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Prefeitura Municipal de Dourados - MS
Revisão do Plano Diretor Municipal
Relatório da 1ªEtapa: Estruturação, Mobilização e Método
Revisão emergencial: estratégias mediante pandemia de COVID-19
Versão Inicial: 17/03/2020
Revisão 06: 27/07/2020
PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
Equipe Técnica da Consultoria:
EMPRESA ALTO URUGUAI ENGENHARIA E PLANEJAMENTO DE CIDADES
CNPJ: 19.338.878.0001-60
www.altouruguai.eng.br
Escr itór io Concórdia - SC Rua Abramo Eberle, 136 - Sala 101 - Centro
CEP: 89.700-204 EQUIPE TÉCNICA Fábio Martins de Ol iveira Arquiteto e Urbanista Doutor em Desenvolvimento Regional Mariane Delamare Afonso
Arquiteta e Urbanista Especialista em Planejamento de
Cidades
Marcos Roberto Borsatti Engenheiro Ambiental
Especialista em Gestão de Municípios Roberto Kurtz Pereira Advogado Especialista em Administração Pública Ediane Mari Biasi Assistente Social Especialista em Educação Maycon Pedott Engenheiro Ambiental Especialista em Gestão de Municípios Aroldo Abussafi Figueiró
Engenheiro Civil Especialista em Gestão, Auditoria e
Perícia Ambiental
Fátima Maria Ferreira Fra nz Arquiteta e Urbanista Especialista em Administração Pública Jackson Antônio Ból ico
Engenheiro Sanitarista e Ambiental Especialista em Direito Ambiental
Bruna Lucena Maciel
Economista - Especialista em Gestão, Controladoria e Finanças
Wil l ian de Melo Machado Analista de Sistemas - Especialista em desenvolvimento de software Al ine Maria da Campo Geógrafa Lucas Magalhães Cr ippa Geólogo Elton Magrinel l i Pedagogo e Biólogo Joana Fernanda Sulzenco
Administadora
Gui lherme Lady Bomm Engenheiro Agrônomo
PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
Realização:
PREFEITURA MUNICIPAL DE DOURADOS/MS
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO URBANO
Processo: nº 290/2019
Contrato nº: 039/2020/DL/PMD O.S. 01/01 assinada em 17/03/2020
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
APRESENTAÇÃO
Este documento apresenta o Plano de Trabalho para a revisão do Plano Diretor
do Município de Dourados (MS), tendo por base o contrato 039/2020/DL/PMD.
A intenção desse planejamento é estabelecer as etapas de trabalho, os formatos
e prazos para a entrega dos produtos, para realização dos eventos, e esclarecer
os recursos humanos e materiais necessários para o cumprimento de cada
etapa, disponibilizando assim, uma logística adequada à qual todos os
envolvidos tenham acesso.
Uma primeira versão de planejamento metodológico foi elaborada e apresentada
oficialmente no 1º dia de trabalho – dia 17 de março de 2020. No começo de abril
foi editada a presente revisão. A revisão aqui apresentada é decorrente da
situação emergencial nacional, estadual e municipal imposta pela pandemia
mundial de COVID-19. A pandemia gerou necessidade de medidas de
prevenção que incluem isolamento social, o que dificulta o normal andamento do
trabalho tanto dentro das dependências da SEPLAN quanto na sede consultoria,
além de dificultar encontro entre ambas equipes. Outra consequência das
medidas de isolamento social são a impossibilidade de realização de eventos
públicos por tempo indeterminando, podendo resultar em meses sem
agendamento de audiências, oficinas públicas ou reuniões.
Assim sendo, diante de tal cenário, é proposto aqui, uma substituição do primeiro
relatório da etapa 01 – Estruturação, Mobilização e Método que havia sido
apresentado ao dia 17/03/2020, buscando alternativas para andamento das
atividades, até onde for possível, sem os eventos públicos necessários conforme
Estatuto da Cidade – Lei 10.257/2001 e Recomendação nº 25/05 do
CONCIDADES.
O serviço iniciado em 17/03/2020, com 04 etapas de trabalho, prevê os seguintes
prazos para cada etapa:
ETAPA 01: estruturação, mobilização e método - Até 15/05/2020
ETAPA 02: avaliação técnica e comunitária - Até 17/08/2020
ETAPA 03: diretrizes e propostas - Até 01/11/2020
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
ETAPA 04: minutas de lei e plano de ação - Até 17/01/2021
Conforme exposto pelo Ministério da Saúde (BRASIL,2020), o pico da pandemia
no Brasil deve ocorrer entre abril e maio. O planejamento aqui proposto
considera as medidas de isolamento social perdurando até julho de 2020.
Considera-se que o trabalho pode ocorrer com adaptações na metodologia ao
longo da 1ª etapa e 2ª etapa, desde que tomados os cuidados para garantir
transparência de todo o processo e alternativas para leitura comunitária e
participação social, a princípio, sem encontros e aglomerações.
Como a conclusão da 2ª etapa é prevista para 17/08/2020, espera-se que até
então a situação nacional e municipal tenham se normalizado e os eventos
públicos possam ser agendados.
Portanto, esse plano de trabalho apresenta modificações de metodologia,
principalmente, para a 1ª etapa e 2ª etapa e deve ser revisto em conjunto entre
Equipe Técnica da Consultoria e Equipe Técnica Municipal em agosto de 2020
ou assim que encerradas as restrições de encontros públicos, o que ocorrer
primeiro.
O plano de trabalho contempla todas as atividades previstas pelo Termo de
Referência e outras adicionais, sugeridas pela equipe de consultoria visando
melhor qualidade e objetividade do trabalho. São apresentadas alternativas de
remanejamento e adiamento de algumas atividades públicas, previstas pelo
termo de referência, para etapas posteriores, de forma a não inviabilizar a
continuidade do processo.
A partir deste planejamento será possível que a equipe de coordenação e
fiscalização municipal, bem como coordenadores da equipe de consultoria e toda
a população de Dourados, tenham clareza sobre o que, como e quando deverá
ser executado o que se propõe. Bem como pretende-se garantir que esteja claro
o resultado esperado na revisão do Plano Diretor de Dourados e de demais leis
complementares.
Ressalta-se que todas as reuniões e oficinas técnicas serão realizadas por
videoconferência até que a situação de pandemia mundial se normalize. Assim
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
que normalizada situação e que permitido encontros para reuniões, essas
voltarão a acontecer de forma presencial, revogando o que consta nesse Plano
de Trabalho como “videoconferência”, a não ser que as partes concordem de
fazê-lo dessa forma.
O conteúdo mínimo a constar na descrição dos eventos e etapas são:
Ações principais;
Objetivos;
Metodologia de Realização;
Etapas;
Recursos Humanos;
Prazo de Execução;
Resultados Esperados.
A qualidade e coerência do plano de trabalho se dá pela capacidade de
integração e conexão entre os objetivos e metodologias propostas. Ou seja, a
partir de uma estrutura definida, serão expostas as ações, as etapas, os
envolvidos e os âmbitos de abrangência.
Para garantir tal coerência, o presente Plano de Trabalho será apreciado e
aprovado pela Coordenação e Fiscalização Municipal (CM), a ser definida por
ato da SEPLAN quando do início dos trabalhos. Por mais detalhado que seja o
Plano de Trabalho, não se trata de uma barreira para adaptações e alterações
da metodologia conforme se mostre necessário para melhoria da qualidade do
trabalho ao longo das etapas. Podem ser propostas as alterações por qualquer
uma das partes envolvidas devendo ser apreciado pela coordenação e
fiscalização municipal (CM).
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .....................................................................................................................................................1
SUMÁRIO .....................................................................................................................................................................4
LISTA DE SIGLAS ....................................................................................................................................................7
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................8
1.1 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS DO TRABALHO DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE DOURADOS .........................9
1.1.1 Objetivo Geral – Conforme Termo de Referencia .........................................................................9
1.1.2 Objetivos Específicos ..........................................................................................................................9
1.2 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ................................................................................................................................. 10
1.2.1 Constituição Federal ........................................................................................................................ 10
1.2.2 Estatuto da Cidade – Lei Federal 10.257 de 2001...................................................................... 11
1.2.3 Resolução nº 34 do Conselho Nacional das Cidades, instituída em 1º de julho de 2005.... 15
1.2.4 Resolução nº 25 do Conselho Nacional das Cidades, instituída em 18 de março de 2005 . 18
1.2.5 Fundamentação Legal no Âmbito Estadual ................................................................................ 21
1.2.6 Fundamentação Legal no Âmbito Municipal .............................................................................. 21
1.3 PLANOS DIRETORES NO BRASIL......................................................................................................................... 22
1.4 PROPOSTA CONCEITUAL DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE DOURADOS TENDO EM VISTA A LEGISLAÇÃO VIGENTE E
O TERMO DE REFERÊNCIA ........................................................................................................................................... 22
2. EQUIPES E RESPONSABILIDADES ................................................................................................. 24
2.1 COORDENAÇÃO E FISCALIZAÇÃO MUNICIPAL (CM) ........................................................................................... 24
2.2 EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL (ETM) ................................................................................................................ 25
2.3 NÚCLEO GESTOR PARTICIPATIVO (NGP) .......................................................................................................... 27
2.4 EQUIPE TÉCNICA DA CONSULTORIA................................................................................................................... 28
3. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO ................................................................................................. 30
3.1 SISTEMÁTICA CDP ........................................................................................................................................... 31
3.2 METODOLOGIA DE VISUALIZAÇÃO MÓVEL E ZOPP (PLANEJAMENTO DE PROJETOS ORIENTADO POR OBJETIVOS) . 33
3.3 SIG – SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS MUNICIPAL ............................................................................ 35
3.4 DEFINIÇÃO DOS EIXOS TEMÁTICOS ................................................................................................................... 38
3.4.1 Ordenamento territorial ................................................................................................................. 38
3.4.2 Habitação .......................................................................................................................................... 40
3.4.3 Mobilidade e Acessibilidade .......................................................................................................... 41
3.4.4 Aspectos Socioeconômicos............................................................................................................. 42
3.4.5 Meio Ambiente e Patrimônio......................................................................................................... 43
3.4.6 Infraestrutura ................................................................................................................................... 44
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
3.4.7 Gestão Urbana ................................................................................................................................. 44
3.5 FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS...................................................................................................... 47
4. DESCRIÇÃO DAS ETAPAS................................................................................................................... 49
4.1 1ª ETAPA: ESTRUTURAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E MÉTODO.................................................................................... 50
4.1.1 Objetivo desta etapa:...................................................................................................................... 50
4.1.2 Atividades e Produtos previstos nesta etapa: ............................................................................ 50
4.1.3 Eventos técnicos e públicos previstos nesta etapa: ................................................................... 51
4.1.3.1 Reunião Técnica Inicial.............................................................................................................. 51
4.1.3.2 Oficina técnica de capacitação por videoconferência .............................................................. 51
4.1.4 Prazos de Execução: ........................................................................................................................ 52
4.1.5 Mobilização da Equipe Técnica de Consultoria: ......................................................................... 52
4.2 2ª ETAPA – ANÁLISE TEMÁTICA INTEGRADA.................................................................................................... 53
4.2.1 Objetivo desta etapa:...................................................................................................................... 53
4.2.2 Conteúdo:.......................................................................................................................................... 54
4.2.2.1 Lei tura Técnica .......................................................................................................................... 54
4.2.2.2 Lei tura Comunitária .................................................................................................................. 57
Consulta Pública Online ............................................................................................................................ 57
Oficinas Regionais Multi temáticas............................................................................................................ 69
4.2.2.3 Lei tura Jurídica .......................................................................................................................... 72
4.2.2.4 Construção de Cenários ............................................................................................................ 74
4.2.3 Atividades e Produtos previstos nesta etapa: ............................................................................ 77
4.2.4 Eventos técnicos e públicos previstos nesta Etapa: ................................................................... 78
4.2.4.1 Consulta Pública Online ............................................................................................................ 78
4.2.4.2 Videoconferências Técnicas Temáticas .................................................................................... 78
4.2.5 Prazos de Execução: ........................................................................................................................ 81
4.2.6 Recursos Humanos para Execução: .............................................................................................. 81
4.3 3ª ETAPA – DIRETRIZES E PROPOSTAS PARA UMA CIDADE SUSTENTÁVEL .......................................................... 82
4.3.1 Objetivo desta etapa:...................................................................................................................... 82
4.3.2 Metodologia de concepção, deliberação e aprovação das diretrizes e propostas .............. 83
4.3.3 Atividades e Produtos previstos nesta etapa: ............................................................................ 85
4.3.4 Eventos técnicos e públicos previstos nesta etapa: ................................................................... 86
4.3.4.1 1ª Audiência Pública: Divulgação do Processo de Revisão do PD ............................................ 86
4.3.4.2 Oficinas de Leitura Comunitária ............................................................................................... 86
4.3.4.3 2ª Audiência Pública: Análise Temática Integrada ................................................................... 87
4.3.4.4 Reunião técnica de consolidação das hierarquias de demandas levantadas na 2ª Audiência
Públ ica. 87
4.3.4.5 Oficinas de Análises Técnicas e Temáticas ............................................................................... 88
4.3.4.6 Oficinas Comunitárias de Propostas ......................................................................................... 88
4.3.4.7 3ª Audiência Pública – “Diretrizes e Propostas para uma Cidade que Queremos”. ................ 88
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
4.3.4.8 Reunião técnica de consolidação dos documentos produzidos na 3ª Audiência Pública........ 89
4.3.5 Prazos de Execução: ........................................................................................................................ 89
4.3.6 Recursos Humanos para Execução: .............................................................................................. 89
4.4 4ª ETAPA – PLANO DE AÇÃO E INVESTIMENTOS E MINUTAS DE LEI .................................................................. 90
4.4.1 Objetivo desta etapa:...................................................................................................................... 90
4.4.1.1 Plano de Ação e Investimento (PAI).......................................................................................... 90
4.4.1.2 Minutas de Lei........................................................................................................................... 91
4.4.2 Atividades e Produtos previstos nesta etapa: ............................................................................ 94
4.4.3 Eventos técnicos e públicos previstos nesta etapa: ................................................................... 95
4.4.3.1 Oficinas Técnicas Temáticas de alinhamento do PAI e das Minutas de Lei ............................. 95
4.4.3.2 4ª Audiência Pública: Audiência Final de Pactuação do Plano Diretor Municipal, Leis
Complementares e Plano de Ação e Investimentos . ..................................................................................... 95
4.4.4 Prazos de Execução: ........................................................................................................................ 96
4.4.5 Recursos Humanos para Execução: .............................................................................................. 96
5. CRONOGRAMA EXECUTIVO ............................................................................................................... 97
6. DIRETRIZES INICIAIS DE DIVULGAÇÃO E EFETIVIDADE DA PARTICIPAÇÃO
SOCIAL – PLANO DE MÍDIA ............................................................................................................................ 99
6.1 OBJETIVOS DA AMPLA DIVULGAÇÃO E PÚBLICO ALVO ...................................................................................... 100
6.2 ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO – MEIOS DE COMUNICAÇÃO E MATERIAIS ........................................................... 100
6.3 SUGESTÕES DE IDENTIDADE VISUAL PARA DIVULGAÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL ..... 102
6.4 ELABORAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ESPAÇO ONLINE DO PLANO DIRETOR .......................................................... 103
7. REGISTRO DAS ATIVIDADES DA 1ª ETAPA.............................................................................. 106
7.1 REUNIÃO TÉCNICA INICIAL – 17/03/2020 .................................................................................................... 107
7.2 REUNIÃO TÉCNICA – 17/04/2020 CONTINUADA EM 22/04/2020 ............................................................... 117
7.3 REUNIÃO TÉCNICA – 04/05/2020 ................................................................................................................ 119
7.4 TELECONFERÊNCIA TÉCNICA DE REAPRESENTAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO – VERSÃO EMERGENCIAL.
ENCAMINHAMENTOS PARA CONCLUSÃO DA 1ª ETAPA E ENCAMINHAMENTOS PARA INÍCIO DA 2ª ETAPA ...................... 120
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
LISTA DE SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
AGETRAN - Agência Municipal de Transporte e Trânsito
CDP - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades
CM – Coordenação e Fiscalização Municipal
ETM – Equipe Técnica Municipal
GPS - Global Positioning System
NGP – Núcleo Gestor Participativo
PAI – Plano de Ação e Investimentos
PDM – Plano Diretor Municipal
SEPLAN – Secretaria de Planejamento do Município de Dourados/MS
SIG – Sistema de Informações Geográficas
ZOPP - Planejamento de Projetos Orientado por Objetivos
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
1. INTRODUÇÃO
A função social da cidade e da propriedade, princípios básicos da política urbana,
passaram a ser abordados em normativa federal com a Constituição Federal em
1988, mesma constituição com a qual a sociedade brasileira garantiu seus
direitos democráticos. A partir de então ficou clara a prioridade do bem-estar
coletivo acima dos interesses financeiros sobre o uso do solo, bem como ficou
instituída a responsabilidade e o protagonismo do poder municipal sobre a
regulamentação de sua política de desenvolvimento urbano e gestão urbana,
sendo o Plano Diretor o principal instrumento para ordenar o desenvolvimento e
a expansão urbana.
Treze anos depois da Constituição Federal, a partir da aprovação do Estatuto da
Cidade que regulamentou seus artigos 182 e 183, reforçou o Plano Diretor como
instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana e abordou
a obrigatoriedade desse instrumento para cidades com mais de 20 mil
habitantes, para as cidades integrantes de regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas, as integrantes de áreas de especial interesse turístico,
as inseridas em áreas de influência de significativo impacto ambiental ou ainda
aquelas nas quais o poder público pretende utilizar os instrumentos disponíveis.
O estabelecimento do Plano Diretor obrigatório para Municípios em tais
contextos, e com revisão obrigatória a cada 10 anos, fortalece a função social da
cidade e da propriedade, possibilitando inclusão territorial, diminuição das
desigualdades, reversão da segregação socioespacial e da degradação
ambiental. Por consequencia, a estipulação de tal prazo de 10 anos para revisão
de um Plano Diretor resulta em uma necessidade de constante monitoramento
da aplicação do Plano Diretor, como é o caso da presente revisão do Plano
Diretor do município de Dourados.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
1.1 Objetivos Gerais e Específicos do trabalho de Revisão do Plano
Diretor de Dourados
1.1.1 Objetivo Geral – Conforme Termo de Referencia
O objetivo geral é a contratação de uma consultoria especializada para revisar,
avaliar, adequar e atualizar o Plano Diretor Municipal de Dourados - PDM -
vigente desde dezembro de 2003, assim como as demais legislações
urbanísticas vigentes - Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e Código de
Obras e a elaboração do Plano de Ação de Investimentos.
