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PREFEITURA DE GOIÂNIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 1 Consulta Pública nº 02, de 24 de janeiro de 2012 O Secretário Municipal de Saúde, no uso das atribuições adota a seguinte Consulta Pública e determina a sua publicação: Art. 1º Fica aberto, a contar da data de publicação desta Consulta Pública, o prazo de 30 (trinta) dias para que sejam apresentadas críticas e sugestões relativas à proposta de Portaria que dispõe Normas sanitárias gerais para o licenciamento e o exercício de atividades relacionadas a industrialização, manipulação, comércio e transporte de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos para saúde, saneantes, cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal e demais produtos químicos de interesse sanitário no âmbito do município de Goiânia e dá outras providências, em Anexo. Art. 2º Informar que a proposta de Portaria está disponível na íntegra no sítio da Secretaria Municipal de Saúde na internet e que as sugestões deverão ser encaminhadas por escrito para um dos seguintes endereços: Departamento de Vigilância Sanitária, Av. Universitária, 644, Setor Leste Universitário - Goiânia GO -CEP: 74605.010; ou para o Fax: (62) 35241552; ou para o e-mail: [email protected] . §1° O envio de contribuições far-se-á mediante identificação dos interessados e utilização de formulário próprio. §2° As contribuições não enviadas no formulário de que trata o caput do artigo ou recebidas fora do prazo não serão consideradas para efeitos de consolidação do texto final do regulamento. Art. 2º Findo o prazo estipulado no art. 1º o Departamento de Vigilância Sanitária poderá articular-se com os órgãos e entidades envolvidos e aqueles que tenham manifestado interesse na matéria, para que indiquem representantes nas discussões posteriores, visando à consolidação do texto final. Parágrafo único. Após a consolidação do texto final da portaria esta será encaminhada para publicação em Diário Oficial do Município de Goiânia-GO ELIAS RASSI NETO Secretario Municipal de Saúde

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PREFEITURA DE GOIÂNIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

1

Consulta Pública nº 02, de 24 de janeiro de 2012

O Secretário Municipal de Saúde, no uso das atribuições adota a seguinte Consulta Pública e determina a sua publicação: Art. 1º Fica aberto, a contar da data de publicação desta Consulta Pública, o prazo de 30 (trinta) dias para que sejam apresentadas críticas e sugestões relativas à proposta de Portaria que dispõe Normas sanitárias gerais para o licenciamento e o exercício de atividades relacionadas a industrialização, manipulação, comércio e transporte de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos para saúde, saneantes, cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal e demais produtos químicos de interesse sanitário no âmbito do município de Goiânia e dá outras providências, em Anexo. Art. 2º Informar que a proposta de Portaria está disponível na íntegra no sítio da Secretaria Municipal de Saúde na internet e que as sugestões deverão ser encaminhadas por escrito para um dos seguintes endereços: Departamento de Vigilância Sanitária, Av. Universitária, 644, Setor Leste Universitário - Goiânia – GO -CEP: 74605.010; ou para o Fax: (62) 35241552; ou para o e-mail: [email protected]. §1° O envio de contribuições far-se-á mediante identificação dos interessados e utilização de formulário próprio. §2° As contribuições não enviadas no formulário de que trata o caput do artigo ou recebidas fora do prazo não serão consideradas para efeitos de consolidação do texto final do regulamento. Art. 2º Findo o prazo estipulado no art. 1º o Departamento de Vigilância Sanitária poderá articular-se com os órgãos e entidades envolvidos e aqueles que tenham manifestado interesse na matéria, para que indiquem representantes nas discussões posteriores, visando à consolidação do texto final. Parágrafo único. Após a consolidação do texto final da portaria esta será encaminhada para publicação em Diário Oficial do Município de Goiânia-GO

ELIAS RASSI NETO Secretario Municipal de Saúde

PREFEITURA DE GOIÂNIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

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ANEXO I

PROPOSTA DE PORTARIA EM CONSULTA PÚBLICA

Portaria SMS N.º , de de de 2012

Ementa: Estabelece normas sanitárias gerais para o licenciamento e o exercício de atividades relacionadas a industrialização, manipulação, comércio e transporte de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos para saúde, saneantes, cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal e demais produtos químicos de interesse sanitário no âmbito do município de Goiânia e dá outras providências.

O Secretário Municipal de Saúde, no uso das atribuições que lhe são legalmente conferidas, e: 1. Considerando que as ações e serviços de saúde são de relevância pública, nos

termos do art. 197 da Constituição Federal/1988, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle;

2. Considerando o disposto na Lei Federal n 6.360 de 23 de setembro de 1976 e

na sua regulamentação. 3. Considerando o disposto na Lei Federal n 5.991 de 17 de dezembro de 1973

e na sua regulamentação.

4. Considerando que a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício, conforme previsto pelo art. 2 da Lei Orgânica da Saúde (LOS), Lei Federal n. 8.080, de 19 de setembro de 1990;

5. Considerando que, de acordo com a Lei Orgânica do Município de Goiânia, são

competências do Sistema Único de Saúde, em nível municipal, a compatibilização e complementação das normas técnicas do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, de acordo com a realidade Municipal;

6. Considerando que a estrutura física e fluxos de atividades sujeitas à vigilância

sanitária quando não adequados podem interferir na qualidade de produtos, serviços e da saúde do trabalhador;

7. Considerando o disposto na Lei Municipal n 8.741, de 19 de dezembro de 2008

e na sua regulamentação. RESOLVE:

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Art. 1.º - Estabelecer, no âmbito do município de Goiânia, normas sanitárias complementares à legislação federal para licenciamento de veículos e estabelecimentos, bem como ao exercício das atividades relacionadas a industrialização, manipulação, comércio, distribuição, armazenagem, expedição, cessão, transporte, manipulação, fabricação, extração, fracionamento, embalagem ou reembalagem, importação, exportação de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos para saúde, saneantes, cosméticos, perfumes, produtos de higiene e demais produtos químicos de interesse à saúde pública nos termos da Lei 8.741/08 e da sua regulamentação. Art. 2.º - Os estabelecimentos de que trata esta portaria deverão obedecer às normas gerais aqui estabelecidas, sem prejuízo do disposto na legislação federal e estadual vigente e em outras normas municipais aplicáveis.

PARTE I - DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 3.º - A aplicação das normas sanitárias constantes deste instrumento independe da denominação comercial dada ao estabelecimento, devendo ser avaliada a natureza do comércio realizado e/ou dos serviços executados/prestados, de acordo com as definições estabelecidas no âmbito da legislação sanitária. Parágrafo único. Não poderão ser executadas atividades que não constem no licenciamento sanitário da empresa. Art. 4.º - No âmbito do município de Goiânia, para efeito da fiscalização e licenciamento sanitário dos estabelecimentos, serão adotadas as definições desta portaria em complemento às contidas na legislação sanitária federal e estadual e seus regulamentos. Art. 5.º - Para o efeito do disposto nesta portaria adotar-se-á as seguintes definições :

I – produtos para saúde são os produtos definidos na legislação sanitária como correlatos. III – consumidor final é a pessoa física que realiza o uso ou consumo do produto.

