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PREFEITURA MUNICIPAL DE ELDORADO DO SUL - RS

rua da Arrozeira, nº 270

Centro - Eldorado do Sul - RS

Fone: (51) 3499 6300 | 3499 6400

www.eldorado.rs.gov.br

Gestão 2013/2016

Prefeito Municipal ........................................................................................ Sérgio Munhoz

Vice-Prefeito Municipal ............................................................................... Sávio Salvador

EXECUÇÃO

LÓGICA GESTÃO AMBIENTAL INTELIGENTE LTDA.

rua Duque de Caxias, 812

Centro, Lajeado – RS

Fone: (51) 3726 3101

www.gestaologica.com.br

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APRESENTAÇÃO

Conforme preconiza a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS –, Lei Federal

nº 12.305 de 2 de agosto de 2010, regulamentada pelo Decreto 7.404 de 23 de dezembro

de 2010, todos os Município deverão apresentar seus Planos Municipais de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos, para que possam firmar convênios e contratos disponíveis

nas esferas de Governo Municipal, Estadual e Federal e também junto à fundações e

instituições, na gestão das políticas públicas e captação de recursos relacionados à limpeza

urbana e ao manejo de resíduos sólidos.

A Política Nacional do Meio Ambiente situa um novo panorama sobre o

Gerenciamento dos Resíduos Sólidos no Brasil, trazendo o planejamento como uma ação

primordial, onde juntos, administração pública e sociedade definem as ações e metas que

devem ser abordadas para todos os tipos de resíduos gerados no município.

Com isso, é preciso informar, sensibilizar e mobilizar toda a sociedade para a

importância da mudança de atitude e de comportamento, para que a gestão dos resíduos

possa seguir o fluxo definido pela Política de não geração, de redução, de reutilização, de

reciclagem, de tratamento e de disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Os conceitos de resíduos vêm modificando-se com o passar do tempo. Atualmente,

o chamado “lixo urbano” pode ser considerado aquele resíduo proveniente das atividades

humanas ou então de origem natural, nas áreas consideradas urbanizadas. Sua origem

advém do uso de matérias-primas para produção de subprodutos de interesse econômico

ou de subsistência, os quais originam rejeitos ao logo de todo o ciclo de vida de cada

produto.

A evolução contínua da tecnologia, dos bens de consumo e o gradativo aumento

do poder aquisitivo, proporcionam uma constante modificação dos componentes

encontrados nos resíduos sólidos. Devido a este fato, avaliações inerentes à geração de

resíduos devem passar por diferentes etapas, as quais procuram avaliar as peculiaridades

sociais, econômicas, culturais, geográficas e ambientais de cada região.

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos tem como um de seus

fundamentos relacionar as diretrizes necessárias para um bom gerenciamento e

segregação dos resíduos encontrados no Município, porém é indispensável que cada

gerador faça a sua parte, segregando os resíduos na origem, encaminhando para o destino

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correto e cobrando do poder público e dos fabricantes/importadores que também

desempenhem a sua parte.

As informações apresentadas neste trabalho caracterizam as atuais condições de

gestão dos resíduos sólidos empregados a nível municipal, elaborados a partir de

levantamentos em campo e considerando programas existentes no próprio município.

Este estudo é parte integrante do processo de elaboração do Plano Municipal de

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do município de Eldorado do Sul, elaborado em

consonância com a Legislação vigente.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 4 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 18 1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ........................................................................... 21

1.1 Histórico do Município ......................................................................................................... 21

1.2 Localização e Acessos ........................................................................................................ 21

1.3 Identificação da Situação Fundiária e Eixos de Desenvolvimentos da Cidade e seus Projetos de Parcelamento e/ou Urbanização ........................................................................................... 23

1.4 Formação Administrativa ..................................................................................................... 24

2 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS ................................................................................................... 25 2.1 Vegetação ........................................................................................................................... 25

2.2 Geologia .............................................................................................................................. 28

2.3 Geomorfologia ..................................................................................................................... 35

3 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS REGIONAIS .............................................................................. 36 3.1 Pedologia ............................................................................................................................ 37

3.2 Hidrologia ............................................................................................................................ 40

3.3 Hidrogeologia ...................................................................................................................... 41

3.4 Clima ................................................................................................................................... 41

4 INFRAESTRUTURA .................................................................................................................. 42 4.1 Habitação ............................................................................................................................ 43

4.2 Energia Elétrica ................................................................................................................... 43

4.3 Pavimentação ...................................................................................................................... 43

4.4 Transporte ........................................................................................................................... 44

4.5 Plano Diretor ....................................................................................................................... 44

4.6 Definições das Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS ............................................... 45

5 IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DA INFRAESTRUTURA SOCIAL DA COMUNIDADE .......... 50 5.1 Principais Atrativos Turísticos .............................................................................................. 50

5.2 Igrejas ................................................................................................................................. 51

5.3 Cemitérios ........................................................................................................................... 51

5.4 Identificação e Avaliação do sistema de comunicação local ................................................ 51

6 EDUCAÇÃO .............................................................................................................................. 52 6.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ................................................................ 52

7 SAÚDE ...................................................................................................................................... 55 7.1 Taxa de natalidade .............................................................................................................. 55

7.2 Longevidade, mortalidade e fecundidade ............................................................................ 56

7.3 Esperança de vida ao nascer .............................................................................................. 56

7.4 Estrutura e Despesas de saúde........................................................................................... 56

7.5 Descrição de práticas de saúde e saneamento ................................................................... 58

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7.6 Índice nutricional da população infantil de 0 a 2 anos .......................................................... 59

8 ASPECTOS SÓCIOS ECONÔMICOS ....................................................................................... 59 8.1 Economia ............................................................................................................................ 59

8.2 Trabalho .............................................................................................................................. 61

8.3 População ........................................................................................................................... 61

8.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ................................................................... 62

8.5 Renda Per Capita ................................................................................................................ 62

8.6 Famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família ........................................................... 63

9 DEMOGRAFIA ........................................................................................................................... 63 9.1 Projeção Populacional ......................................................................................................... 63

9.1.1 Método Geométrico ....................................................................................................... 64

9.1.2 Método Aritmético ......................................................................................................... 65

10 CONTROLE SOCIAL ............................................................................................................... 68 11 NORMAS DE REGULAÇÃO E ENTE RESPONSÁVEL PELA REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO, BEM COMO OS MEIOS E PROCEDIMENTOS PARA SUA ATUAÇÃO ....................................... 68 12 LEGISLAÇÕES PERTINENTES .............................................................................................. 69

12.1 Legislação Federal ............................................................................................................ 69

12.2 Legislação Estadual .......................................................................................................... 71

12.3 Legislação Municipal ......................................................................................................... 72

13 SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO ................................................................................ 72 13.1 Abastecimento de Água ..................................................................................................... 72

13.2 Esgotamento Sanitário ...................................................................................................... 76

13.3 Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas ............................................................... 76

14 SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................. 77 14.1 Classificação dos Resíduos Sólidos .................................................................................. 78

14.2 Gerenciamento dos Resíduos Sólidos ............................................................................... 78

14.3 Resíduos Sólidos – Coleta Convencional .......................................................................... 80

14.3.1 Cobertura de Coleta Convencional ............................................................................. 80

14.3.2 Acondicionamento para Transporte ............................................................................ 81

14.3.3 Campanhas realizadas quanto a coleta convencional ................................................. 84

14.3.4 Transporte .................................................................................................................. 85

14.3.5 Triagem e Transbordo ................................................................................................. 86

14.3.6 Destinação Final dos Resíduos da Coleta Convencional ............................................ 86

14.3.7 Despesas e Receitas com a Coleta Convencional ...................................................... 86

14.3.8 Composição Gravimétrica dos Resíduos Sólidos ........................................................ 87

14.3.9 Quantificação de resíduos sólidos oriundos da Coleta Convencional .......................... 88

14.4 Resíduos Sólidos Domiciliares – Coleta Seletiva ............................................................... 89

14.5 Catadores Informais e Inclusão Social ............................................................................... 89

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14.6 Resíduos de Limpeza Urbana ........................................................................................... 91

14.6.1 Acondicionamento e Armazenamento dos Resíduos de Limpeza Urbana .................. 92

14.6.2 Destinação Final dos Resíduos de Limpeza Urbana ................................................... 93

14.6.3 Despesas e Receitas com os Serviços de Limpeza Urbana ........................................ 94

14.7 Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviços ............................ 95

14.7.1 Acondicionamento dos resíduos provenientes dos estabelecimentos comerciais ....... 97

14.7.2 Coleta e destinação final dos resíduos dos estabelecimentos comerciais ................... 98

14.7.3 Despesas e receitas com os resíduos dos estabelecimentos comerciais .................... 98

14.8 Resíduos da Construção Civis (RCC) e Resíduos Volumosos ............................................ 98

14.8.1 Destinação Final ....................................................................................................... 102

14.8.2 Despesas e receitas com resíduos da construção civil e volumosos ......................... 103

14.9 Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) ............................................................ 103

14.9.1 Frequência e quantidade coletada dos resíduos de serviços de saúde ..................... 104

14.9.2 Acondicionamento..................................................................................................... 104

14.9.3 Sistema de tratamento e destinação final dos resíduos de serviços de saúde .......... 110

14.9.4 Despesas e receitas com os resíduos sólidos de saúde administrados pelo município ............................................................................................................................................ 110

14.9.5 Geradores privados de RSS no município ................................................................ 110

14.10 Resíduos com Logística Reversa Obrigatória ................................................................ 111

14.10.1 Lâmpadas, Pilhas, Baterias, Eletroeletrônicos e Óleo Lubrificante .......................... 112

14.10.2 Embalagens de Agrotóxico ..................................................................................... 114

14.11 Resíduos Sólidos Industriais (RSI) ................................................................................ 115

14.11.1 Geração de Resíduos Industriais ............................................................................ 115

14.11.2 Acondicionamento dos Resíduos Industriais ........................................................... 118

14.11.3 Coleta dos Resíduos Industriais .............................................................................. 118

14.11.4 Destinação Final dos Resíduos Industriais .............................................................. 119

14.12 Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico .............................................. 119

14.13 Resíduos Agrossilvopastoris.......................................................................................... 120

14.14 Resíduos de Serviços de Transporte ............................................................................. 124

14.15 Resíduos de Mineração ................................................................................................. 124

15 IDENTIFICAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS E ÁREAS INADEQUADAS UTILIZADAS NA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................... 126 16 SISTEMA DE COBRANÇA PELOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................................................................... 132 17 SÍNTESE DAS DEFICIÊNCIAS IDENTIFICADAS NA GESTÃO DE RESÍDUOS ................... 134 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 255

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Delimitação dos Distritos. ............................................................................................... 23 Figura 2: Prefeitura Municipal. ...................................................................................................... 25 Figura 3: Subprefeitura de Bom Retiro. ......................................................................................... 25 Figura 4: Subprefeitura do Parque Eldorado. ................................................................................ 25 Figura 5: Contexto hidrológico do município junto ao Estado. ....................................................... 40 Figura 6: Zoneamento Urbano. ..................................................................................................... 49 Figura 7: EMEF Paraná. ............................................................................................................... 53 Figura 8: EMEF La Hire Querra .................................................................................................... 53 Figura 9: EEEM Prof. Américo Braga. ........................................................................................... 54 Figura 10: EMEF São José. .......................................................................................................... 54 Figura 11: Tratamento da Água. ................................................................................................... 73 Figura 12: Acondicionamento individual. ....................................................................................... 81 Figura 13: Acondicionamento coletivo. .......................................................................................... 81 Figura 14: Acondicionamento localizado na área rural – Bom Retiro. ........................................... 82 Figura 15: Acondicionamento localizado na área central. ............................................................. 82 Figura 16: Resíduos dispostos nas vias na área rural. .................................................................. 82 Figura 17: Acondicionamento na área central. .............................................................................. 82 Figura 18: Acondicionamento com tampa. .................................................................................... 82 Figura 19:Acondicionamentos insuficientes. ................................................................................. 82 Figura 20: Coletores seletivos rua central. .................................................................................... 83 Figura 21: Coletores seletivos dispostos na praça. ....................................................................... 83 Figura 22: Resíduos diversos dispostos na Avenida A. ................................................................. 83 Figura 23: Resíduos diversos dispostos na Avenida Nestor Jardim Filho. .................................... 83 Figura 24: Resíduos volumosos depositados na rua Irene Santos Tota – Sans Souci .................. 83 Figura 25: Resíduos de construção civil na rua Irene Santos Tota – Sans Souci. ......................... 83 Figura 26: Resíduos diversos dispostos na Avenida A. ................................................................. 83 Figura 27: Resíduos diversos depositados na Avenida Nestor Jardim. ......................................... 83 Figura 28: Resíduos dispostos na rua Lajeado. ............................................................................ 84 Figura 29: Resíduos depositados na rua Lajeado. ........................................................................ 84 Figura 30: Resíduos diversos depositados na Avenida Frederico Warstat. ................................... 84 Figura 31: Campanha quanto a limpeza urbana. .......................................................................... 84 Figura 32: Campanha quanto a coleta. ......................................................................................... 84 Figura 33: Aterro Sanitário. ........................................................................................................... 86 Figura 34: Aterro Sanitário. ........................................................................................................... 86 Figura 35: Resíduos de podas, depositados na calçada. .............................................................. 92 Figura 36: Resíduos de varrição. .................................................................................................. 92 Figura 37: Resíduos de podas. ..................................................................................................... 92 Figura 38: Resíduos de varrição e poda. ...................................................................................... 92 Figura 39: Vista panorâmica da Central de Resíduos. .................................................................. 94 Figura 40: Pavilhão da triagem. .................................................................................................... 94 Figura 41: Pavilhão de triagem. .................................................................................................... 94 Figura 42: Resíduos de limpeza urbana – Verdes. ........................................................................ 94 Figura 43: Resíduos de limpeza urbana, junto com os resíduos da construção civil. .................... 94 Figura 44: Lancheria. .................................................................................................................... 97 Figura 45: Padaria. ....................................................................................................................... 97 Figura 46: Mercado. ...................................................................................................................... 97 Figura 47: Malharia. ...................................................................................................................... 97

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Figura 48: Resíduos diversos depositados na Avenida Nestor Jardim. ....................................... 100 Figura 49: Resíduos diversos dispostos na Avenida A. ............................................................... 100 Figura 50: Resíduos volumosos depositados na rua Irene Santos Tota – Sans Souci ................ 100 Figura 51: Resíduos diversos dispostos na Avenida A. ............................................................... 100 Figura 52: Resíduos de construção civil na rua Irene Santos Tota – Sans Souci. ....................... 101 Figura 53: Resíduos diversos depositados na Avenida Frederico Warstat .................................. 101 Figura 54: Resíduo da construção civil na rua Irene Santos Tota – Sans Souci. ......................... 101 Figura 55: Exemplo de grande gerador localizado no município. ................................................ 102 Figura 56: Exemplo de pequeno gerador localizado no município. ............................................. 102 Figura 57: Faixada da unidade de saúde. ................................................................................... 105 Figura 58:Acondicionamento localizado no interior do Posto. ..................................................... 105 Figura 59: Acondicionamento para resíduo perfurocortante. ....................................................... 106 Figura 60: Acondicionamento...................................................................................................... 106 Figura 61: Bombonas localizadas na área externa do Posto de Saúde, a céu aberto, expostas a intempéries da natureza. ............................................................................................................. 106 Figura 62: Bombonas em local inadequado. ............................................................................... 106 Figura 63: Bombonas em locais de livre acesso. ........................................................................ 106 Figura 64: Vista frontal do posto de saúde. ................................................................................. 106 Figura 65: Acondicionamento dos resíduos. ............................................................................... 106 Figura 66: Acondicionamento para resíduo perfurocortante. ....................................................... 106 Figura 67: Acondicionamento de resíduos. ................................................................................. 106 Figura 68: Armazenamento das bombonas, em local adequado, porém sem placa de sinalização. ................................................................................................................................................... 106 Figura 69: Vista frontal da unidade de saúde. ............................................................................. 106 Figura 70: Acondicionamento de resíduos. ................................................................................. 106 Figura 71: Acondicionamento de resíduos. ................................................................................. 106 Figura 72: Acondicionamento localizado na entrada do posto de saúde. .................................... 106 Figura 73: Armazenamento das bombonas em local adequado, porém sem sinalização. ........... 106 Figura 74: Vista frontal do posto de saúde. ................................................................................. 107 Figura 75: Acondicionamento inadequado de resíduos. .............................................................. 107 Figura 76: Acondicionamento de resíduos. ................................................................................. 107 Figura 77: Acondicionamento para resíduo perfurocortante. ....................................................... 107 Figura 78: Acondicionamento para resíduo perfurocortante. ....................................................... 107 Figura 79: Armazenamento das bombonas de resíduos, local em condições precárias. ............. 107 Figura 80: Local sem sinalização. ............................................................................................... 108 Figura 81: Faixada da unidade de saúde. ................................................................................... 108 Figura 82:Acondicionamento de resíduos. .................................................................................. 108 Figura 83: Acondicionamento de resíduos. ................................................................................. 108 Figura 84: Local de armazenamento das bombonas. .................................................................. 108 Figura 85: Local de armazenamento das bombonas em condições precárias, arte do telhado quebrado. ................................................................................................................................... 108 Figura 86: Vista frontal da unidade de saúde. ............................................................................. 108 Figura 87: Acondicionamento de resíduos. ................................................................................. 108 Figura 88: Acondicionamento de resíduos .................................................................................. 109 Figura 89: Acondicionamento para resíduo perfurocortante. ....................................................... 109 Figura 90: Bombonas de acondicionamento de resíduos. ........................................................... 109 Figura 91: Vista do local de armazenamento das bombonas. ..................................................... 109 Figura 92: Vista frontal do almoxarifado. ..................................................................................... 108 Figura 93: Armazenamento de equipamentos inutilizados. ......................................................... 108 Figura 94: Armazenamento de equipamentos inutilizados. ......................................................... 109

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Figura 95: Armazenamento de materiais para serem distribuídos nas unidades de saúde. ........ 109 Figura 96: Lâmpadas dispostas de forma inadequada junto a Secretaria Municipal de Obras. ... 112 Figura 97: Pneus dispostos a céu aberto no pátio da Secretaria Municipal de Obras. ................ 112 Figura 98: Vista geral do local. .................................................................................................... 113 Figura 99: Ecoponto situado na entrada da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. ................. 113 Figura 100: Ecoponto de resíduos eletroeletrônicos. .................................................................. 113 Figura 101: Ecoponto de pilhas e celulares situado junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. ................................................................................................................................................... 113 Figura 102: Pilhas aguardando a destinação final. ...................................................................... 113 Figura 103: Ecoponto de óleo de cozinha. .................................................................................. 114 Figura 104: Ecoponto de pilhas e baterias. ................................................................................. 114 Figura 105: Resíduos eletroeletrônicos, dispostos em via pública. ............................................. 114 Figura 106: Lâmpadas e eletroeletrônicos misturados com diversos resíduos. ........................... 114 Figura 107: Indústria Têxtil. ......................................................................................................... 118 Figura 108: Indústria de artefatos de cimento. ............................................................................ 118 Figura 109: Bombinonda indústria de papel. ............................................................................... 118 Figura 110: Resíduos industriais dispostos na Avenida Nestor Jardim Filho. .............................. 119 Figura 111: Cultivo de arroz irrigado. .......................................................................................... 121 Figura 112: Lavoura de arroz irrigado. ........................................................................................ 121 Figura 113: Cultivo de arroz irrigado. .......................................................................................... 121 Figura 114: Horto Florestal. ........................................................................................................ 122 Figura 115: Plantação de eucalipto. ............................................................................................ 122 Figura 116: Criação de bovinos. ................................................................................................. 123 Figura 117: Bovinos. ................................................................................................................... 123 Figura 118: Mineradora existente em Eldorado do Sul. ............................................................... 125 Figura 119: Mineradora situada em............................................................................................. 125 Figura 120: Placa do empreendimento de mineração. ................................................................ 125 Figura 121: Placa do empreendimento de mineração. ................................................................ 125 Figura 122: Resíduos dispostos em toda a avenida Nestor Jardim Filho e na rua Lajeado. ........ 128 Figura 123: Resíduos depositados na rua São Miguel. ............................................................... 128 Figura 124: Resíduos depositadas em toda a Estrada de acesso ao IPV. .................................. 129 Figura 125: Resíduos dispostos na avenida Frederico Warstat. .................................................. 129 Figura 126: Resíduos dispostos na rua Irene Santos Tota – Sans Souci. ................................... 130 Figura 127: Resíduos diversos depositados no final da avenida A. ............................................. 130 Figura 128: Vista geral dos pontos com acúmulo de resíduos. ................................................... 131 Figura 129: Resíduos diversos depositados no final da avenida A. ............................................. 131 Figura 130: Resíduos depositados na Estrada de acesso ao IPV. .............................................. 131 Figura 131: Resíduos depositados na Estrada de acesso ao IPV. .............................................. 131 Figura 132: Resíduos depositados na Estrada de acesso ao IPV. .............................................. 131 Figura 133: Modelo ilustrativo de uma estação de transbordo. ................................................... 167 Figura 134: Modelo de uma Central de Triagem e Compostagem – Parte Externa. .................... 172 Figura 135: Modelo de uma Central de Triagem e Compostagem – Parte Interna. ..................... 172

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Estimativa da evolução populacional urbana (comparativo). ......................................... 67 Gráfico 2: Estimativa da evolução populacional rural (comparativo).............................................. 67 Gráfico 3: Apresenta o número de catadores no Brasil. ................................................................ 90

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LISTA DE MAPAS

Mapa 1: Limites Municipais. .......................................................................................................... 22 Mapa 2: Contexto Geológico municipal. ........................................................................................ 29 Mapa 3: Área do município no contexto geomorfológico do Estado. ............................................. 35 Mapa 4: Contexto pedológico municipal. ....................................................................................... 38

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Características específicas da classificação de acordo com Köppen. .......................... 41 Tabela 2: Média dos parâmetros climáticos analisados. ............................................................... 42 Tabela 3: Variações climáticas considerando as estações do ano. ............................................... 42 Tabela 4: Indicadores de habitação .............................................................................................. 43 Tabela 5: Energia elétrica ............................................................................................................. 43 Tabela 6: Transporte ..................................................................................................................... 44 Tabela 7: Pontos Turísticos. ......................................................................................................... 50 Tabela 8: Taxa de rendimento (2014). .......................................................................................... 52 Tabela 9: Estabelecimentos existentes de ensino (2014). ............................................................. 52 Tabela 10: Informações sobre nascimentos. ................................................................................. 55 Tabela 11: Longevidade, Mortalidade e Fecundidade ................................................................... 56 Tabela 12: Recursos Humanos segundo categorias selecionadas. .............................................. 56 Tabela 13: Serviços existentes ..................................................................................................... 57 Tabela 14: Indicadores de despesas referentes à saúde pública .................................................. 58 Tabela 15: Responsabilidades por setor. ...................................................................................... 59 Tabela 16: Produto Interno Bruto. ................................................................................................. 60 Tabela 17: Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (2013). ............................................... 60 Tabela 18: Ocupação da população de 18 anos ou mais .............................................................. 61 Tabela 19: Dados sobre a situação da população......................................................................... 61 Tabela 20: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes. ......................... 62 Tabela 21: Renda, Pobreza e Desigualdade. ................................................................................ 62 Tabela 22: Estimativas perante a renda das famílias. ................................................................... 63 Tabela 23: População conforme IBGE. ......................................................................................... 63 Tabela 24: Método Geométrico. .................................................................................................... 65 Tabela 25: Método Aritmético. ...................................................................................................... 66 Tabela 26: Legislações Federais. ................................................................................................. 69 Tabela 27: Legislações Estaduais. ................................................................................................ 71 Tabela 28: Legislações Municipais. .............................................................................................. 72 Tabela 29: Redes de distribuição de água quanto ao material, tamanho e extensão. ................... 73 Tabela 30: Descrição das Soluções Alternativas Coletivas de Abastecimento de Água. ............... 74 Tabela 31: Responsabilidades. ..................................................................................................... 78 Tabela 32: Contratos com empresas terceirizadas. ...................................................................... 79 Tabela 33: Roteiro da Coleta Convencional. ................................................................................. 81 Tabela 34: Taxa de coleta de resíduos. ........................................................................................ 87 Tabela 35: Quantidade de resíduos coletados (Kg) - Área Central. .............................................. 88 Tabela 36: Quantidade de resíduos coletados (Kg) - Distritos....................................................... 88 Tabela 37: Estimativa de geração de resíduos para a área central. .............................................. 89 Tabela 38: Estimativa de geração de resíduos para os Distritos do Parque e Bom Retiro. ........... 89 Tabela 39: Informações quanto aos serviços de Limpeza urbana. ................................................ 91 Tabela 40: Ramo das atividades. .................................................................................................. 93 Tabela 41: Custos com os serviços............................................................................................... 95 Tabela 42: Taxa pelos serviços de limpeza pública. ..................................................................... 95 Tabela 43: Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviço ............................................. 96 Tabela 44: Estabelecimentos geradores de resíduos da construção civil e volumosos ............... 101 Tabela 45: Despesas com resíduos da construção civil e volumosos ......................................... 103 Tabela 46: Postos de Saúde, localizados no município............................................................... 103 Tabela 47: Frequência da coleta dos resíduos dos serviços de saúde. ....................................... 104

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Tabela 48: Deficiências no acondicionamento dos resíduos de saúde ........................................ 105 Tabela 49: Estabelecimentos privados geradores de Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde 110 Tabela 50: Geradores de Resíduos Industriais ........................................................................... 116 Tabela 51: Estimativa da Geração de Resíduos Agrícolas. ......................................................... 120 Tabela 52: Estimativa da Geração de Resíduos Florestais. ........................................................ 121 Tabela 53: Produção agrícola e geração de resíduos ................................................................. 121 Tabela 54: Produção florestal e geração de resíduos ................................................................. 122 Tabela 55: Geração de dejetos ................................................................................................... 123 Tabela 56: Pecuária .................................................................................................................... 123 Tabela 57: Geradores de Resíduos Agrossilvopastoris ............................................................... 123 Tabela 58: Geradores de Resíduos de Mineração ...................................................................... 125 Tabela 59: Pontos de descarte clandestino de resíduos sólidos. ................................................ 127 Tabela 60: Deficiências verificadas na gestão de resíduos em Eldorado do Sul. ........................ 134 Tabela 61: Modelo utilizado para apresentar os Programas definidos neste instrumento de gestão. ................................................................................................................................................... 140 Tabela 62: Institucionalização da gestão dos resíduos sólidos. .................................................. 140 Tabela 63: Promoção da educação ambiental e da participação social. ..................................... 142 Tabela 64: Programa, metas e ações. ........................................................................................ 144 Tabela 65: Gerenciamento dos resíduos industriais. ................................................................... 145 Tabela 66: Metas para os resíduos de serviços de saúde. .......................................................... 147 Tabela 67: Programa, metas e ações dos resíduos da construção civil. ..................................... 149 Tabela 68: Programa, metas e ações dos resíduos. ................................................................... 150 Tabela 69: Programa, metas e ações para a logística reversa. ................................................... 151 Tabela 70: Programa, metas e ações. ........................................................................................ 160 Tabela 71: Programas, Metas e Ações dos Resíduos Domiciliares. ........................................... 161 Tabela 72: Características dos equipamentos de segurança individual ...................................... 165 Tabela 73: Estimativa de quantidade de lixeiras nas áreas urbanas e rurais dos Municípios. ..... 170 Tabela 74: Geração de resíduos (Kg). ........................................................................................ 178 Tabela 75: Projeção dos Resíduos Sólidos Urbanos. ................................................................. 179 Tabela 76: Projeção dos Resíduos Sólidos Rurais. ..................................................................... 180 Tabela 77: Estimativas de Geração Área Urbana. ...................................................................... 182 Tabela 78: Estimativas de Geração Área Rural. ......................................................................... 183 Tabela 79: Investimentos – aquisição de veículos compactadores. ............................................ 186 Tabela 80: Estimativa de quilometragens percorridas na coleta convencional e deslocamento ao aterro sanitário. ........................................................................................................................... 187 Tabela 81: Custo de operação dos caminhões da coleta convencional. ..................................... 187 Tabela 82: Estimativa dos Custos de Mão de Obra – Motoristas. ............................................... 188 Tabela 83: Estimativa dos Custos Mão de Obra – Coletores. ..................................................... 188 Tabela 84: Estimativa dos Custos Mão de Obra – Encarregado. ................................................ 189 Tabela 85: Estimativa dos custos de EPI's. ................................................................................. 189 Tabela 86: Estimativa de custos totais para a readequação da coleta convencional. .................. 190 Tabela 87: Estimativa dos custos com a coleta convencional. .................................................... 191 Tabela 88: Estimativa de vias atendidas com a coleta. ............................................................... 192 Tabela 89: Estimativa dos Custos de operação dos caminhões compactadores. ....................... 192 Tabela 90: Estimativa dos Custos de Mão de Obra – Motoristas. ............................................... 193 Tabela 91: Estimativa dos Custos Mão de Obra – Coletores. ..................................................... 193 Tabela 92: Estimativa dos custos de EPI's Coletores .................................................................. 194 Tabela 93: Estimativa dos custos de EPI's Motorista. ................................................................. 194 Tabela 94: Estimativa dos custos consolidados da coleta convencional. .................................... 195 Tabela 95: Estimativa de Investimentos - Estação de Transbordo. ............................................. 196

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Tabela 96: Estimativa dos custos de mão de obra – Motorista Caminhão Roll-On Roll-Off. ........ 197 Tabela 97: Estimativa dos custos de mão de obra – Zelador. ..................................................... 197 Tabela 98: Estimativa Quilometragem Transbordo. .................................................................... 198 Tabela 99: Estimativa dos Custos de caminhão Roll-On Roll-Off. ............................................... 199 Tabela 100: Estimativa dos custos Consolidados Estação de Transbordo. ................................. 200 Tabela 101: Percentuais. ............................................................................................................ 200 Tabela 102: Estimativa dos Investimentos para aquisição dos caminhões compactadores e baú. ................................................................................................................................................... 201 Tabela 103: Estimativa Quilometragem. ..................................................................................... 201 Tabela 104: Custo Estimado Operação Coleta Convencional. .................................................... 202 Tabela 105: Estimativa de quilometragem atendida com a coleta seletiva. ................................. 203 Tabela 106: Estimativa dos Custos de operação do caminhão da coleta seletiva. ...................... 204 Tabela 107: Custos de aquisição de lixeiras ............................................................................... 204 Tabela 108: Custos e encargos – Motorista. ............................................................................... 205 Tabela 109: Custos e Encargos – Coletores. .............................................................................. 206 Tabela 110: Estimativa dos Custos Mão de Obra – Motorista. .................................................... 207 Tabela 111: Estimativa dos Custos Mão de Obra – Coletores. .................................................. 207 Tabela 112: EPI’s - Motoristas Coleta Convencional. .................................................................. 208 Tabela 113: EPI’s – Coletores Coleta Convencional. .................................................................. 208 Tabela 114: EPI’s – Motorista Coleta Seletiva. ........................................................................... 209 Tabela 115: EPI’s – Coletores Coleta Seletiva. ........................................................................... 209 Tabela 116: Custos Consolidados Operacionalização das coletas. ............................................ 209 Tabela 117: Estimativa dos custos para aquisição dos equipamentos da central de triagem e compostagem. ............................................................................................................................ 210 Tabela 118: Estimativa de custos com a estrutura administrativa. .............................................. 211 Tabela 119: Km rodado – Roll-On Roll-Off. ................................................................................. 212 Tabela 120: Estimativa dos Custos com a Operação de Caminhões – Roll-On Roll-Off – Encaminhando o rejeito para Minas do Leão. ............................................................................. 213 Tabela 121: Estimativa de custo hora retroescavadeira. ............................................................. 214 Tabela 122: Custo Operação Retroescavadeira.......................................................................... 214 Tabela 123: Mão de Obra – Auxiliar Administrativo ..................................................................... 216 Tabela 124: Mão de Obra – Zelador. .......................................................................................... 217 Tabela 125: Mão de Obra – Motorista. ........................................................................................ 217 Tabela 126: Mão de Obra – Coletores. ....................................................................................... 218 Tabela 127: Mão de Obra – Operador Retroescavadeira. ........................................................... 218 Tabela 128: Custo total estimado. ............................................................................................... 219 Tabela 129: Estimativa dos custos com Uniformes e Equipamentos para os Catadores. ............ 220 Tabela 130: Estimativa dos custos com Uniformes e Equipamentos para o Motorista. ............... 220 Tabela 131: Estimativa dos Custos Consolidados. ...................................................................... 221 Tabela 132: Percentuais. ............................................................................................................ 221 Tabela 133: Indicadores para Resíduos Sólidos. ........................................................................ 227 Tabela 134: Indicadores de Controle Social. ............................................................................... 229 Tabela 135: Indicadores de Regulação. ...................................................................................... 229 Tabela 136: Cálculo estimado para taxa de resíduos sólidos urbanos – Cenário I ...................... 233 Tabela 137: Cálculo estimado para taxa de resíduos sólidos urbanos – Cenário II. .................... 234 Tabela 138: Cálculo estimado para taxa de resíduos sólidos urbanos – Cenário III. ................... 234 Tabela 139: Responsabilidades pela Gestão de Resíduos Sólidos. ............................................ 236 Tabela 140: Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios. ............................................................................................................. 240

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Tabela 141: Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios. ............................................................................................................. 242 Tabela 142: Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios. ............................................................................................................. 243 Tabela 143: Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios. ............................................................................................................. 243 Tabela 144: Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios. ............................................................................................................. 245 Tabela 145: Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios. ............................................................................................................. 247 Tabela 146: Ações de Emergências e Contingências para Resíduos Sólidos. ............................ 251

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INTRODUÇÃO

Um dos grandes desafios nos dias atuais para as cidades é conciliar as

transformações do espaço em que vivemos com a utilização dos recursos naturais de forma

eficiente e sem desperdício, preocupando-se em compatibilizar as constantes mudanças

com o meio ambiente, através de uma política de desenvolvimento que integre a gestão

ambiental e o planejamento urbano, tornando a cidade num ambiente mais atrativo e que

atenda às necessidades das pessoas.

Para isso, uma das questões a ser planejada de forma integrada com a sociedade

civil é o gerenciamento dos resíduos sólidos, através de uma gestão participativa e que

atenda as especificidades locais, onde a administração municipal assume o papel

orientador e provocador do diálogo, debatendo, incorporando contribuições, validando

momentos chaves para assim estabelecer políticas abrangentes na coleta e destino final

dos resíduos.

Neste contexto, a existência de um sistema de gestão e o compromisso de

instituições sociais solidamente firmadas é necessária para a adoção de sistemas

descentralizados, incluídos em um planejamento integrado, que identifica os problemas,

aponta soluções e alternativas, estabelecendo prazos e garantindo promoções continuadas

no gerenciamento dos resíduos. Diante de tal situação, caracterizar os resíduos gerados

no município é fundamental para a definição das atividades a serem planejadas, avaliando

o potencial de reutilização, reciclagem e recuperação dos mesmos, uma vez que o manejo

adequado dos resíduos sólidos depende de vários fatores, tais como: a forma de geração,

acondicionamento, coleta, transporte, processamento, recuperação e destino final.

Assim à necessidade de criação de novas políticas de gestão pública de resíduos,

que possam atuar de forma eficaz, não só com o objetivo de garantir a coleta, o tratamento

e a disposição final, mas principalmente estimular a busca por mecanismos que visem à

conscientização da comunidade como um todo, buscando a diminuição dos resíduos

gerados no dia a dia.

A partir deste preceito, o diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos do

Município é o primeiro passo para uma gestão otimizada, que atenda às exigências legais

e proporcione a qualidade de vida à população, com políticas públicas concretas e

coerentes que levem em consideração as peculiaridades do município.

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Este trabalho tem como objetivo o levantamento de dados “in loco”, os quais

contribuirão para o direcionamento das ações, que visam o Gerenciamento Integrado de

Resíduos Sólidos, gerados no Município de Eldorado do Sul – RS. Para melhor

entendimento dos passos de desenvolvimento do Plano, o mesmo será dividido em dois

capítulos, onde o Capitulo I apresentará a caracterização dos resíduos gerados no

Município, denominado de Diagnóstico, já o Capítulo II exibirá os programas, metas, ações

e prazos, e será denominado de prognóstico.

Na fase do prognóstico se faz necessário projetar em curto, médio e longo prazo

como ficará a operacionalização com a possibilidade de exercer ações conjuntas que,

dotadas de sinergia, ofereçam resultados superiores e relevantes, capazes de obter ganhos

representativos para a melhoria da qualidade de vida das populações. Serão estabelecidas

diretrizes e estratégias focadas nas diferentes classes de resíduos sólidos gerados nos

Município.

Todas as ações e procedimentos descritos no plano estarão sistematizados de forma

com que venha auxiliar na solução dos problemas diagnosticados, permitindo a superação

das limitações atuais e a consolidação de um sistema de limpeza urbana mediante a

implantação de um Gerenciamento Integrado dos Serviços de Resíduos Sólidos.

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CAPÍTULO I – DIAGNÓSTICO DA

SITUAÇÃO ATUAL DO MUNICÍPIO

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1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

1.1 Histórico do Município

Eldorado do Sul foi inicialmente ocupado por estancieiros açorianos pertencentes ao

grupo pioneiro de Jerônimo de Ornellas, na metade do século XVIII. Em 1930, a região à

margem direita do Rio Guaíba passou a servir de balneário turístico à população de Porto

Alegre e de porto para os barcos que iam para a capital, como meio de transporte. Por volta

de 1960, a área passou a ser habitada por colonizadores de origem alemã, que deram à

localidade o nome de Balneário Sans Souci.

A região era composta de propriedades particulares que se dedicavam integralmente

à pecuária e à cultura do arroz até a década de 1960. Nesse período as áreas passaram a

ser fracionadas em chácaras e lotes menores e vendidas para fins de moradia. Devido à

proximidade da Capital a ao seu fácil acesso através da BR 116, que há pouco tempo havia

sido construída, na década de 70 houve um incremento na procura por terrenos para

residência nesta localidade, dando origem à “Vila Medianeira”.

O crescimento populacional nestas regiões foi intenso na década de 70 e início da

década de 80. Após anos de reivindicações, em 1985 começaram os trabalhos oficiais de

emancipação da cidade, que buscavam a melhoria das condições e o desenvolvimento

urbano para os bairros Medianeira, Itaí, Bom Retiro, Sans Souci, Picada e Guaíba Contry

Club. Após anos de mobilização, o trabalho de conquista da emancipação foi

recompensado com o desmembramento destas áreas do Município de Guaíba. Em 08 de

junho de 1988 é criado o Município de Eldorado do Sul.

O nome escolhido para a região emancipada, “Eldorado”, é de origem espanhola e

significa “Terra do Ouro”, país imaginário que se dizia existir na América Meridional, lugar

pródigo em delícias e riquezas (MUNICÍPIO DE ELDORADO DO SUL).

1.2 Localização e Acessos

O Município pertence à mesorregião metropolitana de Porto Alegre e microrregião

Carbonífera do Estado do Rio Grande do Sul, apresentando como municípios

limítrofes Charqueadas, Arroio dos Ratos, Guaíba, Triunfo e Mariana Pimentel (Mapa 1).

Eldorado do Sul localiza-se a uma latitude 30.0882 sul e a uma longitude 51.6245 oeste,

estando a uma altitude de 19 metros e possuindo uma área total de 509,72 Km². Suas

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principais vias de acesso são a Estrada do Conde e a BR-116 pelo Município de Guaíba,

assim como pela BR-290 por Porto Alegre e Arroio dos Ratos.

Mapa 1: Limites Municipais.

Fonte: Empresa Executora.

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1.3 Identificação da Situação Fundiária e Eixos de Desenvolvimentos da Cidade e

seus Projetos de Parcelamento e/ou Urbanização

O município de Eldorado do Sul possui uma extensão territorial de 509,72 km²,

subdivida entre área urbana e rural. Na área rural o uso do solo é utilizado basicamente

para plantios de arroz irrigado, criação de animais e atividades de silvicultura. As

aglomerações de residências, comércios e industrias estão localizadas nas áreas urbanas

do município. Na Figura 1 é demonstrada a localização da área central, bem como, os

distritos que compõe a área do município.

Figura 1: Delimitação dos Distritos.

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

Conforme informações do município, o mesmo possui a Lei Municipal n° 2.574, de 26

de dezembro de 2006, que dispõe sobre a Política Urbana, institui o Plano Diretor de

Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul e dá outras providências.

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1.4 Formação Administrativa

A estrutura administrativa do Município é dividida em duas áreas distintas. A primeira

célula de organização é representada pelo Gestor Público o qual é de extrema importância

na administração municipal, pois é no gabinete que são tomadas as decisões que

influenciam na vida da população. Já a segunda célula é representada por doze

Secretarias, sendo elas primordiais para o desenvolvimento e crescimento do município,

sendo que as mesmas são discriminadas abaixo:

• Secretaria de Administração e Patrimônio;

• Secretaria de Agricultura;

• Secretaria de Assistência Social e Trabalho;

• Secretaria de Educação, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo;

• Secretaria da Fazenda;

• Secretaria de Habitação;

• Secretaria de Meio Ambiente;

• Secretaria de Obras e Viação;

• Secretaria de Planejamento;

• Secretaria de Saúde;

• Secretaria de Transporte e Trânsito;

• Secretaria Especial de Governo.

Há de se destacar ainda, que o município possui duas subprefeituras denominadas

de Subprefeitura Distrito do Parque Eldorado e Subprefeitura do Distrito do Bom Retiro.

Segundo informações do município, as mesmas foram criadas para atender os anseios

daquelas comunidades, beneficiando os moradores locais. Nas Figuras 2 a 4, são

demonstradas a Prefeitura Municipal, bem como as subprefeituras localizadas no

município.

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2 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E AMBIENTAIS

2.1 Vegetação

O município de Eldorado do Sul é constituído por três regiões fitoecológicas, segundo

IBGE (1986), sendo Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, da Savana1 e das Áreas das

Formações Pioneiras. Originalmente o município possuía 49,7% de Áreas de Formações

Pioneiras, 48,9% de Estepe e 1,4% de Floresta Estacional Semidecidual, (Hasenack &

Cordeiro, 2006). As Áreas das Formações Pioneiras têm influência fluvial ou lacustre, a

Estepe do tipo gramíneo-lenhosa, e a Floresta Estacional Semidecidual do tipo aluvial ou

submontana.

Quanto à vegetação, as duas principais influências são a vegetação da Depressão

Central recebe são: da Serra do Sudeste na margem meridional do rio Jacuí e da vegetação

da Serra Geral ao norte do mesmo rio. A Depressão Central é uma região mista (Rambo,

1956), recebendo a influência um pouco sensível da vegetação do litoral a leste com alguns

Figura 2: Prefeitura Municipal.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 3: Subprefeitura de Bom Retiro.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 4: Subprefeitura do Parque Eldorado.

Fonte: Porteira do Sul.

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representantes das restingas. A oeste recebe influência dos campos limpos e secos da

Campanha.

Na porção sul do rio Jacuí predomina uma área de campo seco, devido à

proximidade com a Serra do Sudeste, divididos por matas de galeria e pequenas áreas de

mata brejosa. No lado norte do rio Jacuí também aparece o mosaico de campos, com matas

de galeria nas áreas com maior declividade. Na região de inundação do rio Jacuí aparecem

as matas brejosas.

Na região das estepes (savana) da Depressão Central, segundo IBGE (1986)

dominam gramíneas como Andropogon lateralis (capim-caninha), Paspalum notatum

(grama-forquilha), Axonopus compressus (grama tapete-verde), Axonopus fissifolius

(grama-jesuíta), Aristida pallens (barba-de-bode), Eryanthus angustifolius (macega-

estaladeira), gramíneas mesotérmicas hibernais, como Briza spp., Stipa spp, Piptochaeta

spp. e muitas outras gramíneas, ciperáceas, umbelíferas e compostas, que formam

agrupamentos muito variados. A Savana (IBGE, 1986) é a formação que cobre maior

superfície no Rio Grande do Sul. Na Depressão Central Gaúcha a Savana está localizada

sobre terrenos suaves ondulados a ondulados, em altitudes máximas de 300m. Quanto à

vegetação florestal distinguem diversas, sendo as principais formações: matas de galeria,

os capões e os parques.

As matas de galeria da Depressão Central possuem uma maior diversidade em

espécies e com maior extensão do que aquelas da Campanha e da Serra do Sudeste,

devido à proximidade com a mata virgem da Serra Geral (Floresta Estacional Decidual) e

ao solo pantanoso de grandes trechos das margens dos rios e arroios. Nestas florestas são

encontradas com mais frequência as seguintes espécies: salgueiro (Salyx humboldtiana),

leiterinho (Sebastiania brasiliensis), branquilho (Sebastiania commersoniana), batinga

(Eugenia ramboi), sarandi (Sebastiania schottiana), maricá (Mimosa bimucronata), jerivá

(Syagrus romanzoffiana), angico-vermelho (Parapiptadenia rigida), chal-chal (Allophylus

edulis), aguaí-mata-olho (Pouteria gardneriana), ingá-de-beira-de-rio (Ingá vera) além de

muitas outras. Na região leste da Depressão Central as matas de galeria são enriquecidas

com muitas espécies atlânticas que tem aí seu limite de distribuição austral, como por

exemplo: canela-ferrugem (Nectandra oppositifolia), guaricana (Geonoma schottiana), ipê-

amarelo-da-várzea (Tabebuia umbellata), e outras (IBGE, 1986).

Os capões de vegetação são manchas de mata nativa inseridas em meio a uma

matriz dominada por campos. Na sua borda são características espécies heliófitas e

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xerófitas das formações parque, como a aroeira-salsa (Schinus molle) e a assobiadeira

(Schinus polygamus), além de espécies arbustivas principalmente vassouras da família

Asteraceae e trepadeiras como o rasga-canela (Dioscorea campestris). Também ocorrem

muitas espécies com ampla distribuição que se adaptam em ambientes secos e úmidos,

como chá-de-bugre (Casearia sylvestris), mamica-de-cadela (Zanthoxyllum rhoifolium),

camboatá-vermelho (Cupania vernalis), entre outros. Já para o interior aparecem espécies

mais características da mata virgem da Serra Geral, como o cedro (Cedrela fissilis), a

cangerana (Cabralea canjerana), o louro (Cordia trichotoma), canelas (Ocotea spp e

Nectandra spp.).

O parque na Depressão Central tem como principal espécie a aroeira-salsa (Schinus

molle) disseminada pelo campo, isolada, junto a formações arbustivas, na beira dos capões,

ou acompanhada pelo chá-de-bugre (Casearia sylvestris), timbaúva (Enterolobium

contortisiliquum), o branquilho (Sebastiania serrata), o esporão-de-galo (Celtis sp.) entre

outras.

Importante na região é a vegetação aquática, que pode ser flutuante ou fixa em áreas

rasas próximas à margem. Encontra-se principalmente nas partes sem correntezas dos

rios, em curvas ou margens com bancos de sedimentação. As espécies mais características

da vegetação flutuante são o aguapé (Eichornia crassipes), o repolho-d’água (Pistia

stratiotes), Salvinia sp., Azolla sp., enquanto que as espécies mais características da

vegetação aquática enraizada na margem são: o chapéu-de-couro (Echinodorus

grandiflorus), Sagittaria montevidensis, Regnelidium diphyllum, entre muitas outras. Os

prados úmidos são porções próximas à margem dos rios, e que podem ser inundadas sem

reterem água em estagna mento. Deste local também são característicos os maricazais,

formação quase homogênea formada pelo maricá (Mimosa bimucronata), que pode

aparecer em formação parque ou em densos agrupamentos. Os banhados ou pantanais

possuem como característica a dominância de espécies de gramíneas, ciperáceas, o

gravatá-do-banhado (Eryngium pandanifolium), a margarida-do-banhado (Senecio

bonariensis), a taboa (Tipha dominguensis). Aparecem numerosos indivíduos de corticeira-

do-banhado (Erythrina crista-galli), (IBGE, 1986).

O município de Eldorado do Sul possui sua extensão parcialmente inserida na

Unidade de Conservação do Parque Estadual Delta do Jacuí, sendo esta uma Área de

Proteção Ambiental Estadual.

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O Parque Estadual do Delta do Jacuí é um complexo hídrico formado pelos rios Caí,

Sinos, Gravataí e Jacuí, que desembocam no Lago Guaíba. Essa junção forma o

arquipélago composto por 30 ilhas e áreas continentais. São 14.242,05 hectares de

proteção integral, inseridos na APA Delta do Jacuí.

A maior parte da paisagem do DELTA é constituída por vegetação típica de áreas

alagadas. Nesses locais encontra-se o junco, a cruz-de-malta, a erva-de-bicho e os

aguapés. Também há formações compostas de sarandis, maricás e corticeiras-do-

banhado. Nas áreas mais altas, normalmente nas margens das ilhas, existem matas com

árvores, como o ingá-de-beira-de-rio, o salseiro, o açoita-cavalo, o Jerivá e a figueira-de-

folha-miúda.

Os principais objetivos do Parque Delta são preservar os ecossistemas naturais,

promover pesquisa científica, realizar educação ambiental e desenvolver turismo ecológico,

SEMA, 2010.

Área de Proteção Ambiental Estadual Delta do Jacuí é uma Unidade de Conservação

de uso sustentável, constituída de terras públicas e privadas, com ecossistemas

característicos de banhados, matas e campos inundáveis. A APA envolve as ilhas da

Pintada, Grande dos Marinheiros, Flores e Pavão e regiões continentais do Baixo Jacuí,

habitadas por populações tradicionais do Delta, em sua maioria pescadores.

2.2 Geologia

A caracterização geológica de uma área inclui a determinação dos litotipos ali

existentes, sua estratigrafia e modo de ocorrência, suas relações de contato e as estruturas,

tectônicas ou não. A caracterização geológica é feita através de textos explicativos

acompanhados de mapas que contextualizam espacialmente as unidades descritas.

No contexto regional, a área de estudo situa-se dentro da Faixa da Província Costeira

e do Escudo Rio Grandense, com pequena contribuição da Bacia do Paraná, através de

diques de diabásio intrusivos nos granitóides (CPRM, 2008), conforme Mapa 2.

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Mapa 2: Contexto Geológico municipal.

Fonte: Empresa Executora.

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O Escudo Rio Grandense compreende as unidades metamórficas e ígneas do

Proterozóico inferior a superior, e rochas sedimentares, vulcânicas e granitóides,

consolidados ao final do Ciclo Brasiliano e com registro até a base do Paleozóico.

Caracteriza-se por uma compartimentação em blocos, limitados por grandes falhamentos

regionais de direção NE-SW, os quais exerceram importante papel na formação, disposição

espacial e preservação das diferentes unidades geológicas. Dentro dessa

compartimentação pode-se caracterizar dois domínios:

- Domínio Ocidental, formado pelos Blocos Taquarembó, São Gabriel e Encruzilhada

do Sul;

- Domínio Oriental, representado pelo Bloco Dom Feliciano (Soliani Jr, 1986).

A região de estudo situa-se integralmente dentro do Domínio Oriental, no Bloco Dom

Feliciano, imediatamente ao sul da projeção da Zona de Cisalhamento da Dorsal de

Canguçu, que é o contato com o Domínio Ocidental, e que se encontra encoberto pelos

sedimentos da Bacia do Paraná e da Planície Costeira (Soliani Jr, 1986).

Os sedimentos da, situam-se a norte da região de Porto Alegre. As litologias são

representadas na Bacia do Paraná, constituídas na sua base pela Formação Rio Bonito, e

seus termos sobrepostos, atingindo até os derrames da Formação Serra Geral (IBGE,

1986).

A Planície Costeira e a Plataforma Continental constituem as Terras Baixas,

formadas por sedimentos clásticos terrígenos, que se acumulam numa ampla variedade de

ambientes deposicionais transicionais marinhos. Como resultado deste quadro

morfogenético, a Planície Costeira mostra uma compartimentação geomorfológica

compreendendo a Planície Aluvial Interna, a Barreira das Lombas, o Sistema Lagunar

Guaíba-Gravataí, a Barreira Múltipla Complexa e o Sistema Lagunar Patos-Mirim.

A Planície Aluvial Interna corresponde à faixa de terra que se estende entre as terras

altas do Escudo Rio Grandense e os grandes corpos de água do Sistema Lagunar Patos-

Mirim. É uma superfície de terras baixas, levemente inclinada para o leste, onde coxilhas

arredondadas das bordas do escudo cedem lugar a terraços muito dissecados pela

drenagem atual. Ocorrem aí depósitos de um sistema de leques aluviais acumulados a

partir do Terciário e retrabalhados, nas suas porções distais, em ambientes marinho e

lagunar, no decorrer do Quaternário (Soliani Jr, 1986).

A Barreira das Lombas corresponde a uma faixa alongada na direção NE-SW, com

mais de 250km de comprimento, desde Osório até Tapes, constituída por coxilhas

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arredondadas que chegam a ultrapassar 100m de altura. Representa restos de um antigo

sistema de ilhas-barreira, construído por depósitos praiais e eólicos, que isolou do mar um

sistema lagunar, o Sistema Guaíba-Gravataí. Este sistema, hoje ocupado pelas bacias

hidrográficas do Guaíba e do Gravataí, constitui uma área de terras baixas que evolui de

uma ampla laguna para pântanos costeiros, parcialmente retrabalhados pela drenagem

atual (Soliani Jr, 1986).

A Barreira Múltipla-Complexa corresponde à faixa de terra que se estende, ao norte,

entre o Planalto das Araucárias e o Oceano Atlântico e que, ao sul, foi responsável pelo

isolamento do Sistema Lagunar Patos-Mirim. Ela consiste de uma sucessão de terraços,

bastante aplainados, intercalados com depressões alongadas, ocupadas por lagunas, lagos

e pântanos em diferentes estágios evolutivos. Este conjunto é composto por mais três

sistemas do tipo laguna/ilhas-barreira, adicionados à planície costeira no decorrer dos três

últimos grandes ciclos de variação do nível do mar. Depósitos praiais e eólicos transicionam

e se interdigitam com depósitos lagunares, lacustres, paludais, fluviais e deltáicos.

O Sistema Lagunar Patos-Mirim, instalado na primeira fase de formação da Barreira

Múltipla Complexa também evoluiu durante os avanços e retrocessos do mar. As variações

de nível proporcionam a abertura e o fechamento das áreas de comunicação com o mar. O

retrabalhamento de suas margens gerou terraços, cristas de praia e pântanos. Processos

de erosão e deposição são responsáveis pela formação de falésias e pontais arenosos, que

ocorrem nas linhas de costa atuais e antigas (IBGE, 1986).

A Província Costeira do Rio Grande do Sul é representada pela Bacia de Pelotas,

disposta sobre um embasamento formado por rochas ígneas e metamórficas do Escudo

Pré-Cambriano e pelas rochas sedimentares e vulcânicas, paleozóicas a mesozóicas da

Bacia do Paraná (IBGE, 1986).

Sob o controle básico das variações climáticas e flutuações do nível relativo do mar

durante o Cenozóico, os sedimentos erodidos das terras altas adjacentes se acumularam

em dois tipos principais de sistemas deposicionais (IBGE, 1986):

- um sistema de leques aluviais ocupando uma faixa contínua ao longo da parte mais

interna da planície costeira; e;

- quatro distintos sistemas deposicionais transgressivoregressivos do tipo laguna-

barreira.

Os depósitos sedimentares da Província Costeira, seus processos e ambientes

geradores, podem ser melhor compreendidos utilizando-se o conceito abrangente de

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‘Sistemas Deposicionais’, para caracterizar assembléias de litofácies interligadas por

processos genéticos, conforme Villwock &Tomazelli (1995).

O Sistema Deposicional de Leques Aluviais engloba o conjunto de litofácies

resultantes de processos de transporte associados aos ambientes de encosta das terras

altas. Na sua porção proximal ocorrem depósitos gravitacionais (talus e coluviões) que

gradam, na sua porção distal, para depósitos transportados e depositados em meio aquoso

(aluviões).

Além do sistema deposicional de leques aluviais desenvolvido a oeste, a Província

Costeira evoluiu para leste através da coalescência lateral de quatro sistemas deposicionais

do tipo ‘laguna-barreira’, onde cada um desses sistemas registra o pico de uma

transgressão, seguida de um evento regressivo. O ‘sistema deposicional do tipo laguna-

barreira’ implica na existência contemporânea e interligada de 3 subsistemas deposicionais

geneticamente relacionados (IBGE, 1986):

- Subsistema lagunar: Se desenvolve no espaço de retrobarreira, que corresponde

à região topograficamente baixa situada entre a barreira e os terrenos interiorizados mais

antigos. Dentre os ambientes deposicionais que aí se instalam verificam-se as lagunas,

lagos costeiros, pântanos, canais interlagunares, deltas intralagunares, etc.;

- Subsistema de barreira: Envolve basicamente as praias arenosas e o campo de

dunas eólicas adjacentes;

- Subsistema de canal de ligação: Corresponde à unidade morfológica que viabiliza

o contato entre o subsistema lagunar e o mar aberto.