A revisão do Plano Diretor está orientada em analisar e propor, juntamente com
as legislações urbanísticas e demais orientações normativas vigentes, novas
indicações necessárias para a ocupação territorial harmônica da área urbana e
rural do município.
Enfim, o eixo metodológico da revisão do Plano Diretor de Dourados é a
formulação de todos os instrumentos legais de forma integrada e articulada,
visando a obtenção de um conjunto único de legislação urbanística.
1.1.2 Objetivos Específicos
O trabalho deverá ser pautado nos seguintes objetivos específicos:
1) definição do desenho da cidade que se deseja para o futuro próximo e
das linhas de intervenção urbana consideradas estratégicas;
2) identificação dos instrumentos de intervenção urbanística prioritários
para direcionar o crescimento desejado, sua regulamentação e áreas de
aplicação;
3) configuração de um plano viário regional integrado às legislações
urbanísticas
Para atingir os objetivos, as seguintes orientações devem ser observadas:
a) Apresentar as informações necessárias à completa compreensão do
trabalho a ser executado;
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
b) Possibilitar ao Município, como contratante, uma organização básica
para o acompanhamento e a avaliação da elaboração de cada uma das
etapas bem como dos produtos intermediários e finais;
c) Organizar a transferência de conhecimento entre as partes (equipe
técnica municipal e consultores);
d) Esclarecer dúvidas e resolver eventuais controvérsias que possam surgir
entre as partes, a respeito dos objetivos, dos principais temas que deverão
ser abordados, da metodologia e dos produtos e prazos;
e) Garantir a compatibilização dos serviços propostos com a legislação
vigente - federal, em especial a Lei Federal nº10.257/01 (Estatuto da
Cidade), estadual e municipal sobre o desenvolvimento urbano e municipal;
f) Estabelecer diretrizes para a instauração no município, de um processo
de planejamento permanente e sustentável, por meio da capacitação dos
técnicos municipais especialmente designados para o desempenho desta
função.
1.2 Fundamentação Legal
1.2.1 Constituição Federal
Na Constituição Federal, o planejamento urbano é abordado nos artigos 182 e
183, aqui transcritos:
“Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes.
§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para
cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política
de desenvolvimento e de expansão urbana.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano
diretor.
§ 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.
§ 4º - É facultado ao poder público municipal, mediante lei específica para
área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do
proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que
promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida
pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal,
com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros
legais.
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-
a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem
ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma
vez.
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
1.2.2 Estatuto da Cidade – Lei Federal 10.257 de 2001
Regulamentando os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, o estatuto da
Cidade estabelece diretrizes gerais para a política urbana no Brasil. Nele, são
estabelecidas normas de ordem pública e interesse social que regulem o uso da
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos
cidadãos, bem como equilíbrio ambiental.
O Estatuto da Cidade inovou ao estabelecer instrumentos de planejamento
urbano, como os planos, instrumentos tributários e financeiros, instrumentos
jurídicos e políticos, entre outros.
As diretrizes gerais do Estatuto da Cidade e que, portanto, devem ser diretrizes
gerais do Plano Diretor de Dourados, são estabelecidas no Art. 2, que assim se
apresenta:
“Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes
diretrizes gerais:
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à
terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana,
ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as
presentes e futuras gerações;
II – gestão democrática por meio da participação da população e de
associações representativas dos vários segmentos da comunidade na
formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos
de desenvolvimento urbano;
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores
da sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse
social;
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial
da população e das atividades econômicas do Município e do território sob
sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do
crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços
públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às
características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar: a) a utilização
inadequada dos imóveis urbanos; b) a proximidade de usos incompatíveis
ou inconvenientes; c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
excessivos ou inadequados em relação à infraestrutura urbana; d) a
instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como
polos geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura
correspondente; e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte
na sua subutilização ou não utilização; f) a deterioração das áreas
urbanizadas; g) a poluição e a degradação ambiental;
VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais,
tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do
território sob sua área de influência;
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de
expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental,
social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de
urbanização;
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e
financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano,
de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a
fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais;
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha
resultado a valorização de imóveis urbanos;
XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e
construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e
arqueológico;
XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos
processos de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos
potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o
conforto ou a segurança da população;
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais
de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a
situação socioeconômica da população e as normas ambientais;
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo
e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o
aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na
promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de
urbanização, atendido o interesse social.
Essas diretrizes devem ser as diretrizes que pautam o trabalho de revisão do
Plano Diretor e demais leis complementares do Município de Dourados.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
1.2.3 Resolução nº 34 do Conselho Nacional das Cidades,
instituída em 1º de julho de 2005
Com esta resolução, definem-se instruções quanto ao conteúdo mínimo do
Plano Diretor, com orientações para a incorporação de instrumentos do Estatuto
da Cidade para garantir o cumprimento da função social da propriedade e para
o desenvolvimento urbano. Quanto ao conteúdo mínimo esperado, ele é
comentado, principalmente no Artigo 1, Artigo 2 e Artigo 3, aqui transcritos:
Art. 1º O Plano Diretor deve prever, no mínimo:
I – as ações e medidas para assegurar o cumprimento das funções
sociais da cidade, considerando o território rural e urbano;
II- as ações e medidas para assegurar o cumprimento da função social
da propriedade urbana, tanto privada como pública;
III- os objetivos, temas prioritários e estratégias para o
desenvolvimento da cidade e para a reorganização territorial do
Município, considerando sua adequação aos espaços territoriais
adjacentes;
IV- os instrumentos da política urbana previstos pelo art. 42 do
Estatuto da Cidade, vinculando-os aos objetivos e estratégias
estabelecidos no Plano Diretor.
a) Os Municípios incluídos no cadastro nacional de Municípios
com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande
impacto, inundações bruscas, processos geológicos ou
hidrológicos correlatos, conforme dispõe a Lei nº 12.608/2012,
devem observar o disposto no artigo 42-A do Estatuto da Cidade,
seus incisos e parágrafos, destacando-se a necessidade de
elaboração e aprovação do Plano Diretor e posterior
encaminhamento para aprovação pela Câmara Municipal no
prazo de 5 (cinco) anos.
b) Os Municípios que pretendam ampliar seu perímetro urbano
devem observar o disposto no artigo 42-B do Estatuto da Cidade,
seus incisos e parágrafos.
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Art. 2º As funções sociais da cidade e da propriedade urbana serão definidas a
partir da destinação de cada porção do território do município bem como da
identificação dos imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados, no caso
de sua existência, de forma a garantir:
I – espaços coletivos de suporte à vida na cidade, definindo áreas para
atender as necessidades da população de equipamentos urbanos e
comunitários, mobilidade, transporte e serviços públicos, bem como
áreas de proteção, preservação e recuperação do meio ambiente
natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico,
paisagístico e arqueológico;
II – a acessibilidade e a mobilidade sustentável de todos os cidadãos
por meio do desenho dos espaços públicos e do sistema viário básico;
III – a universalização do acesso à água potável, aos serviços de
esgotamento sanitário, a coleta e disposição de resíduos sólidos e ao
manejo sustentável das águas pluviais, de forma integrada às políticas
ambientais, de recursos hídricos e de saúde;
IV – terra urbanizada para todos os segmentos sociais, especialmente
visando a proteção do direito à moradia da população de baixa renda
e das populações tradicionais;
V – áreas para todas as atividades econômicas, especialmente para
os pequenos empreendimentos comerciais, industriais, de serviço e
agricultura familiar.
Art. 3º. Definidas as funções sociais da cidade e da propriedade urbana, nos
termos do artigo 2º, o Plano Diretor deverá:
I – determinar critérios para a caracterização de imóveis não edificados,
subutilizados, e não utilizados;
II - determinar critérios para a aplicação do instrumento estudo de impacto
de vizinhança;
III - delimitar as áreas urbanas onde poderão ser aplicados o
parcelamento, a edificação e a utilização compulsórios, considerando a
existência de infraestrutura e de demanda para utilização;
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IV - definir o prazo para notificação dos proprietários de imóveis prevista
pelo art. 5º, § 4 º, do Estatuto da Cidade;
V – delimitar as áreas definidas pelo art. 2º desta Resolução e respectivas
destinações nos mapas, e descrição de perímetros, consolidando no
plano diretor toda a legislação incidente sobre o uso e ocupação do solo
no território do Município.
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1.2.4 Resolução nº 25 do Conselho Nacional das Cidades,
instituída em 18 de março de 2005
Esta resolução dispõe sobre o processo participativo na elaboração do Plano
Diretor, o envolvimento do Conselho da Cidade ou similar nesse processo, a
devida publicidade e a realização das audiências públicas. Destacamos aqui a
resolução a partir do Art. 3º, com intuído de reforçar e justificar a metodologia
participativa que será utilizada para revisão do Plano Diretor do Município de
Dourados, apresentada neste Plano de Trabalho.
Art. 3º O processo de elaboração, implementação e execução do Plano diretor
deve ser participativo, nos termos do art. 40, § 4º e do art. 43 do Estatuto da
Cidade.
§1º A coordenação do processo participativo de elaboração do Plano Diretor
deve ser compartilhada, por meio da efetiva participação de poder público e
da sociedade civil, em todas as etapas do processo, desde a elaboração até
a definição dos mecanismos para a tomada de decisões.
§ 2º Nas cidades onde houver Conselho das Cidades ou similar que atenda
os requisitos da Resolução Nº 13 do CONCIDADES, a coordenação de que
trata o §1º, poderá ser assumida por esse colegiado;
Art. 4º No processo participativo de elaboração do plano diretor, a publicidade,
determinada pelo inciso II, do § 4º do art. 40 do Estatuto da Cidade, deverá conter
os seguintes requisitos:
I – ampla comunicação pública, em linguagem acessível, através dos meios
de comunicação social de massa disponíveis;
II- ciência do cronograma e dos locais das reuniões, da apresentação dos
estudos e propostas sobre o plano diretor com antecedência de no mínimo
15 dias;
III- publicação e divulgação dos resultados dos debates e das propostas
adotadas nas diversas etapas do processo;
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Art.5º A organização do processo participativo deverá garantir a diversidade, nos
seguintes termos:
I – realização dos debates por segmentos sociais, por temas e por divisões
territoriais, tais como bairros, distritos, setores entre outros;
II -garantia da alternância dos locais de discussão.
Art.6º O processo participativo de elaboração do plano diretor deve ser articulado
e integrado ao processo participativo de elaboração do orçamento, bem como
levar em conta as proposições oriundas de processos democráticos tais como
conferências, congressos da cidade, fóruns e conselhos.
Art.7º No processo participativo de elaboração do plano diretor a promoção das
ações de sensibilização, mobilização e capacitação, devem ser voltadas,
preferencialmente, para as lideranças comunitárias, movimentos sociais,
profissionais especializados, entre outros atores sociais.
Art. 8º As audiências públicas determinadas pelo art. 40, § 4º, inciso I, do
Estatuto da Cidade, no processo de elaboração de plano diretor, têm por
finalidade informar, colher subsídios, debater, rever e analisar o conteúdo do
Plano Diretor Participativo, e deve atender aos seguintes requisitos:
I – ser convocada por edital, anunciada pela imprensa local ou, na sua falta,
utilizar os meios de comunicação de massa ao alcance da população local;
II – ocorrer em locais e horários acessíveis à maioria da população;
III – serem dirigidas pelo Poder Público Municipal, que após a exposição de
todo o conteúdo, abrirá as discussões aos presentes;
IV – garantir a presença de todos os cidadãos e cidadãs, independente de
comprovação de residência ou qualquer outra condição, que assinarão lista
de presença;
V – serem gravadas e, ao final de cada uma, lavrada a respectiva ata, cujos
conteúdos deverão ser apensados ao Projeto de Lei, compondo memorial
do processo, inclusive na sua tramitação legislativa.
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Art. 9º A audiência pública poderá ser convocada pela própria sociedade civil
quando solicitada por no mínimo 1 % (um por cento) dos eleitores do município.
Art.10. A proposta do plano diretor a ser submetida à Câmara Municipal deve ser
aprovada em uma conferência ou evento similar, que deve atender aos seguintes
requisitos:
I – realização prévia de reuniões e/ou plenárias para escolha de
representantes de diversos segmentos da sociedade e das divisões
territoriais;
II – divulgação e distribuição da proposta do Plano Diretor para os delegados
eleitos com antecedência de 15 dias da votação da proposta;
III – registro das emendas apresentadas nos anais da conferência;
IV – publicação e divulgação dos anais da conferência.
Além das Resoluções 35/05 e 25/05 acima mencionadas, há outras resoluções
aprovadas pelo ConCidades, que abordam recomendações para a política de
desenvolvimento urbano, algumas tratando especificamente do Plano Diretor,
entre elas:
Resolução Recomendada nº 22 de 6 de dezembro de 2006: emite
recomendações quanto à regulamentação dos procedimentos para
aplicação dos recursos técnicos e financeiros na elaboração do Plano
Diretor em Municípios inseridos em área de influência de
empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental;
Resolução Recomendada nº 83 de 8 de dezembro de 2009: dispõe sobre
orientações com relação à revisão ou alteração de Planos Diretores.
Também, ainda no âmbito federal, são fundamentações legais para o processo
de revisão do Plano Diretor de Dourados:
Lei nº 6.766/1979 - Parcelamento do Solo
Lei nº 13.465/2017 – Regularização Fundiária
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1.2.5 Fundamentação Legal no Âmbito Estadual
Constituição Estadual;
Plano MS 2030 – Plano de Desenvolvimento Regional do Governo do
Estado;
Planos Setoriais do Governo do Estado de MS
Zoneamento Econômico Ecológico de MS;
Agenda 21;
Plano de Desenvolvimento Regional em que o município se insere;
Recomendações das Conferências das Cidades
Planos de Bacia Hidrográfica que o município integra;
1.2.6 Fundamentação Legal no Âmbito Municipal
Lei Orgânica do Município de Dourados;
Lei Complementar 72/2003 – Plano Diretor vigente;
Lei Complementar 205/2012 – LUOS;
Lei Complementar 1.041/1979 – Parcelamento do Solo
Lei Complementar 1.391/1986 – Código de Obras;
Lei Complementar 1.065/1979 – Código de Posturas
Lei Complementar 351/2018 – Plano Municipal de Mobilidade Urbana
Lei Complementar 55/2002 – Política Municipal de Meio Ambiente (Lei
Verde);
Lei 4.231/2018 – Plano Municipal de Saneamento;
Lei Complementar 71/2003 – Código Tributário Municipal;
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
Lei do Orçamento Anual (LOA);
Plano Plurianual (PPA)
Demais legislações pertinentes.
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1.3 Planos Diretores no Brasil
O Plano Diretor já era elaborado no Brasil previamente ao Estatuto da Cidade,
porém, após aprovação desta Lei, seu conceito e processo de elaboração (e,
principalmente, de participação social) passou por alterações, tornando-se
menos tecnocrático e mais participativo. Além disso, sua elaboração no Brasil foi
ampliada (quantitativamente) nas últimas décadas.
O principal objetivo do Plano Diretor Municipal é garantir o acesso à terra
urbanizada e regularizada a todos os segmentos sociais, através da definição e
garantia de se fazer valer a função social da cidade e da propriedade urbana.
Com a utilização dos instrumentos apresentados pelo Estatuto da Cidade, o
Plano Diretor pode assegurar que o Município garanta a implementação de uma
gestão democrática e participativa de forma eficiente, bem como garantir o
acesso aos serviços urbanos a todos os cidadãos.
1.4 Proposta conceitual do Plano Diretor Municipal de Dourados tendo
em vista a legislação vigente e o Termo de Referência
Proceder à revisão do Plano Diretor do Município de Dourados, apoiando a
Prefeitura no respectivo processo público, visando seu aprimoramento e
regulamentação, de maneira a conferir maior efetividade da participação da
sociedade civil na construção do Projeto de Lei do Plano Diretor, nos termos
preconizados pela Lei Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) permitindo
seu envio à Câmara Municipal para apreciação.
Tendo em vista o apresentado acima, o Plano Diretor Municipal deve traduzir os
princípios das políticas públicas, urbana e rural, em leis municipais e materializar
as obrigações estabelecidas no Estatuto da Cidade quanto a:
Regulamentação dos processos municipais de gestão urbana
participativa, criando condições que permitam à população e aos setores
populares participar do planejamento da cidade, construindo uma cidade
que proporcione qualidade de vida e condições para o desenvolvimento,
democratizando o acesso à habitação, ao saneamento, à saúde, ao
transporte público, à alimentação, ao trabalho, ao lazer, à informação, à
liberdade de organização e a um território rico e diversificado sem
distinção de gênero, raça e crença;
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Determinação de critérios para a função social da propriedade e da cidade
propondo o ordenamento territorial, de uso e ocupação do solo que
expresse um “projeto de cidade”, prevalecendo os interesses coletivos
sobre o interesse individual, proporcionando distribuição mais justa dos
serviços públicos, combatendo a especulação imobiliária e recuperando
para a coletividade a valorização imobiliária proveniente dos
investimentos públicos;
Incorporação dos instrumentos urbanísticos a serem utilizados, para
alcançar o projeto de cidade, democraticamente debatido e que balizará
a construção da cidade que se deseja, ou seja, uma cidade para todos;
Identificação de áreas de proteção e de intervenção visando à
sustentabilidade socioambiental e também que a propriedade cumpra
com sua função social, aumentando a eficiência da utilização da
infraestrutura do Município e de sua gestão visando ao desenvolvimento
econômico com sustentabilidade;
O Plano Diretor Participativo deverá ainda ser concebido como parte de um
processo de planejamento que permita sua atualização sempre que necessário.
Constitui, também, o instrumento orientador e articulador dos demais
instrumentos que compõem o sistema de planejamento municipal, entre eles:
O Plano Plurianual (PPA), cuja duração deve estabelecer-se até o
primeiro ano do mandato subsequente, fixando objetivos, diretrizes e metas para
os investimentos;
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), compreendendo as metas e
prioridades que orientarão a elaboração do orçamento anual;
A Lei do Orçamento Anual (LOA), compreendendo o orçamento fiscal e o
orçamento de investimento das empresas em que o Município detenha maior
parte do capital social.
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2. EQUIPES E RESPONSABILIDADES
Estarão envolvidas no processo de revisão do Plano Diretor de Dourados quatro
equipes com diferentes responsabilidades, a Coordenação e Fiscalização
Municipal - denominada CM, Equipe Técnica Municipal – denominada ETM, o
Núcleo Gestor Participativo – denominado NGP e Equipe Técnica de
Consultoria.