Parágrafo único. Os termos venda a atacado e atacadista equiparam-se à definição de distribuidor e atividade de distribuir. Art. 6.º - Entende-se por atividade de comércio ou comercialização, a compra e venda de produtos, devidamente comprovada através de documentos fiscais.

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§ 1.º Para os efeitos desta norma, a atividade de comércio independe da entrada ou saída física de produtos no estabelecimento. § 2.º – Os estabelecimentos que exerçam a atividade de comércio, deverão atender aos requisitos da legislação sanitária quanto à recepção, armazenagem, expedição, controle de distribuição, dispensação e transporte de produtos, no que couber. Art. 7.º - Entende-se por atividade de comércio varejista a venda ao consumidor final de produtos em suas embalagens originais.

. Art. 8.º - Entende-se por comércio atacadista e atividade de distribuir (distribuidora) toda comercialização que não seja realizada diretamente ao consumidor final. § 1.º As distribuidoras poderão efetuar a venda de produtos que sejam imprescindíveis e essenciais ao exercício das atividades dos profissionais e dos entes abaixo indicados, desde que estejam devidamente licenciados perante o órgão sanitário competente:

I - profissionais médicos, odontólogos e médico-veterinários; II - empresas ou pessoas jurídicas de direito publico, interno ou externo, ou privado, que façam uso ou consumo de produtos essenciais ao exercício de suas atividades, excetuando-se aqueles destinados ao comércio.

§ 2.º As distribuidoras deverão disponibilizar a fiscalização cópia da documentação de licenciamento atualizado dos profissionais e entes descritos no parágrafo anterior, excetuando-se os entes da administração pública. Art. 9. - As associações, fundações e entidades de classe cuja natureza tenha como objeto a aquisição, cessão, fornecimento dos produtos, bem como uso dos produtos no exercício de suas finalidades deverão atender a legislação sanitária. Art. 10. - A rotulagem dos produtos de que trata este regulamento não poderá conter rasuras, sobreposição de etiquetas, acréscimo ou alteração de dados com utilização de carimbos ou impressão por meios não tipográficos. § 1.º - É proibida a rotulagem com dados de responsáveis técnicos não condizentes com o registro ou notificação de produtos no órgão sanitário competente. § 2.º - É proibida, no âmbito deste município, a comercialização de produtos com a denominação estampada “VENDA PROBIDA AO COMERCIO” ou termos similares.

CAPÍTULO I – DA REPRESENTAÇÃO COMERCIAL

Art. 11. - Entende-se por representação comercial a definição estabelecida na legislação federal, em especial a da Lei Federal n. 4.886 de 09 de dezembro de 1.965.

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§ 1.º - É proibido o armazenamento dos produtos mencionados nesta portaria nos estabelecimentos que exerçam exclusivamente a representação comercial, exceto, produtos destinados à amostra comercial gratuita.

Art. 12. - Entende-se por amostra comercial gratuita, os produtos acabados mencionados nesta portaria, entregues para consumo sem qualquer tipo de ônus ou cobrança, com intuito de promoção e propaganda. § 1.º – Equipara-se nesta portaria ao conceito descrito no caput deste artigo, o termo “amostra grátis”. § 2.º – Os produtos de amostra comercial gratuita deverão obedecer às normas sanitárias vigentes. § 3.º - É permitida a distribuição de amostras gratuitas de medicamentos, exclusivamente, aos profissionais médicos, cirurgiões-dentistas, excetuados os medicamentos cuja distribuição de amostra grátis seja proibida pela legislação sanitária vigente. § 4.º – É vedado à armazenagem de medicamentos cuja distribuição seja proibida pela legislação sanitária vigente. § 5.º - Os estabelecimentos de representação comercial deverão possuir área ou local identificada para armazenagem de produtos destinados a amostras grátis, bem como atender aos requisitos da legislação sanitária quanto à armazenagem e transporte de produtos, no que couber.

CAPÍTULO II – DAS OPERADORAS DE LOGÍSTICA

Art. 13. - Para os efeitos desta Portaria, entende-se por empresas operadoras de logística, as empresas terceirizadas que exerçam ou forneçam: instalações, pessoal, equipamentos e veículos próprios, com o objetivo de realizar a gestão e execução das atividades de transporte, movimentação, armazenagem e expedição de produtos, processamento de pedidos e de notas fiscais, bem como gerenciamento de informações relacionadas a cadeia de distribuição de produtos. § 1.º - As empresas operadoras de logística para exercerem suas atividades deverão possuir Alvará de Autorização Sanitária, bem como atender aos demais requisitos da legislação sanitária quanto à armazenagem, distribuição, expedição e transporte de produtos, no que couber; § 2.º - As empresas operadoras de logísticas deverão possuir autorização de funcionamento junto ANVISA-MS, para as atividades executadas quando couber; § 3.º - As empresas operadoras de logística não serão obrigadas a destinar áreas físicas para atividades de armazenagem e expedição desde que seja comprovado

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que a montagem da carga de produtos é realizada na sede do fornecedor, distribuidor ou fabricante e que o produto seja transportado diretamente a local de destino, ficando, neste caso, sujeitos à apreensão produtos encontrados em depósito no local, sem prejuízo das demais penalidades cabíveis;

CAPÍTULO III - DA TERCEIRIZAÇÃO DE ATIVIDADES E DA LOCAÇÃO E CESSÃO DE ESPAÇO FÍSICO ENTRE ESTABELECIMENTOS

Art. 14. - A terceirização de atividades será comprovada através de contrato devidamente assinado entre as partes, devendo este apresentar no mínimo:

I. Descrição das atividades terceirizadas; II. Período de vigência do contrato;

III. Autenticação com reconhecimento de firma das assinaturas do contratante e contratado;

IV. Definição quanto à responsabilidade entre as partes quanto: a. aquisição de produtos; b. atendimento as exigências da legislação sanitária;

§ 1.º - As empresas contratadas e contratantes deverão estar devidamente licenciadas para o exercício das atividades terceirizadas; § 2.º - Uma via original do contrato de terceirização deverá estar disponível nas sedes dos estabelecimentos contratante e contratado, bem como cópia dos alvarás de licenciamento atualizado durante a vigência do contrato; § 3.º - A execução das atividades terceirizadas somente será considerada como regular quando o contrato de terceirização estiver em vigência e empresas estiverem devidamente licenciadas e atenderem a legislação sanitária vigente;

Art. 15. - A locação e a cessão de espaço e ambientes físicos entre estabelecimentos deverá ser comprovada através:

I - de contrato devidamente assinado entre as partes, devendo este apresentar no mínimo:

a) Período de vigência; b) Descrição das áreas locadas ou cedidas; c) Definição das responsabilidades entre as partes quanto ao

atendimento as exigências da legislação sanitária; d) Autenticação com reconhecimento de firma das assinaturas do

contratante e contratado; II – de projeto arquitetônico e memorial descritivo com layout e delimitação das áreas cedidas ou locadas devidamente aprovados pelo Departamento de Vigilância Sanitária;

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Parágrafo único - Além do disposto no caput deste artigo, as empresas mencionadas deverão atender o que dispuser as normas sanitárias vigentes;

PARTE II - DO LICENCIAMENTO

Art. 16. - O funcionamento das empresas mencionadas nesta portaria somente poderá ser exercido após o licenciamento dos estabelecimentos, respeitadas as disposições legais desta norma. Art. 17. - Entende-se por licenciamento do estabelecimento a expedição do Alvará de Autorização Sanitária pelo órgão sanitário competente; Art. 18. - Para que seja protocolado requerimento de licenciamento das empresas mencionadas nesta portaria junto a Vigilância Sanitária Municipal deverão ser apresentados no ato da solicitação os seguintes documentos :

I. Requerimento devidamente preenchido e assinado pelo representante legal da empresa;

II. Inscrição Municipal; III. Alvará de Autorização Sanitária do ano anterior, nos casos de

renovação de licenciamento; IV. Diário Oficial da União com a publicação da Autorização de

Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE) junto a ANVISA/MS, nos casos de renovação de licenciamento;

V. Documento de constituição da empresa; VI. Documento de relação contratual entre a empresa e seu responsável

técnico, quando for o caso; VII. Projeto Arquitetônico e Memorial Descritivo aprovados pelo

Departamento de Vigilância Sanitária Municipal, quando for o caso; VIII. Apresentação de taxa de vistoria paga, quando couber.