A idade relativa dos diversos sistemas laguna-barreira fica bastante clara em sua

disposição espacial: o sistema laguna-barreira I é o mais interiorizado e a idade decresce

no sentido do sistema mais externo (sistema laguna-barreira IV). Já a idade absoluta é difícil

determinar, especialmente os dois sistemas mais antigos (I e II), mas tudo indica que

possam ser correlacionados com as curvas isotópicas de oxigênio desenvolvidas para o

Pleistoceno, conforme Villwock &Tomazelli (1995).

O mais antigo sistema deposicional do tipo ‘laguna-barreira’ da Província Costeira

se desenvolveu como resultado de um primeiro evento transgressivo-regressivo

pleistocênico. Embora a distribuição espacial original do Sistema Laguna Barreia I

provavelmente tenha sido mais ampla, hoje em dia o sistema se encontra melhor

preservado na porção noroeste da planície costeira. Nesta região, a barreira I é também

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conhecida como ‘Barreira das Lombas’, e remanescentes de sedimentos correlativos à

Barreira I ocorrem também a oeste da Lagoa Mirim (CPRM, 2008).

O Sistema Lagunar I ocupou as terras baixas situadas entre a Barreira I e os terrenos

mais antigos, região que hoje abrange boa parte das Bacias do Rio Gravataí e do complexo

fluvial do Guaíba. A carga sedimentar trazida pelos rios que drenam as terras altas

adjacentes se acumulou dentro do Sistema Lagunar I, em ambientes de sedimentação

lagunar, fluvial e paludial. A região ocupada pelo Sistema Lagunar I sofreu a influência dos

vários eventos transgressivo-regressivos que se sucederam durante o Quaternário. A cada

nova ingressão marinha parte da região era afogada, retrabalhando os depósitos ali

existentes.

O Sistema Deposicional Laguna-Barreira II evoluiu como resultado de um segundo

evento transgressivo-regressivo pleistocênico. Estes sedimentos encontram-se bem

preservados na porção sul da planície costeira, onde foram responsáveis pelo início da

formação da Lagoa Mirim.

O Sistema Deposicional Laguna-Barreira III foi associado a um terceiro evento

transgressivo-regressivo pleistocênico e seu desenvolvimento, responsável pela

implantação final do Sistema Lagunar Patos-Mirim, se encontra muito bem preservada no

presente.

Os depósitos correlacionáveis à Barreira III se estendem, de maneira quase

contínua, ao longo de toda a planície costeira, desde Torres até o Chuí. Na parte

setentrional da planície, ao norte da região de Osório, estes depósitos se encontram

apoiados na base da escarpa da Serra Geral onde, inclusive, se interdigitam com tálus e

outros depósitos de encosta pertencentes ao Sistema de Leques Aluviais. Este fato indica

que no pico transgressivo relativo à Barreira III a linha de costa atingia diretamente a

escarpa da Serra Geral o que possibilitou, em locais mais propícios, a formação de

cavernas de erosão marinha, como as existentes próximas à Lagoa Itapeva, ao sul de

Torres (CPRM, 2008).

A maior parte do Sistema Lagunar III foi ocupada por gigantescos corpos lagunares,

precursores do atual Sistema Patos-Mirim. Em sua margem oeste, à semelhança do que

ocorreu com o Sistema Lagunar II, a transgressão rápida das águas lagunares foi

responsável pela elaboração de um terraço de abrasão (superfície transgressiva) nos

depósitos do Sistema de Leques Aluviais, posicionado entre 8-15 metros de altitude. Em

vários locais ao longo da Barreira III a remoção da cobertura vegetal – por processos

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naturais ou antrópicos – possibilitou a reativação dos processos eólicos. Estas areias,

reativadas pelo vento dominante proveniente de NE, migram no sentido SW, em geral sob

a forma de dunas parabólicas.

O pelo Sistema Deposicional Laguna-Barreira IV é o mais recente sistema

deposicional tipo laguna-barreira da Planície Costeira do Rio Grande do Sul. Desenvolveu-

se durante o Holoceno, como consequência da última grande transgressão pós-glacial. O

pico transgressivo holocênico, ocorrido há cerca de 5 mil anos atrás, elevou o nível médio

do mar em 5 metros acima do nível atual e possibilitou a formação de uma barreira

constituída essencialmente por areias praiais e eólicas. O campo de dunas da barreira IV é

bem desenvolvido, com larguras entre 2 e 8 km e se estendendo praticamente ao longo de

toda linha de costa.

O Sistema Lagunar IV, desenvolvido entre a Barreira IV e os sedimentos

pleistocênicos da Barreira III, foi ocupado durante o período transgressivo holocênico por

grandes corpos lagunares, que evoluíram para um complexo conjunto de ambientes, que

incluem: corpos aquosos costeiros (lagos e lagunas), sistemas aluviais (rios meandrantes

e canais inter-lagunares), sistemas deltaicos (deltas flúvio-lagunares e deltas de ‘maré

lagunar’) e sistemas paludiais (pântanos alagadiços e turfeiras) (CPRM, 2008).

Ao longo do tempo estes ambientes coexistiram, lado a lado, ou então gradaram

temporal e/ou espacialmente. A passagem temporal gradativa ‘laguna-lago-pântano’ marca

uma tendência evolutiva entre estes importantes componentes do sistema. Estas

transformações são controladas basicamente por quatro mecanismos principais:

- Variações do nível de base regional, incluindo o lençol freático, que acompanharam

as flutuações holocênicas do nível relativo do mar;

- Progressivo avanço da vegetação marginal dos corpos aquosos;

- Aporte de sedimentos clásticos trazidos pelos cursos fluviais;

- Migração das dunas eólicas livres que avançam pelo flanco leste destes ambientes.

Estes mecanismos controlam não somente a velocidade em que transcorrem os

processos evolutivos, mas também a natureza textural e composicional das fácies que se

acumulam nos diversos ambientes deposicionais.

Atualmente, o período Holoceno na Planície Costeira do Rio Grande do Sul está em

um processo regressivo, caracterizado pelo regime progradante dos seus depósitos atuais

(Tomazelli et al., 1998), refletindo a estabilização do nível médio do mar (Corrêa & Toldo

Jr., 1998).

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2.3 Geomorfologia

Para caracterizar geomorfologicamente uma área é preciso analisar o

comportamento do relevo e as formas que são geradas tanto por mecanismos endógenos

(tectônica e magmatismo) quanto exógenos (erosão). Processos endógenos como o

vulcanismo ocorrido na área de estudo tendem elevar o relevo, gerando áreas altas

enquanto que os exógenos tendem a rebaixar progressivamente o relevo. Assim, a

descrição geomorfológica explica a evolução do relevo.

O Município de Eldorado do Sul está inserido no contexto geomorfológico que

abrange o Escudo Rio Grandense, e Planície Costeira (IBGE, 1986) (Mapa 3).

Mapa 3: Área do município no contexto geomorfológic o do Estado.

Fonte: Empresa Executora.

Na porção sudeste do estado, evidencia-se o domínio do Escudo Rio Grandense.

Trata-se de um planalto formado por rochas ígneas, metamórficas e sedimentares de

idades que vão do Arqueano (2,2Ga. mais antiga do estado) ao Cambriano (500 Ma). As

formas de relevo, que variam desde coxilhas, morros, pontões e cristas até chapadas. Esse

domínio morfoestrutural é coberto por savanas e matas, e possui altitudes de até 599 m

(IBGE, 1986).

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Na costa leste do estado situa-se o domínio da Planície Costeira, formada por um

rosário de pequenas lagoas isoladas encravadas em depósitos arenosos, de idade

quaternária, cobertos por matas de restinga, juncais e gramíneas. Como consequência

direta da estruturação geológica, dois grandes compartimentos geomorfológicos integram

a Planície Costeira, o das Terras Altas e o das Terras Baixas.

As Terras Altas agrupam o Escudo Sul-Rio-Grandense, a Depressão Central Gaúcha

e o Planalto das Araucárias, enquanto as Terras Baixas são constituídas pela Planície

Costeira e a Plataforma Continental.

3 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS REGIONAIS

Todos os domínios morfoestruturais do Rio Grande do Sul ocorrem na área da

Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA, onde, ao serem recortados pelos afluentes

do Lago Guaíba, formaram uma paisagem suave e ao mesmo tempo contrastante. O

aspecto atual do Lago Guaíba, situado entre as regiões costeira e continental do estado,

está relacionado com eventos geológicos e climáticos que se verificaram em todo o sul do

Brasil nos últimos 400 mil anos (Horn, 1987).

Nas regiões mais interiores, onde se encontram as rochas mais antigas, os

processos modeladores desse período acentuaram o aplainamento do relevo. De modo

diverso, na região litorânea a alternância de ciclos glaciais e interglaciais originaram

grandes transgressões e regressões marinhas, que desenharam o atual contorno de

restingas cravejadas de lagoas (IBGE, 1986).

O modelado da paisagem é resultante de elevações residuais das rochas graníticas

pertencentes ao Escudo Rio Grandense. Esses morros e cristas foram bordejados por

depósitos arenosos quaternários da Planície Costeira, durante sucessivas transgressões e

regressões do mar (Horn, 1987).

Na primeira transgressão, ocorrida há 400 mil anos, as terras altas de Porto Alegre

constituíam uma ilha banhada pelo Oceano Atlântico. As feições dessa época ainda

definem a morfologia atual, que foi originada na interface das regiões costeira e continental

(IBGE, 1986).

O relevo em Eldorado do Sul varia de plano a forte ondulado, o que é característico

no contato da Depressão Central com o Planalto Meridional. As altitudes variam de 1 m até

cerca de 250 m, com declividades acentuadas, estando as áreas com maior declividade

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geralmente associadas às encostas das partes mais altas. A presenças de cristas com

comprimentos consideráveis (entre 10-30 Km) e alinhamento na direção NESW

correspondem aos pontos de principal elevação na região. Analisando-se estes dados

percebe-se que a maior parte do município tem altitudes inferiores a 50 m

(aproximadamente 65% do território) e declividades inferiores a 5% (aproximadamente 65%

do território). As áreas mais elevadas situam-se na porção sul, orientadas no sentido

sudoeste-nordeste, ao sul da BR 290.

Essas estruturas permitem compartimentar o relevo em três modelados distintos

(Horn, 1987):

- TERRAS BAIXAS ao norte, onde se espraiam a planície e os terraços fluviais do

Rio Gravataí e as ilhas do Delta do Jacuí, pertencem ao domínio morfoestrutural da

Depressão Periférica. Esse domínio limitasse com o Planalto Meridional, cujos morros

testemunhos, em forma de mesas, marcam a antiga linha de escarpa;

- TERRAS ALTAS, na área central, constituídas por cristas e colinas, correspondem

a relevos residuais do Escudo Rio Grandense;

- TERRAS BAIXAS COM MORROS ISOLADOS ao sul, compostas por terraços e

cordões lacustres do Guaíba, fazem parte da Província Costeira, das quais emergem

morros como feições residuais. Na margem do Lago Guaíba são reconhecidas formas

residuais do tipo pontas e formas de acumulação, constituídas por enseadas e praias.

3.1 Pedologia

A pedologia trata dos processos de formação de solo. Assim, a caracterização

pedológica de uma área envolve a compreensão da diversidade dos tipos de solo tanto

espacialmente, mostrando o comportamento do solo ao longo da área de estudo, quanto

temporalmente, compreendendo-se o processo evolutivo dos solos até o momento em que

se encontram.

O solo é um recurso natural lentamente renovável, encontrado em diferentes

posições na paisagem e sua origem está associada com a alteração de rochas e

sedimentos, pela ação das variações climáticas e dos organismos vivos ao longo do tempo.

As diferentes combinações entre estes fatores dão origem a diferentes tipos de solos, com

características e propriedades extremamente variadas. No município de Eldorado do Sul é

encontrada uma associação de solos do tipo Neossolo Flúvico Distrófico ou Eutrófico e

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Neossolo Regolítico Distro-Úmbrico, Planossolos Háplico Eutrófico e Argissolos Vermelho-

Amarelo Distrófico (Mapa 4), conforme Streck et al. (2002).

Mapa 4: Contexto pedológico municipal.

Fonte: Empresa Executora.

O termo Neossolo está associado com solos novos e pouco desenvolvidos. Os

Neossolos são solos rasos ou profundos apresentando no perfil uma seqüência de

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horizontes Ar, ou A - C - R, ou O - R, ou H - C. São solos de formação muito recente e

encontrados nas mais diversas condições de relevo e drenagem (Streck et al., 2002).

Segundo Streck et al. (2002), os Neossolos, associados com Chernossolos

Argilúvicos férricos, ocupam as encostas de relevo mais acentuado.

Em termos de aptidão ao uso agrícola, os Neossolos Litólicos, devido à sua pequena

espessura, e por ocorrerem em regiões de relevo forte ondulado e montanhoso, em geral

com pedregosidade e afloramentos de rochas, e por terem baixas tolerâncias de perdas de

solo por erosão hídrica, apresentam fortes restrições para culturas anuais (Streck et al.,

2002).

Entretanto, os solos com sequência de horizontes A-C, com contato sobre a rocha

decomposta e declividade <15%, podem ser cultivados mediante práticas intensivas de

conservação, com mínima mobilização do solo. Áreas com declividade entre 15% e 30%

devem ser utilizadas com reflorestamento ou com fruticultura, intercaladas com plantas de

cobertura e recuperadoras de solo. Áreas com declive superior a 30% devem ser mantidas

com cobertura vegetal natural (Streck et al., 2002).

Os Planossolos são solos típicos de várzea, regiões mal drenadas, de relevo plano

a suave ondulado. A sequência de horizontes A-E-Bt-C é típica dos planossolos, com o

horizonte A geralmente de cor escura e o E, de cor clara (E álbico). O horizonte Bt

representa uma mudança abrupta de textura, apresentando-se bem mais argiloso que os

horizontes A e E. É comum o mosqueamento em vermelho do horizonte Bt (Streck et al.,

2008).

Os Planossolos são amplamente utilizados para o cultivo de arroz irrigado, podendo

prestar-se também, desde que com a drenagem apropriada, ao cultivo de milho, soja e

pastagens (Streck et al., 2008). Do ponto de vista geotécnico, os planossolos apresentam

baixa aptidão à implantação de edificações. Com o nível d’água próximo a superfície, a

suscetibilidade a alagamentos e baixa capacidade de suporte, a implantação de edificações

torna-se dificultosa e onerosa. Contudo, com o emprego de técnicas adequadas, estes

problemas podem ser contornados, tornando o terreno suficientemente estável para

receber edificações.

Os Argissolos são solos geralmente profundos a muito profundos, apresentando um

perfil com uma sequência de horizontes A-Bt-C ou A-E-Bt-C, onde o horizonte B pode ser

do tipo B textural contendo argila de baixa CTC. Por este motivo são solos que apresentam

tipicamente um perfil com um gradiente textural, onde o horizonte B é sempre mais argiloso

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em comparação aos horizontes A ou A+E. Segundo Streck et al. (2002) estes solos podem

ter sua origem a partir de basaltos, granitos, arenitos e outros sedimentos.

3.2 Hidrologia

O município de Eldorado do Sul está inserido na Região Hidrográfica do Guaíba,

mais precisamente junto à Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí (FEPAM, 2015).

A Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí (Figura 5) localiza-se na porção centro-leste do

Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas geográficas 29°26' a 30°47' de latitude

Sul e 51°16' a 53°35' de longitude Oeste. Abrange as Províncias Geomorfológicas Planalto

Meridional, Depressão Central, Escudo Uruguaio-Rio-grandense e Planície Costeira.

Figura 5: Contexto hidrológico do município junto a o Estado.

Fonte: MP/RS, 2015.

Essa Bacia possui área de 17.345,15 km², e abrange municípios como Charqueadas,

Eldorado do Sul, Guaíba, Minas do Leão, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul e Triunfo, com

população estimada em 385.496 habitantes.

Os principais cursos de água são os arroios Irapuã, Capané, Botucacaí, Capivari, do

Conde, dos Ratos, dos Cachorros, Ibacurú e o Rio Jacuí. Os principais usos da água se

destinam a irrigação, uso industrial e abastecimento humano (FEPAM, 2015).

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3.3 Hidrogeologia

A caracterização hidrogeológica de uma área contempla o comportamento das

águas em subsuperfície. As águas que penetram no solo e passam a fazer parte dos

aquíferos apresentam comportamentos distintos em função das rochas, dos tipos de solo e

do regime hídrico de uma região. Assim, a análise hidrogeológica visa caracterizar os tipos

de aquífero de uma região e a profundidade de ocorrência destas águas, permitindo a

análise criteriosa do seu grau de vulnerabilidade.

A região de estudo está inserida dentro do contexto dos Sistemas Aquífero

Quaternário Costeiro II (qc2), que é um aquífero com média a baixa possibilidade para

águas subterrâneas em rochas e sedimentos com porosidade intergranular (CPRM, 2005).

Desenvolvem-se desde Santa Vitória do Palmar até Torres, predominantemente na

região lagunar interna e junto aos contrafortes da Serra Geral. Compõe-se de uma

sucessão de areias finas inconsolidadas, esbranquiçadas e argila cinza. No topo, os

primeiros metros são pelíticos, a se apresentam bastante cimentados. As capacidades

específicas variam de baixas a médias, entre 0,5 – 1,5 m3/h/m. Os sólidos totais dissolvidos

variam de 600 – 2000 mg/l (CPRM, 2005).

3.4 Clima

Quanto ao clima, o Estado do Rio Grande do Sul é caracterizado como temperado,

mesotérmico brando (média entre 10° C e 15° C), super úmido, sem secas. Conforme a

classificação de Köppen, na região do município de Eldorado do Sul o clima é do tipo Cfa

(subtropical de clima temperado chuvoso). Na Tabela 1, são apresentadas as

características específicas deste enquadramento na classificação:

Tabela 1: Características específicas da classific ação de acordo com Köppen.

Grupo Climático Tipo de Clima Temperatura Média Mensal (Meses Quentes)

C f a Clima mesotérmico Clima úmido

Temperatura média do ar superior a 22°C no mês mais

quente do ano

Temperatura média do ar nos 3 meses mais frios,

compreendida entre -3°C a 18°C

Ocorrência de precipitação pluvial em todos os meses do

ano

Temperatura média do mês mais quente superior

a 10°C Inexistência de estação seca definida

Estações bem definidas de verão e inverno

Fonte: Köppen.

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A umidade relativa do ar é normalmente elevada, com ventos predominantes do

quadrante leste, soprando, portanto do mar para o interior do continente e que determina

um regime de chuvas bem distribuídas durante todos os meses do ano. A precipitação

média anual de Eldorado do Sul está em torno de 1.324 mm, bem distribuída ao longo do

ano, com evaporação média anual inferior a 850 mm. Na maioria dos anos os meses mais

chuvosos são os de junho a setembro e os menos chuvosos são os de novembro e

dezembro, que são os meses de maior insolação (INMET, 2015).

Tabela 2: Média dos parâmetros climáticos analisado s. Parâmetro Climático Analisado Média Anual

Taxa de Insolação Média Anual (%) 52 Insolação Anual (horas) 2.300

Umidade Relativa Média Anual (%) Aproximadamente 78 Altitude Média (m) 70

Fonte: INMET, 2015.

A região de Eldorado do Sul apresenta um clima com marcante sazonalidade, isto é,

grande variabilidade dos elementos do tempo meteorológico ao longo do ano. Ela se

localiza numa zona de transição climática em que massas de ar tropical marítimo (mais

frequentes durante o verão) alternam-se com massas de ar polar marítimo (mais frequentes

no inverno). O clima da região registra valores de temperatura média do mês mais quente

superiores a 22°C e a temperatura média do mês mais frio inferior a 18ºC, apresentando,

ainda, chuvas bem distribuídas ao longo do ano (INMET, 2015). Na Tabela 3 é demonstrado

as variações climáticas.

Tabela 3: Variações climáticas considerando as esta ções do ano. Variações Climáticas Primavera Verão Outono Inverno Média Anual

Temperatura (°C) 19,3 24,5 20,3 15,3 19,8 Precipitação (mm) 349 315 355 365 346 Ventos (direção) NE NE NE NE-SE NE

Fonte: INMET, 2015.

4 INFRAESTRUTURA

A infraestrutura é o conjunto de atividades e estruturas de um município, sendo de

fundamental importância para o desenvolvimento econômico. Na infraestrutura pode-se

destacar a energia elétrica, transporte e habitação.

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4.1 Habitação

Na Tabela 4 são demostrados os indicadores de habitação correspondentes ao

período de 1991 a 2010, informações estas avaliados pelo PNUD (2010).

Tabela 4: Indicadores de habitação Indicadores de Habitação

1991 2000 2010 % da população em domicílios com água encanada 86,81 92,44 97,51 % da população em domicílios com energia elétrica 92,70 98,95 99,57

% da população em domicílios com coleta de lixo *Somente para população urbana 90,27 98,25 98,89

Fonte: PNUD, IPEA e FJP

Ainda, conforme informações coletadas em visita técnica, o município possui vários

assentamentos e acampamentos espalhados pelo território municipal, estes encontram-se

em situação precária, sem nenhuma condição de saneamento básico,

4.2 Energia Elétrica

No município a distribuição de energia elétrica é realizada através da Companhia

Estadual de Energia Elétrica – CEEE. Na Tabela 5 é demonstrado o número e as

características dos domicílios particulares permanentes.

Tabela 5: Energia elétrica Características Número de domicílios

Domicílios particulares permanentes - energia elétrica - Não tinham 40 Domicílios particulares permanentes - energia elétrica - Tinham 10.952

Domicílios particulares permanentes - energia elétrica - Tinham - de companhia distribuidora

10.885

Domicílios particulares permanentes - energia elétrica - Tinham - de companhia distribuidora - com medidor

10.072

Domicílios particulares permanentes - energia elétrica - Tinham - de companhia distribuidora - com medidor - comum a mais de um domicílio

1.725

Domicílios particulares permanentes - energia elétrica - Tinham - de companhia distribuidora - com medidor - de uso exclusivo

8.347

Domicílios particulares permanentes - energia elétrica - Tinham - de companhia distribuidora - sem medidor

813

Domicílios particulares permanentes - energia elétrica - Tinham - de outra fonte 67 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010

4.3 Pavimentação

Conforme ofício nº. 001/2015 o qual solicita informações complementares para a

realização do Diagnóstico encaminhado pela empresa contratada ao município, os dados

referentes a Pavimentação não foram apresentados pelo Município de Eldorado do Sul.

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4.4 Transporte

O município de Eldorado do Sul possuía no ano de 2014 uma frota correspondente

a 15.346 veículos, os quais estão divididos conforme Tabela 6.

Tabela 6: Transporte Veículos Quantidade

Automóvel 9.283 Caminhão 576

Caminhão trator 269 Caminhonete 808

Camioneta 538 Micro-ônibus 47 Motocicleta 2.830 Motoneta 172 Ônibus 63 Outros 665

Total de Veículos 15.346 Trator de rodas 29

Utilitário 66 Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2014

4.5 Plano Diretor

O município possui Plano Diretor, conforme a Lei Municipal n° 2.574, de 26 de

dezembro de 2006, que dispõe sobre a Política Urbana, institui o Plano Diretor de

Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul e dá outras providências, tem

como objetivos e diretrizes:

Art. 2º São diretrizes da Política Urbana do Município o disposto nos capítulos de política urbana das Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica Municipal e na Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade, em especial: I - o desenvolvimento sustentável da cidade; II - a gestão democrática e participativa; III - a qualificação dos padrões de mobilidade e transporte urbanos; IV - a proteção e qualificação do meio ambiente; V - o desenvolvimento das atividades econômicas; VI - a articulação do desenvolvimento da cidade no contexto regional e metropolitano. Art. 3º A Política Urbana do Município tem como objetivo promover o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana mediante o planejamento para o crescimento sustentável através das seguintes diretrizes: I - incorporar o enfoque ambiental de planejamento; II - promover a qualidade de vida e do ambiente; III - promover a integração e articulação regional; IV - articular as diversas áreas do Município, assegurando uma equilibrada relação entre o meio urbano e rural; V - assegurar que o crescimento da economia não prejudique o meio ambiente natural, ao mesmo tempo em que a preservação do meio ambiente natural não

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sirva de argumento para inviabilizar o desenvolvimento socioeconômico do Município; VI - criar mecanismos de participação da sociedade nas decisões sobre o planejamento da cidade; VII - criar um sistema de gestão; VIII - criar o Sistema de Monitoramento do desenvolvimento urbano atualizado em seus dados e informações; IX - orientar e conscientizar a população quanto aos seus direitos e deveres bem como dos benefícios do planejamento do Município; X - promover o desenvolvimento do Município como pólo industrial. Parágrafo único. As diretrizes mencionadas no caput deste artigo nortearão a elaboração e implementação de planos, programas, projetos e as normativas urbanísticas.

4.6 Definições das Zonas Especiais de Interesse Soc ial – ZEIS

Segundo Fonseca (2014), Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS são porções

do território destinadas, prioritariamente, à recuperação urbanística, à regularização

fundiária e produção de Habitações de Interesse Social – HIS ou do Mercado Popular -

HMP, incluindo a recuperação de imóveis degradados, a provisão de equipamentos sociais

e culturais, espaços públicos, serviço e comércio de caráter local. Dentre seus principais

objetivos podemos destacar:

- Incorporar a cidade clandestina à cidade legal;

-Reconhecer a diversidade local no processo de desenvolvimento urbano (x

padronização dos critérios e intervenções);

- Estender o direito à cidade e à cidadania;

- Associar de desenvolvimento urbano à gestão participativa;

- Estimular a produção de Habitação de Interesse Social;

- Estimular a regularização fundiária;

- Estimular ampliação da oferta de serviços e equipamentos urbanos.

Abaixo, seguem Artigos do Plano Diretor os quais fazem menção sobre as zonas

especiais de interesse social:

Das Zonas Especiais Art. 84. Zonas especiais são aquelas que requerem normas especiais de ocupação, uso e transformação do solo, correlacionadas às características locacionais, formas de ocupação e valores ambientais e se classificam em: I - Zonas Especiais de Interesse Institucional, ZEII; II - Zonas Especiais de Interesse Cultural - ZEIC; III - Zonas Especiais de Interesse do Ambiente Natural - ZEIAN; IV - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS; V - Zona Especial com Potencial de Zona Urbana. Subseção I Das Zonas Especiais de Interesse Institucional Art. 85. ZEII são áreas públicas ou privadas destinadas à implantação de equipamentos urbanos e comunitários.

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§ 1º Equipamentos urbanos, públicos ou privados, são os equipamentos de grande porte, destinadas a fins comunitários e administrativos tais como universidades, hospitais, corpo de bombeiros, estações de tratamento de água e esgotos, mercados, centros esportivos, estação rodoviária, aeródromos, cemitérios. § 2º Até a desapropriação das áreas privadas, gravadas como ZEII, os projetos privados serão aprovados com base nas Normas Urbanísticas estabelecidas para a Zona Ambiental. § 3º O Município poderá utilizar os instrumentos de gestão previstos no Capítulo V do Livro I, em especial, o direito de preempção e as operações urbanas consorciadas. Subseção II Das Zonas Especiais de Interesse Cultural Art. 86. ZEIC são zonas que apresentam ocorrência de patrimônio cultural representativo da história e da cultura da cidade, com características físicas ou não, que lhes conferem um caráter excepcional. § 1º A preservação dos imóveis ou locais de interesse cultural far-se-á pela definição de regime urbanístico específico, por tombamento e inventário. § 2º Na ausência de Normas Urbanísticas específicas para as ZEIC, o uso e a ocupação do solo serão autorizados desde que demonstradas as condições desejáveis de preservação. § 3º Lei específica regulamentará o inventário do patrimônio cultural, estabelecendo conceitos, conteúdos, critérios de seleção, características, vigência, formas de proteção e de incentivo e normas urbanísticas específicas. Subseção III Das Zonas Especiais de Interesse do Ambiente Natura l Art. 87. ZEIAN são zonas que apresentam ocorrência de patrimônio natural significativo, compreendendo as seguintes situações: I - preservação permanente; II - conservação. § 1º A preservação permanente aplicar-se-á às áreas que, pelas suas condições fisiográficas, geológicas, hidrológicas, botânicas e climatológicas, formem um ecossistema de importância no ambiente natural. § 2º A conservação aplicar-se-á às áreas naturais que se encontrem parcialmente descaracterizadas em suas condições naturais originais e apresentem maior compatibilidade com as transformações urbanas. § 3º As zonas de preservação permanente poderão receber apenas o manejo indispensável para a recuperação do equilíbrio e de sua perpetuação. § 4º As zonas de conservação poderão receber atividades controladas que não impliquem comprometimento significativo dos elementos naturais e da paisagem. § 5º Até a definição das normas urbanísticas próprias, poderão ser liberados, mediante apresentação de EVU, alvarás de licença para instalação de atividades, aprovação de projetos arquitetônicos e urbanísticos nas ZEIAN, com base nas normas urbanísticas estabelecidas para as zonas ambientais RE2, desde que resguardados os valores ambientais que determinaram a instituição da zona de interesse ambiental. Subseção IV Das Zonas Especiais de Interesse Social Art. 88. ZEIS são zonas destinadas à produção e à manutenção de habitação de interesse social, com destinação específica, normas próprias de uso e ocupação do solo, compreendendo as seguintes situações: I - ZEIS I – assentamentos autoproduzidos por população de baixa renda em áreas públicas, aplicando-se nestas, dentre outros instrumentos da regularização fundiária, a concessão do direito real de uso e concessão de uso especial para fins de moradia;

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II - ZEIS II – assentamentos autoproduzidos por população de baixa renda em áreas privadas, aplicando-se nestas, dentre outros instrumentos, a usucapião especial de imóvel urbano, previsto nos artigos 9 e 14 do Estatuto da Cidade; III - ZEIS III - imóveis vazios, não-edificados ou subutilizados, localizados na Zona de Urbanização Prioritária, que venham a ser destinados para reassentamentos e implantação de habitação de interesse social com a intervenção do Poder Público, aplicando-se, dentre outros, o consórcio imobiliário; IV - ZEIS IV – assentamentos rurais. Parágrafo único. Na promoção de programas ou projetos habitacionais destinados à população de baixa renda e no Programa de Regularização Fundiária, poderão ser adotados padrões urbanísticos compatíveis com a realidade das pessoas de baixa renda desde que garantida a habitabilidade das áreas. Art. 89. As ZEIS fazem parte do Programa de Regularização Fundiária que apresenta os seguintes conceitos: I - regularização fundiária sustentável: o conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais, promovidas pelo Poder Público por razões de interesse social ou de interesse específico, que visem a adequar assentamentos informais preexistentes às conformações legais, de modo a garantir o direito social à moradia, o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; II - regularização fundiária de interesse social: a regularização fundiária sustentável de assentamentos informais ocupados, predominantemente, por população de baixa renda, nos casos em que existem direitos reais legalmente constituídos ou, por ação discricionária do Poder Público, quando se tratar de zona especial de interesse social (ZEIS); III - regularização fundiária de interesse específico: a regularização fundiária sustentável de assentamentos informais na qual não se caracteriza o interesse social, constituindo ação discricionária do Poder Público; IV - demarcação urbanística: procedimento administrativo pelo qual o Poder Público, no âmbito da regularização fundiária de interesse social, demarca o imóvel, definindo seus limites, área, localização e confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar a natureza e o tempo das respectivas posses; V - legitimação de posse: ato do Poder Público destinado a conferir título de reconhecimento de posse de imóvel objeto de demarcação urbanística, com a identificação do ocupante e do tempo e da natureza da posse; VI - zona especial de interesse social (ZEIS): área urbana destinada predominantemente à moradia de população de baixa renda e sujeita a regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo; VII - assentamentos informais: assentamentos urbanos, localizados em áreas públicas ou privadas, compreendendo as ocupações e os parcelamentos irregulares ou clandestinos, bem como outros processos informais de produção de lotes, ocupados predominantemente para fins de moradia e implantados sem autorização do titular de domínio ou sem aprovação dos órgãos competentes, em desacordo com a licença expedida ou sem matrícula no Registro de Imóveis. Art. 90. Dentre as diretrizes gerais de Política Urbana, previstas pelo Estatuto da Cidade, a regularização fundiária sustentável deve pautar-se pelas seguintes diretrizes: I - ampliação do acesso à terra urbanizada por parte da população de baixa renda; II - prioridade para a permanência da população na área ocupada, assegurados o nível adequado de habitabilidade e a melhoria das condições de sustentabilidade urbanística, social e ambiental da área ocupada; III - observância das determinações do PDDUA; IV - articulação com as políticas setoriais de habitação, saneamento ambiental e Mobilidade Urbana, nos diferentes níveis de governo;

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V - controle, fiscalização e repreensão, visando evitar novas ocupações ilegais na área objeto de regularização; VI - articulação com iniciativas públicas e privadas voltadas à integração social e à geração de emprego e renda; VII - participação da população interessada, em todas as etapas do processo de regularização; VIII - estímulo à resolução extrajudicial de conflitos; IX - preferência de titulação para a mulher. Art. 91. O Programa de Regularização Fundiária compreende a concepção, formulação e implementação da política municipal de regularização fundiária sustentável, disciplinando: I - os critérios, as exigências e os procedimentos para elaboração e execução dos planos de regularização fundiária, particularizados para os casos de interesse social; II - os requisitos e procedimentos simplificados de aprovação do plano de regularização fundiária e licenciamento da mesma; III - os parâmetros para garantir o livre acesso aos bens de uso comum do povo; IV - os mecanismos de controle social a serem adotados. Subseção V Da Zona Especial com Potencial de Zona Urbana Art. 92. A área rural localizada na orla do rio Jacuí caracteriza-se como Zona Especial com Potencial de Urbanização podendo ser convertida, através de lei específica, em zona urbana mediante realização de estudo técnico geral que demonstre as condições através das quais seja viável a ocupação antrópica. Parágrafo único. Para este efeito, estudo técnico geral, obedecendo Termo de Referência fornecido pelo Município deverá ser encaminhado pelos interessados e submetido à avaliação por equipe interdisciplinar a ser constituída pelo Município, FEPAM e METROPLAN.

Há de se ressaltar que o Plano Diretor sugere a localização das ZEIS conforme

demostrada na Figura 6, ainda, determina que as mesmas deverão ser criadas através de

ato público, contudo, não foi apresentado pelo município a equipe técnica qualquer

legislação que determinem a localização das ZEIS.

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Figura 6: Zoneamento Urbano.

Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento - Município de Eldorado do Sul.

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5 IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DA INFRAESTRUTURA SOCIA L DA COMUNIDADE

Conforme levantamento técnico, realizado pela empresa contratada e informações

apresentadas pelo município nos itens a seguir, apresentam-se os equipamentos que

compõe a estrutura comunitária do município.

5.1 Principais Atrativos Turísticos

Atrativos turísticos são os bens e valores culturais de beleza natural ou artificial

produzidos pelo homem e adaptados pelo turismo. Podem ser as obras, as edificações, os

conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, arqueológico, paleontológico e ecológico, os

documentos, os objetos, as criações tecnológicas, científicas, artísticas e entre outros, no

município de Eldorado do Sul encontramos os seguintes pontos turísticos:

Tabela 7: Pontos Turísticos. Ponto Turístico Descrição

Praia Sans Souci

A praia de Sans Souci tornou-se um belo cartão postal de Eldorado do Sul e conta com uma área de lazer voltada para o descanso e descontração de

crianças e adultos. Localizado às margens do Lago Guaíba, o local é privilegiado com uma paisagem exuberante, com vista para a zona sul de

Porto Alegre.

Túnel Verde do Bom Retiro

Localizado no Distrito do Bom Retiro, o Túnel Verde é um patrimônio ecológico e abriga beleza e exuberância em 2km e 200m de extensão. Plantados há 80 anos, os eucaliptos deslumbram os visitantes e oferecem sobra refrescante

aos moradores da região.

Fábrica de Papel Pedras Brancas

Em meio a paisagem natural do Distrito do Bom Retiro, destacam-se as ruínas da Fábrica de Papel Pedras Brancas. Pioneira no Rio Grande do Sul, a fábrica

funcionou entre 1880 e 1890. Atualmente, o local possui uma estrutura de lazer, composta por pracinha, quiosque e trilhas ecológicas.

Capela São Pedro – Estação Agronômica

da UFRGS

Instalada em 1960, a Estação Experimental Agronômica é a base para a realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFRGS, relacionadas principalmente ao setor agropecuário. A instituição está localizada no Distrito do Parque Eldorado e desenvolve estudos com

tecnologias de ponta, que dão sustentação à agropecuária gaúcha. Dispondo de uma área de 1550 hectares, a natureza é marcante no local, que também

abriga a Capela São Pedro, fundada em 1893. Figueira Centenária – Assentamento Padre

Josimo

Uma figueira centenária também figura entre as belas paisagens de Eldorado do Sul. A árvore está situada no Assentamento Padre Josimo e chama a

atenção por sua exuberância e imponência. Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério

Finamor

Localizado no bairro Sans Souci, o I.P.V.D.F. é vinculado ao Governo do Estado e conta com uma área de 383 hectares. Fundado em 1942, o órgão é um laboratório de referência em sanidade animal e seus serviços oferecem

subsídios às campanhas sanitárias. Fonte: Município de Eldorado do Sul.

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5.2 Igrejas

Conforme ofício nº. 001/2015 o qual solicita informações complementares para a

realização do Diagnóstico encaminhado pela empresa contratada ao município, os dados

referentes ao número e a localização das Igrejas não foram apresentadas pelo Município

de Eldorado do Sul.

5.3 Cemitérios

Os cemitérios fazem parte da história das cidades e da história da humanidade.

Sejam eles localizados no perímetro central ou no interior, os mesmos provocam impactos

psicológicos e físicos.

Podemos destacar como impactos psicológicos o medo da morte e crendices

variadas que afastam as pessoas de quererem habitar locais próximos a cemitérios. Já os

impactos físicos podem ser configurados como, a contaminação das águas subterrâneas e

superficiais por bactérias e vírus que proliferam durante os processos de decomposição

dos corpos, além das substâncias químicas liberadas (MIGLIORINI, 1994). Ocorre à

contaminação do subsolo num dado local, se houver condições de vulnerabilidade no meio

físico. Esta suscetibilidade é decorrência das características geológico-geotécnica e

hidrogeológicas (SILVA, 1995).

De acordo com dados apresentados pelo município, Eldorado do Sul possui três

cemitérios municipais, localizados um na Picada, um em Bom Retiro e outro no Parque

Eldorado.

5.4 Identificação e Avaliação do sistema de comunic ação local

Conforme informações repassadas pelo município, há cinco jornais circulando em

seu território, sendo eles: Jornal Eco do Jacuí, Jornal da Primeira Hora, Jornal Atualidade,

Jornal Expressão e Jornal Cidade. Pode-se citar ainda que o município dispõe de uma rádio

local denominada Nossa Rádio 87.9 FM.

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6 EDUCAÇÃO

6.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 72,87%, em

2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais

do ensino fundamental é de 84,78%, a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino

fundamental completo é de 55,18%, e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino

médio completo é de 36,18% (ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO, 2010).

Em 2010, 80,31% da população de 6 a 17 anos do município estavam cursando o

ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000 eram 83,17%

e, em 1991, 75,13%. Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 8,37% estavam cursando o

ensino superior em 2010. Em 2000 eram 4,19% e, em 1991, 1,06%. Na Tabela 8 é

demonstrado a taxa de rendimento no ano de 2014.

Tabela 8: Taxa de rendimento (2014). Dependência Administrativa

Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de

Abandono Estadual 68,0 18,3 13,7 Municipal - - - Particular 100,0 0,0 0,0

Fonte: Secretaria da Educação – 2014.

A estrutura educacional do município está apoiada nos estabelecimentos municipais,

estaduais e privados de ensino, contando com 16 (dezesseis) escolas municipais, 06 (seis)

estaduais e 12 (doze) privadas, que garantem a educação infantil, fundamental e ensino

médio, a crianças e jovens. Estas instituições de ensino estão distribuídas entre o perímetro

urbano e rural do município. Na Tabela 9, é demostrada a relação de estabelecimentos de

ensino, já nas Figuras 7 a 10 podem ser observadas algumas destas instituições.

Tabela 9: Estabelecimentos existentes de ensino (20 14). Nome da Escola Dependência Administrativa Zona da Escola

Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais Privada Urbana EEI Clube da Criança Privada Urbana EEI Coração Gaúcho Privada Urbana

EEI Eldoradinho Privada Urbana EEI Eldoradinho II Privada Urbana

EEI Joventina Martins Privada Urbana EEI Manah Privada Urbana

EEI Planeta Criança Privada Urbana

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EEIEF Pekuruty Privada Rural EMEF David Riegel Neto Municipal Urbana

EMEF Octavio Gomes Duarte Municipal Rural EMEI Arcos Iris Municipal Urbana

EMEI Brincando e Aprendendo Municipal Urbana EME Fazendo Arte Municipal Urbana EMEI Flor da Terra Municipal Rural EEF Santo Antônio Privada Urbana

EEEF Sergipe Estadual Rural EEEM Eldorado do Sul Estadual Urbana

EEEF Hidroshima Estadual Urbana EEEF Padre Josimo Estadual Rural

EEEM Prof Américo Braga Estadual Rural EEEM Roseli Correia da Silva Estadual Rural EMEF Almirante Tamandaré Municipal Rural

EMEF Conego Eugênio Mees Municipal Urbana EMEF Getúlio Vargas Municipal Rural EMEF La Hire Querra Municipal Urbana

EMEF Nossa Senhora Medianeira Municipal Urbana EMEF Padre Antônio Vieira Municipal Urbana

EMEF Paraná Municipal Rural EMEF Prof Luiza Maria Binfare Cezar Municipal Urbana

EMEF Sepé Tiaraju Municipal Rural EMEF São José Municipal Rural

Escola Cecilia Meireles Privada Urbana Escola Infantil Trem da Alegria Privada Urbana

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Data Escola Brasil - Censo Escolar 2014.

Figura 7: EMEF Paraná.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 8: EMEF La Hire Querra

Fonte: Empresa Executora.

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Figura 9: EEEM Prof. Américo Braga.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 10: EMEF São José.

Fonte: Empresa Executora.

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7 SAÚDE

7.1 Taxa de natalidade

A taxa de natalidade é um índice obtido entre duas variáveis: a população de determinado período e a quantidade de nascimentos

registrados no mesmo período. Ao se fazer a divisão da quantidade de nascimentos pela população do período, obtém-se a taxa de

natalidade. Esta taxa reúne dados que permitem estabelecer um panorama nacional da quantidade de nascimentos que foram registrados

durante certo tempo. Na Tabela 10 demonstra-se a informações sobre nascimentos.

Tabela 10: Informações sobre nascimentos. Condições 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2 007 2008

Número de nascidos vivos 623 525 501 515 512 483 455 476 452 460 Taxa Bruta de Natalidade 25,4 19,3 17,6 17,6 16,9 15,5 13,7 13,9 12,8 13,9

% com prematuridade 6,3 7,0 12,4 10,5 8,7 10,0 9,0 8,8 10,6 10,2 % de partos cesáreos 27,8 32,4 28,9 29,3 32,0 34,9 37,4 37,8 40,9 39,0

% de mães de 10-19 anos 20,9 22,3 24,0 23,3 22,1 24,5 20,2 20,0 21,2 18,9 % de mães de 10-14 anos 0,5 0,4 1,6 0,6 1,0 0,8 0,7 0,4 1,5 0,4

% com baixo peso ao nascer

- geral 7,4 7,6 11,0 11,1 8,6 10,8 9,9 8,8 10,4 10,7 - partos cesáreos 10,4 8,8 12,5 15,9 7,3 16,2 10,0 11,2 13,5 14,5 - partos vaginais 6,3 7,1 10,4 9,1 9,2 8,0 9,9 7,4 8,2 8,2

Fonte: SINASC. Situação da base de dados nacional em 14/12/2009. Nota: Dados de 2008 são preliminares. (-) Não possui esse dado. Fonte: DATASUS, 2010.

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7.2 Longevidade, mortalidade e fecundidade

Segundo dados da ODM – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (2012), a taxa

de mortalidade de crianças menores de 5 anos, em 1.996, era de 29,8 óbitos a cada mil

nascidos vivos; em 2.013, este percentual passou para 17,6 óbitos a cada mil nascidos

vivos, representando redução de 40,9% da mortalidade. O número de óbitos de crianças

menores de cinco anos no Município de 1996 a 2013, foi 134.

A taxa de mortalidade de menores de um ano para o Município, estimada a partir dos

dados do Censo 2010, é de 7,7 óbitos a cada 1.000 crianças menores de um ano. Das

crianças de até 1 ano de idade, em 2010, 4,6% não tinham registro de nascimento em

cartório. Este percentual cai para 0,8% entre as crianças até 10 anos.

Tabela 11: Longevidade, Mortalidade e Fecundidade 1991 2000 2010

Esperança de vida ao nascer (em anos) 67,6 70,4 75,7 Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) 24,6 22,0 11,9 Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos) 28,9 25,6 13,9

Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 3,1 2,9 2,1 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 2010.

7.3 Esperança de vida ao nascer

A esperança de vida ao nascer era de 67,6 anos no ano de 1991, já na última década

cresceu 5,3 anos passando de 70,4 anos em 2000 para 75,7 anos em 2010.

7.4 Estrutura e Despesas de saúde

Conforme informações do DATASUS, na Tabela 12, demonstra-se a equipe de

funcionários do sistema de saúde do município de Eldorado do Sul.

Tabela 12: Recursos Humanos segundo categorias sele cionadas. Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias sele cionadas

Dez/2009

Categoria Total Atende ao SUS

Não atende ao SUS

Prof/1.000 hab

Prof SUS/1.000 hab

Médicos 41 40 1 1,2 1,2 Anestesista - - - - -

Cirurgião Geral - - - - - Clínico Geral 22 22 - 0,7 0,7

Gineco Obstetra 4 4 - 0,1 0,1 Médico de Família 3 3 - 0,1 0,1

Pediatra 4 3 1 0,1 0,1 Psiquiatra 1 1 - 0,0 0,0

Radiologista 2 2 - 0,1 0,1

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Cirurgião dentista 10 7 3 0,3 0,2 Enfermeiro 19 19 - 0,6 0,6

Fisioterapeuta 3 1 2 0,1 0,0 Fonoaudiólogo - - - - - Nutricionista - - - - - Farmacêutico 6 2 4 0,2 0,1

Assistente social - - - - - Psicólogo 3 3 - 0,1 0,1

Auxiliar de Enfermagem 23 23 - 0,7 0,7 Técnico de Enfermagem 21 18 3 0,6 0,5 Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional em 10/04/2010. Nota: Se um profissional tiver vínculo

com mais de um estabelecimento, ele será contado tantas vezes quantos vínculos houver. (-) Não possui esse dado. Fonte: DATASUS, 2010

Quanto aos dados apresentados, pode-se destacar o número de médicos por

habitantes, 1,2 para cada 1.000 habitantes, este é considerado baixo perante o Estado do

Rio Grande do Sul, que considerando o mesmo período foi de 5,5 profissionais por 1.000

habitantes, cabe salientar que as necessidades de atendimento médico, podem variar de

acordo com a população e a região.

Na Tabela 13 elenca-se o número de estabelecimentos de saúde segundo o tipo de

prestador do serviço, conforme o DATASUS.

Tabela 13: Serviços existentes Número de estabelecimentos por tipo de prestador se gundo tipo de estabelecimento

Dez/2009 Tipo de estabelecimento Público Filantrópico Privad o Sindicato Total

Clínica Especializada/Ambulatório

Especializado - - 2 - 2

Consultório Isolado - - 4 - 4 Policlínica 1 - - - 1

Posto de Saúde 7 - - - 7 Unidade de Serviço de Apoio

de Diagnose e Terapia - - 1 - 1

Total 8 - 7 - 15 Fonte: CNES. Situação da base de dados nacional em 10/04/2010.

Nota: Número total de estabelecimentos, prestando ou não serviços ao SUS. (-) Não possui esse dado. Fonte: DATASUS, 2010

Na Tabela 14 apresentam-se os dados de orçamento com o sistema de saúde

pública no município entre os anos de 2006 e 2009.

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Tabela 14: Indicadores de despesas referentes à saú de pública Dados e Indicadores 2006 2007 2008 2009

Despesa total com saúde por habitante (R$)

208,08 206,70 272,27 324,07

Despesa com recursos próprios por habitante

186,99 191,10 260,47 292,74

Transferências SUS por habitante

26,25 24,16 29,74 35,35

% despesa com pessoal/despesa total 58,3 67,5 72,0 73,7

% despesa com investimentos/despesa total

11,0 2,0 2,0 2,4

% transferências SUS/despesa total com

saúde 12,6 11,7 10,9 10,9

% de recursos próprios aplicados em saúde (EC 29)

22,6 18,9 19,4 18,7

% despesa com serv. terceiros - pessoa jurídica

/despesa total 15,7 13,8 9,2 9,5

Despesa total com saúde 7.145.012,21 6.473.015,37 9.011.612,10 10.910.882,57 Despesa com recursos

próprios 6.421.031,57 5.984.331,81 8.620.936,62 9.855.957,10

Receita de impostos e transferências constitucionais

legais 28.447.299,61 31.742.523,97 44.385.491,37 52.834.945,68

Transferências SUS 901.452,45 756.482,60 984.438,18 1.190.232,62 Despesa com pessoal 4.166.690,77 4.372.110,76 6.487.208,57 8.037.048,07

Fonte: SIOPS. Situação da base de dados nacional em 24/05/2010 Fonte: DATASUS, 2010

7.5 Descrição de práticas de saúde e saneamento

O município através da Secretaria Municipal de Saúde possui campanhas de

preservação e promoção da saúde, tais como:

• Programa de Combate à Dengue;

• Programa de Epidemiologia e Controle de Doenças (Vacinação);

• Programa específico de Atenção a Criança (Teste do Pezinho);

• Programa de Atenção às Doenças Crônicas;

• Programa de Atenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis / AIDS e outras;

• Programa de Atenção à Saúde da Mulher/ Atenção à Saúde da Gestante; e

• Programa de Atenção à Saúde Bucal.

Salienta-se que, tais campanhas são difundidas através das agentes de saúde do

município que visitam as residências regularmente.

Conforme informações apresentadas pelo município, o Departamento de Vigilância

em Saúde está subdividido nos seguintes setores:

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Tabela 15: Responsabilidades por setor. Setor Descrição e Responsabilidade

Vigilância Ambiental

Responsável por monitorar e controlar uma variedade de problemas decorrentes do desequilíbrio do meio ambiente, visando eliminar ou reduzir a exposição humana a fatores prejudiciais à saúde, ou seja, o ambiente atuando na saúde humana. Neste setor estão incluídos os programas de controle e combate a vetores de doenças, como dengue e chagas, como também responsável por monitorar a qualidade da água distribuída para a população, a ocorrência de raiva canina e ainda desenvolver ações de proteção da saúde humana quanto aos efeitos adversos decorrentes de desastres naturais e acidentes com produtos perigosos.

Vigilância Epidemiológica

É o conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. Inclui-se programas de prevenção e controle da tuberculose, hepatite, HIV/AIDS, Leptospirose, entre outras. Neste setor, o paciente é acompanhado, orientado, notificado e monitorado.

Vigilância Sanitária

Entende-se por Vigilância Sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. As principais ações deste setor são as inspeções sanitárias, liberação de alvará, orientação e educação.

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

7.6 Índice nutricional da população infantil de 0 a 2 anos

De acordo com o Relatório de Acompanhamento Municipal dos Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio, em 2014, o número de crianças menores de 2 anos pesadas

pelo Programa Saúde da Família era de 89,6%; destas, 0,2% estavam desnutridas. Em

2010, 13,1% das crianças de 0 a 14 anos de idade estavam na condição de pobreza, ou

seja, viviam em famílias com rendimento per capita igual ou inferior a R$ 140,00 mensais.

8 ASPECTOS SÓCIOS ECONÔMICOS

Conforme censo de 2010, realizado pelo instituto brasileiro de geografia e estatística

(IBGE), o município de Eldorado do Sul apresenta uma população de 34.343 habitantes,

sendo que destes 30.800 são residentes da área urbana e 3.543 da área rural, perfazendo

uma densidade demográfica de 67,38hab./km².

8.1 Economia

A base da economia do município está diretamente ligada à agricultura, essas

atividades permanecem junto com a atividade industrial, a qual está em crescimento e

atendendo à demanda local.

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Na agricultura, destacam-se as culturas de arroz, aveia, batata-doce, feijão, fumo,

mandioca, milho e soja. Na silvicultura, dá-se envaze ao plantio de eucalipto, acácia e

pinus-elliottii.

O ramo do comércio é bem representativo e diversificado, contendo

estabelecimentos de pequeno porte, destacando-se, vestuário, ramo alimentício e lojas de

imóveis e entre outros. Na Tabela 16, são apresentados dados referentes ao PIB/2012 do

Município.

Tabela 16: Produto Interno Bruto. PRODUTO INTERNO BRUTO - 2012

Impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes 119.492 mil reais PIB a preços correntes 989.981 mil reais

PIB per capita a preços correntes 27.956,10 mil reais Valor adicionado bruto da agropecuária a preços correntes 41.855 mil reais

Valor adicionado bruto da indústria a preços correntes 159.141 mil reais Valor adicionado bruto dos serviços a preços correntes 669.493 mil reais

Fonte: IBGE (2012).

Na Tabela 17, é demonstrado o número de empresas locais, o pessoal ocupado total

e assalariado, salário médio mensal e o número de empresas atuantes no Município.

Tabela 17: Estatísticas do Cadastro Central de Empr esas (2013).

ESTATÍSTICAS DO CADA STRO CENTRAL DE EMPRESAS - 2013 Número de empresas atuantes 963 Unidades

Número de unidades locais 985 Unidades Pessoal ocupado assalariado 14.863 Pessoas

Pessoal ocupado total 16.120 Pessoas Salário médio mensal 4,1 Salários mínimos

Salários e outras remunerações 524.548 Mil Reais Fonte: IBGE (2013).

No ano de 2000, o município tinha 18,8% de sua população vivendo com renda

domiciliar per capita inferior a R$ 140,00, percentual que reduziu para 8,4% em 2010.

Conforme o ODM - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (2014), para estimar a

proporção de pessoas que estão abaixo da linha da pobreza foi somada a renda de todas

as pessoas do domicílio, e o total dividido pelo número de moradores, sendo considerado

abaixo da linha da pobreza os que possuem renda per capita até R$ 140,00. No caso da

indigência, este valor será inferior a R$ 70,00 (IBGE - Censo Demográfico 2000/elaboração

IPEA/DISOC/NINSOC - Núcleo de Informações Sociais). A participação dos 20% mais

pobres da população na renda passou de 3,7%, em 1991, para 4,6 %, em 2010, reduzindo

um pouco os níveis de desigualdade. Em 2010, a participação dos 20% mais ricos era de

51,8%, ou 11,3 vezes superior à dos 20% mais pobres (IBGE - Censo Demográfico 2000).

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8.2 Trabalho

Conforme Atlas de Desenvolvimento Humano (2010), entre 2000 e 2010, a taxa de

atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era

economicamente ativa) passou de 70,31% em 2000 para 75,03% em 2010. Ao mesmo

tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente

ativa que estava desocupada) passou de 14,20% em 2000 para 5,83% em 2010.

Tabela 18: Ocupação da população de 18 anos ou mais

2000 2010

Taxa de atividade 70,31 75,03

Taxa de desocupação 14,20 5,83

Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 59,63 66,08

Nível educacional dos ocupados

% dos ocupados com fundamental completo 44,55 63,54

% dos ocupados com médio completo 23,34 39,55

Rendimento médio

% dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. 37,71 16,22

% dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. 72,66 74,01

Percentual dos ocupados com rendimento de até 5 salários mínimo 92,89 93,90 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 2010.

Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do município,

8,57% trabalhavam no setor agropecuário, 0,06% na indústria extrativa, 13,84% na indústria

de transformação, 9,58% no setor de construção, 0,92% nos setores de utilidade pública,

15,98% no comércio e 47,11% no setor de serviços.

8.3 População

Conforme Atlas de Desenvolvimento Humano (2010), entre 2000 e 2010, a

população de Eldorado do Sul cresceu a uma taxa média anual de 2,33%, enquanto no

Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município

passou de 70,57% para 89,68%, conforme demonstrado na Tabela 19.

Tabela 19: Dados sobre a situação da população População Total, por Gênero, Rural/Urbana

População População

(1991) % do Total

(1991) População

(2000) % do Total

(2000) População

(2010) % do Total

(2010) População total 17.301 100,00 27.268 100,00 34.343 100,00

Homens 8.732 50,47 13.687 50,19 16.999 49,50 Mulheres 8.569 49,53 13.581 49,81 17.344 50,50 Urbana 12.480 72,13 19.242 70,57 30.800 89,68 Rural 4.821 27,87 8.026 29,43 3.543 10,32

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 2010.

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8.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

Em Eldorado do Sul o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) foi de 0,717 em

2010, o que situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700

e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com

índice de 0,844, seguida de Renda, com índice de 0,717, e de Educação, com índice de

0,609. Na Tabela 20 é demostrado os índices municipais de desenvolvimento com seus

respectivos componentes.