A Coordenação Municipal, a Equipe Técnica Municipal e o Núcleo Gestor
Participativo devem ser instituídos por ato do Poder Executivo Municipal.
2.1 Coordenação e Fiscalização Municipal (CM)
A equipe de coordenação e fiscalização municipal, se trata de uma equipe menor
constituída por coordenador, vice coordenador e secretário(s) executivo(s).
Nesta equipe, como coordenador, estará fiscal do contrato designado pelo item
15 do Termo de Referência do processo licitatório.
A Coordenação Municipal tem objetivo de gerir a comunicação entre todos os
envolvidos, incluindo consultoria e NGP, bem como fazer encaminhamentos de
decisões da ETM e responder diretamente à fiscalização do contrato
039/2020/DL/PMD conforme item 10 do Termo de Referência.
São exemplos de atribuições da Coordenação e Fiscalização Municipal (CM)
a) zelar pelo cumprimento de todas as disposições do Termo de
Referências;
b) Mediar e fazer a interlocução entre o poder executivo municipal e a
empresa contratada;
c) avaliar previamente e encaminhar à consultoria a compatibilidade dos
apontamentos das análises técnicas emitidas pela ETM referente a
cada etapa com os produtos apresentados pela Consultoria, tendo por
base o Termo de Referência;
d) atestar as medições para o repasse dos recursos de financiamento
referentes a cada etapa da revisão do PDM;
e) emitir parecer técnico referente a pedidos de aditivo contratual;
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f) dar anuência prévia para a substituição do coordenador e demais
profissionais integrantes da equipe técnica da consultoria;
g) Aprovar os produtos encaminhados pela consultoria. As etapas
seguintes só iniciam após testamento de aprovação de etapa anterior,
emitido pela CM.
h) emitir termo de recebimento definitivo após a medição da última etapa
da revisão do PDM.
2.2 Equipe Técnica Municipal (ETM)
A Equipe Técnica Municipal – ETM, prevista pelo Termo de Referência, se
dividirá em ETM Permanente e ETM Temática. A ETM pode ser instituída por ato
do poder executivo municipal. A ETM permanente será constituída por técnicos
da SEPLAN que atuarão permanentemente nas análises, propostas e confecção
de produtos técnicos. A ETM Temática, composta por técnicos de outras
secretarias e agentes externos com conhecimentos técnicos relevantes para a
revisão do PDM de Dourados ficará à disposição para apoio à equipe da
SEPLAN quanto esta necessitar de apoio técnico temático para análises,
propostas e deliberações que envolvem assuntos multidisciplinares.
A Equipe Técnica Municipal ETM deve entregar à Coordenação Municipal CM
os pareceres necessários para efetivação de seu trabalho. Logo, deve ser
encaminhado da ETM à CM pareceres que subsidiem a fiscalização dos serviços
técnicos de assessoria, podendo resultar em não aceitação dos produtos ou das
atividades desenvolvidas, em virtude de inconsistências, bem como a solicitação
de ajustes e/ou substituição dos mesmos.
São atribuições da ETM
a) assegurar a construção do processo de revisão do PDM de acordo
com os fins propostos no Termo de Referência, subsidiando a
Consultoria com dados, informações e apoio logístico para a
realização dos eventos;
b) avaliar e validar junto com a Consultoria, a programação de atividades
e eventos, métodos, técnicas e estratégias propostas para a revisão
do PDM;
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c) recomendar a convocação de outros órgãos do poder público
(municipal, estadual ou federal) e/ou convidar associações
representativas dos vários segmentos da comunidade para subsidiar
a análise dos documentos referentes à revisão do PDM;
d) emitir análises técnicas, propondo alterações, exclusões e/ou
complementações nos documentos entregues pela Consultoria ao
longo das diversas etapas do processo de revisão do PDM, tendo por
base o Termo de Referência;
e) participar das reuniões técnicas de capacitação, preparação e
consolidação, oficinas, audiências públicas e conferência municipal.
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2.3 Núcleo Gestor Participativo (NGP)
Visando monitoramento e elaboração participativa, o Núcleo Gestor Participativo
se tratará de órgão colegiado reunindo paritariamente representantes do Poder
Público e da Sociedade Civil, dentro da proporcionalidade que determina a Lei
Federal Nº 10.257/2001 – Estatuto da Cidade, com caráter consultivo, acerca
das propostas de revisão do PDM, Lei de Uso e Ocupação do Solo e
Regulamentação de Instrumentos do Estatuto da Cidade. O NGP será regido por
Regimento Interno, no qual constarão regras para decisões e votações de
propostas.
O NGP será formado em audiência pública, que, em decorrência da situação de
emergência de saúde, será na 3ª etapa do trabalho.
São atribuições do NGP:
a) Apoiar e contribuir à disseminação de informações acerca do processo
de revisão do Plano Diretor de Dourados, sobretudo para o grupo
social representando no NGP, bem como garantir que os interesses
da coletividade sejam entendidos e atendidos no Plano Diretor e Leis
Complementares.
b) Acompanhar o processo de Revisão do Plano Diretor de Dourados de
forma ativa, tendo conhecimento dos produtos elaborados, podendo
solicitar maiores explicações sobre estes e, se julgado necessário,
solicitar readequações e revisões que serão deferidas ou indeferidas
de forma justificada pela Equipe Técnica Municipal.
c) Acompanhar a tramitação do Projeto de Lei na Câmara de
Vereadores, colaborando com a elucidação de questões relativas ao
processo de pactuação social e dos conteúdos definidos.
Dentro do NGP serão definidos:
Presidência, que deve ser, preferencialmente, coordenador da CM;
Vice-presidência;
Plenária;
Secretaria.
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2.4 Equipe Técnica da Consultoria
Em conformidade ao estabelecido no Termo de Referência do contrato nº
039/2020/DL/PMD, a equipe técnica de consultoria contará com profissionais
devidamente qualificados, com comprovada experiência de trabalho de acordo
com as exigências para cada perfil técnico.
Além da equipe técnica principal, uma equipe de apoio será mobilizada para bom
andamento dos trabalhos dentro dos prazos. A equipe técnica principal é
composta pelos seguintes profissionais:
Coordenador Geral: Arquiteto e Urbanista - Doutor em
Desenvolvimento Regional
1 (um) profissional de Arquitetura e Urbanismo: Arquiteta e
Urbanista - Especialista em Planejamento de Cidades
1 (um) profissional de Infraestrutura Urbana: Engenheiro Ambiental -
Especialista em Gestão de Municípios
1 (um) profissional Jurídico: Advogado - Especialista em
Administração Pública
1 (um) profissional de socio economia: Assistente Social - Especialista
em Educação
1 (um) profissional de Geologia, geografia, cartografia, ou especialista em
geoprocessamento: Engenheiro Ambiental - Especialista em Gestão de
Municípios
Complementarmente, a equipe de apoio conta com profissionais das seguintes
áreas:
Arquiteta e Urbanista- Especialista em Administração Pública
Engenheiro Civil-Especialista em Gestão, Auditoria e Perícia Ambiental
Engenheiro Sanitarista e Ambiental - Especialista em Direito Ambiental
Economista - Especialista em Gestão, Controladoria e Finanças
Analista de Sistemas - Especialista em desenvolvimento de software
Geógrafa
Geólogo
Pedagogo e Biólogo
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Administradora
Engenheiro Agrônomo
Entre os profissionais da equipe principal e equipe de apoio, estabelece-se um
Coordenador Geral e um Coordenador Técnico, ambos arquitetos e urbanistas
para atuarem como responsáveis do contrato, ficando responsáveis para
resolver e responder sobre todos os assuntos pertinentes à metodologia e
conteúdo técnico das etapas.
Ficam definidas como responsabilidades dos coordenadores da equipe:
Garantir a coesão entre todos os eixos temáticos e evitar a ocorrência de
propostas conflitantes;
Cuidar de todos os aspectos do trabalho que envolvam o relacionamento
entre a Contratada e a coordenação municipal;
Promover reuniões regulares de avaliação e deliberação das questões
estratégicas relacionadas ao projeto.
Validar os produtos elaborados pelos demais profissionais da equipe em
cada etapa e garantir encaminhamento dos mesmos à CM.
Emitir pareceres técnicos em questões relevantes e/ou conflitantes entre
os atores envolvidos no processo (principalmente do NGP), em matérias
que exijam uma análise ou subsídios técnicos para tomada de decisão,
os pareceres serão sempre encaminhados à CM que pode validar ou não,
ou acrescentar a um parecer próprio.
Dirimir as dúvidas da própria equipe.
Dirimir as dúvidas da Contratante.
Promover a execução de todas as etapas do projeto.
Propor, em conjunto com os responsáveis por cada eixo, indicadores de
monitoramento e avaliação do plano, a fim de mensurar o grau de
atendimento às macros diretrizes.
Mobilizar todos e quaisquer recursos necessários, assegurando o
cumprimento dos prazos pactuados.
Abaixo consta quadro de permanência da equipe principal e equipe de apoio,
conforme a etapa de trabalho, lembrando que, conforme detalhado no
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CAPÍTULO 4 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS deste relatório, são 04 etapas de
trabalho que objetivam, respectivamente:
1) Etapa 1 –Estruturação, Mobilização e Método;
2) Etapa 2 –Avaliação Técnica e Comunitária
3) Etapa 3 –Diretrizes e Propostas
4) Etapa 4 -Plano de ação e investimentos e Minutas de Lei;
Tabela 1 – Cronograma de permanência da equipe técnica de consultoria por etapa de trabalho.
PROFISSIONAL /PERMANCENCIA POR ETAPA ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4
Arquiteta e Urbanista - Especialista em Planejamento de Cidades
Arquiteto e Urbanista - Doutor em Desenvolvimento Regional
Engenheiro Ambiental - Especialista em Gestão de Municípios
Advogado - Especialista em Administração Pública
Ass istente Social - Especialista em Educação
Engenheiro Ambiental - Especialista em Gestão de Municípios
Arquiteta e Urbanista- Especialista em Administração Pública
Engenheiro Civil-Especialista em Gestão, Auditoria e Perícia Ambiental
Engenheiro Sanitarista e Ambiental - Especialista em Direito Ambiental
Economista - Especialista em Gestão, Controladoria e Finanças
Anal ista de Sistemas - Especialista em desenvolvimento de software
Geógrafa
Geólogo
Pedagogo e Biólogo
Administradora
Engenheiro Agrônomo
3. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO
Este capítulo tem o objetivo de expor as metodologias a serem adotadas pela
equipe técnica ao longo das 04 etapas de trabalho. Tais metodologias descritas
serão utilizadas, principalmente, nas etapas iniciais para levantamento e
sistematização dos dados nas leituras técnica e comunitária a serem realizadas.
Descreve-se aqui, portanto, a metodologia de análise sistematizada em
Condicionantes, Deficiências e Potencialidades (Sistemática CDP) e a
metodologia de visualização móvel com Planejamento de Projetos Orientado por
Objetivos (ZOPP).
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3.1 Sistemática CDP
A ser utilizada, principalmente, na 2ª etapa – Análise Temática Integrada, a
Sistemática das Condicionantes, Deficiências e Potencialidades – CDP,
apresenta basicamente um método de ordenação criteriosa e operacional dos
problemas e fatos, resultantes de pesquisas e levantamentos. Tal metodologia
de apresentação dos resultados proporciona apresentação compreensível e
facilmente visualizável a respeito da situação atual da cidade.
Essa metodologia irá permitir a síntese de forma clara e objetiva dos resultados
da leitura técnica, leitura comunitária e leitura jurídica, permitindo, inclusive, que
tais leituras sejam confrontadas entre si.
Em virtude das suas possibilidades de apresentação gráfica, esta sistemática e
os resultados de sua aplicação podem ser transmitidos com maior facilidade à
comunidade, ao NGP e à administração municipal.
Ela pode orientar o planejamento territorial em todas as etapas do processo,
mas, principalmente, a etapa de diagnóstico jurídico e físico-territorial, baseando-
se nos critérios de eficiência, de adequação dos meios e recursos e de controle
de resultados, evitando com isto os erros de uma simples eliminação de
deficiências.
A classificação dos eixos de trabalho segundo
Condicionantes/Deficiências/Potencialidades atribui aos mesmos uma função
dentro do processo de desenvolvimento da cidade, isto significa que as
tendências desse desenvolvimento podem ser percebidas com maior facilidade.
CONDICIONANTES (C) - figuram como restrições, impedimentos e
obrigatoriedades. Portanto, devem ser consideradas para o planejamento
aspectos de preservação, manutenção e conservação, dependendo das
peculiaridades das diferentes Condicionantes e das diferentes exigências
locais.
DEFICIÊNCIAS (D) – são situações de caráter negativo para o
desempenho das funções urbanas e que significam estrangulamentos de
caráter qualitativo e quantitativo para o desenvolvimento das áreas
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urbanas e suas comunidades e a sua eliminação ou recuperação implica
normalmente em investimentos elevados.
POTENCIALIDADES (P) – são elementos, recursos ou vantagens que até
então foram aproveitados adequadamente e poderiam ser incorporados
positivamente ao sistema urbano sem a necessidade de grandes
investimentos públicos.
Após a classificação dos elementos da estrutura municipal são definidas as
áreas prioritárias de ação com a sistematização destas informações. Para cada
área prioritária de ação são identificadas as medidas, segundo grupos de
demanda sendo:
Condicionantes que geram uma demanda de manutenção e preservação;
Deficiências que geram uma demanda de recuperação e melhoria;
Potencialidades que geram uma demanda de inovação.
São identificadas e sucintamente descritas as medidas necessárias para fazer
frente às demandas de cada área e destacadas aquelas que podem atender
simultaneamente os três tipos de demanda. A descrição das medidas deve
considerar as formas alternativas como serão satisfeitas as demandas e ordem
de grandeza das medidas, assim como a sua caracterização em termos de
urgência e a sua relevância para a área em questão e para a estrutura global da
cidade.
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3.2 Metodologia de visualização móvel e ZOPP (Planejamento de
Projetos Orientado por Objetivos)
Esta metodologia é destinada a promover o envolvimento das pessoas nas
discussões, esclarecer dúvidas, gerenciar conflitos e levar um grupo a alcançar,
de forma consistente, os objetivos propostos para discussão.
Essa forma de ordenação e organização se mostra fundamental para o processo
de moderação de reuniões, de grupos de trabalho, de oficinas, monitoria e
avaliação. Pode ser usado em qualquer circunstância e com qualquer tipo de
grupo social, independente de classe, nível de conhecimento, grau de instrução,
idade ou sexo.
A principal característica do método ZOPP (Planejamento de Projetos Orientado
por Objetivos), é a participação dos atores envolvidos no processo de
planejamento. Com tal propósito, utilizam-se técnicas de moderação e de
visualização, para facilitar a participação dos diferentes atores envolvidos e/ou
interessados no projeto.
O ZOPP se caracteriza mais pela utilização de técnicas de trabalho em grupo
para identificação de problemas e definição de objetivos, que pela dimensão
estratégica dos seus produtos.
Figura 1 - Grupos trabalhando e formato de compilação das discussões dentro da metodologia ZOPP em
oficinas de leitura comunitária conduzida pela empresa Alto Uruguai no município de Itajaí/SC.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
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3.3 SIG – Sistema de Informações Geográficas Municipal
Quanto a recursos físicos, serão utilizados todos os equipamentos necessários
para moderno mapeamento georreferenciado das informações do município de
Dourados. Tendo isso em vista, para levantamentos em campo serão utilizados
GPS - Global Positioning System cujas informações depois serão processadas
em softwares adequados, principalmente será utilizado o ArcGis. Dessa forma,
todo o trabalho de análise de dados do município de Dourados, como também
os mapeamentos anexos de legislações gerados posteriormente resultarão em
SIG – Sistema de Informações Geográficas do município de Dourados. Todo o
SIG do município será entregue a contratante que pode utiliza-lo para trabalhos
futuros ou para análises que auxiliem na gestão municipal em outros setores que
não o planejamento urbano.
Fitz (2008) conceitua SIG como um sistema constituído por um conjunto de
programas computacionais, o qual integra dados, equipamentos e pessoas com
objetivo de coletar, armazenar, recuperar, manipular, visualizar e analisar dados
espacialmente referenciados a um sistema de coordenadas conhecido.
O SIG elaborado para o município de Dourados será exportado de forma a gerar
arquivos em todos os formatos mais conhecidos e utilizados nacionalmente,
sobretudo o formato .dwg (arquivo de Auto CAD) e será disponibilizado à
Prefeitura Municipal de Dourados gravado em CD-ROM. No CD-ROM contendo
o SIG de Dourados, constarão, portanto, arquivos em formato .dwg; formato
Shapefile e formato KML (google Earth) e tabelas, podendo ser adicionados
outros formatos de arquivos ao CD, se verificada essa necessidade.
Para elaboração do SIG relacionado ao Planejamento Urbano de Dourados, ao
longo deste processo de revisão de seu Plano Diretor Municipal e demais leis
complementares, deverá ser observada a Lei Municipal nº 4.390 / 2019,
sobretudo os artigos 2º e 7º, os quais determinam:
“Artigo 2º A Rede de Referência Cadastral Municipal realizada pela
Secretaria de Planejamento passa a constituir referência oficial
obrigatória para:
a) Todos os trabalhos de cartografia e topografia de apoio à construção e à atualização das cartas e plantas do Sistema Cartográfico Municipal;
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b) Todos os serviços topográficos de demarcação, de
anteprojetos, de projetos, de acompanhamento de obras de engenharia em geral, de levantamentos de obras conforme construídas (as built) e de cadastros imobiliários para registros públicos e fiscais; e
c) Amarração, de um modo geral, de todos os serviços de topografia, visando à incorporação das plantas decorrentes destes serviços às plantas de referência cadastral do Sistema
Cartográfico Municipal. Parágrafo único - Além dos órgãos da Administração da Prefeitura Municipal de Dourados, estão ainda obrigados ao que estabelece este artigo os demais órgãos ou
entidades públicas ou privadas, governamentais ou não, com atuação no Município, bem como as pessoas físicas em geral, quando realizarem quaisquer dos trabalhos ou serviços nele
referidos, desde que o andamento ou os resultados dos mesmos estejam sujeitos à aprovação, verificação ou acompanhamento de órgãos ou entidades da administração da Prefeitura.”
...