§ 1.º - Alem do disposto no inciso I do caput deste artigo, a critério da autoridade sanitária poderá ser solicitado o preenchimento de formulário padronizado com informações complementares sobre as atividades desenvolvidas ou pleiteadas pela empresa; § 2.º - Após análise dos documentos apresentados e aprovação do pedido, o processo deverá ser apresentado ao setor de expedição de alvarás com os demais documentos necessários. Art. 19. - São condições para que seja permitido licenciamento do estabelecimento:

I. Endereço compatível com o documento de constituição da empresa apresentada no ato do requerimento de licenciamento;

II. Concordância do layout físico (instalações) da empresa com o Projeto Arquitetônico e Memorial Descritivo aprovados pela Vigilância Sanitária Municipal, quando exigido;

III. Instalações físicas e equipamentos devidamente instalados;

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Art. 20. - O licenciamento somente será concedido após a verificação do cumprimento das condições sanitárias exigidas nesta norma, através de inspeção realizada por autoridade sanitária. Art. 21. - O licenciamento poderá ser emitido com restrição parcial ou total das atividades solicitadas, devendo constar no alvará às restrições ; Art. 22. - Nos casos em que a empresa possua requerimento liberado por autoridade fiscal, a empresa terá o prazo máximo de 10 dias corridos a contar da data da liberação para emitir o alvará de autorização sanitária junto ao setor especifico deste departamento sob pena de estar obstando a ação fiscalizadora. Art. 23. - Não poderão ser objeto de licenciamento as atividades que não sejam regulamentadas por legislação sanitária. Art. 24. - O estabelecimento licenciado que deixar de funcionar por mais de cento e vinte dias terá sua licença cancelada, salvo tenha comunicado a suspensão das atividades anteriormente ao Departamento de Vigilância Sanitária. Art. 25. - Os estabelecimentos de que trata esta norma ficarão obrigados a comunicar antecipadamente quaisquer alterações à autoridade sanitária, em especial quanto a alteração de endereço, estrutura física, processo produtivo (fabricação ou manipulação), atividade e outras que intervenham na qualidade e identidade dos produtos e/ou serviços de interesse a saúde pública mencionados nesta portaria, sendo obrigatória a aprovação das alterações pelo Departamento de Vigilância Sanitária. § 1.º - No caso de alteração e/ou acréscimo de atividade, a modificação deve ser comunicada e acrescida no campo ramo de atividade do Alvará de Autorização vigente. § 2.º - Para comunicação mencionada no caput deste artigo deverá ser apresentado junto ao Departamento de Vigilância Sanitária Municipal, comunicado escrito em 2 vias assinadas pelo representante legal da empresa com reconhecimento de firma das assinaturas em cartório onde conste a qualificação da empresa, as alterações a serem realizadas e período previsto da finalização da alteração;

Art. 26. - A suspensão das atividades do estabelecimento, deverá ser comunicada ao Departamento de Vigilância Sanitária.

Art. 27. - Para comunicação de suspensão das atividades junto ao Departamento de Vigilância Sanitária Municipal deverão ser apresentado:

I. Apresentação do protocolo de pedido de suspensão das atividades na Secretaria de Fazenda Municipal devidamente deferido;

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II. Comunicado escrito em 2 vias assinadas pelo representante legal da empresa com reconhecimento de firma das assinaturas em cartório com as seguintes informações:

a) qualificação da empresa; b) motivo da suspensão; c) período previsto de suspensão das atividades;

III. Relação com o saldo de estoque de produtos e matérias-primas objeto

da suspensão, quando couber; § 1.º - O Departamento de Vigilância Sanitária poderá adotar medidas sanitárias de forma a garantir a não utilização de produtos ou matérias-primas que possam causar riscos em decorrência da suspensão solicitada. Art. 28. - Para que seja protocolado requerimento de baixa de atividades das empresas mencionadas nesta portaria junto a Vigilância Sanitária Municipal deverá ser apresentado no ato da solicitação os seguintes documentos:

I. Requerimento devidamente preenchido e assinado pelo representante legal da empresa;

II. Documento fiscal que comprove o destino dos produtos anteriormente armazenados no estabelecimento;

III. Cópia do documento legal que comprove a dissolução da empresa; Art. 29. - É condição para que seja permitida a baixa da licença do estabelecimento, a apresentação de certidão fiscal emitida por autoridade sanitária comprovando que no referido endereço não há exercício de atividades sob fiscalização deste departamento.

PARTE III – DAS NORMAS GERAIS CAPITULO I - DOS ESTABELECIMENTOS

Seção I – Das instalações físicas

Art. 30. - Todos os estabelecimentos devem ser localizados, projetados, dimensionados, construídos ou adaptados com infra-estrutura compatível com as atividades a serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo, locais e ambientes para o exercício das seguintes atividades: administração, recebimento, armazenamento e expedição de produtos, depósito de material de limpeza e sanitário.

§ 1.º - Alem dos ambientes descritos no caput deste artigo todos os estabelecimentos deverão possuir área ou local restrito devidamente identificado para armazenagem de produtos vencidos, danificados, ou segregados;

§ 2. º - Entende-se por produtos segregados produtos que necessitem ser separados e retirados da exposição a venda por motivos especiais de interesse a saúde pública;

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Art. 31. - As instalações físicas dos estabelecimentos de que trata esta norma devem ser projetadas obedecendo os seguintes preceitos:

I – Permitir atividades em fluxo contínuo compreendendo todas etapas exercidas pela empresa desde o recebimento de matéria–prima ou produto acabado até sua expedição; II – Realizar atividades sem cruzamento de fluxos entre as etapas; III – Permitir a separação adequada das atividades, garantida preferencialmente por meios físicos ou por outras medidas efetivas que permitam:

a) evitar a contaminação cruzada; b) minimizar o risco de troca de produtos; c) facilitar as operações de limpeza; d) eliminar trânsito de pessoas cujas atividades não esteja relacionadas à

área; Art. 32. - As áreas internas e externas dos estabelecimentos devem permanecer em boas condições físicas e estruturais, de modo a permitir a higiene e a não oferecer riscos ao produto, aos usuários e funcionários. § 1.º - As instalações devem possuir superfícies internas (piso, paredes e teto) lisas e impermeáveis na cor clara, em perfeitas condições, resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis, nas seguintes áreas:

a) áreas de fabricação ou manipulação de produtos; b) salas de prestação de serviços farmacêuticos; c) salas de adaptação de lentes; d) áreas de armazenamento, expedição, recepção de produtos; e) corredores e ante-salas de comunicação entre as áreas acima citadas;

§ 2.º - Não será permitido o revestimento de paredes com a utilização de texturas ou materiais de revestimento que possibilitem o acúmulo de sujeira nas áreas citadas parágrafo 1.º.

