portaria MPS nº 170, de 26 de abril de 2012, alterada pela Portaria MPS nº 440, de 09 de outubro de 2013, foi instituído o

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Comitê de Investimentos no âmbito do RPPS, com a finalidade de participar

no processo decisório quanto à formulação e execução da política de investimentos, resgates e aplicações dos recursos financeiros resultantes de

repasses de contribuições previdenciárias dos órgãos patrocinadores, de servidores ativos, inativos e pensionistas, bem como de outras receitas do

RPPS.

Compete ao Comitê de Investimentos orientar a aplicação dos recursos financeiros e a operacionalização da Política de Investimentos do RPPS. Ainda

dentro de suas atribuições, é de sua competência:

I - garantir o cumprimento da legislação e da política de investimentos;

II - avaliar a conveniência e adequação dos investimentos;

III - monitorar o grau de risco dos investimentos;

IV - observar que a rentabilidade dos recursos esteja de acordo com o nível de risco assumido pela entidade;

V - garantir a gestão ética e transparente dos recursos.

Sua atuação será pautada na avaliação das alternativas de investimentos com base nas expectativas quanto ao comportamento das variáveis econômicas e

ficará limitada às determinações desta Política.

São avaliados pelos responsáveis pela gestão dos recursos do INSTITUTO DE

PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO, relatórios de acompanhamento das aplicações e operações de aquisição e venda de títulos, valores mobiliários e demais ativos alocados nos diversos segmentos de

aplicação. Esse relatório será elaborado trimestralmente e terá como objetivo documentar e acompanhar a aplicação de seus recursos.

Os relatórios supracitados serão mantidos e colocados à disposição do Ministério da Previdência Social, Tribunal de Contas do Estado, Conselho

Fiscal e de Administração e demais órgãos fiscalizadores.

Caberá ao comitê de investimentos do RPPS acompanhar a Política de Investimentos e sua aderência legal analisando a efetiva aplicação dos seus

dispositivos.

As operações realizadas no mercado secundário (compra/venda de títulos

públicos) deverão ser realizadas através de plataforma eletrônica autorizada, Sisbex da BM&F e CetipNet da Cetip que já atendem aos pré-requisitos para

oferecer as rodas de negociação nos moldes exigidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central. O RPPS deverá ainda, realizar o acompanhamento de

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preços e taxas praticados em tais operações e compará-los aos preços e taxas

utilizados como referência de mercado (ANBIMA).

É importante ressaltar que, seja qual for à alocação de ativos, o mercado

poderá apresentar períodos adversos, que poderão afetar ao menos parte da carteira. Portanto, é imperativo observar um horizonte de tempo que possa

ajustar essas flutuações e permitir a recuperação da ocorrência de ocasionais perdas. Desta forma, o RPPS deve manter-se fiel à política de investimentos definida originalmente a partir do seu perfil de risco.

E, de forma organizada, remanejar a alocação inicial em momentos de alta (vendendo) ou baixa (comprando) com o objetivo de rebalancear sua carteira

de investimentos. Três virtudes básicas de um bom investidor são fundamentais: disciplina, paciência e diversificação.

As aplicações realizadas pelo RPPS passarão por um processo de análise, para o qual serão utilizadas algumas ferramentas disponíveis no mercado, como o histórico de cotas de fundos de investimentos, abertura de carteira de

investimentos, informações de mercado on-line, pesquisa em sites institucionais e outras.

Além de estudar o regulamento e o prospecto dos fundos de investimentos será feita uma análise do gestor/administrador e da taxa de administração

cobrada, dentre outros critérios. Os investimentos serão constantemente avaliados através de acompanhamento de desempenho, da abertura da composição das carteiras e avaliações de ativos.

As avaliações são feitas para orientar as definições de estratégias e as tomadas de decisões, de forma a aperfeiçoar o retorno da carteira e minimizar riscos.