“Artigo 7º A atualização da base cartográfica dar-se-á em caráter
permanente, através dos seguintes procedimentos:
I - realização de novos levantamentos geodésicos de
precisão (3ª ordem), de áreas do município, executados por
intermédio de órgãos públicos ou de particulares,
atendendo ao que está especificada no Artigo 4º desta Lei.
II - cadastragem e inserção de informações inerentes a
obras e serviços projetados e executados por intermédio do
Poder Público ou de particulares, em todo o território do
Município.
§ 1º - Serão de responsabilidade do Departamento de Geoprocessamento, todas as providências necessárias à
atualização permanente da Rede de Referência Cadastral Municipal e do Sistema Cartográfico Municipal.
§ 2º - Os órgãos da administração municipal deverão encaminhar ao Departamento de Geoprocessamento, as
informações necessárias à atualização da Rede de Referência Cadastral Municipal e do Sistema Cartográfico Municipal.
§ 3º - As obras e serviços de pequeno porte que não impliquem alteração ou prolongamento de sistema viário ou de logradouro,
nem na modificação da forma do parcelamento do solo, serão cadastradas após sua conclusão, cabendo ao órgão responsável pela execução ou fiscalização o encaminhamento das informações ao Departamento de Geoprocessamento.
§ 4º - As edificações construídas em lotes serão cadastradas, após obtenção do “habite-se” ou da constatação de sua conclusão, com o encaminhamento dos respectivos projetos ao
Departamento de Geoprocessamento para a atualização das plantas do Sistema Cartográfico Municipal.
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§ 5º - As obras ou serviços de maior porte que impliquem
alteração do sistema viário, de logradouros ou da forma de parcelamento do solo serão cadastradas, em caráter provisório, quando da expedição do alvará de construção e, em caráter
definitivo, após sua conclusão, para a atualização das plantas do Sistema Cartográfico Municipal”
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3.4 Definição dos Eixos Temáticos
Serão definidos 7 eixos temáticos para estruturar a coleta de dados, a
caracterização municipal no diagnóstico e o plano de ações no Plano Diretor
Municipal, tais eixos seguem o conteúdo mínimo de análise solicitado no Termo
de Referência para a Análise Temática Integrada (descrita no Capítulo 4.2 - 2ª
ETAPA – Análise Temática Integrada), no entanto alguns conteúdos são
sugeridos de forma complementar para uma abordagem mais completa. Dessa
forma, os eixos temáticos são:
Ordenamento territorial;
Habitação;
Mobilidade e Acessibilidade;
Aspectos socioeconômicos;
Meio Ambiente e Patrimônio;
Infraestrutura; e
Gestão Urbana
E apesar da divisão em eixos para o desenvolvimento do trabalho, a análise e
proposição de diretrizes se dará sempre de forma integrada, buscando o
contexto das consequências que podem decorrer da implantação de cada diretriz
ou meta estipulada. Em nenhum eixo haverá análise ou definição de propostas
de forma isolada, sendo necessária a articulação entre os eixos desde a
caracterização municipal até a definição de diretrizes para o Plano Diretor. Em
alguns temas a necessidade de integração e articulação é ainda mais evidente,
sendo necessária para coerência das propostas a serem definidas.
A coordenação da equipe técnica de consultoria, garantirá a sinergia entre os
eixos, conforme descrição de suas atribuições no Capítulo 2.4, tanto na etapa de
diagnóstico como na elaboração de propostas.
3.4.1 Ordenamento territorial
O eixo de ordenamento territorial visa entender o processo de formação e
crescimento do Município de Dourados, a ocupação atual do solo, tanto na área
urbana, quanto na área rural, o contexto regional no qual se encontra, suas
relações intermunicipais, a disponibilidade de infraestrutura e os instrumentos
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regulatórios da ocupação do solo e de fiscalização do poder público sobre seu
crescimento.
Após levantados, analisados e compreendidos esses aspectos serão propostas
ações para melhoria do ordenamento territorial no Município buscando essa
visão integrada e levando em conta, também, as necessidades observadas nos
demais eixos temáticos.
O objetivo neste eixo será propor ações que possibilitem o equilíbrio do
crescimento ordenado do Município, pautado pela função social da propriedade,
objetivando a melhoria da qualidade de vida, o desenvolvimento econômico
sustentável através da identificação de áreas potenciais para diferenciadas
atividades econômicas, além de garantir melhores condições de acesso à
moradia, ao trabalho e aos equipamentos urbanos e comunitários, sustentadas
por uma estrutura de mobilidade urbana eficiente.
Os mapas do Ordenamento Territorial serão elaborados, inicialmente, a partir do
SIG – Sistema de Informações Geográficas já estruturado no município. Além
disso, serão levantados mapas junto ao Estado, à União e aos demais órgãos
de geoprocessamento que possam disponibilizar dados e informações para a
leitura da organização territorial do Município. Após a elaboração preliminar
desses mapas, deverá ser feita uma revisão do material junto à ETM, corrigindo
distorções e inconsistências, de forma a resultar em um mapeamento atualizado
do Município e suas condições. Dentre os mapas a serem produzidos, podem
ser relacionados, dentre outros:
• Perímetro urbano;
• Macrozoneamento (áreas urbanas e rurais);
• Zoneamentos especiais;
• Hidrografia;
• Relevo;
• Estrutura viária;
• Equipamentos urbanos;
• Regionais de planejamento municipal;
• Setores censitários;
• Áreas industriais;
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• Áreas de proteção ambiental;
• Áreas de risco;
• ZEIS;
• Vazios urbanos;
Além dos mapas temáticos relacionados acima, conforme necessidade, poderão
ser produzidos outros, que auxiliem na caracterização e no estabelecimento de
diretrizes para o eixo de ordenamento territorial de Dourados.
3.4.2 Habitação
Serão verificados e reestabelecidos procedimentos e instrumentos para atuação
na solução das ocupações irregulares e clandestinas e contenção da
propagação das mesmas. Também será entendido o déficit habitacional e
definidas formas para lidar com o mesmo, principalmente a existência de ZEIS –
Zonas de Especial Interesse Social, suas classificações e carências de novas
áreas e subclassificações para atender à realidade atual, tendo em vista os
instrumentos apresentados pelo Estatuto da Cidade – Lei Federal 10.257/2001.
Portanto, esse eixo, terá enfoque em:
Identificação de parâmetros e ações para possibilitar a
regularização da situação fundiária das áreas ocupadas
irregularmente ou identificação de áreas para relocação, caso não
haja possibilidade legal de regularização, ou seja, áreas de risco,
nestes casos, também a identificação de diretrizes de uso e
ocupação dessas áreas após a desocupação;
Estabelecer mecanismos de acordo com o Plano de Habitação,
referente ao déficit habitacional quantitativo e qualitativo e ainda
para os órgãos de controle e fundo;
Avaliar a existência de Zonas ou Áreas de Especial Interesse
Social, a forma de tratativa deste instrumento no histórico de
regulamentação urbanística de Dourados, resultados alcançados e
carências e potencialidades a serem observadas ao serem tratadas
as ZEIS no processo de revisão do Plano Diretor Municipal.
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3.4.3 Mobilidade e Acessibilidade
A adequada mobilidade urbana é um fator essencial para as atividades humanas,
pleno desenvolvimento econômico e garantia de qualidade de vida de uma
cidade, além do papel decisivo na inclusão social, com garantia do acesso
universal à cidade e seus serviços. Com o adequado planejamento da
mobilidade, garantem-se as possibilidades de acesso da sociedade a diversos
equipamentos.
A mobilidade urbana está paralelamente ligada ao desenvolvimento urbano.
Com o crescimento das cidades brasileiras de forma periférica, descompacta,
desconectada e desordenada, afetou, principalmente, a forma de mobilidade das
pessoas, que precisam se deslocar diariamente em distância consideráveis
utilizando meios de transporte motorizados, devido as residências ficarem
distantes de suas atividades diárias. Por isso, quando se fala de mobilidade urbana
dentro de um processo de revisão de Plano Diretor A mobilidade urbana está
paralelamente ligada ao desenvolvimento urbano.
Considerando a necessidade da mobilidade e acessibilidade para acesso a
todos os outros aspectos que a cidade pode oferecer, é necessária uma estreita
integração com os demais eixos temáticos abordados nesse trabalho. A
definição de diretrizes para o eixo de mobilidade e acessibilidade para o
Município de Dourados seguirá o preconizado pela Política Nacional de
Mobilidade Urbana – Lei Federal 12.587/2012, como ordem de prioridade
sempre o pedestre e o ciclista em relação a outro meio de transporte motorizado,
bem como a prioridade do transporte coletivo em relação ao transporte particular .
Será analisado o Plano de Mobilidade Urbana de Dourados, recém
implementado, simultaneamente a levantamentos em campo e pesquisas de
opinião pública para entendimento desse eixo e, principalmente, a relação dele
com o histórico de planejamento urbano de Dourados.
Quanto à acessibilidade, é importante ressaltar o parágrafo 3º do Art. 41 do
Estatuto da Cidade, que impõe:
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Ҥ 3o As cidades de que trata o caput deste artigo devem elaborar
plano de rotas acessíveis, compatível com o plano diretor no qual está
inserido, que disponha sobre os passeios públicos a serem
implantados ou reformados pelo poder público, com vistas a garantir
acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida
a todas as rotas e vias existentes, inclusive as que concentrem os focos
geradores de maior circulação de pedestres, como os órgãos públicos
e os locais de prestação de serviços públicos e privados de saúde,
educação, assistência social, esporte, cultura, correios e telégrafos,
bancos, entre outros, sempre que possível de maneira integrada com
os sistemas de transporte coletivo de passageiros.”
Dessa forma, será realizada também análise da existência e carência de rotas
acessíveis onde estas deveriam existir.
3.4.4 Aspectos Socioeconômicos
O desenvolvimento econômico tem relação direta com o desenvolvimento social
de uma sociedade. O eixo de aspectos socioeconômicos abordará questões
relativas aos direitos sociais fundamentais, preconizados pela Constituição
Federal. Em vista disso, serão realizadas análises e proposições para garantir o
desenvolvimento econômico, social e cultural da população de Dourados.
Deve-se buscar a justa distribuição de educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância e a assistência aos desamparados. Portanto, serão
identificados os grupos sociais mais vulneráveis e as áreas debilitadas para que
sejam alcançadas proposições que atendam às necessidades e às
especificidades do Município.
O processo de urbanização no Brasil excluiu grande parte da população
beneficiando-a de forma desigual com os recursos e infraestrutura,
principalmente na área urbana, portanto o planejamento agora deve levar em
conta o combate a essas desigualdades geradas e ampliação do direto à cidade.
O desenvolvimento adequado garante a geração de bens e serviços, geração de
receitas, redução das desigualdades sociais, melhoria da qualidade de vida, da
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organização espacial e na mobilidade e acessibilidade, tendo, portanto,
integração com diversos eixos temáticos abordados neste trabalho.
Neste eixo, serão analisados os seguintes aspectos:
Sistematização dos dados demográficos, compreendendo no mínimo os
últimos 10 anos: a taxa de crescimento, evolução, densidade demográfica
e migração;
Sistematização dos dados referentes às condições de saúde, educação,
oferta de emprego, renda, consumo de água e energia e outros
indicadores conforme necessário para caracterizar o perfil
socioeconômico da população residente;
Identificação e mapeamento das atividades econômicas do Município, o
perfil e potencial produtivos, quanto ao valor, quantidade e produtividade
(agropecuária, comércio, serviços, indústrias e turismo);
Caracterização do potencial turístico do Município, incluindo os recursos
naturais;
Identificação da capacidade de investimento do Município, visando à
priorização dos investimentos caracterizados como necessários, para a
efetivação dos objetivos, diretrizes e metas do Plano Diretor;
Estudo da situação atual de arrecadação própria do Município dos últimos
5 anos, sua evolução anual e projeção para os próximos 10 anos,
considerando também possíveis fontes alternativas de recursos
financeiros e possibilidade de realização de operações de crédito
(capacidade de endividamento), considerando as condicionantes da
legislação específica sobre o assunto.
3.4.5 Meio Ambiente e Patrimônio
Para desenvolvimento dessa etapa serão levantados os bens socioambientais e
paisagem do Município, fragilidades ambientais, bens socioculturais e paisagem
e gestão patrimonial. Para isso, na etapa de diagnóstico serão levantados dados
relativos à paisagem, hidrografia, relevo, relação da ocupação e atividades com
as principais características ambientais, áreas de risco natural ou causado pela
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urbanização intensa, qualidade do ar e da água, monumentos, áreas urbanas e
rurais significativas e identidade da paisagem, manifestações culturais, bens
catalogados como patrimônio municipal, estadual ou nacional.
Para o trabalho nesse eixo, na etapa do diagnóstico serão levantadas as
unidades de conservação (em integração com o eixo de ordenamento territorial) ,
estrutura administrativa, trâmites de licenciamento ambiental e fiscalização.
A partir dessa análise, na etapa de definição de metas e diretrizes, serão
propostos diretrizes, ações e prioridades para garantir a conservação e
desenvolvimento do patrimônio natural e cultural do Município de forma
integrada entre todos os aspectos apresentados.
3.4.6 Infraestrutura
Será abordada a caracterização, principalmente, de infraestrutura viária e do
saneamento básico no Município, incluindo os 04 aspectos relacionados ao
saneamento básico: abastecimento de água potável, coleta e tratamento de
esgotos, manejo de águas pluviais e manejo de resíduos sólidos.
A caracterização desses aspectos será feita de forma simultânea, entre análise
dos planos vigentes relacionados a essa temática, principalmente plano de
saneamento básico e levantamentos em campo que permitam completa
caracterização e material comparativo para avaliação da implantação e eficácia
dos planos existentes a partir da identificação da infraestrutura verificada no
município.
3.4.7 Gestão Urbana
Um Plano Diretor Municipal não deve ser interpretado como apenas um
documento a ser entregue com propostas de políticas e programas para sua
execução. Deve-se considerar um amplo processo de planejamento constante e
integrado com participação dos diversos órgãos governamentais e seus
diferentes níveis trabalhando com as ações e estratégias de forma conjunta.
Para tanto, através desse eixo temático, será levantada a estrutura institucional
existente no Município, sua capacidade técnica e financeira para execução das
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diretrizes e ações e serão propostas soluções para fortalecimento da gestão
urbana garantindo a execução, avaliação e revisão do Plano Diretor.
Para desenvolvimento desse eixo serão considerados os seguintes aspectos:
Identificar as unidades administrativas da estrutura da Prefeitura
Municipal que se relacionam com a gestão do Plano Diretor Participativo;
Análise das competências e estrutura de tomada de decisão visando à
gestão democrática e participativa do Município;
Identificar as necessidades institucionais para permitir o monitoramento e
controle social do Plano Diretor;
Identificação da cultura organizacional das unidades administrativas e do
Município visando à gestão do Município e do plano diretor;
Análise da Legislação vigente do Município, verificando a aplicação ou
não das mesmas;
Análise da Gestão Tributária, Gestão de Informações, Gestão de
Recursos Humanos e Programas Setoriais existentes;
Avaliação crítica dos objetivos, diretrizes e proposições do PDM vigente;
Avaliação crítica da atual lei de parcelamento e da lei de uso e ocupação
do solo e sua incidência no território, suas potencialidades e conflitos em
cada região da cidade, assim como sua pertinência em relação a
capacidade de suporte ambiental e de infraestruturas (incorporando a
análise e diagnóstico técnico e comunitário);
Avaliação da legislação urbanística, acentuando sobreposições e/ou
divergências, as dificuldades de aplicação da Lei em situações concretas,
as distorções entre os objetivos do regramento e a realidade construída,
as dificuldades de comunicação do seu conteúdo para a comunidade de
profissionais e cidadãos que dela fazem uso e, sobretudo, a compreensão
do próprio instrumento como indutor de política urbana;
Analise e avaliação das diretrizes e propostas dos planos de saneamento
e mobilidade;
Avaliação da capacidade de investimento do município, atual e futura,
visando a priorização daqueles caracterizados como necessários para a
efetivação dos objetivos, diretrizes e metas do PDM; estado atual de
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arrecadação própria do município, sua evolução anual e projeção para os
próximos 10 (dez) anos, considerando também possíveis fontes
alternativas de recursos financeiros e possibilidade de realização de
operações de crédito (capacidade de endividamento);
Avaliação da capacidade da gestão urbana, quanto a atividades de:
licenciamento e fiscalização do parcelamento do solo para fins urbanos,
edificações e obras, e localização e funcionamento das atividades
econômicas, e ainda o cumprimento de demais posturas municipais;
estrutura organizacional e atribuições das unidades administrativas
competentes; sistema de planejamento e gestão do Plano Diretor
Municipal; identificação e avaliação do desempenho dos conselhos
existentes que estão relacionados à temática do desenvolvimento urbano
de forma direta ou indireta; monitorização dos indicadores.
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3.5 Forma de Apresentação dos Produtos
Os produtos serão entregues, tal qual estabelecido pelo Termo de Referência do
Processo Licitatório nº 290/2019. Dessa forma, serão entregues, sempre, em 02
(dois) volumes do relatório, incluindo o material cartográfico, devidamente
encadernado e 02 (dois) CDs contendo os respectivos arquivos.
A parte textual (relatórios) deverá ser digitalizada no formato .DOC e .PDF,
impressa em papel formato A4, com capa contendo a indicação do conteúdo e a
referência do Governo Municipal. Os desenhos e fotos constantes nos relatórios
deverão ser produzidos em meio digital ou obtidos em scanner de alta resolução,
para uma melhor qualidade de impressão.
O material cartográfico (mapas) deverá ser produzido na formatação
GEOPACKAGE, .SHP e .DWG, com todos os níveis de informação (shapefiles)
individualizados e identificados pelo nome do tema, e impresso em cores.
Sempre que elaborado, o material correspondente a questionários, entrevistas e
coleta de dados em campo. Maior descrição da forma de elaboração e entrega
do material cartográfico pode ser visualizada no capítulo 3.3 - SIG – Sistema de
Informações Geográficas Municipal neste mesmo relatório.
A versão final dos relatórios de cada etapa, seguirão cronograma descrito neste
mesmo relatório, em seu CAPÍTULO 5 CRONOGRAMA EXECUTIVO, em
consonância ao Cronograma semanal exposto no capítulo 4 deste relatório.
Informações quando consistirem em formulação de base de dados deverá ser
entregue no formato .DOC e .PDF.
Os conteúdos deverão ser tão objetivos quanto possível, sem prejuízo da boa
compreensão de cada produto apresentado, tendo em vista a construção do
plano diretor enquanto plano urbanístico autoaplicável, assim como seus
instrumentos complementares.