§ 3.º - Os ambientes devem ser mantidos em boas condições de higiene e protegidos contra a entrada de insetos, roedores ou outros animais, a critério da autoridade sanitária.

§ 4.º - As condições de ventilação e iluminação devem ser compatíveis com as atividades desenvolvidas em cada ambiente. Art. 33. - Os materiais de limpeza e germicidas em estoque devem estar regularizados junto ao órgão sanitário competente e serem armazenados em área ou local destinado a depósito de material de limpeza. Art. 34. - As edificações, as dependências e demais instalações, quaisquer que sejam, onde funcionem os estabelecimentos e serviços constantes desta norma, deverão estar em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza, ser localizados em áreas livres de focos de insalubridade, isentas de lixo, objetos em desuso, animais, domésticos ou não, insetos e roedores, e atender ao fim a que se destinam, sendo proibido(a):

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I - utilização de divisórias ou revestimentos de madeira ou outro material poroso nas paredes, teto e piso, bem como a utilização de móveis, armários, estantes ou outros meios similares para delimitação física; II - manter móveis, veículos, equipamentos, utensílios e ou objetos estranhos no seu interior; III - manter, guardar ou depositar mercadorias pertencentes a terceiros, salvo haja permissão e cumprimento do estabelecido nesta norma; IV - comercializar, manipular, fabricar, produzir produtos mencionados nesta portaria durante o período de reformas ou reparos necessários à conservação do prédio ou instalações, salvo com a autorização do Departamento de Vigilância Sanitária;

Art 35. - Todas as instalações elétricas, telefônicas, hidráulicas e sistemas de ventilação, deverão estar em perfeitas condições de instalação e funcionamento.

§ 1.º - As instalações descritas no caput deste artigo devem ser embutidas ou, quando externas, enclausuradas em conduítes apropriados, as caixas de passagem e demais constituintes dos sistemas devem ser tampados, devendo toda instalação estar em perfeitas condições de funcionamento e segurança não sendo permitidas adaptações que possam provocar acidentes. § 2.º - Quando utilizados conduítes externos, os mesmos devem estar em perfeito estado de conservação, constituídos de tubulações isolantes, livres de gretas e ou ranhuras, presos a paredes e/ou teto e mantidos rigorosamente limpos.

Art. 36. – As edificações, instalações, equipamentos, móveis e utensílios devem ser livres de vetores e pragas urbanas, devendo existir um conjunto de ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e/ou proliferação dos mesmos

Art. 37. - Os estabelecimentos devem ser abastecidos com água potável e, quando possuir caixa d'água, deve estar devidamente protegida para evitar a entrada de animais de qualquer porte, sujidades ou quaisquer outros contaminantes.

Art. 38. - Os estabelecimentos devem possuir sua área física independentes de forma a não permitir a comunicação com residências ou qualquer outro local distinto a atividade da empresa. §1.º - Entende-se por comunicação a residência a ligação que permita o acesso direto ou indireto (corredores, portas, portões e outros tipos de passagem) à área onde haja morada habitual de pessoa ou de aglomeração de pessoas.

§ 2.º - Portas ou portões existentes, que não possam ser eliminados, deverão ser lacrados, não sendo permitido o uso de cadeados, chaves ou outros mecanismos similares, como meio de impedir acesso pelos mesmos.

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Art. 39.º - Todos os estabelecimentos mencionados nesta portaria, deverão disponibilizar portas providas de molas e ralos escamoteáveis, nas áreas de fabricação e manipulação de produtos; Art. 40. - A armazenagem de produtos deverá ser realizada obedecendo os seguintes preceitos:.

I – Os produtos deverão ser armazenados em contato direto com o piso mesmo que provisoriamente; II - Os móveis utilizados na armazenagem de produtos (estantes, estrados, etc) deverão ser de material impermeável bem como apresentar dimensões (altura) que permitam a limpeza do piso; III – A distribuição dos móveis utilizados deverá ser feita de forma a permitir a limpeza das paredes e os espaços entre móveis; IV - A armazenagem deverá ser feita de forma a manter a integridade dos produtos conforme a natureza do produto, bem como respeitar ao limite de empilhamento de caixas e embalagens definidos pelo fabricante; V - As áreas de armazenagem devem ter capacidade suficiente para possibilitar o estoque ordenado de produtos.

§ 1.º - Fica proibido a utilização de papéis, papelão, jornais e filmes plásticos como meio de impedir o contato direto de produtos com o piso;

Seção II – Das instalações sanitárias e vestiários

Art 41. - Todos os estabelecimentos deverão possuir instalações sanitárias completas, em quantidade compatível com a demanda de atendimento ao público e aos funcionários, separadas por sexo, localizadas em pontos estratégicos às áreas de trabalho e/ou ambientes de atendimento ao público. § 1.º - É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento, de qualquer natureza, que não possua instalações sanitárias. § 2.º - Os estabelecimentos deverão possuir instalações sanitárias separadas para funcionários que atendam os requisitos desta norma, quando estes possuírem mais de quinze funcionários.

§ 3.º - Excetua-se da exigência de instalações sanitárias os estabelecimentos que estiverem localizados no interior de galerias de shoppings center, supermercados,

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mercados municipais e camelódromos, desde que estes possuam instalações sanitárias que atendam os dispositivos desta norma. § 4.º - Deverá haver no mínimo uma instalação sanitária adaptada para portadores de necessidades especiais (PNE), conforme norma específica. Art 42. - As instalações sanitárias deverão possuir as seguintes características:

I – teto de cor clara, de material liso, lavável, devendo o piso e paredes ter revestimento liso, de cor clara, impermeável, resistente a agentes sanitizantes e que seja de fácil higienização (lavagem e desinfecção); II – devem ser dotadas de portas revestidas de material impermeável, lisas, de fácil limpeza, na cor clara e em bom estado de conservação, com molas que as mantenham sempre fechadas; III – devem possuir iluminação, natural ou artificial, e ventilação adequadas; IV – devem apresentar estrutura íntegra em bom estado de conservação e ainda conter:

a) vasos sanitários com descarga hidráulica, assento e tampa; b) lavatórios dotados de ponto de água corrente e fecho hídrico (sifão); c) ralos no piso dotados de fecho hídrico e tampas com dispositivo que

permita seu fechamento, devendo ser mantidas fechadas; d) lixeira com pedal e tampa provida de saco plástico; e) sabonete ou sabão anti–séptico líquido, ou ainda outra substancia

anti–séptica eficiente, depositados em dispensador adequado. f) toalha de papel em suporte adequado; g) papel higiênico, em suporte adequado. h) deve(m) ser mantida(s), durante todo o período de funcionamento,

em boas condições de limpeza e higienização, não sendo admitido a presença de odores desagradáveis, acúmulo de lixo e/ou acúmulo de água no piso.