Tabela 20: Índice de Desenvolvimento Humano Municip al e seus componentes. IDHM e componentes 1991 2000 2010

IDHM Educação 0,252 0,469 0,609 % de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 23,73 39,06 58,06

% de 5 a 6 anos frequentando a escola 27,17 62,24 72,87 % de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino

fundamental 48,28 71,93 84,78

% de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo 18,92 41,96 55,18 % de 18 a 20 anos com ensino médio completo 9,57 29,16 36,18

IDHM Longevidade 0,710 0,756 0,844 Esperança de vida ao nascer (em anos) 67,61 70,35 75,66

IDHM Renda 0,619 0,673 0,717 Renda per capita (em R$) 376,80 527,06 692,00

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 2010.

8.5 Renda Per Capita

Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano (2010) a renda per capita média de

Eldorado do Sul cresceu 83,65% nas últimas duas décadas, passando de R$ 376,80, em

1991, para R$ 527,06, em 2000, e para R$ 692,00, em 2010. Isso equivale a uma taxa

média anual de crescimento nesse período de 3,25%.

A taxa média anual de crescimento foi de 3,80%, entre 1991 e 2000, e 2,76%, entre

2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita

inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 29,07%, em 1991, para

18,35%, em 2000, e para 6,99%, em 2010. A evolução da desigualdade de renda nesses

dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini, que passou de 0,54, em 1991,

para 0,54, em 2000, e para 0,46, em 2010.

Tabela 21: Renda, Pobreza e Desigualdade. 1991 2000 2010

Renda per capita (em R$) 376,80 527,06 692,00

% de extremamente pobres 8,90 6,84 2,29

% de pobres 29,07 18,35 6,99

Índice de Gini 0,54 0,54 0,46 Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano, 2010.

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8.6 Famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Famíl ia

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência condicionada de

renda que beneficia famílias pobres e extremamente pobres, inscritas no Cadastro Único

(MDS).

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, no mês de junho de 2015, o total

de famílias inscritas no Cadastro Único é de 3.641 famílias, dentre as quais:

• 1.074 com renda per capita familiar de até R$77,00;

• 839 com renda per capita familiar entre R$77,00 e R$ 154,00;

• 1.150 com renda per capita familiar entre R$ 154,00 e meio salário mínimo;

• 578 com renda per capita acima de meio salário mínimo.

O PBF beneficiou, no mês de agosto de 2015, 1.350 famílias, representando uma

cobertura de 83,5 % da estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebem

benefícios com valor médio de R$ 139,85 e o valor total transferido pelo governo federal

em benefícios às famílias atendidas alcançou R$ 188.800,00 no mês.

Tabela 22: Estimativas perante a renda das famílias . Número de famílias Ano de referência

Estimativa de famílias de baixa renda 2.881 2010 Estimativa de famílias pobres 1.616 2010

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social. 9 DEMOGRAFIA

9.1 Projeção Populacional

As projeções populacionais são indispensáveis para orientação de políticas públicas

e tornam-se instrumentos importantes para todas as esferas de planejamento, tanto na

administração pública quanto na privada.

O estudo de evolução populacional visa estimar a população do município no

horizonte do plano. Para realizar a projeção de crescimento populacional do município de

Eldorado do Sul/RS, utilizou-se dados de embasamento extraídos do IBGE, conforme

demonstra a Tabela 23.

Tabela 23: População conforme IBGE. DADOS DA POPULAÇÃO - IBGE

Período População Urbana População Rural TOTAL

1991 12.480 5.223 17.703

2000 19.242 8.026 27.268

2010 30.792 3.543 34.335 Fonte: Empresa Executora.

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O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) possui um

horizonte de 20 anos, assim, para se obter a evolução populacional do município utilizou-

se dois métodos estatísticos, aritmético e geométrico, os mesmos serão analisados a partir

dos resultados obtidos, para posterior definir o método mais apropriado para a projeção

populacional ano a ano, até o final do plano.

9.1.1 Método Geométrico

O modelo de crescimento da população é dado por uma progressão geométrica,

sendo a curva representativa de evolução de população uma parábola. Permitindo uma

situação de crescimento ilimitado em função da população existente a cada instante. O

método geométrico pode ser representado matematicamente da seguinte forma:

)t(t0t 0i).(1PP −+=

Onde:

Pt = população estimada no ano t (hab)

Po = populações no ano t0

i = coeficiente evolução

t = período da análise

t0 = período inicial da análise

Cálculo Coeficiente:

02

02g tt

lnPlnPK

−−

=

1ei gK −=

Onde:

Kg, i = coeficiente

lnP2, lnP0 = logaritmo normal do período P2 e P0

t0, t2 = período da análise

e = exponencial

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Assim a evolução populacional projetada para um periódo de 20 anos pelo método

geométrico, dá-se conforme Tabela 24.

Tabela 24: Método Geométrico. EVOLUÇÃO POPULACIONAL - GEOMÉTRICA

ANO URBANA RURAL 2016 40.827 2.169 2017 42.793 1.999 2018 44.853 1.842 2019 47.012 1.697 2020 49.275 1.564 2021 51.647 1.441 2022 54.133 1.328 2023 56.739 1.224 2024 59.470 1.128 2025 62.333 1.039 2026 65.334 958 2027 68.479 882 2028 71.775 813 2029 75.231 749 2030 78.852 690 2031 82.648 636 2032 86.627 586 2033 90.797 540 2034 95.167 498 2035 99.749 459

Fonte: Empresa Executora.

Percebe-se que na área rural a população tende a decrescer, devido a migração

para as áreas urbanas do município.

9.1.2 Método Aritmético

O método aritmético consiste em somar, à população atual, sempre o mesmo

número de habitantes em iguais períodos do tempo. Graficamente, o crescimento é

representado por uma linha reta, podendo o incremento ser igual ao do último período do

censo. Mostrando que a população muda linearmente no decorrer do tempo, sendo que

apresenta melhores resultados para populações com crescimento relativamente estável.

Esse método é utilizado para estimativas de menor prazo. O método aritmético pode ser

representado matematicamente da seguinte forma:

)t.(tKPP 0a0t −+=

Onde:

Pt = população estimada no período t (hab)

Po = populações no período t0

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Ka = coeficiente evolução

t = período da análise

t0 = período inicial da análise

Cálculo do Coeficiente:

02

02a tt

PPK

−−=

Onde:

Ka = coeficiente

Po, P2 = populações nos períodos (t0, t2)

t0, t2 = período (t0, t2) da análise

Assim a evolução populacional projetada para um periódo de 20 anos pelo método

aritmétrico, da-se conforme Tabela 25.

Tabela 25: Método Aritmético. ESTIMATIVA POPULACIONAL - ARITMÉTICA

ANO URBANA RURAL 2016 37.722 1.302 2017 38.877 1.302 2018 40.032 1.302 2019 41.187 1.302 2020 42.342 1.302 2021 43.497 1.302 2022 44.652 1.302 2023 45.807 1.302 2024 46.962 1.302 2025 48.117 1.302 2026 49.272 1.302 2027 50.427 1.302 2028 51.582 1.302 2029 52.737 1.302 2030 53.892 1.302 2031 55.047 1.302 2032 56.202 1.302 2033 57.357 1.302 2034 58.512 1.302 2035 59.667 1.302

Fonte: Empresa Executora.

Nos Gráficos 1 e 2 é demonstrado um comparativo da evolução populacional, pelo

método aritmético e geométrico, em relação a área urbana e rural.

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Gráfico 1: Estimativa da evolução populacional urba na (comparativo).

Fonte: Empresa Executora.

Gráfico 2: Estimativa da evolução populacional rura l (comparativo).

Fonte: Empresa Executora.

Neste contexto, analisando os métodos através dos gráficos acima, pode-se

considerar que a projeção populacional do município de Eldorado do Sul é crescente na

área urbana, em ambos os métodos. Porém o método aritmético é mais cabível com a

realidade do município, apresentando uma projeção estável.

Na área rural, a projeção populacional é descrescente no método geométrico, já no

método aritmético a população tende a ficar estagnada sem nenhuma alteração

populacional. Analisando os métodos, considerou-se o método aritmético, pois encontra-se

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

19

91

20

00

20

10

20

15

20

16

20

17

20

18

20

19

20

20

20

21

20

22

20

23

20

24

20

25

20

26

20

27

20

28

20

29

20

30

20

31

20

32

20

33

20

34

20

35

Estimativa População - Comparativo - Urbano

IBGE Aritmética Geométrica

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

19

91

20

00

20

10

20

15

20

16

20

17

20

18

20

19

20

20

20

21

20

22

20

23

20

24

20

25

20

26

20

27

20

28

20

29

20

30

20

31

20

32

20

33

20

34

20

35

Estimativa População - Comparativo - Rural

IBGE Aritmética Geométrica

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com a realidade do município. Dessa forma, propõe-se que sejam adotados os resultados

anuais gerados pelo método aritmético.

10 CONTROLE SOCIAL

Conforme Lei Federal nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o

saneamento básico, o controle social é um conjunto de mecanismos e procedimentos que

garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos

de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços

públicos de saneamento básico. Neste sentido, o município já possui Conselhos Municipais

com participação de órgãos colegiados de caráter consultivo, envolvendo membros da

administração pública e sociedade civil, tais como:

• CONEL – Conselho das Cidades

• COMDEMA – Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente

• CMS – Conselho de Saúde

• COMDER – Conselho da Agricultura

• Conselho de Habitação

11 NORMAS DE REGULAÇÃO E ENTE RESPONSÁVEL PELA REGU LAÇÃO E

FISCALIZAÇÃO, BEM COMO OS MEIOS E PROCEDIMENTOS PAR A SUA ATUAÇÃO

O órgão de fiscalização dos serviços de saneamento prestados à população de

Eldorado do Sul, são os setores de fiscalização municipal que atuam conjuntamente com

as Secretarias de Meio Ambiente, Obras e Saúde.

Cabe salientar que dentre os eixos que compõem o saneamento básico, o município

não possui qualquer responsabilidade quanto ao atendimento da população com o

abastecimento de água potável, ficando a mesma sob responsabilidade da CORSAN

(Companhia Riograndense de Saneamento) e das Soluções Alternativas Coletivas,

compete ao município somente a fiscalização da qualidade de água distribuída à população.

No Fluxograma 1 é apresentado o organograma de trabalho dos serviços de saneamento

básico.

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Fluxograma 1: Responsáveis pelos Serviços de saneam ento básico.

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

12 LEGISLAÇÕES PERTINENTES

Para solucionar os problemas dos Resíduos Sólidos nos municípios brasileiros são

criados mecanismos viáveis, através de instrumentos legais que garantem a população

serviços de boa qualidade, prestados pelos municípios e empresas terceirizadas, em

condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança e atualidade, com o objetivo

da universalização e a adequação dos serviços prestados.

Nas Tabelas 26, 27 e 28, são apresentados os principais instrumentos legais

referentes à questão dos Resíduos Sólidos, Legislação Federal, seguida das normas de

âmbito Estadual e Municipal.

12.1 Legislação Federal

Tabela 26: Legislações Federais. TÍTULO TEMA

LEI FEDERAL N° 12.305/10, DE 02 DE AGOSTO DE 2010

“Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.”

DECRETO FEDERAL N° 7.404/10, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010

“Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências.”

Prefeitura Municipal de Eldorado do Sul

Secretaria Municipal de Saúde

Responsável:Vigilância Sanitária e

Epidemiológica;Transmitir

informações pertinentes a área de saneamento básico;

Fiscalização perante o abastecimento de

água.

Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Responsável:Fiscalização perante aos

Resíduos Sólidos, Esgotamento

Sanitário.

Secretaria Municipal de Obras e Viação

Responsável:Drenagem e Manejo das

Águas Pluviais;

Esgotamento Sanitário;

Resíduos Sólidos.

CORSAN e Soluções Alternativas Coletivas

Responsáveis:CORSAN: Área

urbana;Soluções

Alternativas Coletivas: Área

rural.

Gabinete do Prefeito

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DECRETO FEDERAL Nº 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006

“Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos Órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências.”

DECRETO LEGISLATIVO N.º 204, DE 7 DE MAIO DE 2004

“Aprova o texto da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, adotada, naquela cidade, em 22 de maio de 2001.”

DECRETO FEDERAL Nº 4.581, DE 27 DE JANEIRO DE 2003

“Promulga a Emenda ao Anexo I e Adoção dos Anexos VIII e IX à Convenção de Basiléia sobre o Controle do Movimento Transfronteiriço de Resíduos Perigosos e seu Depósito.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 416, DE 30 DE SETEMBRO DE 2009

“Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por Pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 404, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2008

“Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 401, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2008

“Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 380, DE 31 DE OUTUBRO DE 2006

“Altera a redação do Anexo I da Resolução nº 375, de 29 de agosto de 2006, publicada no DOU em 30 de agosto de 2006, a qual define critérios e procedimentos para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados”.

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 377, DE 9 DE OUTUBRO DE 2006

“Dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado de Sistemas de Esgotamento Sanitário.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 375, DE 29 DE AGOSTO DE 2006

“Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 373, DE 9 DE MAIO DE 2006

“Define critérios de seleção de áreas para recebimento do Óleo Diesel com o Menor Teor de Enxofre-DMTE, e dá outras providências.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362, DE 23 DE JUNHO DE 2005

“Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362, DE 23 DE JUNHO DE 2005 “Dispõe sobre o Rerrefino de Óleo Lubrificante.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 358, DE 29 DE ABRIL DE 2005

“Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.”

RESOLUÇÃO CONAMA N.º 313, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002

“Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.”

RESOLUÇÃO CONAMA N.º 316, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002

“Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.”

RESOLUÇÃO CONAMA N.º 307, DE 05 DE OUTUBRO DE 2002

“Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.”

RESOLUÇÃO CONAMA N.º 308, DE 21 DE MARÇO DE 2002

“Licenciamento Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em Município de pequeno porte.”

RESOLUÇÃO CONAMA N.º 283, DE 12 DE JULHO DE 2001

“Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 264, DE 26 DE AGOSTO DE 1999

“Licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para atividades de co-processamento de resíduos.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 258, DE 26 DE AGOSTO DE 1999

“Estabelece a necessidade de tornar explícita no art. 6º da Resolução 257, de 30 de junho de 1999.”

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RESOLUÇÃO CONAMA N.º 257, DE 30 DE JUNHO DE 1999 “Regulamenta o descarte de pilhas e baterias usadas.”

RESOLUÇÃO CONAMA N.º 23, DE 12 DE DEZEMBRO DE 1996 “Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos.”

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 05, DE 05 DE AGOSTO DE 1993

“Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.”

RESOLUÇÃO CONAMA N.º 06, DE 19 DE SETEMBRO DE 1991

“Dispõe sobre a incineração de resíduos sólidos provenientes dos serviços de saúde e dá outras providências.”

12.2 Legislação Estadual

Tabela 27: Legislações Estaduais. TÍTULO TEMA

LEI ESTADUAL Nº 13.306, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2009

“Introduz modificação na Lei nº 11.019, de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre o descarte e destinação final de pilhas que contenham mercúrio metálico, lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham metais pesados no Estado do Rio Grande do Sul.”

LEI ESTADUAL Nº 12.381, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2005

“Altera o art. 1º da LEI Nº 12.114, de 5 de julho de 2004, que proíbe a comercialização de pneus usados importados no Estado e dá outras providências.”

LEI ESTADUAL Nº 12.114, DE 5 DE JULHO DE 2004

“Proíbe a comercialização de pneus usados importados no Estado e dá outras providências. ”

LEI ESTADUAL N.º 11.019, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997

“Dispõe sobre o descarte e destinação final de pilhas que contenham mercúrio metálico, lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham metais pesados no Estado do Rio Grande do Sul (Alterada pela Lei 11.187, de 7 de julho de 1998). ”

LEI ESTADUAL N.º 10.099, DE 07 DE FEVEREIRO DE 1994

“Dispõe sobre os resíduos sólidos provenientes de serviços de saúde e dá outras providências. ”

LEI ESTADUAL N.º 9.921, DE 27 DE JULHO DE 1993

“Dispõe sobre a gestão dos resíduos sólidos, nos termos do artigo 247, parágrafo 3º da Constituição do Estado e dá outras providências. ”

LEI ESTADUAL N.º 9.493, DE 07 DE JANEIRO DE 1992

“Considera, no Estado do Rio Grande do Sul, a coleta seletiva e a reciclagem do lixo como atividades ecológicas, de relevância social e de interesse público. ” (Ministério Público, Coletânea de Legislação Ambiental/Resíduos Sólidos).

DECRETO ESTADUAL N.º 45.554, DE 19 DE MARÇO DE 2008

“Regulamenta a Lei n° 11.019/97, de 23 de setembro de 1997, e alterações, que dispõe sobre o descarte e destinação final de pilhas que contenham mercúrio metálico, lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham metais pesados no Estado do Rio Grande do Sul. ”

DECRETO ESTADUAL N° 38.356, DE 01 DE ABRIL DE 1998

“Aprova o Regulamento da Lei n° 9.921, de 27 de julho de 1993, que dispõe sobre a gestão dos resíduos sólidos no Estado do Rio Grande do Sul. ”

PORTARIA SEMA Nº 50, DE 25 DE AGOSTO DE 2008

“Altera dispositivo da Portaria SEMA Nº 045, de 30 de outubro de 2007. ”

PORTARIA SEMA N.º 045, DE 30 DE OUTUBRO DE 2007

“Dispõe sobre implantação de sistemas simplificados de esgotamento sanitário nas zonas urbanas e de expansão urbana dos Municípios do Rio Grande do Sul. ”

PORTARIA CONJUNTA SEMA/FEPAM N.º 013, DE 13 DE ABRIL DE 2007

“Determina a divulgação do rol dos Empreendimentos Licenciados para a atividade de reciclagem de resíduos no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências. ”

RESOLUÇÃO CONSEMA N° 109, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005

“Estabelece diretrizes para elaboração do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, a ser elaborado pelos Município. ”

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RESOLUÇÃO CONSEMA Nº 09, DE 25 DE OUTUBRO DE 2000

“Dispõe sobre a norma para o licenciamento ambiental de sistemas de incineração de resíduos provenientes de serviços de saúde, classificados como infectantes (GRUPO A) e dá outras providências. ”

RESOLUÇÃO CONSEMA N.º 02, DE 17 DE ABRIL DE 2000

“Dispõe de norma sobre o licenciamento ambiental para coprocessamento de resíduos em fornos de clínquer. ”

12.3 Legislação Municipal

Ao Município cabe legislar e executar tarefas quanto à coleta e ao destino dos

resíduos domiciliares. Sua competência para fiscalizar e executar é fundamental para a

manutenção do aspecto estético, boa qualidade ambiental e de saúde.

Tabela 28: Legislações Municipais. TÍTULO TEMA

LEI Nº 87, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1989

“Consolida a legislação tributária do município, estabelecendo o código tributário municipal e dá outras providências.

LEI MUNICIPAL N.º 2.574, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2006

“Dispõe sobre a Política Urbana, institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Eldorado do Sul e dá outras providências”.

LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL Nº0002, DE 31 DE

OUTUBRO DE 1995

“Institui o Código de Obras do Município de Eldorado do Sul e dá outras providências”.

LEI MUNICIPAL Nº 3.200, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2009.

“Dispõe sobre a Política do Meio Ambiente do Município de Eldorado do Sul e dá outras providências. ” Fonte: Município de Eldorado do Sul.

13 SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO

13.1 Abastecimento de Água

Em julho de 2012, o município de Eldorado do Sul realizou seu Plano Municipal de

Saneamento Básico, neste consta que o abastecimento de água da comunidade localizada

no bairro Picada é de responsabilidade da CORSAN, que realiza a compra da água do

DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgotos) de Porto Alegre, cuja captação é

realizada no Rio Jacuí.

Para as demais áreas de atendimento da CORSAN, a mesma capta a água para

abastecimento junto ao Lago Guaíba, no Município de Guaíba. Segundo a CORSAN, o

tratamento de água superficial (Figura 11) consiste nas seguintes etapas:

• Captação : retirada de água bruta do manancial;

• Adução : caminho percorrido pela água bruta até a Estação de Tratamento de

Água;

• Mistura rápida : adição de um coagulante para remoção das impurezas;

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• Floculação : onde ocorre a aglutinação das impurezas;

• Decantação : etapa seguinte, em que os flocos sedimentam no fundo de um

tanque;

• Filtração : retenção dos flocos menores em camadas filtrantes;

• Desinfecção : adição de cloro para eliminação de micro-organismos patogênicos;

• Fluoretação : adição de compostos de flúor para prevenção de cárie dentária;

• Bombeamento para as redes e reservatórios de distribuição.

Figura 11: Tratamento da Água.

Fonte: CORSAN

Ainda, segundo o Plano Municipal de Saneamento Básico (2012), no município

existem 02 (dois) reservatórios tipo inteze de 500m³ em operação, administrados pela

Comphania. A adução de água é realizada através de uma adutora DN300 de

PVC/DEFOFO e uma adutora DN200 de FC, já as redes de distribuição contam com um

total de 76.693 metros possuindo diâmetros e materiais variados, conforme apresentado na

Tabela 29.

Tabela 29: Redes de distribuição de água quanto ao material, tamanho e extensão. Material Diâmetro (mm) Extensão (m)

PVC DEFOFO 200 614,67 FC 75 375,13 FC 100 1.149,10 FC 150 9.379,89 FC 200 8.214,74

PVC 32 854,35 PVC 50 36.486,54 PVC 75 8.038,22 PVC 100 1.506,93

Diversos - 10.073,43 TOTAL 76.693,00

Fonte: Adaptado de Plano Municipal de Saneamento Básico de Eldorado do Sul, 2012.

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Atualmente a CORSAN atende 27.309 habitantes, correspondendo a 80% da

população do município distribuídos nas áreas urbanas (PMSB,2012).

Conforme o Plano Municipal de Saneamento Básico (2012) na área rural, predomina

a utilização de Soluções Alternativas Coletivas (SAC’s) para o abastecimento de água,

totalizando um total de 20 soluções. Ressalta-se que, de acordo com o PMSB apenas as

soluções alternativas coletivas Olvebra e CORSAN possuem tratamento de água

adequado. Outro ponto a ser destacado é que a SAC CORSAN abastece frequentemente

a Escola Estadual de Ensino Médio Roseli Correa através de caminhão-pipa. Na Tabela

30 é apresentada a descrição das Soluções Alternativas Coletivas.

Tabela 30: Descrição das Soluções Alternativas Cole tivas de Abastecimento de Água. Descrição das Soluções Alternativas Coletivas (SAC’ s)

Nome Localização Reservatórios

Economias

Residencial Comercial/

Prestador de Serviço

SAC Centro: poço

artesiano

Rua Adão Dioniso Neugebauer Bortowski –

Centro Comercial Carreteiro, coordenadas geográficas

S30º00’02.23’’/W051º18’27.43’’

Sim 02 06

SAC Olvebra:

captação no lago Guaíba

BR 116, km 287, bairro Itaí, Zona Urbana, coordenadas geográficas S30º00’57.25’’/W051º18’50.69’’

- -

Abastece o sistema de produção da

empresa Olvebra S.A

SAC Padre Josimo-01:

poço artesiano

Canteiro central – em frente à rua a nº. 65, Assentamento Padre

Josimo, zona rural, coordenadas geográficas

S30º00’57.21’’/W051º23’03.86’’

Não 09 -

SAC Padre Josimo-02: poço raso

Rua A, próximo ao nº 30, Assentamento

Padre Josimo, zona rural, coordenadas geográficas

S30º01’03.63’’W051º23’01.55’’

Não

12

SAC Apolônio de Carvalho:

poço artesiano

No passeio público da Estrada Monte

Alegre, em frente ao nº 9055, Assentamento Apolônio de

Carvalho, zona rural, coordenadas geográficas

S30º01’21.15’’/W051º27’48.86’’

Sim 100 -

SAC Bom Retiro: poço

artesiano

Distrito Bom Retiro, zona urbana, coordenadas geográficas

S30º07’33.29’’/W051º29’47.92’’ Sim 100 02

SAC E.E.F. Sergipe:

poço artesiano

Estrada Bom Retiro, nº 14.500, Distrito

Bom Retiro, coordenadas geográficas

S30º07’28.94’’/W051º29’28.88’’

Sim 02

SAC Belo Monte: fonte

superficial

Próximo ao assentamento, cujo endereço é

Sim 42 -

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Estrada da Pedreira, nº 4.000, Assentamento Belo Monte, Distrito

Bom Retiro, zona rural, coordenadas geográficas

S30º04’58.75’’/W051º30’21.64’’ SAC

Travessa Posto do Roque: poço

artesiano

Travessa Posto do Roque nº 22 - BR 290, km 140, coordenadas

geográficas S30º04’58.7’’/W051º36’52.8’’

- 11 01

SAC CORSAN: através de caminhão-

pipa

Estrada do Açude nº 2.000, Fazenda São Pedro 01.

Coordenadas geográficas

S30º04’39.0”/W051º37’08.1”

- - Escola Estadual de

Ensino Médio Roseli Correa

SAC São Pedro 02:

poço artesiano

Assentamento São Pedro 02, zona rural,

coordenadas geográficas S30º07’21.7”/W051º35’40.4”

Sim 18 -

SAC Praça 08: poço artesiano

Rua do Silêncio, nº 84, Praça 08, Distrito

Parque Eldorado 01, zona urbana, coordenadas geográficas

S30º05’32.4’’/W051º38’45.8’’

Sim 14 -

SAC Ponche

Verde: poço artesiano

Estrada 11, s/nº, ponche verde, distrito

parque eldorado 01, zona urbana, S30º05’01.5’’/W051º38’42.7’’

Sim 41 -

SAC Acopel – poço 01:

poço artesiano

Rua 16, nº 574, praça 01, Distrito Parque Eldorado 01, zona urbana,

coordenadas geográficas S30º05’57.2’’/W051º39’58.8’’

Sim 75

SAC Acopel – poço 02:

poço artesiano

Praça 02, Distrito Parque Eldorado 01,

zona urbana, coordenadas geográficas

S30º05’45.6’’/W051º39’58.9’’

Sim 65 -

SAC Acopel – poço 03:

poço artesiano

Rua luz da criança, nº 360, Distrito Parque Eldorado 01, zona urbana,

coordenadas geográficas S30º05’53.5’’/W051º39’35.0’’

Sim 109 01

SAC Acopel – poço 04:

poço artesiano

Av. Ângelo Collovini, nº 1781, Distrito

Parque Eldorado 01, zona urbana, coordenadas geográficas

S30º05’14.52’’/W051º39’47.85’’

Sim 150

SAC Tio Patinhas:

poço artesiano

Rua do comércio, distrito parque eldorado

01, zona urbana, coordenadas geográficas

S30º06’00.86’’/W051º39’30.20’’

Sim 01 09

SAC E.M.E.F. Paraná:

poço artesiano

Rua luz da criança, Distrito Parque Eldorado 01, zona urbana, coordenadas geográficas

S30º05’55.6’’/W051º39’41.0’’

Sim -

Escola Municipal de Ensino Fundamental

Paraná e Centro Municipal de

Educação Infantil Arco-íris

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SAC Ascopel:

poço artesiano

Rua 09, praça 04, Distrito Parque Eldorado 02, zona urbana, coordenadas geográficas

S30º06’06.5’’/W051º38’22.9’’

Sim 100

Escola Municipal de Ensino Fundamental

Octávio Gomes Duarte

Fonte: PMSB, 2012. 13.2 Esgotamento Sanitário

De acordo com o Plano Municipal de Saneamento Básico (2012) o município conta

com um serviço de saneamento parcial relativo ao tratamento de efluentes, em alguns de

seus bairros. O bairro Centro Novo possui coleta de esgoto cloacal e uma estação de

tratamento de esgoto (ETE). Os demais bairros contam com soluções individuais e

possuem apenas esgoto pluvial. Para novas construções é exigido pelo município fossa

séptica e filtro anaeróbio na aprovação de projeto e os mesmos sejam fiscalizados na

ocasião do “habite-se”, ainda existem muitas habitações irregulares que não apresentam

solução para o tratamento do esgoto ou apresentam soluções sem nenhum rigor técnico.

O município, dispõe de Plano Diretor, conforme Lei Municipal nº 2.574/2006, onde

apresenta estratégias de qualificação da infraestrutura e saneamento, que visam minimizar

os problemas encontrados no município, quanto ao esgotamento sanitário, a

implementação da estratégia aponta para o seguinte:

I – previsão de sistema separador absoluto nas áreas com população superior a 35hab/há. (trinta e cinco habitantes por hectare); II – previsão de estações de tratamento de esgotos (ETE’s) para atender a população já instalada no município, com densidade superior a 35 hab/há (trinta e cinco habitantes por hectare); III – responsabilização de novos empreendimentos comerciais, industriais ou residenciais que venham a se instalar no município pela coleta e tratamento de seus efluentes.

13.3 Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

O Plano Diretor Municipal apresenta estratégias de qualificação da infraestrutura e

saneamento, que visam minimizar os problemas encontrados no município, quanto a

drenagem urbana, a implementação da estratégia aponta para o seguinte:

Art. 23. A implementação da estratégia 3 estabelece para a drenagem urbana o controle: I - das enchentes em áreas ribeirinhas (aquelas inundações decorrentes do processo natural do ciclo hidrológico, onde as águas ocupam as áreas de várzea, que constituem o leito maior do curso d’água), principalmente no sistema Jacuí-Guaíba: a) nas áreas alagáveis não ocupadas: evitar a ocupação e utilizar estas áreas para controle das enchentes;

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b) nas áreas alagáveis já ocupadas: buscar a relocação da população que ocupa o leito maior do curso d’água ou, onde a relocação não for possível, proteger estas áreas através de sistemas de diques e polders; II - dos alagamentos devido à urbanização (aquelas inundações decorrentes da ocupação do solo com superfícies impermeáveis e redes de condutos, aumentando a magnitude e a frequência das cheias naturais): a) associar a ampliação da rede de drenagem com o uso de dispositivos compensatórios (dispositivos de infiltração e armazenamento dos excessos de água da chuva, para compensar os efeitos da urbanização); b) priorizar o uso de superfícies verdes e permeáveis nos parques e passeios públicos.

Quanto aos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas é de

responsabilidade do município, através da Secretaria de Obras e Viação realizar a

manutenção dos sistemas, efetuando a substituição de tubos, tampas, manutenção das

bocas de lobo, aumento da canalização e demais serviços.

14 SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Este capítulo buscou apresentar a situação dos resíduos sólidos gerados no

Município de Eldorado do Sul com intuito de conhecer a situação atual dos mesmos, para

então avaliar a necessidade de melhorias e propor um novo modelo de gestão de resíduos

sólidos e disponibilizar informações concretizadas de forma a propor planejamentos e

tomadas de ações integradas.

A análise crítica dos dados diagnosticados e prognosticados permite verificar o

comportamento e as “tendências da gestão dos resíduos” em seus principais aspectos, uma

vez que proporciona e evidência:

a) Avaliação e análise de ações e tecnologias de destinação/disposição de resíduos

existentes;

b) Sugestões adicionais para o gerenciamento ambientalmente adequado dos

resíduos sólidos;

c) Metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com

vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final;

d) Incentivo ao beneficiamento dos resíduos sólidos;

e) Ações preventivas e corretivas voltadas à gestão dos resíduos sólidos.

Os critérios usados para a exposição destes elementos levaram em conta a

otimização dos dados obtidos bem como a necessidade de detalhamento dos mesmos,

analisando-se caso a caso.

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14.1 Classificação dos Resíduos Sólidos

A classificação dos resíduos sólidos facilita o tratamento e o destino final adequado

destes. Elas variam de acordo com as suas características, origem, composição, entre

outras, sendo que os mesmos são preconizados pela Lei Federal 12.305 de 2010:

I – quanto à origem: a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas; b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”; d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”,“h” e “j”; e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”; f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS; h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; II – quanto à periculosidade: a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”. Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea “d” do inciso I do caput , se caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal.

14.2 Gerenciamento dos Resíduos Sólidos

A responsabilidade do Município no gerenciamento dos resíduos sólidos é somente

daqueles provenientes de residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de

serviços, e de limpeza pública urbana. A Tabela 31, apresenta a origem e a

responsabilidade pelo gerenciamento do resíduo sólido gerado.

Tabela 31: Responsabilidades. Origem do Resíduo Responsável

Domiciliar Município Comercial Município

Limpeza Pública Município

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Saneamento Básico Gerador/Município Industrial Gerador

Serviços de Saúde Gerador/Município (Unidades de Saúde Pública) Construção Civil Gerador Agrossilvipastoril Gerador

Serviços de Transporte Gerador Mineração Gerador Perigosos Gerador

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

Atualmente, para a execução dos serviços pertinentes ao gerenciamento com os

resíduos sólidos urbanos de responsabilidade do poder público, existem contratos de

prestação de serviços com empresas terceirizadas, conforme demonstrado na Tabela 32.

Tabela 32: Contratos com empresas terceirizadas.

Serviços Prestados Número do Contrato Empresa Responsável

Coleta, transporte e destinação final dos resíduos classes A, B e E, dos Postos de

Saúde Municipais

Contrato n°.

094/2013

AMBIENTUUS TECNOLOGIA AMBIENTAL LTDA

Coleta, transporte e o destino final de quaisquer resíduos ou detritos sólidos

domiciliares regularmente ou esporadicamente dispostos em vias e logradouros públicos, originários de estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços, residenciais e de feiras livres, desde que

acondicionados em recipientes com volume até 100 (cem) litros por estabelecimento

Contrato n°.

054/2014

ENGESA ENGENHARIA E

SANEAMENTO AMBIENTAL LTDA

Serviços Manuais de Limpeza e conservação de próprios públicos (áreas, vias, praças e

prédios)

Contrato n°. 154/2014

ENGESA ENGENHARIA E SANEAMENTO AMBIENTAL LTDA

Coleta, transporte, segregação e destinação dos resíduos diversos recolhidos nos serviços

de limpeza de passeios públicos, áreas verdes, terrenos municipais, obras e

intervenção entre outros

Ata de Registro de

Preços n°.40/2014

ANDRIOTI MINERAÇÃO E SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA – ME

Elaboração de projeto de remediação de área degradada – Fase I e II, do formulário para

remediação de áreas degradadas por disposição de resíduos sólidos urbanos,

construção civil e Saúde da FEPAM – numa área de aproximadamente 02 hectares neste

Município

Contrato n°. 026/2015

GAIA SUL AMBIENTAL PROJETOS ENGENHARIA E CONSULTORIA

LTDA

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

A população do Município possui características socioeconômicas e culturais de

cidades com características urbanas, produzindo um volume heterogêneo de resíduos

sólidos, de origem variada, em atividades diversas no setor produtivo e no setor de

consumo, podendo ser destacados os seguintes resíduos:

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• Resíduos domiciliares;

• Resíduos de limpeza urbana;

• Resíduos sólidos urbanos;

• Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços;

• Resíduos industriais;

• Resíduos de serviços de saúde;

• Resíduos da construção civil;

• Resíduos agrossilvopastoris;

• Resíduos perigosos.

14.3 Resíduos Sólidos – Coleta Convencional

A coleta e transporte consistem nas operações de remoção e transferência dos

resíduos sólidos para um local de armazenamento, processamento ou destinação final. O

objetivo específico da coleta é remover de modo rápido e seguro o resíduo para seu destino

final, evitando problemas estéticos, ambientais e de saúde pública.

Segundo dados disponibilizados pelo Município, atualmente a execução dos serviços

de coleta manual e mecanizada, transporte e destinação final dos resíduos sólidos é

realizada através de Contrato de Prestação de Serviços nº 054/2014 celebrado entre

Município e a empresa Engesa Engenharia e Saneamento Ambiental Ltda, baseados nos

termos do Edital n°. 287/2013, modalidade Pregão Presencial, regidos através das normas

da Lei Federal n° 8.666/93 e suas posteriores alterações.

Conforme o contrato mencionado, o mesmo tem por objetivo a coleta, transporte e

o destino final de quaisquer resíduos ou detritos sólidos domiciliares regularmente ou

esporadicamente dispostos em vias e logradouros públicos, originários de

estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços, residenciais e feiras

livres deste Município desde que acondicionados em recipientes com volume de até 100

(cem) litros por estabelecimento e posteriormente encaminhados ao destino final, em aterro

sanitário ou depósito de reciclagem devidamente licenciados.

14.3.1 Cobertura de Coleta Convencional

Conforme informações disponibilizadas pelo município, a coleta dos resíduos sólidos

abrange aproximadamente 90% da área territorial do Município de Eldorado do Sul. O

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sistema de recolhimento assim como as rotas e frequências, foram definidos previamente

pela municipalidade e são executados pela empresa Engesa Engenharia e Saneamento

Ambiental Ltda. Ressalta-se que a roteiro percorrido é de aproximadamente 19.580 km por

mês, conforme disponibilizado no contrato.

Na Tabela 33 são apresentados os períodos da coleta, assim como seus roteiros

pré-definidos.

Tabela 33: Roteiro da Coleta Convencional. Frequência Roteiro na Sede

Segunda-feira Quarta-feira Sexta-feira

Centro, Centro Novo, Cidade Verde, Chácara, Irga, Residencial

Terça-feira Quinta-feira e Sábado

Sans Souci, Progresso, Sol Nascente, Itaí, Loteamento Popular, Avenida das Indústrias, Picada

Frequência Roteiro Parque e Bom Retiro Segunda-feira;

Sexta-feira Guaíba Country Club

Terça-feira Rincão e Ponche Verde Quarta-feira Assentamentos São Pedro I e São Pedro II

Quinta-feira Bom Retiro, Assentamento Belo Monte, Guaíba City e toda extensão da

BR entre Parque Eldorado e Bom Retiro Fonte: Município de Eldorado do Sul.

14.3.2 Acondicionamento para Transporte

Tradicionalmente os resíduos são acondicionados em sacos plásticos, sacolas

plásticas, embalagens de papel ou papelão, dispostos em lixeiras posicionadas em frente

às residências. Existem lixeiras individuais, lixeiras comunitárias, normalmente dispostas

por quadras/lotes ou em localidades rurais, as quais abrigam os resíduos de várias fontes

geradoras até a coleta, conforme demonstrado na Figura 12 e 19.

Figura 12: Acondicionamento individual.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 13: Acondicionamento coletivo .

Fonte: Empresa Executora.

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No centro da cidade, praças centrais e pontos estratégicos de coleta, encontram-se

lixeiras dispostas, onde ocorre a maior circulação de pessoas, conforme mostram as

Figuras 20 e 21.

Em vários locais foi constatado à disposição inadequada de resíduos, devido à

inexistência de lixeiras, bem como pelo descaso da população (Figuras 22 a 30).

Figura 14: Acondicion amento localizado na área rural – Bom Retiro.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 15: Acondicionamento localizado na área central.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 16: Resíduos dispostos nas vias na área

rural.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 17: Acondicionamento na área central.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 18: Acondicionamento com tampa.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 19: Acondicionamentos insuficientes.

Fonte: Empresa Executora.

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Figura 19: Coletores seletivos rua central.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 20: Coletores seletivos dispostos na

praça.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 21: Resíduos diversos dispostos na Avenida A.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 22: Resíduos diversos dispostos na Avenida Nestor Jardim Filho.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 23: Resíduos volumosos

depositados na rua Irene Santos Tota – Sans Souci

Fonte: Empresa Executora.

Figura 24: Resíduos de construção civil na rua Irene Santos Tota – Sans Souci.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 25: Resíduos diversos dispostos na Avenida A.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 26: Resíduos diversos depositados na Avenida Nestor Jardim.

Fonte: Empresa Executora.

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14.3.3 Campanhas realizadas quanto à coleta convenc ional

Conforme verificado são realizadas campanhas quanto aos resíduos sólidos, através

de mídias, conforme demonstrado nas Figuras 31 e 32.

Figura 27: Resíduos dispostos na rua Lajeado.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 28: Resíduos depositados na rua Lajeado .

Fonte: Empresa Executora.

Figura 29: Resíduos diversos depositados

na Avenida Frederico Warstat.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 30: Campanha quanto a limpeza urbana.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 31: Campanha quanto a coleta.

Fonte: Empresa Executora.

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14.3.4 Transporte

Para o estabelecimento de regras para o transporte e outras etapas do

gerenciamento de resíduos sólidos sujeitos ao plano de gerenciamento específico, devem

ser considerados o disposto na Lei Federal nº 12.305/10 e seu regulamento (Decreto Nº

7.404/10), as normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio

Ambiente) e do SNVS (Sistema Nacional de Vigilância Sanitária), as disposições

pertinentes da legislação federal e estadual, bem como as seguintes normas, entre outras:

• ABNT NBR 10.157/87 – Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projetos,

construção e operação;

• ABNT NBR 10004/04 – Resíduos Sólidos – Classificação;

• ABNT NBR 12.807/93 - Resíduos de serviços de saúde – Terminologia;

• ABNT NBR 12235/04 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos;

• ABNT NBR 13.463/95 – Coleta de resíduos sólidos – Classificação;

• ABNT NBR 7500 – Identificação para o transporte terrestre, manuseio,

movimentação e armazenamento de produtos;

• ABNT NBR 7501 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Terminologia;

• Resolução CONAMA Nº 05/93 – Estabelece normas relativas aos resíduos sólidos;

• Resolução CONAMA nº 307/2002;

• Resolução CONAMA nº 313/2002;

• Resolução CONAMA nº 358/2005;

• Resolução RDC ANVISA nº 306/2004. Conforme estabelecido no contrato de prestação de serviços entre o município e a

empresa Engesa Engenharia e Saneamento Ambiental Ltda., a mesma disponibiliza para

a execução dos serviços 05 (cinco) caminhões, todos em perfeito estado de condições de

uso e trafegabilidade e com ano de fabricação não superior a 05 (cinco) anos. Para cada

caminhão a contratada deverá dispor de 01 (um) motorista e no mínimo 02 (dois)

garis/coletores compatíveis com as funções, bem como ferramentas, utensílios e

equipamentos de segurança obrigatórios. Ainda conforme informações prestadas pelo

município, na coleta convencional para a área central do município 04 (quatro) caminhões

realizam o roteiro, sendo que, 03 (três) realizam a coleta e 01 (um) realizando reforço, e já

para a área rural 01 (um) caminhão realiza toda a coleta.

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14.3.5 Triagem e Transbordo

Segundo informações apresentadas pelo Município, os resíduos coletados através

da coleta convencional são encaminhados diretamente ao aterro sanitário, sem qualquer

tipo de segregação/triagem preliminar, vale mencionar ainda que não existe nenhum tipo

de transbordo dos resíduos coletados.

14.3.6 Destinação Final dos Resíduos da Coleta Conv encional

Os resíduos sólidos urbanos gerados no município de Eldorado do Sul são

encaminhados diretamente para o aterro sanitário da Central de Resíduos do Recreio,

localizado no município de Minas do Leão/RS, sob responsabilidade da Companhia

Riograndense de Valorização de Resíduos S/A, CNPJ nº 03.505.185/0001-84. Salienta-se

que, a central atualmente possui a Licença de Operação nº 4268/2012-DL, para a atividade

de destinação de resíduos sólidos urbanos, através de aterro sanitário, parte integrante da

Central de Resíduos do Recreio. Nas Figuras 33 e 34 são demostradas a operação do

aterro sanitário.

Figura 32: Aterro Sanitário.

Fonte: Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos S/A

Figura 33: Aterro Sanitário.

Fonte: Sil Soluções Ambientais Ltda

14.3.7 Despesas e Receitas com a Coleta Convenciona l

Para os serviços estabelecidos no Contrato de Prestação de Serviços n° 054/2014,

o município despende um valor total de R$ 247.000,00 (duzentos e quarenta e sete mil

reais), sendo R$ 157.358,41 (cento e cinquenta e sete mil, trezentos e cinquenta e oito reais

e quarenta e um centavos), corresponde em recolhimento, R$ 30.480,39 (trinta mil,

quatrocentos e oitenta reais e trinta e nove centavos), corresponde ao transporte e R$

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59.161,20 (cinquenta e nove mim, cento e sessenta e um reais e vinte centavos)

corresponde ao destino final dos resíduos.

No que tange às receitas obtidas com a prestação de serviços de coleta de resíduos

sólidos, o município não apresentou tais informações, contudo foram expostos valores

cobrados para a taxa de “coleta de lixo”, inclusa no IPTU (Imposto Predial e Territorial

Urbano). Conforme estabelecido na Lei Municipal n° 87 de 22 de dezembro de 1989 a qual

consolida a legislação tributária e dá outras providências, na Tabela 34 estão especificados

os valores despendidos da coleta de resíduos.

Tabela 34: Taxa de coleta de resíduos. Taxa de Coleta de Lixo

Centésimos sobre o valor da U.F.M. a) Unidades residenciais, por metro quadrado e por

ano 0,4

b) Comércio e prestação de serviços, por |metro quadrado e por ano

0,6

c) Estabelecimentos industriais e agropecuários por metro quadrado e por ano

0,8

OBS.: A taxa de que trata esta Tabela será cobrada até um limite máximo de 150% do valor da U.F.M.

14.3.8 Composição Gravimétrica dos Resíduos Sólidos

O estudo gravimétrico consiste na análise da composição física de uma amostra de

resíduos, apresenta-se como uma ferramenta essencial para identificar, quantificar e

determinar os diferentes tipos de resíduos sólidos urbanos gerados em uma determinada

região, permitindo assim, a realização de um gerenciamento de resíduos eficaz para a

região estudada.

Durante a realização do diagnóstico, foram marcadas duas datas para a realização

do estudo de composição gravimétrica, porém, o município optou em não realizar o estudo,

justificando a falta de estrutura, logística e pessoal para auxiliar a realização da triagem dos

resíduos.

Devido ao município não ter realizado tal caracterização, bem como não possuir

qualquer estudo gravimétrico, utilizou-se valores estimados do Plano Estadual de Resíduos

Sólidos do Rio Grande do Sul (2014), onde, estima-se que para municípios de até 50.000

habitantes, adota-se como composição média de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) os

seguintes percentuais:

• Matéria Orgânica: 65%;

• Matéria Seco Reciclável: 20% e;

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• Rejeito: 15%.

14.3.9 Quantificação de resíduos sólidos oriundos d a Coleta Convencional

Conforme já abordado, o município de Eldorado do Sul possui uma empresa

terceirizada contratada para a execução dos serviços de destinação de resíduos sólidos

domiciliares e comerciais. Conforme informações apresentadas pelo município, a empresa

contratada realiza a coleta diariamente na área central, utilizando 04 (quatro) caminhões

coletores, já para os Distritos do Parque e Bom Retiro, a empresa disponibiliza 01 (um)

caminhão coletor diariamente.

Quanto à quantidade de resíduos coletados (Kg) na área central e Distritos, o

município apenas disponibilizou a média de Kg coletos/dia/caminhão (referenciais de

quantidade média de 22 de julho de 2015). Nas Tabelas 35 e 36, são demonstradas as

estimativas de resíduos coletados na área urbana. Para a realização do cálculo, utilizou-se

a quantidade média de resíduos (Kg) coletados e multiplicou-se pelo número de caminhões

disponibilizados, assim, gerando a quantidade diária de resíduos coletados.

Tabela 35: Quantidade de resíduos coletados (Kg) - Área Central.

Dias da semana Quantidade média de resíduos (Kg) coletados por caminhão

(Área Central)

Quantidade total de resíduos (Kg) coletados (Área Central)

Segunda-feira 7.300 29.200 Terça-feira 6.400 26.600 Quarta-feira 5.400 21.600 Quinta-feira 5.400 21.600 Sexta-feira 5.600 22.400

Sábado 4.700 18.800 TOTAL 34.800 140.200

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

Tabela 36: Quantidade de resíduos coletados (Kg) - Distritos.

Dias da semana Quantidade de resíduos (Kg) coletados nos Distritos do Parque e Bom Retiro

Segunda-feira 4.400 Terça-feira 5.000 Quarta-feira 6.200 Quinta-feira 5.640 Sexta-feira 5.440

Sábado 2.800 TOTAL 29.480

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

A partir das informações disponibilizadas referentes à quantidade de resíduos

coletados, estimou-se a geração per capita de resíduos sólidos domésticos e comerciais no

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município de Eldorado do Sul, considerando que a área central possui uma população de

30.278 habitantes e a geração de 20.028,54 Kg/dia de resíduos, chegou-se a uma

estimativa de 0,661Kg/hab./dia, conforme demonstrado na Tabela 37.

Tabela 37: Estimativa de geração de resíduos para a área central. Geração per capita (Resíduos/hab./dia) Média/dia (Kg) Média/mês (Kg)

0,661 20.028,54 600.856,20 Fonte: Empresa Executora.

Para os Distritos do Parque e Bom Retiro, a geração per capita de resíduos sólidos

domésticos é de 0,602 kg/hab./dia, conforme demonstrado na Tabela 38.

Tabela 38: Estimativa de geração de resíduos para o s Distritos do Parque e Bom Retiro. Geração per capita (Resíduos/hab./dia) Média/dia ( Kg) Média/mês(Kg)

0,602 4.211,42 126.342,60 Fonte: Empresa Executora.

Portanto, estima-se que para a população urbana do município de Eldorado do Sul

(somadas à área central e os Distritos do Parque e Bom Retiro) a geração per capita de

resíduos sólidos urbanos é de 0,631 Kg/hab./dia. Já para a área rural, por ausência de

dados, adotou-se como geração “per capita” 0,650 Kg/hab./dia, valor extraído do Plano

Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (2014).

14.4 Resíduos Sólidos Domiciliares – Coleta Seletiv a

Conforme informações apresentadas pelo município e diagnosticadas pela equipe

técnica, o município não realiza coleta seletiva dos resíduos sólidos domiciliares.

14.5 Catadores Informais e Inclusão Social

A fase de segregação é muito mais eficiente e se torna muito melhor em termos de

saneamento e sanidade das condições de trabalho, quando ocorre qualquer tipo de

segregação preliminar na fonte. Ou seja, começa nas residências unifamiliares a

necessidade de separar os materiais secos ou recicláveis, dos resíduos orgânicos ou restos

de alimentos, provenientes da preparação de refeições ou do descarte das sobras de

alimentação. Deste modo, há necessidade do desenvolvimento de programas de educação

ambiental em caráter constante em no Município de Eldorado do Sul, inclusive com

ampliação dos programas existentes.

A Lei Federal n° 12.305/2010 sobre resíduos urbanos tem uma peça chave: o

trabalho dos catadores. Eles são essenciais para o fim dos lixões e a implantação da coleta

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seletiva dos Municípios o que significa menos poluição e mais geração de renda. Ao

reforçar o aspecto social, a Lei prioriza a participação dos catadores, pois estes são aliados

das empresas nas ações para reciclagem.

Por séculos marginalizados, a existência dos catadores foi enfrentada com

preconceito além de viverem em condições precárias. A realidade está mudando, esses

trabalhadores ganham valor e reconhecimento perante a sociedade. Os catadores foram

reconhecidos pela nova Lei brasileira como agentes da gestão do lixo, isso significa que

sua participação deve ser priorizada pelos Municípios.

Atualmente, existem em torno de 1 (um) milhão de catadores no Brasil, conforme

Gráfico 3, mas os cooperados representam uma pequena parte. Para que a Lei seja

cumprida, a atual produção das cooperativas precisará ser triplicada e centrais para triagem

de resíduos deverão ser criadas.

Gráfico 3: Apresenta o número de catadores no Brasi l.

*Autônomos e cooperativas (Fonte: Adaptado de Cempr e).

O esforço já está sendo empreendido e requer poder de articulação, a fim de chegar

a modelos inteligentes e eficientes, em parceria com o setor público e privado, sendo

primordial a capacitação dos catadores para o desempenho de suas funções, que exige o

conhecimento sobre os métodos de separação e acondicionamento dos materiais. O

objetivo da nova Lei é aumentar a escala da reciclagem, com efeitos positivos para o meio

ambiente e para a geração de renda.

Portanto, é necessário prestar apoio institucional, preferencialmente de uma forma

oficial, que pode ser determinada no Município em função de seu histórico, através de

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promulgação de Lei ou mesmo através de um pacto de concertação social permanente e

reconhecido por todas as partes interessadas (“stakeholders”) envolvidas direta ou

indiretamente com a situação de coleta seletiva, segregação e comercialização ou logística

reversa conforme preconizam os Arts. 30 e 33 da Lei nº 12.305/2010, que estabelece a

Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Conforme verificado em visita técnica no município existem catadores informais,

realizando a coleta de materiais recicláveis. Esta situação é bastante preocupante visto

que, nestes casos, os catadores acabam fazendo a triagem e estocando os materiais em

suas próprias residências, em condições e locais impróprios para tal atividade. De acordo

com o município, o mesmo não possui controle ou cadastro do número de catadores e/ou

cooperativas de reciclagem.

Podemos descrever que se trata de uma massa de trabalhadores, excluída

socialmente, cuja cidadania se perdeu nas ruas, nos rejeitos dos lixões e na necessidade

de sobrevivência. No entanto, são muitos os benefícios que os catadores trazem para as

cidades, entre os quais:

• Redução dos gastos com limpeza pública;

• Coleta e encaminhamento dos materiais para as indústrias de reciclagem;

• Geração de empregos;

• Redução da quantidade de resíduos sólidos enviados aos aterros sanitários;

• Preservação do planeta por meio da poupança de recursos naturais, dentre outros.

14.6 Resíduos de Limpeza Urbana

Os serviços de limpeza urbana são realizados através de empresa Engesa

Engenharia e Saneamento Ambiental Ltda, o qual possui responsabilidade pela limpeza e

conservação de áreas, vias, praças, e prédios públicos do município.

Conforme contrato de prestação de serviços n°. 154/2014, a empresa contratada

presta serviços manuais de limpeza e conservação de acordo com a Tabela 39.

Tabela 39: Informações quanto aos serviços de Limpe za urbana. Unidade Especificação Estimativa Mensal

Metro quadrado

Limpeza, varrição, roçada e capina de prédios públicos

3.000 m²

Metro quadrado

Limpeza, varrição, roçada, capina, conservação de áreas públicas

30.000 m²

Metros Varrição manual de vias públicas 24.000 m Quilômetros Raspagem e capina manual de vias públicas 15.000 km

Metros Roçada mecanizada de calçadas 30 (trinta)

centímetros a contar da guia 7.200 m

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Metros Pintura de guias com cal (pedras e postes) 10.000 m

Unidade Limpeza e desobstrução de bocas de lobo e pinturas

de tampas de boca de lobo com cal 100 unid.

Fonte: Município de Eldorado do Sul. 14.6.1 Acondicionamento e Armazenamento dos Resíduo s de Limpeza Urbana

Os resíduos gerados durante os processos de corte de grama, varrição, raspagem,

capina, limpeza de áreas são acondicionados em sacos de lixos ou são recolhidos por

carrinhos de mão. Já os resíduos com maior volume, resultantes dos processos de

roçagens e poda são depositados no meio fio das calçadas e posteriormente recolhidos

pela empresa contratada, conforme demonstrado nas Figuras 35 a 38.

Figura 34: Resíduos de podas, depositados na calçada.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 35: Resíduos de varrição.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 36: Resíduos de podas.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 37: Resíduos de varrição e poda.

Fonte: Empresa Executora.

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14.6.2 Destinação Final dos Resíduos de Limpeza Urb ana

De acordo com dados fornecidos pelo município, o mesmo possui contrato com a

empresa Andriotti Mineração e Soluções Ambientais Ltda – ME, através da Ata de Registro

de Preços n°. 40/2014 para os serviços de coleta, transporte, segregação e destinação final

dos resíduos diversos recolhidos nos serviços de limpeza de passeios públicos, áreas

verdes, terrenos municipais, obras e intervenção, entre outros.

O empreendimento possui Licença de Operação nº 073/2015, contando com as

seguintes áreas: central de recebimento de resíduos de poda (150m²), Central de

recebimento, triagem e armazenamento provisório de resíduos sólidos urbanos (180m²),

refeitório, sanitários e cozinha para os funcionários.

A empresa exerce a atividade de central de recebimento de resíduos de poda e

central de triagem e armazenamento provisório de resíduos Classe II B (Tabela 40),

gerando resíduos sólidos de eminente impacto ambiental.

Tabela 40: Ramo das atividades.

CODRAM RAMO DA ATIVIDADE POTENCIAL POLUIDOR

3541,12 Central de recebimento de resíduos de poda Baixo 3544,22 Central de Triagem de RSCC Baixo

3545,00 Classificação/seleção de resíduo sólido urbano (inclusive

transbordo) Médio

Nas Figuras 39 a 41 é demonstrado a central de resíduos, com os locais de

recebimento e deposito. Pode-se verificar que no local encontram-se resíduos de várias

origens. Contudo, na Licença de Operação 073/2015, consta que deverá ser realizada

operações no Pavilhão 01 denominado Central de recebimento de resíduos de poda, para

trituração, Pavilhão 02 denominado Central de recebimento, triagem e armazenamento

provisório de resíduos sólidos urbanos, Pavilhão 03 Alojamento, Refeitório, Sanitários e

cozinha para os funcionários.

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Figura 38: Vista panorâmica da Central de Resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 39: Pavilhão da triagem.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 40: Pavilhão de triagem .

Fonte: Empresa Executora.

Conforme mencionado na Licença de Operação, após, a realização da segregação,

os resíduos são destinados para empresas licenciadas, de acordo com o tipo de resíduo.

Contudo, durante as visitas técnicas foi possível verificar a disposição final

inadequada dos resíduos dos serviços de limpeza urbana, em áreas impróprias, sem o

devido licenciamento ambiental, conforme demonstrado nas Figuras 42 e 43.