As apresentações que serão referências para a condução das audiências
públicas, workshops e demais reuniões devem ser elaboradas com o máximo de
recursos gráficos possíveis, como mapas, figuras, esquemas, croquis, etc. Essas
apresentações devem ser aprovadas pelo contratante e também devem ser
impressas e distribuídas aos participantes de cada evento, antes do seu início.
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Tabela 2 - Cronograma de apresentação dos Relatórios finais oriundos de cada etapa.
PRODUTO FINAL DAS ETAPAS DE TRABALHO
PREVISÃO DE APRESENTAÇÃO À CM
RELATÓRIO FINAL DA 1ª ETAPA Maio / 2020
RELATÓRIO FINAL DA 2ª ETAPA Outubro/ 2020
RELATÓRIO FINAL DA 3ª ETAPA Dezembro/2020
RELATÓRIO FINAL DA 4ª ETAPA Janeiro/ 2021
RELATÓRIO FINAL Janeiro/ 2021
.
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4. DESCRIÇÃO DAS ETAPAS
Neste item serão descritas as etapas de trabalho, com descrição dos objetivos
da etapa, metodologia de realização, responsabilidades, prazos para execução
e resultados esperados.
O processo de revisão do Plano Diretor e Leis Complementares de Dourados
percorrerá 04 etapas:
1) Etapa 1 - Estruturação, Mobilização e Método;
2) Etapa 2 - Avaliação Técnica e Comunitária
3) Etapa 3 - Diretrizes e Propostas
4) Etapa 4 - Plano de ação e investimentos e Minutas de Lei;
Durante a primeira etapa, o trabalho estará em processo de organização,
planejamento e fortalecimento da sociedade organizada para participação
efetiva no processo. A partir da segunda etapa, serão realizadas leituras do
município de forma a entender sua ocupação até então, suas deficiências e
potencialidades de forma técnica, jurídica e comunitária. A partir da terceira
etapa serão discutidas, de forma participativa, as propostas para a cidade
almejada. Na quarta e última etapa, serão validadas as propostas resultando na
redação das Minutas de Leis e Elaboração do Plano de Ação e Investimentos.
Todas as etapas contam com eventos de participação social.
A aprovação de cada etapa se dará através de leitura e validação do respectivo
relatório final da etapa, a ser feito pela CM – Coordenação Municipal. O início de
cada etapa só se dará após aprovação da etapa anterior.
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4.1 1ª ETAPA: Estruturação, Mobilização e Método
4.1.1 Objetivo desta etapa:
A primeira etapa do trabalho consiste na elaboração da metodologia de trabalho
a ser utilizada no desenvolvimento de todas as próximas etapas, o relatório do
Plano de Trabalho conterá as metodologias a serem adotadas pela equipe
técnica da consultoria para execução, a descrição das atividades necessárias
para o cumprimento dos objetivos referentes a cada Etapa, o cronograma das
atividades, o fluxograma do trabalho definindo a sequência, a relação e a
interdependência de cada etapa com suas respectivas atividades e o
organograma de permanência dos técnicos por etapa de trabalho.
4.1.2 Atividades e Produtos previstos nesta etapa:
Considerando a situação de emergência mundial e restrições a encontros
presenciais, as atividades esperadas para a 1ª etapa, em ordem cronológica,
passam a ser:
1. Versão Inicial do Plano de Trabalho e Planejamento Metodológico;
2. Criação do portal online concentrando todas as informações do processo
e facilitando a transparência, divulgação e participação social
(www.dourados.altouruguai.eng.br);
3. Reunião Técnica de Alinhamento do Plano de Trabalho.
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4. Teleconferência Técnica – capacitação geral, métodos e fundamentos
para conclusão dessa etapa e início da 2º etapa a partir da situação de
emergência de saúde pública.
5. Formatação do PRODUTO FINAL DA 1ª ETAPA. Contendo Plano de
Trabalho, Planejamento Metodológico e Relatório de Reuniões Técnicas.
6. Disponibilização do Produto Final da 1ª Etapa no Espaço Plano Diretor
Online: dourados.altouruguai.eng.br.
Para confecção do relatório final da etapa e disponibilização do mesmo no portal
online do Plano Diretor, será aguardada a aprovação do Plano de Trabalho pela
CM.
4.1.3 Eventos técnicos e públicos previstos nesta etapa:
Para realização da 1ª etapa, será excluído 01 evento público, sendo o mesmo
adiado para a 3ª etapa. Portanto, na 1ª etapa são previstos apenas eventos
técnicos, os quais são:
4.1.3.1 Reunião Técnica Inicial
Objetivo: Apresentação geral entre equipe de consultoria e equipe técnica
municipal. Apresentação do cronograma físico, metodologia de trabalho,
métodos, técnicas e prazos para execução das atividades previstas da
etapa 01 à etapa 04, métodos e técnicas para realização da 1ª Audiência
Pública e Métodos e Critérios para composição e capacitação do Núcleo
Gestor Participativo.
Responsável: equipe técnica da Consultoria;
Participantes: equipe técnica da consultoria, equipe técnica municipal,
representantes do poder executivo.
Data: 17/03/2020.
4.1.3.2 Oficina técnica de capacitação por
videoconferência
Objetivo: Reapresentar cronograma físico, metodologia de trabalho e
planejamento de trabalho, métodos e técnicas para driblar a
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recomendação de isolamento social devido pandemia de COVID-19,
detalhamento do checklist, reajuste do checklist junto à equipe técnica
municipal, e repassar juntos os detalhes para conclusão da 1ª etapa e
início da etapa de diagnóstico.
Responsável: Equipe Técnica da Consultoria;
Participantes: Mesmos participantes envolvidos na reunião técnica inicial
(conforme item 4.1.3.1Reunião Técnica Inicial). Ou ao menos, membros
da CM e técnicos do executivo municipal.
Data sugerida: Maio de 2020.
Método (devido situação emergencial): VIDEOCONFERÊNCIA OU
TELECONFERENCIA.
4.1.4 Prazos de Execução:
O prazo de execução previsto para primeira etapa é de 30 DIAS. Devido situação
de emergência de saúde pública, haverá defasagem de algumas semanas do
prazo original. A conclusão da etapa é condicionada à aprovação do Produto
pela CM.
4.1.5 Mobilização da Equipe Técnica de Consultoria:
Para execução da 1ª Etapa serão mobilizados, principalmente, os
coordenadores – arquitetos e urbanistas.
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4.2 2ª ETAPA – Análise Temática Integrada
4.2.1 Objetivo desta etapa:
Esta etapa consiste no levantamento e compilação de dados para construção do
diagnóstico municipal. Neste momento, serão abordados os eixos temáticos
descritos neste Plano de Trabalho e apontados pelo Termo de Referência. A
leitura da realidade local significa avaliar como a cidade de Dourados tem
evoluído urbanisticamente através de elementos de comparação do
desenvolvimento urbano após a sanção do Plano Diretor vigente.
Em conformidade ao Termo de Referência, esta etapa será realizada por meio
de uma leitura técnica, uma leitura participativa e de uma leitura jurídica, sobre
a realidade do município. O produto desta etapa será uma análise multitemática
da realidade municipal e uma análise de tendências a partir de cenários
prognósticos. Esta etapa subsidiará a definição de propostas para os principais
eixos estratégicos que nortearão a construção da revisão do Plano Diretor e
demais leis urbanísticas complementares.
Fará parte do diagnóstico a análise individualizada de cada informação
levantada, sua inter-relação e inserção no contexto geral, permitindo uma visão
ampla das condicionantes, deficiências e potencialidades locais.
A sistematização dos dados e análises elaborados nesta etapa deverá ser
confrontada com planos, estudos, propostas e leis vigentes, visando à definição
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dos objetivos e metas do desenvolvimento municipal atual e para os próximos
10 (dez) anos, a serem alcançados com a implementação do PDM.
4.2.2 Conteúdo:
O conteúdo da Leitura Temática Integrada se subdivide em:
Leitura Técnica;
Leitura Comunitária;
Leitura Jurídica; e
Construção de Cenários.
4.2.2.1 Leitura Técnica
Terá como objetivo o levantamento e a organização, no território, de dados e
informações necessários à construção de um diagnóstico da situação atual do
município. Será executada pela consultoria com o apoio dos técnicos do
município para a coleta de dados disponíveis da base de dados local.
Nesta leitura deverão ser levantados, avaliados e especializados em mapas
correspondentes, no mínimo, os seguintes temas:
a. Caracterização do Município: através de dados quantitativos
adquiridos de fontes oficiais como o Instituto Brasileiro de Geografia
(IBGE), estudos acadêmicos e outras fontes de órgãos públicos
relacionados com a ocupação física do território.
b. Características do meio físico, tais como: geomorfologia, topografia,
condicionantes geotécnicos, cobertura florestal e vegetação, recursos
hídricos e qualidade da água, pontos de poluição, áreas de
conservação e preservação permanente, áreas públicas de lazer,
áreas propícias para a expansão urbana;
c. Caracterização e tendência do uso do solo, levantando: evolução do
perímetro urbano, parcelamento do solo e da ocupação urbana,
identificação do(s) perímetro(s) de ocupação urbana consolidada; a
dinâmica do mercado de terras e sua evolução nos últimos dez anos;
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uso do solo e tipologias de ocupação urbana e rural e identificando
atividades econômicas instaladas e caracterização da atividade rural
no município; demanda por solo urbano atual e para os próximos 10
(dez) anos; loteamentos e áreas de ocupação irregular avaliando seu
impacto ambiental e urbanístico; áreas subutilizadas e/ou não
utilizadas, empreendimentos de impacto;
d. Análise da distribuição populacional e suas condições
socioeconômicas, avaliar a situação de regularidade fundiária, análise
da política de habitação popular, déficit habitacional, áreas com
habitação de interesse social, a distribuição espacial das condições
socioeconômicas e de moradia da população urbana e a capacidade
de atendimento – atuais e futuras – das infraestruturas, equipamentos
e serviços públicos para definição de soluções específicas para
garantir os direitos à terra urbana, à moradia, à infraestrutura urbana,
aos serviços públicos e ao saneamento ambiental. Considerar taxa de
crescimento e evolução da população, densidade, migração,
condições de saúde e educação/ escolaridade e renda. Identificar a
tendência econômica, incluindo: caracterização sintética da estrutura
produtiva regional e municipal e sua evolução nos últimos dez anos;
oferta e distribuição de emprego segundo renda; potencial e
localização das atividades produtivas segundo setores (agropecuária,
indústria, comércio, serviço, inclusive turismo); vocação e potencial
estratégico do Município dentro da região; função do Município na
região, áreas de influência e relações com municípios vizinhos.
e. Analise da situação e tendência da infraestrutura, dos serviços e
equipamentos públicos, caracterização e identificação dos pontos
problemáticos da situação atual e a evolução para os próximos dez
anos do: saneamento ambiental (abastecimento de água,
esgotamento sanitário, drenagem, resíduos sólidos), identificar
grandes bolsões com deficiências de infraestrutura urbana e no que
consistem as mesmas, identificar as principais dificuldades para a
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extensão ou regularização dos serviços; redes de infraestrutura,
hierarquia do sistema viário, transporte coletivo e cargas, circulação
de pedestres e ciclovias; energia elétrica e iluminação pública;
telecomunicações; equipamentos sociais (saúde, educação,
assistência social, cultura e esporte, segurança pública, recreação);
A seguir neste relatório, detalha-se em tabela o envolvimento dos profissionais
da equipe técnica de consultoria em cada eixo temático, na Tabela 3 -
Participação da equipe técnica da consultoria por eixo temático.
Para a leitura técnica deverá ser realizado o levantamento, coleta,
sistematização e análise dos vários bancos de dados, mapas temáticos e
cadastros existentes nos órgãos e secretarias da Prefeitura, planos municipais
existentes e em outras fontes públicas e privadas, ex: IBGE, Zoneamento
Econômico Ecológico ZEE-MS, etc; mapas cadastrais atualizados dos lotes do
município, o município possui ortofoto de novembro 2018 abrangendo a área
urbana do distrito sede, ortoimagem de 2013 abrangendo a área urbano dos
distritos, e base cadastral em formato Shapefile e dwg do ano de 2019, que serão
disponibilizadas para a consultora; ortofoto e ortoimagem fornecidas pelo
município e diversas bases e dados a serem fornecidas pelos órgãos técnicos,
companhias prestadoras de serviços públicos e secretarias da Prefeitura. Caso
não haja informação suficiente, a equipe técnica da consultoria buscará
informação complementar em levantamento de campo e nas oficinas técnicas
temáticas com a equipe técnica municipal – ETM.
As oficinas técnicas temáticas para troca de conteúdos e análises entre ETM e
equipe técnica da consultoria, seguirão os mesmos temas da leitura técnica,
conforme descrito no capítulo 4.2.4 deste Plano de Trabalho.
Deverá ser feito o levantamento e sistematização dos grandes projetos
imobiliários e de infraestrutura em implantação e/ou previstos para o município
e região com impacto na estruturação urbana de Dourados.
Todos os dados, contidos nos mapas deverão, preferencialmente, estar
georreferenciados atrelados com sistema de projeção UTM. Os mapas serão
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entregues com a devida representação cartográfica e os seus respectivos
arquivos em formato dwg ou Shapefile.
4.2.2.2 Leitura Comunitária
Terá como objetivo levantar, organizar e mapear, no território, as demandas
coletivas dos diferentes grupos sociais, levando em conta as escalas dos bairros
e localidades urbanas e rurais, da cidade e do município. Será executada pela
contratada, em conjunto com os técnicos do município. Este trabalho se realizará
por meio de consulta online, através de questionário completo multitemático e,
quando encerrado período de isolamento social por recomendação do Ministério
da Saúde, poderão ser realizadas reuniões regionalizadas e setoriais
No geral a Leitura Comunitária, independente do formato de realização, terá
como objetivos:
a) Identificar os territórios comunitários, os grupos de interesses e os conflitos
entre as formas de uso e ocupação do solo;
b) Confrontar os dados levantados e analisados na leitura técnica, identificando
inclusive temas e questões não abordados.
Esta etapa subsidiará o aperfeiçoamento do sistema permanente e participativo
de planejamento e gestão, formando e capacitando agentes sociais
historicamente excluídos da formulação e implementação das políticas públicas
de planejamento municipal.
Devido situação de emergência de saúde pública, que impede encontros
públicos, a Leitura Comunitária se dividirá em 02 categorias:
Consulta Pública Online
Oficinas Regionais Multitemáticas
Consulta Pública Online
a. Metodologia:
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A Consulta pública online se dará através de questionário na página oficial da
revisão do Plano Diretor de Dourados, criada e mantida atualizada com
exclusividade para o processo de revisão do Plano Diretor de Dourados. O
endereço da consulta pública online será:
https://forms.gle/WgCTteDoe1Kse4nJ9
Estima-se que a consulta pública online fique disponível por 03 (três) meses,
enquanto é construído o diagnóstico técnico e jurídico.
b. Envolvimento Social esperado:
Essa consulta visa amostra heterogênea de todas as regiões, grupos sociais e
grupos de interesses específicos. Assim, o resultado dessa leitura será uma
fotografia da atual percepção social heterogênea da população de Dourados
quanto a “Cidade que temos”. Diferente das oficinas que ocorrerão depois que
serão direcionadas a regiões específicas e, por consequência, grupos sociais
específicos, essa pesquisa visa um comparativo geral entre todos os habitantes,
grupos sociais e grupos de interesse específico. Com essa fotografia
heterogênea será possível identificar territórios comunitários mais participativos,
menos participativos, grupos de interesses e possíveis conflitos a serem
trabalhados na etapa de propostas.
Para amostra confiável, o objetivo mínimo é de 384 questionários respondidos,
o que resulta em um grau de confiança de 95% e margem de erro da pesquisa
de 5%. Porém, o trabalho da consultoria e da ETM deve objetivar alcance de
1064 formulários como meta ideal, assim a margem de erro da pesquisa reduz
a 3%.
No momento do lançamento da consulta pública, será lançada campanha de
divulgação massiva, que deve perdurar ao longo das semanas em que o
questionário online estiver disponível.
Também no momento do lançamento da consulta pública, no portal online do
Plano Diretor será exposto vídeo explicativo, elaborado pela equipe de
comunicação e coordenação da equipe técnica da consultoria, resumindo de
forma didática, em linguagem acessível, a importância da consulta pública,
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tirando dúvidas sobre o preenchimento e pedindo auxílio da população na
divulgação da pesquisa.
Quanto a estrutura, temas e questões a serem abordadas na consulta pública
online, o formulário de Consulta Pública seguirá a seguinte estrutura:
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c. Forma de Análise dos dados, registro e tabulação:
Os resultados das pesquisas serão planilhados de forma quantitativa nas
questões que assim permitem. Para questões de resposta aberta serão expostas
na íntegra as respostas que os entrevistados registrarem, que permitirão
identificar possíveis pontos de conflitos temáticos e atores sociais relevantes.
O resultado será exposto em um relatório de registro e análise. A pesquisa que,
como exposto anteriormente, ficará disponível por 03 meses, terá um relatório
de resultado preliminar, após 7 semanas de consulta, que permitirá avaliar o
desempenho da pesquisa e se outras estratégias de divulgação ou outras
questões devem ser revistas. Dessa forma, a consulta pública online terá:
Relatório Parcial: 7ª semana após lançamento da pesquisa.
Relatório Final: 11ª semana após lançamento da pesquisa.
Oficinas Regionais Multitemáticas
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As oficinas regionais, deverão ocorrer apenas quando encerradas restrições de
encontros sociais pelo Ministério da Saúde, estima-se sua realização a partir de
agosto/2020, portanto até lá a consulta pública online deve ser a maior baliza de
leitura comunitária para que a equipe técnica de consultoria e ETM entendam a
visão de “Cidade que Temos” da população local.
As oficinas regionais multitemáticas de leitura comunitária, tem por objetivo
leitura comunitária diagnóstica do local de vivência dos cidadãos, portanto, ainda
não serão discutidas e abordadas diretrizes e propostas. O objetivo final é ter
uma leitura analítica de “Potencialidades” e “Deficiências” de cada assunto,
sendo utilizada a metodologia ZOPP com visualização móvel como direcionador
a esta leitura diagnóstica.
É previsto um segundo momento de oficinas regionais multitemáticas visando
discussão comunitária de propostas e diretrizes, conforme abordado no Capítulo
3) - Etapa 3 - Diretrizes e Propostas.