Art 43. - É vedada a utilização das instalações sanitárias dos estabelecimentos como depósito de materiais de qualquer natureza, bem como para a guarda de pertences ou objetos pessoais de funcionários. Art. 44. - Quando a atividade exercida demandar troca de roupa e/ou higienização pessoal no início e/ou fim da jornada de trabalho, os estabelecimentos deverão possuir vestiários, separados para cada sexo, com:

I – paredes lisas, de material impermeável, na cor clara e em bom estado de conservação e limpeza; II – armários individuais para guarda dos vestuários e pertences pessoais; III – piso liso, resistente, impermeável e de fácil limpeza, com ralos de escoamento providos de sifão hidráulico e dispositivo de fechamento, mantidos fechados; IV – teto liso e na cor clara, em bom estado de conservação e limpeza; V – compartimento para banho com chuveiro – na proporção de 01 (um) para cada 10 (dez) funcionários, com piso e paredes revestidas de material lavável, liso, impermeável e de cor clara e em bom estado de conservação, a critério da autoridade sanitária;

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VI – portas revestidas de material impermeável, lisas, de fácil limpeza, na cor clara e em bom estado de conservação e providas de dispositivo de fechamento automático; VII – ventilação e iluminação adequada; VIII – lavatórios, sabão líquido anti–séptico, papel toalha descartável de material não reciclado ou outro dispositivo de secagem; IX – Adequada conservação, limpeza e ausência de quaisquer odores desagradáveis.

Seção III – Dos controles de temperatura e umidade

Art. 45. - As empresas que efetuarem armazenagem de produtos mencionados nesta portaria deverão realizar controle da temperatura e umidade ambiente, respeitando as faixas estabelecidas pelos fabricantes, devendo adequar a temperatura e umidade da área de armazenagem quando for necessário. § 1.º - Deverão ser realizados registros escritos no mínimo três vezes ao dia contendo as informações quanto a leitura, data, horário e responsável pela leitura. § 2.º - Pelo menos uma das leituras deverá ser realizada em horário onde haja maior probabilidade de se encontrar a maior temperatura e umidade no dia. § 3.º - Os registros escritos deverão ser arquivados por um período de 6 meses. Art. 46.- Os registros de leitura deverão estar devidamente atualizados obedecendo os horários de estabelecidos pela empresa. Art. 47. - Os termômetros e higrômetros utilizados nos controles de temperaturas e umidades nos estabelecimentos mencionados nesta Portaria deverão ser calibrados periodicamente. Art. 48. - Os registros de leitura de temperatura e umidade, bem como os laudos de calibração dos termômetros e higrômetros deverão estar disponíveis a fiscalização no estabelecimento.

Seção IV - Da desinsetização, desratização e limpeza de caixa d’água dos estabelecimentos

Art. 49. - Todo o estabelecimento deverá realizar desinsetização, desratização e limpeza caixa d’água regularmente devendo contratar serviços de empresa devidamente autorizada no órgão sanitário competente, devendo apresentar:

I. Cópia do alvará de autorização sanitário atualizado da empresa que executou a prestação de serviço;

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II. Comprovante de execução do serviço de dedetização e desratização contendo as informações estabelecidas em norma sanitária específica;

III. Comprovante de execução do serviço de limpeza de caixa d’água contendo as seguintes informações:

a) Produtos utilizados na limpeza; b) Data de realização do serviço;

§ 1.º - Os estabelecimentos mencionados deverão providenciar desinsetização e desratização, no mínimo semestralmente; § 2.º - Caso durante a inspeção em estabelecimentos seja comprovado que a desinsetização e desratização não esteja sendo efetiva, a autoridade sanitária poderá solicitar outra execução de serviço; Art. 50. - É vedado a realização de serviço de desinsetização, desratização e limpeza de caixa d’água pelo próprio estabelecimento, salvo quando a empresa possuir autorização sanitária para tais atividades. § 1.º - Nos casos onde a própria empresa realizar a desinsetização, desratização e limpeza de caixa d’água em suas dependências deverá ser apresentado o cumprimento dos incisos II e III do artigo anterior.

Seção V – Da documentação sanitária das empresas

Art. 51. - No âmbito desta portaria, entende-se por documentação sanitária, todo e qualquer documento de propriedade da empresa que tenha o objetivo de atender as exigências da legislação sanitária. § 1.º - Serão adotados ao disposto nesta portaria, os conceitos e nomenclaturas de documentação estabelecidos na legislação sanitária vigente;

§ 2.º - Entende-se por componente crítico, o constituinte de um sistema ou equipamento cujo mau funcionamento poderá afetar direta ou indiretamente a qualidade dos produtos mencionados nesta portaria. Art. 52. - Todos os documentos sanitários denominados pela legislação sanitária vigente como, manual especificação, protocolo, qualificação, validação, plano, procedimento operacional padrão, programa ou outros documentos que tenham o objetivo de estabelecer planejamento, regras, prazos e critérios de aceitação de produtos, deverão conter no mínimo:

I. Informações da empresa: razão social, endereço e responsável

técnico da empresa, quando for o caso; II. Assinaturas de quem elaborou e aprovou o documento, bem como

as datas da elaboração e aprovação e o período de vigência do documento;

III. Numeração que permita rastreabilidade e identificação única;

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IV. Referências bibliográficas ou legal, quando a documentação adotar informações originárias de uma publicação técnica ou disposição legal;

V. Histórico das alterações anteriores; § 1.º - A documentação emitida por empresas que prestam serviços terceirizados deverá ser submetida à avaliação e aprovação pelo responsável técnico da empresa contratante obedecendo-se os preceitos do artigo 52. § 2.º - As empresas deverão cumprir o estabelecido na documentação sanitária citada no caput deste artigo, devendo ser atualizados caso haja mudanças físicas ou operacionais realizadas pela empresa;

§ 3.º - Todos os procedimentos operacionais que possam comprometer direta ou indiretamente a qualidade de produtos ou serviços devem estar acompanhados dos treinamentos dos funcionários que executam a atividade relacionada aquele procedimento, incluindo-se suas alterações. § 4.º – Em caso de não cumprimento da documentação estabelecida pela empresa sem justificativa técnica ou legal, será constituído como infração sanitária; § 5.º - Não será objeto de atualização da documentação sanitária a mudança de pessoas responsáveis ou funções dos que assinaram a documentação apresentada; § 6.º - As citações contidas nos documentos sanitários que tenham objetivo ter vinculação a outros documentos sanitários deverão conter a numeração ou identificação única e explicita, de forma a evitar ambigüidade ou confusão. § 7.º - A documentação sanitária deve estar disponível a fiscalização e ser mantida sob a responsabilidade de uma pessoa designada no estabelecimento durante todo horário de funcionamento. Art. 53. - Os demais documentos sanitários não mencionados no artigo anterior deverão atender ao disposto nos incisos I e III do artigo 52. Art. 54. - Quando os documentos exigirem a entrada de dados, estes devem ser claros, legíveis e indeléveis. Parágrafo único. Deve ser deixado espaço suficiente para cada entrada de dados. Art. 55. - Toda alteração efetuada na documentação da empresa deve possibilitar a leitura da informação original, ser assinada e datada pela pessoa responsável com registro do motivo da alteração. Art. 56. - A documentação sanitária relativa a equipamentos deverão conter no mínimo:

a) Descrição do equipamento com nome, marca, modelo e número de série;

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b) Localização do equipamento em planta baixa com escala do local onde o equipamento esta instalado; c) Identificação única e rastreável dos componentes críticos do equipamento;

§ 1.º - Nos casos onde o equipamento não possua número de série, a empresa deverá efetuar sua identificação com numeração de forma fixa, permanente e indelével.