14.6.3 Despesas e Receitas com os Serviços de Limpe za Urbana

Figura 41: Resíduos de limpeza urbana – Verdes.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 42: Resíduos de limpeza urbana , junto com os resíduos da construção civil.

Fonte: Empresa Executora.

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Pela prestação dos serviços de limpeza, varrição, roçada, capina de prédios

públicos, conservação de áreas públicas, raspagem de vias públicas, pintura de guias com

cal (pedras e postes), limpeza e desobstrução de bocas de lobo e pinturas de tampas de

boca de lobo com cal são cobrados valores unitários (Tabela 41) de acordo com o serviço

prestado pela empresa terceirizada, conforme o contrato de prestação de serviços

nº154/2014.

Tabela 41: Custos com os serviços. Serviço Unidade Valor Unitário

Limpeza, varrição, roçada e capina de prédios públicos m² R$ 2,41

Limpeza, varrição, roçada, capina e conservação de praças e áreas públicas

m² R$ 0,20

Varrição manual de vias públicas m R$ 0,26 Raspagem e capina manual de vias públicas km R$ 0,36

Roçada mecanizada de calçadas 30 cm a contar da guia

m R$ 0,71

Pintura de guias com cal m R$ 0,36 Limpeza e desobstrução de bocas de lobo e pintura

das tampas de boca de lobo com cal unid R$ 24,18

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

Na Tabela 42 é demonstrada a taxa de limpeza de vias e logradouros públicos,

estabelecida na Lei nº 87, de 22 de dezembro de 1989, a qual consolida a legislação

tributária do município, estabelecendo o código tributário municipal e dá outras

providências.

Tabela 42: Taxa pelos serviços de limpeza pública. TAXA DE CONSERVAÇÃO E LIMPEZA DE VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS

Centésimos sobre o valor da U.F.M. a) Por metro linear de testada de imóvel beneficiado pelo serviço 2%

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

14.7 Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Pres tadores de Serviços

Conforme preconiza a Lei Federal n°12.305/2010, os gerados de resíduos de

estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços são: os gerados nessas atividades,

exceto os resíduos de limpeza urbana, os resíduos dos serviços públicos de saneamento

básico, os resíduos de serviços de saúde, os resíduos da construção civil e os resíduos

agrossilvopastoris.

A Lei Federal nº11.445/2007, estabelece: “Art. 6º. O lixo originário de atividades

comerciais, industriais e de serviços cuja responsabilidade pelo manejo não seja atribuída

ao gerador pode, por decisão do poder público, ser considerado resíduo sólido urbano”.

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Os resíduos gerados em estabelecimentos comerciais, tais como lojas e escritórios,

são geralmente similares aos resíduos domiciliares, constituem-se de papel, embalagens

plásticas, restos de comida, papel higiênico entre outros. Segundo a Lei Federal nº.

12.305/2010, em seu Art. 13° Parágrafo único, os resíduos comerciais e de prestação de

serviços não perigosos podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser

equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal.

Portanto, para os estabelecimentos considerados pequenos geradores, a coleta é

realizada pelo serviço público, desde que as características e a quantidade sejam

compatíveis com os resíduos de origem domiciliar. Na Tabela 43 e Figuras 44 a 47 são

demonstrados alguns estabelecimentos existentes no Município, no entanto, não foi

possível averiguar a quantidade gerada nos estabelecimentos, uma vez que o manejo é

feito juntamente com os resíduos urbanos, e também não há exigência para que os

estabelecimentos informem as quantidades produzidas.

Tabela 43: Estabelecimentos Comerciais e Prestadore s de Serviço ESTABELECIMENTOS CNPJ

BAZAR DE MIUDESAS MP LTDA 92.538.172/0001-31 DECARLI COM E REPRES COMERCIAIS 89.838.239/0001-49

TOTENS BAR E LANCHERIA 92.176.502/0001-96 J L DOS SANTOS DIAS MINIMERCADO-ME 93.694.669/0001-01

MINI MERCADO E SORVETERIA TRINDADE LTDA 93.761.716/0001-92 MINI MERCADO NOSSA SRA NAVEGANTES LTDA 93.715.134/0001-70

SUPERMERCADO CODEBAL LTDA - ME 94.002.136/0001-84 MINI MERCADO KORPALSKI LTDA 92.553.379/0001-85

MINI MERCADO PARQUE DAS ACACIAS LTDAME 94.213.527/0001-48 SUPERMERCADO ELDORADO LTDA 94.921.822/0001-59

JOSÉ VALMOR DA SILVA MINIMERCADO 97.154.298/0001-26 SUPERMERCADO VITÓRIA LTDA 94.394.962/0001-16

OMAR D OLIVEIRA MINI MERCADO ME 209.116.700-25 051 MARCO AURELIO S.DE ALMEIDA MINIMERCADO 04.572.391/0001-70

NELSON H. C. DE MELLO MINIMERCADO-ME 04.505.374/0001-10 KSL MINIMERCADO LTDA 08.503.348/0001-03

RESTAURANTE MENEGHINI LTDA 87.282.992/0001-75 RESTAURANTE E CHURRASCARIA CORREA LTDA 90.827.478/0001-82

BIG KAPE RESTAURANTE E LANCHERIA LTDA 01.662.331/0001-50 RESTAURANTE E LANCHERIA PONTO 140 LTDA 07.831.228/0001-72

TOTENS BAR E LANCHERIA 92.176.502/0001-96 LANCHERIA IPIRANGAO LTDA 92.587.229/0001-92

LANCHERIA JACUI LTDA 09.175.645/2000-15 LANCHERIA PONTO DEZ LTDA 00.206.440/0001-08

JANETE TERESINHA DE SOUZA LANCHERIA 02.230.567/0001-80 LANCHERIA MOCEVALE LTDA 02.919.501/0001-00

SILVIO FERNANDES DE LIMA LANCHERIA - ME 03.862.918/0001-38 CESAR VILSON DA SILVA LANCHERIA 07.075.623/0001-72

SBARDELOTTO & SBARDELOTTO LANCHERIA LTDA 09.431.346/0001-19 JERRI ISRAEL DE SOUZA LANCHERIA 10.315.565/0001-11

BAZAR DE MIUDESAS MP LTDA 92.538.172/0001-31 MARILENE DE SOUZA BAZAR ME 01.508.971/0001-00

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BAZAR LEMARK LTDA 68.789.270/0001-67 BAZAR BENDER SCCOTT LTDA 94.806.676/0001-10 BAZAR D PRESENTS LTDA ME 03.899.643/0001-07

CRISTIANE MACHADO DA SILVABAZAR 04.073.711/0001-47 ARTESANATO E BAZAR PEREZ LTDA 07.405.604/0001-67

ZELINA M BASTOS BAZAR - ME 89.554.752/0001-08 ELDORADENSE METAL MECANICA LTDA 01.712.762/0001-83

ELETRO MECANICA LUVICIR LTDA 05.829.492/0001-46 PADARIA E CONFEITARIA TIA BINA LTDA 94.110.293/0001-03

PADARIA SAO ROQUE LTDA 00.210.100/0001-42 JOSE SIMON PADARIA 05.010.164/0001-13

Fonte: Município de Eldorado do Sul

14.7.1 Acondicionamento dos resíduos provenientes d os estabelecimentos

comerciais

Os estabelecimentos comerciais utilizam contentores e/ou lixeiras, em frente aos

seus estabelecimentos, normalmente os acondicionamentos não são suficientes para o

volume de resíduos, que acabam sendo depositados diretamente na calçada.

Figura 43: Lancheria.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 44: Padaria.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 45: Mercado.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 46: Malharia.

Fonte: Empresa Executora.

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Atualmente os resíduos são dispostos nas lixeiras nas vias públicas, a empresa

realiza a coleta, a não ser que sejam tipos de resíduos não similares aos domésticos.

14.7.2 Coleta e destinação final dos resíduos dos e stabelecimentos comerciais

A coleta e destinação final dos resíduos similares aos domiciliares que são gerados

por comércios e prestadores de serviços são realizadas juntamente com os resíduos da

coleta convencional.

Destacando que algumas empresas, que possuem um volume maior de resíduos

recicláveis, tais como papelão, plásticos e isopor, realizam venda ou doação a terceiros

para reciclagem.

14.7.3 Despesas e receitas com os resíduos dos esta belecimentos comerciais

Os custos da gestão pública perante a coleta e destinação final dos resíduos de

atividades comerciais são contemplados nos custos totais do manejo de resíduos urbanos,

porém não há estimativa do volume que isto representa nos gastos públicos. É necessário

criar regras quanto aos limites da responsabilidade do poder público na gestão destes

resíduos, impondo quantidades de resíduo a partir das quais o gerador deve custear o

manejo.

14.8 Resíduos da Construção Civis (RCC) e Resíduos Volumosos

Conforme a Resolução nº 448 de 18 de janeiro de 2012 do Conselho Nacional do

Meio Ambiente (CONAMA), a qual altera os Artigos. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10º e 11º da

Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, que estabelece diretriz, critérios e procedimentos

para a gestão de RCC, é a medida mais concreta existente no sentido de estimular um

gerenciamento adequado e diferenciado dos resíduos. A partir desta resolução, ficou

estabelecido que os geradores de entulho devessem ter como objetivo prioritário a não

geração de resíduos e, caso não seja possível, a redução, reutilização, reciclagem e a

destinação final.

Os resíduos da construção civil são classificados da seguinte forma (Resolução nº

448/12):

I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

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a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras; II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso; (redação dada pela Resolução n° 431/11). III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação; (redação dada pela Resolução n° 431/11). IV - Classe D - são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. (redação dada pela Resolução n° 348/04).

Conforme a Resolução nº 448 de 18 de janeiro de 2012, os geradores deverão ter

como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a

reutilização, a reciclagem, o tratamento dos resíduos sólidos e a disposição final

ambientalmente adequada dos rejeitos, na qual se ressalta que os resíduos da construção

civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos sólidos urbanos, tampouco em áreas

de "bota fora", em encostas, corpos d'água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei, ou

seja, deverão ter o correto gerenciamento.

No Art. 5º da Resolução, é instituído que o instrumento para a implementação da

gestão dos resíduos da construção civil é o Plano Municipal de Gestão de Resíduos da

Construção Civil, a ser elaborado pelos Municípios e pelo Distrito Federal, em consonância

com o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

Segundo a Resolução 448/12, os Planos Municipais de Gestão de Resíduos da

Construção Civil deverão constar:

I - as diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbana local e para os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil a serem elaborados pelos grandes geradores, possibilitando o exercício das responsabilidades de todos os geradores; (nova redação dada pela Resolução 448/12) II - o cadastramento de áreas, públicas ou privadas, aptas para recebimento, triagem e armazenamento temporário de pequenos volumes, em conformidade com o porte da área urbana municipal, possibilitando a destinação posterior dos resíduos oriundos de pequenos geradores às áreas de beneficiamento; III - o estabelecimento de processos de licenciamento para as áreas de beneficiamento e reservação de resíduos e de disposição final de rejeitos; IV - a proibição da disposição dos resíduos de construção em áreas não licenciadas; V - o incentivo à reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no ciclo produtivo; VI - a definição de critérios para o cadastramento de transportadores;

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VII - as ações de orientação, de fiscalização e de controle dos agentes envolvidos; VIII - as ações educativas visando reduzir a geração de resíduos e possibilitar a sua segregação.

Os grandes geradores deverão elaborar seus Planos de Gerenciamento de

Resíduos da Construção Civil e terão como finalidade constituir os procedimentos

necessários para o manejo e destinação ambientalmente adequados dos resíduos.

Na Resolução 448/12 fica estabelecido o prazo máximo de doze meses, a partir da

publicação para que os municípios e o Distrito Federal elaborem seus Planos Municipais

de Gestão de Resíduos de Construção Civil, que deverão ser implementados em até seis

meses após a sua publicação.

Quanto aos resíduos volumosos, os quais são constituídos basicamente por

materiais volumosos, tais como móveis e equipamentos domésticos inutilizados, grandes

embalagens e peças de madeira e outros assemelhados não provenientes de processos

industriais (NBR 15112:2004), podemos destacar que, o Município possui contrato, através

da Ata de Registro de Preços n°. 40/2014 com a empresa Andriotti Mineração e Soluções

Ambientais Ltda – ME, para a coleta, transporte, triagem e destinação final de resíduos

diversos recolhidos nos serviços de limpeza de passeios públicos, áreas verdes, terrenos

municipais, obras e intervenções, inclusive da construção civil.

Em Eldorado do Sul, não há informações quali-quantitativas da geração desse tipo

de resíduo, mas segundo informações do município é gerado aproximadamente 1.600m³

desses resíduos mensalmente. Nas Figuras 48 a 54 são apresentados resíduos volumosos,

assim como, de construção civil depositados em locais irregulares.

Figura 47: Resíduos diversos depositados na Avenida Nestor Jardim.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 48: Resíduos diversos dispostos na Avenida A.

Fonte: Empresa Executora

Figura 49: Resíduos volumosos depositados na rua Irene Santos Tota – Sans Souci

Figura 50: Resíduos diversos dispostos na Avenida A.

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Na Tabela 44 é demonstrado um roll de estabelecimentos existentes no Município,

envolvendo os resíduos da construção civil, já nas Figuras 55 e 56 são ilustrados exemplos

de grande e pequeno geradores de resíduos.

Tabela 44: Estabelecimentos geradores de resíduos d a construção civil e volumosos ESTABELECIMENTOS CNPJ

BASE COMERCIO E IND DE CONSTRUCAO CIVIL 87.996.179/0001-67

Fonte: Empresa Executora.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 51: Resíduos de construção civil na rua Irene Santos Tota – Sans Souci.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 52: Resíduos diversos depositados na Avenida Frederico Warstat

Fonte: Empresa Executora.

Figura 53: Resíduo da construção civil na rua Irene Santos Tota – Sans Souci.

Fonte: Empresa Executora.

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CONSTRUCAO CIVIL E TRANSPORTE ELDOSUL 02.937.391/0001-09 KL CONSTRUCAO E REFORMAS LTDA 000.000.000-00 0

BASE COMERCIO E IND DE CONSTRUCAO CIVIL 87.996.179/0001-67 COMERCIAL DE CONSTRUCAO ITAI LTDA 90.519.927/0001-25

RAMOS MATERIAIS P CONSTRUCOES LTDAME 93.048.437/0001-86 CONSRIG CONSTRUTORA RIOGRANDENSE LTDA 93.709.715/0001-07

CONSTRUTORA SEBBEN LTDA 09.277.932/1000-15 TEKNOBRA CONSTRUCOES INSTL E SERV LTDA 93.575.439/0001-23

PRANA COM DE MAT P CONSTRUCOES LTDA 94.329.620/0001-12 ELSUL CONSTRUCOES LTDA 94.224.904/0001-44

ARVOREDO MATERIAIS DE CONSTRUCOES LTDA 94.410.099/0001-43 CONSTRUTORA GRESWELL LTDA 87.125.811/0001-05

ACG CONSTRUCOES LTDA 92.544.782/0001-48 CONSTRUTORA MEDAGLIA BINS ELY LTDA 91.632.687/0001-33

GABRIELLE REPRESENTAC MATERIAIS CONSTRUC 93.892.289/0001-81 MARLU CONSTRUCOES E REFORMAS LTDA 01.403.999/0001-82

CONSTRUCAO CIVIL E TRANSPORTE ELDOSUL 02.937.391/0001-09 W L V LAZZARI CONSTRUCOES LTDA 03.034.633/0001-09

AGARP CONSTRUCOES LTDA 03.541.735/0001-10 CONSTREL CONSTRUCOES LTDA 03.611.110/0001-88 CONSTRUTORA PINENGE LTDA 04.297.393/0001-06

REVESTSUL MATERIAIS DE CONSTRUCAO LTDA 04.470.479/0001-80 A J CONSTRUCOES REFORMAS LTDA 04.859.213/0001-24

MPM ENGENHARIA E CONSTRUCOES LTDA 91.135.640/0001-64 CONSTRUTORA LONIMAR LTDA 08.227.575/0001-53 J.O.N DA SILVA CONSTRUCOES 08.457.032/0001-22

RAABE ENGENHARIA E CONSTRUCOES LTDA 00.345.370/0001-60 BRASILGROUP, CONSTRUCOES ELETRICAS & SER 11.556.211/0001-21

CONSTRUTORA OLECRAM LTDA 11.418.117/0001-06 ERGO SA CONSTRUCAO E MONTAGEM 76.535.897/0001-10

Fonte: Município de Eldorado do Sul

Figura 54: Exemplo de grande gerador localizado no município.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 55: Exemplo de pequeno gerador localizado no

município.

Fonte: Empresa Executora.

14.8.1 Destinação Final

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Segundo informações apresentadas pelo município, os resíduos volumosos, assim

como, os da construção civil, são coletados pela empresa Andriotti Mineração e Soluções

Ambientais Ltda – ME, a qual realiza a destinação final destes resíduos.

14.8.2 Despesas e receitas com resíduos da construç ão civil e volumosos

Conforme a Ata de Registro de Preços nº. 40/2014, o município paga a contratada

os seguintes valores para a coleta, transporte, triagem e destinação final, como pode ser

visualizado na Tabela 45.

Tabela 45: Despesas com resíduos da construção civi l e volumosos Quantidade Descrição Valor unitário (R$)

27.600 Coleta 54,09 27.600 Transporte 22,02 27.600 Triagem e destinação final 52,83

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

14.9 Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS)

Os resíduos de hospitais, laboratórios, postos de saúde, unidades de veterinárias,

clínicas ou serviços de saúde em geral merecem uma atenção especial em um Programa

Integrado de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde.

A destinação dos resíduos advindos dos serviços de saúde pública é incumbência

do Município, que por sua vez possui contrato de Prestação de Serviços 094/2013 com a

empresa Ambientuus Tecnologia Ambiental Ltda.

De acordo com o contrato de prestação de serviços, em sua cláusula primeira, a

contratada presta ao contratante, os serviços de coleta, transporte e destinação final dos

resíduos Classes A, B e E, dos postos Municipais com fornecimento de mão-de-obra.

Cabe destacar que, o contrato ora em vigor rege-se, pelo Termo de Referência

elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde, onde na descrição dos serviços, estipula a

prestação dos serviços de coleta, transporte e destinação final dos resíduos Classes A, B

e E, do Posto de Saúde Central, Posto Loteamento, Posto Sans Souci, Posto Picada, Posto

Distrito, Posto Bom Retiro, Posto Progresso e Almoxarifado da Secretaria de Saúde do

Município de Eldorado do Sul. Na Tabela 46, é apresentada a localização dos postos assim

como os tipos de resíduos.

Tabela 46: Postos de Saúde, localizados no municípi o. Local da Coleta Tipo de Resíduo Recipientes

Posto Central Classe I, Grupos A e E 9 Recipientes de 200 litros

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rua Batovira José Rodrigues, n°. 52, Centro Almoxarifado

avenida Mário Ribeiro, n° 305, Centro Classe I, Grupo B

1 Recipiente de 100 litros

Posto Loteamento avenida Antônio Mariante, n° 301, Loteamento

Classe I, Grupo A e E

1 Recipiente de 200 litros e 1 Recipiente de 100 litros

Posto Sans Souci rua Milton Guerreiro, n°. 130 Sans Souci

Classe I, Grupo A e E

2 Recipiente de 200 litros

Posto Distrito rua Luz da Criança, n°. 485, Bom Retiro

Classe I, Grupo A e E

2 Recipiente de 200 litros

Posto Bom Retiro rua Pedro Rabelo César n°, 63, Bom Retiro

Classe I, Grupo A e E

1 Recipiente de 200 litros e 1 Recipiente de 100 litros

Posto Picada rua Martinho Poeta, n°. 1870, Picada

Classe I, Grupo A e E

1 Recipiente de 200 litros e 1 Recipiente de 100 litros

Posto Progresso Estrada do Conde, n°. 585, Progresso

Classe I, Grupo A e E

1 Recipiente de 100

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

14.9.1 Frequência e quantidade coletada dos resíduo s de serviços de saúde

As coletas são efetuadas periodicamente, conforme segue apresentado na Tabela

47, já quanto às quantidades coletadas, não há tal informação, pois, os serviços contratados

correspondem pela coleta periódica, e não pelo volume gerado.

Tabela 47: Frequência da coleta dos resíduos dos se rviços de saúde. Local da Coleta Frequência

Posto Central rua Batovira José Rodrigues , n°. 52, Centro

Semanal

Almoxarifado avenida Mário Ribeiro, n° 305, Centro

Mensal

Posto Loteamento avenida Antônio Mariante, n° 301, Loteamento

Semanal

Posto Sans Souci rua Milton Guerreiro, n°. 130 Sans Souci

Semanal

Posto Distrito rua Luz da Criança, n°. 485, Bom Retiro

Quinzenal

Posto Bom Retiro rua Pedro Rabelo César n°, 63, Bom Retiro

Mensal

Posto Picada rua Martinho Poeta, n°. 1870, Picada

Quinzenal

Posto Progresso Estrada do Conde, n°. 585, Progresso

Semanal

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

14.9.2 Acondicionamento

Cabe ao município a responsabilidade pelo correto acondicionamento dos resíduos

advindos das unidades de saúde públicas, até a coleta desses resíduos pela empresa

contratada.

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Conforme diagnosticado nas visitas técnicas, em algumas unidades de saúde foram

encontradas deficiências, as quais seguem na Tabela 48 e podem ser demonstradas nas

Figuras 57 a 95.

Tabela 48: Deficiências no acondicionamento dos res íduos de saúde

Postos de Saúde Deficiências

Posto Central rua Batovira José Rodrigues, n°.

52, Centro

Sem placa de sinalização no local de armazenamento das bombonas; Não há identificação nos acondicionamentos de resíduos;

Posto Loteamento avenida Antônio Mariante, n°

301, Loteamento

Local de armazenamento das bombonas em condições precárias e sem placa de sinalização no local;

Utilização de acondicionamentos inadequados (ex: caixa de papelão); Não há identificação nos acondicionamentos internos de resíduos;

Posto Sans Souci rua Milton Guerreiro, n°. 130

Sans Souci

Não há identificação nos acondicionamentos internos de resíduos; Local de armazenamento das bombonas encontra-se em condições

precárias, não há uma parte do telhado; Sem placa de sinalização no local de armazenamento das bombonas;

Posto Distrito rua Luz da Criança, n°. 485,

Bom Retiro

Não há identificação nos acondicionamentos internos de resíduos; Sem placa de sinalização no local de armazenamento das bombonas;

Posto Bom Retiro rua Pedro Rabelo César n°, 63,

Bom Retiro

Não há identificação nos acondicionamentos internos de resíduos; Local do armazenamento das bombonas é inadequado, encontram-se

na área externa do Posto de Saúde, a céu aberto, expostas a intempéries da natureza e qualquer pessoa pode ter acesso;

Posto Picada rua Martinho Poeta, n°. 1870,

Picada Segundo informações do município, o posto de saúde foi interditado;

Posto Progresso Estrada do Conde, n°. 585,

Progresso

Não há identificação nos acondicionamentos internos de resíduos; Local de armazenamento das bombonas encontra-se em condições

precárias, não há uma parte do telhado; Sem placa de sinalização no local de armazenamento das bombonas;

Almoxarifado avenida Mário Ribeiro, n° 305,

Centro Carência na organização do local;

POSTO BOM RETIRO Figura 56: Faixada da unidade de saúde .

Fonte: Empresa Executora.

Figura 57:Acondicionamento localizado no interior do Posto.

Fonte: Empresa Executora.

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Figura 58: Acondicionamento para resíduo perfurocortante.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 59: Acondicionamento.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 60: Bombonas localizadas na área externa do Posto de Saúde, a céu aberto,

expostas a intempéries da natureza.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 61: Bombonas em local inadequado.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 62: Bombonas em locais de livre acesso.

Fonte: Empresa Executora.

POSTO CENTRAL Figura 63: Vista frontal do posto de saúde.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 64: Acondicionamento dos resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 65: Acondicionamento para resíduo perfurocortante.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 66: Acondicionamento de resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 67: Armazenamento das bombonas, em local adequado, porém sem placa de

sinalização.

POSTO DISTRITO

Figura 68: Vista frontal da unidade de saúde.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 69: Acondicionamento de resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 70: Acondicionamento de resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 71: Acondicionamento localizado na entrada do posto de saúde.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 72: Armazenamento das bombonas em local adequado, porém sem sinalização.

Fonte: Empresa Executora.

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Fonte: Empresa Executora.

POSTO LOTEAMENTO

Figura 73: Vista frontal do posto de saúde.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 74: Acondicionamento inadequado de resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 75: Acondicionamento de resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 76: Acondicionamento para resíduo perfurocortante.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 77: Acondicionamento para resíduo perfurocortante.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 78: Armazenamento das bombonas de resíduos, local em condições precárias.

Fonte: Empresa Executora.

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Obs: Os Postos de Saúde de Progresso e Sans Souci, utilizam o mesmo local de armazenamento das bombonas.

Obs: Os Postos de Saúde de Progresso e Sans Souci, utilizam o mesmo local de armazenamento das bombonas.

Figura 79: Local sem sinalização.

Fonte: Empresa Executora.

POSTO PROGRESSO

Figura 80: Faixada da unidade de saúde.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 82: Acondicionamento de resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 81: Acondicionamento de resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 82: Local de armazenamento das bombonas.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 83: Local de armazenamento das bombonas em condições precárias, arte do

telhado quebrado.

Fonte: Empresa Executora.

POSTO SANS SOUCI Figura 84: Vista frontal da unidade de saúde. Figura 85: Acondicionamento de resíduos.

ALMOXARIFADO

Figura 90: Vista frontal do almoxarifado. Figura 91: Armazenamento de equipamentos inutilizados.

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Fonte: Empresa Executora.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 86: Acondicionamento de resíduos

Fonte: Empresa Executora.

Figura 87: Acondicionamento para resíduo perfurocortante.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 88: Bombonas de acondicionamento de resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 89: Vista do local de armazenamento das bombonas.

Fonte: Empresa Executora.

Fonte: Empresa Executora.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 92: Armazenamento de equipamentos inutilizados.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 93: Armazenamento de materiais para serem distribuídos nas unidades de saúde.

Fonte: Empresa Executora.

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14.9.3 Sistema de tratamento e destinação final dos resíduos de serviços de saúde

Conforme mencionado o município possui contrato de prestação de serviços

nº.094/2013 com a Ambientuus Tecnologia Ambiental Ltda. Os resíduos do Grupo A e E

coletados nos estabelecimentos públicos de saúde são transportados para a Unidade de

Tratamento Térmico e Armazenamento Temporário da empresa Ambientuus, situada na

Rua Frederico Ritter, n°. 4000, Distrito Industria no Município de Cachoerinha – RS.

Salienta-se que a empresa contratada possui Licença de Operação emitida pela

FEPAM sob n°. 4358/2015-DL, a qual autoriza promover a operação relativa a atividade de

sistema de tratamento de resíduos de serviços de saúde (Grupo A e Grupo E), através da

unidade de esterilização por autoclavagem, tratamento térmico (incineração) de resíduos

de serviços de saúde (Grupo A – risco biológico e Grupo E – perfulocortantes).

Em se tratando os resíduos do grupo B, a empresa somente possui autorização para

o recebimento e armazenamento destes resíduos, assim estes resíduos são armazenados

temporariamente em recipientes específicos e posteriormente encaminhados a aterros

industriais licenciados (AMBIENTUUS, 2015).

14.9.4 Despesas e receitas com os resíduos sólidos de saúde administrados pelo

município

Conforme contrato disponibilizado pelo município, o mesmo possui um custo mensal

de R$ 5.327,25 (cinco mil, trezentos e vinte e sete reais e vinte e cinco centavos), com os

serviços de coleta, transporte e destinação final dos resíduos A, B e E para todos os postos

de saúde administrado pelo município. Não foi apresentado informações quanto as receitas.

14.9.5 Geradores privados de RSS no município

Na Tabela 49, são demonstrados alguns dos estabelecimentos existentes no

município, que são potencialmente geradoras de RSS e consequentemente, estão sujeitas

a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.

Tabela 49: Estabelecimentos privados geradores de R esíduos Sólidos dos Serviços de Saúde ESTABELECIMENTOS CNPJ

ROBERTO MARTINS DROGARIA 01.945.060/0002-20 COM DE PROD FARMACEUTICOS SIMON LTDA 05.525.109/0001-660

FARMACIA PANAMERICANA LTDA 72.215.304/0019-06 VANIA REGINA TOMAZEL CASELANI 454.158.200-78 051

CLINICA MEDICA ELDORADO DO SUL LTDA 93.040.558/0001-81 CARLA ADRIANA RODRIGUES MACIEL 92.520.105/0001-90

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SIMONE GOULART DE SOUZA 457.833.810-04 MOISES ELI MAGRISSO 276.288.920-00

MIGUEL AMORIN BERUTTI 339.391.950-49 CLINICA MEDICA ELDORADO DO SUL LTDA 93.040.558/0001-81

CAPAICLINICA DE ATEND PISC ASS INS LTDA 94.067.766/0001-37 LABORAT ELD DE ANALISES CLINICAS LTDA 94.485.513/0001-83

BOLEK DE ANALISES CLINICAS LTDA ME 94.094.844/0002-73 ODONTO CLINICA 3.803.795/0001-64

LEVITTA CLINICA DE FISIOTERPIA LTDA 07.511.459/0001-07 EVANDRO CORDONI BOUCHET 642.427.909-10 JULIANA GOULART DONCATTO 528.222.730-49

AGRO VETERINARIA DA FONTE LTDA 94.638.012/0001-900 JCM COMERCIO E CONSULTORIA VETERINARIA 07.191.941/0001-07

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

14.10 Resíduos com Logística Reversa Obrigatória

Conforme o artigo 33 da Lei Federal nº 12.305/2010 que define os resíduos especiais

e preveem ações de logística reversa por parte dos fabricantes, importadores, distribuidores

e comerciantes dos produtos abaixo relacionados, visam à responsabilidade compartilhada

após o uso pelo consumidor, dos seguintes resíduos:

• Pilhas e baterias;

• Produtos eletroeletrônicos e seus componentes;

• Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio de luz mista;

• Pneus;

• Agrotóxicos, embalagens e afins.

Podemos ressaltar que a Legislação da Logística Reversa se apresenta da seguinte

maneira:

- Sistemas de Logística Reversa (implantados anteri ores ao PNRS):

• Embalagens de agrotóxicos (Lei 7802/89 e Lei 9974/2000);

• Óleo Lubrificante usado ou contaminado: (Resolução CONAMA 362/2005 e

450/2012);

• Pneus (Resolução CONAMA 416/2009);

• Pilhas e Baterias (Resolução CONAMA 401/2008 e 424/2010).

- Sistema de Logística Reversa pós PNRS:

• Embalagens plásticas de óleos lubrificantes (acordo assinado em dezembro);

• Lâmpadas de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista (recebendo propostas);

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• Embalagens em geral (recebendo propostas);

• Produtos eletroeletrônicos (Publicação de edital);

• Medicamentos (edital em elaboração).

O Município deve adotar o DECRETO Nº 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010,

que regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional

de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos

e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras

providências.

14.10.1 Lâmpadas, Pilhas, Baterias, Eletroeletrônic os e Óleo Lubrificante

Em visita técnica foi possível verificar que o município não possui controle sobre

esses resíduos, somente daqueles gerados na Prefeitura Municipal, como lâmpadas e

pneus, sendo que os mesmos são armazenados nas dependências da Secretaria Municipal

de Obras (Figuras 96 a 98), até sua destinação final, conduto há de se ressaltar que os

mesmos estão dispostos de maneira inadequada, colocando em risco os funcionários do

município.

Em se tratando de eletroeletrônicos e pilhas, o Município possui ponto de entrega

voluntária, junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente conforme observa-se na Figuras

96 a 102.

Figura 94: Lâmpadas dispostas de forma inadequada junto a Secretaria Municipal de

Obras.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 95: Pneus dispostos a céu aberto no pátio da Secretaria Municipal de Obras.

Fonte: Empresa Executora.

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Ressalta-se que em alguns estabelecimentos comerciais, foram diagnosticados

ecopontos de coleta de armazenamento de óleo de cozinha, pilhas e baterias, conforme

demonstrado nas Figuras 103 e 104.

Figura 96: Vista geral do local.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 97: Ecoponto situado na entrada da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 98: Ecoponto de resíduos eletroeletrônicos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 99: Ecoponto de pilhas e celulares situado junto a Secretaria Municipal de Meio

Ambiente.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 100: Pilhas aguardando a destinação final.

Fonte: Empresa Executora.

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Figura 101: Ecoponto de óleo de cozinha.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 102: Ecoponto de pilhas e baterias.

Fonte: Empresa Executora.

Salienta-se, que durante as visitas técnicas foi possível observar a disposição

inadequada de resíduos eletroeletrônicos dispostos em via pública, para ser coletado com

resíduos da coleta convencional, conforme demonstrado nas Figuras 105 e 106.

Figura 103: Resíduos eletroeletrônicos, dispostos em via pública.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 104: Lâmpadas e eletroeletrônicos misturados com diversos resíduos.

Fonte: Empresa Executora.

14.10.2 Embalagens de Agrotóxico

Conforme ofício nº. 001/2015 o qual solicita informações complementares para a

realização do Diagnóstico encaminhado pela empresa contratada ao município, os dados

referentes à quantidade gerada anualmente de embalagens, assim como a coleta e a

destinação final não foram apresentadas.

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14.11 Resíduos Sólidos Industriais (RSI)

Os resíduos provenientes de atividades industriais são de responsabilidade do

gerador, o qual deve realizar a destinação final adequada de modo a não contaminar o meio

ambiente.

Atualmente não se tem informações quanto à totalidade dos resíduos industriais

gerados no município. O município realiza o licenciamento das indústrias de impacto local,

enquanto as empresas de maior porte são licenciadas pela FEPAM. No licenciamento

ambiental, as empresas devem informar as quantidades e tipos de resíduos gerados, assim

como, a destinação final.

A Lei Federal n° 12.305/2010 exige que os geradores de resíduos industriais

elaborem e implementem o seu próprio Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos,

indicando um responsável técnico habilitado. Estes Planos devem ser analisados pelo

órgão ambiental durante o processo de licenciamento ambiental.

14.11.1 Geração de Resíduos Industriais

Conforme preconiza a Lei n° 12.305/2010 os resíduos industriais são aqueles

gerados nos processos produtivos e instalações industriais. A Resolução CONAMA nº 313,

de 29 de outubro de 2002, dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos

Industriais, no seu Art. 2° para fins desta Resolução entende-se que:

“I - resíduo sólido industrial: é todo o resíduo que resulte de atividades industriais e que se encontre nos

estados sólido, semi-sólido, gasoso - quando contido, e líquido – cujas particularidades tornem inviável o seu

lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d`água, ou exijam para isso soluções técnica ou

economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos

provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de

controle de poluição.”

Os seguintes setores industriais devem enviar registros para composição do

Inventário Nacional dos Resíduos Industriais, ou seja, se enquadram como geradores de

resíduos industriais, conforme Resolução nº 313, de 29 de outubro de 2002, a qual dispõe

sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais:

• Indústrias de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de

viagem e calçados;

• Indústrias de fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis

nucleares e produção de álcool;

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• Indústrias de fabricação de produtos químicos;

• Metalurgias básicas;

• Indústrias de fabricação de produtos de metal, excluindo máquinas e

equipamentos;

• Indústrias de fabricação de máquinas e equipamentos;

• Indústrias de fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de

informática;

• Indústrias de fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e

carrocerias;

• Indústrias de fabricação de outros equipamentos de transporte.

Na Tabela 50, são demonstradas algumas indústrias identificadas como geradoras

de resíduos industriais no município (Figuras 107 a 109).

Tabela 50: Geradores de Resíduos Industriais ESTABELECIMENTOS CNPJ

ITAI COMERCIO DE FERRAGENS LTDA ME 91.924.985/0001-05 ANTONIO ALBERTO ME 92.558.824/0001-08

JOSE LEITE DE ALMEIDA 92.268.515/0001-95 WALESK TORQUATO SARAIVA ME 91.471.003/0001-69

FITESA SA 92.197.250/0001-81 OLVEBRA INDUSTRIAL SA 9.028.575/0002-07

MASTERFOODS BRASIL ALIMENTOS LTDA 29.737.368/0002-08 JORGE RICARDO DREHMER 92.588.326/0001-08

IARA FERREIRA GERMANO ME 92.673.821/0001-07 ERGO SA CONSTRUCAO E MONTAGEM 76.535.897/0001-10

DETERBIO PROD COM PRODUTOS LIMP LTDAME 93.028.066/0001-70 FIBRASUL CAPACHOS LTDA 02.990.125/0001-31

FISCHER IND E COM MOVEIS LTDA 93.173.508/0001-72 FABR DE ART DE CIM IRMAOS SILVA LTDA 87.065.579/0001-59

ESPINDOLA E FRAGA LTDA ME 93.456.838/0001-75 VILMAR CORTINAZ NUNES 94.009.859/0001-05 REGIS ALVES DE OLIVEIRA 93.754.521/0001-15 JAIME RICARDO CONZATTI 93.265.155/0002-11

BELGRAF INDUSTRIAL IMPRESSORA LTDA 92.668.631/0001-00 LOUDEGEIRO PEREIRA BORBA 93.864.890/0001-60 MARCOS MARIMOM DA CUNHA 94.111.465/0001-63

WALTER VON MUHLEN 93.182.137/0001-95 VALDIR PACHECO TORMA 131.558.140-04

PETTER COMÉRCIO DE FERRAGENS LTDA ME 94.228.301/0001-10 ALCINO PEREIRA DE SOUZA 93.991.008/0001-48 REGIS ALVES DE OLIVEIRA 93.754.521/0001-15

FERPLASTI IND E COM DE PLASTICOS LTDA 94.846.508/0001-59 VILMAR CORTINAZ NUNES 94.009.859/0001-05

JOAO OTAVIO RODRIGUES CAMPOS 337.884.560-00 OMEGA INDUSTRIA E COMERCIO DE ATENAS LTDA 73.618.936/0001-54

KIMBERLY CLARK KENKO IND E COM LTDA 59.883.868/0003-91 ALBEMA IND E COM DE EMBALAGENS LTDA 73.695.561/0001-26

SERGIO ARMANDO VENTURINI 5.199.642/0001-78 LEGRATA INDCOMDE BRINDES PROMOC LTDA 09.749.180/7000-100

MARIA MERECILDA DE OLIVEIRA LASTA 97.140.123/0001-60

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CARGILL AGRICOLA SA 60.498.706/0258-18 EVA DE LURDES DA CUNHA MARQUES 97.302.905/0001-58

LAMFAF LAB DE FOR ALIM E FARM LTDA 00.130.330/0001-000 CO HUMOS E MINHOCA COMERCIO LTDA 000.000.000-00 0

DESEVEM COM DE PRODUTOS DE LIMPEZA LTDA 00.261.715/0001-060 ADAO RENATO DA SILVA RODRIGUES 00.515.448/0001-48 ALEXANDRA DIAS SCHWOCHOW ME 00.378.379/0001-78

DERCI DO PRADO LOUSADOME 00.687.797/0001-47 MARINA DE LIMA MEIRELES ME 94.051.729/0001-30 ENA THEREZA DE OLIVEIRA ME 95.058.178/0001-08

LABORE SERVICOS INDUSTRIAIS E REPRESENTA 00.861.701/0002-04 CARLOS ZANELLA DESIGN LTDA 00.885.461/0001-99

SCOPE SOCIEDADE INDUSTRIAL DE ENGENHARIA 00.936.406/0001-80 H DA LUZ HL ME 94.774.387/0001-87

FRAPESCA IND E COM DE ART DE PESCA LTDA 01.290.575/0001-59 DALKOM ALIMENTOS LTDA 01.506.576/0001-98

LIDIO FRANCISCO DA SILVEIRA ME 01.459.772/0001-59 ELDORADENSE METAL MECANICA LTDA 01.712.762/0001-83

VALNEI LUIS ROSA DA SILVEIRA 211.597.930-34 CENAD CENTRAL NAC DE DISTR E TRANS LTDA 00.931.331/0002-26 MISPA COMERCIO E REPRESENTACOES LTDA 01.980.858/0001-22

DARLEI ENES MACHADO 01.936.700/0001-55 JORGE DA SILVA VIEIRA 02.044.440/0001-76

CLAUDETE DA SILVA ROLIM 01.708.547/0001-09 HONESRECH INDUSTRIA E COMERCIO DE MOVEIS 02.677.080/0001-40

ERNANDES OLIVEIRA PEREIRA CIA LTDA 02.641.262/0001-60 ROBERTO CARLOS RIBEIRO DORIA 02.852.824/0001-15

LELA PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA 02.890.641/0001-94 HZ INDUSTRIA E COMERCIO DE CONFEC LDTA 03.263.007/0001-94

MADEIREIRA KINOBI LTDA 03.017.402/0001-97 COMERCIO E IND DE CEREAIS KLEBER LTDA 72.339.039/0001-49

RHW CONSULTORIA INDUSTRIAL LTDA 03.409.735/0001-61 ANTONIO CARLOS DOS SANTOS ZANINI 03.548.324/0001-57

SINGULAR SERV LIMPEZA E CONSERV LTDA 94.763.612/0001-80 AVILA COUTO MATRIZARIA LTDA 03.766.077/0001-65

BIORLO COLPO CIA LTDA 03.722.484/0001-70 MARIA DE LOURDES BORGES GESSO 03.971.695/0001-47

SANDRO ITAMAR SELLE 474.839.380-72 JUAREZ ROQUE CORREA 03.447.963/0001-26

ROSIMERI DE OLIVEIRA BAYER ME 04.695.152/0001-07 CAMERA CIA LTDA 98.248.644/0013-31

AGROS ENG E AUT AGROINDUSTRIAL LTDA ME 03.733.207/0001-63 INDUSTRIA MECANICA ELDORADO LTDA 05.027.445/0001-89

JORGE MONTECRISTO DE SOUZA 04.999.651/0001-98 ROYAL DO BRASIL TECHNOLOGIES SOC ANONIMA 04.189.903/0002-02

KBK PLASTICOS LTDA 01.807.708/0001-11 LOCILDA TEREZA SCHUTZ DE LAZARI 05.604.834/0001-20

SJF ENGENHARIA LTDA 00.493.512/0001-37 CRISTIANO SEBASTIANY 06.066.289/0001-28

AGROPECUARIA E CABANHA DRAGAO LTDA 06.160.987/0001-98 ODERICH IRMAOS INDUSTRIA DE ALIMENTOS SA 02.202.676/0003-55

FABRICIO ROBERTO SANTOS DE SOUZA 06.966.308/0001-72 MARCENARIA SANMARCOS LTDA 07.192.207/0001-54

MAQPRESS MÁQUINAS E EQUIP. GRÁFICOS LTDA 07.500.334/0001-73 IND E COM DE PRODUTOS TERAPEUTICOS KRISS 03.410.981/0001-33

ILP TEXTIL LTDA 05.439.855/0002-18 JOIA INDUSTRIA E COMERCIO DE PRODUTOS AG 06.108.899/0001-47

KATIA FERREIRA BARBOSA ME 94.783.651/0001-49

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Fonte: Município de Eldorado do Suls

Figura 105: Indústria Têxtil.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 106: Indústria de artefatos de cimento.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 107: Bombinonda indústria de papel.

Fonte: Empresa Executora.

14.11.2 Acondicionamento dos Resíduos Industriais

A responsabilidade pelo acondicionamento dos resíduos industriais é do gerador,

devendo o mesmo realizar a segregação e dispor de acondicionamentos adequados para

cada tipo de resíduo gerado na empresa.

14.11.3 Coleta dos Resíduos Industriais

A coleta dos resíduos industriais é de responsabilidade dos geradores, geralmente

as indústrias contratam empresas especializadas para realizar a coleta e destinação final.

O transporte de resíduos perigosos deve ter licença ambiental da FEPAM e se

acompanhado do Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR).

ELISANDRO CERVEIRA DA ROSA 08.033.594/0001-49 RENAN JOSE SPRENGER DE OLIVEIRA - ME 08.732.526/0001-78

MARILENE MIOLI GOVANI 07.860.953/0001-79 ELDORADO REVESTIMENTOS LTDA 09.591.336/0001-40

CONTLINE GRAFICA LTDA 10.668.534/0001-44

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14.11.4 Destinação Final dos Resíduos Industriais

Os geradores de resíduos industriais são responsáveis pela destinação final

adequada, sendo a opção mais utilizada o envio para aterros sanitários. Portanto, verifica-

se que é de responsabilidade do gerador realizar o seu Plano de Gerenciamento de

Resíduos, cabendo o município realizar a fiscalização dos empreendimentos. Durante, as

visitas técnicas foi possível observar resíduos industriais depositados nas vias urbanas do

município, conforme demonstrado na Figura 110.

Figura 108: Resíduos industriais dispostos na Aveni da Nestor Jardim Filho.

Fonte: Empresa Executora.

14.12 Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico

A Lei Federal nº 11.445/2007 estabeleceu de forma oficial no Brasil o conceito dos

itens que compõem o saneamento básico. Para saneamento básico ficam definidas:

• As operações referentes à disponibilização e universalização de água potável, seja

de origem superficial, ou de origem subterrânea, com ou sem tratamento prévio em

ambos os casos;

• As operações de coleta e tratamento de esgotos domésticos e seu devido

tratamento antes de disposição no sistema hídrico superficial;

• As operações e obras destinadas ao correto gerenciamento das águas pluviais ou

de chuvas em âmbito urbano e em caráter geral;

• O sistema de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos em todas as dimensões

e componentes de sua constituição.

No município não há a geração de resíduos de serviços públicos de saneamento

básico, entenda-se por resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, todos os

resíduos oriundos das atividades de coleta e tratamento de esgotos públicos, manutenção

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das redes de esgotamento sanitário, bem como resíduos oriundos de sistemas de

tratamento de água para abastecimento público.

Atualmente no município, na área urbana o abastecimento de água é realizado

através da CORSAN, sendo que a estação de tratamento de água fica localizada no

município de Guaíba. Quanto ao abastecimento na área rural, o abastecimento provém de

águas subterrâneas, cujo tratamento é por simples desinfecção, por hipoclorito de sódio,

não havendo geração de lodos como em um tratamento convencional de águas superficiais.

Segundo o Plano Municipal de Saneamento Básico, o município de Eldorado do Sul,

conta com serviço de coleta e tratamento parcial de esgoto sanitário somente em um de

seus bairros, o Centro Novo, onde possui rede coletora de esgoto cloacal e uma estação

de tratamento de esgoto (ETE), os demais bairros contam com soluções individuais.

Ainda, conforme Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada no ano de

2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os sistemas mais utilizados no

município são de tratamento em fossas sépticas e fossas rudimentares, onde os mesmos

são tratados de forma individual. A operação e administração das fossas sépticas ficam a

cargo de cada proprietário, sendo ele responsável pelo cuidado, manutenção e limpeza de

seu sistema.

14.13 Resíduos Agrossilvopastoris

A necessidade de aumentar a produção de alimentos a nível mundial tem conduzido

ao uso crescente de modelos intensivos, tanto no tocante do uso do solo para o plantio

como a criação de animais.

Os resíduos agrossilvopastoris são os resíduos gerados nessa área, que podem

causar impactos positivos, como a adubação de lavouras, como também impactos

negativos, como a contaminação dos solos e recursos hídricos. Por isso, a destinação deve

ser feita de forma adequada e respeitando seus índices para evitar sua contaminação.

Para estimar a quantidade de resíduos agrossilvopastoris gerados (t/ha) produzidos

no município, foram utilizadas como base as informações contidas do Plano Estadual de

Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (2014), assim como dados disponibilizados pelo

IBGE (2014), conforme apresentadas nas Tabela 51 e Tabela 52.

Tabela 51: Estimativa da Geração de Resíduos Agríco las. Culturas Agrícolas Taxa de Geração (t/ha)

Arroz 7,045 Cana de açúcar 9,4

Milho 6,3

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Soja 5,4 Fumo 2,3

Fonte: Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (2014)

Tabela 52: Estimativa da Geração de Resíduos Flores tais. Florestal Taxa de Geração (t/ ha) Eucalipto 7,75

Não Especificado 21,94 Fonte: Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (2014)

No município de Eldorado do Sul, na produção agrícola destacam-se as culturas do

arroz irrigado e da soja. O arroz irrigado (Orysa sativa) é o segundo cereal mais cultivado

no mundo, ocupando área aproximada de 158 milhões de hectares. O Rio Grande do Sul

se destaca como o principal produtor do cereal no Brasil, com uma área aproximada de 1

milhão de hectares.

Na Tabela 53 são apresentados os dados referentes à produção agrícola local e sua

respectiva geração de resíduos por cultura.

Tabela 53: Produção agrícola e geração de resíduos Quantidade plantada (ha) Quantidade de resíduos (t)

Arroz 11.600 81.722 Cana de açúcar 6 56,4

Milho 80 504 Soja 1.100 5.940 Fumo 50 115

Fonte: Adaptado de IBGE, 2014

A silvicultura do município é representada pela espécie exótica do Eucalipto

(Eucaliptus sp.) que foi introduzida no Brasil, por volta do ano de 1900. É uma madeira que

pode ser utilizada para produzir energia (lenha e carvão vegetal), postes e mourões, para

construção civil (madeiramento para telhados e pisos), para chapas de fibras, para celulose

e papel e até móveis finos.

Figura 109: Cultivo de arroz irrigado.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 110: Lavoura de arroz irrigado.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 111: Cultivo de arroz irrigado.

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Segundo a ABRAF (2011), o Brasil possui cerca de 4.754.334 hectares plantados de

eucalipto, dos quais 273.042 hectares encontram-se no Rio Grande do Sul. A Tabela 54

apresenta os dados referentes à quantidade plantada (ha) e sua respectiva geração de

resíduos.

Tabela 54: Produção florestal e geração de resíduos Quantidade plantada (ha) Quantidade de resíduos (t)

Eucalipto 5.096 39.494 Outras Espécies 127 2.786,38

Fonte: Adaptado de IBGE, 2014.

Os impactos dos resíduos agrossilvopastoris podem ser considerados positivos,

nos casos em que estes são utilizados como adubo orgânico ou como fonte de energia

renovável. Por outro lado, quando não tratados e dispostos inadequadamente podem

causar contaminação do solo, da água e do ar, gerando riscos à saúde do homem e ao

meio ambiente. Todos os dejetos gerados são aproveitados para adubação das lavouras

para o cultivo de outras plantações. A coleta, o armazenamento e a destinação final destes

resíduos cabem aos seus geradores e ao setor produtivo.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 112: Horto Florestal.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 113: Plantação de eucalipto.

Fonte: Empresa Executora.

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Para quantificar os dejetos gerados no Município, foram obtidos índices

demonstrados na Tabela 55, estimados a partir do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do

Rio Grande do Sul (2014).

Tabela 55: Geração de dejetos Criação Geração (t/animal/ano)

Aves 0, 0015 Bovinos 11,68 Suínos 0,86

Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2011).

O município de Eldorado do Sul possui uma área de 509,726 km2, sendo considerado

predominantemente um município urbano, mas em sua área rural, existem criações de

bovinos (Figuras 116 e 117) como as principais atividades pecuárias do município.

O desenvolvimento da atividade de criação de animais em sistema intensivo leva à

produção de uma grande quantidade de dejetos (na forma líquida ou cama aviária), que

pela falta de tratamento adequado ou mesmo pela disposição inadequada no solo, vem se

transformando numa grande fonte poluidora do meio ambiente.

Na Tabela 56 são apresentados os dados referentes à produção pecuária do

município de Eldorado do Sul, segundo dados do IBGE (2014) e sua geração de resíduos.

Tabela 56: Pecuária Suinocultura Bovinocultura Avicultura

Quantidade Cabeças

Quantidade Dejetos (t/ano)

Quantidade Cabeças

Quantidade Dejetos (t/ano)

Quantidade Cabeças

Quantidade Dejetos (t/ano)

332 285,52 20.440 238.739,2 1.810 2.715 Fonte: Adaptado de IBGE, 2014.

No Município, há estabelecimentos geradores de resíduos Agrossilvopastoris, na

Tabela 57 é demonstrado alguns dos estabelecimentos existentes, devendo o Município

realizar a fiscalização e o licenciamento ambiental desses empreendimentos.

Tabela 57: Geradores de Resíduos Agrossilvopastoris ESTABELECIMENTOS CNPJ

Figura 114: Criação de bovinos.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 115: Bovinos.

Fonte: Empresa Executora.

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ARROZEIRA ELDORADO LTDA 14.011.633/0001-00 RAMPINELLI AGROINDUSTRIAL LTDA 79.416.541-0001-06

GADOS INDUSTRIA E COM PROD AGROP LTDA 000.000.000-00 DISTR PROD AGRO PEC CINCO ESTRELAS LTDA 01.608.941/0001-75

AGROPECUARIA SANS SOUCI LTDA 03.267.916/0001-09 AGROPECUARIA E CABANHA DRAGAO LTDA 06.160.987/0001-98

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

14.14 Resíduos de Serviços de Transporte

Os resíduos de portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários são resíduos

sépticos que podem conter organismos patogênicos como materiais de higiene e restos de

comida, possuem capacidade de veicular doença de outras cidades, estados e países.

Portanto, cabe aos estabelecimentos geradores, como terminais, portos, aeroportos

ou terminais ferroviários e rodoviários, a destinação adequada dos resíduos gerados

nesses locais, desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos

ambientais, através de o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos específico, devendo

os resíduos sólidos serem acondicionados, transportados e destinados adequadamente,

atendendo às normas aplicáveis da ABNT e demais disposições legais vigentes. Conforme

informações disponibilizadas pelo município, o mesmo não possui resíduos de serviços de

transporte, entendidos como aqueles provenientes de portos, aeroportos, terminais

alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira.

14.15 Resíduos de Mineração

Conforme informações disponibilizadas pelo município, o mesmo possui 2 (duas)

atividades de extração mineral de sua responsabilidade, uma localizada na Fazenda São

Pedro (Assentamento do INCRA), com Licença de Operação nº 9085/2009 – DL, a outra

fica localizada na Praça F – Loteamento Rural – Eldorado, 4ª Parte, com Licença de

Operação nº 07964/2015 – DL, ambas emitidas pela FEPAM. Ainda, pode-se citar que, há

empresas privadas de extração mineral, segue a Tabela 58 com descritivo dos

estabelecimentos.

Os resíduos oriundos de atividades de mineração são dispostos temporariamente

em áreas da própria extração, em função dos grandes volumes e massas de materiais

extraídos e movimentados na atividade de mineração. Cabe ao município realizar a

fiscalização dos empreendimentos, e aos estabelecimentos geradores, a destinação

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adequada dos resíduos gerados nesses locais, desde a geração até a disposição final, de

forma a atender aos requisitos ambientais, através de o Plano de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos específico, devendo os resíduos sólidos serem acondicionados,

transportados e destinados adequadamente, atendendo às normas aplicáveis da ABNT e

demais disposições legais vigentes. Nas Figuras 118 a 121, são demonstradas algumas

das empresas do ramo existentes no município.

Tabela 58: Geradores de Resíduos de Mineração.

ESTABELECIMENTOS CNPJ PREFEITURA MUNICIPAL DE ELDORADO DO SUL FAZENDA SÃO PEDRO

(ASSENTAMENTO DO INCRA) 92.324.706/0001-27

PREFEITURA MUNICIPAL DE ELDORADO DO SUL PRAÇA F – LOTEAMENTO RURAL – ELDORADO, 4ª PARTE

92.324.706/0001-27

CISPLATINA MINERACAO LTDA 72.162.456/0001-69 ELDORADO MINERAÇÃO 16.417.269/0001-08

BOLOGNESI ENGENHARIA LTDA 88.298.138/0001-60

Figura 116: Mineradora existente em Eldorado do Sul.

Fonte: Eldorado Mineração.

Figura 117: Mineradora situada em Eldorado do Sul.

Fonte: Eldorado Mineração.

Figura 118: Placa do empreendimento de

mineração.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 119: Placa do empreendimento de

mineração.

Fonte: Empresa Executora.

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15 IDENTIFICAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS E ÁREAS IN ADEQUADAS

UTILIZADAS NA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

“Passivo ambiental pode ser entendido, em um sentido mais restrito, o valor

monetário necessário para custear a reparação do acúmulo de danos ambientais causados

por um empreendimento, ao longo de sua operação”. (CETESB - Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo).

De acordo com informações, o Município possui contrato de Prestação de Serviços

n°. 026/2015 com a Empresa Gaia Sul Ambiental Projetos Engenharia e Consultoria Ltda,

para a realização dos serviços de Elaboração de Projeto de Remediação de Área

Degradada – Fase I e II do Formulário para Remediação de Áreas Degradadas por

disposição de Resíduos Sólidos Urbanos, Construção Civil e Saúde da FEPAM – em uma

área de aproximadamente 02 hectares, de acordo com Termo de Referência e Legislação

Pertinente em vigor.

O município, possui contrato com empresa terceirizada para o recolhimento de

resíduos de podas nas áreas urbanas do município, sendo esses resíduos depositados em

local a céu aberto, nas vias urbanas, porém, juntamente com esses resíduos verdes,

também de forma irregular, a comunidade descarta resíduos da construção civil, industriais

e demais resíduos.