As oficinas regionais multitemáticas de leitura comunitária serão eventos
públicos, agendados com 15 a 20 dias de antecedência e divulgação massiva
em mídia impressa, online e audiovisual. Estima-se 05 oficinas regionais de
leitura comunitária, as quais seriam:
02 (duas) oficinas da sede urbana do Município;
01 (uma) oficina em Itahum e região
01 (uma) oficina em Vila Vargas e região; e
01(uma) oficina em Guaçu e região.
As oficinas adotarão a metodologia ZOPP descrita no Capítulo 3.2 para
organização, exposição e relatoria dos resultados obtidos em cada região.
O evento será dividido em 03(três) momentos:
Breve explicação do coordenador (e mediador) da equipe técnica de
consultoria;
Divisão em grupos para discussões temáticas;
Exposição breve de cada grupo para que todos possam opinar em outros
temas.
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Os temas serão:
Ordenamento Territorial;
Habitação e Aspectos Socioeconômicos;
Mobilidade e Acessibilidade;
Meio Ambiente e Patrimônio; e
Infraestrutura;
Dependendo da quantidade de presentes, poderão ser formados menos ou mais
grupos temáticos, podendo os temas serem agrupados se forem poucos
presentes ou subdivididos se houver grande quantidade de participantes. A
decisão pelo agrupamento ou subdivisão, para formar mais ou menos grupos de
trabalho, acontecerá no momento de início do evento, por decisão e condução
da Equipe Técnica de Consultoria a partir de experiencias positivas observadas
em outros trabalhos.
Cada grupo terá 01 relator, responsável por anotar as discussões do grupo, as
conclusões serão anotas em painel organizado de acordo com a metodologia
ZOPP.
Os resultados das oficinas serão expostos em relatório, o conteúdo mínimo do
relatório será:
Registro da publicação dos eventos em diário oficial;
Registro das divulgações;
Lista de presença dos encontros;
Registro fotográfico;
Registro audiovisual (ata audiovisual);
Registro dos resultados de trabalho dos grupos;
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4.2.2.3 Leitura Jurídica
Nesta etapa deverá ser realizada uma análise crítica da legislação municipal
urbanística e físico territorial, em especial da leitura do plano diretor em vigência,
das leis pertinentes, e dos aspectos institucionais. A avaliação deverá identificar
as necessidades de reformas da atual ordem legal urbanística do município por
meio da revisão legal do Plano Diretor do Município de Dourados, tendo por base
o Estatuto da Cidade e demais legislações pertinentes no âmbito federal,
estadual e municipal. As atividades relativas à leitura jurídica a serem realizadas
nesta etapa são:
a. Avaliação crítica dos objetivos, diretrizes e proposições do PDM
vigente;
b. Avaliação crítica da atual lei de parcelamento e da lei de uso e
ocupação do solo e sua incidência no território, suas
potencialidades e conflitos em cada região da cidade, assim como
sua pertinência em relação a capacidade de suporte ambiental e
de infraestruturas (incorporando a análise e diagnóstico técnico e
comunitário);
c. Avaliação da legislação urbanística, acentuando sobreposições
e/ou divergências, as dificuldades de aplicação da Lei em
situações concretas, as distorções entre os objetivos do
regramento e a realidade construída, as dificuldades de
comunicação do seu conteúdo para a comunidade de profissionais
e cidadãos que dela fazem uso e, sobretudo, a compreensão do
próprio instrumento como indutor de política urbana;
d. Analise e avaliação das diretrizes e propostas dos planos de
saneamento e mobilidade;
e. Avaliação da capacidade de investimento do município, atual e
futura, visando a priorização daqueles caracterizados como
necessários para a efetivação dos objetivos, diretrizes e metas do
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
PDM; estado atual de arrecadação própria do município, sua
evolução anual e projeção para os próximos 10 (dez) anos,
considerando também possíveis fontes alternativas de recursos
financeiros e possibilidade de realização de operações de crédito
(capacidade de endividamento);
f. Avaliação da capacidade da gestão urbana, quanto a atividades
de: licenciamento e fiscalização do parcelamento do solo para fins
urbanos, edificações e obras, e localização e funcionamento das
atividades econômicas, e ainda o cumprimento de demais posturas
municipais; estrutura organizacional e atribuições das unidades
administrativas competentes; sistema de planejamento e gestão do
Plano Diretor Municipal; identificação e avaliação do desempenho
dos conselhos existentes que estão relacionados à temática do
desenvolvimento urbano de forma direta ou indireta; monitorização
dos indicadores.
O resultado das análises feitas nesse tema serão objeto de discussão de 02
oficinas técnicas, conforme abordado neste mesmo capítulo, no item 4.2.4,
podendo ser subdividido em mais encontros técnicos dependendo do
esgotamento do assunto na primeira oficina. Uma primeira oficina técnica sobre
este tema, está prevista para ocorrer em 05/06/2020, visando concluir o
diagnóstico (pode ser mais de uma oficina dependendo da extensão da pauta) e
uma segunda rodada de oficina sobre este tema está prevista para ocorrer em
03/07/2020 visando já projeção de cenários e definição de um prognóstico para
subsidiar a redação das novas leis e confecção do PAI.
Para leitura jurídica, o arquiteto e urbanista coordenador da equipe técnica de
consultoria será o responsável pelo tema, com apoio técnico de profissionais da
área de direito, economia e administração e demais profissionais especialistas
em gestão pública. Antes da realização da 1ª oficina a consultoria terá em mãos
um diagnóstico preliminar que culminará em uma apresentação gráfica do
mesmo a ser exposto na oficina e um questionário geral de avaliação do sistema
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
de planejamento e gestão urbana, a ser preenchido em conjunto por todos os
presentes, com condução da equipe técnica de consultoria.
Não sendo possível esgotar todo o conteúdo do questionário, outras reuniões de
oficina técnica temática de análise jurídica podem ser agendadas. O conteúdo
da oficina pode ser encaminhado com antecedência de 05 (cinco) dias úteis para
os participantes da oficina se prepararem para maior objetividade da mesma.
As oficinas técnicas temáticas para discussão do tema, visam envolver, por parte
do poder pública: técnicos e gestores da Secretaria Municipal de Planejamento,
procuradoria municipal, e Ministério Público.
4.2.2.4 Construção de Cenários
A partir das informações das atividades supra ditas a contratada deverá
evidenciar, analisar, sistematizar e problematizar a adequação de uso e
ocupação atual do território municipal assim como a pertinência da legislação
vigente, em relação à capacidade de suporte ambiental e de infraestruturas.
Avaliar a adequação de áreas para expansão urbana e áreas não urbanizadas
dentro do perímetro urbano, considerando as respectivas capacidades de
suporte ambiental e as alternativas de investimento para ampliação das
infraestruturas, equipamentos e serviços públicos, frente às dinâmicas – atuais
e futuras – da demografia e dos principais setores produtivos do município. Em
particular, detalhar informações territoriais de forma a identificar e classificar:
imóveis não utilizados ou subutilizados (glebas vagas) existentes no perímetro
urbano; áreas com potencial de adensamento com relação ao sistema viário e
de transporte e a capacidade de suporte da infraestrutura, áreas já saturadas e
áreas com restrições ambientais para o adensamento, de forma a subsidiar a
etapa de proposição; identificar, mapear e avaliar os impactos dos principais
ativos urbanos de Dourados, a exemplo do Aeroporto, universidades, complexos
de atendimento médicos e de serviços especializados, bem como a dinâmica da
região da Grande Dourados.
Abaixo consta tabela geral relacionando os eixos temáticos, os conteúdos de
análise técnica, análise jurídica e os profissionais relacionados a cada eixo
temático.
Tabela 3 - Participação da equipe técnica da consultoria por eixo temático.
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EIXO TEMÁTICO RELACIONADO
TEMA DE ANÁLISE
ITENS MÍNIMOS A SEREM ABORDADOS
TÉCNICO RESPONSÁVEL
MEIO AMBIENTE
E PATRIMÔNIO
Caracterização do Município
Histórico de Ocupação
Profissional de
Arquitetura e Urbanismo
Contexto Regional - a Grande Dourados
Legislação Territorial Regional e Planos Regionais
Características do
meio físico
geomorfologia,
Profissionais de
biologia, engenharia
ambiental/Geografia e Geologia
topografia,
condicionantes geotécnicos,
cobertura f lorestal e vegetação,
recursos hídricos e qualidade da água,
pontos de poluição,
áreas de conservação e preservação permanente,
áreas públicas de lazer,
áreas propícias para a expansão urbana (no quesito ambiental)
ORDENAMENTO
TERRITORIAL
Caracterização e tendência do uso do
solo
evolução do perímetro urbano
Profissional de
Arquitetura e Urbanismo, Engenharia
Civil, Engenharia Agrônoma, Economia e
Geoprocessamento
parcelamento do solo e da ocupação urbana
identif icação do(s) perímetro(s) de ocupação urbana consolidada
a dinâmica do mercado de terras e sua evolução nos últimos dez anos
uso do solo
tipologias de ocupação urbana e rural
atividades econômicas instaladas
caracterização da atividade rural no município
demanda por solo urbano atual e para os próximos 10 (dez) anos
loteamentos e áreas de ocupação irregular
avaliando seu impacto ambiental e urbanístico
áreas subutilizadas e/ou não utilizadas
empreendimentos de impacto
HABITAÇÃO
E
ASPECTOS
SOCIOECONÔMICO
S
Análise da distribuição
populacional e suas condições
socioeconômicas
situação de regularidade fundiária
Profissionais de
Arquitetura e Urbanismo / Engenharia
Civil / Direito Urbanístico e
Ambiental/ Sociologia/ Economia e
Geoprocessamento
análise da política de habitação popular
déficit habitacional
áreas com habitação de interesse social
distribuição espacial das condições socioeconômicas
capacidade de atendimento – atuais e
futuras – das infraestruturas, equipamentos e serviços públicos
taxa de crescimento e evolução da
população, densidade, migração, condições de saúde e educação/
escolaridade e renda
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potencial e localização das atividades
produtivas segundo setores (agropecuária,
indústria, comércio, serviço, inclusive turismo)
vocação e potencial estratégico do Município dentro da região
função do Município na região, áreas de
influência e relações com municípios vizinhos
INFRAESTRUTURA, MOBILIDADE E
ACESSIBILIDADE
Analise da situação e tendência da
infraestrutura, dos
serviços e equipamentos
públicos
caracterização e identif icação dos pontos
problemáticos da situação atual e a evolução para
Profissionais de
Arquitetura e Urbanismo / Engenharia
Civil / Engenharia Ambiental e
Geoprocessamento
os próximos dez anos do: saneamento ambiental
identif icar grandes bolsões com
deficiências de infraestrutura urbana e no que consistem as mesmas
identif icar as principais dif iculdades para a extensão ou regularização dos serviços
redes de infraestrutura
hierarquia do sistema viário
transporte coletivo e cargas
circulação de pedestres e ciclovias
energia elétrica e iluminação pública
telecomunicações
equipamentos sociais
GESTÃO URBANA Análise Jurídica
Avaliação crítica dos objetivos, diretrizes e proposições do PDM vigente;
Profissionais de
Arquitetura e Urbanismo / Direito
Urbanístico e Ambiental/
Administração/ Economia
Avaliação crítica da atual lei de
parcelamento e da lei de uso e ocupação do solo e sua incidência no território, suas potencialidades e conflitos em cada região
da cidade, assim como sua pertinência em relação a capacidade de suporte ambiental
e de infraestruturas (incorporando a
análise e diagnóstico técnico e comunitário);
Avaliação da legislação urbanística,
acentuando sobreposições e/ou divergências, as dif iculdades de aplicação
da Lei em situações concretas, as
distorções entre os objetivos do regramento e a realidade construída, as
dif iculdades de comunicação do seu
conteúdo para a comunidade de profissionais e cidadãos que dela fazem
uso e, sobretudo, a compreensão do próprio instrumento como indutor de
política urbana;
Analise e avaliação das diretrizes e
propostas dos planos de saneamento e mobilidade;
Avaliação da capacidade de investimento
do município, atual e futura, visando a
priorização daqueles caracterizados como necessários para a efetivação dos
objetivos, diretrizes e metas do PDM; estado atual de arrecadação própria do
município, sua evolução anual e projeção para os próximos 10 (dez) anos,
considerando também possíveis fontes alternativas de recursos f inanceiros e
possibilidade de realização de operações de crédito (capacidade de endividamento);
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
Avaliação da capacidade da gestão
urbana, quanto a atividades de: licenciamento e f iscalização do
parcelamento do solo para f ins urbanos, edif icações e obras, e localização e
funcionamento das atividades econômicas, e ainda o cumprimento de demais
posturas municipais; estrutura
organizacional e atribuições das unidades administrativas competentes; sistema de planejamento e gestão do Plano Diretor Municipal; identif icação e avaliação do
desempenho dos conselhos existentes que estão relacionados à temática do
desenvolvimento urbano de forma direta ou indireta; monitorização dos indicadores.
4.2.3 Atividades e Produtos previstos nesta etapa:
Esta etapa continua prevendo ampla participação, mas será utilizada tecnologia
para essa participação. As atividades previstas, em ordem cronológica, são:
1. Lançamento e preparo de divulgação massiva em meio digital da Consulta
Pública Online;
2. Elaboração do Relatório Inicial da Leitura Técnica;
3. Elaboração do Relatório Inicial da Leitura Jurídica;
4. Relatório Parcial de resultados da Consulta Pública Online até então;
5. Primeira rodada de oficinas técnicas temáticas: Mínimo de 05
Videoconferências Técnicas Temáticas de Alinhamento da Leitura
Técnica e Jurídica;
6. Relatório Final da Consulta Pública Online;
7. Construção de Cenários Prognósticos;
8. Segunda rodada de oficinas técnicas temáticas: Mínimo de 05
Videoconferências técnicas temáticas de validação geral do diagnóstico e
dos cenários prognósticos.
9. Elaboração e aprovação de relatório final da 2ª Etapa: Análise Temática
Integrada.
10. Disponibilização do Relatório Final da 2ª Etapa no portal online, por 15
dias, para consulta pública a respeito do conteúdo.
11. Produto final da 2ª etapa.
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4.2.4 Eventos técnicos e públicos previstos nesta Etapa:
Os eventos da 2ª Etapa, em ordem cronológica, são:
4.2.4.1 Consulta Pública Online
Objetivo: Caracterizar as condições qualitativas e quantitativas da Cidade
e do Município considerando os conteúdos levantados, com participação
social.
Amostra prevista: Considerando a população estimada para 2019,
conforme o IBGE. A amostra mínima para coerência da pesquisa online
em Dourados é de 384 entrevistas bem sucedidas (todas as respostas
devidamente preenchidas pelo entrevistado), isso geraria um grau de
confiança de 95% e margem de erro de 5%. Porém, o objetivo será atingir
1063 entrevistas online, diminuindo a margem de erro para 3%.
Responsável pela organização, coleta, tabulação dos resultados: equipe
técnica da Consultoria.
Divulgação: Equipe Técnica Municipal.
Participantes: Aberto para toda população.
Data de lançamento: Até 02 dias úteis após finalização da 1ª Etapa.
Relatório e balanço parcial: 31/07/2020.
Finalização da consulta online e relatório final: 17/08/2020.
4.2.4.2 Videoconferências Técnicas Temáticas
Objetivo: Caracterizar tecnicamente as condições qualitativas e
quantitativas da leitura do município, considerando Estudos,
Levantamentos e Diagnósticos realizados. Uma primeira rodada de
reuniões técnicas temáticas visa fechar as leituras técnicas e jurídica ,
provavelmente serão identificadas lacunas de informações que a
consultoria precisa para fechar as análises técnicas, ou uma discussão do
que foi observado com os setores do executivo que lidam diretamente
com a problemática, este será o momento de obter todas as informações
necessárias para completar a leitura técnica. Uma segunda rodada de
reuniões técnicas temáticas visa expor e refletir em conjunto sobre as
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
opiniões coletadas na consulta pública online e discutir os cenários
prognósticos que subsidiem tomada de decisões mais tarde.
Quantidade: Serão, a princípio, 05 oficinas técnicas de diagnóstico por
tema e em seguida, mais 05 oficinas técnicas de construção de cenários
e prognósticos por tema, totalizando 10 oficinas técnicas temáticas, no
mínimo. A princípio, os temas das oficinas técnicas são os descritos
abaixo, que derivam de agrupamento dos temas expostos no Capítulo 3.4,
porém ao longo da construção do diagnóstico novos temas podem vir a
ser necessários, desde que acordado entre CM e equipe técnica da
consultoria. São temas previstos:
1. Ordenamento Territorial;
2. Habitação e Aspectos Socioeconômicos;
3. Infraestrutura, Mobilidade e Acessibilidade;
4. Meio Ambiente e Patrimônio;
5. Gestão Urbana
Oficina Técnica 1) Ordenamento Territorial
Setores e agentes públicos envolvidos: técnicos e gestores da
Secretaria Municipal de Planejamento e ETM.
Responsáveis pela pauta, condução e registros: Profissional de
Arquitetura e Urbanismo e coordenadores da equipe técnica da
consultoria.
Data Prevista:
1ª Rodada – diagnóstico: 24/08/2020
2ª Rodada – prognóstico e cenários: 18/09/2020
Método (devido situação emergencial): videoconferência ou
teleconferência.
Oficina Técnica 2) Habitação e Aspectos Socioeconômicos
Foco da oficina: ZEIS, regularização fundiária, déficit habitacional
e microcentralidades de atividades e serviços.
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Setores e agentes públicos envolvidos: técnicos e gestores da
Secretaria Municipal de Planejamento, secretaria municipal de
habitação, secretaria municipal de assistência social e ETM.
Responsáveis pela pauta, condução e registros: Profissional de
Arquitetura e Urbanismo e coordenadores da equipe técnica da
consultoria.
Data Prevista:
1ª Rodada – diagnóstico: 25/08/2020
2ª Rodada – prognóstico e cenários: 22/09/2020
Método (devido situação emergencial): videoconferência ou
teleconferência.
Oficina Técnica 3) Infraestrutura, Mobilidade e Acessibilidade
Setores e agentes públicos envolvidos: técnicos e gestores da
Secretaria Municipal de Planejamento, AGETRAN e ETM.
Responsáveis pela pauta, condução e registros: Arquitetos e
Urbanistas e engenheiro civil da equipe técnica da consultoria.
Data Prevista:
1ª Rodada – diagnóstico: 26/08/2020
2ª Rodada – prognóstico e cenários: 23/09/2020
Método (devido situação emergencial): videoconferência ou
teleconferência.
Oficina Técnica 4) Meio Ambiente e Patrimônio
Setores e agentes públicos envolvidos: Técnicos e gestores da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e ETM.