Art. 57. - A documentação sanitária relativa a processos de purificação de água deverão conter no mínimo:

a) Localização do sistema de purificação em planta baixa; b) Desenho esquemático com todos os componentes do sistema de purificação; c) Identificação única e rastreável dos componentes críticos do equipamento;

Art. 58. - Os laudos de calibração de equipamentos ou instrumentos de medida, deverão conter no mínimo:

a) Descrição do equipamento com nome, marca, modelo e número de série; b) Localização do equipamento;

Ar. 59. - Na alteração ou adaptação das características de equipamentos e de sistemas de purificação de água, ou mudança do seu local de funcionamento deverá ser elaborada nova documentação sanitária de forma a demonstrar que as mudanças realizadas não causaram alterações no funcionamento do equipamento ou sistema.

Seção VI – Da cadeia de distribuição de produtos

Art. 60. - Fica instituído o Sistema de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos mencionados nesta portaria que não forem regulados por legislação sanitária federal ou estadual.

Art. 61. - A cadeia dos produtos mencionados nesta portaria abrange as etapas da produção, comércio atacadista e varejista, dispensação e transporte.

Parágrafo único. As empresas responsáveis por cada uma destas etapas são solidariamente responsáveis pela qualidade e segurança dos produtos objetos de suas atividades específicas. Art. 62. - Os estabelecimentos de comércio atacadista e varejista, bem como de dispensação, não poderão comprar ou comercializar produtos sem registro ou notificação ou com rotulagem irregular conforme a legislação sanitária.

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Art. 63. - As empresas produtoras e distribuidoras, deverão manter registros de todas as suas transações comerciais, especificando:

a) número da nota fiscal; b) data da emissão da nota fiscal; c) designação dos produtos; d) número do lote dos produtos; e) quantidade fornecida; f) nome e endereço do destinatário; g) número da autorização de funcionamento, quando couber; h) número do registro do produto, quando couber; i) nome e endereço das empresas transportadoras; j) documentos fiscais que registram o transporte da transação comercial

Parágrafo único. Estes arquivos devem estar à disposição da autoridade sanitária para efeitos de inspeção por um período de 5 (cinco) anos.

Art. 64. - As empresas produtoras e as distribuidoras ficam responsáveis pelo recolhimento dos produtos quando este for determinado pela autoridade sanitária e/ou pelo titular do registro ou notificação do produto.

Art. 65. - As empresas licenciadas como distribuidoras dos produtos mencionados nesta portaria tem o dever de:

I - somente distribuir produtos legalmente registrados ou notificados; II - fornecer produtos apenas a empresas autorizadas/licenciadas a exercer a comercialização ou uso permitido, conforme estabelecido nesta norma; III - garantir a todo tempo aos agentes responsáveis pelas inspeções o acesso aos documentos, locais, instalações e equipamentos; IV - manter a qualidade dos produtos que distribui durante todas as fases da distribuição, sendo responsável por quaisquer problemas conseqüentes ao desenvolvimento de suas atividades; V - notificar à autoridade sanitária competente de quaisquer suspeitas de alteração, adulteração, fraude ou falsificação dos produtos que distribui, com a indicação do número do lote para averiguação da denúncia, sob pena de responsabilização nos termos da legislação penal, civil e sanitária VI - identificar e devolver, ao titular do registro ou notificação, os produtos com prazo de validade vencido, mediante operação com nota fiscal, ou, na impossibilidade desta devolução, solicitar orientação à autoridade sanitária competente da sua região; VII - utilizar serviços de transporte legalmente autorizados pela autoridade sanitária; VIII - Somente efetuar as transações comerciais através de nota fiscal que conterá obrigatoriamente o número dos lotes dos produtos;

§ 1.º - As distribuidoras dos produtos mencionados nesta portaria deverá disponibilizar no estabelecimento cópia da licença sanitária atualizada dos estabelecimentos a quem realizou a venda, exceto para os estabelecimentos integrantes da Administração Pública ou por ela instituída.

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§ 2.º - A venda a estabelecimentos integrantes da Administração Pública ou por ela instituídos realizada por distribuidoras dos produtos mencionados nesta portaria deverá ser comprovada através de documentos fiscais que demonstrem sua natureza

Seção VII – Do descarte de resíduos

Art 66. - Para efeito deste Regulamento Técnico, definem-se como resíduos todos os produtos provenientes das atividades executadas mencionadas nesta portaria, cujo destino seja o descarte. Art 67. - Os estabelecimentos cujas atividades não sejam reguladas por legislação sanitária específica quanto ao descarte de resíduos deverão garantir o descarte adequado de forma à não produzir riscos a saúde humana e ao meio ambiente. § 1.º - Entende-se por descarte a aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. § 2.º - Os estabelecimentos que não possuam condições de garantir o descarte adequado, deverão contratar empresa devidamente licenciada nos órgãos competentes. § 3.º - O descarte de produtos deverá ser comprovado através de documentos emitidos pela empresa que realizou o processo de descarte devendo apresentar informações que permitam a rastreabilidade do produto e a conciliação de suas quantidades. § 4.º - No ato da coleta dos produtos para descarte a empresa contratada (prestadora do serviço de descarte) deverá emitir documento com as seguintes informações:

I – Data da coleta; II – Relação dos produtos detalhada com quantitativo e discriminação dos lotes; III – Informações da empresa contratante e da empresa contratada (prestadora do serviço); IV – Assinatura de quem realizou a coleta;

§ 5.º - O documento citado no parágrafo anterior, deverá ser emitido em 02 vias devendo uma via ser arquivada na empresa que gerou os resíduos e a outra acompanhando o resíduo coletado até a empresa prestadora do serviço de descarte;

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CAPITULO II - DOS VEÍCULOS DE TRANSPORTES E DO TRANSITO DE PRODUTOS

Seção I – Do licenciamento sanitário de veículos de transporte

Art. 68. - A presente norma adotará as definições e classificações adotadas pelo Código de Trânsito Brasileiro vigente ou equivalente. Art. 69. - Os veículos de tração humana (bicicletas) serão isentos de certificados de vistoria em veículo devendo realizar o transporte dentro das condições adequadas de forma a garantir a integridade e qualidade do produto; Art. 70. - Somente será permitido o licenciamento de veículos de carga ou mistos (carga e passageiro). § 1.º - Fica proibido a utilização de motocicletas ou carros de passeio no transporte de produtos. Art. 71. - Será permitido o uso de veículos ciclomotores desde que estes possuam compartimentos fixos e adequados ao transporte de produtos. Art. 72. - O veículo no momento da vistoria, deverá estar com o compartimento de carga vazio e limpo, bem como atender aos requisitos desta portaria. Art. 73. - O certificado de vistoria de veículos será emitido somente após a autorização da autoridade fiscal. Art. 74. - Os veículos de transporte deverão ser mantidos em perfeito estado de limpeza, conservação e funcionamento, isentos de danos, avarias ou corrosões na estrutura interna e externa do compartimento de carga destinado ao transporte de produtos. Art. 75. - Nos certificados de vistoria de veículos emitidos em nome de empresa que se apresenta em processo de autorização de funcionamento junto a ANVISA/MS deverá constar a seguinte observação: “Não autorizado o transporte de produtos até a liberação de autorização de funcionamento junto a ANVISA-MS”. Parágrafo único - Os veículos das referidas empresas não poderão efetuar transporte de produtos até a liberação da autorização de funcionamento junto à ANVISA/MS.