Assim, os resíduos ali depositados ficam suscetíveis às influências atmosféricas

como precipitação pluviométrica, ação de vento e sol, possibilitando a ocorrência de

situações como formação de lixiviados, espalhamento de resíduos ou mesmo degradação

de materiais com potencial de reciclagem, com respectiva perda do valor econômico

agregado.

Nesse sentido, as vias urbanas, são locais para depositar os resíduos passíveis da

coleta convencional e limpeza urbana (resíduos verdes), os quais devem ser depositados

no mesmo dia da coleta, não podem ficar depositados por vários dias.

Com relação à disposição desses resíduos de forma inadequada, tal situação

caracteriza-se como passivo ambiental, o qual representa os danos causados ao meio

ambiente em decorrência das atividades desenvolvidas no local.

No que tange a medida saneadora associada, a municipalidade deverá providenciar

imediatamente a remoção e disposição ambientalmente adequada dos respectivos

resíduos sólidos dispostos na área, podendo os materiais com potencial de reciclagem ser

destinados às empresas de reciclagem, enquanto que demais resíduos considerados

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rejeitos podem ser encaminhados através da empresa terceirizada que realiza a coleta de

resíduos sólidos domiciliares no município.

Durante visitas técnica e conforme informações apresentadas pelo município foram

diagnosticados diversos pontos de descarte clandestino de resíduos sólidos, os quais

seguem demostrados na Tabela 59.

Tabela 59: Pontos de descarte clandestino de resídu os sólidos. Pontos de descarte clandestino de resíduos sólidos

Bairro s Avenida s/Ruas

Centro

Rua Emilio P. Gomes, equina com a rua Adão Bortowski; Rua Hermes F. dos Santos, esquina com a rua 8 de Julho;

Rua Coração Gaúcho, esquina com a rua 8 de Junho Rua Nestor Jardim Filho, esquina com a rua 8 de Junho.

Medianeira

Estrada da Arrozeira, em frente à rua 7 Avenida Nestor Jardim Filho, em frente ao Beco do Beto;

Rua Candido Rondon (campo do Medianeira) Rua Sombrio, esquina com rua Antônio Mariante;

Loteamento Popular

Rua Antônio Mariante (ao lado do Posto de Saúde) Rua Antônio Mariante, esquina da rua Jânio Quadros;

Rua Ernesto Geisel (final da rua); Rua Eurico G. Dutra, esquina com a Mal. Floriano Peixoto;

Cidade Verde Avenida A (canteiro central);

Rua Bento Gonçalves, esquina com a rua Bartori J. Rodrigues; Avenida Getúlio Vargas (próximo ao mercado Lenger);

Chácara Avenida Nestor J. Filho (próximo ao Bar do Rufino); Rua João B. Conzati, esquina com a rua Lajeado;

Itaí

Rua Alvicio Heller (final da rua); Rua Wladislau Karaseck (final da rua);

Rua Dom Feliciano (final da rua); Rua Alvicio Heller, esquina com a rua Zelma A. Pereira;

Rua Porto Alegre (ao lado do canil); Centro Novo Rua Parobe, esquina com a rua Jaguarão;

Delta do Jacuí Rua Rio Grande do Sul, esquina com a rua Santa Catarina; Residencial Rua Chile, esquina com a rua Bélgica; Sans Souci Rua Rejane Cartier (final da rua no Trapiche);

Progresso Rua A, esquina com a Estrada do Conde;

Desvio da Estrada do Conde (assentamento Nonoaiense); Rua de acesso ao Buffon (junto aos agentes de trânsito).

Fonte: Município de Eldorado do Sul.

Nas Figuras 122 a 127, seguem demonstrados os principais pontos com um

veemente acúmulo de resíduos.

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Figura 120: Resíduos dispostos em toda a avenida Ne stor Jardim Filho e na rua Lajeado.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 121: Resíduos depositados na rua São Miguel.

Fonte: Empresa Executora.

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Figura 122: Resíduos depositadas em toda a Estrada de acesso ao IPV.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 123: Resíduos dispostos na avenida Frederico Warstat.

Fonte: Empresa Executora.

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Figura 124: Resíduos dispostos na rua Irene Santos Tota – Sans Souci.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 125: Resíduos diversos depositados no final da avenida A.

Fonte: Empresa Executora.

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Figura 126: Vista geral dos pontos com acúmulo de r esíduos.

Fonte: Empresa Executora.

As Figuras 129 a 132 comprovam tal situação, onde diversos tipos de resíduos estão

depositadas nas vias urbanas.

Figura 127: Resíduos diversos depositados no final da avenida A.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 128: Resíduos depositado s na Estrada de acesso ao IPV.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 129: Resíduos depositados na

Estrada de acesso ao IPV.

Fonte: Empresa Executora.

Figura 130: Resíduos depositados na Estrada de

acesso ao IPV.

Fonte: Empresa Executora.

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Cabe mencionar, que a prática de descarte de resíduos em local inadequado deve

ser proibida, com o intuito de não tornar os locais citados como um depósito clandestino de

resíduos de proporções acentuadas, torando-se um lixão a céu aberto.

16 SISTEMA DE COBRANÇA PELOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE L IMPEZA URBANA E

DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O Poder Executivo Municipal é responsável pela coleta de resíduos domiciliares, de

prestadores de serviços e atividades comerciais, os quais podem ser executados

diretamente ou por meio de terceiros mediante licitação e contrato de prestação de serviços.

Os serviços públicos na área de resíduos sólidos correspondem à coleta, transporte,

tratamento e disposição final de resíduos sólidos e limpeza de vias e logradouros públicos.

Os resíduos perigosos, industriais ou resultantes de serviços de saúde, conforme

estabelece a Legislação Ambiental em vigor, não serão coletados pelo serviço regular de

coleta de resíduos sólidos domiciliares, mas devem ser objeto de estudo nos planos de

gerenciamento de resíduos sólidos.

A diferença entre taxa e tarifa consiste em que a primeira é um tributo que tem como

fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,

prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

A tarifa é um preço público unitário preestabelecido cobrado pela prestação de

serviço de caráter individualizado e facultativo. A tarifa não tem natureza tributária, estando

relacionada à quantidade do serviço efetivamente prestado (por exemplo: à massa ou ao

volume de resíduos recolhidos) e à possibilidade de rescisão.

Conforme o Manual para elaboração de Plano Municipal Simplificado de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos disponibilizados pela técnica GRS/DAU/SRHU do MMA,

pequenas cidades brasileiras, ou seja, Municípios com até 20 mil habitantes, recomenda-

se adotar a cobrança da seguinte forma:

a) taxas: coleta e destinação final para as residências e pequenos comércios que

gerem resíduos que se caracterizam como domiciliares;

b) preços públicos ou tarifas: para grandes geradores (exemplo: economias que

geram acima de 2.500 litros ou 500 kg de resíduos por mês) ou geradores de resíduos

industriais, comerciais, de serviços de saúde, da construção civil, agrossilvopastoris ou de

mineração, que utilizam o serviço público de manejo de resíduos sólidos. O município de

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Boqueirão do Leão, atualmente faz a cobrança da taxa de recolhimento de resíduos sólidos

domiciliares juntamente ao IPTU – Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana,

conforme Lei nº 11.445/2007, artigo 29, poderão ser adotados subsídios tarifários e não

tarifários para os usuários e localidades que não tenham capacidade de pagamento ou

escala econômica suficiente para cobrir o custo integral dos serviços.

Conforme a Lei n° 11.445 de 05 de janeiro de 2007, a qual estabelece diretrizes

nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979,

8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de

1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências, dos aspectos

econômicos e sociais:

Art. 29. Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade

econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela

cobrança dos serviços:

I – de abastecimento de água e esgotamento sanitário: preferencialmente na forma

de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos

serviços ou para ambos conjuntamente;

II – de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas e

outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas

atividades;

III – de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de tributos, inclusive taxas, em

conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades.

§ 1o Observado o disposto nos incisos I a III do caput deste artigo, a instituição das

tarifas, preços públicos e taxas para os serviços de saneamento básico observará as

seguintes diretrizes:

I – prioridade para atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde

pública;

II – ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda aos serviços;

III – geração dos recursos necessários para realização dos investimentos,

objetivando o cumprimento das metas e objetivos do serviço;

IV – inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos;

V – recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de

eficiência;

VI – remuneração adequada do capital investido pelos prestadores dos serviços;

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VII – estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os

níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços;

VIII – incentivo à eficiência dos prestadores dos serviços.

§ 2o Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e

localidades que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica suficiente

para cobrir o custo integral dos serviços.

Art. 35. As taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de limpeza urbana

e de manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta a adequada destinação

dos resíduos coletados e poderão considerar:

I – o nível de renda da população da área atendida;

II – as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas;

III – o peso ou o volume médio coletado por habitante ou por domicílio.

Conforme já abordado, o sistema de cobrança dos serviços urbanos adotado pelo

município, atualmente, abrange os serviços de limpeza urbana e coleta dos resíduos sólidos

urbanos, os valores são cobrados no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), conforme

estabelecido na Lei nº 87, de 22 de dezembro de 1989, qual consolida a legislação tributária

do município, estabelecendo o código tributário municipal e dá outras providências.

Salienta-se que demais informações não foram repassados pelo município.

17 SÍNTESE DAS DEFICIÊNCIAS IDENTIFICADAS NA GESTÃO DE RESÍDUOS

A partir das informações contidas no diagnóstico sobre a geração, transporte e

destinação final dos resíduos, tem-se uma visão abrangente e detalhada dos vários

aspectos que influenciam, condicionam e caracterizam o desenvolvimento municipal.

Identificaram-se algumas deficiências relacionadas à gestão integrada dos resíduos sólidos

no município, as mesmas servirão de base para a formulação das proposições visando à

correta gestão desses resíduos, as deficiências identificadas podem ser visualizadas na

Tabela 60.

Tabela 60: Deficiências verificadas na gestão de re síduos em Eldorado do Sul. QUESITOS PONTOS FRACOS

Coleta Convencional Atende aproximadamente 90% do município;

Inexistência de central de triagem Coleta Seletiva Não há a realização coleta seletiva;

Lixeiras Deficiência no planejamento das lixeiras, perante a disposição e a

padronização;

Educação Ambiental Carência quanto a elaboração e realização de programas de educação ambiental, envolvendo a temática de resíduos sólidos;

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Acúmulo de resíduos em terrenos e vias urbanas

Carência na fiscalização ambiental, bem como da conscientização da população;

Destinação dos Resíduos Especiais – pilhas, baterias,

lâmpadas fluorescentes e pneus

Os resíduos são coletados, porém não há destinação final, os mesmos encontram-se armazenados em local inadequado, junto a

Secretaria Municipal de Obras, aguardando a destinação final;

Inexistência de Cadastro de Catadores

Não há um cadastro contendo todos os catadores existentes no município, bem como não há programas de inclusão social para

catadores; Ausência de controles formais

de coleta e destinação de resíduos

Falta detalhamento de quantidades dos resíduos coletados.

Inexistência de regras para a quantificação dos resíduos da

construção civil Falta de regramento para quantificação de resíduo coletados.

Carência na gestão dos Resíduos da Construção Civil

Inexistência do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e consequentemente, falta de Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e das diretrizes para

a elaboração dos Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

Destinação inadequada dos RCC recolhidos pela prefeitura municipal Deficiência no gerenciamento dos resíduos de serviços de

saúde

Alguns postos de saúde encontram-se em condições precárias, quanto ao armazenamento das bombonas;

Ausência de Sistema de Logística Reversa

Não há controle, por parte do município, sobre as quantidades e dos locais de venda e destinação de lâmpadas fluorescentes;

Ausência de controle, por parte do município, sobre as quantidades e dos locais de destinação dos pneus inservíveis.

Não há controle, por parte do município, sobre as quantidades e dos locais de destinação do óleo lubrificante usado.

Inexistência de pontos de recebimento de eletroeletrônicos nos comerciantes e assistência técnica.

A maioria do comércio local não dispõe de ponto para recebimento de pilhas, lâmpadas e baterias.

Fonte: Empresa Executora.

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CAPÍTULO II – PROGNÓSTICO E

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PARA RESÍDUOS SÓLIDOS

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18 INTRODUÇÃO

O gerenciamento integrado de resíduos sólidos focaliza com mais nitidez os objetivos

importantes da questão, que é a elevação da urbanidade em um contexto mais nobre para

a vivência da população, onde haja participação efetiva da sociedade no sistema através

de manifestações que busquem a sensibilização da comunidade em geral a repensar,

recusar, reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos gerados por ela, assim, minimizando os

impactos ambientais causados pelos resíduos, consequentemente melhorando a qualidade

de vida de cada cidadão.

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos estabelece princípios, objetivos,

instrumentos, inclusive econômicos aplicáveis e diretrizes para a gestão integrada e

gerenciamento dos resíduos sólidos, indicando as responsabilidades dos geradores, do

poder público, dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores.

Entre os instrumentos definidos estão: a coleta seletiva, os sistemas de logística

reversa, o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas e outras formas de

associação dos catadores de materiais recicláveis, educação ambiental e o Sistema

Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).

Além das atividades operacionais, o gerenciamento de resíduos sólidos destaca a

importância de se considerar as questões econômicas e sociais envolvidas no cenário da

limpeza urbana e, para tanto, as políticas públicas que possam estar associadas ao

gerenciamento dos resíduos sólidos, sejam elas na área de saúde, trabalho, renda e

planejamento urbano.

Nesse contexto, o prognóstico do município de Eldorado do Sul vem buscar sistemas

específicos que demandam instalações, equipamentos, pessoas e tecnologia, não somente

disponíveis no município, mas oferecidos pelos demais agentes envolvidos na gestão, entre

os quais se enquadram:

• A própria população, empenhada na separação e acondicionamento diferenciado

dos materiais recicláveis em suas residências;

• Os grandes geradores, responsáveis pelos próprios resíduos;

• Os catadores, organizados em cooperativas, capazes de atender à coleta de

recicláveis oferecidos pela população e comercializá-los junto às fontes de beneficiamento;

• Os estabelecimentos que tratam da saúde, tornando-os inertes ou oferecidos à

coleta diferenciada, quando isso for imprescindível;

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• A prefeitura, através de seus agentes, instituições e empresas contratadas, que por

meio de acordos, convênios e parcerias, exerçam seu papel protagonista no gerenciamento

integrado de todo o sistema.

Desta forma, nos capítulos seguintes serão abordados temas quanto à prospectiva

e planejamento estratégico, programas, projetos e ações, possíveis fontes de

financiamentos, indicadores de desempenho operacional e ambiental, sistema de cobrança

pelos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, identificação dos

geradores sujeitos ao plano de gerenciamento específico nos termos do art. 20 ou a sistema

de logística reversa na forma do art. 33, regras e critérios para os resíduos sólidos, meios

de controle e fiscalização da implementação e operacionalização dos planos de

gerenciamento de resíduos sólidos e sistema de logística reversa, mecanismos para a

criação de fontes de negócios, emprego e renda mediante a valorização dos resíduos

sólidos assim como ações de emergência e contingência.

19 METAS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA A GESTÃO DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos tem como princípio

básico o atendimento das metas fixadas, sendo que as ações previstas serão os meios

decorrentes das necessidades para o atendimento da população.

As projeções das demandas por estes serviços serão estimadas para o horizonte de

20 anos, a partir do estudo populacional, apresentado no diagnóstico auxiliando na teoria

de metas que foram discutidas no município.

Os programas, projetos e ações são necessários para atingir os objetivos e metas,

abrangendo todo perímetro do município, estando de acordo com os cenários de

referências propostos, que possuem finalidade de promover o direito à cidadania, promover

a saúde e a qualidade de vida, assim como, a promoção da sustentabilidade ambiental.

Ressalta-se que as metodologias utilizadas para criar os programas, projetos e

ações levaram em consideração o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental e

a equidade social do município de Eldorado do Sul, cabe mencionar ainda, que os mesmos

foram compatibilizados com o Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul

(2014).

Este capítulo são demonstrados os objetivos, metas, programas e ações,

abrangendo aspectos como:

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• Cenários futuros e concepção de alternativas;

• Objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização, admitidas

soluções graduais e progressivas;

• Programas e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, assim

identificando possíveis fontes de financiamento.

Os prazos para a realização dos programas, projetos e ações, estão determinados

na seguinte ordem cronológica em relação a seus custos e prioridades de implementação:

• Imediatas ou emergenciais – até 03 anos;

• Curto prazo – entre 04 a 08 anos;

• Médio prazo – entre 09 a 12 anos;

• Longo prazo – entre 13 a 20 anos.

Metas e ações deverão ser traçadas considerando-se os diversos tipos de

responsabilidades: munícipes, público e privado para a gestão compartilhada dos resíduos:

• Responsabilidades pelos serviços públicos de limpeza urbana e manejo e pelos

resíduos gerados em instalações públicas;

• Responsabilidades dos entes privados pelos resíduos gerados em ambientes sob

sua gestão;

• Responsabilidades decorrentes da logística reversa e da implementação de Plano

de Gerenciamento Obrigatório;

• Responsabilidades do consumidor/gerador domiciliar.

Deverão ser previstas ações que irão refletir na gestão de todos os resíduos:

• Disciplinar as atividades de geradores, transportadores e receptores de resíduos,

exigindo os Planos de Gerenciamento quando cabível;

• Formalizar a presença dos catadores organizados no processo de coleta de

resíduos, promovendo sua inclusão, a remuneração do seu trabalho público e a sua

capacitação;

• Tornar obrigatória a adesão aos compromissos da A3P (Agenda Ambiental na

Administração Pública), incluído o processo de compras sustentáveis, para todos os órgãos

da administração pública local;

• Valorizar a educação ambiental como ação prioritária;

Para facilitar a aplicação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos (PMGIRS) por parte dos gestores e a compreensão pela sociedade foi efetuada a

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classificação das prioridades, sendo elas: alta, média e baixa, conforme segue descritas na

Tabela 61.

Tabela 61: Modelo utilizado para apresentar os Prog ramas definidos neste instrumento de gestão.

Metas Ações Prazos de execução

Prioridade Alta Média Baixa

A ação deverá ser realizada no

primeiro ano do horizonte temporal (imediato, curto,

médio, longo), pré-estabelecido;

A ação deverá ser realizada entre o

segundo e penúltimo ano do

horizonte temporal (imediato, curto,

médio, longo), pré-estabelecido;

A ação deverá ser realizada no último ano do horizonte

temporal (imediato, curto, médio, longo), pré-

estabelecido;

Fonte: Empresa Executora.

Destaca-se que, os planos e políticas públicas, nos aspectos de implementação

podem sofrer alterações em função de políticas governamentais ou fortes impactos na

economia, devendo as ações e metas contempladas serem revisadas juntamente com o

plano a cada 04 (quatro) anos e adaptadas às novas condições, obedecendo à vigência do

plano plurianual municipal, conforme descreve a Lei Federal 12.305/2010 em seu artigo 19

inciso XIX.

Com base nas informações diagnosticadas, foram estabelecidos os objetivos, metas

e ações propostas no âmbito deste plano para os serviços de limpeza urbana e manejo de

resíduos, conforme especificados nos itens que seguem abaixo.

19.1 Institucionalizações da gestão dos resíduos só lidos

Para o desenvolvimento gerencial, institucional e legal foi criado o Programa Gestão

Adequada dos Resíduos Sólidos, o qual estabelece as ações para o alcance dos objetivos

e das metas, conforme demostrado na Tabela 62.

Tabela 62: Institucionalização da gestão dos resídu os sólidos. Programa: Gestão Adequada dos Resíduos Sólidos

Metas Ações Prazo de execução Prioridade Implementação,

controle e revisão do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em conjunto com a legislação estadual

e federal

Revisar, atualizar e divulgar normas e legislações

municipais sobre resíduos sólidos em conformidade à

legislação estadual e federal;

Curto Alta

Qualificação da gestão dos resíduos

sólidos

Instituir políticas públicas relativas à inserção de critérios ambientais nas compras e contratações

públicas;

Imediata

Alta

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Consolidar a Agenda Ambiental na Administração

Pública - A3P e demais princípios da PNRS, como

marco referencial de responsabilidade socioambiental na

administração pública;

Média

Alta

Prover treinamento e capacitação continuada de

equipes gestoras de agentes de fiscalização ambiental

Média

Alta

Promover mecanismos de qualificação dos processos de licenciamento ambiental

incluindo a padronização dos critérios na análise da concessão de licenças

ambientais de atividades que envolvam resíduos sólidos;

Média Alta

Elaborar políticas públicas de incentivo para reutilização,

reciclagem e uso de materiais reciclados;

Imediata

Alta

Fonte: Empresa Executora.

19.2 Promoção da educação ambiental e da participaç ão social

Conforme diagnosticado, não existem trabalhos implantados de educação ambiental

nas comunidades e escolas, constatou-se que, a população do município não possui

informação sobre a separação dos resíduos, pois não há programas específicos de

educação ambiental que trabalhem diretamente a temática dos resíduos sólidos. Dessa

forma, é necessário a criação de programas de educação ambiental em caráter constante

em todo o território do município, promovendo iniciativas voluntárias de grupos ecológicos

e instituições que podem organizar iniciativas de coleta diferenciada dos resíduos e de

educação ambiental, além da elaboração de programas e campanhas que promovam e

induzam ao consumo sustentável.

Cada cidadão deve transformar-se em agente multiplicador de informações sobre as

questões ambientais vivenciadas no seu cotidiano, levar informações a outros que não às

possuem, facilitando o desenvolvimento de suas potencialidades, permitindo-lhes a

descoberta do meio em que vivem e do qual são parte integrante. Estes atores deverão

formar um grupo interdisciplinar (educação, saúde, meio ambiente e infraestrutura),

devendo ser capacitados a responsabilizarem-se pelo desenvolvimento dos trabalhos de

educação ambiental no município.

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As escolas têm um grande papel perante a questão dos resíduos sólidos, são

essenciais nos programas que abrangem as questões que afetam a vida da população em

seu conjunto. É importante salientar que as crianças e adolescentes podem assimilar o que

lhes é ensinado, mas somente com a colaboração dos adultos é que poderão ter uma

atuação referente aos problemas socioambientais.

O papel do multiplicador neste caso é o de estimulador do debate para esta questão,

subsidiando e colaborando no desenvolvimento deste tema, assim realizando as seguintes

atividades teóricas e práticas sobre a questão dos resíduos sólidos: fazer separação e

recolhimento de resíduos nas escolas e aos arredores; criar palestras (reutilização e

reciclagem de resíduos, importância da separação dos resíduos, disposição final de

resíduos); exibir vídeos educativos; criar oficinas de reciclagem de papel e de garrafas PET;

realizar uma compostagem do resíduo orgânico.

É preciso levar o aluno a compreender que o resíduo não é apenas algo rejeitável e

degradante, mas algo do qual podemos tirar benefícios para a sociedade, gerando trabalho

e renda para população em condição de exclusão social, preservando o meio ambiente,

valorizando a escola, as questões de cidadania, entre outros. Para o desempenho das

atividades junto aos professores e alunos, será necessária a elaboração de material de

apoio, como cartilha, folheto, vídeo, entre outros materiais didáticos.

Uma comunidade informada e educada, que tem consciência de sua cidadania,

participará conjuntamente com os organismos municipais da formação de políticas públicas

concernentes à melhoria de sua condição de vida, garantirá fiscalização e controle social

nas políticas e programas adotados pela municipalidade. Neste sentido, o multiplicador

atuará diretamente na comunidade, através de suas organizações, informando e

fornecendo o debate sobre as diversas questões inerentes ao meio ambiente. Na Tabela

63 é apresentado o Programa Comunidade Informada e Educada, com as metas e ações

para a promoção da educação ambiental e da participação social.

Tabela 63: Promoção da educação ambiental e da part icipação social. Programa: Comunida de informada e educada

Metas Ações Prazo de Execução Prioridade Promoção da

Educação Ambiental na administração

pública

Constituir equipe capacitada, de agentes públicos municipais, para Educação Ambiental no município

Curto

Alta

Promoção da Educação

Ambiental nas escolas

Promover a inserção da Educação Ambiental no projeto político-

pedagógico das escolas públicas e privadas

Curto

Média

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Capacitar e desenvolver o processo de Educação Ambiental em escolas

da rede estadual e municipal do meio urbano e rural

Curto

Média

Promoção da Educação

Ambiental para a população em

geral

Desenvolver ações de Educação Ambiental aplicadas às temáticas de 3Rs e demais princípios da PNRS,

como separação dos resíduos e participação na coleta seletiva pela

população, e importância da inclusão social, com divulgação nos meios de

comunicação

Curto

Baixa

Elaborar cartilha para sensibilizar os habitantes quanto à importância da

separação dos resíduos domiciliares

Imediata

Alta

Desenvolvimento de mecanismos

de divulgação de ações e

participação social

Criar mecanismos de divulgação de programas municipais da coleta

seletiva instituída

Curto

Média

Criar canal de informação e divulgação de informações sobre

locais de recebimento de resíduos de coletas especiais (ex.: óleo de cozinha, medicamentos, etc.),

empreendimentos licenciados para recebimento de cada tipo de resíduo sólido no Estado (RSI, RSS, RCC,

etc.) e sistemas de logística

Curto

Média

Criar canal de comunicação para usuários dos serviços públicos de

limpeza e coleta de resíduos sólidos visando identificar o grau de

satisfação com os serviços prestados

Longo

Alta

Fonte: Empresa Executora.

19.3 Controle dos resíduos de estabelecimentos come rciais e prestadores de

serviços

Os estabelecimentos do comércio e de prestação de serviços devem realizar a

separação dos tipos de resíduos e a disponibilização adequada para a coleta, devendo as

lixeiras terem tamanhos compatíveis com o volume gerado. Para resíduos que não sejam

similares aos domiciliares, o gerador deve providenciar a destinação adequada.

O município deverá revisar as quantidades que podem ser coletadas de resíduos

comerciais, realizando um levantamento detalhado das quantidades geradas pelos

estabelecimentos comerciais, que possa embasar uma política de gestão adequada destes

resíduos, onde seja estipulada uma quantidade máxima a ser coletada pelo município.

Os resíduos de estabelecimentos comerciais podem ser analisados em dois grupos

dependendo da quantidade de resíduos gerado por dia. Sugere-se que seja considerado

“pequeno gerador” de resíduos os estabelecimentos que geram até 120 litros por dia (dado

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extraído do Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos da Secretaria

Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República – SEDU), o “grande

gerador” é o estabelecimento que gera um volume superior a esse limite, o qual deverá

fazer a destinação ou pagar taxa extra ao município.

Portanto, para os estabelecimentos considerados pequenos geradores, a coleta será

realizada pelo serviço público, desde que as características e a quantidade sejam

compatíveis com os resíduos de origem domiciliar. Na Tabela 64 é demonstrado o

programa, com as metas e ações para os resíduos de estabelecimentos comerciais e

prestadores de serviços.

Tabela 64: Programa, metas e ações. Programa: Correta destinação dos Resíduos de Estabe lecimentos Comercias e Prestadores de

Serviços Metas Ações Prazo de Execução Prioridade

Cadastramento e fiscalização dos

empreendimentos comerciais e

prestadores de serviços

Realizar o cadastramento dos geradores de resíduos de

estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços

Curto Ação contínua

Alta

Realizar levantamento das quantidades de resíduos gerados

pelos estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços

Curto Ação contínua

Média

Aplicar a regra para aqueles que geram resíduos similares aos

domiciliares: • “pequeno gerador” de resíduos os

estabelecimentos que geram até 120 litros por dia;

• “grande gerador” é o estabelecimento que gera um

volume superior a esse limite, o qual deverá fazer a destinação ou pagar

taxa à Prefeitura

Curto Ação contínua

Alta

Fiscalizar os geradores de resíduos de estabelecimentos comerciais e

prestadores de serviços

Imediata Ação contínua

Médio

Fonte: Empresa Executora.

Conforme Política Nacional do Meio Ambiente, quando o Poder Público realizar

etapas de manejo de resíduos cuja responsabilidade seria do gerador, deverá ser

devidamente remunerado. Desta maneira, também se incentivaria a minimização da

geração de resíduos por estas empresas.

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19.4 Gerenciamento dos resíduos industriais

As indústrias licenciadas pelo órgão ambiental municipal devem manter os relatórios

de geração de resíduos, para que o município possa identificar as necessidades e contribuir

na gestão destes resíduos.

Os geradores de resíduos industriais devem realizar a separação de seus resíduos

e providenciar a correta destinação, mesmo que sejam contratados serviços de terceiros

para coleta, transporte ou destinação, o gerador permanece responsável por danos que

vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou

rejeitos.

Compete às indústrias, através de um profissional responsável técnico, a elaboração

e implementação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), a ser aprovado

pelo órgão ambiental durante o licenciamento, conforme estabelecido na Lei Federal n°

12.305/2010.

Incumbe ao órgão ambiental municipal realizar a fiscalização e manter registro dos

relatórios de resíduos industriais gerados e dos Planos de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos das indústrias licenciadas pelo município. Na Tabela 65 é apresentado o Programa

Gestão dos Resíduos Sólidos Industriais.

Tabela 65: Gerenciamento dos resíduos industriais. Programa: Gestão dos resíduos sólidos industriais

Metas Ações Prazo de Execução Prioridade

Elaboração de inventário

Municipal dos RSI, garantia da disposição final ambientalmente

adequada

Exigir o atendimento da legislação quanto ao cadastro e ao

licenciamento ambiental de geradores de RSI

Imediata Ação Contínua

Média

Incluir a exigência de PGRS em processos de licenciamento ou

outros tipos de autorização

Imediata Ação Contínua

Alta

Fiscalizar cumprimento dos PGRS Imediata

Ação Contínua Média

Elaborar inventário de áreas de disposição inadequada de RSI no

Município

Imediata Ação Contínua

Baixa

Promover a remediação e monitoramento de áreas degradadas por disposição inadequada de RSI

Curto Ação Contínua

Média

Redução da geração dos resíduos da

indústria

Promover campanhas quanto a utilização de materiais reciclados e

recicláveis como insumos e matérias-primas na indústria

Longo Ação Contínua

Média

Fonte: Empresa Executora.

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19.5 Controle e fiscalização de resíduos dos serviç os de saúde

Analisando os dados obtidos no diagnóstico, foi possível constatar que o município

possui a destinação adequada dos resíduos gerados, contudo à deficiência no

armazenamento e na forma de controle e fiscalização dos mesmos. Ainda, não há qualquer

controle quanto ao número de estabelecimentos e a quantidade de resíduos gerados pelos

estabelecimentos de serviços de saúde privada.

Para os estabelecimentos públicos de saúde, administrados pelo município, este

deverá elaborar e implementar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de

Saúde, de acordo com a RDC 306/2004 da ANVISA e Resolução CONAMA nº 358/2005.

O município deve implantar programas de capacitação e treinamento contínuo aos

funcionários envolvidos nas unidades públicas de saúde, levando em consideração as

características de todos os tipos de resíduos gerados.

O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde deve conter, as

seguintes informações básicas:

• Identificação do empreendimento;

• Informações gerais, sobre instalações, processos e profissionais de saúde;

• Caracterização dos resíduos, conforme classificação na legislação em vigor;

• Manejo, segregação e acondicionamento interno e externo dos resíduos;

• Tipos de recipientes e identificação dos mesmos e dos sacos de resíduos;

• Procedimentos de transporte interno e externo dos resíduos;

• Elaboração de rotinas e procedimentos de manejo dos resíduos;

• Treinamento e capacitação continuada dos funcionários;

• Previsão de locais para tratamento e disposição final dos resíduos;

• Identificação de deficiências e proposição de melhorias, inclusive estruturais;

• Programa de monitoramento contínuo da gestão dos resíduos;

• Profissional técnico habilitado para a elaboração execução do plano.

Além disso, o órgão ambiental do município deverá implantar cadastro dos geradores

de resíduos de serviços de saúde (RSS), assim como criar mecanismos para controlar a

geração e a destinação final dos RSS gerados em empreendimentos particulares de saúde.

Entre os mecanismos de gestão para controle da geração e destinação de RSS no

município, sugere-se a implantação de licenciamento ambiental simplificado para geradores

de RSS, voltado especificamente aos Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviços

de Saúde. Para promover a adoção dos Planos pelos geradores de RSS, pode-se exigir a

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apresentação e aprovação do Plano junto à Prefeitura como condição para liberação do

Alvará Sanitário. Também, podem-se criar políticas públicas locais, baseadas na legislação

estadual e federal. Na Tabela 66 é apresentado o programa, assim como as metas e ações

para a gestão dos resíduos de serviços de saúde.

Tabela 66: Metas para os resíduos de serviços de sa úde. Programa: Gestão dos Resíduos de Serviços de Serviç os de Saúde

Metas Ações Prazo de Execução Prioridade Elaboração de

inventário e garantia da inserção de

informações sobre quantidade média

mensal de RSS gerada

Criar e manter atualizado Cadastro Municipal de Geradores de RSS

Curto Ação Contínua Alta

Incluir a exigência de PGRSS para geradores de RSS em processos de

licenciamento ou outros tipos de autorização

Imediata Ação Contínua

Média

Incentivo à redução da geração de RSS

Incentivar a adoção de procedimentos que levem à redução da geração de

RSS

Imediata Ação Contínua

Média

Incentivar a aquisição de equipamentos isentos de mercúrio

Imediata Ação Contínua Alta

Incentivar a aquisição de equipamentos digitais de raio-x

Imediata Ação Contínua

Alta

Promover a capacitação técnica para servidores públicos dos serviços de

saúde quanto á segregação e destinação de RSS

Imediata Ação Contínua

Média

Armazenamento correto dos RSS

Promover o correto armazenamento dos RSS nas unidades básicas de

saúde

Imediata Ação Contínua Alta

Disposição final ambientalmente

adequada de RSS e elaboração de

inventário de áreas de disposição inadequada

de RSS

Fiscalizar cumprimento dos PGRSS Curto

Ação Contínua Alta

Promover o transporte e disposição final dos RSS

Curto Ação Contínua

Alta

Fonte: Empresa Executora.

19.6 Gerenciamento dos resíduos de construção civil e volumosos

É de responsabilidade do Município elaborar seu Plano Municipal de Gestão de

Resíduos da Construção Civil, sendo que a partir desse, a prefeitura definirá quem são os

pequenos e os grandes geradores.

Os geradores são responsáveis por elaborar e implementar seus próprios PGRCC

com o objetivo de estabelecer os procedimentos necessários para o manejo e destinação

ambientalmente correta no decorrer da construção da obra por meio de caracterização dos

resíduos e indicação de procedimentos para triagem, acondicionamento, transporte e

destinação, conforme estabelecido pela Resolução CONAMA, nº 307/2002.

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O município, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, deve desenvolver o

Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil com a finalidade

de tutelar os RCC oriundos dos pequenos geradores, devendo ser definida a quantidade

de resíduos que enquadre um munícipe como pequeno gerador.

Os grandes geradores são responsáveis pela segregação, armazenamento,

transporte e destinação final de seus resíduos, devendo os mesmos arcar com todas as

despesas relacionadas aos referidos serviços.

Os geradores sujeitos ao licenciamento ambiental (grandes geradores) devem

apresentar seus Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de acordo

com os critérios normativos adotados pelo órgão ambiental municipal e Resolução

CONAMA n° 307/2002. Os empreendedores isentos de licenciamento ambiental devem

preencher formulário específico e simplificado, a ser elaborado e disponibilizado pelo órgão

ambiental municipal.

Os pequenos geradores de RCC devem ser responsáveis por segregar, coletar e

transportar seus resíduos até os pontos de entrega voluntária de pequenos volumes. Sendo

assim, o município deverá implantar um Ponto de Entrega Voluntária de Pequenos Volumes

(PEV), destinados a receber os RCC gerados pelos pequenos geradores, podendo ainda

ser entregues por pequenos transportadores. Deve haver um sistema de cadastro,

registrando-se o CPF, endereço da obra de origem e volume de resíduos dispostos.

O PEV deverá ocupar áreas públicas ou áreas privadas cedidas em parceria, ou,

ainda, áreas alugadas ou arrendadas para tal finalidade de preferência utilizando “retalhos

de formato irregular” resultantes do arruamento urbano, com área entre 200m2 e 600m2

(Manejo e Gestão de Resíduos da Construção Civil – Manual de Orientação 1). O projeto

do ponto de entrega deve incorporar os seguintes aspectos:

• Prever a colocação de uma cerca viva nos limites da área, para reforçar a imagem

de qualidade ambiental do equipamento público;

• Diferenciar os espaços para a recepção dos resíduos que tenham de ser triados

resíduos da construção e resíduos volumosos, para que a remoção seja realizada por

circuitos de coleta, com equipamentos adequados a cada tipo de resíduo;

• Garantir os espaços corretos para as manobras dos veículos que utilizarão a

instalação — como pequenos veículos de geradores e coletores, além dos veículos de

carga responsáveis pela remoção posterior dos resíduos acumulados;

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• Preparar placa, totem ou outro dispositivo de sinalização que informe à população

do entorno e a eventuais passantes sobre a finalidade dessa instalação pública, como local

correto para o descarte do RCC e de resíduos volumosos.

É essencial que se instale no ponto de entrega uma pequena guarita, com sanitário,

para facilitar a presença contínua de um funcionário, que acompanhe o uso correto do

equipamento público e as condições de higiene local. Ainda, o local poderá servir para

receber resíduos volumosos (sofás, móveis e entre outros), sendo que devem ser atendidas

as especificações da norma técnica NBR 15.112:2004. Portanto, criando o PEV pressupõe-

se que sejam eliminados os locais de destinação inadequada de resíduos da construção

civil e volumosos, assim o munícipe terá local para encaminhar seus resíduos, o que

facilitará a destinação final dos mesmos pelo município, gerando economia ao município.

Na Tabela 67 é demonstrado o programa, com as metas, ações e prazos de

execução.

Tabela 67: Programa, metas e ações dos resíduos da construção civil. Programa: Desperdício Zero na Construção Civil

Metas Ações Prazo de Execução Prioridade Elaboração de

diagnóstico quantitativo e qualitativo da

geração, coleta e destinação dos

RCC

Criar legislação e regulamento definindo o conceito de grande e

pequeno gerador de RCC Imediato Baixa

Elaborar inventário Municipal de RCC

Imediato Baixa

Criar e manter atualizado cadastro municipal de geradores de RCC

Curto Alta

Eliminação de

100% de áreas de disposição

irregular (Bota-foras)

Promover a elaboração do plano municipal de gerenciamento dos

RCC Imediato Baixa

Elaborar inventário municipal de áreas de disposição irregular de

RCC

Curto Média

Elaborar estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira para reabilitação das áreas de disposição

irregular de RCC

Curto Baixa

Promover a remediação e monitoramento de áreas degradadas por disposição inadequada de RCC

Médio Ação Contínua

Alta

Implantação de PEVs

Implantar PEVs em zonas urbanas para recebimento de RCC e

volumosos

Médio Ação Contínua

Alta

Promover ações para coleta, triagem e transbordo de RCC e volumosos

Médio Ação Contínua

Baixa

Reutilização e reciclagem de

RCC

Priorizar a reutilização e o uso de RCC reciclados nas obras públicas e

privadas

Médio Ação Contínua

Baixa

Fonte: Empresa Executora.

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19.7 Gestão dos resíduos agrossilvopastoris

A administração pública deve realizar o licenciamento ambientalmente das

atividades de criação de animais e cultivos agrícolas, considerando aspectos locacionais e

legais, no que tange ao uso do solo em conformidade com o zoneamento do plano diretor

municipal, bem como áreas de preservação permanente e de reserva legal das

propriedades rurais. Também, deve observar critérios técnicos para manejo e destinação

final dos resíduos orgânicos (em especial dejetos animais) em solo.

É importante que o município crie um banco de dados dos criadores de animais e

das quantidades de resíduos por eles gerados, assim como dos estabelecimentos privados

que geram algum resíduo agrossilvopastoril.

Aos agricultores, cabe solicitar o licenciamento ambiental de suas atividades junto

ao órgão ambiental competente, desde que a atividade seja passível de licenciamento

ambiental, e cumprir as condições e restrições constantes em suas licenças ambientais. Na

Tabela 68 é apresentado o programa para o manejo dos resíduos agrossilvopastoris.

Tabela 68: Programa, metas e ações dos resíduos. Programa: Garantia do tratamento e da destinação am bientalmente adequada para os Resíduos

Agrossilvopastoris

Metas Ações Prazo de Execução Prioridade

Gestão adequada dos resíduos

agrossilvopastoris

Exigir licenciamento ambiental de todos os criatórios de bovinos, suínos, bem como de aviários

Curto Ação Contínua

Alta

Exigir licenciamento ambiental de todas as propriedades rurais gerados de resíduos sólidos

agrossilvopastoris

Curto Ação Contínua Alta

Fiscalizar todos criatórios de bovinos, suínos, bem como de

aviários

Curto Ação Contínua

Baixa

Incentivar o uso de técnicas de tratamento dos dejetos que

propiciem a recuperação energética

Longo

Alta

Abrangência de manejo adequado dos dejetos animais em 100% das

propriedades rurais

Curto Ação Contínua

Baixa

Fonte: Empresa Executora. 19.8 Gestão adequada dos resíduos com logística rev ersa obrigatória

O município deverá desenvolver e construir um modelo de logística reversa

adequado às comunidades e articulado com os empreendedores locais e as entidades

nacionais representativas dos diversos setores e encarregadas da formulação de diretrizes

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conceituais e operacionais para viabilização da responsabilidade compartilhada e da

logística reversa.

A logística reversa consiste no retorno de produtos após seu uso, por parte do

consumidor, aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. Conforme artigo

33 da Lei Federal nº12.305/2010, está estabelecida a obrigação de implementação de

sistemas de logística reversa para os seguintes resíduos:

I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja

embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de

gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas

estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA, do SNVS e do SUASA, ou em normas técnicas;

II - pilhas e baterias;

III - pneus;

IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Na Tabela 69, são apresentadas as metas para os resíduos com logística reversa

obrigatória.

Tabela 69: Programa, metas e ações para a logística reversa. Programa Responsabilidade Compartilhada dos resíduo s da Logística Reversa Pós -Consumo

Metas Ações Prazo de Execução Prioridade

Promoção e desenvolvimento de mecanismos

para implantação da logística

reversa

Elaborar e manter atualizado cadastro de pontos de venda de

lâmpadas fluorescentes, eletroeletrônicos, pilhas e baterias,

pneus, óleo lubrificante e agrotóxicos, bem como inventário

das quantidades de resíduos especiais gerados no município

Curto Ação Contínua

Alta

Criação de banco de dados, contendo as quantidades coletadas

de resíduos, através das campanhas realizadas

Curto Ação Contínua

Alta

Fiscalizar geradores quanto à destinação dos resíduos sujeitos à

logística reversa;

Imediata Ação Contínua

Baixa

Promover a articulação entre todos os agentes responsáveis pela

logística reversa

Curto Ação Contínua

Alta

Promover a realização de campanhas educativas regulares junto à comunidade para descarte

correto de medicamentos vencidos e produtos pós-consumo

Imediata Ação Contínua

Baixa

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Realizar campanhas/programas de educação ambiental, voltadas à

destinação adequada dos resíduos de lâmpadas fluorescentes,

eletroeletrônicos, pilhas e baterias, pneus, óleo lubrificante e

agrotóxicos

Imediata Ação Contínua

Baixa

Garantia da efetividade do

sistema de responsabilidade compartilhada de resíduos sólidos

Promover incentivos fiscais, financeiros e creditícios voltados à

segregação de produtos pós-consumo e embalagens no comércio

Curto Ação Contínua

Média

Fonte: Empresa Executora.

Abaixo segue descritivo quanto aos resíduos da Logística Reversa, descrevendo as

responsabilidades dos fabricantes, poder público e população em geral.

19.8.1 Lâmpadas fluorescentes

� Responsabilidade dos fabricantes, importadores, dis tribuidores e

comerciantes

De acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010 cabe aos fabricantes, comerciantes,

revendedores e importadores desses produtos, a responsabilidade pela destinação final

das lâmpadas queimadas/usadas. Ao comerciante cabe receber a lâmpada queimada de

seu cliente, acondicioná-la temporariamente de forma adequada para não quebrá-la,

considerando a norma de armazenamento de resíduos perigosos (NBR 12.235 – ABNT,

1992) e destiná-la para o fabricante ou seu fornecedor.

Os acondicionamentos para recebimento das lâmpadas usadas devem ser

devidamente identificados, com placas informativas sobre os riscos e a importância da

correta destinação desses resíduos. Após os resíduos devem ser encaminhados para a

reciclagem, recuperação ou destinação final em empresas licenciadas para tais atividades,

sendo que o transporte do comércio até a destinação final deve ser realizado por empresa

devidamente licenciada para transporte de produtos perigosos.

Ainda, quando solicitado pelos órgãos ambientais, o comerciante deve informar as

quantidades e os locais de destinação das lâmpadas queimadas, devendo ainda apresentar

comprovação das informações, devendo guardar os comprovantes de destinação desses

resíduos, bem como cópia da licença ambiental dos transportadores, recicladores e do local

de destinação final dos resíduos.

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� Responsabilidades dos geradores

Quanto à responsabilidade dos geradores das lâmpadas queimadas, cabe a eles

realizar a triagem das lâmpadas em relação aos demais resíduos gerados e o

encaminhamento dessas para os locais onde foi efetuada a compra do material, sempre

cuidando para não quebrar a lâmpada antes de encaminhá-la ao comércio e sempre

guardar comprovante de compra da lâmpada nova, para facilitar a devolução da lâmpada

queimada.

� Responsabilidades do poder público municipal

Ao município cabe a responsabilidade de fiscalizar a aplicação da logística reversa

desses resíduos junto aos estabelecimentos comerciais e fabricantes dos produtos. Nesse

sentido, o município pode participar da logística reversa através do cadastro dos

comerciantes de lâmpadas, exigindo deles comprovantes de destinação dos resíduos de

seus clientes, bem como informações sobre a venda de novas lâmpadas.

Ainda, o município deverá realizar campanhas de recolhimento de lâmpadas, através

da divulgação e organização do evento, sendo que os custos públicos devem ser limitados

a essas atividades, realizar parcerias com o comércio local, elaborar folders e implantar

locais de pontos de entrega voluntária.

Se tratando das lâmpadas queimadas geradas em instalações públicas, cabe ao

município, realizar a triagem e o encaminhamento das mesmas até o local onde efetua a

compra das lâmpadas novas.

19.8.2 Resíduos de produtos eletroeletrônicos e seu s componentes

� Responsabilidade dos fabricantes, importadores, dis tribuidores e

comerciantes

Se tratando dos resíduos eletroeletrônicos, a Lei Federal nº 12.305/2010, prevê que

os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes são responsáveis por sua

destinação final, os comerciantes deverão disponibilizar nos pontos de venda um local para

os clientes depositar seus resíduos eletroeletrônicos em desuso.

Cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes destinar os

resíduos recebidos para locais devidamente licenciados, visando à reciclagem, reutilização

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ou a destinação final, ainda, devem divulgar nos seus estabelecimentos comerciais

informações sobre a periculosidade desses materiais e orientações sobre a destinação

desses resíduos.

Também quando solicitado pelos órgãos ambientais, os comerciantes deverão

informar as quantidades e os locais para onde forem destinados os resíduos

eletroeletrônicos, devendo ainda apresentar comprovação das informações.

� Responsabilidade dos geradores

Aos usuários ou geradores de resíduos eletroeletrônicos cabe a separação desses

dos demais tipos de resíduos e a destinação até os comerciantes ou pontos de venda. O

gerador não pode dispor esse tipo de resíduo na coleta convencional.

� Responsabilidade do poder público municipal

Cabe ao município realizar a fiscalização e a aplicação efetiva da logística reversa

desses resíduos junto aos estabelecimentos comerciais e fabricantes, devendo criar um

cadastro de comerciantes, assistentes técnicos ou outros envolvidos na cadeia de

comercialização desses produtos, visando monitorar a destinação final dos resíduos

eletroeletrônicos.

Também o município deverá realizar campanhas de recolhimento dos resíduos

eletroeletrônicos, participando da divulgação e organização do evento para informar e

envolver toda a comunidade, atuando intensamente na educação ambiental dos munícipes

e comerciantes, no que tange à gestão desses resíduos eletroeletrônicos. Quanto os

resíduos eletroeletrônicos gerados em instalações públicas, os mesmos devem ser

enviados pelo município ao local de compra dos eletrônicos novos, cabendo ao município

neste caso, as mesmas responsabilidades dos geradores.

19.8.3 Pilhas e baterias

� Responsabilidade dos fabricantes, importadores, dis tribuidores e

comerciantes

Para os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes cabe a

responsabilidade de destinação final das pilhas e baterias, devendo dispor de

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acondicionamento para o recebimento desses resíduos de seus clientes nos pontos de

venda dos produtos novos. O armazenamento temporário desses resíduos nos pontos de

coleta deve considerar a norma para armazenamento de resíduos perigosos NBR 12.235

(ABNT, 1992), o local deve ser identificado com placas informativas sobre os riscos e a

importância da correta destinação final. As pilhas e baterias armazenadas nesses locais

devem ser encaminhadas pelos comerciantes, aos seus fornecedores dos materiais novos,

visando sua correta destinação final.

Ainda, quando solicitado pelos órgãos ambientais, o comerciante deve informar as

quantidades e os locais de destinação das pilhas e baterias, devendo ainda apresentar

comprovação das informações, devendo guardar os comprovantes de destinação desses

resíduos, bem como cópia da licença ambiental dos transportadores, recicladores e do local

de destinação final dos resíduos.

� Responsabilidade dos geradores

Cabe aos geradores de pilhas e baterias a separação desses resíduos dos demais

gerados, e o encaminhamento dos mesmos até os pontos de recebimento, junto aos locais

de venda dos produtos novos. Cabendo ressaltar que as pilhas e baterias usadas não

podem ser dispostas na coleta convencional.

� Responsabilidade do poder público municipal

Se tratando da responsabilidade do município, cabe a ele a fiscalização sobre a

logística reversa desses resíduos junto aos estabelecimentos comerciais, avaliar a eficácia

da logística reversa desses resíduos. O município deverá criar cadastro dos comerciantes

e outros agentes envolvidos na comercialização de pilhas e baterias, visando monitorar a

destinação final dos resíduos.

Ainda o município, deverá realizar campanhas educativas junto ao comércio local e

aos habitantes, bem como proporcionar material educativo e orientativo para ser disposto

nos locais de recebimento das pilhas e baterias usadas. Para o caso das pilhas e baterias

geradas pelo poder público, cabe ao município, às mesmas responsabilidades dos

geradores.

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19.8.4 Pneus

� Responsabilidade dos fabricantes, importadores, dis tribuidores e

comerciantes

Cabem aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de pneus

responsabilidade pela destinação final adequada dos pneus inservíveis. Os locais de venda

de pneus novos devem dispor de um local específico para a armazenagem dos pneus

inservíveis advindos dos seus clientes.

Ressalta-se que este local dever ser coberto para o armazenamento temporário, pois

os pneus podem acumular água e facilitar a proliferação de mosquitos transmissores de

doenças. Portanto, os comerciantes devem encaminhar os pneus inservíveis aos seus

fornecedores de pneus novos, visando a correta destinação final dos resíduos.

Além disso, é importante dispor de placas informativas e orientativas sobre a

importância da correta destinação dos pneus inservíveis. Ainda, quando solicitado pelos

órgãos ambientais, o comerciante deve informar as quantidades e os locais para onde

forem destinados os pneus usados, devendo ainda apresentar comprovação das

informações, devendo guardar comprovantes de destinação desses resíduos, bem como

cópia da licença ambiental dos transportadores, recicladores e do local de destinação final.

� Responsabilidade dos geradores

Compete aos geradores de pneus inservíveis encaminharem os mesmos nos locais

de compra ou troca dos pneus, tais como borracharias, os pneus não devem ser dispostos

de maneira alguma, na coleta convencional, muito menos serem dispostos em terrenos

baldios ou “bota-foras”.

� Responsabilidade do poder público municipal

O município deve realizar a fiscalizar da logística reversa desses resíduos junto aos

estabelecimentos comerciais e/ou borracharias, devendo instituir um cadastro de

comerciantes, borracharias e outros agentes envolvidos na comercialização dos pneus

novos, visando monitorar a destinação final dos pneus inservíveis.

Além disso, o município deverá realizar campanhas educativas junto ao comércio

local e aos habitantes, bem como proporcionar material educativo sobre a importância

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correta da destinação final dos pneus inservíveis. Também se deve avaliar a eficácia das

campanhas e da logística reversa através do monitoramento das quantidades devolvidas

aos fabricantes e as quantidades de pneus depositados irregularmente em locais

impróprios, recolhidas pelo poder público.

Para pneus gerados pelo poder público, cabe ao município, às mesmas

responsabilidades dos geradores.

19.8.5 Óleo lubrificante

� Responsabilidade dos fabricantes, importadores, dis tribuidores e

comerciantes

Competem aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, bem como

proprietários de oficinas mecânicas, a acedência dos resíduos vindos de seus clientes, a

coleta e a destinação final adequada desse material, inclusive as embalagens. As rampas

de lavagem devem possuir caixa de separação de óleos e graxas, devendo ser feita limpeza

periódica da caixa e encaminhamento desses resíduos para local licenciado.

É de suma importância que os estabelecimentos implantem ações práticas para que

ocorra efetivamente a logística reversa desses materiais, os comerciantes devem possuir

locais específicos para a coleta e armazenamento do óleo lubrificante usado em

conformidade com seu licenciamento ambiental e com a norma NBR 12.235 da ABNT,

referente ao armazenamento de resíduos perigosos.

O local, de armazenamento temporário deve ter placas informativas da importância

da logística reversa e da destinação final de forma correta do óleo lubrificante, bem como

manter cópia das licenças ambientais referentes ao empreendimento e à destinação final

do óleo usado, para visualização por parte dos clientes e órgãos fiscalizadores. Ainda,

quando for solicitado pelos órgãos ambientais, o comerciante deve informar as quantidades

e os locais para onde forem destinados esses resíduos, devendo ainda apresentar

comprovação das informações, devendo guardar comprovantes de destinação e cópia da

licença ambiental dos transportadores e recicladores e local de destinação final dos

resíduos.

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� Responsabilidade dos geradores

Os gerados de óleo lubrificante devem realizar os serviços de troca de óleo,

manutenção e lavagem de veículos em locais devidamente licenciados e que destinam o

material contaminado com óleo para seus fornecedores ou diretamente para a reciclagem.

Os clientes podem observar as licenças ambientais no próprio estabelecimento comercial

ou até mesmo solicitar informações junto ao município sobre o estabelecimento.

� Responsabilidade do poder público municipal

Incumbe ao município o dever de fiscalizar os estabelecimentos que realizam o

comércio ou a troca de óleo lubrificante, o poder público deve realizar um cadastro desses

estabelecimentos e licenciá-los quando for de sua competência. Para aqueles

estabelecimentos que não forem considerados de impacto local para o licenciamento

ambiental, como postos de combustíveis, o município deve solicitar que os mesmos

apresentem cópia de suas licenças ambientais emitidas pelo órgão ambiental estadual e

comprovante de destinação de seus resíduos.

O óleo utilizado e suas embalagens geradas pelo município devem ser armazenados

temporariamente em local adequado, em acondicionamentos corretos, após destinar os

materiais contaminados com óleo para seus fornecedores, os quais devem possuir o devido

licenciamento ambiental. O município deve guardar comprovantes de destinação e cópia

das licenças das empresas de transporte e reciclagem dos resíduos, bem como adequar

sua rampa de lavagem de veículos, dando correto destino para o material coletado na caixa

de separação de água e óleo.

19.8.6 Embalagens de agrotóxicos

� Responsabilidade dos fabricantes, importadores, dis tribuidores e

comerciantes

Se tratando das às embalagens de agrotóxicos, os fabricantes, importadores,

distribuidores e comerciantes são responsáveis pela destinação final dessas embalagens,

os mesmos devem orientar os usuários de agrotóxicos a realizar a tríplice lavagem das

embalagens, informando também, a importância da correta destinação final desse resíduo.

Os comerciantes devem possuir local específico para a armazenagem das embalagens

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vazias advindas de seus clientes, de acordo com normas técnicas específicas. O comércio

local deve apoiar as campanhas de coleta de embalagens de agrotóxicos, promovidas pelo

município. Quando solicitado pelos órgãos ambientais, os comerciantes devem informar as

quantidades de agrotóxicos comercializadas, embalagens recebidas e sua destinação final.

� Responsabilidade dos geradores

A maioria dos geradores são os agricultores e estes devem realizar a tríplice lavagem

da embalagem de agrotóxico vazia, repetindo três vezes a seguinte sequência de

procedimentos: colocar água até, no mínimo, um terço da embalagem de agrotóxico

esvaziada agitando vigorosamente; despejar a solução resultante da lavagem no tanque de

aplicação do agrotóxico, utilizando-a como parte da diluição do agrotóxico para uma nova

aplicação na lavoura.

Após, devem armazenar as embalagens vazias em local coberto, seco e com piso

impermeável até as devolverem para o local de compra ou armazenar as embalagens por

um ano e encaminhá-las aos locais da coleta anual. Salienta-se que os agricultores não

devem queimar as embalagens, como também não devem dispor as mesmas junto com os

resíduos da coleta convencional.