Responsáveis pela pauta, condução e registros: Engenheiros
Ambientais e/ou biólogo.
Data Prevista:
1ª rodada – diagnóstico: 27/08/2020
2ª rodada – prognóstico e cenários: 24/09/2020
Método (devido situação emergencial): videoconferência ou
teleconferência.
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Oficina Técnica 5) Sistema de Planejamento e Gestão Urbana
Setores e agentes públicos envolvidos: técnicos e gestores da
Secretaria Municipal de Planejamento, procuradoria municipal, e
Ministério Público.
Responsáveis pela pauta, condução e registros: Advogado,
Arquitetos e Urbanistas e demais profissionais especialistas em
gestão pública da equipe técnica da consultoria.
Data Prevista:
1ª rodada – diagnóstico: 28/08/2020
2ª rodada – prognóstico e cenários: 25/09/2020
método (devido situação emergencial): videoconferência ou
teleconferência.
4.2.5 Prazos de Execução:
O prazo total de execução da segunda etapa é de 120 dias a contar da
finalização da 1ª Etapa.
4.2.6 Recursos Humanos para Execução:
Para execução da 2ª ETAPA toda a equipe técnica da consultoria será
mobilizada, uma vez que a análise temática integrada carece uma análise
multidisciplinar. O detalhamento da distribuição dos profissionais ao longo desta
etapa foi abordado no Capítulo 2.4 deste produto.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
4.3 3ª ETAPA – Diretrizes e Propostas para uma Cidade Sustentável
4.3.1 Objetivo desta etapa:
Conforme descrito no Termo de Referência, guardando coerência com
diagnósticos e prognósticos desenvolvidos na etapa anterior, deverá ser
pactuado com a equipe técnica municipal – ETM, o cenário desejável para o
município de Dourados para um horizonte de 10 anos. Nesta etapa serão
elaboradas as diretrizes e propostas para cada eixo temático tendo em vista os
princípios para se conquistar um município e uma cidade sustentável.
As diretrizes e propostas serão espacializadas em mapas, em escala adequada,
abrangendo todo o território do Município, constituindo o macrozoneamento.
Devem estar articuladas com as demais legislações urbanísticas. O zoneamento
urbano de uso e ocupação do solo - de todos os distritos - deverão estar em
consonância com as macrozonas e articulados de forma a subsidiar a definição
das prioridades do Plano de Ação e Investimentos (PAI).
O conteúdo da etapa 3 inclui:
a. Diretrizes para o reordenamento territorial:
Definir diretrizes de (re)ordenamento territorial, considerando a realidade
diagnosticada, compreendendo a definição de macrozoneamento
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
municipal, perímetros urbanos e áreas de expansão urbana,
macrozoneamento urbano, uso e ocupação do solo e zoneamento – com
destaque das áreas para o desenvolvimento de atividades econômicas,
sistema viário e parcelamento do solo urbano.
b. Definição de instrumentos urbanísticos:
Definir os instrumentos urbanísticos previstos no Estatuto da Cidade -
concessão especial para fins de moradia, concessão do direito real de
uso, demarcação urbanística, regularização fundiária, direito de
preempção, outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso,
operações urbanas consorciadas, transferência do direito de construir,
estudo de impacto de vizinhança, parcelamento, edificação ou a utilização
compulsórios - e outros que sejam considerados pertinentes, os quais
deverão ser utilizados para intervir na realidade local conforme as
diretrizes para o (re)ordenamento territorial, visando o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana.
c. Revisão de instrumentos para gestão territorial e processo
participativo:
Deverá ser proposta adequação da estrutura organizacional da Prefeitura
Municipal, visando a implementação e atualização permanente do PD,
bem como a organização de um sistema de informações para o
planejamento e gestão municipal, de forma a se produzir dados
necessários, com frequência definida, para construção dos indicadores
propostos para o PD. Por fim, serão apontados ao menos três indicadores
para o monitoramento e avaliação sistemática do nível de erro e acerto
das diretrizes definidas.
4.3.2 Metodologia de concepção, deliberação e aprovação
das diretrizes e propostas
A metodologia a ser adotada para definição das diretrizes e propostas, seguirá
as seguintes atividades, em ordem cronológica:
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
1º) A Equipe Técnica da Consultoria redige e mapeia proposta preliminar
pautada no diagnóstico e cenários da etapa anterior. Entende-se que não devem
haver novidades conceituais nas propostas a serem apresentadas, uma vez que
o prognóstico e os cenários da etapa 2 apontarão as necessidades e prioridades
para garantia da função social da cidade. A proposta elaborada pela equipe
técnica de consultoria será encaminhada para ponderação da ETM. Previsão de
encaminhamento das diretrizes e propostas preliminares para a ETM: entre
17/04/2020 e 15/10/2020.
2º) As diretrizes serão alinhadas entre ETM e Equipe Técnica de Consultoria,
através de oficinas técnicas temáticas, sendo reservado um período de duas
semanas para realização destas oficinas de forma massiva até que a proposta
esteja alinhada, podendo ser realizadas tantas oficinas técnicas quanto for
necessário para tal. Ressalta-se que as diretrizes devem ser pautadas pelo
exposto no diagnóstico e seguir as recomendações e normativas citadas no
Capítulo 1 deste plano de trabalho. Prazo previsto para adequações técnicas das
diretrizes iniciais: entre 09/11/2020 e 13/11/2020.
3º) Serão realizadas oficinas comunitárias para apresentação à sociedade dos
esboços das diretrizes e propostas, neste momento deve-se captar o
entendimento da população local quanto a “cidade que queremos”, a consulta
pública das diretrizes também pode ser complementada online. As oficinas
comunitárias serão 05, nas mesmas regionais na etapa 2. A equipe técnica de
consultoria confrontará os resultados das oficinas com as propostas iniciais
visando garantir que, além de estar fundamentada pelo diagnóstico da etapa 2,
também estará em consonância com a opinião pública. Essa confrontação será
exposta para a ETM, em seguida será encaminhada para o NGP para validação.
Após validação das propostas, garantindo que incluem os resultados das oficinas
comunitárias regionais, será agendada a audiência pública para apresentação
pública das propostas e diretrizes pactuadas.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
4º) As diretrizes de reordenamento territorial, definição de instrumentos
urbanísticos e instrumentos de gestão territorial e processo participativo serão
apresentados em audiência pública. Será gerado relatório pós audiência pública
ressaltando se houveram alterações na proposta inicial e quais foram as
alterações. São previstos novos encontros técnicos entre a equipe técnica da
consultoria e ETM para finalização das diretrizes e confecção do relatório final
da 3ª etapa. Também haverá consulta ao NGP acerca da versão final das
propostas. O relatório final da etapa descreverá o processo participativo e como
ele moldou a versão final das diretrizes apresentadas.
4.3.3 Atividades e Produtos previstos nesta etapa:
Esta etapa será a etapa com maior número de eventos públicos. As atividades
previstas, em ordem cronológica, são:
1. 1ª Audiência Pública – Audiência de Lançamento, esclarecimento do
trabalho realizado até o momento e eleição do Núcleo Gestor
Participativo;
2. Oficinas de Leitura Comunitária (05 oficinas regionais);
3. 2ª Audiência Pública – Audiência de apresentação da análise temática
integrada.
4. Definição inicial de Diretrizes para Reordenamento Territorial;
5. Definição inicial de Instrumentos Urbanísticos;
6. Definição inicial de Instrumentos para Gestão Territorial e Processo
Participativo;
7. Oficinas Técnicas Temáticas de alinhamento das propostas: consultoria e
ETM;
8. Oficinas Comunitárias de propostas (05 oficinas regionais).
9. Reunião Técnica de Alinhamento Geral da etapa e Agendamento da 3ª
Audiência Pública;
10. 3ª Audiência Pública: Definição da Cidade que queremos;
11. Relatoria dos Eventos: da Programação aos Resultados Finais;
12. Redação Final das Propostas.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
13. Produto Final da Etapa 03: Diretrizes e Propostas para uma cidade
sustentável.
4.3.4 Eventos técnicos e públicos previstos nesta etapa:
4.3.4.1 1ª Audiência Pública: Divulgação do Processo de
Revisão do PD
Objetivo: Convocação da população, associações representativas dos
vários segmentos da comunidade, poder legislativo, o poder judiciário
para divulgação do processo de revisão do Plano Diretor de Dourados,
haverá explicação do trabalho que foi realizado até então, medidas
adotadas frente a situação de pandemia mundial, resultados alcançados,
lacunas existentes devido período de isolamento social, cronograma,
métodos e estratégias para as próximas etapas. Nesta ocasião o Núcleo
Gestor Participativo será eleito e apresentado para a sociedade.
Quantidade: 01 (uma) Audiência Pública.
Responsável: Equipe Técnica da Consultoria.
Participantes: ETM; Membros do Executivo; Membros do Legislativo;
Membros do Judiciário/MP e aberto a toda população.
Data prevista: A 1ª Audiência Pública deve ocorrer no início da 3ª etapa.
4.3.4.2 Oficinas de Leitura Comunitária
Objetivo: Caracterizar junto à população local as condições qualitativas e
quantitativas da Cidade e do Município considerando os conteúdos ,
complementando a consulta pública online já realizada.
Quantidade: mínimo de 05 oficinas regionais, sendo duas oficinas da sede
urbana do Município; uma oficina em Itahum e região; uma oficina em Vila
Vargas e região; e uma oficina em Guaçu e região.
Responsável pela organização, coleta, tabulação dos resultados: Equipe
Técnica da Consultoria. Divulgação: ETM.
Participantes: Aberto para toda população.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
Data prevista: Início da 3º etapa ou assim que encerrado o período de
isolamento social.
4.3.4.3 2ª Audiência Pública: Análise Temática Integrada
Objetivo: Convocação da população, associações representativas dos
vários segmentos da comunidade, poder legislativo, o poder judiciário e
NGP para participação do processo de apreciação da leitura técnica,
leitura jurídica e leitura comunitária.
Quantidade: 01 (uma) Audiência Pública.
Responsável: Equipe técnica da Consultoria.
Participantes: Equipe Técnica Municipal - ETM; Membros do Executivo;
Membros do Legislativo; Membros do Judiciário/MP; NGP; e aberto a toda
população.
Data prevista: A 2ª Audiência Pública deve ocorrer 15 dias após a
realização da 1ª Audiência Pública.
4.3.4.4 Reunião técnica de consolidação das hierarquias
de demandas levantadas na 2ª Audiência Pública.
Objetivo: Ajustar as análises e respectivos documentos relativos às
atividades da 2ª Audiência Pública.
Quantidade: Tantas reuniões quantos forem necessárias para
alinhamento das diretrizes e propostas.
Responsável: Equipe Técnica da Consultoria.
Participantes: ETM e/ou CM.
Data prevista: a Reunião técnica de consolidação das hierarquias e
demandas levantadas na 2ª Audiência Pública será agendada para os
dias seguintes à 2ª Audiência Pública.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
4.3.4.5 Oficinas de Análises Técnicas e Temáticas
Objetivo: Encontros técnicos para elaborar o Mapa da “Cidade que
Queremos”, apresentando, por assuntos Temáticos, e de forma
Hierarquizada diretrizes e propostas que atendam as demandas
identificadas na Analise Temática Integrada resultante da 2ª Audiência
Pública.
Quantidade: Tantos quantos forem necessários para alinhamento das
diretrizes e propostas.
Responsável: Equipe Técnica da Consultoria.
Participantes: Equipe Técnica Municipal – ETM, podendo ser convidado
Núcleo Gestor Participativo – NGP para todas as reuniões, ou às reuniões
finais quando as propostas estiverem alinhadas entre consultoria e ETM.
Data prevista: Previsão de realização dos encontros ao início do 7º mês
de trabalho.
4.3.4.6 Oficinas Comunitárias de Propostas
Objetivo: Discutir junto à população diretamente afetada, diretrizes e
propostas para uma Cidade Sustentável.
Quantidade: mínimo de 05 oficinas regionais, sendo duas oficinas da sede
urbana do Município; uma oficina em Itahum e região; uma oficina em Vila
Vargas e região; e uma oficina em Guaçu e região.
Responsável pela organização, coleta, tabulação dos resultados: Equipe
Técnica da Consultoria. Divulgação: ETM.
Participantes: Aberto para toda população.
Data prevista: setembro/2020.
4.3.4.7 3ª Audiência Pública – “Diretrizes e Propostas
para uma Cidade que Queremos”.
Objetivo: Convocação da população, associações representativas dos
vários segmentos da comunidade, poder legislativo, o poder judiciário e
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
NGP para participação do processo de apreciação das Diretrizes e
Propostas.
Quantidade: 01 (uma) Audiência Pública.
Responsável: Equipe Técnica da Consultoria.
Participantes: Equipe Técnica Municipal; Membros do Executivo;
Membros do Legislativo; Membros do Judiciário/MP; NGP; e aberto a toda
população.
Data prevista: outubro/2020.
4.3.4.8 Reunião técnica de consolidação dos documentos
produzidos na 3ª Audiência Pública
Objetivo: Ajustar as análises e respectivos documentos relativos às
atividades da 3ª Audiência Pública.
Quantidade: Tantas reuniões quantos forem necessárias para
alinhamento das diretrizes e propostas.
Responsável: Equipe Técnica da Consultoria.
Participantes: Equipe Técnica Municipal e NGP.
Data prevista: Dias seguintes à 3ª Audiência Pública.
4.3.5 Prazos de Execução:
O prazo total de execução da terceira etapa é de 75 dias a contar do término da
2ª Etapa.
4.3.6 Recursos Humanos para Execução:
Para execução da 3ª ETAPA toda a equipe técnica da consultoria será
mobilizada, uma vez que a definição de propostas carece de discussões entre
equipe multidisciplinar.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
4.4 4ª ETAPA – Plano de Ação e Investimentos e Minutas de Lei
4.4.1 Objetivo desta etapa:
Esta etapa visa a consolidação em projeto de lei das propostas discutidas e
aprovadas na etapa anterior. O objetivo é também estruturar o sistema de
planejamento e gestão para monitoramento da aplicação do PDM, contando,
inclusive, com Sistema de Informações Municipais (S.I.M.).
Em conformidade ao Termo de Referência, a Etapa 4 inclui a revisão da
legislação básica vigente no município a ser apresentada em forma de minutas
de projetos de lei, acompanhados de mapas, quando for o caso, em escala
apropriada, essa etapa também inclui a elaboração do Plano de Ação e
Investimentos.
4.4.1.1 Plano de Ação e Investimento (PAI)
Definir as ações e investimentos prioritários para a implementação do PD, com
identificação para cada ação ou investimento de:
i. responsável;
ii. dimensão (temática);
iii. objetivo;
iv. localização;
v. meta;
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
vi. custo;
vii. prazo;
viii. indicador de monitorização; e
ix. fontes de recursos.
No Plano de Ação e Investimentos (PAI) deverão constar estratégias para a
implantação ou atualização do sistema de implementação, acompanhamento,
controle, avaliação e atualização permanente do PD. Este sistema terá o objetivo
de fortalecer no Município a prática do planejamento, tanto institucionalmente
quanto junto à sociedade.
4.4.1.2 Minutas de Lei
a) Plano Diretor
Plano Diretor estruturado com a especificação dos instrumentos urbanísticos a
serem implantados no município conforme descritos no Estatuto da Cidade,
incorporando, no Distrito Sede e nos demais distritos, no mínimo, as seguintes
demarcações e orientações:
i. Mapa e descrição das Zonas Urbana e Rural, dos Perímetros Urbanos
e Zonas de Expansão Urbana, se for o caso;
ii. Macrozoneamento municipal
Mapa de Macrozoneamento com definições e diretrizes para
as respectivas macrozonas;
Mapa de Zonas Especiais Urbanas com definições e
diretrizes para as respectivas zonas.
iii. Mapas com as delimitações das áreas de aplicação dos instrumentos
da política urbana, acompanhado de documentos contendo os critérios
para a aplicabilidade de todos os instrumentos, considerando que o
Plano Diretor deverá regulamentar cada instrumento previsto
(estabelecer todas as condições e prazos necessários para sua
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
implementação. A simples cópia dos respectivos artigos do Estatuto da
Cidade não atende a esta solicitação).
iv. Mapas e apontamentos de macro diretrizes municipais, abrangendo
o município como um todo - (Zona Rural, Zonas Urbanas e de Expansão
Urbana do distrito sede e demais distritos) - compreendendo:
macro diretrizes para ocupação das Zonas de Expansão
Urbana (compreendendo traçado viário proposto) e para os vazios
urbanos;
Áreas preferenciais para implantação de equipamentos
urbanos públicos e comunitários
Diretrizes para as demais áreas do município (se for ocaso);
v. Tabela com parâmetros urbanísticos gerais que forem necessárias
para o macrozoneamento e o zoneamento urbano prioritário;
vi. Planejamento e gestão do desenvolvimento municipal, definindo os
instrumentos que auxiliarão o Poder Municipal na tarefa de planejar e
gerenciar o desenvolvimento;
vii. Sistema de acompanhamento e controle do plano.
viii. Revisão e compatibilização do Conselho da Cidade e Conselho
Municipal de Desenvolvimento Urbano;
b) Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
Legislação integrada do Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, contendo, no
mínimo:
I - Definições de Parcelamento do Solo com regramento mínimo para:
Análise e detalhamento dos padrões de loteamento,
loteamentos fechados, condomínios urbanísticos, modalidades de
loteamentos abertos, dispositivos gerais e requisitos urbanísticos
para parcelamento, áreas verdes, áreas institucionais, fundos de
vale, desmembramentos e remembramento de glebas, dimensões
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
mínimas de lotes, dimensões mínimas e máximas de quadras, e
demais requisitos urbanísticos: tamanho mínimo dos lotes, a
infraestrutura que o loteador deverá implantar bem como o prazo
estabelecido para tal, a parcela que deve ser doada ao poder
público com a definição do seu uso (assegurando ao Município a
escolha das áreas mais adequadas), a definição das áreas
prioritárias e das áreas impróprias ao parcelamento, proposição de
áreas para loteamentos populares (Zonas Especiais de Interesse
Social – ZEIS), faixas de servidões, faixas de proteção, faixas de
domínio, áreas ou pontos de interesse paisagístico e outros
requisitos em função da peculiaridade local, detalhamento do
processo de licenciamento (apresentação dos projetos) para
parcelamento, impedimentos legais (fiscalização e penalidades);
Definição do zoneamento urbano, com mapa anexo, o qual
divide o território do Município em zonas e áreas, define a
distribuição da população neste espaço em função da infraestrutura
existente e das condicionantes ambientais. A definição dos
parâmetros urbanísticos mínimo, básico e máximo devem se
embasar na capacidade de suporte das infraestruturas urbanas
existentes ou projetadas, no caso das áreas urbanas, e nas
condicionantes ambientais e proteção de infraestrutura no caso de
áreas rurais;
Tabela de Parâmetros Urbanísticos por zona
Mapas do sistema viário existente e projetado e sua
hierarquização
Tabela com as características do sistema viário
Tabela contendo as características de calçadas e passeios
públicos, seguindo as normas da ABNT
Anteprojeto de revisão da Lei do Código de Edificações e Obras
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
Definição de critérios para que a execução de obras cause menos impacto à
cidade (canteiro de obras, tapumes etc.) e dos critérios que garantam às
edificações conforto para si e seu entorno;
Anteprojeto de revisão da Lei do Código de Posturas
Atualização das regras de utilização do espaço público e do bem estar comum
de acordo com a proposta do Plano Diretor, visando pelo menos: - a regulação
da utilização dos espaços públicos; - o controle e manutenção do ambiente
urbano nos aspectos de higiene pública, sossego, conforto, salubridade; - o
estabelecimento de condições para a instalação e funcionamento das atividades
econômicas não permanentes (sazonais e/ou periódicas) que se realizam nos
espaços públicos.