Seção II - Do transporte de produtos

Art. 76. - Todos os veículos que transportem produtos mencionados nesta portaria cujo estabelecimentos sejam oriundos deste município deverão possuir certificado de vistoria de veículo.

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§ 1.º – Os veículos de transporte oriundos de outros municípios, em trânsito no município de Goiânia, deverão portar Certificado de Vistoria do Veículo ou equivalente emitido por outros órgãos sanitários. § 2.º - Deverão constar no certificado de vistoria ou documento equivalente emitido por outros órgãos sanitários, os dados do veículo e da empresa autorizada ao transporte dos produtos mencionados nesta portaria. Art. 77. - O Certificado de Vistoria atualizado, indicado no artigo anterior, acompanhará o veículo a que se refere, sendo apresentado à autoridade sanitária sempre que solicitado, sob pena de apreensão dos produtos transportados e aplicação das demais penalidades cabíveis. Art. 78. – No âmbito do Município de Goiânia para o licenciamento dos veículos de que trata o caput deste artigo, deverão ser apresentados os seguintes documentos :

I – Requerimento de vistoria de veiculo, devidamente preenchido e assinado pelo requerente; II – Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) atualizado, emitido pelo DETRAN competente, em nome da empresa ou sócios-proprietários desta; III - Alvará de Autorização Sanitária atualizado da empresa proprietária do veículo; III – Autorização de Funcionamento junto ANVISA/MS, quando for o caso; IV – Taxa de vistoria paga; V – Documento comprobatório de dedetização do veículo realizada por empresa autorizada junto ao Departamento de Vigilância Sanitária Municipal;

Art. 79. - Poderá ser realizado o licenciamento de veículos de propriedade de terceiros desde que seja apresentado Contrato atualizado de Locação de Veículo, devidamente assinado entre o contratante (empresa autorizada) e o contratado (proprietário do veículo) com reconhecimento de firma das assinaturas em cartório, onde conste a qualificação do contratante e contratado, os dados do veículo locado, o período de vigência do contrato e a classe dos produtos a serem transportados. § 1.º - Será exigida no licenciamento a apresentação da documentação relacionada no artigo anterior. § 2.º - Os contratos de locação deverão ser mantidos à disposição da autoridade sanitária, na empresa contratante e juntamente com o contratado. Art. 80. - O transporte de produtos deverá ser realizado obedecendo aos seguintes requisitos:

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I – é proibido manter no mesmo continente ou transportar no mesmo compartimento de carga de um veículo, agrotóxicos ou produtos e substâncias estranhas que possam contaminá–los ou corrompê–los; II – não é permitido transporte de pessoas no mesmo compartimento de carga dos produtos; III – a cabine do condutor deve ser isolada da parte que contém os produtos; IV – nenhum produto deve ser transportado em contato direto com o piso do compartimento de carga do veículo;

Art. 81. - Para os efeitos desta portaria, o transportador é solidariamente responsável com o expedidor na hipótese de receber, para transporte, produtos cuja embalagem apresente sinais de violação, deterioração, mau estado de conservação ou de qualquer forma infrinja a legislação sanitária. Art. 82. - No transporte deve ser observada a natureza do produto quanto ao limite e forma de empilhamento de caixas e embalagens, de forma a manter sua integridade. Art. 83. - As instruções sobre o empilhamento dos produtos indicadas na caixa de embarque, quando existentes, devem ser rigorosamente respeitadas, sob pena de apreensão do produto transportado e/ou armazenado. Art. 84. – Os critérios no transporte de produtos devem obedecer aos seguintes requisitos:

I – o veículo de transporte deve ser mantido em perfeito estado de conservação e higiene; II – os métodos de higiene devem ser adequados às características dos produtos e meios de transportes, devendo ser mantidos à disposição da autoridade sanitária os comprovantes dos serviços executados; III – a exigência de veículos frigoríficos ou com temperatura controlada dependerá do mecanismo de transporte, tempo de transporte e das características do produto; IV – os equipamentos de refrigeração não devem apresentar riscos de contaminação para o produto e devem garantir, durante o transporte, temperatura adequada para o mesmo;

Art. 85. - No transporte de produtos que necessitem de manutenção da temperatura a disposição da carga, e quantidade de produto deve ser apropriada para permitir a adequada manutenção da temperatura. Art. 86. - As empresas de transporte deverão, quando a autoridade competente solicitar, fornecer informações sobre produtos em trânsito, depositados em seus armazéns sob sua guarda, apresentar as guias de importação ou exportação e demais documentos fiscais relativos aos produtos.

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Art. 87. - Os termômetros e higrômetros utilizados nos controles de temperaturas e umidades dos veículos de transporte de produtos mencionados nesta Portaria deverão ser calibrados periodicamente e de ser fácil leitura. Art. 88. - As empresas que realizarem transporte de produtos devem garantir durante o transito de produtos até seu destino final que o transporte foi realizado com os produtos armazenados dentro da temperatura e umidade adequada, conforme estabelecido pelo fabricante do produto, devendo ser efetuado registros escritos de temperatura e umidade no intervalo mínimo de uma hora, durante todo o trajeto do transporte. § 1.º - Os registros de temperatura e umidade deverão estar disponíveis as autoridades sanitárias durante o transito dos produtos, e após a realização do transporte serem arquivados na sede do estabelecimento que realizou o transporte, por um período de 6 meses. § 2.º - O transporte de produtos mencionados nesta portaria é responsabilidade do transportador, devendo este assegurar condições que preservem a integridade e qualidade do produto, respeitando as restrições de temperatura e umidade descritas na embalagem do fabricante. Art. 89. - É de inteira responsabilidade da empresa autorizada a transportar produtos mencionados nesta portaria, a garantia da qualidade as situações de transporte em período chuvoso ou situações que possam comprometer a qualidade dos produtos.

Seção III – Das condições de saúde do trabalhador Art. 90. – Para o exercício das atividades relacionadas aos produtos mencionados nesta portaria, todo o pessoal deverá se submetido a exames médicos e laboratoriais que avaliem sua condição de saúde, na admissão, periodicamente e em ocasiões em que houver indicação por razões clínicas ou epidemiológicas. Parágrafo único - Sendo detectada durante a realização da inspeção sanitária pessoas suspeitas de portarem moléstias infecto–contagiosas, parasitárias, ou outras que possam constituir fonte de contaminação ao produto, o estabelecimento será intimado a encaminhá-las para a realização de exames médicos, ficando, nesse período, suspensas de suas atividades. Art. 91. – É proibida a realização de qualquer tipo de atividade relacionada aos produtos por funcionários que apresentem: feridas, infecções cutâneas, cortes nas mãos e braços; gastroenterites agudas ou crônicas (diarréia e disenteria); infecções pulmonares e otorrinolaringológicas, infecções oculares, bem como outras doenças infecto-contagiosas.