� Responsabilidade do poder público municipal

O município deve fiscalizar os estabelecimentos que comercializam agrotóxicos,

visando exclusivamente, controlar a destinação final das embalagens vazias advindas dos

clientes daquele comércio. O município deve fornecer orientações técnicas aos agricultores

sobre a realização da tríplice lavagem das embalagens vazias e da correta destinação final

das mesmas. É importante manter a realização de campanhas de coleta de embalagens de

agrotóxicos, divulgando e organizando a logística, bem como realizar banco de dados

contento as informações de quantidades coletadas.

19.9 Gestão dos resíduos de mineração

Conforme apresentado no Diagnóstico, o Município não possui controle nem

qualquer cadastro dos empreendimentos geradores de resíduos da mineração. Na Tabela

70 é apresentado o programa, assim como, as metas e ações para o manejo adequado dos

resíduos.

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Tabela 70: Programa, metas e ações. Programa 1: manejo adequado dos resíduos de mineraç ão

Metas Ações Prazo de execução Prioridade

Realização de levantamento de

dados dos resíduos gerados pela atividade de

exploração mineral

Elaborar inventário Municipal de RSM

Curto Média

Criar e manter atualizado cadastro de geradores de RSM

Média Ação Contínua Alta

Implantação de Planos de

Gerenciamento de Resíduos de Mineração –

PGRSM

Incluir a exigência de PGRS em processos de licenciamento ou

outros tipos de autorização

Média Ação Contínua

Alta

Destinação ambientalmente

adequada de Resíduos de Mineração

Fiscalizar cumprimento dos PGRSM pelos geradores quanto à destinação

final dos RSM

Média Ação Contínua

Média

Fonte: Empresa Executora. 19.10 Gestão dos resíduos sólidos domiciliares

O planejamento da coleta convencional atual deve ser revisto a fim de compatibilizar

a estrutura existente com a demanda da qualidade dos serviços, assim como, sua

cobertura. Este planejamento consiste em agrupar informações sobre as condições de

saúde pública, as possibilidades financeiras do município, as características físicas do

mesmo e os hábitos da população, para então discutir a maneira de tratar tais fatores e

definir os métodos que forem julgados mais adequados.

A implantação do programa de coleta seletiva no município representa para a

administração pública uma gama de objetivos relevantes quanto aos aspectos sociais,

econômicos e ambientais. Esses fatores são considerados de total relevância na

justificativa de implantação da coleta seletiva em qualquer comunidade, sendo que a

população deverá ter o compromisso no atendimento e principalmente conscientização da

importância ambiental do processo de segregação dos resíduos domiciliares.

Qualquer que seja a forma de execução dos serviços, a implantação do programa

de coleta seletiva requer muito além do comprometimento de diversos setores da

administração pública, ou seja, alocação de infraestrutura integrada por instalações, mão-

de-obra e equipamentos necessários à boa execução dos serviços.

Neste sentido, compete às secretarias municipais responsáveis promoverem o

comprometimento dos diversos agentes envolvidos no processo, sendo eles: a população,

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a entidade executora dos serviços e os técnicos integrantes da administração pública, além

de promover a disponibilização da infraestrutura necessária. Na Tabela 71 é apresentado

os programas, metas e ações para os sistemas de coleta convencional e seletiva no

município.

Tabela 71: Programas, Metas e Ações dos Resíduos Do miciliares. Programa: Gerenciando os Resíduos Sólidos Urbanos

Metas Ações Prazo de execução Prioridade

Coleta convencional adequada

Atender 100% do município com coleta convencional Imediato Alta

Implantação de Estação de Transbordo de Resíduos da

Coleta no Município Imediato Baixa

Incentivar à compostagem de resíduos orgânicos nas

residências Imediato Alta

Coleta seletiva de resíduos

domiciliares

Promover a implantação de sistemas de coleta seletiva de recicláveis secos, orgânicos e

rejeitos

Curto Alta

Padronizar as lixeiras na área urbana e rural

Curto Alta

Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em

aterros

Apoiar os munícipes que promovam a redução da geração

de resíduos sólidos Imediato Alta

Implantação de Central de Triagem, Compostagem e

Transbordo Curto Alta

Áreas de passivos ambientais

Elaborar inventário de áreas de disposição inadequada de

resíduos sólidos no município (lixões e aterros controlados)

Imediato Médio

Projeto de remediação das áreas de disposição inadequada de resíduos sólidos apontadas no

inventário

Curto Alta

Programa: Inclusão socioeconômica de catadores de m atérias recicláveis Metas Ações Prazo de Execução Prioridade

Inclusão e fortalecimento de organizações de

catadores de materiais recicláveis

Promover a inclusão socioeconômica através da contratação prioritária de

catadores de materiais recicláveis junto a Central de Triagem,

Compostagem e Transbordo, e outras formas associativas para

prestação de serviços de limpeza pública, coleta seletiva solidária e triagem de resíduos sólidos com o devido contrato de prestação de

serviços

Curto

Média

Regulamentação e fiscalização das unidades de triagem

domiciliares e de cooperativas em relação aos aspectos de segurança do trabalho e licenciamento ambiental

Médio Média

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Promover a venda conjunta de materiais recicláveis entre

cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis,

visando ganho em escala e consequentemente melhores

condições de venda

Médio

Média

Fonte: Empresa Executora.

20. CENÁRIOS DE REFERÊNCIA PROPOSTOS

Considerando o diagnóstico, este capítulo tem como objetivo readequar e

reestruturar o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos no município. Para atingir estes

objetivos, foram criados três cenários distintos, sendo eles:

CENÁRIO I: readequação da coleta convencional, mantendo-se o sistema atual,

porém, deverá atender 100% da área urbana e rural do município, assim como necessitará

ser reavaliada a frota de veículos coletores que realizam a coleta convencional atualmente.

CENÁRIO II: reestruturação da coleta convencional e implantação de uma estação

de transbordo. Esta alternativa diminuiria os custos despendidos para a operacionalização

de coleta, bem como facilitará o transporte, sanando a necessidade de estocagem

temporária dos resíduos, antes de serem encaminhados para o tratamento e/ou disposição

final.

CENÁRIO III: reestruturação da coleta convencional, implantação da coleta seletiva,

atendendo 100% da área do município, assim como, implantação de Central de Triagem,

Compostagem e Transbordo, onde os resíduos sólidos urbanos após coletados serão

triados, sendo que o material reciclado irá ser comercializado, o resíduo orgânico será

utilizado para compostagem e o rejeito irá para o aterro sanitário.

20.1 Descrição dos cenários propostos

20.1.1 Cenário I - Readequação da coleta convencion al – Contratação de empresa

terceirizada

O município deverá ampliar a coleta convencional de resíduos sólidos atendendo

100% da área urbana e rural. A coleta será realizada 3 (três) vezes por semana no

perímetro urbano e 1 (uma) vez por semana no perímetro rural. Conforme projeções

populacionais e a geração de resíduos, estima-se que sejam coletados 739,456 Kg/mês de

resíduos sólidos no município.

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Conforme informações fornecidas pela administração municipal, Eldorado do Sul

possui uma estimativa de 215 km de vias urbanas. Para realização dos cálculos, utilizou-

se o índice de 10% a mais de vias para possíveis ajustes de rotas e deslocamentos. Desta

forma, considerou-se para a base de cálculo 236,5 km de vias na área urbana. Para a área

rural utilizou-se do mesmo índice de 10%, somados a 375 Km de vias existentes,

totalizando 412,5 Km de vias.

Diante destas projeções, estima-se que sejam necessários 3 (três) veículos coletores

compactadores para a realização da coleta convencional em todo território do município.

Ressalta-se que cada veículo coletor deverá dispor de uma equipe de trabalho contendo 1

(um) motorista e 2 (dois) coletores. Ainda, sugere-se que o município disponibilize um local

para pesagem dos caminhões coletores vazios e cheios, para que se tenha o controle da

quantidade de resíduos que estão sendo encaminhados para o aterro sanitário.

Cabe a administração municipal, no ato da concorrência pública para a contratação

de empresa terceirizada para os serviços de coleta convencional, estabelecer que a

mesma, comprove a existência de veículos coletores em números superior ao exigido, afim

de assegurar a eventual substituição imediata de veículo que por ventura venha a sofrer

alguma avaria, pane mecânica e/ou qualquer outro contratempo que surja para interromper

a coleta durante seu expediente de trabalho.

Durante a realização do processo licitatório, o município deverá elaborar planilhas

orçamentárias, sendo que as mesmas deverão compor custos de mão de obra, uniformes

e equipamentos de proteção individual, veículos coletores (valores de aquisição e/ou

depreciação) remuneração do capital investido, impostos e seguros, consumos de

combustível, pneus, despesas administrativas, quilometragem de vias, dimensionamento

de equipes de trabalho, assim como, impostos e taxas contendo o lucro presumido.

20.1.2 Cenário II - Reestruturação da coleta conven cional e implantação da estação

de transbordo

20.1.2.1 Reestruturação Coleta Convencional

O município deverá ampliar a coleta convencional de resíduos sólidos urbanos

atendendo 100% da área urbana e rural. Para garantir a eficiência dos serviços de coleta e

transporte, sugere-se que a coleta convencional seja realizada 03 (três) vezes por semana

na área urbana e 01 (um) vez por semana na área rural. Esta frequência foi definida através

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de informações quanto a quantidade de resíduos coletados, a mão de obra utilizada,

quilômetros de vias percorridos, assim como, condições e acessos.

Conforme informações fornecidas pela administração municipal, Eldorado do Sul

possui uma estimativa de 215 km de vias urbanas. Para realização do cálculo, somou-se a

este valor, 30% a mais de vias, dessa forma, considerou-se para a base de cálculo 280 km

de vias na área urbana. Justifica-se a porcentagem como margem de segurança, devido

aos deslocamentos, entre a área central e os distritos, possíveis ajustes de rotas e

expansão da área urbana, assim como descarga na área de transbordo. Já para a área

rural, avalia-se em 375 km de vias. Diante destas informações, estima-se que serão

necessários 03 (três) veículos coletores compactadores para a realização da coleta.

20.1.2.2 Dimensionamento da equipe de trabalho

A equipe de trabalho que realizará a coleta convencional é considerada como um

conjunto de trabalhadores envolvidos na atividade de coleta dos resíduos. Recomenda-se,

01(um) motorista e 02 (dois) coletores para cada veículo compactador, totalizando assim

03 (três) motoristas e 06 (seis) coletores. Salienta-se que estes deverão estar uniformizados

e utilizando equipamentos de proteção individual (EPI’s). De acordo com a Norma

Regulamentadora “NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI” é

considerado como, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,

destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Entende-se como equipamento conjugado de proteção individual, todo aquele

composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais

riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a

segurança e a saúde no trabalho.

20.1.2.3 Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)

Para a preservação da saúde dos trabalhadores de limpeza urbana, além de serem

disponibilizados os EPI’s deve-se implantar instrumentos que objetivem a eliminação ou

redução dos fatores nocivos no trabalho, no que se refere aos ambientes e a organização

e relação dos trabalhos, dentro dos preceitos estabelecidos, e em vigor, das NR’s.

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Programas de caráter preventivo para a melhoria da vida do trabalhador também

devem ser implementados, como:

• Programas de diagnóstico e análises nas relações de trabalho, propondo, quando

for o caso, um reestudo das divisões das tarefas, turnos de trabalho, escalas, etc., que

poderão gerar conflitos intersubjetivos que aumentem os riscos de acidentes e a diminuição

da produtividade;

• Programas de saúde, com vistas a detectar o aparecimento de doenças

ocupacionais, e também a de prevenção de doenças transmissíveis. Promoção de ações

visando o acompanhamento regular do estado de saúde física e mental, com enfoque na

prevenção de aparecimento de doenças que podem ser evitadas.

Na Tabela 72 são apresentadas as principais características dos equipamentos de

segurança individual, que deverão ser disponibilizados à equipe de trabalho.

Tabela 72: Características dos equipamentos de segu rança individual EPI’s Características Imagens de ilustrações*

Botina

As botinas deverão ser de couro com biqueira de aço para a proteção de risco de queda de materiais,

equipamentos, acessórios ou objetos pesados sobre os pés, impermeável, resistentes, preferencialmente na cor

preta e solado antiderrapante.

Luva Luvas confeccionadas em malha de algodão com banho

de borracha látex na palma, resistentes e antiderrapantes.

Boné Boné para a proteção da cabeça contra raios solares e outros objetos, com protetor de nuca entre 20 a 30 cm.

Capa de chuva

Capa de chuva confeccionada em tecido forrado de PVC, proteção dos funcionários em dias de chuva.

Uniforme

Com base nos uniformes já utilizados, o modelo deve ser de calça comprida e camisa com manga, de no

mínimo ¾, de tecido resistente e de cor específica para o uso do funcionário do serviço de forma a identificá-lo de acordo com a sua função. O uniforme também deve

conter algumas faixas refletivas, no caso de coleta noturna.

Fonte: Adaptado de ECOTÉCNICA, 2008. (*) Imagens de Ilustrações retiradas do site http://www.tecmater.com.br.

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20.1.2.4 Implantação e operacionalização da estação de transbordo

Conforme Ecourbis (2011), as estações de transbordo de resíduos são locais de

destinação intermediários dos resíduos sólidos coletados em um determinado município,

estabelecidos em função da considerável distância entre a área de coleta (perímetro

municipal) e o local de disposição final (aterro sanitário).

Na estação de transbordo os resíduos coletados pelos caminhões compactadores

serão descarregados e, depois, depositados em caçambas de maior capacidade que

levarão estes resíduos até o aterro sanitário. Desta maneira, gerará uma redução no

número de caminhões na malha viária, contribuindo, também, para a minimização das

emissões dos gases de efeito estufa, prejudiciais a camada de ozônio e diminuindo os

custos de transportes de resíduos.

O modelo de estação de transbordo tem como objetivo melhorias nas condições de

tratamento e disposição final dos resíduos sólidos gerados, viabilizando o transporte final

dos resíduos coletados no município com menores custos.

A metodologia da operação da estação de transbordo deverá ser realizada da

seguinte forma, os caminhões coletores irão percorrer o perímetro do município, conforme

o cronograma de coleta, e ao atingir o limite de peso suportado, os mesmos deverão dirigir-

se à estação de transbordo para descarregar os resíduos.

Ressalta-se que, a estação de transbordo não preverá o acúmulo de resíduos e/ou

percolado, pois resíduos eventualmente desviados durante o processo de transferência de

um caminhão para outro serão recolhidos pelo funcionário da estação que irá introduzi-los

na caçamba que realizará o transporte final.

Dessa forma, a estação de transbordo armazenará os resíduos coletados

diariamente e assim que a caçamba estiver completa, deverá receber uma cobertura por

lona, para proteger os resíduos da chuva e evitar que sejam espalhados pelas vias públicas

durante o transporte para o aterro sanitário.

Vale mencionar que, a implantação e a operacionalização da estação de transbordo

deverá atender os preceitos da NBR 11174: Armazenamento de resíduos classe II – não

inertes e classe III – inertes. ABNT, Rio de Janeiro, 1990.

Na Figura 133 é demonstrado um modelo de uma estação de transbordo.

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Figura 131: Modelo ilustrativo de uma estação de tr ansbordo.

Fonte: COTRIM; SILVA, infraestrutura para consórcios públicos de resíduos sólidos urbanos nas Bacias dos

Rios São Francisco e Parnaíba.

20.1.2.5 Seleção da área para implantação da estaçã o de transbordo

A área deverá ser compatível com o empreendimento, localizada próxima a rodovias,

como também próxima entre o início e final de coleta, reduzindo assim a km rodada e

minimizando os custos com deslocamentos.

Cabe destacar que, a área para implantação da estação de transbordo deverá

receber o devido licenciamento ambiental, respeitando a legislação vigente, mantendo

preservada a fauna, flora e os mananciais hídricos.

20.1.2.6 Vias de acesso à estação de transbordo

As vias de acesso à estação necessitarão estar em boas condições, devendo ser

capazes de garantir o acesso dos veículos coletores mesmo em períodos de chuva.

20.1.2.7 Iluminação

A estação de transbordo deverá ter iluminação adequada para sua operação no

período noturno ou outras ocasiões de luminosidade natural insuficiente.

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20.1.2.8 Cercamento da área

A área da estação de transbordo deverá ser cercada para evitar a entrada de

pessoas não autorizadas aos resíduos temporariamente armazenados no local. No portão

de acesso a estação, deverá conter uma guarita com vigilância permanente, que restringirá

o acesso somente ao pessoal envolvido nas operações de coleta e destinação final,

devendo o portão permanecer fechado nos períodos de ociosidade de tráfego de veículos.

20.1.2.9 Acesso à estação de transbordo

Somente os veículos de coleta de resíduos sólidos urbanos serão autorizados a ter

acesso à estação. Esta medida se dará para garantir que resíduos oriundos de outras

fontes, tais como industriais, serviços de saúde, entre outros, não sejam recebidos e

consequentemente venham a ser destinados de maneira inadequada.

20.1.2.10 Impermeabilização do piso

O piso na área de descarga de resíduos deverá ser impermeável, com concreto

resistente suficiente para suportar o peso bruto total dos veículos coletores carregados,

assim como, da caçamba de transferência carregada.

20.1.2.11 Caçamba de transferência

Os resíduos sólidos urbanos serão transbordados para 02 (duas) caçambas

estacionárias de 30 m³ cada, tipo Roll-On Roll-Off, fabricadas em aço carbono, com reforço

do tipo costela ao longo de toda a sua extensão. A superfície metálica da caçamba deverá

receber tratamento adequado para minimizar os efeitos corrosivos, assim como necessitará

apresentar estanqueidade para evitar que os resíduos e o líquido percolado sejam

derramados nas vias durante o transporte até o aterro sanitário.

20.1.2.12 Destino final dos resíduos sólidos urbano s

Sugere-se que o município adquira 02 (duas) caçambas estacionárias Roll-On Roll-

Off para armazenar o rejeito, como também um 01 (um) caminhão Roll-On Roll-Off, para o

transporte do rejeito até o aterro sanitário.

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20.1.3 Cenário III – Reestruturação da coleta conve ncional, implantação da coleta

seletiva e central de triagem, compostagem e transb ordo

20.1.3.1 Implantação Coleta Seletiva

Considerando que o município não dispõe de coleta seletiva atualmente, este

capítulo vem apresentar a estruturação e operação da coleta seletiva, a qual abrangerá

todo o território do município.

Propõe-se que, a coleta seletiva seja realizada 01 (uma) vez por semana na zona

urbana e rural, atendendo toda a população. Destaca-se que, a frequência de coleta foi

definida através da quantidade de resíduos gerados, a mão de obra utilizada, os km

percorridos, bem como condições de vias e acessos.

Para que a coleta seletiva seja realizada de maneira efetiva e satisfatória, sugere-

se ao município a aquisição de 01 (um) veículo coletor baú e uma equipe composta por, no

mínimo, 02 (dois) coletores e 01 (um) motorista.

A equipe deverá estar munida de ferramentas adequadas, como vassourão, pá e

garfo. Ressalta-se que para o manuseio e a coleta dos resíduos, os funcionários envolvidos

no trabalho deverão utilizar equipamentos de proteção individual (EPI).

Conforme informações fornecidas pela administração municipal, Eldorado do Sul

possui uma estimativa de 215 km de vias urbanas. Para realização do cálculo, somou-se a

este valor, 30% a mais de vias, dessa forma, considerou-se para a base de cálculo 280 km

de vias na área urbana. Justifica-se como margem de segurança, devido aos

deslocamentos, entre a área central e os Distritos, possíveis ajustes de rotas, expansão da

área urbana, bem como descarga na central de triagem. Já para a área rural estima-se em

375 km de vias.

Para que a coleta seletiva seja eficaz, sugere-se ao município a instalação de lixeiras

padronizadas para a realização das coletas. O critério para definição da quantidade de

lixeiras na área urbana, foi relacionado com a distância considerada "confortável" para uma

pessoa percorrer com os resíduos em mãos, da mesma forma para a área rural, onde a

população é mais dispersa, ressaltando que os munícipes da área rural não possuem o

hábito de encaminhar seus resíduos sólidos para a área urbana, assim proporcionando uma

facilidade em manejar os resíduos gerados.

Sugere-se que para cada 100m na área urbana, seja implantada 01 (uma) lixeira, já

para a área rural a cada 1.500m, como também, onde houver a presença de aglomerações.

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Na Tabela 73 é apresentada a estimativa da quantidade de lixeiras adequadas para

a área urbana e rural do município.

Tabela 73: Estimativa de quantidade de lixeiras nas áreas urbanas e rurais dos Municípios. Estradas Urbanas

(Km) Estradas Rurais

(Km) Aquisição de lixeiras padronizados

215* 375** Urbana Rural 2.150 250

Legenda: (*) Fonte: Município de Eldorado do Sul. (**) Fonte: Empresa Executora.

Para a execução dos serviços será utilizada à metodologia de coleta dos resíduos

sólidos em acondicionamentos dispostos na área urbana e na área rural. Esta metodologia

consiste em recolher somente resíduos sólidos recicláveis, compostos por papel, papelão,

vidros, metais, multicamadas e plásticos em suas mais variadas formas. Os materiais

coletados serão encaminhados para a central de triagem, compostagem e transbordo, para

posteriormente serem triados, acondicionados, armazenados e finalmente comercializados,

tornando-se novamente matéria prima.

Quando a via pública não possibilitar o tráfego ou manobra do caminhão, os

coletores deverão se deslocar até o local onde os resíduos estão posicionados para coletá-

los e transportá-los manualmente até o caminhão. O caminhão deverá ser carregado de

maneira que os materiais não transbordem na via pública.

Esgotada a capacidade de coleta do veículo coletor baú, o caminhão deverá dirigir-

se à central de triagem, compostagem e transbordo para sua pesagem e descarregamento.

Por ocasião da pesagem, será emitido um comprovante de operação (ticket) em, no

mínimo, 02 (duas) vias, sendo que:

• A primeira via será entregue ao centro administrativo da central de triagem, para

conferência; e

• A segunda via à gestão administrativa do município.

Deverão ser obedecidas as normas de conduta e procedimentos operacionais

determinados pelas unidades de destinação final, onde for descarregar os materiais

coletados. A rota da coleta seletiva será a mesma que a rota da coleta convencional, mas

em dias não coincidentes. Esta medida facilitará a compreensão e melhoria da participação

da população com a coleta seletiva municipal.

Ressalta-se que para a coleta convencional mantem-se de acordo com o proposto

no Cenário I, ou seja, 03 (três) vezes por semana na área urbana e 01 (um) vez por semana

na área rural do município.

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20.1.3.2 Operação da central de triagem, compostage m e transbordo

A central de triagem e compostagem será implantada em uma área disponibilizada

pelo município, sendo que sua estrutura física será composta por um pavilhão de 800 m²,

que contemplará espaço para pesagem dos caminhões na chegada e saída, recepção,

triagem, pátio de compostagem e transbordo dos resíduos. Ainda, contará com uma

unidade de apoio com sede administrativa, contemplando escritório e instalações

sanitárias/vestiários/refeitórios.

A área deverá ser compatível com o empreendimento, localizada próxima a rodovias,

como também próxima entre o início e final de coleta, reduzindo assim a km rodada e

minimizando os custos com deslocamentos.

Cabe destacar que a área para implantação da central deverá receber o devido

licenciamento ambiental, respeitando a legislação vigente, mantendo preservada a fauna,

flora e os mananciais hídricos.

Todas essas estruturas serão implantadas em área cercada, identificada, com

paisagismo nas proximidades das estruturas edificadas, além de cortinamento vegetal em

todas as suas divisas, evitando proliferação de odores e vetores. Na parte externa deverá

haver pátio para manobras de veículos de carga e descarga em ambos os lados da

edificação e estacionamento para veículos de passeio e eventualmente de veículos

operacionais do município.

20.1.3.3 Recepção dos Resíduos

Recepção ou descarga é o local onde são descarregados os resíduos no município.

Essa área deverá ter piso impermeabilizado, cobertura, sistemas de drenagem das águas

pluviais e dos efluentes gerados no local (no momento da descarga, da limpeza e da

higienização), evitando contaminação do solo por chorume. A altura da cobertura deverá

possibilitar a descarga dos resíduos. Os resíduos descarregados serão dispostos em funis,

onde gradativamente os catadores retiram os materiais para a seleção, que deve ser feita

na esteira.

Após a triagem, os materiais recicláveis serão destinados para as baias com

identificação do tipo de material e posteriormente realizar-se-á a prensagem e

enfardamento do material, sendo o mesmo armazenado em fardos já preparados para o

transporte.

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Os resíduos orgânicos serão trabalhados no pátio de compostagem e os rejeitos

acondicionados na caçamba que será encaminhada para destinação final, junto ao aterro

sanitário de Minas do Leão/RS. Nas Figura 134 e 135, segue imagem ilustrativa de uma

central de triagem e compostagem.

Figura 132: Modelo de uma Central de Triagem e Comp ostagem – Parte Externa.

Fonte: Elementos para a Organização da Coleta Seletiva e Projeto dos Galpões de Triagem (Novembro de

2008).

Figura 133: Modelo de uma Central de Triagem e Comp ostagem – Parte Interna.

Fonte: Elementos para a Organização da Coleta Seletiva e Projeto dos Galpões de Triagem (Novembro de

2008).

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20.1.3.4 Procedimentos diários

• Fazer uso rigoroso de EPI’s. Os funcionários deverão utilizar respirador individual,

luvas, botas e aventais, e trocar os uniformes a cada dois dias, ou antes, se necessário;

• Receber nesta área exclusivamente o resíduo sólido doméstico e comercial;

• Retirar os materiais volumosos e promover o seu acondicionamento adequado;

• Cobrir com lona o resíduo sólido que eventualmente não tenha sido processado no

dia da coleta;

• Impedir a entrada de animais domésticos no local;

• Varrer a área após o encerramento das atividades; e

• Lavar com detergente e desinfetante a área de recepção.

� Procedimento mensal

• Limpar os ralos e as canaletas de drenagem.

� Procedimentos semestrais ou anuais

• Repor, quando necessário, os EPI’s e uniformes;

• Pintar a unidade de triagem; e

• Desintetizar o local.

20.1.3.5 Triagem

Triagem é a separação manual dos diversos componentes dos resíduos sólidos, que

são divididos em grupos, de acordo com a sua natureza: matéria orgânica, materiais

recicláveis, rejeitos e resíduos sólidos específicos.

A esteira deverá estar na altura aproximada de 90cm para possibilitar aos

funcionários a adequada operação. Para o armazenamento dos materiais triados, os

funcionários deverão ter atrás de si ou nas suas laterais bombonas de plástico, estas ideais

para armazenamento, devido ao seu pouco peso e também pelo fácil manejo durante a

higienização.

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20.1.3.6 Compostagem

Compostagem é a decomposição aeróbia (com presença de ar) da matéria orgânica

pela ação de organismos biológicos, em condições físicas e químicas adequadas.

A população de microrganismos presente no resíduo sólido é diversificada -

bactérias, fungos e actinomicetos - que, em condições adequadas e controladas,

multiplicam-se, acelerando a decomposição da matéria orgânica.

A garantia das condições físicas e químicas adequadas à compostagem consistem

no controle dos seguintes aspectos:

• Do local, disposição e configuração da matéria orgânica destinada à compostagem;

• Da umidade, temperatura, aeração, nutrientes, tamanho das partículas e pH.

O local onde será executado o processo de compostagem é denominado pátio de

compostagem, e deverá este ter o piso pavimentado impermeabilizado, com camada de

argila compactada com espessura de 30cm, com declividade de 2% em relação ao ponto

de captação de efluentes eventualmente gerados no processo, possuir sistema de

drenagem pluvial e permitir a incidência solar em toda a área. As juntas de dilatação desse

pátio necessitam de rejunte em tempo integral.

A compostagem dos resíduos do município ocorrerá junto à central de triagem e será

por processo natural. A compostagem natural consiste na disposição dos resíduos em

leiras, em pátio impermeabilizado, com aeração por reviramento das leiras, manualmente

ou com auxílio de máquinas – podem ser retroescavadeiras ou pá-carregadeiras. A

disposição da matéria orgânica no pátio deve ocorrer ao final da triagem de um volume de

resíduo sólido produzido por dia, de modo a formar uma leira triangular com dimensões

aproximadas de diâmetro entre 1,5 a 2,0m e altura em torno de 1,6m. Quando o resíduo

diário não for suficiente para a conformação de uma leira com essas dimensões devem-se

agregar as contribuições diárias até que se consiga a conformação geométrica.

Conforme o manual de implantação de compostagem, fornecido pelo Ministério do

Meio Ambiente, as leiras podem chegar a ter até 2,0 metros de altura. Entretanto, para

melhor aeração dos resíduos, deve-se evitar leiras muito altas, pois os resíduos da base

são compactados e a aeração fica comprometida.

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20.1.3.7 Rotina de operação – compostagem

� Procedimentos diários:

• Fazer uso rigoroso de EPI’s. Os funcionários devem utilizar respirador individual,

luvas, botas e aventais, e trocar os uniformes a cada dois dias, ou antes, se necessário;

• Verificar a umidade das leiras. Havendo excesso de umidade, adicionar palha ou

materiais fibrosos, cobri-las com uma camada fina de composto maturado, e, em período

chuvoso, com lona. Se o material estiver muito seco, adicionar água;

• Identificar as leiras, até os 120 dias de compostagem, com placas numeradas;

• Ler e anotar a temperatura diária das leiras durante a fase de degradação ativa, 90

dias, e durante a fase de maturação, 30 dias, até completar o ciclo de 120 dias de

compostagem;

• Promover a aeração a cada reviramento, na frequência de 3 em 3 dias. Se o

material estiver muito compactado, adicionar material fibroso, aumentando os vazios;

• Retirar durante os reviramentos os inertes presentes nas leiras;

• Atentar para a presença dos nutrientes essenciais ao processo.

Quanto mais diversificados forem os resíduos orgânicos que compõem a leira de

compostagem, mais diversificados serão os nutrientes e, consequentemente, a população

microbiológica, resultando em uma melhor eficiência na compostagem;

• Garantir o tamanho de até 5 cm das partículas a compostar;

• Eliminar as moscas, cobrindo as leiras novas com uma camada de composto

maturado e dedetizando as canaletas;

• Impedir o armazenamento de resíduos e sucatas no pátio;

• Retirar qualquer vegetação produzida nas leiras.

Conforme a Lei Federal 12.305/2010:

Capítulo III - Das responsabilidades dos geradores e do poder público Seção II – Da responsabilidade Compartilhada • Artigo 36 ““... Gestão integrada de resíduos sólidos Parágrafo 1º. Para o cumprimento do disposto nos incisos I a IV da caput, o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos PRIORIZARÁ A ORGANIZAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DE COOPERATIVAS OU DE OUTRAS FORMAS DE ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E RECICLÁVEIS FORMADAS POR PESSOAS FÍSICAS DE BAIXA RENDA, BEM COMO SUA CONTRATAÇÃO. Parágrafo 2º. A contratação prevista é dispensável de licitação... Entendimento: Cabe ao contratante prover os recursos financeiros necessários para a organização e o funcionamento da cooperativa. Investimentos mínimos: técnicos operacionais (prensa, mesa e/ou esteira, reformas, empilhadeira, EPI etc.“

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No Fluxograma 02, é demonstrado o funcionamento da Central de Triagem,

Compostagem e Transbordo.

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Fluxograma 2: Funcionamento da central de triagem, compostagem e transbordo.

Fonte: Empresa Executora.

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20.1.3.8 Projeção dos resíduos sólidos domiciliares

Para estimar a quantidade dos resíduos gerados no município que serão

encaminhados à central de triagem, compostagem e transbordo, realizou-se a projeção dos

resíduos sólidos, onde utilizou-se como base de cálculos a seguinte geração:

Tabela 74: Geração de resíduos (Kg). Produção de resíduos (kg) - atual

Área Kg/per capita/dia Diário Semanal Mensal Anual Urbano 0,6310 23.074 138.443 622.992 7.475.904 Rural 0,6500 846 5.076 22.841 274.096

TOTAIS 0,6317 23.920 143.519 645.833 7.750.000 Fonte: Empresa Executora.

Conforme já relatado no Diagnóstico, o município não possui qualquer estudo

gravimétrico dos resíduos coletados, dessa forma estão sendo utilizados valores estimados

do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (2014), onde, avalia-se que

para municípios de até 50.000 habitantes, adotam-se como composição média de Resíduos

Sólidos Urbanos (RSU) os seguintes percentuais:

• Matéria Orgânica: 65%;

• Matéria Seco Reciclável: 20% e;

• Rejeito: 15%.

A estimativa da quantidade de resíduos gerados em um horizonte de 20 anos

contados a partir do ano de 2017 foi dada pela projeção populacional durante este período.

Nas Tabelas 75 e 76, são apresentadas a geração de resíduos sólidos domiciliares

totais e as metas de reciclagem, as quais serão utilizadas para este cenário atual,

separadas entre área urbana e rural.

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Tabela 75: Projeção dos Resíduos Sólidos Urbanos. Evolução dos resíduos sólidos e metas de reciclagem - urbano

Ano

Projeção População

Total A

Geração Per capita

(Kg/hab./dia) B

Quantidade Coletada (t/mês)

C = A x B

Estimativa da Geração de Resíduo

Seco (t/mês)*

D

Meta Resíduo Seco (%)

E

Resíduo Seco Reciclado

(t/mês) F = E x D

Estimativa da Geração de Resíduo Orgânico

(t/mês) **G

Meta Resíduo Orgânico (%)

H

Resíduo Orgânico Reciclado

(t/mês) I = G x H

Disposição final

(t/mês) J = C-(F+I)

1 37.722 0,6310 714 143 10 14 464 0 0 700 2 38.877 0,6310 736 147 10 15 478 0 0 721 3 40.032 0,6310 758 152 13 20 493 3 15 723 4 41.187 0,6310 780 156 16 25 507 6 30 724 5 42.342 0,6310 802 160 19 30 521 9 47 724 6 43.497 0,6310 823 165 22 36 535 12 64 723 7 44.652 0,6310 845 169 25 42 549 15 82 721 8 45.807 0,6310 867 173 28 49 564 18 101 717 9 46.962 0,6310 889 178 31 55 578 21 121 713 10 48.117 0,6310 911 182 34 62 592 24 142 707 11 49.272 0,6310 933 187 37 69 606 27 164 700 12 50.427 0,6310 955 191 40 76 620 30 186 692 13 51.582 0,6310 976 195 43 84 635 33 209 683 14 52.737 0,6310 998 200 46 92 649 36 234 673 15 53.892 0,6310 1.020 204 49 100 663 39 259 662 16 55.047 0,6310 1.042 208 52 108 677 42 284 649 17 56.202 0,6310 1.064 213 55 117 692 45 311 636 18 57.357 0,6310 1.086 217 58 126 706 48 339 621 19 58.512 0,6310 1.108 222 61 135 720 51 367 605 20 59.667 0,6310 1.129 226 64 145 734 54 396 588

Fonte: Empresa Executora.

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Tabela 76: Projeção dos Resíduos Sólidos Rurais.

Evolução dos resíduos sólidos e metas de reciclagem - rural

Ano

Projeção População

Total A

Geração Per capita

(Kg/hab./dia) B

Quantidade Coletada (t/mês)

C = A x B

Estimativa da Geração de Resíduo

Seco (t/mês)* D

Meta Resíduo

Seco (%) E

Resíduo Seco

Reciclado (t/mês)

F = E x D

Estimativa da Geração de

Resíduo Orgânico (t/mês) **

G

Meta Resíduo Orgânico

(%) H

Resíduo Orgânico Reciclado

(t/mês) I = G x H

Disposição final (t/mês) J = C-(F+I)

1 1.302 0,6500 25 5 10 1 16 0 0 25 2 1.302 0,6500 25 5 10 1 16 0 0 25 3 1.302 0,6500 25 5 13 1 16 3 0 24 4 1.302 0,6500 25 5 16 1 16 6 1 24 5 1.302 0,6500 25 5 19 1 16 9 1 23 6 1.302 0,6500 25 5 22 1 16 12 2 22 7 1.302 0,6500 25 5 25 1 16 15 2 22 8 1.302 0,6500 25 5 28 1 16 18 3 21 9 1.302 0,6500 25 5 31 2 16 21 3 20

10 1.302 0,6500 25 5 34 2 16 24 4 20 11 1.302 0,6500 25 5 37 2 16 27 4 19 12 1.302 0,6500 25 5 40 2 16 30 5 18 13 1.302 0,6500 25 5 43 2 16 33 5 18 14 1.302 0,6500 25 5 46 2 16 36 6 17 15 1.302 0,6500 25 5 49 2 16 39 6 16 16 1.302 0,6500 25 5 52 3 16 42 7 16 17 1.302 0,6500 25 5 55 3 16 45 7 15 18 1.302 0,6500 25 5 58 3 16 48 8 15 19 1.302 0,6500 25 5 61 3 16 51 8 14 20 1.302 0,6500 25 5 64 3 16 54 9 13

Fonte: Empresa Executora.

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20.1.3.9 Projeção do volume de resíduos domiciliare s a serem enviados para o aterro

De acordo com a projeção de resíduos domiciliares, caracterizou-se a projeção do

volume a ser disposto em aterro sanitário para os próximos 20 anos. Sendo elaborada a

estimativa sem considerar as metas de reciclagem e, considerando as metas propostas,

conforme demonstrada na Tabela 77 para área urbana e na Tabela 78 para área rural.

Ponderou-se o peso específico dos resíduos a serem aterrados igual a 0,7 t/m³ e o volume

de material de cobertura requerido sendo de 20% do volume a ser aterrado.

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Tabela 77: Estimativas de Geração Área Urbana. Estimativa do volume de resíduos - urbano

Ano

Previsão de

Resíduos Aterrados

sem Reciclagem

(t/mês)

Volume de

Resíduos Aterrados Previsto (m3/mês)

Volume de

Material de

Cobertura (m3/mês)

Volume de Material

de Cobertura

+ Resíduos (m3/mês)

Volume de

Material de

Cobertura +

Resíduos (m3/ano)

Volume Total

Acumulado (m3)

Previsão de

Resíduos Aterrados

com Reciclagem

(t/mês)

Volume de Resíduos Aterrados Previsto (m3/mês)

Volume de Material de Cobertura

+ Resíduos (m3/mês)

Volume de

Material de

Cobertura +

Resíduos (m3/ano)

Volume Total

Acumulado (m3)

Sem Considerar as Metas de Reciclagem Considerando as Metas de Reciclagem 1 714 1.020 204 1.224 14.690 14.690 700 1.000 1.200 14.396 14.396 2 736 1.051 210 1.262 15.139 29.829 721 1.030 1.236 14.837 29.232 3 758 1.083 217 1.299 15.589 45.418 723 1.033 1.240 14.880 44.112 4 780 1.114 223 1.337 16.039 61.457 724 1.035 1.242 14.900 59.012 5 802 1.145 229 1.374 16.489 77.946 724 1.035 1.241 14.898 73.910 6 823 1.176 235 1.412 16.938 94.884 723 1.033 1.239 14.872 88.782 7 845 1.208 242 1.449 17.388 112.272 721 1.029 1.235 14.823 103.605 8 867 1.239 248 1.487 17.838 130.110 717 1.024 1.229 14.752 118.357 9 889 1.270 254 1.524 18.288 148.398 713 1.018 1.221 14.658 133.015

10 911 1.301 260 1.561 18.738 167.136 707 1.010 1.212 14.540 147.555 11 933 1.332 266 1.599 19.187 186.323 700 1.000 1.200 14.400 161.956 12 955 1.364 273 1.636 19.637 205.960 692 989 1.186 14.237 176.193 13 976 1.395 279 1.674 20.087 226.047 683 976 1.171 14.051 190.243 14 998 1.426 285 1.711 20.537 246.584 673 961 1.153 13.842 204.085 15 1.020 1.457 291 1.749 20.986 267.570 662 945 1.134 13.610 217.695 16 1.042 1.489 298 1.786 21.436 289.007 649 927 1.113 13.355 231.050 17 1.064 1.520 304 1.824 21.886 310.893 636 908 1.090 13.077 244.126 18 1.086 1.551 310 1.861 22.336 333.229 621 887 1.065 12.776 256.903 19 1.108 1.582 316 1.899 22.786 356.014 605 865 1.038 12.452 269.355 20 1.129 1.614 323 1.936 23.235 379.249 588 841 1.009 12.106 281.460

Fonte: Empresa Executora.

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Tabela 78: Estimativas de Geração Área Rural. Estimativa do volume de resíduos - rural

Ano

Previsão de

Resíduos Aterrados

sem Reciclagem

(t/mês)

Volume de

Resíduos Aterrados Previsto (m3/mês)

Volume de

Material de

Cobertura (m3/mês)

Volume de

Material de

Cobertura +

Resíduos (m3/mês)

Volume de

Material de

Cobertura +

Resíduos (m3/ano)

Volume Total

Acumulado (m3)

Previsão de Resíduos Aterrados

com Reciclagem

(t/mês)

Volume de

Resíduos Aterrados Previsto (m3/mês)

Volume de

Material de

Cobertura +

Resíduos (m3/mês)

Volume de

Material de

Cobertura +

Resíduos (m3/ano)

Volume Total Acumulado

(m3)

Sem Considerar as Metas de Reciclagem Considerando as Metas de Reciclagem 1 25 36 7 44 522 522 25 36 43 512 512 2 25 36 7 44 522 1.044 25 36 43 512 1.023 3 25 36 7 44 522 1.566 24 35 42 498 1.522 4 25 36 7 44 522 2.088 24 34 40 485 2.007 5 25 36 7 44 522 2.610 23 33 39 472 2.478 6 25 36 7 44 522 3.133 22 32 38 458 2.937 7 25 36 7 44 522 3.655 22 31 37 445 3.382 8 25 36 7 44 522 4.177 21 30 36 432 3.814 9 25 36 7 44 522 4.699 20 29 35 418 4.232

10 25 36 7 44 522 5.221 20 28 34 405 4.637 11 25 36 7 44 522 5.743 19 27 33 392 5.029 12 25 36 7 44 522 6.265 18 26 32 379 5.408 13 25 36 7 44 522 6.787 18 25 30 365 5.773 14 25 36 7 44 522 7.309 17 24 29 352 6.125 15 25 36 7 44 522 7.831 16 24 28 339 6.463 16 25 36 7 44 522 8.353 16 23 27 325 6.788 17 25 36 7 44 522 8.875 15 22 26 312 7.100 18 25 36 7 44 522 9.398 15 21 25 299 7.399 19 25 36 7 44 522 9.920 14 20 24 285 7.684 20 25 36 7 44 522 10.442 13 19 23 272 7.956

Fonte: Empresa Executora.

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21 INVESTIMENTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DOS CENÁRIOS

Considerando a caracterização dos cenários propostos, é necessário apresentar os

investimentos que serão desprendidos implantação e operacionalização dos mesmos,

levando em consideração a definição dos sistemas de cálculos dos custos da prestação

dos serviços, bem como a forma de cobrança desses serviços. Os investimentos para

viabilização dos Cenários, foram devidamente dimensionados dentro das especificações

técnicas e legais vigentes.

Inicialmente é necessário realizar uma abordagem teórica de alguns conceitos

conforme seguem descritos abaixo:

� Custo

Custo é o consumo das aplicações de recursos. Ele ocorre pela requisição da

matéria-prima, do material de consumo, pela depreciação das máquinas e equipamentos.

É o consumo de um bem ativo em função do processo produtivo.

� Investimento

É toda aplicação de recursos monetários, próprios ou de terceiros, em bens de

produção (matérias-primas, materiais diversos), bens de consumo (material de limpeza e

conservação) e bens de uso (prédios industriais e administrativos, máquinas,

equipamentos, marcas, patentes, etc.).

� Despesas

As despesas vencem em função do tempo e não da produção. Exemplos: O aluguel

de um galpão industrial, o pagamento de salários e encargos sociais, tem de ser pagos no

final do mês, independentemente se houve produção ou não.

� Rateio

Representa a alocação de custos indiretos à produção, segundo critérios racionais.

Exemplo: Depreciação de máquinas rateada segundo o tempo de utilização (h/m) por

produto etc. Contudo, dada a dificuldade de fixação de critérios de rateio, tais alocações

carregam consigo certo grau de arbitrariedade.

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A importância do critério de rateio está intimamente ligada à manutenção ou

uniformidade em sua aplicação. Devemos lembrar que a simples mudança de um critério

de rateio afeta o curso de produção e consequentemente afetará o resultado da empresa.

� Depreciação

Por depreciação pode-se entender como sendo o custo ou a despesa decorrente do

desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos, móveis,

imóveis e instalações) da empresa.

Ao longo do tempo, com a obsolescência natural ou desgaste com uso na produção,

os ativos vão perdendo valor. Essa perda de valor é apropriada pela contabilidade

periodicamente até que esse ativo tenha valor reduzido à zero.

A depreciação do ativo imobilizado diretamente empregado na produção será

alocada como custo. Por sua vez, os ativos que não forem usados diretamente na

produção, terão suas depreciações contabilizadas como despesa.

No Brasil, em termos contábeis, o cálculo da depreciação deverá obedecer aos

critérios determinados pelo governo, através da Secretaria da Receita Federal, art. 305 do

RIR/99, que estipula o prazo de 10 anos para depreciar as máquinas, 05 anos para veículos,

10 anos para móveis e 25 anos para os imóveis.

21.1 Estimativa dos investimentos para implantação do cenário I

No cenário I, haverá readequações da coleta convencional, mantendo-se o sistema

atual implantado, sob forma de terceirização dos serviços de operacionalização da coleta

convencional.

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21.1.1 Investimentos para a coleta convencional

A coleta convencional deverá ser realizada de maneira efetiva e satisfatória, para isso sugere-se que, no processo licitatório haja a

especificação de 03 (três) veículos coletores compactadores, os quais atenderão a área urbana e rural do município, na Tabela 79 é

demonstrado os custos de aquisição do mesmo.

Tabela 79: Investimentos – aquisição de veículos co mpactadores.

Aquisição Quantidade Custo Unitário Custo de aquisi ção Vida útil TX. Depreciação Custo mensal Custo anual

Caminhões - Chassi 3 R$ 212.000,00 R$ 636.000,00 5 20% R$ 10.600,00 R$ 127.200,00 Equipamento compactador

3 R$ 106.000,00 R$ 318.000,00 5 20% R$ 5.300,00 R$ 63.600,00

Fonte: Empresa Executora.

21.1.2 Custo de operação com a coleta convencional

Na unidade de coleta convencional serão utilizados 03 (três) caminhões compactadores, os quais irão percorrer uma distância de

10.449 km/mês, com uma média de 1,7 km/L e levando-se em conta os demais gastos com manutenção e desgaste, apurou-se um custo

anual de R$ 800.708,95. Para efeitos de apuração dos custos dos caminhões foi levada em conta a quilometragem rodada.

Conforme informações fornecidas pela administração municipal, Eldorado do Sul possui uma estimativa de 215 km de vias urbanas.

Para realização dos cálculos, utilizou-se o índice de 10% a mais de vias para possíveis ajustes de rotas e deslocamentos. Desta forma,

considerou-se para a base de cálculo 236,5 km de vias na área urbana. Para a área rural utilizou-se do mesmo índice de 10%, somados

a 375 Km de vias existentes, totalizando 412,5 Km de vias. Diante destas informações, na Tabela 80 são representadas as estimativas

de quilometragens semanais, mensais e anuais da coleta, assim como, a estimativa de deslocamento ao aterro sanitário mais próximo

(considerando o aterro localizado no Município de Minas do Leão) onde utilizou-se como base de cálculos 100 Km (ida e volta ao aterro).

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Tabela 80: Estimativa de quilometragens percorridas na coleta convencional e deslocamento ao aterro sa nitário. Zona Urbana Rural

Coletas semanais 3 1 Km - coleta convencional - estimada

Zona (Km) Semanal (Km) Mensal (Km) Anual (Km) URBANA 710 3.193 38.313 RURAL 413 1.856 22.275 TOTAIS 1.122 5.049 60.588

Km – deslocamento ao aterro sanitário - estimativa Viagens semanais - 12 Estimativa de Km por viagem – 100 Km (ida e volta)

Semanal (Km) Mensal (Km) Anual (Km) 1.200 5.400 64.800

Fonte: Empresa Executora.

Na Tabela 81 é demostrada o custo de operação dos caminhões compactadores para a realização da coleta convencional.

Tabela 81: Custo de operação dos caminhões da colet a convencional. Quantidade de caminhões 3 Km anual 125.388

Discriminação Unidade Qtde Custo un. Km rodados Custo mensal Custo anual Óleo Diesel KM / L 1,7 R$ 3,13 * 125.388 R$ 57.715,36 R$ 692.584,31

Óleo Motor / 1.000 KM rodados L / KM 1,0 R$ 10,00 125.388 R$ 104,49 R$ 1.253,88 Óleo Trasmissão / 1.000 KM rodados L / KM 1,0 R$ 9,98 125.388 R$ 104,28 R$ 1.251,37 Óleo Hidráulico / 1.000 KM rodados L / KM 1,0 R$ 8,66 125.388 R$ 90,49 R$ 1.085,86

Graxa / 1.000 KM rodados Kg / KM 1,0 R$ 13,96 125.388 R$ 145,87 R$ 1.750,42 Desgaste Pneus / 35.000 KM rodados KM / Jogo 3 R$ 0,24 125.388 R$ 2.507,76 R$ 30.093,12

Manutenção Caminhões Mensal 3 R$ 1.590,00 125.388 R$ 4.770,00 R$ 57.240,00 IPVA Anual 3 R$ 2.400,00 125.388 R$ 600,00 R$ 7.200,00

Seguro Obrigatório Anual 3 R$ 150,00 125.388 R$ 37,50 R$ 450,00 Seguro contra terceiros Anual 3 R$ 2.600,00 125.388 R$ 650,00 R$ 7.800,00

TOTAIS R$ 66.725,75 R$ 800.708,95 SCA/SLP – Sistema de Levantamento de Preços – Sínteses dos preços praticados no Rio Grande do Sul, de 14/02/2016 a 20/02/2016

Fonte: Empresa Executora.

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21.1.3 Estimativa dos custos de mão de obra para a realização da coleta convencional

Para garantir a eficiência dos serviços de coleta e transporte dos resíduos até o

aterro sanitário, serão necessários 03 (três) equipes de trabalho, sendo que cada uma delas

será composta por 01 (um) motorista e 02 (dois) coletores. Ainda a empresa contratada

deverá disponibilizar 01 (um) encarregado, que será responsável por todas as atividades

referentes à coleta. Nas Tabelas 82, 83 e 84, estão descritos os custos e os encargos

mensais dos motoristas, coletores, assim como, do encarregado.

Tabela 82: Estimativa dos Custos de Mão de Obra – M otoristas. Cargo/função: Motorista Quantidade: 3 Sal. Base: R$ 1.572,86 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário Base Hora 220 R$ 7,15 R$ 4.718,58 R$ 56.622,96 Férias 1/3 73,33 R$ 7,15 R$ 131,07 R$ 1.572,86

13º Salário Hora 220 R$ 7,15 R$ 393,22 R$ 4.718,58 Horas Extras (50%) Hora 0 R$ 10,72 R$ - R$ - Horas Extras (100%) Hora 0 R$ 14,30 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 943,72 R$ 11.324,59

Vale Refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 494,93 R$ 5.939,12 INSS % 20 R$ - R$ 1.048,57 R$ 12.582,88

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 358,82 R$ 4.305,86 TOTAL R$ 8.088,90 R$ 97.066,85

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 83: Estimativa dos Custos Mão de Obra – Cole tores.

Cargo/função: Coletores Quantidade: 6 Sal. Base: R$ 1.092,25 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário Base Hora 220 R$ 4,96 R$ 6.553,50 R$ 78.642,00 Férias 1/3 73,33 R$ 4,96 R$ 182,04 R$ 2.184,50

13º Salário Hora 220 R$ 4,96 R$ 546,13 R$ 6.553,50 Horas Extras (50%) Hora 0 R$ 7,45 R$ - R$ -

Horas Extras (100%)

Hora 0 R$ 9,93 R$ - R$ -

Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 1.310,70 R$ 15.728,40 Vale Refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ -

FGTS % 8 R$ - R$ 687,39 R$ 8.248,67 INSS % 20 R$ - R$ 1.456,33 R$ 17.476,00

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 498,36 R$ 5.980,29 TOTAL R$ 11.234,45 R$ 34.813,36

Fonte: Empresa Executora.

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Tabela 84: Estimativa dos Custos Mão de Obra – Enca rregado. Cargo/função: Encarregado Quantidade: 1 Sal. Base: R$ 1.092,25 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário Base Hora 220 R$ 4,96 R$ 1.092,25 R$ 13.107,00 Férias 1/3 73,33 R$ 4,96 R$ 30,34 R$ 364,08

13º Salário Hora 220 R$ 4,96 R$ 91,02 R$ 1.092,25 Horas Extras (50%) Hora 0 R$ 7,45 R$ - R$ - Horas Extras (100%) Hora 0 R$ 9,93 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 218,45 R$ 2.621,40

Vale Refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 114,56 R$ 1.374,78 INSS % 20 R$ - R$ 242,72 R$ 2.912,67

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 83,06 R$ 996,71 TOTAL R$ 1.872,41 R$ 22.468,89

Fonte: Empresa Executora.

21.1.4 Estimativa dos custos dos equipamentos de pr oteção individual (EPI’s) para a

realização da coleta convencional

Para apuração dos custos com os equipamentos de proteção individual, foram

consideradas as necessidades de equipamentos por funcionário e seu desgaste anual.

Os custos dos EPI’s foram apurados com base nos valores individuais e

multiplicados pelas quantidades necessárias anuais por funcionário, e esta multiplicada

pelos 12 meses, totalizando o custo anual. Na Tabela 85 são descritos os equipamentos de

proteção individual que os funcionários deverão utilizar, com os seus respectivos custos.

Tabela 85: Estimativa dos custos de EPI's. Quantidade: 10

Discriminação Medida Qtde anual Custo un. Custo mensal Custo anual Camisetas UN. 20 R$ 18,00 R$ 30,00 R$ 360,00

Calças UN. 20 R$ 30,00 R$ 50,00 R$ 600,00 Bermudas UN. 10 R$ 15,00 R$ 12,50 R$ 150,00

Bonés UN. 10 R$ 10,00 R$ 8,33 R$ 100,00 Meias UN. 20 R$ 6,00 R$ 10,00 R$ 120,00

Tênis/Botina UN. 10 R$ 48,00 R$ 40,00 R$ 480,00 Colete reflexivo UN. 10 R$ 20,00 R$ 16,67 R$ 200,00

Luvas de Proteção UN. 30 R$ 3,00 R$ 7,50 R$ 90,00 Capas de Chuva UN. 10 R$ 40,00 R$ 33,33 R$ 400,00

Totais R$ 208,33 R$ 2.500,00 Fonte: Empresa Executora.

21.1.5 Estimativa dos Custos consolidados da Coleta Convencional

Estima-se que para a readequação da coleta convencional sob forma de

terceirização, o município irá ter um custo mensal de R$ 230.057,46, já inclusos estimativa

com custos de operação, despesas administrativas, assim como, custos de disposição final,

pela empresa terceirizada, conforme apresentado na Tabela 86. Observa-se que o valor de

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R$ 66.551,10 é o valor despendido mensalmente para a disposição final dos resíduos no

aterro sanitário de Minas do Leão, levando em consideração o custo de R$ 90,00 a tonelada

(CRVR 2016) e a geração de 739,456 toneladas/mês.

Tabela 86: Estimativa de custos totais para a reade quação da coleta convencional. Custos Mensal Anual

Mão de obra R$ 21.195,76 R$ 254.349,11 EPI’s R$ 208,33 R$ 2.500,00

Equipamentos R$ 27.125,00 R$ 325.500,00 Custos operação R$ 66.725,75 R$ 800.709,00

Despesas adm. / impostos R$ 48.251,52 R$ 579.018,24 Disposição final - Minas Leão* R$ 66.551,10 R$ 798.613,25

Totais R$ 230.057,46 R$ 2.760.689,52 * Valor obtido pela disposição final de resíduos, multiplicado por R$ 90,00

Fonte: Empresa Executora.

21.2 Estimativa dos investimentos para implantação do cenário II

Os investimentos para viabilização do Cenário II foram devidamente dimensionados

dentro das especificações técnicas e legais vigentes. Para a operacionalização da coleta

convencional e implantação da estação de transbordo avaliou-se um investimento total de

R$ 1.686.189,40.

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21.2.1 Investimentos para a coleta convencional

A coleta convencional deverá ser realizada de maneira efetiva e satisfatória, para isso sugere-se a aquisição de 3 (três) veículos

coletores compactadores, os quais atenderão a área urbana e rural do município, na Tabela 87 é demonstrado os custos de aquisição do

mesmo.

Tabela 87: Estimativa dos custos com a coleta conve ncional. Bem Quantidade Custo unitário Custo de aquisição Vida útil Tx. Depreciação Custo mensal Custo anual

Caminhões - chassi 3 R$ 212.000,00 R$ 636.000,00 5 20% R$ 10.600,00 R$ 127.200,00 Equipamento Compactador

3 R$ 106.000,00 R$ 318.000,00 5 20% R$ 5.300,00 R$ 63.600,00

Total R$ 954.000,00 - - R$ 15.900,00 R$ 190.800,00 Fonte: Empresa Executora.

21.2.2 Custo de operação com a coleta convencional

Na unidade de coleta convencional serão utilizados 03 (três) caminhões compactadores, os quais irão percorrer uma distância de

65.610 km/ano, com uma média de 1,7 km/L e levando-se em conta os demais gastos com manutenção e desgaste, apurou-se um custo

anual de R$ 453.630,15. Para efeitos de apuração dos custos dos caminhões foi levada em conta a quilometragem rodada.

Na Tabela 88 são representadas as estimativas de quilometragens semanais, mensais e anuais, assim como, na Tabela 89 é

demostrada o custo de operação dos caminhões compactadores.

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Tabela 88: Estimativa de vias atendidas com a colet a. Zona Urbana Rural Total

Coletas semanais 3 1 4 Km - Coleta Convencional - estimada

Zona Semanal Mensal Anual Urbana 840 3.780 45.360 Rural 375 1.688 20.250 Totais 1.215 5.468 65.610

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 89: Estimativa dos Custos de operação dos ca minhões compactadores. Quantidade de caminhões 3 Km anual 65.610

Discriminação Unidade Qtde Custo un. Km rodados Custo mensal Custo anual Óleo Diesel KM / L 1,7 R$ 3,13 * 65.610 R$ 30.199,90 R$ 362.398,76

Óleo Motor / 1.000 KM rodados L / KM 1,0 R$ 10,00 65.610 R$ 54,68 R$ 656,10 Óleo Trasmissão / 1.000 KM rodados L / KM 1,0 R$ 9,98 65.610 R$ 54,57 R$ 654,79 Óleo Hidráulico / 1.000 KM rodados L / KM 1,0 R$ 8,66 65.610 R$ 47,35 R$ 568,18

Graxa / 1.000 KM rodados Kg / KM 1,0 R$ 13,96 65.610 R$ 76,33 R$ 915,92 Desgaste Pneus / 35.000 KM rodados KM / Jogo 3 R$ 0,24 65.610 R$ 1.312,20 R$ 15.746,40

Manutenção Caminhões Mensal 3 R$ 1.590,00 65.610 R$ 4.770,00 R$ 57.240,00 IPVA Anual 3 R$ 2.400,00 65.610 R$ 600,00 R$ 7.200,00

Seguro Obrigatório Anual 3 R$ 150,00 65.610 R$ 37,50 R$ 450,00 Seguro contra terceiros Anual 3 R$ 2.600,00 65.610 R$ 650,00 R$ 7.800,00

Totais R$ 37.802,51 R$ 453.630,15 SCA/SLP – Sistema de Levantamento de Preços – Sínteses dos preços praticados no Rio Grande do Sul, de 14/02/2016 a 20/02/2016

Fonte: Empresa Executora.

21.2.3 Estimativa dos Custos de mão de obra para a realização da coleta convencional

Para garantir a eficiência dos serviços de coleta e transporte até a estação de transbordo do município, serão necessárias 03 (três)

equipes de trabalho, compostas por 01 (um) motorista e 02 (dois) coletores, desta forma 03 (três) motoristas e 06 (seis) coletores, conforme

demonstrado na Tabelas 90 e 91, onde estão descritos os custos e os encargos mensais.

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Tabela 90: Estimativa dos Custos de Mão de Obra – M otoristas. Cargo/função: Motorista Quantidade: 3 Sal. Base: R$ 1.572,86 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário Base Hora 220 R$ 7,15 R$ 4.718,58 R$ 56.622,96 Férias 1/3 73,33 R$ 7,15 R$ 131,07 R$ 1.572,86

13º Salário Hora 220 R$ 7,15 R$ 393,22 R$ 4.718,58 Horas Extras (50%) Hora 0 R$ 10,72 R$ - R$ - Horas Extras (100%) Hora 0 R$ 14,30 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 943,72 R$ 11.324,59

Vale Refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 494,93 R$ 5.939,12 INSS % 20 R$ - R$ 1.048,57 R$ 12.582,88

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 358,82 R$ 4.305,86 Total R$ 8.088,90 R$ 97.066,85

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 91: Estimativa dos Custos Mão de Obra – Cole tores.

Cargo/função: Coletores Quantidade: 6 Sal. Base: R$ 1.092,25 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário Base Hora 220 R$ 4,96 R$ 6.553,50 R$ 78.642,00 Férias 1/3 73,33 R$ 4,96 R$ 182,04 R$ 2.184,50

13º Salário Hora 220 R$ 4,96 R$ 546,13 R$ 6.553,50 Horas Extras (50%) Hora 0 R$ 7,45 R$ - R$ - Horas Extras (100%) Hora 0 R$ 9,93 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 1.310,70 R$ 15.728,40

Vale Refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 687,39 R$ 8.248,67 INSS % 20 R$ - R$ 1.456,33 R$ 17.476,00

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 498,36 R$ 5.980,29 Total R$ 11.234,45 R$ 134.813,36

Fonte: Empresa Executora.

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21.2.4 Estimativa dos custos dos equipamentos de pr oteção individual (EPI’s) para a

realização da coleta convencional

Para apuração dos custos com os equipamentos de proteção individual, foram

consideradas as necessidades de equipamentos por funcionário e seu desgaste anual.

Desta maneira, foram apurados os custos nos valores de R$ 2.460,00/ano para os

motoristas e para o grupo da coleta o valor de R$ 9.120,00/ano.

Os custos dos EPI’s foram apurados com base nos valores individuais e

multiplicados pelas quantidades neJcessárias anuais por funcionário, e esta multiplicada

pelos 12 meses, totalizando o custo anual. Na Tabela 92 e 93 são descritos os

equipamentos de proteção individual que os funcionários deverão utilizar, com os seus

respectivos custos.

Tabela 92: Estimativa dos custos de EPI's Coletores Uniformes e equipamentos

Cargo/função: Motoristas Quantidade: 3 Discriminação Medida Qtde. Anual Custo un. Custo mensal Custo anual

Camisetas Un. 8 R$ 18,00 R$ 36,00 R$ 432,00 Calças Un. 8 R$ 42,00 R$ 84,00 R$ 1.008,00

Bermudas Un. 4 R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 180,00 Bonés Un. 2 R$ 10,00 R$ 5,00 R$ 60,00 Meias Un. 8 R$ 6,00 R$ 12,00 R$ 144,00

Tênis/botina Un. 4 R$ 48,00 R$ 48,00 R$ 576,00 Colete reflexivo Un. 1 R$ 20,00 R$ 5,00 R$ 60,00

Totais R$ 205,00 R$ 2.460,00 Fonte: Empresa Executora

Tabela 93: Estimativa dos custos de EPI's Motorista .

Uniformes e equipamentos Cargo/função: Coletores Quantidade: 6 Discriminação Medida Qtde. Anual Custo un. Custo mensal Custo anual

Camisetas Un. 12 R$ 18,00 R$ 108,00 R$ 1.296,00 Calças Un. 12 R$ 30,00 R$ 180,00 R$ 2.160,00

Bermudas Un. 6 R$ 15,00 R$ 45,00 R$ 540,00 Bonés Un. 4 R$ 10,00 R$ 20,00 R$ 240,00 Meias Un. 12 R$ 6,00 R$ 36,00 R$ 432,00

Tênis/botina Un. 6 R$ 48,00 R$ 144,00 R$ 1.728,00 Colete reflexivo Un. 4 R$ 20,00 R$ 40,00 R$ 480,00

Luvas de proteção Un. 18 R$ 3,00 R$ 27,00 R$ 324,00 Capas de chuva Un. 8 R$ 40,00 R$ 160,00 R$ 1.920,00

Totais R$ 760,00 R$ 9.120,00 Fonte: Empresa Executora.

21.2.5 Estimativa dos custos consolidados da coleta convencional

Estima-se que para o município implantar e operacionalizar a coleta convencional,

desprenderá um custo mensal de R$ 73.990,86, conforme apresentado na Tabela 94.

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Tabela 94: Estimativa dos custos consolidados da co leta convencional. Custos Mensal Anual

Coleta convencional R$ 73.990,86 R$ 887.890,36 Fonte: Empresa Executora.

21.2.6 Estrutura física da estação do transbordo

A estrutura física da estação de transbordo irá gerar um investimento total mensal

de R$ 6.705,29, considerando a depreciação aplicável e aderente à normativa atual da

Receita Federal do Brasil, apurou-se um valor total anual de 80.463,47

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Tabela 95: Estimativa de Investimentos - Estação de Transbordo.

Investimento Qtde Custo unitário

Custo aquisição

Vida útil - anos

Taxa depreciação -

anual Custo mensal Custo anual

Cercamento da área (*) 140 R$ 361,88 R$ 50.663,20 20 5% R$ 211,10 R$ 2.533,16 Estrutura física (*) 300 R$ 1.226,10 R$ 367.830,00 20 5% R$ 1.532,63 R$ 18.391,50

Guarita/monitoramento (*) 4 R$ 694,05 R$ 2.776,20 20 5% R$ 11,57 R$ 138,81 Veículo caminhão tipo Roll-On

Roll-Off 1 R$ 167.000,00 R$ 167.000,00 5 20% R$ 2.783,33 R$ 33.400,00

Caçamba estacionária tipo Roll-On Roll-Off

2 R$ 65.000,00 R$ 130.000,00 5 20% R$ 2.166,67 R$ 26.000,00

Total investimentos - R$ 234.282,03 R$ 718.269,40 - - R$ 6.705,29 R$ 80.463,47 (*)Tabela SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e índices da Construção Civil (Fevereiro 2016)

Fonte: Empresa Executora.

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21.2.7 Estimativa dos custos mão de obra - Encargos sociais sobre a folha de

pagamento

Sabe-se que, além do salário, existem vários outros custos que devem ser

calculados ou estimados de modo que se conheça a real dimensão do custo da mão de

obra a ser empregada na estação de transbordo. Nas Tabelas abaixo são demostrados os

custos da mão de obra, considerando 01 (um) motorista e 01 (um) zelador, sendo que o

motorista irá dirigir o veículo Roll-On Roll-Off e o zelador irá cuidar de toda a estação de

transbordo.

Tabela 96: Estimativa dos custos de mão de obra – M otorista Caminhão Roll-On Roll-Off. Cargo/função: Motorista Quantidade: 1 Sal. Base: R$ 1.572,86 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 7,15 R$ 1.572,86 R$ 18.874,32 Férias 1/3 73,33 R$ 7,15 R$ 43,69 R$ 524,29

13º salário Hora 220 R$ 7,15 R$ 131,07 R$ 1.572,86 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 10,72 R$ - R$ -

Horas extras (100%)

Hora 0 R$ 14,30 R$ - R$ -

Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 314,57 R$ 3.774,86 Vale refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ -

FGTS % 8 R$ - R$ 164,98 R$ 1.979,71 INSS % 20 R$ - R$ 349,52 R$ 4.194,29

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 119,61 R$ 1.435,29 Total R$ 2.696,30 R$ 32.355,62

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 97: Estimativa dos custos de mão de obra – Z elador. Cargo/função: Zelador Quantidade: 1 Sal. Base: R$ 1.128,74 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 5,13 R$ 1.128,74 R$ 13.544,88 Férias 1/3 73,33 R$ 5,13 R$ 31,35 R$ 376,25

13º salário Hora 220 R$ 5,13 R$ 94,06 R$ 1.128,74 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 7,70 R$ - R$ - Horas extras (100%) Hora 0 R$ 10,26 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 225,75 R$ 2.708,98

Vale refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 118,39 R$ 1.420,71 INSS % 20 R$ - R$ 250,83 R$ 3.009,97

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 85,83 R$ 1.030,01 Total R$ 1.934,96 R$ 23.219,54

Fonte: Empresa Executora.

21.2.8 Estimativa dos custos para disposição final – Minas do Leão

Conforme mencionado, será utilizado 01 (um) caminhão Roll-On Roll-Off, este fará

o transporte do rejeito que será encaminhado ao aterro sanitário de Minas do Leão,

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percorrendo uma distância semanal de 400 Km (04 viagens semanais, contando ida e volta)

totalizando 21.600 Km/ano.

Para estimar a quilometragem rodada até o aterro sanitário, levou-se em

consideração: a distância mais longa de Eldorado do Sul até o aterro sanitário em Minas do

Leão, dividida pela distância mais curta entre ambos, resultando em 50 Km por viagem,

totalizando 100 Km (ida e volta) por caminhão.

Tabela 98: Estimativa Quilometragem Transbordo. Saída Destino Semanal Mensal Anual

Eldorado do Sul Minas do Leão 200 900 10.800 Minas do Leão Eldorado do Sul 200 900 10.800

Total - 400 1.800 21.600 *Eldorado do Sul - Minas do Leão = 50km

Fonte: Empresa Executora.

Este caminhão Roll-On Roll-Off, calculada a uma média de 2,5 Km/L e demais gastos

de manutenção e de conservação terá um custo anual de R$ 50.177,36, e sua

quilometragem anual percorrida será de 21.600 Km. Para efeitos de apuração dos custos

dos caminhões foi levada em conta a quilometragem rodada.

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Tabela 99: Estimativa dos Custos de caminhão Roll-O n Roll-Off. Quantidade de caminhões 1 Km anual 21.600

Discriminação Unidade Qtde Custo un. Km rodados Custo mensal Custo anual Óleo diesel Km / l 2,5 R$ 3,13 * 21.600 R$ 2.253,60 R$ 27.043,20

Óleo motor / 1.000 km rodados L / km 1,0 R$ 10,00 21.600 R$ 18,00 R$ 216,00 Óleo trasmissão / 1.000 km rodados L / km 1,0 R$ 9,98 21.600 R$ 17,96 R$ 215,57 Óleo hidráulico / 1.000 km rodados L / km 1,0 R$ 8,66 21.600 R$ 15,59 R$ 187,06

Graxa / 1.000 km rodados Kg / km 1,0 R$ 13,96 21.600 R$ 25,13 R$ 301,54 Desgaste pneus / 35.000 km rodados Km / jogo 1 R$ 0,24 21.600 R$ 432,00 R$ 5.184,00

Manutenção caminhões Mensal 1 R$ 990,00 21.600 R$ 990,00 R$ 11.880,00 IPVA Anual 1 R$ 2.400,00 21.600 R$ 200,00 R$ 2.400,00

Seguro obrigatório Anual 1 R$ 150,00 21.600 R$ 12,50 R$ 150,00 Seguro contra terceiros Anual 1 R$ 2.600,00 21.600 R$ 216,67 R$ 2.600,00

Totais R$ 4.181,45 R$ 50.177,36 SCA/SLP – Sistema de Levantamento de Preços – Sínteses dos preços praticados no Rio Grande do Sul, de 14/02/2016 a 20/02/2016

Fonte: Empresa Executora.

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21.2.9 Apuração dos custos estimados para implantaç ão Cenário II

Estima-se que com a prestação dos serviços de coleta convencional e a

operacionalização da estação de transbordo pelo município, o mesmo irá ter um custo

mensal de R$ 156.254,97, conforme apresentado na Tabela 100. Observa-se que o valor

de R$ 66.551,10 é o valor despendido mensalmente para a disposição final dos resíduos,

levando em consideração o custo de R$ 90,00 a tonelada (CRVR, 2016), e a geração de

739,456 toneladas/mês.

Tabela 100: Estimativa dos custos Consolidados Esta ção de Transbordo. Custos Mensal Anual

Coleta Convencional R$ 73.990,86 R$ 887.890,36 Transbordo R$ 15.713,00 R$ 188.555,98

Disposição final - Minas do Leão* R$ 66.551,10 R$ 798.613,25 Totais R$ 156.254,97 R$ 1.875.059,59

* Valor obtido pela disposição final de resíduos, multiplicado por r$ 90,00 Fonte: Empresa Executora.

Salienta-se, caso o município opte pela contratação dos serviços de coleta

convencional, assim como a implantação e operacionalização da estação de transbordo

sob forma terceirizada, deverá ser acrescido aos valores apurados nas Tabelas acima os

percentuais correspondentes à Tabela 101.

Tabela 101: Percentuais. Discriminação Unidade Quantidade

Remuneração do capital % 0,5* ISS % 2,5*

PIS/COFINS/ IRPJ/contribuição social % 6,43* Lucro pretendido % 10*

(*) Valores estimados. Fonte: Empresa Executora.

21.3 Investimentos para implantação do cenário III

Este cenário vem apresentar uma avaliação técnica e financeira, para a

reestruturação da coleta convencional, estruturação e implantação da coleta seletiva, bem

como operacionalização de uma central de triagem, compostagem e transbordo.

A coleta convencional deverá ser realizada por 03 (três) veículos coletores

compactadores, já a coleta seletiva deverá ser realizada por 01 (um) veículo coletor baú,

os quais atenderão a área urbana e rural do município, na Tabela 102 é demonstrado os

custos de aquisição dos veículos.

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Tabela 102: Estimativa dos Investimentos para aquis ição dos caminhões compactadores e baú. Bem Quantidade Custo unitário Custo de aquisição Vida útil Tx. Depreciação Custo mensal Custo anual

Caminhões - Chassi 3 R$ 12.000,00 R$ 636.000,00 5 20% R$ 10.600,00 R$ 127.200,00 Equipamento Compactador

3 R$ 106.000,00 R$ 318.000,00 5 20% R$ 5.300,00 R$ 63.600,00

Caminhões - Chassi 1 R$ 150.000,00 R$ 150.000,00 5 20% R$ 2.500,00 R$ 30.000,00 Equipamento Baú 1 R$ 40.000,00 R$ 40.000,00 5 20% R$ 666,67 R$ 8.000,00

Total R$ 1.144.000,00 - - R$ 19.066,67 R$ 228.800,00 Fonte: Empresa Executora.

21.3.1 Estimativa de custos para a operação dos veí culos compactadores - coleta convencional

Na Tabela 103 são apresentadas as estimativas de quilometragens semanais, mensais e anuais separadas entre área urbana

e rural, para a realização da coleta convencional.

Tabela 103: Estimativa Quilometragem. Km - coleta convencional - estimada

Zona Urbana Rural Total Coletas Semanais 3 1 4

Zona Semanal Mensal Anual Urbana 840 3.780 45.360 Rural 375 1.688 20.250 Totais 1.215 5.468 65.610

Fonte: Empresa Executora.

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Na coleta convencional serão utilizados 03 (três) veículos compactadores, os quais irão percorrer uma média anual de 65.610

km. A média percorrida será de 1,7 km/L e seu custo estimado mensal será de R$ 37.802,51, levando em consideração os itens de

manutenção e desgaste. Ainda, salienta-se que para efeitos de apuração dos custos dos caminhões foram levadas em consideração

a quilometragem mensal rodada.

Tabela 104: Custo Estimado Operação Coleta Convenci onal. Quantidade de caminhões 3 Km anual 65.610

Discriminação Unidade Qtde Custo un. Km rodados Custo mensal Custo anual Óleo diesel Km / l 1,7 R$ 3,13 * 65.610 R$ 30.199,90 R$ 362.398,76

Óleo motor / 1.000 km rodados L / 1.000 km 1,0 R$ 10,00 65.610 R$ 54,68 R$ 656,10 Óleo trasmissão / 1.000 km rodados L / 1.000 km 1,0 R$ 9,98 65.610 R$ 54,57 R$ 654,79 Óleo hidráulico / 1.000 km rodados L / 1.000 km 1,0 R$ 8,66 65.610 R$ 47,35 R$ 568,18

Graxa / 1.000 km rodados Kg / 1.000 km 1,0 R$ 13,96 65.610 R$ 76,33 R$ 915,92 Desgaste pneus / 35.000 km rodados Jogo / km 3 R$ 0,24 65.610 R$ 1.312,20 R$ 15.746,40

Manutenção caminhões Mensal 3 R$ 1.590,00 65.610 R$ 4.770,00 R$ 57.240,00 IPVA Anual 3 R$ 2.400,00 65.610 R$ 600,00 R$ 7.200,00

Seguro obrigatório Anual 3 R$ 150,00 65.610 R$ 37,50 R$ 450,00 Seguro contra terceiros Anual 3 R$ 2.600,00 65.610 R$ 650,00 R$ 7.800,00

Totais R$ 37.802,51 R$ 453.630,15 SCA/SLP – Sistema de Levantamento de Preços – Sínteses dos preços praticados no Rio Grande do Sul, de 14/02/2016 a 20/02/2016

Fonte: Empresa Executora.

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21.3.2 Estimativa de custos para a operação do veíc ulo coletor baú - coleta seletiva

Na coleta seletiva será utilizado 01 (um) caminhão baú que irá percorrer uma média

anual de 35.370 km. A média percorrida será de 1,7 km/L e seu custo mensal com os

demais itens de manutenção e desgaste será de R$ 7.639,00/mês.

Nas Tabela 105 são representadas as estimativas de quilometragens semanais,

mensais e anuais (realizando uma vez por semana a coleta seletiva na área urbana e rural),

assim como, na Tabela 106 é demostrada o custo de operação do caminhão baú para a

realização coleta.

Tabela 105: Estimativa de quilometragem atendida co m a coleta seletiva. Zona Urbana Rural

Coletas semanais 1 1 Zona Semanal Mensal Anual

Urbana 280 1.260 15.120 Rural 375 1.688 20.250 Totais 655 2.948 35.370

Fonte: Empresa Executora.

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Tabela 106: Estimativa dos Custos de operação do ca minhão da coleta seletiva.

SCA/SLP – Sistema de Levantamento de Preços – Sínteses dos preços praticados no Rio Grande do Sul, de 14/02/2016 a 20/02/2016 Fonte: Empresa Executora.

21.3.3 Estimativa de custos para aquisição de lixei ras

Conforme apresentado anteriormente, estima-se que sejam implantadas 2.150 lixeiras na zona urbana e 250 lixeiras na área rural,

totalizando 2.400 unidades. Na Tabela 107 é apresentada os custos de aquisição das mesmas, ressaltando que o valor unitário de

mercado é de R$ 1.646,00.

Tabela 107: Custos de aquisição de lixeiras Área Quantidade Valores de aquisição (R$)

Urbana 2.150 3.538.900,00 Rural 250 411.500,00 Total 2.400 3.950.400,00

Fonte: Empresa Executora.

Quantidade de caminhões 1 Km anual 35.370 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Km rodados Custo mensal Custo anual

Óleo diesel Km / l 1,7 R$ 3,13 * 35.370 R$ 5.426,87 R$ 65.122,41 Óleo motor / 1.000 km rodados L / 1.000 km 1,0 R$ 10,00 35.370 R$ 29,48 R$ 353,70

Óleo trasmissão / 1.000 km rodados L / 1.000 km 1,0 R$ 9,98 35.370 R$ 29,42 R$ 352,99 Óleo hidráulico / 1.000 km rodados L / 1.000 km 1,0 R$ 8,66 35.370 R$ 25,53 R$ 306,30

Graxa / 1.000 km rodados Kg / 1.000 km 1,0 R$ 13,96 35.370 R$ 41,15 R$ 493,77 Desgaste pneus / 35.000 km rodados Jogo / km 1 R$ 0,24 35.370 R$ 707,40 R$ 8.488,80

Manutenção caminhões Mensal 1 R$ 950,00 35.370 R$ 950,00 R$ 11.400,00 IPVA Anual 1 R$ 2.400,00 35.370 R$ 200,00 R$ 2.400,00

Seguro obrigatório Anual 1 R$ 150,00 35.370 R$ 12,50 R$ 150,00 Seguro contra terceiros Anual 1 R$ 2.600,00 35.370 R$ 216,67 R$ 2.600,00

Totais R$ 7.639,00 R$ 91.667,97

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21.3.4 Estimativa dos custos de mão de obra para a realização da coleta convencional

Para garantir a eficiência dos serviços de coleta e transporte, até a central de triagem, compostagem e transbordo, será necessária

uma equipe de trabalho, composta por 03 (três) motorista e 06 (seis) coletores. Nas Tabelas 108 e 109, estão descritos os custos e

encargos mensais.

Tabela 108: Custos e encargos – Motorista. Cargo/função: Motorista Quantidade: 3 Sal. Base: R$ 1.572,86 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 7,15 R$ 4.718,58 R$ 56.622,96 Férias 1/3 73,33 R$ 7,15 R$ 131,07 R$ 1.572,86

13º salário Hora 220 R$ 7,15 R$ 393,22 R$ 4.718,58 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 10,72 R$ - R$ - Horas extras (100%) Hora 0 R$ 14,30 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 943,72 R$ 11.324,59

Vale refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 494,93 R$ 5.939,12 INSS % 20 R$ - R$ 1.048,57 R$ 12.582,88

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 358,82 R$ 4.305,86 Total R$ 8.088,90 R$ 97.066,85

Fonte: Empresa Executora.

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Tabela 109: Custos e Encargos – Coletores. Cargo/função: Coletores Quantidade: 6 Sal. Base: R$ 1.092,25 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 4,96 R$ 6.553,50 R$ 78.642,00 Férias 1/3 73,33 R$ 4,96 R$ 182,04 R$ 2.184,50

13º salário Hora 220 R$ 4,96 R$ 546,13 R$ 6.553,50 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 7,45 R$ - R$ - Horas extras (100%) Hora 0 R$ 9,93 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 1.310,70 R$ 15.728,40

Vale refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 687,39 R$ 8.248,67 INSS % 20 R$ - R$ 1.456,33 R$ 17.476,00

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 498,36 R$ 5.980,29 Total R$ 11.234,45 R$ 134.813,36

Fonte: Empresa Executora. 21.3.5 Estimativa dos custos de mão de obra para a realização da coleta seletiva

Para garantir a eficiência dos serviços de coleta e transporte, até a central de triagem, compostagem e transbordo, será necessária

uma equipe de trabalho, composta por 01 (um) motorista e 02 (dois) coletores. Nas Tabelas 110 e 111, estão descritos os custos e

encargos mensais despendidos para o motorista e para os coletores.

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Tabela 110: Estimativa dos Custos Mão de Obra – Mot orista. Cargo/função: Motorista Quantidade: 1 Sal. Base: R$ 1.572,86 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 7,15 R$ 1.572,86 R$ 18.874,32 Férias 1/3 73,33 R$ 7,15 R$ 43,69 R$ 524,29

13º salário Hora 220 R$ 7,15 R$ 131,07 R$ 1.572,86 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 10,72 R$ - R$ - Horas extras (100%) Hora 0 R$ 14,30 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 314,57 R$ 3.774,86

Vale refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 164,98 R$ 1.979,71 INSS % 20 R$ - R$ 349,52 R$ 4.194,29

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 119,61 R$1.435,29 Total R$ 2.696,30 R$ 32.355,62

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 111: Estimativa dos Custos Mão de Obra – Co letores. Cargo/função: Coletores Quantidade: 2 Sal. Base: R$ 1.092,25 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 4,96 R$ 2.184,50 R$ 26.214,00 Férias 1/3 73,33 R$ 4,96 R 60,68 R$ 728,17

13º salário Hora 220 R$ 4,96 R$ 182,04 R$ 2.184,50 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 7,45 R$ - R$ - Horas extras (100%) Hora 0 R$ 9,93 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 436,90 R$ 5.242,80

Vale refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 229,13 R$ 2.749,56 INSS % 20 R$ - R$ 485,44 R$ 5.825,33

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 166,12 R$ 1.993,43 Total R$ 3.744,82 R$ 44.937,79

Fonte: Empresa Executora.

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21.3.6 Estimativa dos custos de equipamentos de pro teção individual (EPI’s) para a

realização da coleta convencional e seletiva

Para apuração dos custos com os equipamentos de proteção individual, foram

consideradas as necessidades de equipamentos por funcionário e seu desgaste anual.

Os custos apurados com os uniformes e equipamentos para a realização da coleta

convencional e seletiva foi de R$ 1.286,66/mensal. Na Tabela 112 a 115 são descritos os

equipamentos de proteção individual que os funcionários deverão utilizar, com os seus

respectivos custos.

Tabela 112: EPI’s - Motoristas Coleta Convencional. Cargo/função: Motoristas Quantidade: 3 Discriminação Medida Qtde. Anual Custo un. Custo mensal Custo anual

Camisetas Un. 8 R$ 18,00 R$ 36,00 R$ 432,00 Calças Un. 8 R$ 42,00 R$ 84,00 R$ 1.008,00

Bermudas Un. 4 R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 180,00 Bonés Un. 2 R$ 10,00 R$ 5,00 R$ 60,00 Meias Un. 8 R$ 6,00 R$ 12,00 R$ 144,00

Tênis/botina Un. 4 R$ 48,00 R$ 48,00 R$ 576,00 Colete reflexivo Un. 1 R$ 20,00 R$ 5,00 R$ 60,00

Totais R$ 205,00 R$ 2.460,00 Fonte: Empresa Executora.

Tabela 113: EPI’s – Coletores Coleta Convencional. Cargo/função: Coletores Quantidade: 6 Discriminação Medida Qtde. Anual Custo un. Custo mensal Custo anual

Camisetas Un. 12 R$ 18,00 R$ 108,00 R$ 1.296,00 Calças Un. 12 R$ 30,00 R$ 180,00 R$ 2.160,00

Bermudas Un. 6 R$ 15,00 R$ 45,00 R$ 540,00 Bonés Un. 4 R$ 10,00 R$ 20,00 R$ 240,00 Meias Un. 12 R$ 6,00 R$ 36,00 R$ 432,00

Tênis/botina Un. 6 R$ 48,00 R$ 144,00 R$ 1.728,00 Colete reflexivo Un. 4 R$ 20,00 R$ 40,00 R$ 480,00

Luvas de proteção Un. 18 R$ 3,00 R$ 27,00 R$ 324,00 Capas de chuva Un. 8 R$ 40,00 R$ 160,00 R$ 1.920,00

Totais R$ 760,00 R$ 9.120,00 Fonte: Empresa Executora.

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Tabela 114: EPI’s – Motorista Coleta Seletiva. Cargo/função: Motoristas Quantidade: 1 Discriminação Medida Qtde. Anual Custo un. Custo mensal Custo anual

Camisetas Un. 8 R$ 18,00 R$ 12,00 R$ 144,00 Calças Un. 8 R$ 42,00 R$ 28,00 R$ 336,00

Bermudas Un. 4 R$ 15,00 R$ 5,00 R$ 60,00 Bonés Un. 2 R$ 10,00 R$ 1,67 R$ 20,00 Meias Un. 8 R$ 6,00 R$ 4,00 R$ 48,00

Tênis/botina Un. 4 R$ 48,00 R$ 16,00 R$ 192,00 Colete reflexivo Un. 1 R$ 20,00 R$ 1,67 R$ 20,00

Totais R$ 68,33 R$ 820,00 Fonte: Empresa Executora.

Tabela 115: EPI’s – Coletores Coleta Seletiva. Cargo/função: Coletores Quantidade: 2 Discriminação Medida Qtde. Anual Custo un. Custo mensal Custo anual

Camisetas Un. 12 R$ 18,00 R$ 36,00 R$ 432,00 Calças Un. 12 R$ 30,00 R$ 60,00 R$ 720,00

Bermudas Un. 6 R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 180,00 Bonés Un. 4 R$ 10,00 R$ 6,67 R$ 80,00 Meias Un. 12 R$ 6,00 R$ 12,00 R$ 144,00

Tênis/botina Un. 6 R$ 48,00 R$ 48,00 R$ 576,00 Colete reflexivo Un. 4 R$ 20,00 R$ 13,33 R$ 160,00

Luvas de proteção Un. 18 R$ 3,00 R$ 9,00 R$ 108,00 Capas de chuva Un. 8 R$ 40,00 R$ 53,33 R$ 640,00

Totais R$ 253,33 R$ 3.040,00 Fonte: Empresa Executora.

21.3.7 Estimativa dos custos consolidados da coleta convencional e seletiva

Estima-se que para a implantação e operacionalização da coleta convencional e

seletiva em todo o território do município, haverá um custo mensal total de R$ 91.559,31

conforme apresentado na Tabela 116.

Tabela 116: Custos Consolidados Operacionalização d as coletas. Custos/despesas Custo mensal Custo anual

Coleta convencional R$ 73.990,86 R$ 700.771,85 Coleta seletiva R$ 17.568,45 R$ 758.318,31

Total R$ 91.559,31 R$ 1.459.090,16 Fonte: Empresa Executora.

21.3.8 Operação da central de triagem, compostagem e transbordo

Para o investimento total da estrutura para operacionalização da central de triagem,

compostagem e transbordo foi estimado R$ 2.009.157,18 (considerando a depreciação

aplicável e aderente à normativa atual da Receita Federal do Brasil). Na Tabela 117 são

demonstramos os equipamentos e investimentos necessários para estruturação do espaço,

com seus respectivos custos.

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Tabela 117: Estimativa dos custos para aquisição do s equipamentos da central de triagem e compostagem. Bem Quantidade Custo unitário Custo de aquisição Vida útil Tx. Depreciação Custo mensal Custo anual

Estrutura física da central (*) 800 R$ 1.226,38 R$ 981.104,00 20 5,00% R$ 4.087,93 R$ 49.055,20 Prédio do centro administrativo (*) 100 R$ 1.226,38 R$ 122.638,00 20 5,00% R$ 510,99 R$ 6.131,90

Guarita de monitoramento (*) 4 R$ 694,05 R$ 2.776,20 20 5,00% R$ 11,57 R$ 138,81 Cercamento da área (*) 210 R$ 361,88 R$ 75.994,80 20 5,00% R$ 316,65 R$ 3.799,74

Esteira de resíduos 1 R$ 35.000,00 R$ 35.000,00 10 10,00% R$ 291,67 R$ 3.500,00 Empilhadeira 1 R$ 10.667,00 R$ 10.667,00 5 20,00% R$ 177,78 R$ 2.133,40

Carrinhos plataforma 2 R$ 648,59 R$ 1.297,18 10 10,00% R$ 10,81 R$ 129,72 Prensa hidráulica 2 R$ 30.000,00 R$ 60.000,00 10 10,00% R$ 500,00 R$ 6.000,00 Silo de recepção 1 R$ 3.500,00 R$ 3.500,00 10 10,00% R$ 29,17 R$ 350,00

Balança pesagem caminhão 1 R$ 115.000,00 R$ 115.000,00 10 10,00% R$ 958,33 R$ 11.500,00 Balança transpaleteira 1 R$ 4.180,00 R$ 4.180,00 10 10,00% R$ 34,83 R$ 418,00

Caminhões - chassi – Roll-On Roll-Off 1 R$ 167.000,00 R$ 167.000,00 5 20,00% R$ 2.783,33 R$ 33.400,00 Caçamba Roll-On Roll-Off 2 R$ 65.000,00 R$ 130.000,00 5 20,00% R$ 2.166,67 R$ 26.000,00

Maq. Retroescavadeira 1 R$ 300.000,00 R$ 300.000,00 5 20,00% R$ 5.000,00 R$ 60.000,00 Total R$ 2.009.157,18 - - R$ 16.879,73 R$ 202.556,77

(*) Tabela SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e índices da Construção Civil (Fevereiro 2016) Fonte: Empresa Executora.

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21.3.9 Estrutura administrativa

A estrutura administrativa é a parte que realizará a supervisão e a manutenção da central de triagem e compostagem. Para o

investimento desta estrutura, apurou-se um valor total de R$ 10.545,00. O centro administrativo da central de triagem e compostagem

receberá uma estrutura física, com equipamentos, para que possam os funcionários desempenhar suas funções adequadamente. Na

Tabela 118, são demostrados os equipamentos necessários, bem como seus respectivos custos de investimentos.

Tabela 118: Estimativa de custos com a estrutura ad ministrativa. Bem Quantidade Custo unitário Custo de aquisição Vida útil Tx. Depreciação Custo mensal Custo anual

Geladeira 1 R$ 1.225,00 R$ 1.225,00 10 10% R$ 10,21 R$ 122,50 Fogão industrial 1 R$ 2.445,00 R$ 2.445,00 10 10% R$ 20,38 R$ 244,50 Mesas escritório 1 R$ 450,00 R$ 450,00 10 10% R$ 3,75 R$ 45,00

Cadeiras 4 R$ 365,00 R$ 1.460,00 10 10% R$ 12,17 R$ 146,00 Computadores 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 5 20% R$ 16,67 R$ 200,00 Impressoras 1 R$ 400,00 R$ 400,00 5 20% R$ 6,67 R$ 80,00

Armários 1 R$ 500,00 R$ 500,00 10 10% R$ 4,17 R$ 50,00 Mesa refeitório 1 R$ 1.835,00 R$ 1.835,00 10 10% R$ 15,29 R$ 183,50

Bancos refeitório 15 R$ 82,00 R$ 1.230,00 10 10% R$ 10,25 R$ 123,00 Total R$ 10.545,00 - - R$ 99,54 R$ 1.194,50

Fonte: Empresa Executora.

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21.3.10 Custos transbordo

Avalia-se que os custos mensais de operacionalização do transbordo (viagens com

o caminhão Roll-On Roll-Off à Minas do Leão), giram em torno de R$ 3.985,88 (Tabela

119), considerando 3 viagens semanalmente ao aterro sanitário (Tabela 120).

Para estimar a quilometragem rodada até o aterro sanitário, levou-se em

consideração: a distância mais longa de Eldorado do Sul até o aterro sanitário em Minas do

Leão, dividida pela distância mais curta entre ambos, resultando em 50 Km por viagem,

totalizando 100 Km (ida e volta) por caminhão.

Tabela 119: Km rodado – Roll-On Roll-Off. Quilometragem prevista - caminhão Roll -On Roll - Off

Saída Destino Semanal Mensal Anual Eldorado do Sul Minas do Leão 150 675 8.100 Minas do Leão Eldorado do Sul 150 675 8.100

Total - 300 1.350 16.200 *Eldorado do Sul – Minas do Leão = 50 Km.

Fonte: Empresa Executora.

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Tabela 120: Estimativa dos Custos com a Operação de Caminhões – Roll-On Roll-Off – Encaminhando o reje ito para Minas do Leão. Quantidade de caminhões 1 Km anual 16.200

Discriminação Unidade Qtde Custo un. Km rodados Custo mensal Custo anual Óleo diesel Km / l 2,5 R$ 3,13 * 16.200 R$ 1.690,20 R$ 20.282,40

Óleo motor / 1.000 km rodados L / 1.000 km 1,0 R$ 10,00 16.200 R$ 13,50 R$ 162,00 Óleo transmissão / 1.000 km rodados L / 1.000 km 1,0 R$ 9,98 16.200 R$ 13,47 R$ 161,68

Óleo hidráulico / 1.000 km rodados L / 1.000 km 1,0 R$ 8,66 16.200 R$ 11,69 R$ 140,29 Graxa / 1.000 km rodados Kg / 1.000 km 1,0 R$ 13,96 16.200 R$ 18,85 R$ 226,15

Desgaste pneus / 35.000 km rodados Jogo / km 1 R$ 0,24 16.200 R$ 324,00 R$ 3.888,00 Manutenção caminhões Mensal 1 R$ 1.485,00 16.200 R$ 1.485,00 R$ 17.820,00

IPVA Anual 1 R$ 2.400,00 16.200 R$ 200,00 R$ 2.400,00 Seguro obrigatório Anual 1 R$ 150,00 16.200 R$ 12,50 R$ 150,00

Seguro contra terceiros Anual 1 R$ 2.600,00 16.200 R$ 216,67 R$ 2.600,00 Totais R$ 3.985,88 R$ 47.830,52

SCA/SLP – Sistema de Levantamento de Preços – Sínteses dos preços praticados no Rio Grande do Sul, de 14/02/2016 a 20/02/2016 Fonte: Empresa Executora.

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21.3.11 Estimativa dos custos de operação da retroe scavadeira

Avalia-se que o custo por hora de operação da retroescavadeira dentro da central de

triagem, compostagem e transbordo gira em torno de R$ 63,20 e seu custo de operação

mensal é de R$ 5.688,38 conforme apresentado nas Tabelas abaixo.

Tabela 121: Estimativa de custo hora retroescavadei ra. Vida útil bem – anos 5 Vida útil bem – horas 5400

Tx. Atualização – anual 4,50% Custo depreciação + juros R$ 12,66

Custo horário de manutenção R$ 11,11 Custo material em horas R$ 39,44

Custo hora máquina produtiva R$ 63,20 Fonte: Empresa Executora.

Tabela 122: Custo Operação Retroescavadeira.

Semanal Mensal Anual R$ 1.264,08 R$ 5.688,38 R$ 68.260,54

Fonte: Empresa Executora.

21.3.12 Estimativa com os custos de mão de obra

21.3.12.1 Encargos sociais sobre a folha de pagamen to

Além do salário, vários outros custos devem ser calculados ou estimados de modo

que se conheça a real dimensão do custo da mão de obra.

Certos encargos são fixados por lei como um percentual fixo sobre a folha de

pagamento. No entanto, a maioria tem que ser calculada a partir de estimativas que

envolvam desde o número de dias efetivamente trabalhados, estatísticas sobre taxa de

natalidade, acidentes no trabalho, número de conduções tomadas pelo trabalhador, etc.

Neste presente trabalho calcularam-se os principais encargos sociais incidentes

sobre a folha de pagamento, conforme visualizamos nos itens seguintes.

21.3.12.2 Cálculo dos encargos

O recolhimento previdenciário corresponde à aplicação das seguintes alíquotas,

sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês,

aos segurados empregados:

a) 20% referente ao INSS Patronal para as empresas NÃO optantes do Simples

Nacional;

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b) 5,8% referente à Risco de Acidente do Trabalho (RAT) e contribuição adicional

(Terceiros);

c) 8% de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Para garantir a eficácia do serviço de coleta, transporte e destinação até a Central

de Triagem e Compostagem, o município deverá criar um Centro Administrativo para a

Gestão dos Resíduos Sólidos, a ser gerenciado pelo Departamento Técnico, que terá papel

fundamental na implementação do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Urbanos.

Todos os assuntos pertinentes ao Plano, sendo eles educação ambiental,

mobilização social, coleta, transporte, triagem e destinação final, ficarão sob a

responsabilidade deste departamento, assim como a compra de equipamentos, lixeiras,

EPI’s.

Assim, estima-se que, para a implementação do centro administrativo para a gestão

dos resíduos sólidos, será necessário a seguinte equipe: técnico, auxiliar administrativo,

vigia, motorista e catadores, estes com seus custos e encargos, conforme discriminados

nos próximos itens.

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21.3.12.3 Mão de obra

Para realizar a operacionalização da central de triagem, compostagem e transbordo, foram elencados alguns empregados sendo

ele: 01(um) auxiliar administrativo para o gerenciamento da central, 01 (um) zelador para realizar que irá ser o responsável pela

conferência dos caminhões na entrada e saída da central, 01 (um) motorista para operar o veículo, 10 (dez) coletores para realizar a

separação dos resíduos, bem como 01 (um) operador de máquina. Nas Tabelas 123 a 127, são demostrados os funcionários, com seus

respectivos custos mensais.

Tabela 123: Mão de Obra – Auxiliar Administrativo Cargo/função: Aux. Adm. Quantidade: 1 Sal. Base: * R$ 1.047,20 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 4,76 R$ 1.047,20 R$ 12.566,40 Férias 1/3 73,33 R$ 4,76 R$ 29,09 R$ 349,07

13º salário Hora 220 R$ 4,76 R$ 87,27 R$ 1.047,20 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 7,14 R$ - R$ - Horas extras (100%) Hora 0 R$ 9,52 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 209,44 R$ 2.513,28

Vale refeição Unidade 0 R$ - R - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 109,84 R$ 1.318,08 INSS % 20 R$ - R$ 232,71 R$ 2.792,53

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 79,63 R$ 955,60 Total R$ 1.795,18 R$ 21.542,16

(*) Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2016 - Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação e Serviços Terceirizados em Asseio e Conservação no RS – SEEAC/RS.

Fonte: Empresa Executora.

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Tabela 124: Mão de Obra – Zelador. Cargo/função: Zelador Quantidade: 1 Sal. Base: * R$ 1.128,74 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 5,13 R$ 1.128,74 R$ 13.544,88 Férias 1/3 73,33 R$ 5,13 R$ 31,35 R$ 376,25

13º salário Hora 220 R$ 5,13 R$ 94,06 R$ 1.128,74 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 7,70 R$ - R$ - Horas extras (100%) Hora 0 R$10,26 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 225,75 R$ 2.708,98

Vale refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 118,39 R$ 1.420,71 INSS % 20 R$ - R$ 250,83 R$ 3.009,97

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 85,83 R$ 1.030,01 Total R$ 1.934,96 R$ 23.219,54

(*) Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2016 - Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação e Serviços Terceirizados em Asseio e Conservação no RS – SEEAC/RS.

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 125: Mão de Obra – Motorista. Cargo/função: Motorista Quantidade: 1 Sal. Base: * R$ 1.572,86 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 7,15 R$ 1.572,86 R$ 18.874,32 Férias 1/3 73,33 R$ 7,15 R$ 43,69 R$ 524,29

13º salário Hora 220 R$ 7,15 R$ 131,07 R$ 1.572,86 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 10,72 R$ - R$ - Horas extras (100%) Hora 0 R$ 14,30 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 314,57 R$ 3.774,86

Vale refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 164,98 R$1.979,71 INSS % 20 R$ - R$ 349,52 R$ 4.194,29

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 119,61 R$1.435,29 Total R$ 2.696,30 R$ 32.355,62

(*) Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2017 – Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul – SETCERGS. Fonte: Empresa Executora.

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Tabela 126: Mão de Obra – Coletores. Cargo/função: Coletores Quantidade: 10 Sal. Base: * R$ 1.092,25 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 4,96 R$ 10.922,50 R$ 131.070,00 Férias 1/3 73,33 R$ 4,96 R$ 303,40 R$ 3.640,83

13º salário Hora 220 R$ 4,96 R$ 910,21 R$ 10.922,50 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 7,45 R$ - R$ - Horas extras (100%) Hora 0 R$ 9,93 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 2.184,50 R$ 26.214,00

Vale refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 1.145,65 R$ 13.747,79 INSS % 20 R$ - R$ 2.427,22 R$ 29.126,67

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 830,60 R$ 9.967,15 TOTAL R$ 18.724,08 R$ 224.688,93

(*) Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2016 - Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação e Serviços Terceirizados em Asseio e Conservação no RS – SEEAC/RS.

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 127: Mão de Obra – Operador Retroescavadeira .

Cargo/função: Operador máq. Quantidade: 1 Sal. Base: * R$ 1.274,43 Discriminação Unidade Qtde Custo un. Custo mensal Custo anual

Salário base Hora 220 R$ 5,79 R$ 1.274,43 R$ 15.293,16 Férias 1/3 73,33 R$ 5,79 R$ 35,40 R$ 424,81

13º salário Hora 220 R$ 5,79 R$ 106,20 R$ 1.274,43 Horas extras (50%) Hora 0 R$ 8,69 R$ - R$ - Horas extras (100%) Hora 0 R$ 11,59 R$ - R$ - Adic. Insalubridade % 20 R$ - R$ 254,89 R$ 3.058,63

Vale refeição Unidade 0 R$ - R$ - R$ - FGTS % 8 R$ - R$ 133,67 R$ 1.604,08 INSS % 20 R$ - R$ 283,21 R$ 3.398,48

Terceiros % 5,8 R$ - R$ 96,91 R$ 1.162,96 TOTAL R$ 2.184,71 R$ 26.216,55

(*) Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2016 – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral no Estado do Rio Grande do Sul - SITICEPOT

Fonte: Empresa Executora.

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21.3.12.4 Estimativa dos custos total empregado

Na Tabela 128 é demonstrado os custos totais estimados com a mão de obra para

operacionalização da coleta convencional, seletiva e central de triagem, compostagem e

transbordo.

Tabela 128: Custo total estimado. Tipo de custo Custo mensal Custo anual

Custo total da mão de obra indireta R$ 3.730,14 R$ 44.761,70 Custo total da mão de obra direta R$ 49.369,56 R$ 592.434,72

Custo total da mão de obra R$ 53.099,70 R$ 637.196,42 Fonte: Empresa Executora.

21.3.13 Equipamentos de proteção individual (EPI’s)

Os equipamentos de proteção individual ou EPI’s, são quaisquer meios ou

dispositivos destinados a serem utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos

ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada

atividade. Um equipamento de proteção individual pode ser constituído por vários meios ou

dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos

simultâneos.

Para apuração destes custos foram consideradas as necessidades de equipamentos

por funcionário e seu desgaste anual. Desta forma, foram apurados os custos nos valores

de R$ 1.266,67/mensal para o grupo de catadores e de R$ 68,33/mensal para o motorista.

Os custos dos EPI’s foram apurados com base nos valores individuais e

multiplicados pelas quantidades necessárias anuais por funcionário e está multiplicada

pelos 12 meses, totalizando o custo anual, conforme demonstrada na Tabela 129 e 130,

onde são descritos os equipamentos de proteção individual que os funcionários deverão

utilizar, com os seus devidos custos.

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Tabela 129: Estimativa dos custos com Uniformes e E quipamentos para os Catadores. Uniformes e equipamentos

Cargo/função: Coletores Quantidade: 10 Discriminação Medida Qtde. Anual CUSTO UN. CUSTO MENSAL CUSTO ANUAL

Camisetas Un. 12 R$ 18,00 R$ 180,00 R$ 2.160,00 Calças Un. 12 R$ 30,00 R$ 300,00 R$ 3.600,00

Bermudas Un. 6 R$ 15,00 R$ 75,00 R$ 900,00 Bonés Un. 4 R$ 10,00 R$ 33,33 R$ 400,00 Meias Un. 12 R$ 6,00 R$ 60,00 R$ 720,00

Tênis/botina Un. 6 R$ 48,00 R$ 240,00 R$ 2.880,00 Colete reflexivo Un. 4 R$ 20,00 R$ 66,67 R$ 800,00

Luvas de proteção Un. 18 R$ 3,00 R$ 45,00 R$ 540,00 Capas de chuva Un. 8 R$ 40,00 R$ 266,67 R$ 3.200,00

TOTAIS R$ 1.266,67 R$ 15.200,00 Fonte: Empresa Executora.

Tabela 130: Estimativa dos custos com Uniformes e E quipamentos para o Motorista. Cargo/função: Motoristas Quantidade: 1 Discriminação Medida Qtde. Anual Custo un. Custo mensal Custo anual

Camisetas Un. 8 R$ 18,00 R$ 12,00 R$ 144,00 Calças Un. 8 R$ 42,00 R$ 28,00 R$ 336,00

Bermudas Un. 4 R$ 15,00 R$ 5,00 R$ 60,00 Bonés Un. 2 R$ 10,00 R$ 1,67 R$ 20,00 Meias Un. 8 R$ 6,00 R$ 4,00 R$ 48,00

Tênis/botina Un. 4 R$ 48,00 R$ 16,00 R$ 192,00 Colete reflexivo Un. 1 R$ 20,00 R$ 1,67 R$ 20,00

Totais R$ 68,33 R$ 820,00 Fonte: Empresa Executora.

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21.3.14 Apuração dos custos estimados para implanta ção do cenário III

Estima-se que, com a implantação e operacionalização da central de triagem,

compostagem e transbordo, o município irá ter um custo mensal de R$ 214.867,79,

conforme apresentado na Tabela 131. Observa-se que o valor de R$ 65.220,08 é o valor

despendido mensalmente para a disposição final dos resíduos no aterro sanitário de Minas

do Leão, levando em consideração o custo de R$ 90,00 a tonelada (CRVR 2016) e a

geração de 724,667 toneladas/mês.

Tabela 131: Estimativa dos Custos Consolidados. Custos/despesas Custo mensal Custo anual

Coleta convencional R$ 73.990,86 R$ 700.771,85 Coleta seletiva R$ 17.568,45 R$ 758.318,31

Triagem R$ 58.088,40 R$ 697.060,74 Disposição final - Minas Leão* R$ 65.220,08 R$ 782.640,98

Total R$ 214.867,79 R$ 2.938.791,89 * valor obtido pela disposição final de resíduos, multiplicado por R$ 90,00

Fonte: Empresa Executora.

Salienta-se, caso o município opte pela contratação dos serviços de coleta

convencional e seletiva, assim como a implantação e operacionalização da central de

triagem, compostagem e transbordo sob forma terceirizada, deverá ser acrescido aos

valores apurados nas Tabelas acima os percentuais correspondentes à Tabela 132.

Tabela 132: Percentuais. Discriminação Unidade Quantidade

Remuneração do capital % 0,5* ISS % 2,5*

PIS/COFINS/ IRPJ/contribuição social % 6,43* Lucro pretendido % 10*

(*) Valores estimados. Fonte: Empresa Executora.

21.4 Considerações finais quanto aos cenários propo stos

Para fixação dos valores estimados para cada cenário proposto, foram realizadas

consultas junto a fornecedores de máquinas, veículos, equipamentos, assim como, editais

de concorrência pública que possuem objeto similar aos estudos deste plano.

Os planos e políticas públicas, nos aspectos de implementação, podem sofrer

alterações em função de políticas governamentais ou fortes impactos na economia,

devendo as ações e metas contempladas serem revisadas juntamente com o plano a cada

4 (quatro) anos e adaptadas às novas condições.

Os planos, por sua própria natureza, não são estáticos, devendo, sempre que

necessário, sofrer alterações e adaptações. Algumas das metas e ações, muitas vezes,

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independem de recursos adicionais, sendo desenvolvidas com a estrutura física, humana

e financeira do município ou seus órgãos.

Ressalta-se que o Cenário I, foi proposto a partir da terceirização dos serviços de

coleta e destinação final dos resíduos sólidos gerados no município. Já para os Cenário II

(reestruturação da coleta convencional e implantação da estação de transbordo) e Cenário

III (operação da coleta convencional/seletiva e a implantação da central de triagem,

compostagem e transbordo) os custos foram estimados a partir da operacionalização dos

serviços pelo município. Portanto, caso o município opte pela terceirização dos Cenários II

e III, os custos para sua implementação deverão ser revistos e acrescidos percentuais

correspondentes a remuneração do capital, ISS, PIS/COFINS/IRP/Contribuição Social,

assim como, lucro pretendido.

Por fim, cabe mencionar caso o município opte pelo Cenário II (implantação da

Estação do Transbordo) e futuramente implante o Cenário III (implantação da central de

triagem, compostagem e transbordo), na mesma área, deverão ser reavaliados os

investimentos estimados no Cenário III, devido a estrutura e área serem condizentes com

o Cenário II, assim, os investimentos previstos irão diminuir, havendo somente adequações

e melhorias para implantação do Cenário III.

21.5 Fontes de financiamento

O Município de Eldorado do Sul, assim como a maioria dos municípios do país, não

possui condições financeiras próprias para a implementação de todos os programas,

projetos e ações estabelecidos no presente Plano Municipal. Diante da indisponibilidade de

recursos financeiros para os altos investimentos demandados, deverá buscar fontes de

financiamento de forma a viabilizar a concretização do planejado.

Neste sentido, este item apresenta às principais fontes de recursos financeiros,

através de convênios e financiamentos principalmente na Esfera Federal.

Abaixo são apresentadas as possíveis fontes de recursos reembolsáveis e não

reembolsáveis, salientando que tais linhas de créditos, são disponibilizadas no presente

momento, podendo sofrer alterações no decorrer de implantação do referido Plano, desta

maneira, em cada revisão que ocorrer do Plano, deverão ser revistas às fontes de

financiamento.

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� Fontes de Recursos Reembolsáveis:

São fontes onde o município capta recursos para investimentos na modalidade de

financiamento, onde o poder público acaba realizando a devolução dos valores financiados.

Abaixo seguem instituições que disponibilizam linhas de crédito para investimentos em

Programas de Resíduos Sólidos:

• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);

• Banco de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (BADESUL);

• Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE);

• Caixa Econômica Federal;

• Banco do Brasil.

� Fontes de Recursos Não Reembolsáveis:

Diferentemente das fontes reembolsáveis, esta modalidade utiliza-se de

investimentos dos Governos Federal e/ou Estadual, onde o Município recebe investimentos

por parte dos Governos, e não necessita realizar a devolução do mesmo. Abaixo segue

órgãos que disponibilizam linhas de crédito para investimentos na área de Resíduos

Sólidos:

• Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) órgão vinculado ao

Ministério das Cidades;

• Fundação Nacional da Saúde (FUNASA), órgão vinculado ao Ministério da

Saúde;

• Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA), órgão vinculado ao Ministério do Meio

Ambiente (MMA).

Todavia, o Município deverá ainda utilizar-se do sistema de tarifas, taxas e preços

públicos municipais, sendo esta a fonte de investimentos primária do Município. O sistema

de cobranças pelos serviços públicos deverá além de subsidiar os custos operacionais

gerar um superávit para promover investimentos futuros.

21.6 Gestão dos diferentes tipos de resíduos sólido s

Para um melhor entendimento, segue fluxograma com a gestão adequada dos

resíduos sólidos, a qual o município de Eldorado do Sul poderá adotar (Fluxograma 03).

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Fluxograma 3: Soluções que deverão ser adotadas par a os resíduos sólidos gerados.

Fonte: MMA (2013).