Para melhor execução das atribuições dos membros do Comitê de

Investimentos, nos termos do artigo, 4º do Decreto Municipal nº 1.242, de

2013, esta Política estabelece o calendário anual de reuniões ordinárias, para

o exercício de 2017, conforme quadro abaixo:

Exercício de 2017

Mês Dia Mês Dia

JANEIRO 19 JULHO 18

FEVEREIRO 21 AGOSTO 17

MARÇO 21 SETEMBRO 19

ABRIL 18 OUTUBRO 17

MAIO 23 NOVEMBRO 21

JUNHO 20 DEZEMBRO 19

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11. VIGÊNCIA

A Política de Investimentos terá a vigência de um ano, 2017, sendo reavaliada frente às alterações econômicas, legais, atuariais e das referências de mercado

ou extraordinariamente na ocorrência de crises do mercado financeiro que afetem o RPPS de Rio Branco.

12. DISPOSIÇÕES GERAIS

A presente Política de Investimentos poderá ser revista no curso de sua execução e monitorada no curto prazo, a contar da data de sua aprovação pelo

órgão supe rior de administração do RPPS, CAPS, sendo que o prazo de validade compreenderá o ano de 2017.

Reuniões extraordinárias junto ao Conselho de Administração do RPPS serão realizadas sempre que houver necessidade de ajustes nesta política de

investimentos perante o comportamento/conjuntura do mercado, quando se apresentar o interesse da preservação dos ativos financeiros e/ou com vistas à adequação à nova legislação.

Deverão estar certificados os responsáveis pelo acompanhamento e operacionalização dos investimentos do RPPS, através de exame de

certificação organizado por entidade autônoma de reconhecida capacidade técnica e difusão no mercado brasileiro de capitais, cujo conteúdo abrangerá,

no mínimo, o contido no anexo a Portaria MPAS nº 519, de 24 de agosto de 2011.

A comprovação da habilitação ocorrerá mediante o preenchimento dos campos

específicos constantes do Demonstrativo da Política de Investimentos - DPIN e do Demonstrativo de Aplicações e Investimentos dos Recursos - DAIR.

As Instituições Financeiras que operem e que venham a operar com o RPPS poderão, a título institucional, oferecer apoio técnico através de cursos,

seminários e workshops ministrados por profissionais de mercado e/ou funcionários das Instituições para capacitação de servidores e membros dos órgãos colegiados do RPPS; bem como, contraprestação de serviços e projetos

de iniciativa do RPPS, sem que haja ônus ou compromisso vinculados aos produtos de investimentos.

Ressalvadas situações especiais a serem avaliadas pelo Comitê de Investimentos do RPPS (tais como fundos fechados, fundos abertos com

prazos de captação limitados), os fundos elegíveis para alocação deverão apresentar série histórica de, no mínimo, 6 (seis) meses, contados da data de início de funcionamento do fundo.

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Casos omissos nesta Política de Investimentos remetem-se à Resolução CMN

n° 3.922/2010, e à Portaria MPS nº 519, de 24 de agosto de 2011.

Os casos omissos nesta Política de Investimentos remetem-se à Resolução CMN n° 3.922/2010, Portaria MPS nº 519/2011.

É parte integrante desta Política de Investimentos: Cópia da Ata do Conselho de Administração - CAPS, que aprova a presente

Política de Investimentos, realizada em 20 de dezembro de 2016.

Rio Branco – Acre, 20 de dezembro de 2016.

Raquel de Araújo Nogueira

Diretora-Presidente do RBPREV

Irle Maria Gadelha Mendonça

Diretora de Administração e Finanças e membro do Comitê de Investimentos

Amides Tavares de Souza Chefe da Divisão de Orçamento, Contabilidade e Finanças

e membro do Comitê de Investimentos

Josué da Silva Santos Presidente do CAPS

Francisco Andrade Cacau Junior

Presidente do Comitê de Investimentos