Decreto regulamentador dos procedimentos administrativos
Fluxograma e formulários, necessários à organização dos trâmites para
licenciamento das atividades relacionadas ao parcelamento, uso e ocupação do
solo urbano, bem como se dará a fiscalização e quais serão as penalidades;
4.4.2 Atividades e Produtos previstos nesta etapa:
Em ordem cronológica, o trabalho na 4ª Etapa seguirá os seguintes passos:
1. Versão Inicial do PAI e Projetos de Leis complementares citadas acima
neste capítulo.
2. Oficinas Técnicas Temáticas de alinhamento do PAI e Minutas;
3. Reunião Técnica de Alinhamento Geral e Agendamento da 4ª Audiência
Pública;
4. 4ª Audiência Pública: Pactuação do PDM, Leis Complementares e PAI;
5. PRODUTO FINAL: PDM, LEIS COMPLEMENTARES E PAI.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
4.4.3 Eventos técnicos e públicos previstos nesta etapa:
4.4.3.1 Oficinas Técnicas Temáticas de alinhamento do PAI e das
Minutas de Lei
Objetivo: Alinhar a redação e mapeamentos das Legislações
pertinentes ao objeto do Termo de Referência e alinhar o Plano de
Ação e Investimentos.
Quantidade: mínimo 4 (quatro) encontros.
Responsável: Equipe Técnica da Consultoria, preferencialmente
coordenadores e advogados.
Participantes: ETM, procuradoria municipal e NGP.
Data prevista: Previsão de realização dos encontros ao longo do
10º mês de trabalho.
4.4.3.2 4ª Audiência Pública: Audiência Final de Pactuação do
Plano Diretor Municipal, Leis Complementares e Plano de Ação e
Investimentos.
Objetivo: Submeter à apreciação dos participantes, no formato de
audiência ou conferencia pública a síntese da versão final do PDM
revisado, leis complementares e PAI, para Pactuação Social;
Quantidade: a definir quando do início da última etapa do trabalho.
Responsável: Equipe Técnica da Consultoria.
Participantes: Equipe Técnica Municipal; Membros do Executivo;
Membros do Legislativo; Membros do Judiciário/MP; NGP; e
Sociedade Organizada.
Data Prevista: Ao longo do 10º mês de trabalho.
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PLANO DIRETOR DE DOURADOS Relatório da 1ª Etapa Mobilização e Estruturação do Processo
4.4.4 Prazos de Execução:
O prazo total de execução da 4ª Etapa é de 75 dias a contar da finalização da
etapa anterior.
4.4.5 Recursos Humanos para Execução:
Para institucionalização do Plano Diretor de Dourados os principais responsáveis
técnicos entre a equipe técnica de consultoria, serão os coordenadores
temáticos, profissionais de assistência e comunicação social e advogados.
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5. CRONOGRAMA EXECUTIVO
Ordem de Serviço: 17/03/2020 Prazo Final: 17/01/2021
1º MÊS 2º MÊS 3º MÊS 4º MÊS 5º MÊS 6º MÊS 7º MÊS 8º MÊS 9º MÊS 10º MÊS
Abril/2020 Maio/2020 Junho/2020 Julho/2020 Agosto/2020 Setembro/2020 Outubro/2020 Novembro/2020 Dezembro/2020 Janeiro/2021
1ª
ETA
PA
Produção Técnica
Versão Inicial do Plano de Trabalho e Planejamento Metodológico
Evento Técnico
Reunião Técnica de Alinhamento do Plano de Trabalho
Evento Técnico
Teleconferência de alinhamento geral conforme situação de emergência pública com executivo municipal
Evento Público
Disponibilização do Plano de Trabalho para Consulta Pública
Produção Técnica
PRODUTO FINAL DA 1ª ETAPA 17/04/2020
1º MÊS 2º MÊS 3º MÊS 4º MÊS 5º MÊS 6º MÊS 7º MÊS 8º MÊS 9º MÊS 10º MÊS
Abril/2020 Maio/2020 Junho/2020 Julho/2020 Agosto/2020 Setembro/2020 Outubro/2020 Novembro/2020 Dezembro/2020 Janeiro/2021
2ª
ETA
PA
Evento Público
Lançamento e Divulgação massiva da Consulta Pública Online. Objetivo: mais de 1000 participações.
18/05/2020 17/08/2020
Produção Técnica
Versão Inicial da Leitura Técnica 17/04/2020 17/08/2020
Versão Inicial da Leitura Jurídica 17/04/2020 17/08/2020
Produção Técnica
Relatório Parcial de Resultados da Consulta Pública Online 18/05/2020 31/07/2020
Evento Técnico
Videoconferências Técnicas Temáticas de Alinhamento da Leitura Técnica e Leitura Jurídica
24/08/2020
à 28/08/2020
Produção Técnica
Relatório Final da Consulta Pública Online 18/05/2020 17/08/2020
Produção Técnica
Relatório Final da Leitura Técnica e Leitura Jurídica 17/04/2020 18/09/2020
Produção Técnica
Construção de Cenários Prognósticos - Versão inicial
18/09/2020
Evento Técnico
Videoconferências técnicas de validação geral do diagnóstico e cenários de prognóstico
21/09/2020
à 25/09/2020
Produção Técnica
Confecção do Relatório Final da Etapa 02: Análise Temática Integrada
30/09/2020
Evento
Público
Disponibilização Online da Análise Temática Integrada, 15 dias de
consulta pública a respeito do conteúdo.
30/09/2020
Produção Técnica
PRODUTO FINAL DA ETAPA 02: ANÁLISE TEMÁTICA INTEGRADA 17/04/2020 15/10/2020
Página | 98
1º MÊS 2º MÊS 3º MÊS 4º MÊS 5º MÊS 6º MÊS 7º MÊS 8º MÊS 9º MÊS 10º MÊS
Abril/2020 Maio/2020 Junho/2020 Julho/2020 Agosto/2020 Setembro/2020 Outubro/2020 Novembro/2020 Dezembro/2020 Janeiro/2021
3ª
ETA
PA
Evento Público
1ª Audiência Pública: Lançamento da Revisão do PDM
16/10/2020
Evento Público
Oficinas de Leitura Comunitária (Oficinas de Diagnóstico)
19/10/2020 à
23/10/2020
Evento Público
2ª Audiência Pública: Apresentação Da Análise Temática Integrada 05/11/2020
Produção Técnica
Diretrizes para Reordenamento Territorial 16/10/2020 30/11/2020
Produção Técnica
Definição de Instrumentos Urbanísticos 16/10/2020 30/11/2020
Produção Técnica
Revisão de Instrumentos para Gestão Territorial e Processo Participativo
16/10/2020 30/11/2020
Evento Técnico
Oficinas Técnicas Temáticas de alinhamento das propostas
06/11/2020
Evento Público
Oficinas Comunitárias de Propostas
09/11/2020 à
13/11/2020
Evento Técnico
Reunião Técnica de Alinhamento Geral e Agendamento da 3ª Audiência Pública
13/11/2020
Evento Público
3ª Audiência Pública: Definição da Cidade que Queremos
10/12/2020
Produção Técnica
Relatoria dos Eventos: da Programação aos Resultados Finais 15/15/2020
Produção Técnica
Redação Final das Propostas Conforme Eventos Técnicos e Audiência Pública
15/15/2020
Produção Técnica
PRODUTO FINAL DA ETAPA 03: DIRETRIZES E PROPOSTAS 15/10/2020 15/12/2020
1º MÊS 2º MÊS 3º MÊS 4º MÊS 5º MÊS 6º MÊS 7º MÊS 8º MÊS 9º MÊS 10º MÊS
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4ª
ETA
PA
Produção Técnica
Versão Inicial do PAI e Minutas de lei 30/11/2020 01/01/2021
Evento Técnico
Oficinas Técnicas Temáticas de alinhamento do PAI e Minutas
04/01/2021 à
08/01/2021
Evento Técnico
Reunião Técnica de Alinhamento Geral e Agendamento da 3ª Audiência Pública
08/01/2021 Evento Público
4ª Audiência Pública: Pactuação do PDM, Leis Complementares e PAI
15/01/2021 Produção Técnica
PRODUTO FINAL: PDM, LEIS COMPLEMENTARES E PAI 30/11/2020 17/01/2021
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6. DIRETRIZES INICIAIS DE DIVULGAÇÃO E EFETIVIDADE DA
PARTICIPAÇÃO SOCIAL – PLANO DE MÍDIA
Recentemente, o País vem se mostrando mais participativo e seus habitantes
demonstrando maior interesse em serem consultados a respeito da percepção
dos problemas (diagnóstico) e das soluções apontadas (os próprios planos de
ação). Direito esse garantido para o planejamento de cidade, principalmente,
através do Estatuto da Cidade – Lei Federal 10.257 de 2001.
Isto posto, propõe-se a presente forma de realização dessa aproximação com
os habitantes de Dourados no processo de revisão de seu Plano Diretor
Municipal, em consonância ao solicitado pelo Governo Estadual, pelo Governo
Federal e pelo Termos de Referência.
Ao estimular e ouvir os atores sociais locais a respeito de sua cidade, a
expectativa dos consultores é de obter importantes subsídios ao diagnóstico,
mesmo o diagnóstico técnico já previamente elaborado, identificando os
principais problemas e gargalos e respectivas expectativas de solução por parte
da comunidade. Esta aproximação visa uma maior participação social nas ações
de governo, devendo ser tratada como um aprendizado para ambas as partes,
em que ganha a população ao deixar clara sua visão dos problemas a serem
enfrentados e ganha a política pública a ser estabelecida, em transparência e
interlocução social. Em todas as etapas do processo de revisão do PDM são
previstos canais de consulta pública.
Ressalta-se que além do material de divulgação aqui descrito, a Equipe técnica
da consultoria contratada, ao produzir produtos técnicos o fará da forma mais
didática possível. As peças técnicas serão elaboradas, sempre que possível, em
linguagem gráfica e com mapas. Dessa forma garante-se que diferentes níveis
sociais etários e população sem conhecimento técnico específico da área,
possam entender a leitura técnica e outros produtos que compõe o processo de
revisão do Plano Diretor de Dourados.
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6.1 Objetivos da ampla divulgação e Público Alvo
As estratégias de divulgação do processo de revisão do Plano Diretor de
Dourados visam atingir a maior parcela possível da população, objetivando,
portanto, a divulgação para grupos sociais e etários diversos. Portanto, não se
pretende adotar apenas um meio de divulgação.
Quanto mais heterogêneo o público atingido pela divulgação do processo e,
consequentemente, mais heterogênea a origem dos participantes no processo,
mais completo e pautado pela realidade local será o produto final deste processo
de revisão.
6.2 Estratégias de divulgação – meios de comunicação e materiais
Antes de se detalhar qualquer estratégia de divulgação, será atribuída uma
identidade visual para o trabalho, através do estabelecimento de um padrão
cromático e desenho de uma logo específica e exclusiva para o PDM de
Dourados. Tal identidade visual será determinante para elaboração de qualquer
material relacionado ao Plano. Produtos técnicos, cartilhas, banners, divulgação
on-line, entre outros, seguirão a identidade visual aqui estabelecida, após sua
aprovação pela equipe técnica municipal.
Uma vez estabelecida a identidade visual e aprovada pela equipe técnica
municipal, serão elaborados os materiais de divulgação para cada meio de
comunicação escolhido. Os meios de comunicação elencados para que se atinja
a maior heterogeneidade de público alvo e seus respectivos materiais a serem
elaborados são:
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MIDIA MATERIAL A SER ELABORADO
Publicidade na internet (sites ou redes sociais)
Banner de linguagem rápida e 01 parágrafo descritivo
Vídeos curtos de divulgação.
Jornais Banner de linguagem rápida
Banners Impressos Banner em alta resolução (medidas 0,8 m x 1,20m)
Folhetos impressos Cartilhas didáticas
e textos informativos
Rádios locais Spot de rádio
As artes gráficas dos materiais de divulgação serão elaboradas pela empresa de
consultoria seguindo a identidade visual acordada. As artes elaboradas pela
consultoria serão encaminhadas para conhecimento e aprovação da equipe
técnica municipal. Uma vez aprovados pela ETM, a prefeitura providenciará a
impressão dos materiais de divulgação e/ou a veiculação nos canais de
comunicação e redes sociais da Prefeitura Municipal.
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6.3 Sugestões de Identidade Visual para Divulgação das Etapas do
Processo e Mobilização Social
Figura 2 - Logomarca proposta.
Figura 3 – Exemplo de aplicação da identidade visual para conteúdos de divulgação do PDM.
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6.4 Elaboração e Manutenção de Espaço Online do Plano Diretor
Complementarmente, como estratégia de efetivar e/ou facilitar a participação
social, será elaborado e hospedado site exclusivo para conteúdo do processo de
revisão do Plano Diretor de Dourados. Este site será mantido e alimentado pela
equipe técnica de consultoria, contendo, ao mínimo os seguintes conteúdos:
Notícias sobre o processo;
Agenda Completa;
Biblioteca;
Canal de Leitura Comunitária Online; e
Ouvidoria.
O site será hospedado no endereço: https://dourados.altouruguai.eng.br/ e sua
interface seguira layout exposto nas imagens abaixo.
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A experiencia da consultoria com elaboração e revisão de planos diretores entre
outros planejamentos setoriais relacionados ao espaço urbano, mostram o
potencial de utilização da internet para complementação da leitura comunitária e
entender o que espera a população local. De forma complementar aos eventos
públicos previstos para realização de leitura comunitária de Dourados, a internet
pode e deve ser utilizada para complementar e ampliar a heterogeidade do
público alcançado, melhorando quantitativamente e qualitativamente os
resultados da leitura.
Tendo isso em vista, a estrutura de espaço online proposta, conta com aba
específica para leitura comunitária online, onde estará disponível, desde o
começo do processo até o fechamento do diagnóstico, questionário online
multitemático para que os moradores exponham sua visão de “cidade que temos”
e pretensões para a “cidade que queremos”.
A vantagem do questionário online é a sistematização dos dados e a
possibilidade de trabalhar quantitativamente com as respostas obtidas,
complementando os resultados a serem obtidos com a metodologia ZOPP a ser
empregada nas oficinas comunitárias.
No capítulo 4.2.2.2- Leitura Comunitária, neste mesmo relatório, é apresentado
o modelo de questionário de consulta pública online sugerido.
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7. REGISTRO DAS ATIVIDADES DA 1ª ETAPA
Neste capítulo serão anexados registro das reuniões e eventos técnicos
ocorridos enquanto da execução da 1ª Etapa: Estruturação, Mobilização e
Método. Como, devido situação de saúde pública mundial, a 1ª Audiência
Pública não acontecerá nesta etapa 1, não consta registro da mesma neste
produto, devendo constar no produto da 3ª etapa, conforme metodologia
apresentada ao longo deste relatório. Também, devido situação de pandemia
mundial, apenas 1 reunião técnica foi realizada pessoalmente, as demais foram
realizadas por videoconferência, garantindo biossegurança das equipes
envolvidas.
Quanto às atividades gerenciais relacionadas à elaboração deste relatório, foram
realizadas 04 revisões no Plano de Trabalho, atendendo a pedidos da CM –
Coordenação Municipal antes da aprovação da etapa de Estruturação,
Mobilização e Método – Etapa 1.
Em resumo, as revisões realizadas no Plano de Trabalho, seguiram a ordem
cronológica:
Plano de Trabalho Inicial: 17/03/2020;
Plano de Trabalho Revisão 01 - Emergencial (COVID-19): 06/04/2020;
Plano de Trabalho Emergencial - Revisão 02: 22/04/2020;
Plano de Trabalho Emergencial - Revisão 03: 29/04/2020;
Plano de Trabalho Emergencial - Revisão 04: 11/05/2020.
Plano de Trabalho Emergencial - Revisão 05: 14/05/2020;
Plano de Trabalho Emergencial - Revisão 06: 27/07/2020;
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7.1 Reunião Técnica Inicial – 17/03/2020
A reunião inicial, realizada ao dia 17/03/2020, agendada com antecedência de
01 semana, objetivou apresentação mutua entre os envolvidos tanto por parte
da consultoria como por parte do executivo municipal e entendimento geral da
metodologia de trabalho. Nesta ocasião foi apresentada a metodologia inicial de
trabalho com base no termo de referência, o planejamento metodológico, em
formato de plano de trabalho, foi apresentado pela consultoria em mídia ppt (o
conteúdo segue anexo) e entregue em uma via impressa dos capítulos anteriores
do presente relatório. Na reunião foi assinada a Ordem de Serviço e o trabalho
foi iniciado. Abaixo seguem os registros da reunião técnica, incluindo ata, lista
de presença, registro fotográfico e cópia da apresentação gráfica utilizada.
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Figura 4 - Lista de Presença.
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Figura 5 - Registro Fotográfico.
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Figura 6 - Cópia da Apresentação Gráfica.
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Figura 7 - Ata
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7.2 Reunião Técnica – 17/04/2020 continuada em 22/04/2020
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7.3 Reunião Técnica – 04/05/2020
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7.4 Teleconferência Técnica de reapresentação do Plano de Trabalho –
versão emergencial. Encaminhamentos para conclusão da 1ª Etapa e
encaminhamentos para início da 2ª Etapa