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22 GESTÃO ASSOCIADA COM MUNICÍPIOS DA REGIÃO

A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que serão priorizados no acesso

aos recursos da União para o manejo de resíduos os municípios que optarem por soluções

consorciadas intermunicipais. A contratação de consórcios públicos é regulamentada pela

Lei Federal nº 11.107/2005. Através de consórcios, os municípios podem superar as

fragilidades da gestão, racionalizar e ampliar a escala no tratamento dos resíduos, e ter um

órgão preparado para administrar os serviços planejados, com um quadro técnico

permanente (MMA, 2012).

Ressalta-se que o Município de Eldorado do Sul faz parte do Consórcio

Metropolitano Porto Alegre, regido pela Associação dos Municípios da Região

Metropolitana de Porto Alegre (GRANPAL). Através de informações coletada pela empresa

contratada a associação dos Municípios vem realizando reuniões com Grupo Técnico (GT)

dos Municípios consorciados todos os meses, buscando alternativas como a necessidade

de um aterro metropolitano para atendimento das demandas dos municípios, incorporação

de novas tecnologias e processos para gestão dos resíduos de forma integrada, incluindo

conversão energética, compostagem, despolimerização catalítica, aproveitamento do

biogás (potencialidades e restrições), necessidade de implantação de sistema de logística

reversa pelo setor produtivo, estímulo às cooperativas e associações de recicladores

atuantes na Região Metropolitana, problemas comuns associados aos focos e disposições

irregulares de resíduos.

23 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTA L

O objetivo deste item é fornecer um quadro de referência de indicadores gerenciais

de desempenho, que constitua efetivamente um instrumento de apoio à gestão e

fiscalização da operação dos serviços de limpeza pública e manejo dos resíduos sólidos no

Município. Diante do esposto os indicadores irão possuir os seguintes elementos básicos:

� Nomear o indicador;

� Definir seu objetivo;

� Estabelecer sua periodicidade de cálculo;

� Indicar o responsável pela geração e divulgação;

� Definir sua fórmula de cálculo;

� Indicar seu intervalo de validade;

� Listar as variáveis que permitem o cálculo;

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226

� Identificar a fonte de origem dos dados.

Para o correto desempenho dos indicadores é necessário seu uso apropriado, assim

como as informações dispostas no sistema devem ser confiáveis e com a exata situação

operacional dos serviços prestados. Conclui-se, que de nada adianta estabelecer um rol

complexo de indicadores se as informações primárias não correspondem ao nível de

precisão necessária.

Assim, cabe ao responsável pelo preenchimento dos dados no sistema a

responsabilidade e a obrigação de zelar pela geração correta, confiável e oportuna de cada

variável que compõem os diversos indicadores propostos.

Nas Tabelas 133 a 135 são apresentados os indicadores que auxiliarão no

acompanhamento do PMGIRS.

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227

Tabela 133: Indicadores para Resíduos Sólidos. INDICADORES DE ATENDIMENTO - InA

Nome dos indicadores Objetivo

Período de cálculo e validade

Unidade Fórmula de

cálculo Variáveis Origem dos dados

InA1. Índice de atendimento dos

domicílios com coleta convencional de resíduos sólidos

Avaliar o percentual (%) da população

atendida através da coleta convencional de resíduos sólidos, devendo o mesmo

ser realizado separadamente nas

áreas urbanas e rural

Trimestral %

InA1 - (NDACC /

NTDA) X 100

NDACC - Número de domicílios atendidos pela coleta convencional

NTDA – Número total de domicílios na

área de abrangência

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

InA2.Índice de atendimento dos

domicílios com coleta seletiva

Avaliar o percentual (%) da população

atendida através da coleta seletiva de resíduos sólidos,

devendo o mesmo índice ser calculado separadamente na área urbana e rural

Trimestral %

InA2 - (NDACS /

NTDA) X 100

NDACS - Número de domicílios atendidos pela coleta seletiva

NTDA – Número total de domicílios na

área de abrangência

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

InA3.Índice de atendimento dos

serviços de limpeza urbana

Avaliar o percentual (%) de Km de vias atendidas com os

serviços de limpeza urbana

Trimestral %

InA3 - (NVUA /

NTVUE) X 100

NVUA – Km de vias urbanas atendidas

NTVUE - Km total de vias urbanas existentes

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

InA4.Índice de geração per capita de resíduos

domiciliares

Avaliar o índice de geração de

resíduos domiciliares per

capita

Mensal Kg/hab/dia InA4 -

(GDIARDC/ POPTAC)

GDIARDC - Geração diária de resíduos domiciliares coletados (Kg/dia)

POPTAC - População total atingida pela coleta

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

InA5.Índice de reciclagem dos resíduos secos

Avaliar o percentual (%) de resíduos secos reciclados

Mensal %

InA5 - (QRSRCOM/ QRSRGER) X

100

QRSRCOM - Quantidade de resíduos secos recicláveis comercializados (Kg) QRSRGER - Quantidade de resíduos

secos recicláveis gerados (Kg)

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

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228

InA6.Índice de reciclagem dos

resíduos orgânicos

Avaliar o percentual (%) de resíduos

orgânicos Mensal %

InA6 - (QRSORES/

QRSOGER) X 100

QRSORES - Quantidade de resíduos orgânicos reciclados (Kg)

QRSOGER - Quantidade de resíduos

orgânicos gerados (Kg)

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

InA7.Atendimento das metas do Plano

Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos

Avaliar o percentual (%) de atendimento

das metas do PIGIRS

Semestral % InA7 -

(QMETAT /QTMET) X 100

QMETAT - Quantidade das metas atingidas

QTMET - Quantidade total das metas

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

InA8. Índice de reclamações relativas à qualidade dos serviços

prestados na coleta dos resíduos domiciliares

Avaliar a quantidade de reclamações relativas ao

atendimento, quanto a coleta dos

resíduos domiciliares

Trimestral %

InA8 - (NREATP/

POPTATCR) X100

NREATP - Número de reclamações atendidas no período

POPTATCR - População total atendida

pela coleta dos resíduos domiciliares

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

InA9. Índice de satisfação do cliente

Avaliar o percentual (%) de satisfação do consumidor,

perante o serviço prestado

Mensal

%

InA9 - (QPECPB / QTE) X 100

QPECPB – Quantidade de pessoas entrevistadas com padrão bom

QTE – Quantidade total de pessoas

entrevistadas

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

INDICADORES FINANCEIROS – InF.

Nome dos Indicadores

Objetivo Período de Cálculo e Validade

Unidade Fórmula de

Cálculo Variáveis Origem dos Dados

InF1. Índice de autossuficiência

financeira da prefeitura com o manejo de RSU

Avaliar a autossuficiência

Semestral R$

InF1 - VLTAR (RSU) - DESTC (RSU)

VLTAR (RSU) - Valor total arrecadado (R$) em taxas de coleta e tratamento de

RSU

DESTC (RSU) – Despesa total com os serviços de coleta e destinação adequada

de RSU (R$)

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

InF2. Despesa per capita com manejo de

RSU em relação à população atendida

Avaliar as despesas per capita

Semestral R$/hab.

InF2 - DESTC (RSU) /

POPTA

DESTC (RSU) – Despesa total com os serviços de coleta e destinação adequada

de RSU (R$)

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

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POPTA – População total atendida

InF3. Custo unitário da coleta

Avaliar custo unitário dos

serviços de coleta de resíduos

Semestral R$/Kg InF3 -

(CSCOLDFR/ QTCOLR)

CSCOLDFR - Custo com os serviços de coleta e disposição final dos resíduos

QTCOLR - Quantidade total coletada de

resíduos (kg)

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela gestão dos serviços

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 134: Indicadores de Controle Social. INDICADORES CONTROLE SOCIAL - InCS.

Nome dos Indicadores Objetivo

Período de Cálculo e Validade

Unidade Fórmula de

Cálculo Variáveis Origem dos Dados

InCS1. Indicador da participação da população em

programas e ações propostos no

PMGIRS

Avaliar a participação da comunidade na implantação de

programa ou ação voltada para educação

da comunidade

Trimestral %

InCS1 - (NHABPA/ NTHAB) X

100

NHABPA – Número de habitantes com participação ativa

NTHAB – Número total de habitantes

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela execução dos

programas e pelo cadastramento

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 135: Indicadores de Regulação. INDICADORES DE REGULAÇÃO – InR.

Nome dos Indicadores

Objetivo Período de Cálculo e Validade

Unidade Fórmula de Cálculo

Variáveis Origem dos Dados

InR1. Indicador de ação da fiscalização

Avaliar a ação da fiscalização dos agentes

municipais nos atendimentos a reclamações e denúncias

registradas

Trimestral %

InR1 - (NTFISREP/ NRECRPE)

X 100

NTFISREP - Número total de fiscalizações realizadas no período

NRECRPE - Número de reclamações/

denúncias registradas no período

Secretaria e/ou Autarquia

responsável pela fiscalização municipal.

Fonte: Empresa Executora.

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23.1 Divulgação dos indicadores

Após a geração dos resultados dos indicadores, os mesmos deverão ser divulgados

a toda população municipal. Durante os encontros do Conselho Municipal de Defesa do

Meio Ambiente (COMDEMA) deverão ser discutidos os resultados e apresentados os

motivos caso haja o não cumprimento de alguma meta estabelecida durante a execução do

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Portanto, caberá ao Conselho

Municipal realizar a fiscalização quanto ao cumprimento das metas e ao Município

competirá atualizar, manter e realizar a divulgação dos indicadores junto à sociedade local.

24 SISTEMA DE COBRANÇA PELOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE L IMPEZA URBANA E

MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O poder executivo municipal é responsável pela coleta de resíduos domiciliares, de

prestadores de serviços e atividades comerciais, os quais podem ser executados

diretamente ou por meio de terceiros mediante licitação e contrato de prestação de serviços.

Os serviços públicos na área de resíduos sólidos correspondem à coleta, transporte,

tratamento e disposição final de resíduos sólidos e limpeza de vias e logradouros públicos.

Os resíduos perigosos, industriais ou resultantes de serviços de saúde, conforme

estabelece a Legislação Ambiental em vigor, não serão coletados pelo serviço regular de

coleta de resíduos sólidos domiciliares, mas devem ser objeto de estudo nos planos de

gerenciamento de resíduos sólidos.

Atualmente, conforme apresentado no Diagnóstico, o município realiza a cobrança

pelos serviços de limpeza urbana através de carnê do IPTU, sendo que a receita arrecada

não cobre as despesas com serviços prestados.

A diferença entre taxa e tarifa consiste em que a primeira é um tributo que tem como

fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,

prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

A tarifa é um preço público unitário preestabelecido cobrado pela prestação de

serviço de caráter individualizado e facultativo. A tarifa não tem natureza tributária, estando

relacionada à quantidade do serviço efetivamente prestado (por exemplo: à massa ou ao

volume de resíduos recolhidos) e à possibilidade de rescisão.

Para a elaboração de metodologia de cálculo dos custos do sistema de manejo dos

resíduos domiciliares, pode ser utilizado à metodologia de cálculo de taxa interna de retorno

– TRI e o valor presente líquido – VLP.

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231

Sendo que irão ser utilizados os seguintes parâmetros:

• Despesas – exploração, impostos e agência reguladora;

• Investimentos em obras e serviços – Custos;

• Receitas – Faturamento, Inadimplência e Arrecadação.

Ainda envolvendo as seguintes variáveis:

Custo: é o consumo das aplicações de recursos. Ele ocorre pela requisição da

matéria-prima, do material de consumo, pela depreciação das máquinas e equipamentos.

É o consumo de um bem ativo em função do processo produtivo.

Receita: é referente ás taxas específicas tais como a taxa de coleta de resíduos,

cobrada juntamente com o Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana – IPTU.

Despesas: As despesas vencem em função do tempo e não da produção. Exemplos:

O aluguel de um galpão industrial, o pagamento de salários e encargos sociais, tem de ser

pagos no final do mês, independentemente se houve produção ou não.

Investimentos: É toda aplicação de recursos monetários, próprios ou de terceiros,

em bens de produção (matérias-primas, materiais diversos), bens de consumo (material de

limpeza e conservação) e bens de uso (prédios industriais e administrativos, máquinas,

equipamentos, marcas, patentes, etc.).

Depreciação: Por depreciação pode-se entender como sendo o custo ou a despesa

decorrente do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos,

móveis, imóveis e instalações) da empresa. Ao longo do tempo, com a obsolescência

natural ou desgaste com uso na produção, os ativos vão perdendo valor. Essa perda de

valor é apropriada pela contabilidade periodicamente até que esse ativo tenha valor

reduzido à zero. A depreciação do ativo imobilizado diretamente empregado na produção

será alocada como custo. Por sua vez, os ativos que não forem usados diretamente na

produção, terão suas depreciações contabilizadas como despesa.

24.1 Aspectos econômicos

Conforme a Lei n° 11.445 de 05 de janeiro de 2007, a qual estabelece diretrizes

nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979,

8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de

1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências, dos aspectos

econômicos e sociais:

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232

Art. 29°. Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade

econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela

cobrança dos serviços:

I - de abastecimento de água e esgotamento sanitário: preferencialmente na forma

de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos

serviços ou para ambos conjuntamente;

II - de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas e outros

preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas

atividades;

III - de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de tributos, inclusive taxas, em

conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades.

§ 1o Observado o disposto nos incisos I a III do caput deste artigo, a instituição das

tarifas, preços públicos e taxas para os serviços de saneamento básico observará as

seguintes diretrizes:

I - prioridade para atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde pública;

II - ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda aos serviços;

III - geração dos recursos necessários para realização dos investimentos,

objetivando o cumprimento das metas e objetivos do serviço;

IV - inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos;

V - recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de

eficiência;

VI - remuneração adequada do capital investido pelos prestadores dos serviços;

VII - estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os

níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços;

VIII - incentivo à eficiência dos prestadores dos serviços.

§ 2o Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e

localidades que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica suficiente

para cobrir o custo integral dos serviços.

Art. 35. As taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de limpeza

urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta a adequada

destinação dos resíduos coletados e poderão considerar:

I - o nível de renda da população da área atendida;

II - as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas;

III - o peso ou o volume médio coletado por habitante ou por domicílio.

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233

24.2 Cálculo para taxa de resíduos sólidos urbanos

Nas Tabelas 136, 137 e 138, são demonstrados os investimentos estimados que a

administração municipal deverá implementar a partir da operacionalização do Plano

Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Salienta-se que para melhor

compreensão da administração municipal, assim como, de toda a população, os cálculos

estimados foram subdivididos entre:

Cenário I – readequação dos serviços terceirizados para a operacionalização da

coleta convencional (atual forma de gestão);

Cenário II - readequação da coleta convencional e implantação da estação de

transbordo;

Cenário III – readequação da coleta convencional, implantação da coleta seletiva e

da central de triagem e compostagem.

Tabela 136: Cálculo estimado para taxa de resíduos sólidos urbanos – Cenário I População (Hab) 39.024

Economias 11.287 Geração de resíduos domésticos (Kg/Hab/Dia) 0,63

Geração de Eldorado do Sul (Ton/Mês) 739,48 Invest. Coleta Convencional (R$): R$ 955.590,00

Invest. Coleta Seletiva e Tratamento (R$): R$ - Repasse não oneroso da União ou Estado para

Resíduos Sólidos (R$) R$ - Valor total do investimento (R$): R$ 955.590,00

Operação da Coleta Convencional (R$/mês): R$ 114.977,27 Operação da Coleta Seletiva e Tratamento (R$/mês): R$ -

Operação da Disposição Final (R$/mês): R$ 66.551,10 Resíduos da Coleta Convencional (%) 100%

Resíduos da Coleta Seletiva (%) 0%

Operação da Coleta Convencional (R$/ton): R$ 155,48 Operação da Coleta Seletiva e Tratamento (R$/ton): R$ -

Operação da Disposição Final (R$/ton): R$ 90,00 Custo operacional total (R$/mês) R$ 181.528,37

Prazo de pagamento (anos) 20 Taxa de juros do financiamento (mensal - %) 1,00%

Previsão de Inflação média (mensal - %) 0,39% Pagamento do financiamento – investimentos (R$/mês) R$ 10.521,87

Atualização monetária do financiamento (R$/mês) R$ 6.138,78 Valor da taxa (R$/economia.mês) R$ 17,56

Faturamento (R$ /mês) R$ 198.189,02 Fonte: Empresa Executora.

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234

Tabela 137: Cálculo estimado para taxa de resíduos sólidos urbanos – Cenário II. População (Hab) 39.024

Economias 11.287 Geração de resíduos domésticos (Kg/Hab/Dia) 0,63

Geração (Ton/Mês) 739,48 Invest. Coleta Convencional (R$): R$ 965.580,00

Invest. Coleta Seletiva e Tratamento (R$): R$ 720.609,40 Repasse não oneroso da União ou Estado para Resíduos Sólidos (R$) R$ -

Valor total do investimento (R$): R$ 1.686.189,40 Operação da Coleta Convencional (R$/mês): R$ 73.990,86

Operação da Coleta Seletiva e Tratamento (R$/mês): R$ 15.713,00 Operação da Disposição Final (R$/mês): R$ 66.551,10 Resíduos da Coleta Convencional (%) 100%

Resíduos da Coleta Seletiva (%) 0% Operação da Coleta Convencional (R$/ton): R$ 100,06

Operação da Coleta Seletiva e Tratamento (R$/ton): R$ 212.487,33 Operação da Disposição Final (R$/ton): R$ 90,00

Custo operacional total (R$/mês) R$ 156.254,97 Prazo de pagamento (anos) 20

Taxa de juros do financiamento (mensal - %) 1,00% Previsão de Inflação média (mensal - %) 0,39%

Pagamento do financiamento – investimentos (R$/mês) R$ 18.566,40 Atualização monetária do financiamento (R$/mês) R$ 10.832,20

Valor da taxa (R$/economia. mês) R$ 16,45 Faturamento (R$ /mês) R$ 185.653,56

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 138: Cálculo estimado para taxa de resíduos sólidos urbanos – Cenário III. População (Hab) 39.024

Economias 11.287 Geração de resíduos domésticos (Kg/Hab/Dia) 0,63

Geração (Ton/Mês) 739,48 Invest. Coleta Convencional (R$): R$ 965.580,00

Invest. Coleta Seletiva e Tratamento (R$): R$ 193.860,00 Repasse não oneroso da União ou Estado para Resíduos Sólidos (R$) R$ -

Valor total do investimento (R$): R$ 1.159.440,00 Operação da Coleta Convencional (R$/mês): R$ 73.990,86

Operação da Coleta Seletiva e Tratamento (R$/mês): R$ 75.656,84 Operação da Disposição Final (R$/mês): R$ 65.220,08 Resíduos da Coleta Convencional (%) 65%

Resíduos da Coleta Seletiva (%) 35% Operação da Coleta Convencional (R$/ton): R$ 153,94

Operação da Coleta Seletiva e Tratamento (R$/ton): R$ 292,32 Operação da Disposição Final (R$/ton): R$ 135,69

Custo operacional total (R$/mês) R$ 214.867,79 Prazo de pagamento (anos) 20

Taxa de juros do financiamento (mensal - %) 1,00% Previsão de Inflação média (mensal - %) 0,39%

Pagamento do financiamento – investimentos (R$/mês) R$ 12.766,43 Atualização monetária do financiamento (R$/mês) R$ 7.448,32

Valor da taxa (R$/economia.mês) R$ 20,83 Faturamento (R$ /mês) R$ 235.082,54

Fonte: Empresa Executora.

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235

Portanto, considerando as Tabelas acima, apurou-se que a administração pública

deverá arrecadar uma taxa mensal de R$ 17,56por economia a partir terceirização da coleta

convencional (atual forma de gestão), R$ 16,45 após a reestruturação da coleta

convencional e implantação da estação de transbordo (Cenário II) e R$ 20,83 a partir da

implantação da coleta seletiva e operacionalização da central de triagem e compostagem

no município (Cenário III), lembrando que, caso o município opte pela terceirização dos

Cenários II e III, os valores das taxas mensais deverão ser revistos, uma vez que os custos

de operacionalização serão alterados.

Salienta-se que as taxas sugeridas são necessárias para arcar com os custos

operacionais e os investimentos necessários quanto ao gerenciamento dos resíduos

sólidos. Destaca-se ainda, quanto à necessidade dos valores apresentados serem

revisados periodicamente, conforme o desempenho operacional dos serviços, de modo a

manter o equilíbrio entre a sustentabilidade econômica-financeira da gestão.

25 IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DOS GERADORES SUJEITO S A PLANO DE

GERENCIAMENTO ESPECÍFICO NOS TERMOS DO ART. 20 OU A SISTEMA DE

LOGÍSTICA REVERSA NA FORMA DO ART. 33

Conforme prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos através da Lei Federal

12.305/2010, no que diz respeito à elaboração dos Planos de Gerenciamento dos Resíduos

Sólidos, determina, que os responsáveis por atividades industriais, agrossilvopastoris,

estabelecimento de serviços de saúde, serviços públicos de saneamento básico, empresas

e terminais de transportes, mineradoras, grandes estabelecimentos comerciais e de

prestação de serviços que gerem resíduos perigosos ou não similares aos resíduos

domiciliares, elaborem seus PGRS de acordo com o exposto na Lei Federal mencionada.

Cabe à municipalidade definir no âmbito local, o órgão público que será a referência

para entrega do plano de gerenciamento, de forma a garantir as ações, sua atualização,

controle e fiscalização.

Devem ser orientados quanto a estes procedimentos e ações os geradores que estão

sujeitos a Elaboração de Plano Específico Obrigatório, e caberá ao Município elaborar

notificação e colocar em prática o limite da coleta de até 120 litros por dia, nos termos da

Lei Federal n° 12.305/2010.

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236

Esses são de responsabilidade dos empreendedores, a proposta para o Município é

a capacitação do órgão fiscalizador para ter conhecimento dos processos produtivos que

geram os resíduos.

25.1 Responsabilidades Compartilhadas: Munícipes, P oder Público e Setor Privado

As responsabilidades dividiram-se em 03 (três) setores resultando na

responsabilidade compartilhada:

• Os munícipes;

• O poder público e;

• Setor privado.

O poder público deve apresentar planos para o manejo correto dos materiais (com

adoção de processos participativos na sua elaboração e de tecnologias apropriadas); às

empresas compete o recolhimento dos produtos após o uso e, à sociedade cabe participar

dos programas de coleta seletiva (acondicionando os resíduos adequadamente e de forma

diferenciada) e incorporar mudanças de hábitos para reduzir o consumo e a consequente

geração.

Ressalta-se que a função dos órgãos governamentais não é somente a aplicação da

legislação, mas incentivar a aplicação das medidas propostas no Plano Nacional de

Resíduos Sólidos, junto às camadas da sociedade e aos setores produtivos, de forma a

promover o reaproveitamento dos resíduos e verificar a viabilidade da criação de incentivos

fiscais.

Na Tabela 139, é demonstrado um resumo das responsabilidades pela gestão dos

resíduos prevista em normas e legislações específicas.

Tabela 139: Responsabilidades pela Gestão de Resídu os Sólidos. Tipo de Resíduo Etapa Responsabilidade

Resíduos domiciliares Acondicionamento Gerador Coleta/Transporte Poder Público

Disposição Poder Público

Resíduos Comerciais

Acondicionamento Gerador

Armazenamento

Transporte Poder Público (pequenos volumes)

Gerador (grandes e médios volumes)

Destinação Poder Público (pequenos volumes até

120 litros por dia) Gerador (grandes e médios volumes)

Resíduos da Construção Civil

Acondicionamento

Pequeno Gerador até 1 m³. Armazenamento

Coleta/Transporte Destinação

Resíduos de Limpeza Acondicionamento Poder Público

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237

Urbana Armazenamento Transporte Destinação

Resíduo Sólido Industrial

Acondicionamento

Gerador Armazenamento

Transporte Destinação

Resíduo Sólido Agrossilvopastoris Orgânicos

Acondicionamento

Gerador Armazenamento

Transporte Destinação

Resíduo Sólido agrossilvopastoris inorgânicos

Acondicionamento Gerador Armazenamento Gerador

Transporte Fabricante Tratamento

Destinação

Resíduo de Serviço de Saúde

Acondicionamento Poder Público

Gerador

Armazenamento Poder Público

Gerador

Transporte Poder Público

Gerador

Tratamento Poder Público

Gerador

Destinação Poder Público

Gerador

Resíduos com Logística Reversa Obrigatória (pilhas, baterias,

lâmpadas fluorescentes)

Acondicionamento Gerador

Armazenamento

Comerciante Distribuidor Importador Fabricante

Transporte

Comerciante Distribuidor Importador Fabricante

Tratamento

Comerciante Distribuidor Importador Fabricante

Destinação

Comerciante Distribuidor Importador Fabricante

Resíduo com Logística Reversa Obrigatória (pneus e

eletroeletrônicos

Acondicionamento Gerador

Armazenamento

Comerciante Distribuidor Importador Fabricante

Transporte

Comerciante Distribuidor Importador Fabricante

Tratamento

Comerciante Distribuidor Importador Fabricante

Destinação Comerciante

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238

Distribuidor Importador Fabricante

Fonte: Empresa Executora.

26 IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS FAVORÁVEIS PARA DISPOSIÇÃ O FINAL

AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS

O artigo 19, item II, da Lei Federal nº 12.305/2010 cita que, na elaboração dos Planos

Municipais de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos, entre seus conteúdos mínimos está

a necessidade de “identificação de áreas favoráveis para disposição f inal

ambientalmente adequada de rejeitos , observando o plano diretor de que trata o § 1º do

artigo. 182 da Constituição Federal e o Zoneamento Ambiental, se houver”.

Uma área adequada para a disposição final dos resíduos sólidos urbanos, deve

possuir um conjunto de condições técnicas, econômicas e ambientais, para poder receber

tais resíduos.

De acordo com Rocha et. al (2010) e Nunes (2002), alguns critérios devem ser

utilizados para a seleção de áreas aptas à instalação de aterros sanitários para a disposição

final dos resíduos sólidos urbanos, tais como:

• Quanto à topografia, fator determinante na escolha do método construtivo e nas

obras de terraplanagem para a construção do aterro;

• Quanto à geologia e tipos de solos existentes, importantes na determinação da

capacidade de depuração do solo e da velocidade de infiltração;

• Quanto aos recursos hídricos devido à possibilidade de influência do aterro na

qualidade e no uso das águas superficiais e subterrâneas próximas;

• Quanto à vegetação, devido ao seu potencial de contribuição na redução da

erosão, da formação de poeira e transporte de odores;

• Quanto ao acesso e à distância mínima dos núcleos populacionais, onde será feita

a coleta dos resíduos;

• Quanto ao tamanho disponível, visto que é recomendável que um aterro tenha vida

útil de no mínimo 10 anos;

• E quanto ao custo da construção do aterro que varia bastante de acordo com seu

tamanho e seu método construtivo.

Considerando que, o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental do

Município de Eldorado do Sul não menciona quanto às áreas favoráveis para a disposição

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final de rejeitos, e que o Município, não possui qualquer estudo quanto à viabilidade técnica

e ecológica para a implantação de aterro sanitário, sugere-se a manutenção da maneira

utilizada comumente, até que seja realizado estudo de viabilidade técnica e econômica para

a definição da área.

27 REGRAS E CRITÉRIOS PARA O MANEJO DOS RESÍDUOS SÓ LIDOS

Conforme o que estabelece a Lei n° 12.305/2010, no art. 19, item VII, deverão ser

estabelecidas regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos

sólidos de que trata o art. 20, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do

SISNAMA e do SNVS e demais disposições pertinentes da legislação federal e estadual,

deverão ser seguidas as seguintes normas:

• ABNT NBR 7500 – Identificação para o transporte terrestre, manuseio,

movimentação e armazenamento de produtos;

• ABNT NBR 7501 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Terminologia;

• ABNT NBR n° 13.221/10 - Transporte terrestre de resíduos;

• ABNT NBR 13.463/95 – Coleta de resíduos sólidos – Classificação;

• ABNT NBR 12.807/93 - Resíduos de serviços de saúde – Terminologia;

• ABNT NBR 10.157/87 – Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projetos,

construção e operação;

• Resolução CONAMA Nº 05/93 – Estabelece normas relativas aos resíduos sólidos

oriundos de serviços de saúde, portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.

A coleta e o transporte dos resíduos domiciliares, limpeza urbana, saúde unidades

públicas e de pequenos comércios (até 120 litros por dia), são de responsabilidade do

Município, assim como pequenas quantidades de resíduos da construção civil (até 1m³). Já

a coleta e o transporte dos resíduos de grandes geradores, como indústrias, comércios

geradores acima de 120 litros por dia, resíduos da construção civil acima de 1m³, resíduos

agrossilvopastoris e resíduos de serviços de saúde privada são de responsabilidade do

gerador. Para Eldorado do Sul são sugeridas as seguintes regras para o transporte e outras

etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados no Município, conforme Tabelas

abaixo.

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Tabela 140: Regras para o transporte e outras etapa s do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios. RESÍDUOS DOMICILIARES

Responsabilidades Critérios Pública Privada Munícipes

• Promover programas e campanhas referentes à Educação Ambiental, como

por exemplo, temas de redução, reutilização, reciclagem, tratamento e

disposição final ambientalmente adequada;

• Primar para que todos os cidadãos sejam atendidos pela coleta de resíduos

domiciliares; • Garantir para que os veículos

coletores passem regularmente nos mesmos locais, dias e horários;

• Promover campanhas de divulgação do programa de coleta dos resíduos

domiciliares, bem como da coleta seletiva;

• Promover o adequado transporte, tratamento e destinação final dos

resíduos sólidos. • Disponibilizar na área urbana lixeira a cada 100m, conforme ação prevista no

PMGIRS; • Disponibilizar na área rural um

contentor a cada 1 km, conforme ação prevista no PMGIRS;

• Reduzir a geração de resíduos dentro do estabelecimento;

• Realizar a separação correta e criteriosa dos resíduos gerados;

• Reutilizar os resíduos gerados, se possível;

• Reciclagem dos resíduos gerados; • Depositar seus resíduos

domiciliares em locais de fácil acesso aos caminhões da coleta,

devidamente acondicionados, evitando assim o acesso de insetos,

roedores e outros animais; • Dispor os recipientes contendo os resíduos, no dia e hora planejados,

com no máximo duas horas de antecedência;

• Participar de eventos e campanhas de educação ambiental realizada

pelos Municípios; • Dispor somente Resíduos

domiciliares na coleta; • Dispor os resíduos nos

acondicionamentos;

• Reduzir a geração de resíduos dentro do seu domicilio;

• Realizar a separação correta e criteriosa dos resíduos gerados;

• Reutilizar os resíduos gerados, se possível;

• Reciclagem dos resíduos gerados; • Depositar os resíduos em locais de fácil acesso aos caminhões da coleta,

devidamente acondicionados, evitando assim o acesso de insetos,

roedores e outros animais; • Dispor os recipientes contendo os resíduos, no dia e hora planejados,

com no máximo duas horas de antecedência;

• Participar de eventos e campanhas de educação ambiental realizada pelo

Município; • Acondicionar adequadamente

objetos cortantes; • Dispor os resíduos nos

acondicionamentos;

• ≤120 litros são considerados pequenos geradores, ou seja, apenas pequenos geradores deverão dispor seus resíduos domiciliares na coleta

convencional; • Possuir volume dos resíduos

gerados; • Realizar estudos gravimétricos; • Priorizara coleta convencional

(duas) vezes por semana na área urbana e 01 (uma) vez nas áreas

rurais, totalizando 03 (três) vezes por semana conforme estabelecido no

PMGIRS; • Priorizar a coleta seletiva 1 (uma) vez por semana em área urbana e 1

(uma) vez por semana nos contentores públicos localizados em áreas rurais conforme estabelecido

no PMGIRS; • Dispor caminhões adequados tanto para a coleta convencional e seletiva;

• Rotas com minimização de manobras e eliminação dos percursos desnecessários.

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• Dimensionar e respeitar os setores e roteiros de coleta, e demais procedimentos operacionais

específicos; • Realizar a coleta convencional 2

(duas) vezes por semana nas áreas urbanas e 01 (uma) vez nas áreas

rurais, totalizando 03 (três) vezes por semana, conforme estabelecido no

PMGIRS; • Realizar a coleta seletiva 1 (uma) vez

por semana em áreas urbanas e 1 (uma) vez por semana nos contentores

públicos localizados em áreas rurais conforme estabelecido no PMGIRS;

• Possuir controle e volume dos resíduos gerados.

• Fiscalizar se a coleta está sendo realizada nos dias e horários

previstos; • Denunciar se a coleta não está

sendo realizada de maneira correta; • Efetuar pagamento de taxa pelos

serviços executados pelas Prefeituras, caso houver.

• Fiscalizar se a coleta está sendo realizada nos dias e horários

previstos; • Denunciar se a coleta não está

sendo realizada de maneira correta; • Efetuar pagamento de taxa pelos

serviços executados pelas Prefeituras.

Fonte: Empresa Executora.

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Tabela 141: Regras para o transporte e outras etapa s do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios.

Fonte: Empresa Executora.

RESÍDUOS DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E PRESTADOR ES DE SERVIÇOS Responsabilidades Critérios

Pública Privada Munícipes Pequeno Gerador Grande Gerador

• Normatização, fiscalização e controle das atividades

geradoras; • Identificação dos grandes

geradores sujeitos ao plano de gerenciamento específicos nos termos do art. 20 da lei 12.305;

• Exigir licenciamento ambiental dos geradores de

Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de

Serviços; • Cadastrar, fiscalizar e exigir licenciamento ambiental dos

estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços que geram acima 120 litros de

resíduos sólidos; • Cadastrar, fiscalizar e exigir licenciamento ambiental dos

estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços que

geram resíduos que apresentam riscos potenciais

ao meio ambiente; • Elaborar e manter atualizado

cadastro único de empreendimentos e atividades com geração diferenciada de

resíduos sólidos de que trata o art. 20 da Lei Federal n°

12.305/2010;

• Disponibilizar as informações inerentes

aos resíduos decorrentes da sua

atividade; • Efetuar pagamento de taxa pelos serviços

executados pelas Prefeituras, quando

houver; • Elaborar Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

conforme os resíduos sólidos gerados em

sua atividade; • Dispor apenas

resíduos equiparados aos resíduos

domiciliares e até 120 litros;

• Realizar a coleta, transporte, tratamento e destinação final dos

resíduos sólidos gerados em sua

atividade.

• Disponibilizar as informações inerentes

aos resíduos decorrentes da sua

atividade; • Efetuar pagamento de taxa pelos serviços

executados pela Prefeitura, quando

houver; • Elaborar Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

conforme os resíduos sólidos gerados em

sua atividade; • Contratar empresas especializadas, com

licenciamento ambiental;

• Realizar a coleta, transporte, tratamento e destinação final dos

resíduos sólidos gerados em sua

atividade.

• Auxiliar na Fiscalização dos estabelecimentos

comerciais e prestadores de serviços;

• Efetuar pagamento de taxa pelos serviços

executados pela Prefeitura;

• Realizar a devolução dos resíduos sólidos passíveis de logística

reversa nos estabelecimentos correspondentes.

• Pequeno Gerador • ≤120 litros, os

resíduos (somente aqueles que não

apresentam riscos potenciais ao meio

ambiente serão coletados pela

Prefeitura).

• Grande Gerador • ≥ 120 litros (dado

este extraído do Manual de

Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos da Secretaria

Especial de Desenvolvimento

Urbano da Presidência da República – SEDU),

os resíduos deverão ser coletados por

empresas especializadas, com

devido licenciamentos ambientais;

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Tabela 142: Regras para o transporte e outras etapa s do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios. RESÍDUOS DE LIMPEZA URBANA

Responsabilidades Critérios Pública Privada Munícipes

• Garantir a eficiência na coleta dos resíduos gerados durante os serviços

de limpeza urbana; • Garantir a eficiência na coleta dos

resíduos gerados durante os serviços de poda de árvores, serviços de corte de gramados e capina de vegetação

daninha; • Promover o adequado transporte e

destinação final dos resíduos.

• Não jogar detritos, restos de materiais de qualquer tipo nos

logradouros e manter limpos os locais públicos;

• Ajudar na fiscalização; • Efetuar pagamento de taxa pelos

serviços executados pela Prefeitura.

• Não jogar detritos, restos de materiais de qualquer tipo nos

logradouros e manter limpos os locais públicos;

• Ajudar na fiscalização; • Efetuar pagamento de taxa pelos

serviços executados pela Prefeitura.

• Pesquisa de opinião pública;

• Capacitação de servidores públicos.

Fonte: Empresa Executora.

Tabela 143: Regras para o transporte e outras etapa s do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios.

• Manter a fiscalização sistemática dos

empreendimentos e atividades com geração diferenciada de

resíduos sólidos; • Exigir e fiscalizar os estabelecimentos que

comercializam resíduos de logística reversa que

disponibilizem postos de entrega voluntária.

RESÍDUOS INDUSTRIAIS

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Fonte: Empresa Executora.

Responsabilidades Critérios Pública Privada Munícipes

• Identificar os resíduos sólidos e dos geradores sujeitos ao plano de

gerenciamento específicos nos termos do art. 20 da Lei Federal 12.305/2010;

• Cadastrar e fiscalizar todos os estabelecimentos de RSI que possam causar algum dano ao meio ambiente; • Fiscalização dos estabelecimentos;

• Segregar os resíduos gerados; • Armazenar e disposição final adequadamente os resíduos

gerados; • Reaproveitar os resíduos gerados;

• Diminuir a quantidade de resíduos e dos elevados e crescentes custos de sua destinação final;

• Elaborar acordos setoriais, ou seja, ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores,

distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto;

• Aplicar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos

consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o

volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade

ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos; • Capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;

• Estabelecer sistema de coleta seletiva dentro do estabelecimento;

• Estimular à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;

• Estruturar e implementar sistemas de logística reversa; • Desenvolver sistemas de gestão ambiental e empresarial

voltados à melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluída a recuperação e

o aproveitamento energético; • Adquirir à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável;

• Acatar a Resolução Conama nº 313/2002, a qual dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais;

• Efetuar pagamento de taxa pelos serviços executados pela Prefeitura, quando houver;

• O transporte dos resíduos deverá ser acompanhado por um Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR), expedido pelo

• Auxiliar na Fiscalização das

indústrias.

• Fiscalização “in loco” nos empreendimentos • Pesquisa pública.

• Cobrança de Licenciamento Ambiental

do estabelecimento.

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Tabela 144: Regras para o transporte e outras etapa s do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios.

transporta, conforme Portaria n° 034/2009, de 03 de agosto de 2009.

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Responsabilidades Critérios

Pública Privada Munícipes • Cadastrar todos os gerados de resíduos de serviços de saúde

(públicos e privados); • Fiscalizar todos os geradores de

resíduos de serviços de saúde (públicos e privados);

• Licenciar todos os geradores de resíduos de serviços de saúde

(públicos e privados); • Exigir PGRSS de todos os

geradores de resíduos de serviços de saúde (públicos e

privados); • Contratar empresas prestadoras

de serviços terceirizados de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos RSS nos

estabelecimentos públicos, pois possui responsabilidade por estes

resíduos gerados nas unidades de saúde pública;

• Elaborar o PGRSS do estabelecimento de saúde, obedecendo a critérios técnicos, legislação ambiental, normas de coleta e transporte dos serviços locais de limpeza urbana e outras orientações contidas nesta

Resolução RDC nº 306/2004; • Atender a RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004, a

qual dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde e a

Conama n.º 358/2005, correspondente dos RSS, sendo estes fiscalizados pela Prefeitura;

• Contratar empresas prestadoras de serviços terceirizados de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos RSS, pois cada gerador é responsável pelos resíduos gerados nos seus

estabelecimentos; • Capacitar os funcionários envolvidos no

gerenciamento dos RSS; • Promover o adequado transporte e envio dos resíduos

ao sistema de tratamento; • Manter cópia do PGRSS disponível para consulta sob

solicitação da autoridade sanitária ou ambiental competente, dos funcionários, dos pacientes e do

público em geral;

• Auxiliar na Fiscalização das unidades de saúde

pública e privada.

• Licenciamento Ambiental dos estabelecimentos;

• Rastreabilidade dos veículos recolhedores;

• Controle (peso ou volume) dos resíduos;

• Caminhões exclusivos para esta atividade.

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Fonte: Empresa Executora.

• Capacitar os funcionários envolvidos no gerenciamento dos

RSS; • Elaborar o PGRSS das

unidades de saúde públicas existentes nos Municípios,

obedecendo a critérios técnicos, legislação ambiental, normas de coleta e transporte dos serviços

locais de limpeza urbana e outras orientações contidas neste na Resolução RDC nº 306/2004; • Manter cópia do PGRSS

disponível para consulta sob solicitação da autoridade sanitária

ou ambiental competente, dos funcionários, dos pacientes e do

público em geral; • A coleta e transporte externos

dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de acordo com as Normas ABNT

NBR 12810/1993, NBR 14652/2001, NBR 9735/2005,

NBR 15071/2005, NBR 14619/2006, NBR 15480/2007,

NBR 14095/2008, NBR 7500/2009 e; NBR 13221/2010.

• A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de acordo com as Normas ABNT NBR 12810/1993, NBR 14652/2001, NBR 9735/2005, NBR 15071/2005, NBR 14619/2006,

NBR 15480/2007, NBR 14095/2008, NBR 7500/2009 e; NBR 13221/2010.

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Tabela 145: Regras para o transporte e outras etapa s do gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos Municípios. Resíduos sujeitos a Logística Reversa

DECRETO Nº 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010. Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de

Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Responsabilidades

Critérios Resíduos Pública Privada Munícipes

• Estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo

dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes.

• Estes resíduos não poderão ser dispostos na Coleta

Convencional/seletiva.

• Embalagens de Agrotóxicos

• Cadastrar e fiscalizar todos os estabelecimentos que

comercializam embalagens de agrotóxicos;

• Garantir que todas as embalagens de agrotóxicos

sejam coletadas e destinadas corretamente, de modo que não cause nenhum dano ao

meio ambiente; • Estimular a população a dar a devida destinação desses

resíduos;

• Recolher as embalagens vazias tríplice lavadas;

• Efetuar a devolução aos fabricantes ou aos importadores dos produtos e

embalagens; • Atender a Lei n° 9.974/2000 a qual

altera a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a

experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a

importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o

registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de

agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências;

• Armazenar em suas propriedades, realizar a

tríplice lavagem e providenciar o

recolhimento por empresas terceirizadas

ou prefeitura; • Efetuar a entrega das embalagens plásticas usadas ao revendedor onde as adquiriu, sem

contaminantes e de forma integra;

• Armazenamento de resíduos: NBR 12.235/88 Procedimento para

resíduos: Classe I • Procedimento de lavagem - Embalagem rígida vazia de

agrotóxico: NBR 13.968 • Transporte de resíduos: NBR

13.221/94 Procedimento: NBR 7.500 • Simbologia: NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte

e armazenamento de materiais.

• Embalagens plásticas de

óleos lubrificantes e seus resíduos;

• Cadastrar e fiscalizar todos os estabelecimentos que

comercializam embalagens plásticas de óleos

lubrificantes; • Garantir que todo óleo

lubrificante usado ou contaminado seja coletado e

tenha destinação final, de

• Atender a Resolução Conama nº 362, de 23 de junho de 2005 a qual

dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante

usado ou contaminado e a Resolução n° 450/2012 a qual altera os arts. 9°, 16°, 19°, 20°, 21° e 22°, e acrescenta o art. 24-A à Resolução no 362, de 23

de junho de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-

• Efetuar a entrega das embalagens plásticas

usadas de óleo lubrificante ao

revendedor onde as adquiriu, sem

contaminantes e de forma integra;

• Armazenamento de resíduos: NBR 12.235/88 a qual trata de

procedimento para resíduos: Classe I • Transporte de resíduos: NBR

13.221/94 Procedimento: NBR 7.500 • Simbologia: NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte

e armazenamento de materiais;

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modo que não cause nenhum dano ao meio ambiente;

• Estimular a população a dar a devida destinação desses

resíduos;

CONAMA, que dispõe sobre recolhimento, coleta e destinação final

de óleo lubrificante usado ou contaminado.

• Receber dos geradores as embalagens plásticas usadas de óleo lubrificante, que lhe forem entregues

em seu estabelecimento por geradores pessoas físicas, excetuando-se desta

obrigação os geradores pessoa jurídica;

• Dispor de instalações adequadas devidamente licenciadas pelo órgão

ambiental para armazenamento temporário das embalagens plásticas

de óleo lubrificante de modo a não contaminar o meio ambiente;

• Entregar as embalagens plásticas usadas de óleo lubrificante

exclusivamente ao coletor, licenciado e Contratado pelo fabricante /

importador/ distribuidor;

• Pneus;

• Cadastrar e fiscalizar todos os estabelecimentos que

comercializam pneus; • Atender a Resolução nº

416/2009 a qual dispõe sobre a prevenção à degradação

ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e

dá outras providências. • Estimular a população a dar a devida destinação desses

resíduos;

• Atender a Resolução nº 416/2009 a qual dispõe sobre a prevenção à

degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação

ambientalmente adequada, e dá outras providências;

• Efetuar a entrega dos pneus usados ao

revendedor onde as adquiriu;

• Atender a Resolução nº 416/2009 a qual

dispõe sobre a prevenção à

degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua

destinação ambientalmente

adequada, e dá outras providências;

• Armazenamento de resíduos: NBR 11.174/89 Procedimento para

resíduos: Classes II – Não Inertes e Classe III – Inertes

• Transporte de resíduos: NBR 13.221/94 Procedimento: NBR 7.500 • Simbologia: NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte

e armazenamento de materiais;

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• Pilhas e Baterias;

• Cadastrar e fiscalizar todos os estabelecimentos que comercializam pilhas e

baterias; • Garantir que todas as pilhas e baterias sejam coletadas e tenham a destinação final, de modo que não cause nenhum

dano ao meio ambiente; • Estimular a população a dar a devida destinação desses

resíduos;

• Atender a Resolução Conama n° 401/2008, a qual estabelece os limites

máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias

comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente

adequado, e dá outras providências e Resolução n° 424/2010;

• Revoga o parágrafo único do art. 16° da Resolução n° 401/2008, do

Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama.

• Criar pontos de entrega voluntária em parceria com o Município;

• Efetuar a entrega das pilhas e baterias

usadas ao revendedor onde as adquiriu;

• Lâmpadas de vapor de sódio e mercúrio e de luz

mista;

• Cadastrar e fiscalizar todos os estabelecimentos que

comercializam lâmpadas de vapor de sódio e mercúrio e

de luz mista; • Estimular a população a dar a devida destinação desses

resíduos;

• Atender a Lei nº 11.187/1998 a qual altera a Lei nº 11.019/1997,

acrescentando normas sobre o descarte e destinação final de

lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que

contenham metais pesados. • Criar pontos de entrega voluntária

em parceria com o Município; • Entregar as lâmpadas fluorescentes ao coletor, licenciado e contratado pelo

fabricante / importador/ distribuidor;

• Efetuar a entrega das lâmpadas usadas ao revendedor onde as

adquiriu;

• Armazenamento de resíduos: NBR 12.235/88 Procedimento para

resíduos: Classe I • Transporte de resíduos: NBR

13.221/94 Procedimento: NBR 7.500 • Simbologia: NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte

e armazenamento de materiais;

• Produtos eletroeletrônicos;

• Cadastrar e fiscalizar todos os estabelecimentos que comercializam produtos

eletroeletrônicos; • Estimular a população a dar a devida destinação desses

resíduos.

• Não há uma resolução específica, produtos eletroeletrônicos -

(Publicação de edital); • Criar pontos de entrega voluntária

em parceria com Municípios; • Entregar os produtos

eletroeletrônicos ao coletor, licenciado e contratado pelo fabricante /

importador/ distribuidor.

• Efetuar a entrega dos eletroeletrônicos

usados ao revendedor onde os adquiriu.

Fonte: Empresa Executora.

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250

28 MEIOS DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃ O E

OPERACIONALIZAÇÃO DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RE SÍDUOS

SÓLIDOS E SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA

Faz-se necessária a criação de um banco de dados dos diferentes processos de

empreendimentos existentes no Município. Este banco de dados possibilitará consultas

imediatas em tempo real pelos gestores, com a adoção de procedimentos adequados,

quando da ocorrência de situações atípicas ou ações imprevistas que afetem a qualidade

de vida da população e exijam intervenções imediatas da administração pública local.

O acompanhamento, controle e fiscalização da implantação e operacionalização dos

Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e do sistema de Logística Reversa que

devem ser implementados pelas empresas que geram os resíduos sólidos citados nos

artigos 20º e 33º da Lei Federal 12.305/10, deve ser realizado pelo município através da

criação de um banco de dados e ações, como segue:

• Levantamento estimado de resíduos sujeitos aos planos de gerenciamento e

sistema de logística reversa gerada no município;

• Levantamento e cadastro dos geradores sujeitos aos planos de gerenciamento de

resíduos sólidos e ao estabelecimento de sistemas de logística reversa, contendo:

a) Identificação do gerador : razão social, CNPJ, descrição da atividade,

responsável legal, etc;

b) Identificação dos resíduos gerados : resíduo, classificação,

acondicionamento/armazenagem, frequência de geração, volume etc;

c) Plano de movimentação dos resíduos : tipo de resíduo, quantidade, local de

estocagem temporário (se for o caso), transporte a ser utilizado, destinação final etc.

d) Indicador de coleta : relação entre quantidade de material coletado e a

quantidade material gerado;

e) Indicador de rejeito : relação entre o rejeito acumulado e o material recebido para

tratamento.

• Cadastro das empresas prestadoras de serviços terceirizados de coleta, transporte

ou destinação final dos resíduos sólidos, exigindo a documentação ambiental necessária;

• Implantar controle de pesagem diária dos resíduos que chegam à central de

triagem;

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• Instalar grupos de trabalhos permanentes para acompanhamento sistemático das

ações, projetos, regulamentações na área de resíduos;

• Criar parcerias com comerciantes e fabricantes dos resíduos especiais, podendo

inclusive conciliar com os parceiros os pontos de devolução, divulgação, etc, a fim de que,

de forma integrada, o controle possa ser realizado por todos os envolvidos; criar parcerias

com sindicatos ou outros grupos representativos, a fim de que, o controle e fiscalização

sejam realizados de forma integrada.

29 AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA PARA RESÍDUOS SÓLIDOS

As ações para emergências e contingências visam apresentar alternativas de ações

a serem adotadas em situações oriundas de acidentes na prestação dos serviços de

resíduos de resíduos sólidos, tais como a paralisação do sistema de varrição, dos serviços

de coleta domiciliar e aterro sanitário, estabelecendo formas de atuação dos órgãos

operadores, tanto de caráter preventivo como corretivo, procurando elevar o grau de

segurança e a continuidade operacional dos serviços.

Na operação dos serviços deverão ser utilizados mecanismos locais e corporativos

de gestão, no sentido de prevenir ocorrências indesejadas através do controle e

monitoramento das condições físicas das instalações e dos equipamentos visando

minimizar ocorrência de paralização da prestação dos serviços.

Ao considerar as emergências e contingências, foram propostas, de forma conjunta,

ações e alternativas que o executor deverá levar em conta no momento de tomada de

decisão em eventuais ocorrências atípicas. Na Tabela 146 são apresentadas algumas

ações de emergências e contingências a serem adotadas para os serviços de resíduos

sólidos.

Tabela 146: Ações de Emergências e Contingências pa ra Resíduos Sólidos. Ações de emergências e contingências para resíduos sólidos

Ocorrência Ações

VARRIÇÃO Paralisação do Sistema de

Varrição

• Acionar ou contratar funcionários para efetuarem a limpeza dos pontos mais críticos e centrais da cidade;

• Realizar campanhas para conscientizar a população a manter a cidade limpa;

• Realizar mutirões com associações de moradores e bairros em locais críticos;

• Contratação de empresa terceirizada em caráter emergencial. COLETA DE REÍDUOS

Paralisação do Serviço de Coleta Domiciliar

• Empresas e veículos previamente cadastrados deverão ser acionados para assumirem emergencialmente a coleta nos roteiros programados, dando continuidade aos trabalhos.

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• Realizar campanhas para conscientizar a população a reduzir a geração e evitar o acúmulo de resíduos nas vias;

• Contratação de empresa especializada em caráter de emergência.

Paralisação das Coletas Seletiva e de Resíduos de Serviço de Saúde

• Celebrar contrato emergencial com empresa especializada na coleta de resíduos.

DESTINAÇÃO FINAL Paralisação total do Aterro

Sanitário

• Enviar os resíduos orgânicos provisoriamente para um aterro alternativo;

• Resolução de problemas cunho técnico junto ao órgão ambiental, quando este for o caso;

• Os resíduos deverão ser coletados, transportados e dispostos em aterro sanitário licenciado, sendo este serviço contratado.

Fonte: Empresa Executora. 30 MECANISMOS PARA A CRIAÇÃO DE FONTES DE NEGÒCIOS, EMPREGO E

RENDA MEDIANTE A VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

O resíduo sólido reutilizável e reciclável é reconhecido como um bem econômico e

de valor social, este que gera trabalho e renda, promovendo a cidadania, o incentivo à

criação e ao desenvolvimento de cooperativas de materiais reutilizáveis e recicláveis. O

município de Eldorado do Sul/RS deverá realizar proposições de mecanismos para

aumento de fontes de negócios, emprego e renda:

• Identificar oportunidades relativas à comercialização (compradores, novos

mercados, programas de governo e agregação de valor aos produtos);

• Auxiliar no processo de fortalecimento da organização social;

• Incentivar a aquisição de equipamentos e venda de material em conjunto;

• Buscar soluções, por meio de parcerias, para a assistência técnica;

• Identificar demandas de crédito não atendidas;

• Identificar potenciais parcerias com o setor privado e instituições financeiras.

Além disso, institucionalizar a criação de associações de catadores com apoio do

poder público, tem como pressuposto abranger aspectos Ambientais: através da

reutilização e reciclagem de materiais que proporcionam significativas vantagens

ambientais e econômicas; Educacional: levar à população informação e conhecimento que

implicam em conscientização e mudança de comportamento, no que se refere a consumo

e descarte de materiais recicláveis; Inclusão Social e Geração de Renda: condições dignas

de trabalho para os catadores, uma categoria que já se encontra na cadeia produtiva da

coleta seletiva, porém, na sua maioria, em condições extremamente precárias.

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Essa parceria tem como base o incentivo às atividades de reciclagem, a preservação

do meio ambiente, bem como a geração de trabalho e renda. Ainda, necessita-se a criação

de mecanismos para incentivar a identificação de talentos entre catadores e sensibilizar

para atuação na atividade de reciclagem e reaproveitamento, com capacitação em

marcenaria, tapeçaria etc., visando a emancipação funcional e econômica. O Poder Público

poderá instituir medidas indutoras e linhas de financiamento para atender prioritariamente

as seguintes iniciativas para a gestão de resíduos sólidos (artigo 42 da Lei Federal nº

12.305/10):

I. Prevenção e redução da geração de resíduos sólidos no processo produtivo;

II. Desenvolvimento de produtos com menores impactos à saúde humana e à

qualidade ambiental em seu ciclo de vida;

III. Implantação de infraestrutura física e aquisição de equipamentos para

cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e

recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;

IV. Desenvolvimento de projetos de gestão dos resíduos sólidos de caráter

intermunicipal ou regional;

V. Estruturação de sistemas de coleta seletiva e de logística reversa;

VI. Descontaminação de áreas contaminadas;

VII. Desenvolvimento de pesquisas voltadas para tecnologias limpas aplicáveis aos

resíduos sólidos;

VIII. Desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para

a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos.

31 ACOMPANHAMENTOS, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PM GIRS

O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA), instituído pela Lei

Municipal n° 3902 de 06 de junho de 2013 será o responsável pelo acompanhamento,

monitoramento e avaliação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,

salienta-se que, este é composto por técnicos de diferentes áreas do Governo Municipal,

como também representantes de entidades locais.

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32 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do Município

de Eldorado do Sul, fornece subsídios para que estabeleçam, implementem, mantenham e

aprimorem a gestão dos resíduos gerados, em cumprimento à Lei Federal 12.305, de 02

de agosto de 2010.

O principal objetivo da gestão integrada de resíduos sólidos é administrar esta frente

de forma sustentável, visando à promoção da harmonia entre os pilares ambientais, sociais

e econômicos, por meio da adoção de medidas corretivas, preventivas e educativas.

Salienta-se, da importância dos municípios realizarem políticas efetivas quanto à

cobrança dos serviços prestados aos municipes, pois parte-se da premissa da equidade

financeira dos municípios, amparados pela Lei Federal nº11.445/07. Diante dos cenários

projetados, ressalva-se a necessidade do município realizar um plano de cobrança por

parte dos contribuintes a fim de não tornar esse serviço tão oneroso para o município.

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, após revisão e

aprovação da população, será integrado ao Plano Municipal de Saneamento Básico, que

contemplará ainda o abastecimento de água potável, manejo de esgotos domésticos e

drenagem de águas pluviais, e deverá ser revisado a cada 4 anos, concomitantemente ao

plano plurianual, para que possa ser constantemente reavaliado e readequado ao contexto

ambiental, social e econômico do município.

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33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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RESOLUÇÃO CONAMA Nº 358, DE 29 DE ABRIL DE 2005: Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 416, DE 30 DE SETEMBRO DE 2009: Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. RESOLUÇÃO Nº 401, DE 04 DE NOVEMBRO DE 2008: Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.

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