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Parágrafo único. Na ocorrência das condições de saúde acima, o funcionário deverá ser imediatamente afastado do trabalho, sendo sua reincorporação efetuada somente após avaliação médica de aptidão.

Art. 92. - Incluem-se ao disposto nesta seção os sócios-proprietários de empresas, bem como seus familiares ou prepostos que exercem as atividades regulamentadas nesta portaria.

PARTE IV – DOS EVENTOS TEMPORÁRIOS E OCUPAÇÃO DE ESPAÇO PÚBLÍCO

Art. 93. - No âmbito do município de Goiânia, os organizadores de eventos temporários, as administradoras de shoppings, galerias e estabelecimentos afins de locação de salas e/ou espaços para realização de eventos, respondem solidariamente com os locatários pelo exercício de atividades relacionadas aos produtos mencionados nesta portaria durante a realização do evento. § 1.º - Para os efeitos ao disposto nesta Portaria, entende-se como evento temporário, a realização de cursos, congressos e similares em caráter de promoção científica ou propaganda de produtos, bem como os eventos que estejam ligados a atividades festivas, desde que não excedam a período de 21 (vinte e um) dias. § 2.º - A locação da sala ou espaço deverá ser comprovada através de contrato de locação formalizado entre as partes contendo no mínimo as seguintes informações:

I. Qualificação do locador e locatório; II. Descrição da atividade que será exercida na sala e/ou espaço

locado; III. Período da realização do evento; IV. Autenticação com reconhecimento de firma das assinaturas do

locador e locatório; Art. 94. - A ocupação de passeios públicos, praças, jardins e demais logradouros públicos para o exercício de atividades regulamentadas nesta portaria em caráter temporário para promoção ou propaganda somente será permitida, mediante autorizações prévias do órgão competente da Prefeitura, quanto a ocupação do logradouro público e do Departamento de Vigilância Sanitária Municipal. § 1.º - A ocupação de logradouros públicos somente será permitida por período que não exceda a 05 (cinco) dias. Art. 95. - O exercício das atividades durante evento temporário ou ocupação de logradouro público somente poderá ser exercido após o licenciamento, respeitadas as disposições legais desta norma. Art. 96. - As atividades exercidas durante o evento temporário ou ocupação de logradouro público deverão atender aos requisitos da legislação sanitária quanto às

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instalações físicas, bem como a recepção, armazenagem, dispensação e transporte de produtos, no que couber. Art. 97. - Fica proibida a realização de procedimentos invasivos em eventos temporários ou na ocupação de logradouro público, salvo os que forem de interesse público. § 1.º - Entende-se por procedimentos invasivos aqueles que provocam o rompimento das barreiras naturais ou penetram em cavidades do organismo, abrindo uma porta ou acesso para o meio interno.

PARTE V - DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 98. - Os estabelecimentos já licenciados por intermédio do Alvará de Autorização Sanitária deverão providenciar o devido enquadramento a presente norma no prazo de 180 dias. Art. 99. - Os estabelecimentos já licenciados terão o prazo de 06 (seis) meses para adequação a esta norma quanto aos requisitos de instalação física. Art. 100. - O órgão de vigilância sanitária procederá a abertura de processos de investigações de denúncias motivadas por queixas técnicas ou suspeitas de desvios de qualidade em produtos.

Parágrafo único – Para as denúncias encaminhadas por cidadãos em que envolvam risco, agravo temporário, ou conseqüências adversas à saúde será solicitada a apresentação de documentação complementar que subsidie o processo investigativo.

Art. 101. - A inobservância ao disposto na presente Portaria sujeitará o infrator às sanções administrativo-sanitárias previstas na Lei 8.741 de 19 de dezembro de 2008 e demais legislações sanitárias vigentes. Art. 102. - Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE. GABINETE DO SECRETÁRIO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, AOS ____ DE ____________ DE 2012.

ELIAS RASSI NETO Secretário

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Anexo II

Formulário para envio de contribuições em Consulta Pública

FORMULÁRIO PARA ENVIO DE

CONTRIBUIÇÕES EM CONSULTA PÚBLICA

Apresentação e orientações

Este Formulário possui a finalidade de enviar contribuições da sociedade para subsidiar a tomada de decisão sobre uma Consulta Pública elaborada pela VISA- Goiânia. Por favor, para o preenchimento do Formulário observe as instruções abaixo:

A insuficiência ou imprecisão das informações prestadas neste Formulário poderá prejudicar a sua utilização pela VISA- Goiânia

Esse processo contribuirá para a transparência e participação da sociedade e auxiliará a VISA- Goiânia na elaboração do texto final do regulamento proposto.

Muito obrigado pela sua participação!

FORMULÁRIO PARA ENVIO DE

CONTRIBUIÇÕES EM CONSULTA PÚBLICA

Consulta Pública: nº 02 / 2012 - Estabelece normas sanitárias gerais para o licenciamento e o exercício de atividades relacionadas a industrialização, manipulação, comércio e transporte de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos para saúde, saneantes, cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal e demais produtos químicos de interesse sanitário no âmbito do município de Goiânia e dá outras providências.

I. Identificação do participante

Nome Completo:

Endereço:

Cidade: UF:

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Telefone: ( ) Fax: ( ) E-mail:

1. Por favor, aponte abaixo qual o seu segmento. (Marque apenas uma opção) ( ) Consumidor (pessoa física) ( ) Associação ou entidade de defesa e proteção do consumidor ( ) Profissional de saúde (pessoa física) ( ) Entidade de classe ou categoria profissional de saúde ( ) Empresário ou proprietário de estabelecimento empresarial ( ) Associação ou entidade representativa do setor regulado ( ) Academia ou instituição de ensino e pesquisa ( ) Órgão ou entidade do Governo (Federal, Estadual ou Municipal) ( ) Outro. Especifique:

2. Como você tomou conhecimento desta Consulta Pública? (Pode marcar mais de uma resposta) ( ) Site da Secretaria Municipal de Goiânia ( ) Ofício ou carta da VISA- Goiânia ( ) Outros sites ( ) Televisão ( ) Rádio ( ) Jornais e revistas ( ) Associação, entidade de classe ou instituição representativa de categoria ou setor da sociedade civil ( ) Amigos, colegas ou profissionais de trabalho

( ) Outro. Especifique:

3. De uma forma geral, qual sua opinião sobre a proposta em discussão? (Marque apenas uma opção) ( ) Fortemente favorável ( ) Favorável ( ) Parcialmente favorável ( ) Parcialmente desfavorável ( ) Desfavorável ( ) Fortemente desfavorável

II. Contribuições para a Consulta Pública

Texto atual publicado (quando houver)

Proposta (inclusão, exclusão ou nova redação)

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Justificativa:

Texto atual publicado (quando houver) Proposta (inclusão, exclusão ou nova redação)

Justificativa:

Texto atual publicado (quando houver)

Proposta (inclusão, exclusão ou nova redação)

Justificativa:

Texto atual publicado (quando houver)

Proposta (inclusão, exclusão ou nova redação)

Justificativa: